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Curso ILB - Fundamentos da Integração Regional: o Mercosul. Módulo 2: O Mercosul Antecedentes Históricos Pan-americanismo: 1750 Tratado de Madri: Portugal e Espanha 1810 Guerras de Independência1 Simon Bolívar: Ideal de reunir os países sul-americanos em uma só nação 1826 Congresso do Panamá: México, América Central, Colômbia e Peru 1948 IX Conferência Pan-americana, em Bogotá 1954 X Conferência Pan-Americana, em Caracas Conjuntura: Posse do JK 1956; Visita Nixon 1958 aos países sul americanos: que cobravam a omissão do governo dos EUA em relação a investimentos para o desenvolvimento na região. Operação Pan-Americana (OPA): 1958 Doutrina Kubitschek: impulsiona um movimento continental Associação Internacional de Desenvolvimento (AIF): Banco Mundial + FMI Banco Interamericano de Desenvolvimento Associação Latino Americana de Livre Comércio (ALALC) CEPAL: Prebisch e Celso Furtado sobre Integração a) Industrialização Indispensável: inicialmente, incrementar o comércio intrazona mediante acordos preferenciais; b) solução para a situação geral de intransferibilidade das moedas: dificuldades para efetivar os pagamentos intra regionais que incidem negativamente sobre as iniciativas de comércio recíproco Aliança para o Progresso (Kennedy): 1961 Programa de Cooperação Multilateral: incrementar o desenvolvimento econômico social da América Latina Conjuntura: Revolução Cubana; Pressão dos Governos Latino-Americanos 1960 - 1980 Associação Latino Americana de Livre Comércio (ALALC): 2 - Cooperação Econômica; Planejamento para vencer o processo de subdesenvolvimento; Orientada pela Cepal Objetivo: Diminuir tarifas alfandegárias → Área de Livre Comércio 1 Toussaint L’Overture (Haiti); Francisco de Miranda (VNZ); Tiradentes (BR); Bolívar (VNZ); Sucre (Bolívia); O’Higgins (Chile); Rivadavia (ARG); San Martín (ARG); Jose Artigas (Uruguai); 2 Brasil, Chile, México, Paraguai, Peru e Uruguai; 1970 Bolívia, Colômbia, Equador e Venezuela; 1999 Cuba Curso ILB - Fundamentos da Integração Regional: o Mercosul. Obstáculos: a) Rigidez dos mecanismos para liberalização comercial; b) Instabilidade política (Guerra Fria); b) Associados queriam abrir o mercado dos demais países para os seus produtos, sem abrir o próprio mercado 1969 Pacto Andino/ Comunidade Andina (CAN) (Acordo de Cartagena): Bolívia, Chile (saiu em 1976), Colômbia, Equador, Peru, Venezuela (1973, saiu 2006) "promover o desenvolvimento equilibrado e harmônico dos Países Membros, acelerar seu crescimento mediante a integração econômica, facilitar sua participação no processo de integração previsto no Tratado de Montevidéu, e estabelecer condições favoráveis para conversão a ALALC em um mercado comum" (art. 10 do Acordo de Cartagena) 1980 Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) 3 - Pauta modesta, objetiva e pragmática Objetivo: Longo prazo o estabelecimento, em forma gradual e progressiva, de um Mercado Comum Latino-Americano4 Acordos Sub Regionais: Mecanismos flexíveis → liberalização comercial firmados apenas entre um grupo de Países Membros - Protocolo de Expansão do Comércio (PEC): Brasil e Uruguai - Convênio Argentino-Uruguaio de Complementação Econômica (CAUCE) Conjuntura: a) Processo de redemocratização → estabilidade com legitimidade → melhor relacionamento regional; b) Diversificação da Produção Industrial (Modelo de Substituição de Importação) → Complementaridade das economias sul americanas → desenvolvimento regional integrado → redução das barreiras tarifárias para aumento do comércio Instrumentos Liberalização Comercial ALALC (1) e ALADI (2) 1.) Lista de Produtos Nacionais → Sistema de Preferência Regional 1.) Lista Comum → Resultante das Listas Nacionais 1.) Listas de Vantagens não Extensivas → beneficiar países de Menor Desenvolvimento Relativo (PMDR)5 1.) Acordos de Complementação → Firmados por pares de Países buscando Multilateralização 2.) Acordos de Preferência Aduaneira Regional → Reciprocamente entre todos os países membros com porcentagens diferentes. a) Países de Menor Desenvolvimento Relativo (PMDR); b) Países de Desenvolvimento Médio (PDM5); c) Países em Desenvolvimento (PD) 3 Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. 4 art. 10 do ato de criação da ALADI 5 Bolívia, Equador, Paraguai e Uruguai Curso ILB - Fundamentos da Integração Regional: o Mercosul. 2.) Acordos de Alcance Regional → Participam todos os membros (comerciais, complementação econômica, agropecuários, promoção do comércio, cooperação científica/tecnológica, promoção do turismo,preservação do meio ambiente. 2.) Acordos de Alcance Parcial → Agilizar a multilateralização de acordos 1980 Aproximação entre Brasil e Argentina - Negociação de Preferências Comerciais → Reduções Tarifárias Recíprocas. - Tratado de Cooperação Econômica (Sarney e Alfonsin) → Incremento/ Diversificação do comércio bilateral em setores-chave6 1985 Ata de Iguaçu: protocolos bilaterais de natureza setorial (trigo, bens de capital, segurança alimentar e outros 1988 no Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento: enlace dos setores produtivos dos dois países e de iniciativas conjuntas Desafio: alta inflação e pelo endividamento externo. 1989 Novos Paradigmas: Orientação Neoliberal - Menem 1989 (AR) + Collor 1990 (BR) - Consenso de Washington 1990 Ata de Bueno Aires: objetivo de estabelecer um Mercado Comum entre ambos países Cronologia da integração no Cone Sul MERCOSUL: Brasil, Argentina, Uruguai Membros Associados: Venezuela (2004) → 2005 Membro Pleno em processo de adesão; a) Base Jurídica: vinculada a ALADI, acordos de complementação econômica entre BR, AR e PY e UR b) Base Política: cláusula democrática c) Base Econômica: crescente diversidade e capacidade produtiva das quatro economia 1ª Fase 1991-1992: Tratado de Assunção ao Cronograma de Las Leñas “Necessidade de integração regional dos países sul-americanos, ideia lançada pelos pais fundadores das Repúblicas no continente” Programa de Liberalização Comercial (03/1991 a 12/1994):7 iniciado com redução mínima de 47%, sobre as tarifas já existentes, por mercadoria, até alcançar o limite máximo de 100%, ou seja, tarifa zero. Lista de Exceções: apresentadas individualmente pelos países signatários, segundo suas apreciações nacionais de bens ou produtos que necessitam de um 6 bens de capital, trigo e automóveis 7 anexo I do Tratado de Assunção (03/1991) Curso ILB - Fundamentos da Integração Regional: o Mercosul. tratamento diferenciado. A partir da adoção da Tarifa Externa Comum (TEC) → Lista de Adequação 2ª Fase 1992-1994: Cronograma de Las Leñas à Reunião de Colônia “Surgimento de dificuldades: setores produtivos ameaçados queriam desaceleração da desgravação tarifária, especialmente setor industrial e agrícola brasileiro e argentino” Discussão para Tarifa Externa Comum (TEC): preocupação em fixá-la o mais próxima possível de cada tarifa nacional. Que garantiria: a) equidade de condições de concorrência no Mercosul; b) margem de preferência regional; c) impulso político assegurar conquistas já alcançadas; d) unidade dos Países Membros em suas relações comerciais com outros países e grupos de países. Questões de base resolvidas: à eliminação de barreiras tarifárias e não-tarifárias e à adoção de uma Tarifa Externa Comum 3ª Fase 1994-1995: Reunião de Colônia à União Aduaneira “Negociação de temascentrais que deveriam ser solucionados até 2004, garantindo o funcionamento do bloco como União Aduaneira” Discussão de questões específicas: nível tarifário; número de exceções da TEC; Zonas Franca; quais critérios balizaram o Regime de Origem; definição e aprovação da nova estrutura institucional do Mercosul (vigorando a partir de 2005). Regime de Origem Mercosul: é considerado originário da região, portanto com direito à tarifa zero, qualquer produto que tenha pelo menos 60% de valor agregado regional. Necessário apenas quando o produto em questão está contido em alguma das listas de exceções à TEC. 4ª Fase 1998-2002: Protocolo de Ushuaia sobre Compromisso Democrático no Mercosul até a Reunião de Olivos 1998 Protocolo de Ushuaia: exige a vigência das instituições democráticas como condição imprescindível ao pleno desenvolvimento dos processos de integração regional → o bloco dispõe-se a suspender os direitos e obrigações de todo aquele sócio que venha a desrespeitar o princípio democrático, - sanções diversas no âmbito regional, podendo, inclusive, chegar a perder sua condição de membro do bloco. 5ª Fase 2002-2003: Protocolo de Olivos à Proposta de Refundação do Mercosul “A evolução do processo de integração exige consolidação legal, a criação de um direito comunitário capaz de ser automaticamente recepcionado pelos respectivos ordenamentos jurídicos dos seus Estados Partes” 2002 Protocolo de Olivos: criou uma estrutura jurídica para decidir sobre controvérsias entre Estados Partes, empresas ou indivíduos a) Tribunais Arbitrais Ad Hoc b) Tribunal Arbitral Permanente de Revisão (Assunção, 2004) Curso ILB - Fundamentos da Integração Regional: o Mercosul. c) Grupo Mercado Comum: Emite Resoluções. 6ª Fase 2004-2010: Programa de Trabalho do Mercosul à Representação Cidadã Programa de Trabalho do Mercosul para o triênio 2004-2006: diagnóstico geral do processo de integração Mercosul Econômico e Comercial: eliminar a dupla cobrança da TEC; questão da repartição da renda aduaneira; conceitos básicos do Código Aduaneiro do Mercosul; Promoção dos fundos estruturais a fim de elevar a competitividade dos membros e regiões. Mercosul Social: participação da sociedade civil; proposta promover os direitos trabalhadores no Mercosul; buscar a vigência dos Acordos sobre Residência de Nacional; Regularização Migratória para cidadãos do Mercosul. Mercosul Institucional: Prioridade criação do Parlamento do Mercosul; Conclusão dos trabalhos de Regulamentação do Protocolo de Olivos; Ampliação da agenda de integração (programa de cooperação em ciência e tecnologia; Iniciativa da Infraestrutura Regional SulAmericana (IIRSA)). Avanços do Bloco: Aprovação do Protocolo Constitutivo do Parlamento do Mercosul; Criação do Observatório da Democracia do Mercosul; Criação do sistema de pagamentos em moeda local para o comércio realizado entre os Estados Partes; aprovação das diretrizes para a implementação da eliminação da dupla cobrança da TEC; aprovação do Código Aduaneiro do Mercosul; A aprovação pelo CMC do critério de Representação Cidadã; Aprovação do programa de Consolidação da União Aduaneira. Marcos jurídicos constitutivos do Mercosul 1991 Tratado de Assunção: Estabeleceu os instrumentos para a constituição de uma Área de Livre Comércio e de uma União Aduaneira Avanços: a) Programa de Liberalização Comercial (reduções tarifárias progressivas, lineares e automáticas); b) Eliminação das restrições não-tarifárias; c) Listas de exceções; d) coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais; e) Foros Técnicos para Negociação8 ; f) Determinou que existiria uma TEC (implementada em 2004); g) impôs a adoção de acordos setoriais Etapa de Integração: uma união aduaneira imperfeita, ou parcial, visto que há vários produtos fora da tarifa externa comum 1994 Protocolo de Ouro Preto: Fase de Consolidação, estabelece estrutura institucional mais aperfeiçoada à integração e as bases para o estabelecimento de uma União Aduaneira (parcial). 8 subgrupos de trabalho para as políticas agrícola, industrial e trabalhista. Curso ILB - Fundamentos da Integração Regional: o Mercosul. Avanços: a) Personalidade Jurídica de Direito Internacional; b) Inclusão da Comissão Parlamentar Conjunta na estrutura; c) Estreitou laços entre os Chefes de Estado (Mínimo de 1 reunião semestral); d) Secretaria Administrativa do Mercosul (SAM): órgão de apoio Operacional; e) Setor de Assistência Técnica (SAT) f) Listas de Exceções Setoriais à TEC: bens não produzidos por alguns dos Estados Partes, a quem interessa importá-los de terceiros países, que são capazes de comercializá-los a preço mais baixo do que se fossem importados de Estados Membros do Mercosul Eliminação da Dupla Cobrança TEC: Pelo Conselho do Mercado Comum, devido ao não cumprimento da isenção de pagamento de imposto aduaneiro de produtos provenientes de países terceiros dentro da área de livre-comércio do Mercosul. Seguindo o cronograma 2002, 2014 e 2019. Objetivo do Mercosul: 1.) Eliminação das barreiras tarifárias e não-tarifárias no comércio entre os Países Membros; 2.) Adoção de uma Tarifa Externa Comum (TEC); 3.) Coordenação de políticas macroeconômicas; 4.) livre comércio de serviços; 5.) livre circulação de mão-de-obra; e livre circulação de capitais. 2.) Criação da TEC (1994 União Aduaneira) eliminação de grande parte das tarifas e das restrições não-tarifárias de cerca de 80% dos bens comercializados entre os Estados Partes - Tarifas zero para o comércio intrazona; tarifas iguais para o intercâmbio comercial com terceiros países. 3.) Coordenação de Políticas Macroeconômicas a) Política Cambial: Taxa de câmbio e moeda nacional em relação ao Dólar b) Política Monetária: Fixa taxa de juros e quantidade emitida de moeda c) Política Fiscal: Níveis e alcances tributários e controle dos recursos a serem arrecadados e gastos pelo Estado. Importância: Equilibra os efeitos comerciais entre as economias do bloco; direciona os fluxos de investimentos; e regula as condições de concorrência entre os produtores locais versus potenciais produtores dos outros Países Membros Por que ainda não consolidada?: Em função da dependência externa adquirida ao longo dos anos pelos países membros; grandes endividamentos dos países, muito afetados pelos ciclos de crises financeiras mundiais 4.) Liberalização do Comércio e Serviços: eliminação de leis/ normas/ regulamentações nacionais que discriminam o fornecedor estrangeiro e protegem o fornecedor nacional Curso ILB - Fundamentos da Integração Regional: o Mercosul. Dificuldade: Perda da autonomia nacional, inibe a presença de fornecedores estrangeiros em território nacional, ancorados em legislações, criando resistências à liberalização. 5.) Livre-Circulação de Trabalhadores: trabalho de harmonização das legislações trabalhista e previdenciária dos Estados Membros, reconhecimento mútuo de diplomas e títulos profissionais. - Foro Consultivo Econômico e Social: Trabalha para alcançar esse objetivo. b) Livre-Circulação de Capitais: No contexto da globalização gera mais especulação financeira que produção de bens e serviços e distribuição de benefícios. - Necessidade de estruturar liberalização qualificada: Controle dos movimentos de capitais especulativos, facilitação de fluxos de capitais para produção de bens e serviços.Estrutura Institucional do Mercosul - Orgânica Intergovernamental - Presidência Pro Tempore (Sistema de Rodízio Semestral de cronologia alfabética (AR → BR → PY → UR → VNZ) - Decisões Tomadas por Consenso Reuniões Periódicas Tipo Periodicidade Local Especificidades Reuniões de Cúpula dos Presidentes dos Estados Partes do Mercosul e associados 6 meses País que tem presidência Pro Tempore Reuniões Ordinárias do Conselho do Mercado Comum, 6 meses País que tem presidência Pro Tempore Em paralelo às Reuniões de Presidentes dos Estados Membros Reuniões de Ministros de Economia e Presidentes dos Bancos Centrais 6 meses Podem ser convocadas em caráter extraordinário Reuniões Ordinárias e Extraordinárias do Grupo Mercado Comum 6 meses Podem ser convocadas em caráter extraordinário Curso ILB - Fundamentos da Integração Regional: o Mercosul. Curso ILB - Fundamentos da Integração Regional: o Mercosul. Solução de Controvérsias 1993 Solução de Controvérsias (PB) (Protocolo de Brasília): entra em vigor - Ancorado no Direito Internacional Público 1997 Sistema Provisório (Protocolo de Brasília): Modelo Inter-arbitral ou seja Negociação direta → conciliação → arbitragem - Possibilidade de reclamações advindas de particulares, pessoas físicas ou jurídicas. Processo Negociação Direta: Sem forma ou rito definido Decisões encaminhadas à SAM → GMC (no max em 15 dias) Órgão Arbitral Permanente?: Seria o modelo mais adequado para interpretação uniforme das normas - Dificuldades: parcela de delegação de soberania dos Estados e o caráter dispendioso. 2002 Protocolo de Olivos: - A etapa conciliatória passa a ser facultativa - Permite às Partes escolha por outro foro de soluções de conflito (OMC, etc) Tribunal Arbitral Ad-Hoc - Composição (3 árbitros): 2 indicados pelos Estados Partes, provenientes de uma lista previamente depositada na Secretaria Administrativa do Mercosul e 1 neutro, escolhido por ambas as partes, que o presidirá, sendo vedado a este último provir dos Estados envolvidos na controvérsia. - Decisão: Por laudos inapeláveis e obrigatórios para os Estados Partes, terão força de coisa julgada, devendo ser cumpridos no prazo de quinze dias Corte Revisora: Trazer maior segurança Jurídica, com vistas a implementar futuramente um Sistema Permanente de Solução de Controvérsias - Composição (5 árbitros): Cada Estado Parte indicará 1 árbitro e um suplente pelo período de dois anos renováveis, 1 árbitro será designado de comum acordo pelos Estados Partes pelo período de três anos não renováveis, devendo ser nacional de um dos Estados. Curso ILB - Fundamentos da Integração Regional: o Mercosul. Curso ILB - Fundamentos da Integração Regional: o Mercosul. Módulo 3: A Dimensão Parlamentar do Mercosul Constituições Nacionais 1991 Tratado de Assunção: Comissão Parlamentar Conjunta (CPL) 1994 Protocolo de Ouro Preto: Inclusão da estrutura institucional - Caráter obrigatório às: Decisões do Conselho; às Resoluções do Grupo Mercado Comum; às Diretrizes da Comissão do Comércio - implementação se fará de acordo com a legislação interna dos Estados Partes. Limitações das Constituições Nacionais: impedem a implementação de um regime adequado e do desenvolvimento de um Direito Comunitário; obstáculo para incorporação das normas masculinas e sua operacionalização - Solução: por meio de ajustes coordenados ● Constituição Argentina: Outorga aos tratados internacionais uma hierarquia superior às leis nacionais e autoriza a celebração de tratados de integração que deleguem competências a organizações supra-estatais (arts. 75 incisos 22 e 24)[N6]. ● Carta Magna Paraguaia: Outorga supremacia aos tratados internacionais e estabelece genericamente a admissão de uma ordem jurídica supranacional arts. 137,141 e 145)[N7]. ● Constituição Venezuelana: Determina que a preferência de acordos regionais sobre a legislação interna (arts. 153 a 155)[N8]. ● Constituição Uruguaia: Não contam com previsão constitucional que conceda hierarquia superior dos tratados internacionais sobre as leis nacionais. - Artigo 6, inciso 2: La República procurará la integración social y económica de los Estados Latinoamericanos, especialmente en lo que se refiere a la defensa común de sus productos y materias primas. Asimismo, propenderá a la efectiva complementación de sus servicios públicos ● Constituição Brasileira 1988: Não contam com previsão constitucional que conceda hierarquia superior dos tratados internacionais sobre as leis nacionais. - Brasil Tratados de Direitos Humanos os quais aprovados na forma do § 3º do art. 5º da Constituição Federal, introduzido pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004, equiparam-se a emendas constitucionais. - Artigo 4º: A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. Poder Executivo: Competência privativa para manter relações com Estados estrangeiros, acreditar seus representantes diplomáticos, bem como celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional (art. 84, incisos VII e VIII). Parlamento: cabe aprovar os atos internacionais firmados pelo Presidente da Curso ILB - Fundamentos da Integração Regional: o Mercosul. República ou seu Plenipotenciário, cabendo-lhe também autorizar o Presidente da República a declarar guerra e celebrar a paz. Congresso Nacional: resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional; - Aprovação ou rejeição in totum de tratados e atos internacionais - Caso o Tratado admita reservas, o Congresso pode aprová-lo com restrições → Executivo traduz em reservas na ratificação Executivo inicia Tratado → Aprovação do Congresso → Emite Decreto Legislativo → Executivo Ratifica Tratados: estão em nível hierárquico inferior ao da Constituição, e, portanto, sujeitos ao controle de constitucionalidade Incorporação das normas Mercosul ao ordenamento jurídico interno dos Estados Partes Parte-se da presunção é a de que interessa aos Estados signatários a célere aprovação congressual dos atos internacionais firmados no âmbito do processo integracionista. Problemas: Restrições de Setores Nacionais Interessados → Governos sustam tramitação no Congresso Nacional Normas mercosulinas: Submetidas ao Congresso de acordo a sua natureza - Natureza de Lei: introduzidas via tramitação do direito interno - Natureza Regulatória: introduzidas via decretos e portarias Com exceção da Argentina, nos demais Países Partes as normas do Mercosul são incorporadas recebendo tratamento idêntico aos demais tratados internacionais Especificidade BR - Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul (CPC): Resolução do Congresso Nacional nº1 1996, em acordo com o art. 25 do Protocolo de Ouro Preto - Emitir parecer preliminar sobre toda matéria de interesse para o bloco e que venha a tramitar no Congresso Nacional. - Procurará acelerar os procedimentos internos para a entrada em vigor das normas do Mercosul - Fornece subsídios às demais Comissões temáticas Entretanto: A CPC é impedida por natureza jurídica de acelerar os processos e não dispõe de real poder negociador Problemática:Frequentemente decisões do Mercosul são incorporadas via portarias ministeriais, gerando prejuízo à competência legislativa do Congresso. Revogação: da Resolução do Congresso Nacional nº1 1996, pela resolução nº 1 de 2007, que dispõe sobre a Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul Curso ILB - Fundamentos da Integração Regional: o Mercosul. “procedimento preferencial às matérias emanadas dos órgãos decisórios mercosulinos, desde que a norma tenha sido adotada de acordo com os termos do parecer do Parlamento do Mercosul” (art. 4). Norma Mercosul → Aprovação pela Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul → Enviada à Câmara e ao Senado A Consulta Parlamentar: Primeiro acordo institucional (2003) entre o Conselho do Mercado Comum e a Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul. “todo instrumento Mercosul que, no momento de sua negociação, houvesse ido à Comissão e recebido o seu parecer favorável, quando firmado pelos Estados Partes e enviado à aprovação congressual, receberia tratamento legislativo mais rápido”. Problemática: maior debilidade do bloco reside no déficit de incorporação das normas, debilitando a credibilidade do bloco, modelo de integração orientado pelo poder e não por normas jurídicas livremente acordadas, torna-se espaço pouco atraente para investidores, caracterizado por insegurança jurídica e falta de previsibilidade e de efetividade normativa. Criação do Parlamento do Mercosul 2003 Programa de Trabalho: aprovado pelo Conselho do Mercado Comum: que engloba um projeto para a criação do Parlamento do Mercosul 2004 Comissão Preparatória do Parlamento do Mercosul: aprovado pelo CMC, conferida à Comissão Parlamentar Conjunta 2005 Projeto de Protocolo Constitutivo do Mercosul: Aprovado pelo CMC Parlamento do Mercosul: substituirá a Comissão Parlamentar Conjunta - Inserção do mecanismo de Consulta Parlamentar: com prazo de 180 dias corridos para que os Congressos Nacionais se manifestem sobre aquelas normas que tenham sido adotadas pelo CMC. - os Parlamentos nacionais deverão adotar as medidas necessárias para a instrumentalização desse procedimento, em conformidade com as suas respectivas normas regimentais. - Se a norma não for aprovada, esta deverá ser reenviada ao Poder Executivo, que a encaminhará à reconsideração do órgão correspondente do Mercosul - possibilidade de solicitar relatórios dos órgãos decisórios do Mercosul (art. 4, inciso 4) e de convidar representantes dos órgãos do Mercosul para informar sobre determinados aspectos da integração (art. 4, inciso 5) Principais propósitos: contribuir para solucionar a maior debilidade do bloco, o baixo índice de normas da integração efetivamente incorporada aos ordenamentos jurídicos nacionais a) a representação dos povos do Mercosul; b) a promoção e a defesa da democracia, da liberdade, da paz e do desenvolvimento sustentável, com justiça Curso ILB - Fundamentos da Integração Regional: o Mercosul. social; c) o estímulo à participação dos atores da sociedade civil no processo de integração e à formação de uma consciência integracionista na região; d) a consolidação da integração latino-americana mediante o aprofundamento e consolidação do Mercosul. Deverá: promover políticas regionais que possibilitem uma integração fronteiriça sem barreiras, à livre circulação de pessoas, bens e serviços, e um desenvolvimento integral, complementar e solidário das suas variadas regiões, num esforço que permita a correção gradual das assimetrias, que objetive a parceria nas políticas públicas em saúde, educação, agropecuária, trabalho, cultura e outros campos. O Parlamento do Mercosul apresenta um significativo avanço político e institucional, marco definitivo de um modelo de integração democrático, representativo e estratégico, verdadeira concepção de uma nova visão política regional. Voto: Individual dos membros das delegações (não mais por consenso), contribuído para pluralidade ideológica. Composição: Até 2010 - Paritária: 18 representantes por país, designados pelos respectivos Congressos Nacionais Após 2010 - Critério Representação Cidadã: deve ser integrado por representantes eleitos pelo voto universal, direto e secreto, de acordo com a legislação eleitoral de cada Estado Parte. - Em 2011: Brasil 37 representantes; Argentina 26; Uruguai 18; Paraguai 18 Espera-se que: O Parlamento seja um local para debates públicos sobre integração; represente os anseios e preocupações dos diversos setores da sociedade civil; canal de comunicação com a população; as normas do Mercosul sejam submetidas a amplos debates Curso ILB - Fundamentos da Integração Regional: o Mercosul. Estrutura Intergovernamental e o Parlamento Estrutura institucional inspirada na União Europeia mas adaptado o paradigma às condições políticas e características próprias de países em desenvolvimento. Modelo intergovernamental: Priorização do Estado e representantes dos interesses da sociedade civil marginalizados Desenvolvimento gradual: criar novos organismos, a partir de uma base mínima que lhe daria a institucionalidade inicial, de acordo com as exigências que o processo em movimento demandasse. Pretendia-se, assim, garantir que os primeiros acordos pudessem ser levados à prática de imediato. Modelo Supranacional?: Não era uma opção pois poderiam comprometer os objetivos nacionais de estabilização macroeconômica ou mesmo alterar o equilíbrio entre as competências nacionais e as atribuições decisórias que deveriam ser tomadas coletivamente. Curso ILB - Fundamentos da Integração Regional: o Mercosul. Fatores a serem considerados: 1.) História da formação da Região do Cone Sul, cujas riquezas minerais eram disputadas pelos colonizadores europeus. 2.) História das relações políticas e econômicas entre Brasil e Argentina, só em 1985 com o Programa de Integração rompeu-se o antagonismo histórico e avançou-se na busca de novas formas de cooperação política e estratégica bilateral para a região. 3.) Assimetria de tamanho entre as diferentes economias que constituem o bloco e visões estruturalmente diferentes no que diz respeito ao grau de institucionalização exigido pelo projeto de integração. - Brasil, nos primeiros quatorze anos de existência do Mercosul, privilegiava a manutenção de um esquema de negociação entre governos. - Uruguai e Paraguai, sempre defenderam a ideia de se diminuir esse grau de discricionariedade dos sócios maiores → ganhavam pequena margem de ação unilateral efetiva. - Argentina, meio-termo defendendo a criação de instituições intergovernamentais e comunitárias, tendo sugerido a criação de um tribunal permanente como opção para iniciar-se o caminho em direção à supranacionalidade, 4.) Experiências de integração regional - ALALC, ALADI e Grupo Andino mostraram que uma organização institucional forte não poderia substituir a falta de vontade política dos países participantes. 5.) A adesão da Venezuela agrega outra discussão, com marcado com viés ideológico, de luta contra o capitalismo imperialista norte-americano. ___________________________________________________________________ Módulo 4: Análise Da Trajetória E Perspectivas Para O Mercosul Sucessos e Debilidades O modeloinstitucional criado pelo Tratado de Assunção é funcional. O minimalismo institucional com previsão de criação de novos órgãos conforme necessidade, diminui a burocracia. O eixo baseado em acordos setoriais entre os Estados, visavam valorizar as vantagens comparativas, barateando o produto final e inserindo mais competitivamente o bloco no mercado internacional. Para o alcance da etapa de Mercado Comum, é necessário “otimizar a utilização e mobilidade dos fatores de produção e alcançar escalas operativas eficientes”. Entretanto, com Menem e Collor e a mudança de orientação política, foi implementado um acelerado cronograma de desgravação tarifária, marginalizando outros aspectos integracionistas como complementaridade de setores das economias e a integração macroeconômica. Dando ênfase ao comércio Curso ILB - Fundamentos da Integração Regional: o Mercosul. intrabloco aumentando exponencialmente as trocas, projetando uma imagem externa positiva do Mercosul. A Crise dos Tigres Asiáticos em 1997 gerou a redução dos fluxos de investimentos destinados aos países em desenvolvimento. Devido a dependência econômica de capital estrangeiro, os países mercosulinos foram dramaticamente impactados. O que gerou grandes controvérsias comerciais e iniciativas protecionistas unilaterais. Seguida pela crise na Argentina e a ação brasileira de desvalorização do Real, causou fortes desequilíbrios à competitividade dos produtos comercializados no mercado intrabloco e à regressão do comércio, estagnado o bloco. Aperfeiçoamento das instituições do bloco: - busca de legitimidade democrática para as decisões tomadas por seus órgãos decisórios (pouco compromisso com as decisões tomadas no âmbito institucional do Mercosul) - Fortalecer as instituições fortes para aumentar a confiabilidade nas negociações com outros blocos e países. 2002 - Assinatura do Protocolo de Olivos: que criou o Tribunal Permanente de Revisão. 2003 - Revisão do Protocolo de Ouro Preto 2002 - Programa de Trabalho do Mercosul 2004-2006: ações vinculadas à legitimidade democrática no bloco; ampliação da participação da sociedade civil, a visibilidade cultural por meio da promoção de eventos; permitam maior conhecimento mútuo de suas sociedades; promoção do Mercosul cidadão; participação do setor privado; sistema de solução de controvérsias; Parlamento do Mercosul. - estancar a dupla cobrança da TEC, começar a discutir a renda aduaneira e sua distribuição entre os países membros - Fim da cobrança de tarifas para bens originários da própria zona Problema Gerais do bloco: Insuficiência Metodológica e Institucional, os compromissos assumidos pelos países membros ainda não tiveram alcance suficiente para atenuar ou evitar os impactos da crise, iniciada em 1998, sobre suas economias Segundo Félix Peña: 1.) acumulação de regras não incorporadas aos ordenamentos jurídicos internos, o que acarreta a hipertrofia normativa. 2.) deficiência dos métodos empregados para preparar e adotar decisões; 3.) utilização da diplomacia presidencial para a administração dos conflitos de interesses entre os sócios e mecanismos demasiado débeis, destinados à solução de controvérsias; Curso ILB - Fundamentos da Integração Regional: o Mercosul. 4.) falta de transparência do processo decisório e, nele, pouca participação da sociedade civil. Outros problemas: os países vêm assumindo comportamentos unilaterais fundados muito em razões de emergência econômica; falta de instituições mais permanentes (enfraquece o Mercosul aos olhos de nossos parceiros externos); bloco está sempre refém de fatores conjunturais. Projeções Econômico-Social: incapacidade de se constituir efetivamente como um território aduaneiro único. Que depende de um regime de importação único. - A retomada das negociações do Código Aduaneiro do Mercosul e de mecanismos que evitem a dupla cobrança da TEC deve-se à insistência da Comissão Europeia nesse sentido. Inconclusão da União Aduaneira: pouca capacidade para ajustar os parâmetros, inicialmente estabelecidos para a integração, a conjunturas inesperadas e difíceis. TEC: Aperfeiçoar a disciplina tarifária respeitando as assimetrias existentes entre os sócios. O cronograma de redução tarifária inclui exceções: bens de capital, informática e telecomunicações; exceções nacionais: desde o Protocolo de Ouro Preto; regimes especiais: política automotriz e produtos do setor; regimes especiais: zonas francas e para o açúcar. Reconhecimento das assimetrias entre os membros do bloco: perdido de vista a própria lógica que inspiraram a sua criação. - Fundo para a Convergência Estrutural e Fortalecimento Institucional do Mercosul (FOCEM):.corrigir os desequilíbrios por meio do financiamento de programas para promover a convergência estrutural; desenvolver a competitividade; promover a coesão social, em particular das economias menores e regiões menos desenvolvidas do bloco; apoiar o fortalecimento de sua estrutura institucional e do processo de integração. 2002 Programa de Foros de Competitividade: aproveitar as vantagens comparativas dos Estados Partes do Mercosul por meio da integração de suas cadeias produtivas;ampliar as suas exportações a terceiros países; desenvolvido é a realização de iniciativas de promoção comercial conjunta Reformula o paradigma de Integração: integração das cadeias produtivas do bloco; vigoroso instrumento para a implantação de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento dos países membros. - Utilizar acordos setoriais: infra-estrutura, representada por energia, transportes e telecomunicações, representa poderosíssimo instrumento para a promoção do desenvolvimento da região em seu conjunto, garantindo expressivos benefícios no plano social, entre eles a geração de empregos. Curso ILB - Fundamentos da Integração Regional: o Mercosul. Papel da Mídia: construir uma consciência, na região, favorável ao Mercosul. Em um mundo interdependente,o interesse nacional somente poderá ser plenamente atendido se projetos de desenvolvimento forem vislumbrados no marco do processo de integração. Lenta incorporação da normativa emanada dos órgãos da integração: Em 2006, apenas 30% desses atos haviam sido internalizados simultaneamente pelos quatro países membros. Isso gera falta de previsibilidade no bloco, sendo necessário adaptar os respectivos ordenamentos jurídicos dos Estados Membros para uma pronta recepção da normativa Mercosul. Iniciativas poderiam ser úteis no Brasil: a) introduzir a normativa Mercosul entre a tipologia legal conforme enumerada no art. 59 da Constituição Federal, de forma a distinguir tais normas dos tratados internacionais firmados fora do processo de integração, impedindo a sua derrogação pela via de uma lei ordinária subsequente. b) emenda ao art. 49, inciso I, da Constituição Federal, que regula a aprovação dos tratados internacionais pelo Congresso Nacional, de modo a outorgar um tratamento diferenciado e mais ágil às normas emanadas dos órgãos do Mercosul e submetidas à aprovação congressual. Contradição no Projeto da Integração: o Tratado de Assunção, que criou o Mercosul, faz referência a um pretendido "mercado comum". Como se sabe, um mercado comum pressupõe o livre trânsito de mercadoriase pessoas pelo espaço econômico integrado. - Criação de alguma instituição incumbida de zelar pelos interesses da região em seu conjunto → instituições fortes, capazes de gerar bens regionais comuns. - Consolidação Institucional: postura de verdadeiro respeito às regras pactuadas Parlamento do Mercosul: criado com apoio de organizações não-governamentais e Parlamentos nacionais → real conquista da democracia. - instituir em seu seio partidos políticos transnacionais chamadas "famílias políticas"), construir uma visão regional da integração, que transcenda os interesses meramente nacionais - equilíbrio aos órgãos da integração, por meio do exercício do controle democrático, junto ao Tribunal Permanente de Revisão. - Aumentar a participação de setores da sociedade civil e as organizações governamentais o percebam como espaço de demanda e de debate. - Antecipar eventuais conflitos em formação entre os países membros: evitar "diplomacia presidencial", que vem fracassando e desgastando a credibilidade do Mercosul Curso ILB - Fundamentos da Integração Regional: o Mercosul. Adesão da Bolívia: consequências que já vêm se fazendo sentir no interior do Mercosul, e que comprometem a sua coesão, advindas de eventuais conflitos como aqueles em torno da construção de fábricas de celulose na fronteira entre Uruguai e Argentina - Incorporação de outros países: importância geopolítica e estratégica; consolidação do Mercosul, e não para a destruição de sua identidade. Conflitos e possíveis defecções: necessidade de aperfeiçoamento do mecanismo de solução de controvérsias do Mercosul; - Descontentamento dos sócios menores com os poucos ganhos: necessidade de se adotar instrumentos que permitam “"institucionalizar a flexibilidade” com geometria variável e de múltiplas velocidades. “Fazer com que o processo de integração penetre em profundidade nos planos político, social e cultural de cada nação, transcendendo a simples dimensão econômico comercial.” → agenda do desenvolvimento, mas também à agenda legislativa → modificação de instituições e de legislações nacionais. - exigirá diversas reformas referentes à integração dos poderes judiciários. Papel do Judiciário: na definição de políticas públicas, entretanto, no processo de integração irrelevante. - incentivo aos encontros de juízes do Mercosul, a participação do judiciário na elaboração de tratados sobre integração e o estímulo a medidas que promovam a educação e atualização dos juízes no que concerne à normativa do Mercosul - afinal os juízes somente podem aplicar bem o direito do Mercosul se o conhecerem profundamente.