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UTILIZAÇÃO DA ÁGUA DE REUSO DA SABESP NA PRODUÇÃO DE ARGAMASSA Aline Bittencourt da Silva Artigo produzido por: Aline Bittencourt da Silva Jorge Santos Lyra Marcelo H. R. M. de Souza Silvio Prieto Junior Renata Silva Gomes Aline Bittencourt da Silva Formação: • Engenharia Civil Universidade de Mogi das Cruzes – Campus Villa Lobos Prêmios: • Aluno Emérito Curso de Engenharia Civil 1º semestre/2018 Experiência: • Coordenadoria de Projetos e Obras da Prefeitura Municipal de São Paulo. • Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Governo do Estado de São Paulo. • Secretaria da Educação do Governo do Estado de São Paulo. aline_bittencourt@hotmail.com aline-bittencourt CONCEITOS Definição de argamassa Água Cimento e/ou cal Pasta + + = = Agregado miúdo Pasta Argamassa Composição: Classificação da Argamassa Quanto a Finalidade Assentamento Encunhamento Construção de alvenaria Classificação da Argamassa Quanto a Finalidade Chapisco Emboço Reboco Monocamada Revestimento Classificação da Argamassa Quanto a Finalidade Contrapiso Alta resistência para piso Revestimento de piso Classificação da Argamassa Quanto a Finalidade Colante Rejunte Revestimento cerâmico Classificação da Argamassa Quanto a Finalidade Reparo Recuperação de estruturas Características e Propriedades Durabilidade Resistência mecânica Baixo módulo de elasticidade Capacidade de aderência Trabalhabilidade Estabilidade química Capacidade de retenção de água Água e a argamassa Proporção de água: RESISTÊNCIA, QUALIDADE E DURABILIDADE: Ausência: • Impossibilita formação de C-S-H Grande quantidade: • Baixa viscosidade inicial; • Alta liquidez; • Dificuldade no manuseio; Excesso: • Maior porosidade ; • Maior número de vazios • Maior permeabilidade; • Menor resistência à compressão; Água e a argamassa Caracterização de água Características químicas • Impacto na reação de hidratação; Matéria orgânica: • Tempo de pega; • Presença de manchas; Crescimento Populacional e Construção Civil Fonte: Dados: Concreto Microestruturas, Propriedades e MateriaisFonte: Dados: Agência Nacional de Águas - ANA 0 10 20 30 1970 1980 1990 2000 2010 2020 Po p u la çã o ( m ilh õ es ) Ano Crescimento das 5 maiores cidades do mundo em 30 anos Tóquio Deli São Paulo Mumbai (Bombaim) Cidade do México Linear (São Paulo) 16% 84% Utilização de água no Brasil Destinada à Construção Civil Outros fins Água de Reuso DEFINIÇÃO: • Água tratada por diversos processos, proveniente de esgoto nas ETEs. PRODUÇÃO Captação de esgoto Filtros de disco Tanque biológico Ultrafiltração Desinfecção Osmose reversa Tanque de reservação Água de Reuso UTILIZAÇÕES: ▪ Resfriamento de equipamentos; ▪ Geração de energia; ▪ Aproveitamento em processos industriais; ▪ Limpeza de ruas e praças. ▪ Desobstrução de rede de esgotos e águas pluviais; ▪ Vaso sanitário e irrigação paisagística (mediante avaliação técnica); METODOLOGIA DE ANÁLISE Premissas adotadas Água de Reúso Água Potável ▪ Comparação ▪ Avaliar a interferências Cimento CP II ▪ Utilização mais comum; ▪ Facilidade na aquisição. NBR 15.900 – Análise Química da Água IMPORTÂNCIA • Analisar: • Características físicas e propriedades químicas; • Concentração dos componentes; • Composição química da água. COMO FOI REALIZADO • Análise química nos laboratórios da Falcão Bauer e ABCP; • Comparação com os valores de norma; Água de Reuso NBR 15.900 – Análise Química da Água Parâmetro Atendimento à Norma Óleos e Gorduras ✔ Detergentes ✔ Cor ✔ Material Sólido ✔ Odor ✔ Ácidos ✔ Matéria Orgânica ✔ Cloreto ✔ Açúcares ✔ Fosfato (P2Os) ✔ Nitrato (NO3) ✔ Chumbo (Pb²+) ✔ Zinco (Zn ²+) ✔ NBR NM 248 – Determinação da Composição Granulométrica IMPORTÂNCIA • Analisar e classificar a curva granulométrica; COMO 2 amostras de agregado miúdo convencional* de 1 kg; Secagem das amostras por 24 horas em estufa; Colocada a amostra no conjunto de peneiras Agitado manualmente; Agitado no agitador mecânico por 5 minutos; Pesada quantidade de agregado em cada peneira 1 2 3 4 5 6 * Agregado convencional: agregado obtido em casa de material de construção. Conjunto de peneiras Agitador mecânico NBR NM 248 – Determinação da Composição Granulométrica Descontínua • Ausência de uma fração granulométrica. Uniforme • Grãos de mesmo tamanho. Contínua • Granulometria bem graduada; • Com preenchimento de todos os vazios NBR NM 248 – Determinação da Composição Granulométrica 0,00 % 20,00 % 40,00 % 60,00 % 80,00 % 100,00 % 120,00 % M as sa r et id a ac u m u la d a (% ) Abertura das peneiras Amostra 1 Amostra 2 NBR 7215 – Índice de Consistência IMPORTÂNCIA • Analisar a consistência; • Evitar excesso e ausência de água; • A consistência está ligada a facilidade no manuseio; COMO FOI REALIZADO 12 amostras: • Água de reuso + Agregado parametrizado • Água potável + Agregado parametrizado • Água de reuso + Agregado convencional • Água potável + Agregado convencional NBR 7215 – Índice de Consistência Constituinte Média do diâmetro da amostra Desvio padrão Desvio padrão em % Água potável + Agregado miúdo convencional 193 mm 10 5,22% Água de reuso + Agregado miúdo convencional 174 mm 9 5,06% Água potável + Agregado miúdo parametrizado 230 mm 6 2,48% Água de reuso + Agregado miúdo parametrizado 180 mm 5 2,81 Desvio padrão acima do aceitável em norma. NBR NM 43 – Consistência Normal IMPORTÂNCIA • Analisar a quantidade de água na mistura para avaliar o tempo de pega. COMO FOI REALIZADO 3 amostras: água potável 3 amostras: água de reuso Ajuste Haste deve penetrar 6 ± 1 mm Molde com pasta de cimento NBR NM 43 – Consistência Normal Tentativa Massa de água (g) Massa de cimento (g) Índice de consistência 1ª 100 500 4 mm 2ª 120 500 10 mm 3ª 140 500 19 mm 4ª 135 500 10 mm 5ª 137 500 8 mm 6ª 138 500 7 mm Consistência encontrada na 6ª tentativa. NBR NM 65 – Tempo de Pega IMPORTÂNCIA • Avaliar o tempo de início e fim de pega; COMO FOI REALIZADO 3 amostras: água potável 3 amostras: água de reuso Fonte: Livro: Concreto – Microestrutura, Propriedades e Materiais Solta-se a agulha a cada 10 minutos Início: 4 ± 1 mm Fim: 0,5 mm NBR NM 65 – Tempo de Pega Água Potável Água de Reúso NBR NM 65 – Tempo de Pega Água potável • Início: 2h20 • Fim: 4h30 Água de reuso • Início: 2h40 • Fim: 5h05 Aumento de tempo de pega • Início: 14,3% • Fim: 12,9% Valores ASTM • Início: 0h45 ✔ • Fim: 6h15 ✔ NBR 7215 – Resistência à Compressão IMPORTÂNCIA • Avaliar a capacidade mecânica COMO FOI REALIZADO 12 amostras: água potável + agregado parametrizado; 12 amostras: água de reuso + agregado parametrizado; 12 amostras: água potável + agregado convencional; 12 amostras: água de reuso + agregado convencional Submetidos ao ensaio de resistência em 7, 14, 21 e 28 dias. Cura dos corpos de prova em câmara úmida. NBR 7215 – Resistência à Compressão 17,2 21,2 26,9 33,9 21,6 26,0 26,1 33,1 13,0 14,2 21,6 22,0 15,1 14,5 20,6 20,4 5 10 15 20 25 30 R e s is tê n c ia à C o m p re s s ã o ( M P a ) Idade de compressão (dias) Água Potável - Parametrizado Água de Reúso - Parametrizado Água Potável - Convencional Água de Reúso - Convencional 13 15,1 17,2 21,6 R e s is tê n c ia à C o m p re s s ã o ( M P a ) Água potável - Agregado Convencional Água de Reúso - Agregado Convencional Água Potável - Agregado Parametrizado Água de Reúso - Agregado Parametrizado Resistência à compressão em todas idades Resistência à compressão aos 7 dias Considerações Finais Características no estado fresco e endurecido não sofreram variações que inviabilizassem a utilização; Menor custo devido ao menor valor da água de reuso; Diminuição dos impactos ambientais inerente a reutilização da água proveniente de esgoto tratado. CONCLUSÕES AOS FUTUROSENGENHEIROS Alunos cadastrados no CREA JOVEM: • 90% de desconto na primeira anuidade do CREA • Link: http://creajovem.creasp.org.br/cj/ Cursos gratuitos – Infraestrutura Urbana • Portal Capacidades • Link: http://www.capacidades.gov.br/ https://goo.gl/kG8zLJ http://www.capacidades.gov.br/ FIM Muito obrigada!
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