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LABORATÓRIO CLÍNICO E CONTROLE DE QUALIDADE PROFESSORA: MARA FERNANDES RIBEIRO Qual a importância dessa disciplina na minha formação profissional? • Aplicar as boas práticas laboratoriais, baseando-se na utilização das barreiras primárias, no descarte correto de resíduos gerados em laboratório e uso das técnicas de esterilização e desinfecção para adoção de práticas que evitam os riscos e os acidentes no local de trabalho; • Empregar os conceitos de biossegurança, com bases no controle de qualidade laboratorial e considerando as variáveis analíticas para realização adequada da coleta de amostras biológicas; • Escolher os equipamentos e vidrarias laboratoriais adequados, com base na sua funcionalidade, para obtenção de resultados laboratoriais fidedignos; • Distinguir os tipos de microscopia de luz, reconhecendo sua parte mecânica e os seus componentes ópticos, para escolha, utilização e manuseio adequado dos microscópios no dia a dia laboratorial; • Desenvolver atividades de primeiros socorros, com base nos sinais e sintomas da vítima para manutenção das suas funções vitais. Ementa • INTRODUÇÃO ÀS BOAS PRÁTICAS LABORATORIAIS. • BIOSSEGURANÇA E GESTÃO DA QUALIDADE. • EQUIPAMENTOS E VIDRARIAS APLICADAS EM LABORATÓRIO CLÍNICO. • MICROSCOPIA DE LUZ. • PRIMEIROS SOCORROS E SEGURANÇA EM AMBIENTES DE LABORATÓRIO. Cronograma de aulas 1ª parte + AV1 (9 aulas) 2ª parte + AV2 + AVD + AV3 (4 aulas) Fechamento de notas 24/06 Avaliação Substituir menor nota 75% presença AV1 ou AV2 AV3 24/06 AV1 29/04 AVD 11/06 AV2 03/06 NF >6 > 4 AV3 = 10AVD = 10AV2 = 8 + 2AV1 = 7 + 3 Temas de aprendizagem 1. INTRODUÇÃO ÀS BOAS PRÁTICAS LABORATORIAIS 1.1 CONCEITOS BÁSICOS DE BOAS PRÁTICAS APLICADAS A LABORATÓRIOS CLÍNICOS 1.2 QUALIDADE DA ÁGUA REAGENTE EM LABORATÓRIOS CLÍNICOS 1.3 IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS EM LABORATÓRIOS 1.4 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS EM LABORATÓRIOS CLÍNICOS Temas de aprendizagem 2. BIOSSEGURANÇA E GESTÃO DA QUALIDADE 2.1 PRINCIPAIS CONCEITOS DE BIOSSEGURANÇA APLICADOS A LABORATÓRIOS CLÍNICOS 2.2 NORMAS DE SEGURANÇA APLICADAS A OGMS E PESQUISA COM CÉLULAS-TRONCO 2.3 REQUISITOS FUNDAMENTAIS PARA GESTÃO DE QUALIDADE EM LABORATÓRIOS 2.4 REQUISITOS DE COMPETÊNCIA TÉCNICA DE LABORATÓRIOS DE ENSAIOS E CALIBRAÇÃO 2.5 PROCEDIMENTO DE COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS E IDENTIFICAÇÃO DE INTERFERENTES Temas de aprendizagem 3. EQUIPAMENTOS E VIDRARIAS APLICADAS EM LABORATÓRIO CLÍNICO 3.1 PARA QUE SERVEM, COMO FUNCIONAM E COMO DEVEM SER UTILIZADOS OS PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS PRESENTES EM LABORATÓRIO CLÍNICO 3.2 VIDRARIAS LABORATORIAIS, SUAS CARACTERÍSTICAS E FUNÇÕES 4. MICROSCOPIA DE LUZ (CRÉDITO DIGITAL) 4.1 CONCEITOS GERAIS DA MICROSCOPIA DE LUZ E SEUS COMPONENTES ÓPTICOS 4.2 DIFERENTES MODALIDADES DE OBSERVAÇÃO EM MICROSCOPIA DE LUZ 5. PRIMEIROS SOCORROS E SEGURANÇA EM AMBIENTES DE LABORATÓRIO 5.1 RISCOS RELACIONADOS AO AMBIENTE LABORATORIAL 5.2 PRINCIPAIS TIPOS DE ACIDENTES QUE OCORREM EM AMBIENTE LABORATORIAL, SEUS AGENTES E DANOS 5.3 AÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS AOS PRINCIPAIS ACIDENTES QUE OCORREM EM AMBIENTE LABORATORIAL Temas de aprendizagem • Aula prática 1 - Mapa de risco • Aula prática 2 - Coleta de sangue • Aula prática 3 - Equipamentos de laboratório • Aula prática 4 - Vidrarias de laboratório • Aula prática 5 - Microscopia de luz A U LA S PR ÁT IC A S Carga horária semanal 1 aula teórica 2 aulas práticas 3 horas semanais Referências principais • Almeida, Lara Mendes de et al. Microscopia: contexto histórico, técnicas e procedimentos para observação de amostras biológicas. 1. São Paulo: Érica, 2014. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536521121 • Cardoso, Telma Abdalla de Oliveira. Biossegurança e qualidade dos serviços de saúde.Curitiba: Intersaberes, 2016. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/41657 • Godoi, Luciane de. Normas de segurança em laboratório. Curitiba: Contentus, 2020. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/182558 • Luongo, Jussara. Tratado de Primeiros Socorros. 1°. Curitiba: Rideel, 2014. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/182399 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536521121 https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/41657 https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/182558 https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/182399 Referências complementares • Bulgarelli, Alexandra do Nascimento. Gestão de serviços laboratoriais e setores especializados. 1. São Paulo: Pearson, 2017. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/152036 • Hirata, Mario Hiroyuki et al. Manual de Biossegurança. 2. Barueri, SP: Manole, 2012. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520450024/recent • Marchiorato, Alexa. Gestão hospitalar: serviços de higiene, limpeza e manutenção. Curitiba: intersaberes, 2017. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/81781 • Rocha, Arnaldo. Biodiagnósticos fundamentos e técnicas laboratoriais. 1. São Paulo: Rideel, 2014. 1. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/174238 https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/152036 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520450024/recent https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/81781 https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/174238 OBJETIVOS DA PRIMEIRA AULA 1. INTRODUÇÃO ÀS BOAS PRÁTICAS LABORATORIAIS 1.1 Conceitos básicos de boas práticas aplicadas a laboratórios clínicos • Descrever as acomodações físicas e condições ambientais do laboratório clínico. • Identificar as barreiras de contenção primária e secundária. 1.2 Qualidade da água reagente em laboratórios clínicos • Descrever um sistema de tratamento de água nos laboratórios clínicos. • Compreender os requisitos para a escolha do sistema ideal de purificação de água de acordo com a finalidade laboratorial. Acomodações do laboratório • Funciona como uma empresa assim como em qualquer outro segmento, mas o laboratório clínico, por se tratar de um negócio na área da saúde, sofre uma intensa regulação de diversos órgãos como da Agência de Vigilância Sanitária – Anvisa, do Ministério da Saúde, das Secretarias Estaduais de Saúde, dos órgãos de classe e da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. • Lei federal nº 6437/77 – Lei das infrações sanitárias • Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078, de 11/09/90) • Leis estaduais e municipais • Regulamentos dos Conselhos de classe profissional. • Resolução RDC nº 302, de 13 de outubro de 2005 Instalações físicas A RDC nº 050, 2002, da ANVISA, traz as áreas mínimas para alguns espaços dentro do laboratório clínico: • Sala para coleta de material (3,6m²); • Área para classificação e distribuição de amostras (3m²); • Laboratório de hematologia, parasitologia, urinálise, imunologia, bacteriologia, microbiologia, micologia, virologia, bioquímica ou biologia molecular (14m²); • Antecâmara de paramentação exclusiva (2,8m²); • Área para registro de pacientes (24m²); • Laboratório de suporte à UTI (8m²). Fluxo de pessoas Condições ambientais do laboratório ✓ Organização, limpeza, estado de conservação/manutenção da área física e das instalações: lavatórios, sanitários, depósito de materiais/almoxarifados, copa, área externa. ✓ Identificação dos ambientes ✓ Iluminação ✓ Uso de EPI e EPC – Funcionários e profissionais (NR 32) ✓ Ar condicionado central – contrato de manutenção com empresa especializada; registros; AC parede - registros de limpeza e troca do filtro Conduta em laboratório Conduta em laboratório • A identificação correta é uma forma importante de prevenir a manipulação inadequada de agentes infecciosos, substâncias químicas perigosas e organismos geneticamente modificados. • Normas bem estabelecidas de rótulo, transporte, armazenamento para todas as substânciasquímicas, medicamentos, agentes infecciosos e materiais biológicos, assim como para as fontes potenciais de contaminação. • A necessidade e o hábito de ler o rótulo de todo material de trabalho, assim como a constante utilização de equipamento de proteção individual e coletiva, adequado para cada procedimento, são as principais formas de prevenir acidentes e de se proteger. • O correto armazenamento dos solventes, reagentes e vidrarias, utilizando locais bem definidos e adequadamente identificados com simbologia preconizada, minimiza os riscos de acidentes de trabalho. • O controle de descarte de produtos considerados agressores do meio ambiente deve ser cuidadosamente monitorado, para preservar o meio ambiente em que se vive, assim como evitar o descarte inadequado de materiais passíveis de reciclagem, adotando a coleta seletiva destes, o que possibilita uma economia e a proteção ambiental para o bem-estar da população. Conduta em laboratório Introdução as boas práticas de laboratório (BPL) • O fundamento básico da biossegurança é assegurar o avanço dos processos tecnológicos e proteger a saúde humana, animal e o meio ambiente • O trabalho laboratorial executado de forma adequada e bem planejada previne a exposição indevida a agentes considerados de risco à saúde e, certamente, evita acidentes. Esses procedimentos são denominados boas práticas de laboratório (BPL). • As práticas de biossegurança baseiam-se na necessidade de proteção do operador, de seus auxiliares e da comunidade local, bem como do local de trabalho, dos instrumentos de manipulação e do meio ambiente, contra riscos que possam prejudicar a saúde. • A manipulação com biossegurança dos organismos considerados contaminantes é regida por leis federais, estaduais e municipais: manipulação de radioisótopos, organismos geneticamente modificados, agentes infecciosos de alta periculosidade como vírus HIV, ebola, hepatite C e B, entre outros. POP ou IT • Identificação das amostras • Critérios de rejeição de amostras • Rastreabilidade por paciente: Lote de kit • Exames terceirizados: transporte – registros e controles • Laudos: requisitos de conteúdo conforme item 6.3.3 RDC 302 • Informações adicionais: Liberação de laudos de exames críticos ou de urgência Requisitos de funcionamento de serviços de saúde (RDC Nº 63/2011) • O serviço de saúde deve desenvolver ações no sentido de estabelecer uma política de qualidade envolvendo estrutura, processo e resultado na sua gestão dos serviços. • O serviço de saúde deve utilizar a Garantia da Qualidade como ferramenta de gerenciamento. • As Boas Práticas de Funcionamento (BPF) são os componentes da Garantia da Qualidade que asseguram que os serviços são ofertados com padrões de qualidade adequados. • A direção e o responsável técnico do serviço de saúde têm a responsabilidade de planejar, implantar e garantir a qualidade dos processos. Contenção - Barreiras primárias • NR-6 da Portaria nº 3214/1978 • EPIs: dispositivos ou produtos, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinados à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Como exemplos: jaleco/avental, óculos de proteção, máscaras, luvas, protetor auricular e sapatos fechados. • EPCs: são utilizados para proteção coletiva dos colaboradores expostos a risco. Como exemplos: Autoclave, Forno Pasteur, Chuveiro de emergência, Lava olhos, Extintor de incêndio, Cabines de segurança química (capela de exaustão) e biológica (capela de fluxo laminar). •Extintor de água (mangueira): fogo em papel e madeira; •Extintor de dióxido de carbono (pó químico seco): fogo em equipamentos elétricos; •Extintor de dióxido de carbono (pó químico ou espuma): fogo em líquidos ou gases inflamáveis Contenção - Barreiras secundárias • Classificação de laboratórios por níveis de Biossegurança: 1. NB1: adequado ao trabalho que envolva agente com menor grau de risco (Classe de Risco I) para profissionais do laboratório e para o meio ambiente. 2. NB2: adequado ao trabalho que envolva agentes de risco moderado para os profissionais e para o meio ambiente, em geral agentes causadores de doenças infecciosas (Classe de Risco II). 3. NB3: adequado ao trabalho com micro-organismos de elevado risco infeccioso (Classe de Risco III) podendo causar doenças sistêmicas sérias e potencialmente letais como Mycobacterium tuberculosis, Coxiella burnetti e Brucella spp., entre outros. 4. NB4: representa o nível máximo de segurança, adequado ao trabalho com OGM e microorganismos com alto potencial de infecção, como vírus Ebola. Nível 1 de Biossegurança (NB1) • É necessária a aplicação das boas práticas laboratoriais e utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). • O trabalho geralmente é conduzido em bancadas abertas, não exigindo equipamentos especiais de contenção. Os profissionais devem ter treinamento específico nos procedimentos realizados e trabalhar sob supervisão. • O acesso ao laboratório é limitado ou restrito de acordo com definição do responsável e não será permitida a entrada de animais e crianças. • O laboratório não fica separado das demais dependências do edifício e deve possuir uma pia específica para lavar as mãos. Nível 2 de Biossegurança (NB2) Além das especificações estabelecidas para o NB-1, as instalações devem ter: • Autoclave para descontaminação, no interior ou próxima ao laboratório, de modo a permitir a descontaminação de todo o material antes do seu descarte. A autoclave é um equipamento utilizado na esterilização por calor úmido de materiais contaminados, tornando-os seguros para serem descartados ou reutilizados. • Cabine de Segurança Biológica Classe I ou II e centrífuga com caçapa protegida sempre que houver manipulação de materiais em que possa existir a formação de aerossóis. A cabine de segurança biológica é o principal equipamento de contenção física para agentes infecciosos. Protegem o material e o profissional, na manipulação de materiais biológicos altamente infectantes, substâncias tóxicas e cultura de células. Devem estar em local de pouco trânsito e distantes de portas. • Os profissionais devem receber treinamento específico no manejo de agentes patogênicos, ser orientados sobre os possíveis riscos e trabalhar sob supervisão. • O acesso ao laboratório é limitado durante os procedimentos operacionais. Nível 3 de Biossegurança (NB3) • Devem ser utilizadas barreiras de proteção individual e toda manipulação realizada em cabine de segurança biológica classe II ou III, com filtro HEPA. O filtro HEPA (High Efficiency Particulate Arrestance) é um tipo de filtro de ar com alta eficiência na separação de partículas. É composto por uma malha de fibras de vidro dispostas aleatoriamente, com diâmetros entre 0,5 e 2 µm. É utilizado para evitar a propagação de micro-organismos através do ar. • Deve-se oferecer treinamento específico aos funcionários no manejo de agentes patogênicos e potencialmente letais, assim como orientar sobre os possíveis riscos e trabalhar sob supervisão. • Quando não houver condições específicas para o NB-3 as atividades de rotina e operações repetitivas podem ser realizadas em laboratório com instalação NB-2, acrescidas de equipamentos de contenção e das práticas recomendadas para NB-3. • O acesso ao laboratório é controlado. Menores de idade não serão permitidos dentro do laboratório. Nível 4 de Biossegurança (NB4) • É adequado ao manuseio de agentes infecciosos que possuem alto risco de infecção individual e de transmissão pelo ar sempre que o trabalho envolver OGM resultante de organismo receptor ou parenteral classificado como classe de risco NB-4. • Representa uma unidade geográfica e funcionalmente independente de outras áreas. Esses laboratórios requerem, além dos requisitos físicos e operacionais dos níveis de contenção 1, 2 e 3, barreiras de contenção (instalações, desenho, equipamentos de proteção) e procedimentos especiais de segurança. • Recomenda-se que os laboratórios de nível de Biossegurança 4, oude contenção máxima, só funcionem sob o controle direto das autoridades sanitárias. Situação problema 1 • A maioria dos pesquisadores e analistas clínicos iniciam a carreira em um laboratório, o profissional em formação se vê pronto para fazer coisas incríveis e também realizar novas descobertas, contudo, a segurança deve vir sempre em primeiro lugar. • É necessário proteger a si mesmo, seus colegas e o ambiente de organismos e agentes infecciosos com que se trabalha em laboratório. Os níveis de biossegurança são uma maneira de classificar as precauções que devem ser tomadas para a prática de uma ciência mais segura. Em qual nível de biossegurança um laboratório que manipula amostra com SARS- CoV-2 deve estar classificado? Todas as questões de biossegurança já praticadas nos laboratórios da Embrapa foram revisadas e enfatizadas para as situações que seriam encontradas em ambiente de pesquisa NB2 e NB3 – considerando as particularidades envolvidas para a manipulação de amostras biológicas de casos suspeitos com o vírus SARS-CoV-2. Assim, a elaboração de Protocolos Operacionais Padrão (POPs) para as persas etapas do processo e um conjunto de normas para minimização dos riscos biológicos foram repassados a cada um dos profissionais envolvidos. O uso adequado de equipamentos de proteção indidual (EPI) como luvas, gorro, óculos ou protetor facial, jaleco, macacão, luvas, sapatos e sapatilhas descartáveis com desinfecção no próprio local de trabalho. Qual a importância da biossegurança? ✓Procedimento Padrão de Laboratório ✓Equipamentos de Contenção ✓Instalações Laboratoriais para NB1, NB2, NB3 e NB4 Qualidade da água reagente em laboratório clínico • A água é um reagente utilizado na maioria dos testes laboratoriais e por isso deve seguir um padrão de controle de qualidade rigoroso. • O fornecimento urbano de água apresenta moléculas orgânicas, íons inorgânicos, partículas, coloides, gases, bactérias e seus produtos, que podem alterar os resultados dos exames laboratoriais e causar eventuais erros e falhas mecânicas em equipamentos analíticos. • Para remover essas impurezas, é necessário recorrer a uma combinação de tecnologias de purificação. • O monitoramento da qualidade é realizado pela determinação de resistividade, condutividade, carbono orgânico total (TOC), controle microbiológico e endotoxinas. Sistema de purificação da água O sistema deverá conter filtros de pré tratamento (multimídia, leito misto, carvão ativado, abrandador) e osmose reversa. O ideal é ter um sistema de recirculação constante, evitando que a água fique parada, além de lâmpadas UV no retorno do tanque. Sistemas de purificação de água 1. Água de Alimentação 2. Água sem ferro e desmineralizada 3. Água destilada 4. Água ultrafiltrada (WFI) Características e Aplicabilidade Água de alimentação • O ponto fundamental para qualquer processo de purificação de água é a qualidade da água de alimentação do sistema. Normalmente utiliza-se a água potável como a matéria-prima para a água purificada, logo se a água não estiver nas especificações adequadas, o sistema de purificação pode não conseguir reter as impurezas resultando na deposição de matéria orgânica, incrustações nas membranas e facilitando o desenvolvimento de biofilmes no sistema. • Desse modo, a água potável deve estar em conformidade com os parâmetros físicos, químicos e microbiológicos e também passar por processos de desinfecção e cloração, para atender o padrão de potabilidade. Água sem ferro e desmineralizada • Processo que visa a remoção de íons pela passagem da água por pequenas esferas de resina eletricamente carregadas, o que permite a troca seletiva de íons dissolvidos – são trocados íons de hidrogênio (H+) pelos contaminantes catiônicos presentes, bem como íons de hidroxila (OH-) pelos contaminantes aniônicos. • Após determinado tempo ou vazão o conjunto precisa ser trocado, ou as esferas regeneradas com aplicação de ácidos e bases, pois as esferas de resina perdem seus íons de hidrogênio e hidroxila, ficando em seu lugar os íons removidos. Água destilada • Processo que busca remover substâncias presentes num meio com base na diferença do ponto de ebulição entre elas. Para tanto, a água é aquecida até seu ponto de ebulição, o vapor resultante é direcionado para um recipiente, onde fica armazenado após a condensação, assim, gases dissolvidos que apresentem um ponto de ebulição maior do que o da água e partículas ficarão retidos no recipiente inicial, não sendo transportados com o vapor, da mesma forma que gases que apresentem ponto de ebulição inferior ao da água podem ser eliminados antes que a água atinja seu ponto de ebulição. Situação problema 2 • Em nosso dia a dia é comum nos preocuparmos com a qualidade da água que consumimos, visto que a contaminação pode causar sérios problemas à saúde. • A água utilizada nos laboratórios tem um nível de exigência química e biológica muito maior, as especificações da qualidade exigida para os diversos laboratórios vai depender da finalidade do experimento. Qual a aplicabilidade da água ultrafiltrada em laboratórios? Água ultrafiltrada (WFI) • Utilizada como excipiente na preparação de produtos farmacêuticos parenterais de pequeno e grande volume, na fabricação de produtos ativos de uso parenteral (como vacinas, diluentes e soluções). • Recomenda-se que preferencialmente seja obtida por destilação ou processo equivalente que garanta a adequada remoção dos contaminantes químicos e microorganismos. Atividade verificadora de aprendizagem • Assistir ao vídeo "NOÇÕES DE NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA“ Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=bPIcAd3z-pU • Debate crítico associado com o que foi estudado durante a aula. • Mapa mental colaborativo sobre métodos de tratamento da água. https://www.youtube.com/watch?v=bPIcAd3z-pU Aprenda mais • Tratamento da Água: etapas do tratamento de água. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=4Dw-6L48OTo • Tratamento de água: experimento químico que simula o sistema de tratamento da água nas estações de tratamento. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ba6skAs0f4w https://www.youtube.com/watch?v=4Dw-6L48OTo https://www.youtube.com/watch?v=ba6skAs0f4w