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11 Enterobiose - Enterobius vermicularis

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Disciplina: Parasitologia Humana 								Izael Xavier 
Enterobiose - Enterobius vermicularis
Introdução
Também conhecida como oxiúros, os Enterobius vermicularis são vermes nematódeos que parasitam o intestino dos mamíferos – incluindo o homem. 
O principal meio de transmissão da Enterobiose é através da ingestão de ovos infectantes, podendo ocasionar ou não em sintomas. 
Morfologia
O E. vermicularis apresenta dimorfismo sexual, mas com alguns caracteres comuns aos dois sexos, como a cor branca e similaridade com fio.
· Fêmea: apresentam cauda pontiaguda e longa; 
· Macho: cauda recurvada em sentido ventral;
· Ovos: se configuram em formato de D, tendo um dos lados achatado e outro convexo. Possuem membrana dupla, lisa e transparente. 
Habitat
Os E. vermicularis vivem no ceco e apêndice. As fêmeas são encontradas na região perianal após a migração para ocasionar nos sintomas característicos da parasitose. 
Ciclo biológico 
O ciclo biológico é do tipo monoxênico.
1. Após a cópula, os machos são eliminados com as fezes e morrem logo em seguida, enquanto a fêmea (repleta de ovos), se despredem do ceco e dirigem-se ao ânus; 
2. Quando as fêmeas não conseguem retornar à ampola, acabam morrendo no local;
3. Os ovos eliminados que já são embrionados, se tornam infectantes poucas horas depois e são ingeridos pelo mesmo hospedeiro ou por outro; 
4. No intestino delgado, as larvas do tipo rabditoides eclodem e sofrem duas evoluções durante o trajeto do intestino ao ceco; 
5. No ceco, elas se transformam em vermes adultos e em um ou dois meses, transformam-se em vermes adultos. 
Transmissão
· Heteroinfecção: os ovos presentes em alimentos ou na poeira atingem um novo hospedeiro; 
· Indireta: os ovos presentes na poeira ou alimentos atingem o mesmo hospedeiro que os eliminou;
· Autoinfecção externa ou direta: ocorre quando as crianças levam os ovos da região perianal até a boca – também pode acontecer em adultos; 
· Autoinfecção interna: mais rara, acontece quando as larvas eclodem ainda dentro do reto;
· Retroinfecção: as larvas que sofreram eclosão penetram novamente no ânus e migram pelo intestino grosso até o ceco, onde se transformam em vermes adultos.
Patogenia
O indivíduo percebe o parasitismo quando começa a sentir o prurido anal mais intenso e frequente à noite. Esse ainda é responsável por alterações no humor, conduzindo a diagnósticos de irritabilidade e insônia.
Infestações maiores provocam um quadro de enterite catarral, decorrente da ação irritativa e mecânica do verme. 
O ceco dos parasitados pode inflamar, atingindo ainda o apêndice e levando a quadros de apendicite. Ademais, o ato de coçar a região anal pode possibilitar infecções bacterianas secundárias. 
Diagnóstico
· Clínico: estabelecido pela queixa de prurido anal, principalmente noturno e continuo; 
· Laboratorial: estabelecido com à técnica de fita adesiva ou fita gomada, bem como pelo método de Graham;
Epidemiologia
Apresenta uma alta prevalência nas crianças em idade escolar, tendo uma transmissão principalmente em ambientes domésticos e coletivos.
Os fatores responsáveis pela amplitude da parasitose é principalmente a rapidez com que os ovos se tornam infectantes, bem como a resistência, podendo se manterem infectantes por até três semanas em ambientes domésticos.
Profilaxia 
· Não sacudir as roupas de cama pela manhã;
· Tratamento de todas as pessoas parasitadas, a fim de eliminar os ovos;
· Cortar as unhas bem rentes, evitando que no ato de coçar, não dê margem para infecções bacterianas secundarias;
Tratamento
· Pamoato de Pirantel;
· Albendazol;
· Ivermectina; 
OBS: Embora todos esses medicamentos apresentem uma certa eficácia, a droga de escolha específica para a enterobiose é o Pirpan.

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