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Universidade Católica de Moçambique 
Instituto de Educação à Distância 
Curso de Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa
O contributo do texto argumentativo na melhoria do desempenho linguístico dos alunos da 12ª Classe.
Caso: Escola Secundaria Joaquim Chissano
Código da Estudante: 708212903
Discente:
Cecília Lázaro Armindo
Chimoio, Agosto de 2022
O contributo do texto argumentativo na melhoria do desempenho linguístico dos alunos da 12ª Classe.
Caso: Escola Secundaria Joaquim Chissano
O tutor:
Trabalho de investigação científica da disciplina de Língua Portuguesa II, a ser submetido na plataforma para efeitos de avaliação.
Chimoio, Agosto, 2022
Índice
0. Introdução	4
0.1 Problema	4
0.2 Objectivos	5
0.2.1 Geral:	5
0.2.2 Específicos:	5
1. Marco teórico	6
1.1 Principais formas de organização textual	6
1.2 Os tipos de argumentação em um texto	7
1.3 Operadores argumentativos	8
2. Metodologia	11
3. Apresentação dos dados	14
4. Conclusões e sugestões	16
5. Referência bibliográficas	17
0. Introdução
Na presente pesquisa iremos procurar saber dos alunos e professores através de tecnicas de pesquisa que serão detalhados mais adiante, como o texto argumentativo pode contribuir na melhoria do desempenho desempenho linguístico dos alunos da 12ª Classe, caso da Escola Secundária Joaquim Chissano. 
Entendemos que a força motriz que contribui para a melhoria do desempenho linguístico dos alunos envolve as decisões de um professor com relação ao processo de ensino-aprendizagem e a sua abordagem norteadora, por isto, direcionamos o nosso olhar para um dos recursos que ajudam a materializar o desempenho linguístico.
Buscamos em Cockrem (2019) as definições de desempenho linguístico, por serem o fio condutor do nosso percurso histórico para chegarmos aos conceitos desempenho linguístico:
Portanto, o desempenho linguístico é a capacidade de produzir e compreender frases em uma língua (Cockrem, 2019).
Segundo Nascimento (2019) o ser humano se comunica por meio de textos. Desde uma simples e passageira interjeição como “Olá” até uma mensagem muitíssimo extensa. Em princípio, esses textos eram apenas orais. 
Hoje, são também escritos. Nesse processo, os textos ganharam formas de organização distintas, com propósitos nitidamente distintos também (Nascimento, 2019).
0.1 Problema
De acordo com Batista, Damaceno, Alarcón (2017) a criatividade é o principal factor responsável pela identificação da linguagem humana, pois o ser humano é capaz de criar, interpretar e reproduzir outras formas de comunicação. Assim, podemos dizer, segundo a gramática gerativa que há uma aproximação das ciências naturais com as ciências humanas (p.03).
Segundo Cockrem (2019): 
Desde a publicação de Aspects of the Theory of Syntax , de Noam Chomsky, em 1965, a maioria dos linguistas fez uma distinção entre competência linguística , o conhecimento tácito de um falante da estrutura de uma língua, e desempenho linguístico , que é o que um falante realmente faz com esse conhecimento.
O tempo dedicado ao estudo da gramática e à prática de redação nas aulas de Português é, lamentavelmente, cada vez mais reduzido, o que tem originado um deficiente domínio da língua, falada e escrita. 
A falta de leitura (de qualidade) é também um dos factores que poderão estar na origem de um mau desempenho linguístico. Cada vez se lê menos, por falta de tempo ou devido ao uso excessivo das tecnologias, e o pouco que se lê é muitas vezes “descartável” e de má qualidade.
Por estas e tantas outras razões, é imperativo que os alunos desenvolvam um trabalho complementar em casa, preferencialmente com a orientação dos pais.
Numa perspectiva resumida, os alunos só conseguirão alcançar uma sólida competência linguística se tiverem, a meu ver, bons hábitos e rotinas de trabalho, dentro e fora da escola.
Dessa forma, nasce a seguinte questão de pesquisa: 
· De que forma o texto argumentativo pode contribuir para a melhoria do desempenho linguístico dos alunos da 12ª Classe na Escola Secundaria Joaquim Chissano?
0.2 Objectivos
0.2.1 Geral:
· Compreender o contributo do texto argumentativo na melhoria do desempenho linguístico dos alunos da 12ª Classe.
0.2.2 Específicos:
· Descrever as principais formas de organização textual aplicados ao Ensino da Lingua Portuguesa;
· Apresentar os operadores argumentativos usados no texto argumentativo;
· Aferir a percepção dos professores sobre o contributo do uso do texto argumentativo para melhorar o desempenho linguístico dos alunos da 12ª classe.
Capítulo II
1. Marco teórico
1.1 Principais formas de organização textual aplicados ao Ensino da Lingua Portuguesa
As principais formas de organização textual registradas na humanidade são, assim:
Narrativa
Segundo Matos (2020) O texto narrativo é aquele que se propõe a relatar acontecimentos e situações, verídicos ou fictícios. Para apresentar a história, o tipo utiliza personagens de determinado tempo e espaço, que são os “atores” dos fatos. 
Muitos gêneros utilizam a tipologia narrativa para diferentes propósitos, sendo assim, os textos apresentam diferentes formas de mobilizar os elementos da narrativa (Matos, 2020).
Descritiva
Segundo Matos (2020) o tipo textual descritivo é aquele que se caracteriza por expor as características ou propriedades de algum objeto, seja ele material (como uma paisagem, um produto físico etc.), seja imaterial (uma sensação, um serviço, um produto digital etc.).
O propósito da descrição consiste em fornecer uma apresentação consistente com o objetivo do apresentador, de modo que o leitor ou ouvinte possa ter uma visualização mental do objeto apresentado (Matos, 2020).
Argumentativa
De acordo com Muniz (2021) um texto argumentativo é aquele que apresenta uma tese, ou seja, uma opinião sobre algo, junto a um conjunto de fundamentos utilizados para embasa esse ponto de vista.
Sob ponto de vista de Silva (2001) a argumentação é um processo linguístico que envolve a defesa de uma ideia ou ponto de vista por parte de quem argumenta. Ela é usada em diversas situações do cotidiano, como em debates formais ou informais ou mesmo em situações familiares."
Para Nascimento (2019) cada uma dessas formas de organização textual desdobra-se em inúmeros gêneros textuais distintos, que nada mais são do que cada concretizável possível a cada um dos objetivos textuais. 
Para o nosso estudo iremos destacar mais o texto argumentativo, uma vez que é o foco da nossa pesquisa.
Portanto, para Muniz (2021) é importante referir que, caso o texto não possua um ponto de vista ou um fundamento, ele não pode ser considerado argumentativo, já que esses dois pontos são cruciais para que um texto seja coerente em defesa ou crítica a qualquer tema.
Segundo Muniz (2021) um texto argumentativo precisa ser embasado, além de defender um ponto de vista. Porém, a construção de um bom texto argumentativo vai muito além disso.
Para Silva (2001) em textos como o dissertativo-argumentativo ou a carta argumentativa, o autor precisa, além do conhecimento do gênero, saber fazer uso dos principais recursos linguísticos e entender o contexto para a escolha do tipo de argumentação mais adequado.
Segundo Muniz (2021) há pontos essenciais que quando presentes em uma dissertação, por exemplo, podem fazer toda a diferença para quem a lê ou analisa.
De acordo com Silva (2001) apesar de muito usual nas relações humanas, uma boa argumentação pede melhor clareza na exposição do raciocínio que embasará uma tese (ponto de vista) a ser defendida, principalmente em sua composição escrita.
1.2 Os tipos de argumentação em um texto
De acordo com Muniz (2021) há várias formas de se argumentar em um texto. Abaixo explicamos os três principais tipos de argumentação utilizados:
· Argumento de autoridade: é quando o autor do texto utiliza alguma frase, citação ou ideia de outra pessoa ou instituição de pesquisa, que ajude a embasar e fundamentar a opinião defendida;
· Argumento de comprovação: é o tipo de argumento que utiliza dados, estatística e notícias que ajudem a comprovar a veracidadeda opinião defendida no texto;
· Argumento por raciocínio lógico: é quando o autor do texto encontra um ponto lógico, que deixa óbvio e claro o porquê de defender aquele ponto de vista.
De acordo com Pinheiro (2018) texto argumentativo é aquele que tem como principais características defender uma ideia, hipótese, teoria ou opinião e o objetivo de convencer o leitor para que acredite nela. Tem uma estrutura bem definida: apresenta sua tese e depois a defende.
Textos argumentativos são aqueles que apresentam recursos, justificativas e alegações com o objetivo principal de persuadir o leitor sobre determinado ponto de vista (Pinheiro, 2018).
Silva (2001) destaca que a argumentação pode ser resumida em tres aspectos básicos:
· A argumentação é um recurso linguístico usado para influenciar o leitor sobre um ponto de vista ou uma opinião;
· Os operadores argumentativos compõem a construção linguística dos argumentos, sendo também conhecidos por dar linearidade e sequência no raciocínio;
· A argumentação pode ser feita pelos seguintes tipos: argumento de autoridade, argumento histórico, argumento de exemplificação, argumento de comparação e argumento de raciocínio lógico.
De acordo com Nascimento (2019) todo e qualquer texto argumentativo: 
Visa ao convencimento de seu ouvinte/leitor. Por isso, ele sempre se baseia em uma tese, ou seja, o ponto de vista central que se pretende veicular e a respeito do qual se pretende convencer esse interlocutor. Nos gêneros argumentativos escritos, sobretudo, convém que essa tese seja apresentada, de maneira clara, logo de início e que, depois, através duma argumentação objetiva e de diversidade lexical seja sustentada/defendida, com vistas ao mencionado convencimento.
Para Cockrem (2019) as definições de desempenho linguístico, por serem o fio condutor do nosso percurso histórico para chegarmos aos conceitos desempenho linguístico:
Portanto, o desempenho linguístico é a capacidade de produzir e compreender frases em uma língua (Cockrem, 2019).
Segundo Nascimento (2019) o ser humano se comunica por meio de textos. Desde uma simples e passageira interjeição como “Olá” até uma mensagem muitíssimo extensa. Em princípio, esses textos eram apenas orais. 
Hoje, são também escritos. Nesse processo, os textos ganharam formas de organização distintas, com propósitos nitidamente distintos também (Nascimento, 2019).
1.3 Operadores argumentativos
De acordo com Silva (2001) a argumentação apresenta, em sua construção, um elemento linguístico essencial em sua elaboração: os operadores argumentativos. Eles correspondem a um conjunto de conjunções, advérbios e expressões de ligação que estabelecem uma diversidade de relações.
Para Silva (2001) assim, a depender do tipo de relação que o operador argumentativo estabelece, ele pode ser classificado de maneira específica. Vejamos alguns dessas relações postas em funcionamento:
Junção: faz um acréscimo de argumentos em favor ou contra uma conclusão. Os mais conhecidos são: e; e nem; e também; como também; mas também; tanto… como; além de; além disso; ainda etc. 
Exemplo: Ele foi e não voltou.
Oposição: faz uma relação de termos/frases/orações com orientações opostas. Geralmente é representado por: mas; porém; contudo; todavia; entretanto; no entanto etc.
Exemplo: O governo fez altos investimentos em educação, mas o Brasil ainda ocupa os piores lugares nos rankings internacionais.
Causa: os enunciados se apresentam como causa ou explicação para que outro ocorra. Os principais operadores são: porque; pois; como; por isso que; já que; visto que; uma vez que etc.
Exemplo: Devemos racionar o consumo de água, pois ela está em extinção.
Condição: apresenta um enunciado como sendo condição para que outro ocorra. Os operadores mais conhecidos são: se; caso; desde que; contanto que; a menos que; a não ser que etc.
Exemplo: Desde que você estude, poderá ser aprovado no exame.
Comparação: utilizada com frequência para se estabelecer uma relação comparativa de igualdade, superioridade ou inferioridade. Os conectivos utilizados são: tão… quanto; tão menos… quanto; tão mais… quanto; tanto quanto; menos… (do) que; mais … (do) que.
Exemplo: As instituições são tão importantes quanto as pessoas.
Finalidade: constrói uma ideia de propósito por meio dos seguintes operadores: para; a fim de; com o objetivo de; com o intuito de; com o propósito de; com a intenção de etc.
Exemplo: A teoria foi desenvolvida a fim de explicar determinados fenômenos nas relações sociais.
Conclusão: corresponde ao fechamento de uma ideia, envolvendo um raciocínio geral ou específico de uma questão apontada. Apresenta-se com os seguintes operadores: portanto; logo; então; assim; por isso; por conseguinte; de modo que; em vista disso; pois (após o verbo).
Exemplo: Foucault, portanto, defende a ideia de uma sociedade construída por meio de uma série de mecanismos de controle."
De acordo com Nascimento (2019) a estrutura geral de um texto argumentativo consiste de introdução, desenvolvimento e conclusão, nesta ordem. Cada uma dessas partes, por sua vez tem função distinta dentro da composição do texto:
· Introdução: é a parte do texto argumentativo em que apresentamos o assunto de que trataremos e a tese a ser desenvolvida a respeito desse assunto.
· Desenvolvimento: é a argumentação propriamente dita, correspondendo aos desdobramentos da tese apresentada. Esse é o coração do texto, por isso, comumente se desdobra em mais de um parágrafo. De modo geral, cada argumentação em defesa da tese geral do texto corresponde a um parágrafo.
· Conclusão: a parte final do texto em que retomamos a tese central, agora já respaldada pelos argumentos desenvolvidos ao longo do texto.
Capítulo III
2. Metodologia
Segundo Gil (2004) metodologia é o conjunto de processos ou operações mentais que se deve empregar na investigação. Deste modo, entende-se por metodologia e técnicas como sendo caminhos que foram usados para alcançar um certo fim (p.14).
Desta forma pode-se concluir que metodologia consiste na escolha de procedimentos sistemáticos para descrição e explicação de fenómenos. Para o efeito, neste trabalho, foram usados os seguintes procedimentos: método de pesquisa bibliográfica, as técnicas de observação directa, indirecta e entrevista.
Para a realização desta pesquisa utilizou-se a abordagem qualitativa e recorreu-se a técnica de pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e entrevista e observação directa.
Pesquisa bibliográfica 
No que concerne a pesquisa bibliográfica, esta possibilita o levantamento de dados para estudos e é considerada uma forma de documentação indirecta. Os dados levantados são úteis como base de conhecimento dos temas escolhidos, fornece informações prévias sobre o tema a ser pesquisado, colabora para que não ocorram duplicações e esforços desnecessários e pode levar o autor a abordar novos problemas ou utilizar diferentes fontes de colecta (Lakatos; Marconi, 2003, p.182).
Pode, assim, ser definida:
A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contacto directo com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto (Lakatos; Marconi, 2003, p.183).
A pesquisa bibliográfica foi utilizada neste trabalho para elaboração do referencial teórico sobre a ocupação do solo e suas implicações sócio-ambientais.
Pesquisa documental 
No que tange a pesquisa documental, Severino (2007), refere que esta tem como fonte o sentido amplo, ou seja não só documentos impressos, mas sobretudo de outros tipos de documentos, tais como: jornais, fotos, documentos legais. Desde modo nesta pesquisa será usada a Lei do Ordenamento do Território em vigor. 
Já Ludke (1986) afirma que esta consiste na busca da identificação das informações nos documentos, partindo de questões ou hipóteses de interesse. São considerados documentos “ quaisquer materiais escritos que possam ser usados como fonte de informação sobre o comportamento humano (p.38).
Abordagem metodológica Pesquisaqualitativa A pesquisa qualitativa trabalha os dados buscando seu significado, tendo como base a percepção do fenómeno dentro do seu contexto. O uso da abordagem qualitativa procura captar não só a aparência do fenómeno como também sua essência, procurando explicar sua origem (Trivinos, 1987). 
Segundo Mutimucuio (2008), o método qualitativo estabelece uma relação entre o mundo real e a subjectividade do sujeito que não pode ser quantificada, mas havendo uma interpretação dos fenómenos e atribuição de significados dos dados recolhidos pelo pesquisador no ambiente natural. 
Durante a pesquisa esta abordagem foi utilizada para compreender a percepção que os professores tem sobre o contributo do texto argumentativo na melhoria do desempenho linguístico dos alunos da 12ª Classe.
Ao escolher-se a abordagem qualitativa não se descartou a quantificação, que servirá de base para análise de algumas respostas, uma vez que a “utilização conjunta da pesquisa qualitativa e quantitativa permite recolher mais informações do que se poderia conseguir isoladamente” (Gerhardt; Silveira, 2009, p.33). Os dados quantitativos permitiram observar algumas tendências nas respostas aos entrevistados.
Entrevista 
No que diz respeito a entrevista Matakala (1999), refere que a entrevista encoraja a comunicação bilateral, confirma o que já é conhecido, dá oportunidade de conhecer assuntos sensíveis que podem ser facilmente discutidos e ajuda os pesquisadores a estarem mais familiarizados com os membros da comunidade em estudo. 
Para Goode (1969, cit. em Lakatos e Marconi, 2003) a entrevista “consiste no desenvolvimento de precisão, focalização, fidedignidade e validade de certo acto social como a conversação.” 
Segundo Gil (2004), a entrevista é uma das técnicas de colecta de dados mais utilizados nas pesquisas sociais. Esta técnica de colecta de dados é bastante adequada para a obtenção de informações acerca do que as pessoas sabem crêem, esperam e desejam, assim como suas razões para cada resposta.
Observação directa 
Segundo Ludke (1986:26) a observação directa é um mecanismo que permite o observador chegar mais perto da perspectiva dos Sujeitos, um importante alvo nas abordagens qualitativas. Na medida em que o observador acompanha in loco as experiências diárias dos sujeitos, pode tentar apreender a sua visão, isto é, o significado que eles atribuem à realidade que os cerca e as suas próprias acções (p.26).
Amostra 
Para Chimen (2010) amostra é apenas uma parte da população de estudo que deve procurar preencher duas exigências: a representatividade e a proporção. 
Segundo Fortin (2009) amostra é um subconjunto de uma população ou de um grupo de sujeitos que fazem parte de uma mesma população.
A amostra foi seleccionada através do método não probabilístico de conveniência, em que foram entrevistados os 6 alunos e 3 professores que estavam dispostos a participar na pesquisa, da turma da 12ª classe.
Segundo Mutimucuio (2008), amostragem de conveniência é uma técnica de obtenção de respostas de pessoas que estão disponíveis e dispostas a participar na pesquisa.
O instrumento utilizado para a colecta de dados foi numa primeira fase um guião de observação directa. A posterior usou se um guião de entrevista. Pediu-se a autorização prévia dos sujeitos da pesquisa, deixando claro que o anonimato de cada participante seria preservado. Nesse sentido, os nomes dos sujeitos são fictícios.
Capítulo IV
3. Apresentação dos dados
Importa referir ainda no início deste capítulo que, este trabalho cujo tema é “o contributo do texto argumentativo na melhoria do desempenho linguístico dos alunos da 12ª classe” foi realizado na Escola Secundária Joaquim Chissano, com a seguinte amostra: 6 alunos e 3 professores ambos da 12ª classe. 
Procuramos perceber da parte dos professores como estes usavam o texto argumentivo e os demais tipos de organização textual na tentativa de melhorar o desempenho linguístico dos alunos.
No total de 3 professores correspondentes a 100% dos docentes que compoe a nossa pesquisa, em perguntas simples de “sim” ou “não” conseguimos registar os seguintes dados colocados no gráfico abaixo.
Perguntamos aos professores se concordavam com a ideia de usar o texto argumentativo como forma de meçlhorar o desempenho linguístico dos alunos da 12ª classe, em suas respostas foram divergentes, ainda que 66,6% (correspondente a 2 professores) de acordo com a nossa interpretação de dados concordam em usar esta tipologia textual ao passo que 33,3% acreditam que os alunos nao podem melhorar seu desempenho linguístico usando esta estratégia.
Gráfico 1: Caro professor o texto argumentativo pode melhorar o desempenho linguístico dos alunos da 12ª classe?
Fonte: a autora 20-08-2022
A seguir apresentamos os resultados obtidos a partir da entrevista aos 6 alunos da 12ª classe. Nestes 6 alunos que também correspondem a 100% dos componentes da nossa pesquisa, procuramos saber deles como tem sido a avaliação a quando do estudo da temática da tipologia textual em particular do texto argumentativo, se este poderia ajuda-los a melhorar o seu desempenho linguístico. Depois da análise de dados concluímos que 83,3% dos alunos acreditam que o texto argumentativo pode melhorar seu desempenho linguístico contra 16,6% que simplesmente não concordam.
Gráfico 2: Caro aluno, será que o uso do texto argumentativo pode melhorar o seu desempenho linguístico?
Fonte: a autora 20-08-2022
4. Conclusões e sugestões
Com esta presente pesquisa concluimos que um texto argumentativo é aquele que apresenta uma tese, ou seja, uma opinião sobre algo, junto a um conjunto de fundamentos utilizados para embasa esse ponto de vista, e que este pode ser considerado também como um processo linguístico que envolve a defesa de uma ideia ou ponto de vista por parte de quem argumenta. 
Ela é usada em diversas situações do cotidiano, como em debates formais ou informais ou mesmo em situações familiares. Sobre o desempenho linguístico concluímos que esta é a capacidade de produzir e compreender frases em uma língua.
Entendemos que a força motriz que contribui para a melhoria do desempenho linguístico dos alunos envolve as decisões de um professor com relação ao processo de ensino-aprendizagem e a sua abordagem norteadora, por isto, direcionamos o nosso olhar para um dos recursos que ajudam a materializar o desempenho linguístico.
A maior parte dos professores e alunos entrevistados concordam em usar o texto argumentativo como forma de contribuir na melhoria do desempenho linguístico dos alunos da 12ª classe, contra uma pequena parte dos alunos e professores que nao concordam com este posicionamento.
Sugestões
Sugerimos a implementação desta estratégia aos professores, tanto os que já usavam este tipo de texto como forma de melhoria do desempenho linguístico dos seus alunos tanto aos que não concordaram, para que ficassem a experimentar este tipo de texto, incentivando mais a leitura e a escrita, através de textos de apoio assim como exercícios de aplicação, para ver se melhoramos a nossa qualidade de ensino e aprendizgem como educadores e contribuentes na educação.
5. Referência bibliográficas 
Batista, M. Damaceno, N. Alarcón, Y. (2017). Competência e Desempenho: Armadilhas da comunicação. CAPES
Chimen, S. (2010). Como definir amostra. 1ªEdição, Brasilia: EGGCF.
Cockrem, T. (2019). Desempenho linguístico: criação e compreensão de frases em um idioma recuperado em https://www.greelane.com/pt/humanidades/ingl%C3%AAs/what-is-linguistic-performance-1691127
Fortin, M. (2009). Fundamentos e etapas do processo de investigação. (3ª 5ªEdição.). Loures Luso didacta.
Gerhardt, K Silveira, S. (2009). O que são dados quantitativos. 5ªEdição. Brasilia, S̸E.
Gil, A. (2004). Métodos e técnicas de pesquisa social. 2ªEdição, São Paulo, S̸E.
Lakatos, E; Marconi, M. (2003). Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas.
Ludke, C. (1986). A técnica de observação directa. 1ªEdição, Brasilia: EGGCF.
Matakala, K. (1999). A importância da entrevista em pesquisas. 4ªEdição, SãoPaulo.
Matos, T. (2020). Tipos textuais. Recuperado em https://www.portugues.com.br/redacao/tipos-textuais.html
Muniz, C. (2021). Argumentação. Recuperado em https://www.significados.com.br/argumentacao/
Mutimucuio, J. (2008). Metodologias para pesquisas. 2 Edição, Macara BR.
Nascimento, A. (2019). Argumentação. Recuperado em http://educacao.globo.com/portugues/assunto/texto-argumentativo/argumentacao.html
Pinheiro, P. (2018). Textos Argumentativos: quais são as características essenciais para uma redação perfeita? Recuperado em https://rockcontent.com/br/talent-blog/textos-argumentativos/
Severino, A. (2007). A pesquisa documental. 1ªEdição, Rio de Janeiro, S̸E.
Silva, C. (2001). Texto Argumentativo. 1ªEdição, São Paulo, S̸E.
Trivinos, R. (1987). A abordagem qualitativa. 1ªEdição, Brasilia S̸E.
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