Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 1 CONTABILIDADE - TEORIA E PRÁTICACONTABILIDADE - TEORIA E PRÁTICA Sumário: (clique no título para acessar o tema desejado) 1. 1. A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADEA IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE 1.1 CONCEITO 1.2 OBJETIVO 1.3 CAMPO DE APLICAÇÃO 1.4 PRINCIPAIS USUÁRIOS DA CONTABILIDADE 2. ¤.2. ¤. 2.1 PRIMEIRAS NOÇÕES DE BALANÇO PATRIMONIAL 2.2 ALTERAÇÕES PATRIMONIAIS 2.3 VARIAÇÕES PATRIMONIAIS 2.4 ASPECTO QUALITATIVO DO PATRIMÔNIO 2.4.1 Classificação dos Investimentos e Financiamento Patrimoniais 2.4.1.1 Investimentos 2.4.1.2 Financiamentos 2.5 ASPECTO QUANTITATIVO DO PATRIMÔNIO 2.5.1 Ativo Permanente 2.6 PATRIMÔNIO LÍQUIDO (LEI 11.638/07) 2.6.1 Reservas de Capital 2.6.2 Ajuste de Avaliação Patrimonial 2.6.3 Reservas de Reavaliação 2.6.4 Critérios de Avaliação do Ativo Circulante e da Realização a Longo Prazo para Direitos e Títulos de Crédito 2.6.5 Critérios de Avaliação do Ativo Intangível 2.6.6 Critério do Ativo para Operações de Longo Prazo Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 2 2.6.7 Depreciação, Amortização, Exaustão 2.6.8 Amortização do Ativo Permanente Diferido 2.6.9 Critério de Avaliação do Passivo a Longo Prazo 2.6.10 DRE – Parte Beneficiária 2.6.11 Demonstração do Fluxo de Caixa 3. 3. CONTASCONTAS 3.1 CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS CONTAS 3.2 CONTAS DE COMPENSAÇÃO 3.3 PLANO DE CONTAS 3.4 DETERMINAÇÃO DO DÉBITO E CRÉDITO 3.4.1 Utilização da Regra 4. 4. LANÇAMENTOSLANÇAMENTOS 4.1 CONCEITO 4.2 ELEMENTOS ESSENCIAIS 4.3 LANÇAMENTOS CONTÁBEIS 4.3.1 Boletim de Caixa 4.3.2 Bancos 4.3.3 Aplicações financeiras 4.3.4 Contas a receber 4.3.5 ICMS sobre Compras 4.3.6 COFINS 4.3.7 PIS - Faturamento 4.3.8 IRPJ 4.3.9 CSSL – Contribuição Social sobre Lucro 4.3.10 Folha de Pagamento 4.3.11 Remuneração de “Pró-labore” 4.3.12 Apuração do Custo das Mercadorias Vendidas 4.3.13 Resultado da conta com Mercadorias - RCM 4.3.14 Depreciação 4.4 OUTROS EXEMPLOS PRÁTICOS DE CONTABILIZAÇÃO • Integralização de Capital Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 3 • Aquisição de Mercadorias para Revenda • Recuperação dos Tributos sobre a aquisição de Mercadorias para Revenda • Folha de Pagamento dos Funcionários • Venda de Mercadorias • Mercadorias Vendidas • Tributos incidentes sobre a Venda de Mercadorias − Tributos Recuperados • Depreciação • Provisões de Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido • Transferências Contábeis para Apuração do Resultado • Transferência do Resultado do Exercício para o Patrimônio Líquido 5. 5. LIVROS CONTÁBEISLIVROS CONTÁBEIS 5.1 LIVRO RAZÃO 5.1.1 Benefícios do Livro Razão 5.1.2 Erros de Lançamentos 5.1.3 Analisando Livro Razão 5.2 LIVRO DIÁRIO 5.3 BALANCETE DE VERIFICAÇÃO 5.4 APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 6. 6. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASDEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 6.1 BALANÇO PATRIMONIAL 6.2 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 6.3 DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS E PREJUÍZOS ACUMULADOS 6.4 DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA 6.5 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO 6.6 NOTAS EXPLICATIVAS. VOLTAR Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 4 1. A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE 1.1 CONCEITO “Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de e registro relativos aos atos e fator da administração econômica” Através de suas funções, controle e registro, ela alcança sua finalidade que é de orientar o administrador sobre as alterações ocorridas no Patrimônio, geradas pela sua atuação e controlar o movimento de todas as alterações através de registro próprios e sistematizados que chamamos de escrituração. 1.2 OBJETIVO Poucos sabem que um dos objetivos da contabilidade é simplesmente o de preparar relatórios para os administradores ou a terceiros (Fornecedores, Bancos ou Autoridades Fiscais) sobre os a fim de ajudar na analise e nas decisões da empresa, seja ela com ou sem fins lucrativos. Objetivo este atualmente totalmente distorcido pelo fisco (atualmente profissionais da área contábil passam mais de 70% do seu tempo cumprindo obrigações impostas pelos governos, tais como preenchimento de declarações). 1.3 CAMPO DE APLICAÇÃO O campo de atuação da contabilidade é o das entidades com fins lucrativos (empresas) ou sem fins lucrativos (instituições). A Contabilidade deixou de ser um simples instrumento de registro e de controle, para desempenhar um papel muito mais importante na vida da administração de uma entidade, ou seja é hoje a Contabilidade um poderoso instrumento que dispõe o administrador do patrimônio para a tomada de decisões. 1.4 PRINCIPAIS USUÁRIOS DA CONTABILIDADE Não só os administradores se utilizam os relatórios que a Contabilidade fornece, outras pessoas, órgãos e empresas também a utilizam como ferramenta. Com a contabilidade de uma empresa você também consegue extrair informações que nos mostrará números, e através deles, podermos analisar como a empresa está (uma boa situação financeira ou não). Acontece que analisando um balanço você tem condições de tomar conhecimento de praticamente quase todas essas informações. Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 5 VOLTAR Baseado nessas e outras situações diversas pessoas tem interesses nos relatórios contábeis, tais como: Os donos da empresa que não participam de sua administração . Para que? Para poder saber quanto à empresa esta conseguindo lucrar. Os administradores da empresa . Para que? Para saber a sua saúde financeira e como melhorá-la. Os Bancos e Financeiras. Para que? Para saber se concederem um empréstimo a uma empresa, ela terá condições de pagar. Os sindicatos. Para que? No caso de um sindicato dos empregados para saber se podem pedir um percentual de aumento maior para os funcionários. O Governo em geral. Para que? Para saber se podem tributar mais, ou se devem reduzir a tributação. Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 6 VOLTAR 2. DEFINIÇÃO DE PATRIMÔNIO, BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÕES O Patrimônio é um conjunto de bens. Esse conjunto de bens pode pertencer a uma pessoa física ou jurídica. Enquanto pessoas físicas possuem um conjunto de bens e consumo (caneta, televisão, relógio, etc.) as entidades, pessoas jurídicas de fins lucrativos (empresas) ou de fins ideais (instituições), possuem outros tipos de bens (mercadorias, máquinas, instalações, etc.). Considerando o Patrimônio de uma empresa, ele pode se apresentar de três formas diferentes: Os bens da empresa, que estão em seu poder (computador, prédio, casa, carro, dinheiro em sua mão, máquinas e etc.). Os bens da empresa, em poder de terceiros, ou seja os seus DIREITOS (uma venda feita a prazo (é direito seu receber esse dinheiro, como esse dinheiro ainda não esta contigo, ele não é um bem, e sim um direito, direito de recebê-lo), o dinheiro no banco (ele não esta com você) entre outros). Podemos entender que o que diferencia BENS de DIREITO é a posse. Pois na verdade tudo que esta nos dois exemplos acima podem ser avaliados em dinheiro, o que diferencia é se esta ou não com você. Os bens de terceiros, em poder da empresa, - as suas OBRIGAÇÕES (é o inverso de DIREITOS, ou seja, é algo avaliável em dinheiro que não lhe pertence mais está contigo). Exemplo: − COMPRA A PRAZO – seu fornecedor lhe vendeu mercadorias a prazo, é um direito dele receber e uma OBRIGAÇÃO sua de pagar; − UM EMPRÉSTIMO – é um direito do banco ou financeira e uma OBRIGAÇÃO sua pagar. Assim, definimos o Patrimônio como “o conjunto de bens, direitos e obrigações, avaliável em moeda e pertencente a uma pessoa física ou jurídica”. 2.1 PRIMEIRAS NOÇÕES DE BALANÇO PATRIMONIAL O Balanço Patrimonial é umademonstração que evidencia todo o patrimônio de uma entidade em um determinado momento, ou seja ela vai mostrar todos os BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÕES numa certa data. Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 7 Primeiro ela registra esses dados, depois processa os relatórios e demonstrações. Uma das principais demonstrações é chamada de Balanço Patrimonial. VOLTAR Mais para ficar mais apresentável, ao invés de misturar tudo, ela preocupou-se em deixar isso de uma maneira mais fácil de se entender. O Patrimônio está divido em duas partes: um positivo chamado ATIVO outro negativo chamado PASSIVO. No ATIVO estão o conjunto de BENS e DIREITOS e no PASSIVO suas OBRIGAÇÕES ou DEVERES. A diferença entre o Ativo (+) e o Passivo (-), denomina-se PATRIMÔNIO LÍQUIDO que aparece vinculado ao Passivo, para que haja uma igualdade entre este e o Ativo, que chamamos de Equação ou Equilíbrio Patrimonial. ResumoResumo ATIVO (+) BENS DIREITOS PASSIVO (-) OBRIGAÇÕES PATRIMÔNIO LIQUÍDO Assim sendo, dizemos que o Patrimônio Líquido representa a diferença entre o Ativo e o Passivo. Exemplo: Exemplo: ATIVO (+) 2.500,00 PASSIVO (-) 500,00 P.L. 2.000,00 2.500,00 2.500,00 Podemos apresentar o Patrimônio de três formas diferentes, ou seja: 1º) O Ativo maior que o Passivo ATIVO (+) 3.000,00 PASSIVO (-) 1.000,00 P.L. 2.000,00 3.000,00 3.000,00 2º) O Ativo igual ao Passivo ATIVO (+) 3.000,00 PASSIVO (-) 3.000,00 Equilíbrio Patrimonial O Patrimônio Líquido é a diferença entre o Ativo (3.000,00) e o Passivo (1.000,00) Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 8 Resultado numa Situação Líquida Nula ou Compensada. VOLTAR 3º) O Ativo menor que o Passivo ATIVO (+) 3.000,00 PASSIVO (-) 3.500,00 PASSIVO DESCOBERTO 500,00 VejaVeja Apenas a 1ª primeira situação é real (o Ativo maior que o Passivo), pois apresenta uma situação de equilíbrio patrimonial na empresa uma vez que o conjunto de bens e direitos é suficiente superior para saldar os compromissos da empresa com terceiros, representados pelas obrigações. Na 2ª segunda situação, uma posição muito difícil de acontecer, pois sendo o Ativo igual ao Passivo, representa que toda a parte do proprietário já foi consumida pelas obrigações que representam o mesmo valor do conjunto de bens e direitos. Considerando, ainda que uma parte do Ativo é constituída de bens que são destinados ao uso da empresa (Móveis e utensílios, Instalações, Máquinas e Equipamentos etc.) não podendo se desfazer deles, são necessários ao funcionamento da empresa, o Ativo deverá ser maior que o Passivo, no mínimo pela soma desses valores, senão é bem provável que a empresa tenha que alienar esses bens, para saldar seus compromissos, não sobrando nada para que possa continuar funcionando. A 3ª é mais critica ainda, (o Ativo é menor que o Passivo), apresenta o Patrimônio numa situação muito difícil de ser encontrada, sendo as obrigações superiores ao conjunto de bens e direitos. Mesmo transformando seus bens e direitos em numerários, não é suficiente para cobrir as obrigações. Daí, o nome PASSIVO A DESCOBERTO, pois a soma do Ativo não da pra cobrir a soma do Passivo. 2.2 ALTERAÇÕES PATRIMONIAIS No desenvolver das operações de uma empresa, quando efetua uma transação (compra, vendas) ou qualquer outra operação, os elementos que compõem o Patrimônio se modificam. Chamamos de Exercício Financeiro, operações que acontecem, fazendo com que a estrutura do Patrimônio se modifique a cada operação realizada. A essa continuidade de operações do “dia a dia” da empresa, modifica a estrutura patrimonial. No último dia de cada Exercício Financeiro levantamos um Balanço que nos mostra a representação do que existe de Bens, Direitos e Obrigações e qual resultado do exercício que está sendo encerrado, que ser de dois tipos: 1º) Quando a Receita (+) for maior que a Despesa (-), o resultado final do exercício será um Lucro; O Passivo a Descoberto representa a diferença entre o Passivo e o Ativo Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 9 2º) Quando a Despesa (-) for maior que a Receita (+), o resultado final do exercício será um Prejuízo; VOLTAR O termo balanço na Contabilidade se equipara a igualdade, assim pressupõem se que o Ativo é igual à soma do Passivo mais o Patrimônio Líquido (A = P + PLA = P + PL). Na contabilidade nos trabalhamos com as chamadas partidas dobradaspartidas dobradas, registramos o mesmo valor duas vezes mais em contas diferentes. Exemplo:Exemplo: 1) Abertura da empresa com capital de R$ 80.000,00, depositada na conta da empresa. Ativo Passivo Depósito no Banco 80.000,00 Patrimônio Líquido Capital Social 80.000,00 − Esse primeiro dinheiro que o sócio coloca na empresa é chamado de CAPITAL SOCIAL. − Essa operação acima em termos técnicos é chamada de integralização de capitalintegralização de capital. 2) Compra de instalações pagamento a vista por R$ 20.000,00. Ativo Passivo Depósito no Banco 60.000,00 Instalações 20.000,00 Patrimônio Líquido Capital Social 80.000,00 − o dinheiro para pagar as instalações foi subtraído do banco que antes era de R$ 80.000,00 e agora ficou R$ 60.000,00. − compra de instalações (bens), então ele ficará em seu ativo, o valor dele foi de R$ 20.000,00, então você registra os R$ 20.000,00 sob o nome de instalações. − se você somar todos os itens do seu ativo, ou seja, depósitos no banco + instalações você tem R$ 80.000,00 no seu ativo e se você somar o conjunto do Passivo mais o Patrimônio Líquido você também tem R$ 80.000,00, é uma balança, uma igualdade que não se altera. 3) Você viu que toda a hora que você quer comprar algo você precisa passar um cheque e resolve então deixar um dinheiro na empresa (Caixa), para que não haja mais esse inconveniente. Então você tira do banco R$ 800,00 e deixa-o dentro da empresa. Ativo Passivo Caixa 800,00 Depósito no Banco 59.200,00 Patrimônio Líquido Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 10 Instalações 20.000,00Capital Social 80.000,00 − some o Ativo e depois compare com o total do Passivo e veja que os valores ainda continuam a totalizar R$ 80.000,00 cada um. VOLTAR Com exceção da primeira operação, até aqui só fizéssemos operações que alterassem o ativo. Isso foi para chamar a sua atenção de que o Depósito no Banco é um direito da empresa (o dinheiro esta lá mais na hora que você quiser pode sacá-lo) e que as Instalações o dinheiro que esta dentro da empresa (Caixa) são bens que a empresa possui. 4) Você comprou mais R$ 40.000,00 de mercadorias só que dessa vez o seu fornecedor já olhou o seu balanço e viu que você tem condições de pagar esses R$ 40.000,00, então esse fornecedor lhe vendeu essa mercadoria a prazo com 30 dias para pagar. Ativo Passivo Caixa 800,00Fornecedores 40.000,00 Depósito no Banco 59.200,00Patrimônio Líquido Instalações 20.000,00Capital Social 80.000,00 Mercadorias 40.000,00 − percebeu que houve um aumento de R$ 4.000,00 em mercadorias e que também houve um aumento de R$ 40.000,00 em Fornecedores, este por ser uma obrigação ficou no passivo. 5) Venda de mercadorias a vista R$ 10.000,00 por R$ 15.000,00 Ativo Passivo Caixa 800,00Fornecedores 40.000,00 Depósito no Banco 74.200,00Patrimônio Líquido Instalações 20.000,00Capital Social 80.000,00 Mercadorias 30.000,00Receitas de Vendas 5.000,00 Total do Ativo 125.000,00Total doPassivo 125.000,00 − a empresa entregou R$ 10.000,00 de mercadorias (preço de custo) e recebeu R$ 15.00,00 de dinheiro (preço de venda), aumentando o Ativo em R$ 5.000,00 e automaticamente o Patrimônio Líquido, representado pelo lucro na transação (R$ 15.000,00 – R$ 10.000,00), que representa uma ReceitaReceita Como vimos, cada vez que a empresa revende uma mercadoria, a diferença entre o preço de custo e o preço de venda, representa uma variação positiva do Patrimônio Líquido, ou seja uma Receita. RECEITAS representam variações positivas do Patrimônio Líquido. Assim como existem variações positivas do Patrimônio Líquido, existem também negativas que, ao contrário daquelas, diminuem o Patrimônio Líquido. O contrário das receitas (+) são as despesas (-).O contrário das receitas (+) são as despesas (-). Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 11 As despesas acontecem com a saída de numerários da empresa sem a entrada de outro bem ou direito em troca dessa saída de numerário. Com isso o Ativo diminui, diminuindo automaticamente o Patrimônio Líquido. VOLTAR As despesas acontecem com o pagamento de salário, alugueis, impostos, água, luz, telefone, material de escritório etc.. 6) Pagamento de Impostos (Despesas) R$ 8.000,00 Ativo Passivo Caixa 800,00Fornecedores 40.000,00 Depósito no Banco 66.200,00 Instalações 20.000,00Patrimônio Líquido Mercadorias 30.000,00Capital Social 80.000,00 Despesas 8.000,00Receitas de Vendas 5.000,00 − com a saída de R$ 8.000,00 do Banco o Ativo diminui desse valor, diminuindo automaticamente o Patrimônio Líquido. Observe na operação acima, que a despesa se vinculou ao Ativo assim como a Receita se vincula ao Passivo, como demonstrado abaixo: ATIVO (+) PASSIVO (-) P.L. (-) P.L. (+) Se quisermos saber o valor do Patrimônio Líquido no quadro nº. 5 teríamos: CAPITAL (+) 80.000,00 Conferindo: RECEITA (+) 5.000,00 ATIVO 85.000,00 Caixa 800,00 DESPESAS (-) 8.000,00 Banco 66.200,00 77.000,00 Instalações 20.000,00 Mercadorias 30.000,00 117.000,00 PASSIVO Fornecedores 40.000,00 PL TOTAL 77.000,00 117.000,00 7) Venda de Mercadorias a prazo R$ 15.000,00 por R$ 20.000,00 Ativo Passivo Caixa 800,00Fornecedores 40.000,00 Depósito no Banco 66.200,00 Instalações 20.000,00 Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 12 Mercadorias 15.000,00Patrimônio Líquido Duplicatas a receber 20.000,00Capital Social 80.000,00 Despesas 8.000,00Receitas de Vendas 10.000,00 VOLTAR − a venda foi a prazo, não alterou o caixa. Passamos a ter duplicatas a receber R$ 20.000,00, diminuindo R$ 15.000,00 de Mercadorias e aumentando mais R$ 5.000,00 na receita, que passou a ser R$ 10.000,00. 8) Pagamento de aluguel (despesa) R$ 5.000,00 Ativo Passivo Caixa 800,00Fornecedores 40.000,00 Depósito no Banco 61.200,00 Instalações 20.000,00 Mercadorias 15.000,00Patrimônio Líquido Duplicatas a receber 20.000,00Capital Social 80.000,00 Despesas 13.000,00Receitas de Vendas 10.000,00 − novamente tivemos uma despesa que resultou na diminuição do Banco e o aumento das despesas. A cada operação realizada pela empresa, altera as estruturas Patrimoniais, dando assim, uma idéia de movimento, que vai acontecendo durante todo Exercício Financeiro. No último dia do Exercício apuramos o resultado do Exercício, levantamos um Balanço que representa o Patrimônio, naquele momentonaquele momento. Nesse momento podemos encontrar dois resultados: RECEITA (+) > DESPESA (-) = LUCRO (+)RECEITA (+) > DESPESA (-) = LUCRO (+) DESPESA (-) > RECEITA (+) = PREJUÍZO (-)DESPESA (-) > RECEITA (+) = PREJUÍZO (-) Considerando o fluxo das operações realizadas até aqui e tomando por base o quadro nº. 7, teríamos Conferindo: CAPITAL (+) 80.000,00 RECEITA (+) 10.000,00 ATIVO 90.000,00 Caixa 800,00 DESPESAS (-) 8.000,00 Banco 66.200,00 82.000,00 Instalações 20.000,00 Mercadorias 15.000,00 Dupl.a receber 20.000,00 122.000,00 PASSIVO Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 13 Fornecedores 40.000,00 PL TOTAL 82.000,00 122.000,00 VOLTAR Ativo Passivo Caixa 800,00Fornecedores 40.000,00 Depósito no Banco 66.200,00 Instalações 20.000,00Patrimônio Líquido Mercadorias 15.000,00Capital Social 80.000,00 Duplicatas a receber 20.000,00Lucro 2.000,00 Total do Ativo 122.000,00Total do Passivo 122.000,00 O Balanço apresentou todos os elementos constantes no quadro nº. 7, com exceção de Receitas e despesas que foram substituídos pelo Lucro de R$ 2.000,00, representado pela diferença entre o total da Receita (R$ 10.000,00) e o total da Despesa (R$ 8.000,00). O capital inicial dos proprietários R$ 80.000,00 no final do Exercício, foi enriquecido em R$ 2.000,00, representado pelo Lucro. Se tomarmos como base para o balanço o quadro nº. 8, a alteração seria a seguinte: Conferindo: CAPITAL (+) 80.000,00 RECEITA (+) 10.000,00 ATIVO 90.000,00 Caixa 800,00 DESPESAS (-) 13.000,00 Banco 61.200,00 77.000,00 Instalações 20.000,00 Mercadorias 15.000,00 Dupl.a receber 20.000,00 (-) Prejuízo 3.000,00 120.000,00 PASSIVO Fornecedores 40.000,00 PL TOTAL 80.000,00 120.000,00 Ativo Passivo Caixa 800,00Fornecedores 40.000,00 Depósito no Banco 61.200,00 Instalações 20.000,00Patrimônio Líquido Mercadorias 15.000,00Capital Social 80.000,00 Duplicatas a receber 20.000,00 (-) Prejuízo 3.000,00 Total do Ativo 117.000,00Total do Passivo 117.000,00 Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 14 Novamente repetimos todos os elementos do quadro nº. 8, com exceção de Despesas e Receitas. Como as Despesas (R$ 13.000,00) foram maior que as Receitas (R$ 10.000,00), sendo assim o Capital Inicial no final do Exercício ficou diminuído de R$ 3.000,00. VOLTAR 2.3 VARIAÇÕES PATRIMONIAIS Na administração do Patrimônio de uma empresa, ocorrem atos e fatos administrativos. A diferença do ATO para o FATO administrativo é que o primeiro não altera a substancia do Patrimônio (admitir empregados, assinar documentos etc.) e o segundo altera a substância patrimonial (compras, vendas, pagamentos, despesas etc.). As variações decorrentes dos fatos administrativos dão margem a três tipos de alterações no Patrimônio, ou seja: a) Fatos Permutativos – são aqueles que não alteram o Patrimônio Líquido. Representam modificações entre componentes do Ativo e ou Passivo, sem que o Patrimônio Líquido se modifique. Exemplo: − compra de mercadorias à vista; − compra de instalações a prazo; − Recebimento de Direitos; − Pagamento de Obrigações. b) Fatos Modificativos – são os que alteram o Patrimônio Líquido. Podem ser AUMENTATIVOS, quando o Patrimônio Líquido aumenta e DIMINUTIVO quando o diminui. Exemplo: − Pagamento de despesas (diminutivo); − Recebimento de receitas (aumentativo). c) Fatos Mistos – provocam alterações no Ativo, no Passivo e no Patrimônio Líquido, simultaneamente. Exemplo: − Venda de mercadorias com Receita de vendas. Entrou dinheiro no caixa, saiu mercadorias (modificações no Ativo) e aumentou o Patrimônio Líquido; − Pagamento de Duplicatas com juros. Saiu dinheiro do Caixa (Ativo), diminui as obrigações (Passivo) e houve uma despesa (juros pagos), diminuindo o Patrimônio Líquido. Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 15 2.4 ASPECTO QUALITATIVO DO PATRIMÔNIO A composição do Patrimônio quanto ao seu ponto de vista qualitativo é estudada quanto à sua origem, ou seja, quanto ao financiamento e quanto ao investimento ou aplicação desse financiamento ou recurso. VOLTAR Quando se resolve fundar uma empresa, resolvem INVESTIR ou APLICAR um Capital. Para o Patrimônio este Capital representa um financiamento recebido o qual será investido e aplicadoem diversos tipos de bens que depois de uma série de transformações, resultam em um aumento daquele Capital, representado através do LUCRO obtido. 2.4.1 CLASSIFICAÇÃO DOS INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTO PATRIMONIAIS 2.4.1.1 INVESTIMENTOS − Bens Fixos São aquisições que recebem o Patrimônio de permanência relativamente duradoura e que constitui meios básicos indispensáveis ao funcionamento de uma empresa. Divide-se em: a) Bens materiais ou tangíveis; b) Bens imateriais ou intangíveis. Os bens materiais são aqueles de existências físicas, palpáveis ao homem, tais como: a) Edifícios e todas as construções necessárias à empresa; b) Máquinas e equipamentos; c) Móveis e utensílios; d) Os meios de transportes. Os imateriais são aqueles que, servindo a vários exercícios financeiros não estão representados por qualquer elemento material: a) Patentes de invenção; b) Marcas; c) Direitos autorais e etc.. − Bens Numerários Entendemos como bens numerários o dinheiro e tudo aquilo que pode se transformar em dinheiro imediatamente. Então neste grupo as “Ordens de Pagamento”, os cheques a receber, depósitos bancários de livre movimento etc.. Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 16 − Bens de Venda Estão ligados aos objetivos da empresa e se constitui na principal função de uma entidade de fins lucrativos. a) Mercadorias, nas empresas mercantis; b) Produtos, nas empresas industriais; VOLTAR c) Títulos de Renda, nas empresas de investimentos; d) Imóveis, nas empresas imobiliárias. Não importa as qualidades especificas que estes bens irão ter em outros Patrimônios mas sim para aquele que os vende com o objetivo de lucro. Um imóvel comprado, pode servir para a empresa compradora como uma imobilização ou um bem fixo mas para a empresa imobiliária, que tem como objetivo a compra e venda de imóveis, será um bembem de venda.de venda. Para uma empresa que comprou uma mesa para o uso próprio, é um bem fixo, mas para quem vendeu, trata-se de um bem de vendabem de venda. − Bens de Renda É exatamente ao contrário ao anterior, ou seja, os bens de venda. Se aqueles constituem o objeto de negócio, estes são o inverso, não se enquadram nas atividades normais de uma empresa, embora contribuam para com o Patrimônio Líquido. Assim em uma empresa, o objetivo de seu negocio é comprar e vender mercadoria e obter com estas transações o lucro. Mas se adquiri ações de outra Companhia, esta adquirindo bem de renda, bens que lhe proporcionarão uma receita extraordinária, acessória aquela que se destina. − Crédito de Funcionamento Este grupo compreende os valores numéricos cujo recebimento está condicionado em um prazo determinado. Todas as transações econômicas entre as empresa são traduzidas em moeda corrente e se resume em recebimento e desembolso de valores numéricos. Mas nem sempre são feitas pela troca imediata por dinheiro e gera um direito para aqueles que entregaram algo e que deveriam receber em troca em dinheiro. Quando uma empresa concede um prazo à outra para receber um bem numerário cria uma relação de débitodébito e créditocrédito entre ambos. A qual deveria receber o numerário torna- se credoracredora e a outra devedoradevedora. Denomina-se Crédito de Funcionamento aqueles direitos, surgidos com a concessão de um prazo determinado para o recebimento de numerário proveniente da venda de mercadorias, produtos ou de serviços. É constituído este grupo dos Títulos a Receber, Duplicatas a Receber, Adiantamentos Concedidos etc.. 2.4.1.2 FINANCIAMENTOS − Capitais Próprios Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 17 São recursos internos da própria empresa que não estão sujeitos a serem restituídos a terceiros. Representam a parcela inicial do Patrimônio, e correspondem a parte dos donos da empresa, assim como suas variações. São divididas da seguinte forma: a) Capital Individual ou Social; b) Lucros Acumulados; c) Reservas. VOLTAR Capital Individual ou Social representa a parte do Patrimônio que pertence aos donos da empresa. Os lucros representam as variações aumentativas do Patrimônio Líquido, resultante da exploração de uma entidade econômica. Variações que se destinam aos proprietários que investiram aquele capital inicial, visando um ganho, que é realizado através de um lucro. Mas nem sempre toda a parcela do lucro é distribuída entre os proprietários, mas ficam retidos como reservas que constituem um enriquecimento e proporcionam ao Patrimônio mais um financiamento próprio. − Capital Alheio Representam fundos que pertence a terceiro que a empresa obtém através de credito. Esses capitais formam em seu conjunto, o Passivo propriamente dito ou Passivo Real. Constituem as obrigações obrigações que a empresa assume, decorrentes de ter recebido bens de outros Patrimônios e que em determinado momento terão de ser indenizados, geralmente em dinheiro. Divide-se em: a) Débitos de funcionamento; b) Débitos de financiamento. O primeiro representa os financiamentos da empresa tais como: compras a prazo, adiantamento recebido etc.. O Segundo representa os financiamento recebido. Não resultam, como os débitos de funcionamento, das operações próprios a que se consagra a empresa e, portanto não estão ligados a qualquer outra operação. Decorre simplesmente de uma operação financeira entre possuidores de um capital e os que necessitam deste capital, mediante a qual entregam a esses uma determinada quantia em dinheiro, deve ser restituída após a decorrência de um prazo pré-fixado acrescida de outra parcela, denominada juros. São os chamados empréstimos (geralmente bancários). 2.5 ASPECTO QUANTITATIVO DO PATRIMÔNIO ATIVO CIRCULANTE DISPONIVEL CRÉDITOS ESTOQUES DESPESAS ANTECIPADAS RELIZÁVEL A LONGO PRAZO DIREITOS A RECEBER A LONGO PRAZO PERMANENTE INVESTIMENTOS IMOBILIZADO ITANGÍVEL DIFERIDO PASSIVO CIRCULANTE OBRIGAÇÕES A CURTO PRAZO EXIGÍVEL A OBRIGAÇÕES A LONGO PRAZO Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 18 LONGO PRAZO PATRIMÔNIO LÍQUIDO CAPITAL SOCIAL. RESERVAS DE CAPITAL. AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL. RESERVAS DE LUCROS. AÇÕES EM TESOURARIA. PREJUÍZOS ACUMULADOS VOLTAR Como foi visto no ponto de vista qualitativo, os bens são de várias espécies e qualidades. Os bens patrimoniais heterogêneos podem ser medidos através de uma unidade comum, a moeda, que os transforma numa grandeza homogênea que é o valor. O Patrimônio passa dessa forma a se constituir como um FUNDO DE VALORES. A classificação do aspecto quantitativo é feita segundo a lei das Sociedades Anônimas (Lei 6.404/76 com novas alterações na Lei 11.638/2007) que adotou o critério de classificação quantitativa do Patrimônio das empresas constituídas sob aquela forma e que serve como regra geral para a disposição dos Balanços Patrimoniais de todas as empresas e que é dividido da seguinte forma: ATIVO CIRCULANTE REALIZÁVEL A LONGO PRAZO PERMANENTE INVESTIMENTOS IMOBILIZADO ITANGIVEL DIFERIDO PASSIVO CIRCULANTE EXIGÍVEL A LONGO PRAZO PATRIMÔNIO LÍQUIDO CAPITAL SOCIAL RESERVAS DE CAPITAL AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL RESERVAS DE LUCROS AÇÕES DE TESOURARIA LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS No ponto de vista qualitativo do Patrimônio, foi visto que o capital dos proprietários da empresa (Capital Social) se junta com o capital de terceiros, formando o financiamento que a empresa recebe, com a finalidade de investir o aplicar em diversos tipos de bens que depois de uma serie de transformações, resultam num aumento daquele capital inicial. O ciclo das operações começa com a compra de Mercadorias ou Matéria-Prima, usando as disponibilidades existentes, através daqueles financiamentos recebidos. Essa mercadoria é vendida ou a Matéria-Prima é transformada em produto quedepois será vendido. Essa venda, se for à vista, faz com que o numerário volte às disponibilidades (Caixa ou Banco), num volume maior, visto que a Mercadoria ou o Produto é vendido com lucros. Quando a venda é efetuada a prazo, o ciclo se torna maior, a Mercadoria gera um crédito de funcionamento (Duplicatas a receber), que depois de recebido, volta às disponibilidades que por sua vez servem para a compra de novas Mercadorias ou http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11638_2007.htm Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 19 Produtos e para pagar obrigações, quanto à compra de Matéria-Prima ou Produto for feito a prazo, e assim sucessivamente. Chamamos de CAPITAL CIRCULANTE, este é dividido em Ativo Circulante e Passivo Circulante. No Ativo Circulante, encontramos as disponibilidades da empresa (bens numerários), os bens de venda (mercadorias ou produtos), os bens Circulantes (Matéria-Prima), os Créditos de funcionamento (Duplicatas a receber, Clientes e etc.), completando-se o grupo com despesas pagas antecipadamente, em relação ao Exercício em que foram realizadas. VOLTAR ATIVO CIRCULANTE DISPONIVEL CAIXA DEPÓSITOS BANCÁRIOS CRÉDITOS DUPLICATAS A RECEBER CLIENTES DEVEDORES POR NOTAS FISCAIS CREDIARISTAS ADIANTAMENTOS CONCEDIDOS ESTOQUES MATÉRIA-PRIMA PRODUTOS EM ELABORAÇÃO PRODUTOS ACABADOS MERCADORIAS DESPESAS ANTECIPADAS SEGUROS A VENCER Os créditos que a empresa tem com terceiros, com prazo superior, ao término do exercício seguinte, de acordo com a legislação (Lei 6.404/76 art. 179) são classificados num grupo especial chamado ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO. Classificamos no realizável a longo prazo, além dos direitos a receber, por prazo superior ao término do exercício seguinte, os empresários efetuados à Sociedade Coligadas ou controladas que por sua natureza, não tem prazo previsto para serem recebidos. Trata-se de um reforço financeiro que a empresa Controladora esta dando à sua controlada, onde só será devolvido quando a situação financeira daquela que recebeu se estabilizar. Também se classificam neste grupo, os investimentos efetuados pela empresa, por ocasião de Imposto de Renda em áreas de interesse do Governo Federal. REALIZÁVEL A LONGO PRAZO TÍTULOS A RECEBER EMPRÉSTIMOS A CONTROLADAS EMPRÉSTIMOS A COLIGADAS INCENTIVOS FISCAIS DEPÓSITOS JUDICIAIS Os financiamentos recebidos pela empresa, são aplicadas com a finalidade de desenvolver a atividade da mesma, proporcionando assim aos seus proprietários o retorno do capital aplicado. Nem sempre, entretanto, essa aplicação é feita no Capital Circulante, uma parte dessas aplicações é feita em bens que são de uso da empresa, Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 20 representa o CAPITAL FIXO, de acordo com a padronização oficial dos Balanços no Brasil, chamado de: 2.5.1 ATIVO PERMANENTE Neste grupo encontramos os Bens de Renda, que representam aplicação feita pela empresa visando à obtenção de recursos, mas que não pertencem à atividade normal da mesma. VOLTAR Exemplo: imóveis destinados a renda (aluguel), e ações compradas com finalidade de participar ou controlar outras empresas, chamadas de Controladas ou Coligadas. Este subgrupo do Ativo Permanente chama-se de INVESTIMENTOS. O principal grupo de bens, pertencente ao Ativo Permanente e comum em todas as empresas é chamado de IMOBILIZADO, é constituído dos bens fixos que a empresa possui, necessário a seu funcionamento. São os Móveis e utensílios, as instalações, os veículos, Imóveis de uso próprio, as máquinas e equipamentos, etc.. . Com a Lei 11.638 /2007 são classificados no Ativo Permanente Imobilizado os direitos que tenham bens corpóreos destinados a manutenção das atividades da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive decorrentes de operações que transfiram para a empresa os benefícios, riscos e controle desses bens. Entrando para o Grupo do Ativo Permanente o Ativo Permanente Intangível. Aqui é que agora serão classificados os bens incorpóreos. Completa o grupo do Ativo Permanente, as despesas realizadas pela empresa e que em função de sua natureza não podem ser apropriadas a um único exercício (geralmente o primeiro), é despesa que vão servir para o uso da empresa em diversos exercícios e não seria correto (permitido por lei) que um único exercício suporte com todas essas despesas. Despesas estas destinadas a legalização da empresa, sua implantação, antes mesmo de começar a funcionar, classificadas por esse motivo DESPESAS PRÉ-NÃO OPERACIONAIS. Também fazem parte desse subgrupo, as despesas de reorganização, benfeitorias em prédios de terceiros etc.. Por ser composto de despesas que são amortizadas em vários exercícios, esse subgrupo é chamado de DIFERIDO, assim temos: ATIVO PERMANENTE INVESTIMENTOS IMÓVEIS DE RENDA AÇÕES COLIGADAS AÇÕES DE CONTROLADAS IMOBILIZADO IMÓVEIS DE USO TERRENO CONSTRUÇÃO INSTALAÇÕES MÓVEIS E UTENSÍLIOS VEÍCULOS http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11638_2007.htm Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 21 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ITANGIVEL BENS INCORPÓREOS DIFERIDO DESPESAS PRÉ-OPERACIONAIS DESPESAS DE ORGANIZAÇÃO BENFEITORIAS EM PRÉDIOS DE TERCEIROS VOLTAR No ciclo do Capital Circulante da empresa, ela recebe financiamento de terceiros que são aplicados na aquisição de bens destinados ao seu desenvolvimento. Esse financiamento recebido de terceiros representa obrigações da empresa que quando devidas a prazo inferior ao término do exercício seguinte, são classificadas no: PASSIVO CIRCULANTE DUPLICATAS A PAGAR FORNECEDORES CONTRIBUIÇÕES A RECOLHER EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS As obrigações assumidas pela empresa, por prazo superior “ao término do exercício seguinte” ou sem prazo determinado para que possam ser cumpridos, são classificados no: PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO TÍTULOS A PAGAR FINANCIAMENTOS DO EXTERIOR EMPRÉSTIMOS DE COLIGADAS EMPRÉSTIMOS DE CONTROLADAS De acordo com a Lei, quando a empresa efetua faturamento por conta da entrega de mercadorias ou produtos no futuro e esse prazo ultrapassa ao exercício, essa receita de venda é classificada em um grupo especial chamado: RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS (Não existe mais, revogado pela Lei 11.638/2007) São classificadas nesse grupo, vendas faturadas para entrega no futuro (exercício seguinte), os alugueis de imóveis da empresa, recebidos antecipadamente, recebimento antecipado referente a produtos cujo processo ultrapassa 12 meses e etc.. Esses valores, deduzidos das despesas necessárias à sua obtenção são classificados nesse grupo. PATRIMÔNIO LÍQUIDO O Patrimônio Líquido representa a parte dos proprietários da empresa (Capital Próprio) que foram investidos na mesma. De acordo com a Lei, o Capital Inicial, caso não esteja totalmente realizado, é necessário que se demonstre essa parcela. CAPITAL SOCIAL Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 22 SUBSCRITO (-) A REALIZAR = CAPITAL SOCIAL REALIZADO O Capital Social investido pelos acionistas vai se valorizando, e nem sempre distribuída entre os proprietários. Essa parcela de aumento do Patrimônio Líquido que não se incorpora ao Capital Social nem se constitui lucros a distribuir, é o que chamamos de RESERVAS, que podem ser de vários tipos: VOLTAR RESERVAS DE CAPITAL RESERVAS DE REAVALIAÇÃO RESERVAS DE LUCROS RESERVAS DE CAPITAL Acontecepor operações estranhas à atividade normal da empresa, representando aumentos indiretos do Capital, provenientes de fenômenos extra-operacionais como: RESERVA DE AGIO NA SUBSCRIÇÃO DE AÇÕES, que representa o ágio recebido quando da venda de ações de uma Sociedade Anônima, por valor superior ao valor nominal das mesmas. RESERVAS DE REAVALIAÇÃO A empresa resolveu atualizar algum bem de seu Ativo (geralmente imóveis), ao preço do mercado, a contrapartida dessa valorização do Ativo será uma Reserva de Reavaliação. A partir de 01.01.2008, não há mais possibilidade de efetuar reavaliações de ativos, em decorrência da Lei 11.638/07. RESERVAS DE LUCROS A concepção de uma reserva é que ela representa uma parte do lucro que fica retido na empresa. As reservas de lucro, portanto, representam as verdadeiras reservas, aquelas que são originárias da atividade operacional da empresa. São divididas assim: RESERVA LEGAL RESERVA ESTATUÁRIA RESERVA PARA INVESTIMENTOS RESERVA PARA CONTIGÊNCIAS RESERVA DE LUCROS A REALIZAR LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11638_2007.htm Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 23 Por ocasião do levantamento do Balanço, o valor do Lucro Líquido apurado, deduzido das reservas e da provisão para Imposto de Renda, o saldo restante será classificado como Lucros Acumulados (tem esse nome pois é acumulado pelos diversos exercícios existentes), se o resultado final for positivo, caso contrário, haverá um prejuízo. Os Lucros (+) ou Prejuízos (-) vão se acumulando exercício a exercício, aumentando ou diminuindo, de acordo com a soma dos mesmos. VOLTAR 2.6 PATRIMÔNIO LÍQUIDO (LEI 11.638/07) O Patrimônio Líquido era dividido em: capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros e lucros ou prejuízos acumulados. ♦ Agora o Patrimônio Líquido é dividido em: − Capital Social. − Reservas de Capital. − Ajustes de Avaliação Patrimonial. − Reservas de Lucros. − Ações em Tesouraria. − Prejuízos Acumulados. 2.6.1 Reservas de Capital Antes das alterações, o que era classificado como reserva de capital? A resposta estava no artigo 182 da Lei 6404/76. Mas houve uma alteração quase não notada no final da Lei 11.638/2007. O artigo 182 era assim em seu parágrafo primeiro: “§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem: a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias; b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição; c) o prêmio recebido na emissão de debêntures; d) as doações e as subvenções para investimento.” Agora ficou assim: “§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem: a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias; b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição.” http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11638_2007.htm Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 24 Não são mais classificados como reservas de capital o prêmio na emissão de debêntures e as doações e as subvenções para investimento. 2.6.2 Ajuste de Avaliação Patrimonial Serão classificados como Ajustes de Avaliação Patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas dos aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do passivo em decorrência da sua avaliação a preço de mercado. VOLTAR 2.6.3 Reservas de Reavaliação Você notou que pela lei não existem mais as Reservas de Reavaliação. De acordo com as mudanças os saldos existentes na reservas de reavaliação serão mantidos até a sua efetiva realização ou deverão ser estornados até o final de 2008. 2.6.4 Critérios de Avaliação do Ativo Circulante e do Realizável a Longo Prazo para Direitos e Títulos de Créditos Antes tínhamos para avaliação apenas os direitos e títulos de créditos. Agora, além deles, temos que avaliar também as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive os derivativos. [Derivativos, no mercado financeiro, são ativos financeiros que derivam de um outro ativo financeiro.] A redação anterior da Lei 6404/76 era: “I - os direitos e títulos de crédito, e quaisquer valores mobiliários não classificados como investimentos, pelo custo de aquisição ou pelo valor do mercado, se este for menor; serão excluídos os já prescritos e feitas as provisões adequadas para ajustá-lo ao valor provável de realização, e será admitido o aumento do custo de aquisição, até o limite do valor do mercado, para registro de correção monetária, variação cambial ou juros acrescidos;” Agora temos a seguinte orientação quanto aos direitos e títulos de créditos para a sua avaliação: I. As aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo: a) pelo seu valor de mercado ou valor equivalente, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda; e b) pelo valor do custo de aquisição ou valor da emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de créditos. Considera-se valor de mercado para instrumentos financeiros: o valor que pode se obter em um mercado ativo, decorrente de transação não compulsória realizada entre partes independentes. Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 25 Considera-se valor de mercado para instrumentos financeiros quando ausência de um mercado ativo para um determinado instrumento financeiro: a) o valor que se pode obter em um mercado ativo com a negociação de outro instrumento financeiro de natureza, prazo e riscos similares, b) o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros para instrumentos financeiros de natureza, praz e riscos simulares, c) o valor obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de precificação de instrumentos financeiros. VOLTAR 2.6.5 Critérios de Avaliação do Ativo Permanente Intangível Os direitos classificados no Ativo Permanente Intangível serão avaliados pelo custo de aquisição deduzido do saldo da respectiva conta de amortização. 2.6.6 Critérios de Avaliação do Ativo para operações de Longo Prazo Os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. 2.6.7 Depreciação, Amortização e Exaustão Anteriormente a mudança a Lei 6404/76 fazia menção à diminuição dos elementos do ativo imobilizado assim: “§ 2º A diminuição de valor dos elementos do ativo imobilizado será registrada periodicamente nas contas de:”. Agora com a mudança temos a seguinte redação: “§ 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado, intangível e diferido será registrada periodicamente nas contas de”. Note que a lei citava apenas o ativo imobilizado, hoje fala em ativo imobilizado, intangível e diferido. 2.6.8 Amortização do Ativo Permanente Diferido Antes o prazo para amortização do Diferido era de até 10 anos. Pela nova disposição legal esse prazo não existe mais. Veja o que a lei dizia: “Art. 183 ... § 3º Os recursos aplicados no ativo diferido serão amortizados periodicamente, em prazo não superior a 10 (dez) anos, a partir do início da operação normal ou do exercício em que passem a ser usufruídosos benefícios deles decorrentes, devendo ser registrada a perda do capital aplicado quando abandonados os empreendimentos ou atividades a que se destinavam, ou comprovado que essas atividades não poderão produzir resultados suficientes para amortizá-los”. Veja o que diz a lei agora: “Art. 183 ... Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 26 § 3º A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado, no intangível e no diferido, a fim de que sejam: I – registrados perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para a recuperação desse valor; ou II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização”. VOLTAR 2.6.9 Critérios de Avaliação do Passivo de Longo Prazo Antes da modificação a lei falava que as obrigações sujeitas à correção monetária seriam atualizadas até a data do balanço. Agora as obrigações, encargos e riscos classificados no Passível Exigível a Longo Prazo serão ajustadas ao seu valor presente e as demais quando houver efeito relevante. 2.6.10 DRE – Partes Beneficiárias Anteriormente na DRE eram discriminados as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias e as contribuições para instituições financeiros ou fundos de assistência ou previdência dos empregados. Pela nova norma não deve mais ser discriminada na DRE a parte beneficiária. Veja como ficou a norma nesse ponto: “Art. 187 ... VI – as participações de debêntures, de empregados e administradores, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa;”. 2.6.11 Demonstração do Fluxo de Caixa Esta demonstração não era obrigatória. Agora é. Segundo a nova orientação a DFC indicará no mínimo as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, separando essas alterações em três fluxos (no mínimo), a saber: -fluxos das operações, -fluxos dos financiamentos, -fluxos dos investimentos. Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 27 VOLTAR 3. CONTAS Para cada elemento (Ativo, Passivo ou Patrimônio Líquido) existe uma conta para representá-lo. Para o dinheiro existente, temos uma conta própria para representá-lo que se chama “Caixa”. Outras contas “Móveis e utensílios”, “Duplicatas a receber”, “Duplicatas a pagar” e assim por diante. A função de cada conta é representar a variação que um fato promoveu no Patrimônio da empresa, essa variação pode ser a DÉBITO ou a CRÉDITO da conta. A diferença entre o débito e crédito de uma conta, é chamada de SALDO, e esse saldo pode ser DEVEDOR ou CREDOR. Usamos para isso uma representação gráfica, conforme abaixo, essa representação é chamada de CONTA EM T, ou RAZONETE. Essa representação é usada para facilitar o aprendizado, na pratica veremos depois que isso é feito através de um livro chamado de Livro Razão, daí o nome de RAZONETE, o qual prefiro chamar assim ao invés de CONTA EM T. Vamos entender que cada T desse é uma conta. E para identificá-la colocamos na parte superior, logo acima do T o nome da conta, ficou assim: Bancos Nesse Razonete em forma de T colocamos do lado esquerdo DÉBITO e o lado direito da conta chamamos de lado de CRÉDITO, veja: Bancos Lado do Débito Lado do Crédito Se colocamos nesse Razonete em forma de T R$ 500,00 a débito da conta “Banco” e R$ 200,00 a crédito da mesma conta. Bancos DEVEDOR R$ 300,00 R$ 500,00 R$ 200,00 DÉBITO > CRÉDITO = SALDO DEVEDOR Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 28 VOLTAR Ou ainda, colocamos R$ 700,00 a crédito da Conta “Banco” e R$ 200,00 a débito da mesma conta. Bancos CREDOR R$ 500,00 R$ 200,00 R$ 700,00 CRÉDITO > DÉBITO = SALDO CREDOR 3.1 CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS CONTAS Quanto as sua funcionalidade, as contas se dividem em: a) Contas Unilaterais São aquelas que sofrem variações apenas num sentido. Por isso, o saldo dessas contas, aumenta sempre. Nesse caso as contas de receitasreceitas que serão sempre creditadascreditadas e de despesasdespesas que serão sempre debitadasdebitadas. b) Contas Bilaterais São aquelas que sofrem variações nos dois sentidos, o seu saldo pode aumentar e diminuir. São divididas em três classes: − Contas do AtivoContas do Ativo que pode ser debitadas ou creditadas mas seu saldo será sempre devedordevedor; − Conta do PassivoConta do Passivo pode ser creditada e debitada, mas seu saldo sempre será credorcredor; − Contas Mistas Contas Mistas debitadas e creditadas, apresentando o saldo ora devedordevedor ora credorcredor. 3.2 CONTAS DE COMPENSAÇÃO Representa atos administrativos que não alteram o Patrimônio, contas de compensação funcionam como “lembretes” para o administrador do Patrimônio. Representam deslocamentos momentâneos de bens ou direitos para outras entidades e de compromissos firmados pelos gestores em nome da empresa. Exemplos de atos que possam gerar lançamentos de compensação: − Empréstimo de um bem de uma entidade para outra; − Fiança, endossos ou avais dados em nome da empresa; − Hipotecas imobiliárias; − Mercadorias compradas e vendidas em consignação; Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 29 − Entrega de “duplicatas a receber” para cobrança. VOLTAR As contas de compensação são lançadas “aos pares”, uma conta de compensação no débito, contrapõe-se outra conta de compensação no crédito. Uma conta de compensação, jamais terá como contrapartida uma conta patrimonial. O Ativo de compensação soma o mesmo valor que o Passivo de compensação pois não há situação líquida, como se dá com o patrimônio da entidade. ATIVO PASSIVO P.L ATIVO DE COMPENSAÇÃO PASSIVO DE COMPENSAÇÃO 3.3 PLANO DE CONTAS É necessário que se tenha em qualquer empresa um PLANO DE CONTAS razoável, que estabeleça por finalidade principal norma de conduta para registro das operações da organização de qualquer sistema contábil, devem ser levados em conta três elementos básicos: − Elenco das contas; − Função atribuída a cada conta; − Funcionamento (quando deve ser debitada e quando deve ser creditada). É necessário se estudar a natureza da entidade a que ele vai pertencer, colhendo os seguintes dados: − Forma Jurídica da entidade; − Ramo de atividade; − Sistema de operações; − Voluma de negócio; − Exigências de ordem legal. Com esses elementos e outros considerados necessários, em cada caso, torna-se possível se elaborar um Plano de contas. MODELO DE PLANO DE CONTAS - GERAL 1 ATIVO 1.1 Ativo Circulante 1.1.1 Disponível 1.1.1.1 Caixa 1.1.1.2 Banco com Movimento 1.1.1.02.01 Banco X 1.1.1.02.02 Banco Y Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 30 1.1.1.3 Aplicação de Liquidez Imediata VOLTAR 1.1.1.4 Cheques em Cobrança 1.1.1.5 Numerários em Trânsito 1.1.2 Realizável a Curto Prazo 1.1.2.01 Duplicatas a Receber 1.1.2.02 (-) Duplicatas Descontadas 1.1.2.03 (-) Provisão p/Devedores Duvidosos 1.1.2.04 Impostos a Recuperar 1.1.2.04.01 ICMS a Recuperar 1.1.2.05 Cheques a Receber 1.1.2.06 Adiantamento a Fornecedores 1.1.2.07 Adiantamento a Empregados 1.1.3 Estoque 1.1.3.01 Matérias - Primas 1.1.3.02 Material Secundário 1.1.3.03 Produtos em Elaboração 1.1.3.04 Produtos Acabados 1.1.3.05 Mercadorias 1.1.3.06 Material de Expediente 1.1.4 Despesas Antecipadas 1.1.4.01 Seguros a Vencer 1.1.4.02 Encargos Financeiros a Apropriar 1.1.4.03 Assinaturas e Anuidades 1.2 ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 1.2.1 Duplicatas a Receber 1.2.2 (-) Duplicatas Descontadas 1.2.3 (-) Provisão p/Devedores Duvidosos 1.2.4 Adiantamentos a Sócios 1.2.5Adiantamentos a Acionistas 1.2.6 Empréstimos a Coligadas 1.2.7 Empréstimos a Controladas 1.3 ATIVO PERMANENTE 1.3.1 Investimentos 1.3.1.01 Ações de Controladas 1.3.1.02 Ações de Coligadas 1.3.1.03 Ações de Outras Empresas 1.3.1.04 Imóveis para Alugar 1.3.1.05 Objetos de Arte 1.3.2 Imobilizado 1.3.2.01 Imóveis 1.3.2.02 Móveis e Utensílios 1.3.2.03 Veículos 1.3.2.04 Embarcações 1.3.2.05 Máquinas e Equipamentos 1.3.2.06 (-) Depreciação Acumulada 1.3.2.09 Terrenos Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 31 VOLTAR 1.3.2.10 (-) Exaustão 1.3.3 Intangível 1.3.3.01 Direitos Autorais 1.3.3.02 (-) Amortização Acumulada 1.3.4 Diferido 1.3.4.01 Custos Pré-Operacionais 1.3.4.02 Gastos com Estudos e Projetos 1.3.4.03 Gastos c/ Modernização 2 PASSIVO 2.1 PASSIVO CIRCULANTE 2.1.1 Fornecedores 2.1.2 Duplicatas a Pagar 2.1.3 Salários a Pagar 2.1.4 INSS a Recolher 2.1.5 FGTS a Recolher 2.1.6 Provisão p/ 13º Salário 2.1.7 Dividendos a Pagar 2.1.8 Imposto de Renda a Recolher 2.1.9 Contribuição Social a Recolher 2.1.10 Provisão para Férias 2.1.11 ICMS a Recolher 2.1.12 PIS Receita Bruta a Recolher 2.1.13 Cofins Receita Bruta a Recolher 2.1.14 PIS Importação a Recolher 2.1.15 Cofins Importação a Recolher 2.1.20 Empréstimos Bancários 2.2 PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 2.2.1 Adiantamento de Sócios 2.2.2 Adiantamento de Acionistas 2.2.3 Empréstimos de Coligadas 2.2.4 Empréstimos de Controladas 2.3 RESULTADO DE EXERCÍCIO FUTURO 2.3.1 Receitas Antecipadas 2.3.2 (-) Custos Atribuídos as Receitas Diferidas 2.4 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.4.1 Capital Social Subscrito e Integralizado 2.4.1.01 Capital Subscrito 2.4.1.02 (—) Capital a Integralizar 2.4.1.02.01 (—) Sócio 1 2.4.1.02.02 (—) Sócio 2 2.4.2 Reservas de Capital 2.4.2.01 Reservas da Correção Monetária do Capital 2.4.3 Ajuste de Avaliação Patrimonial 2.4.4 Reservas de Lucros Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 32 2.4.4.01 Reserva Legal 2.4.5 Lucro Acumulado VOLTAR 2.4.6 (-) Prejuízo Acumulado 2.4.7 (-) Ações em Tesouraria 3 RECEITAS 3.1 RECEITAS OPERACIONAIS 3.1.1 Vendas 3.1.1.01 Receita de Vendas de Produtos 3.1.1.2 Receita de Vendas de Mercadorias 3.1.1.3 Receita de Prestação de Serviços 3.1.2 Financeiras 3.1.2.01 Juros Ativos 3.1.2.02 Juros de Aplicações Financeiras 3.1.2.03 Descontos Obtidos 3.1.2.04 Variação Monetária Ativa 3.1.3 Outras Receitas Operacionais 3.1.3.01 Alugueis e Arrendamentos 3.1.3.02 Vendas Acessórias 3.1.3.03 Dividendos e Lucros Recebidos 3.2 Receitas Não-Operacionais 3.2.1 Diversas 3.2.1.01 Lucro na Venda de Bens 3.2.1.02 Lucro na Alienação de Imóveis 3.2.1.03 Lucro na Alienação de Veículos 3.2.1.03 Lucro na Alienação de Móveis e Utensílios 3.2.1.03 Indenizações Recebidas 4 DESPESAS 4.1 DESPESAS OPERACIONAIS 4.1.1 Despesas Administrativas 4.1.1.01 Honorários da Diretoria 4.1.1.02 Salários e Ordenados 4.1.1.03 Encargos Sociais 4.1.1.04 Energia Elétrica 4.1.1.05 Material de Expediente 4.1.1.06 Indenizações e Aviso Prévio 4.1.1.07 Manutenção e Reparos 4.1.1.08 Serviços Prestados por Terceiros 4.1.1.09 Seguros 4.1.1.10 Telefone 4.1.1.11 Propaganda e Publicidade 4.1.2 Despesas com Vendas 4.1.2.01 Honorários da Diretoria 4.1.2.02 Salários e Ordenados 4.1.2.03 Encargos Sociais 4.1.2.04 Energia Elétrica 4.1.2.05 Material de Expediente Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 33 4.1.2.06 Indenizações e Aviso Prévio 4.1.2.07 Manutenção e Reparos VOLTAR 4.1.2.08 Serviços Prestados por Terceiros 4.1.2.09 Seguros 4.1.2.10 Telefone 4.1.1.11 Propaganda e Publicidade 4.2 DESPESAS NÃO-OPERACIONAIS 4.2.1. Perdas na Alienação de Imóveis 4.2.2 Perdas na Alienação de Móveis e Utensílios 4.2.3 Perdas na Alienação de Veículos 4.2.3 Outras Baixas do Ativo Permanente 4.2.4 Provisões para Perdas Permanentes 5 CUSTOS 5.1 Custo das Mercadorias 5.2 Custo dos Serviços 5.3 Custos dos Produtos 6 RESULTADO 6.1 Resultado de Serviços 6.2 Resultado de Mercadorias 6.3 Resultado de Produtos 6.4 Receitas 65 Despesas O plano de contas é o instrumento que o profissional consulta quando vai fazer um lançamento contábil, pois indica qual conta deve ser debitada e qual conta deve ser creditada. O plano de contas, genericamente tido como um simples elenco de contas, constitui na verdade um conjunto de normas do qual deve fazer parte, ainda, a descrição do funcionamento de cada conta, com comentários e indicações gerais sobre a aplicação e o uso de cada uma das contas. O título de uma conta deve expressar o significado adequado das operações nela registradas. 3.4 DETERMINAÇÃO DO DÉBITO E CRÉDITO Este é um assunto de fundamental importância, o conhecimento da determinação do débito e crédito nas contas, é o ponto principal para todo o processo contábil. Toda e qualquer operação realizada (compras, vendas, despesas, receitas etc.) tem seu reflexo imediato na contabilidade onde são registradas de acordo com a sua natureza e seus respectivos valores. O ato de contabilizar essas operações chama-se CLASSIFICAÇÃO. Classificar uma conta representa debitar ou creditar esta conta de acordo com a operação realizada, e é dessa classificação que nascem os registros nos diversos livros (Diário, Razão, Caixa, etc.) que por sua vez dão origem aos Balanços e balancetes. VOLTAR Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 34 Para classificar determinada operação, temos que saber inicialmente das alterações que esta operação vai provocar nos elementos patrimoniais. Existem contas de: Ativo; Passivo; Patrimônio Líquido positivo; Patrimônio Líquido negativo. O primeiro passo para determinar o débito ou crédito de certa conta, é saber a origem da mesma, se ele é um direito (Ativo), uma obrigação (Passivo) ou representa um elemento do Patrimônio Líquido positivo ou negativo. Lembrando, o Ativo é composto das contas de saldo devedor e o Passivo das contas com saldo credor. O Patrimônio Líquido positivo é sempre creditadosempre creditado o seu saldo sempresempre credorcredor, e o Patrimônio Líquido negativo, sempre debitadosempre debitado, seu saldo sempre devedor.sempre devedor. SALDO DEVEDOR SALDO CREDOR ATIVO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (-) PASSIVO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (+) O primeiro lançamento que se faz em determinada conta terá que ser de acordo com a sua origem. Uma conta que represente um bem ou direito, seu valor inicial sempre a débito , se trata de uma conta do Ativo. Contas que representam obrigações seu valor inicial a crédito, trata-se de contas do Passivo. Contas do Patrimônio Líquido são unilaterais como já vimos, ou seja, despesas debitadas e receitas sempre creditadas. CONTAS VALOR INICIAL ATIVO PASSIVO SITUAÇÃO LÍQUIDA POSITIVO SITUAÇÃO LÍQUIDA NEGATIVO DÉBITO CRÉDITO CRÉDITO DÉBITO Exemplificando − Conta “Caixa” terá que fazer a débito pois se trata de um bem, portanto, Ativo. − Conta “Fornecedores” terá que creditar pois representa uma obrigação, portanto, Passivo. Partindo de um valor inicial, as contas bilaterais (Ativo e Passivo) vão sendo debitadas e creditadas com o seu saldo variando a cada operação: ANOTA-SE NO DÉBITO − Os aumentos do Ativo − As reduções do Passivo − Os aumentos do Patrimônio Líquido Negativo ANOTA-SE NO CRÉDITO Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 35 − As reduções do Ativo − Os aumentos do Passivo − Os aumentos do Patrimônio Líquido Positivo. ELEMENTOS VALOR INICIAL VARIAÇÕES CRÉDITO / DÉBITO ATIVO DEBITO (+) DEBITO (a) (--) CRÉDITO PASSIVO CRÉDITO (--) CRÉDITO (b) (+) DÉBITO SITUAÇÃO LÍQUIDA POSITIVA CRÉDITO (+) CRÉDITO (c) SITUAÇÃO LQIUIDA NEGATIVA DÉBITO (+) DÉBITO (d) a) As contas do Ativo têm o valor inicial a débito e aumentam os seus saldos com osaumentam os seus saldos com os débitos e diminuem com os créditos.débitos e diminuem com os créditos. b) As contas do Passivo têm o valor inicial a crédito, aumentam com os créditos eaumentamcom os créditos e diminuem com os débitos.diminuem com os débitos. c) As contas do Patrimônio Líquido Positivo têm o seu valor inicial a crédito, serão sempre creditadassempre creditadas e o seu saldo aumentará sempre. d) As contas do Patrimônio Líquido Negativo têm o seu valor inicial a débito, serão sempre debitadassempre debitadas e o seu saldo aumentará sempre. 3.4.1 Utilização da Regra 1) Compra de Mercadoria à Vista1) Compra de Mercadoria à Vista Entrada de Mercadorias na empresa. (aumenta conta Mercadorias) e a saída de dinheiro do caixa (diminui conta Caixa). ENTRADA DE MERCADORIA “CONTA DE ESTOQUE” Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 36 VOLTAR DÉBITODÉBITO CONTA ESTOQUE (MERCADORIAS)CONTA ESTOQUE (MERCADORIAS) CRÉDITOCRÉDITO CONTA CAIXACONTA CAIXA São contas do Ativo, e a regra diz que o Ativo aumenta com o débito e diminui o crédito, a conta que aumentou (Mercadorias) foi debitada e a que diminui (Caixa) foi creditada. ATIVOATIVO + (-) + (-) Aumenta Diminui Aumenta Diminui 2) Compra de uma mesa, a prazo2) Compra de uma mesa, a prazo Temos a entrada de um bem (Móveis e UTENSÍLIOS) assim como assumimos uma obrigação (Fornecedores) a compra foi a prazo. DÉBITODÉBITO MÓVEIS E UTENSÍLIOSMÓVEIS E UTENSÍLIOS CRÉDITOCRÉDITO FORNECEDORESFORNECEDORES ENTRADA DE UM BEM “MÓVEIS E UTENSÍLIOS” DÉBITODÉBITO CRÉDITOCRÉDITO TOTO Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 37 VOLTAR Utilizando a regra temos: Aumento do Ativo com o débito (Móveis e UTENSÍLIOS) Aumento do Passivo com o crédito ( Fornecedores) 3) Pagamento de Aluguel3) Pagamento de Aluguel Aluguel, é uma conta do Patrimônio Líquido negativo (despesas) e portanto, como toda despesas, sera sempre debitada. Diminui o Caixa (Ativo), como o Ativo diminui com o crédito temos: RECIBORECIBO Recebi de José Carlos de Souza, brasileiro, casado, portador do CPF nº. 047.488.848-94, RG nº. 3.634.436-5 SSPPR, residente e domiciliado na Rua Conde das Duas Barras, nº. 8 – Curitiba / Paraná, a importância supra de R$ 1.500,00 (Um mil, quinhentos reais) valor correspondente aluguelaluguel de uma sala comercialde uma sala comercial. Por ser expressão da verdade firmo o presente recibo em duas (2) vias, para que produza seus efeitos legais. Aluguel do mês de setembro / 2007 1.500,00 Curitiba, 01 de outubro de 2007 _______________________________ Empresa XYZ Ltda CNPJ. 29.591354/0001-66 DÉBITODÉBITO ALUGUÉISALUGUÉIS CRÉDITOCRÉDITO CAIXA / BANCOSCAIXA / BANCOS ATIVOATIVO + (-)+ (-) Aumenta DiminuiAumenta Diminui PASSIVOPASSIVO (-) +(-) + Diminui AumentaDiminui Aumenta DÉBITODÉBITO CRÉDITOCRÉDITO TOTO DESPESAS COM ALUGUEL “CONTA RESULTADO” Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 38 VOLTAR Temos que nos acostumar com as contas do AtivoAtivo e as contas de despesasdespesas, elas são utilizadas nas maiorias dos lançamentos. As despesas são sempre debitadasAs despesas são sempre debitadas - temos que conseguir mentalizar essas regras, assim será fácil entender que sendo o Passivo o contrário do Ativo e as Receitas o contrário das despesas. Veja é só inverter a regra: − As contas do Ativo aumentam com o débitoAtivo aumentam com o débito; − As contas do Passivo aumento com o créditoPassivo aumento com o crédito; − As contas do Ativo diminuem com o créditoAtivo diminuem com o crédito; − As contas do Passivo diminuem com o débitoPassivo diminuem com o débito; − As contas de despesas são sempre debitadasdespesas são sempre debitadas; − As contas de receitas são sempre creditadas.receitas são sempre creditadas. Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 39 VOLTAR 4. LANÇAMENTOS 4.1 - CONCEITO Lançamento é o meio pelo qual se processa a escrituração. Os fatos administrativos são registrados através do lançamento, inicialmente no livro Diário, mediante documentos originais que comprovem a legitimidade da operação (Notas Fiscais, Recibos, Contratos, etc.). 4.2 - ELEMENTOS ESSENCIAIS O lançamento, de acordo com o método das partidas dobradas, é feito em ordem cronológica (data) e os elementos que o compõem obedecem a uma determinada disposição. − Veja o seguinte fato ocorrido na empresa: Compra à vista (em dinheiro), de uma Impressora, marca HP 3550, conforme Nota Fiscal nº. 91932, da Casa de Informática Ltda., no valor de R$ 750,00. − Observe: todo lançamento terá os seguintes elementos essenciais: 1º elemento : local e data da ocorrência do fato. 2º elemento: conta a ser debitada. ENTRADA DE UM BEM “IMPRESSORAS” Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 40 VOLTAR 3º elemento: conta a ser creditada. 4º elemento: histórico e valor. Para elaborar um lançamento você deverá seguir os seguintes passos: 1º Passo: Verificar o local e a data da ocorrência do fato.1º Passo: Verificar o local e a data da ocorrência do fato. Resposta:Resposta: considerar a sua cidade e a data de emissão da Nota Fiscal. 2º Passo: Verificar que documento foi emitido na operação.2º Passo: Verificar que documento foi emitido na operação. Se não houver documentos idôneos que comprove a ocorrência do fato, não poderá ser contabilizado. Resposta:Resposta: no nosso exemplo, o documento emitido foi a Nota Fiscal nº. 91932. 3º Passo: 3º Passo: Todo fato administrativo, objeto de escrituração, envolve, no mínimo, dois elementos patrimoniais, ou de resultado. Então, esse 3º passo consiste em identificar quais são os elementos envolvidos na operação. Resposta:Resposta: relendo o exemplo, notaremos: - compra à vista .... significa que movimentamos dinheiro. 1º elemento: é dinheiro. 2º elemento: uma Impressora, Marca HP 3550. 4º Passo:4º Passo: Verificar no Plano de Contas que conta deveremos utilizar para registrar cada uma dos elementos identificados no 3º passo. Resposta:Resposta: Dinheiro será registrado na conta Caixa. Computador será registrado na conta, Computador e Periférico. 5º Passo: Preparar o histórico do Lançamento.5º Passo: Preparar o histórico do Lançamento. O histórico consiste em relatar o fato. Este relato deve conter apenas os dados necessários para o bom esclarecimento do evento. Nunca esquecer de identificar a espécie e o número do documento comprobatório, bem como o nome da empresa com quem se transaciona. Resposta:Resposta: Compra de uma Impressora, Marca HP 3550, conforme Nota Fiscal nº. 91932 da Casa de Informática Ltda. 6º Passo: Identificar que conta será debitada e que conta será creditada.6º Passo: Identificar que conta será debitada e que conta será creditada. O que é conta a ser debitada e conta a ser creditada ? Observe que todo fato que ocorre na empresa ocorre em forma de troca. Vamos tomar, por exemplo, a compra à vista da Impressora em questão. A empresa receber Impressora e dá em troca o dinheiro. Daí poderemos concluir, nesta fase da aprendizagem, que em todo evento ocorrido na empresa envolvendo elementos materiais, existe pelo menos um elemento que entra para a empresa, podendo acarretar aumento nos elementos patrimoniais. E existe, também, pelo menos um elemento que sai em troca do que entrou, podendo acarretar diminuição entre os elementos patrimoniais. Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 41 VOLTAR Sendo assim, todo fato administrativo objeto de contabilização poderá aumentar e ou diminuir os elementos do Ativo, do Passivo e do Patrimônio Líquido. Continuando o raciocínio do nosso primeiro exemplo de lançamento, vamos, agora, identificar a conta a ser debitada: RespostaResposta: é a Impressoras, porque a Impressora está entrando para o patrimônio da Empresa. Vamos agora, identificara conta a ser creditada: Resposta: é a Conta Caixa, porque está saindo dinheiro da empresa. − Veja como o lançamento é efetuado. OBSERVE: OBSERVE: DDATAATA CCONTAONTA DDISCRIÇÃOISCRIÇÃO DADA C CONTAONTA DDÉBITOÉBITO CCRÉDITORÉDITO 11/09/07 Impressoras 750,00 Caixa 750,00 Histórico:Histórico: Compra de uma Impressora, Marca HP 3550, conforme Nota Fiscal nº. 91932 da Casa de Informática Ltda. 4.3 LANÇAMENTOS CONTÁBEIS 4.3.1 Boletim de Caixa Boletim de Caixa XPTO Comércio Ltda. Mês: Agosto / 2007 CNPJ: 01.342.575/0001-87 Fls. 001 / 001 Data Histórico da Operação Entrada Saída 05/08/200 7 Valor saque cheque 00013 – Banco XYZ 500,00 15/08/200 7 Vendas a vista n/data 1.450,00 16/08/200 7 Depósito Banco XYZ 1.400,00 17/08/200 7 Pagamento COPEL 104,00 20/08/200 7 Pagamento SANEPAR 84,00 25/08/200 7 Pagamento TELEFONE 425,00 30/08/200 7 Pagamento nf. 178 de Bernardinho 350,00 SUBTOTAL 1.950,00 2.363,00 Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 42 SALDO ANTERIOR SALDO ATUAL SOMA PARA CONFERÊNCIA 1.000,00 587,00 2.950,00 1.000,00 GERÊNCIA FINANCEIRA CONTADOR OPERADOR VOLTAR I - Lançamentos Contábeis Verificamos os Fatos contábeis que são todas as ações que uma empresa realiza e que interferem no seu patrimônio. Na prática, o lançamento contábil informatizado é efetuado apenas uma vez, depois é só efetuar os comandos necessários para o programa de contabilidade gerar automaticamente o Diário, Razão e o Balancete. OBSERVE: OBSERVE: Em 05/08 foi efetuado uma retirada em dinheiro da conta corrente do Banco para manter este dinheiro no caixa para qualquer eventualidade, portanto se o dinheiro entrou no caixa debitaremos a conta Caixa e creditaremos a conta de onde o dinheiro saiu, que foi a conta Banco. DDATAATA CCONTAONTA DDISCRIÇÃOISCRIÇÃO DADA C CONTAONTA DDÉBITOÉBITO CCRÉDITORÉDITO 05/08/07 Caixa 500,00 Banco XYZ 500,00 Em 15/08, foram efetuadas vendas de mercadorias, à vista, aqui sim a empresa recebeu no ato da venda, então debitaremos a conta Caixa e creditaremos a conta Vendas à vista que pertence ao grupo da Receita Bruta. DDATAATA CCONTAONTA DDISCRIÇÃOISCRIÇÃO DADA C CONTAONTA DDÉBITOÉBITO CCRÉDITORÉDITO 15/08/07 Caixa 1.450,00 Receitas com Vendas 1.450,00 Em 16/08, foi efetuado um depósito na conta corrente do Banco, saindo tais numerários do caixa, então, debitaremos a conta Banco e creditaremos a conta Caixa. DDATAATA CCONTAONTA DDISCRIÇÃOISCRIÇÃO DADA C CONTAONTA DDÉBITOÉBITO CCRÉDITORÉDITO 16/08/07 Banco XYZ 1.400,00 Caixa 1.400,00 Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 43 Em 17/08, foi pago em dinheiro, a conta de energia elétrica, sendo despesas, nós vamos debitar a conta Energia elétrica e creditar a conta Caixa. DDATAATA CCONTAONTA DDISCRIÇÃOISCRIÇÃO DADA C CONTAONTA DDÉBITOÉBITO CCRÉDITORÉDITO 17/08/07 Caixa 104,00 Energia Elétrica 104,00 VOLTAR Em 20/08, foi pago em dinheiro, a conta de água, sendo despesas com vendas, nós vamos debitar Água e Esgoto e creditar a conta Caixa. DDATAATA CCONTAONTA DDISCRIÇÃOISCRIÇÃO DADA C CONTAONTA DDÉBITOÉBITO CCRÉDITORÉDITO 20/08/07 Água e Esgoto 84,00 Caixa 84,00 Em 25/08, foi pago em dinheiro, a conta de telefone, sendo despesas com vendas, nós vamos debitar a conta Telefone e creditar a conta Caixa. DDATAATA CCONTAONTA DDISCRIÇÃOISCRIÇÃO DADA C CONTAONTA DDÉBITOÉBITO CCRÉDITORÉDITO 25/08/07 Telefone 425,00 Caixa 425,00 Em 30/08, foi pago em dinheiro, a Serviços prestados, sendo despesas com serviços de terceiros, nós vamos debitar a conta Serviços Prestados e creditar a conta Caixa. DDATAATA CCONTAONTA DDISCRIÇÃOISCRIÇÃO DADA C CONTAONTA DDÉBITOÉBITO CCRÉDITORÉDITO 30/08/07 Serviços prestados (PF) 350,00 Caixa 350,00 II – Analisando o Livro Razão Razão Analítico Conta: - Caixa Data Histórico Débito Crédito Saldo Saldo anterior 1.000,00 D 05/08/2007 Valor saque cheque 00013 – Banco XYZ 500,00 1.500,00 D 15/08/2007 Vendas a vista n/data 1.450,00 2.950,00 D 16/08/2007 Depósito Banco XYZ 1.400,00 0,00 1.550,00 D 17/08/2007 Pagamento COPEL 104,00 0,00 1.446,00 D 20/08/2007 Pagamento SANEPAR 84,00 0,00 1.362,00 D Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 44 25/08/2007 Pagamento TELEFONE 425,00 0,00 937,00 D 30/08/2007 Pagamento nf. 178 - Bernardinho 350,00 0,00 587,00 D Analisando o Razão Analítico da conta 111 - CAIXA em 31/08/2007, vemos que o saldo coincide com o saldo do Boletim de Caixa, isto é com o total de dinheiro existente no cofre da empresa, exatamente igual ao saldo contábil. VOLTAR 4.3.2 - Bancos I - Lançamentos Contábeis Em 05/08 foi efetuado uma retirada em dinheiro da conta corrente do Banco para manter este dinheiro no caixa para qualquer eventualidade, portanto se o dinheiro entrou no caixa debitaremos a conta Caixa e creditaremos a conta de onde o dinheiro saiu, que foi a conta Banco. DDATAATA CCONTAONTA DDISCRIÇÃOISCRIÇÃO DADA C CONTAONTA DDÉBITOÉBITO CCRÉDITORÉDITO 05/08/07 Caixa 500,00 Banco XYZ 500,00 Em 16/08, foi efetuado um depósito na conta corrente do Banco, saindo tais numerários do caixa, então, debitaremos a conta Banco XYZ e creditaremos a conta Caixa. DDATAATA CCONTAONTA DDISCRIÇÃOISCRIÇÃO DADA C CONTAONTA DDÉBITOÉBITO CCRÉDITORÉDITO 16/08/07 Banco XYZ 1.400,00 Caixa 1.400,00 Em 17/08, foi adquirido um computador, sendo um bem, nós vamos debitar a conta Equipamentos de Informática e iremos creditar a origem do dinheiro que foi a conta Banco XYZ. DDATAATA CCONTAONTA DDISCRIÇÃOISCRIÇÃO DADA C CONTAONTA DDÉBITOÉBITO CCRÉDITORÉDITO 1708/07 Computadores 1.650,00 Banco XYZ 1.650,00 Em 17/08, foi adquirida uma impressora, sendo um bem (coisa boa), nós vamos debitar a conta Impressoras e iremos creditar a origem do dinheiro que foi a conta Banco XYZ. DDATAATA CCONTAONTA DDISCRIÇÃOISCRIÇÃO DADA C CONTAONTA DDÉBITOÉBITO CCRÉDITORÉDITO 1708/07 Impressoras 750,00 Banco XYZ 750,00 Contabilidade – Teoria e Prática © - pág. 45 Em 20/08, foram adquiridos materiais de consumo para escritório, e nós vamos classificá-los em Despesas Administrativas debitando a conta Material
Compartilhar