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Transição demográfica, epidemiológica e nutricional

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Transição demográfica, 
epidemiológica e 
nutricional 
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA 
THOMAS MALTHUS – TEORIA DA 
POPULAÇÃO 
➤Defendia que a população estava crescendo em 
ritmo acelerado, superando a oferta de alimentos, 
o que resultaria em fome e miséria 
➤Para conter o ritmo acelerado do crescimento 
populacional, Malthus acreditava no controle da 
natalidade → controle moral 
➤Esse controle não deveria ser feito pelo uso de 
métodos contraceptivos, mas sim pela abstinência 
sexual ou adiamento de casamentos 
➤Esse controle foi sugerido para a população 
mais pobre →segundo Malthus, era necessário 
forçar a população mais carente a diminuir o 
número de filhos 
➤Malthus estava errado → fez sua análise do 
crescimento populacional em um espaço 
geográfico limitado, com uma população 
predominante rural →atribuiu a todo o mundo a 
mesma dinâmica → contudo, não previu a 
revolução industrial que seria capaz de mudar o 
cenário 
➤mundial, inserindo novas técnicas que 
impulsionaram a produção agrícola e aumentaria 
a oferta de alimentar 
➤Assim, a população não cresceu em progressão 
geométrica → a fome e a miséria não poderiam 
ser atribuídos a incapacidade produtiva de 
alimentos e sim a sua má distribuição 
 
 
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA 
➤Então, se havia comida o suficiente para todos 
→ as pessoas estavam se alimentando melhor e 
vivendo melhor → transição demográfica foi 
conquistada 
➤A teoria da transição demográfica explica uma 
mudança especifica na dinâmica demográfica – 
queda acentuada das taxas de fecundidade, 
natalidade e mortalidade – considerando-se as 
relações entre o crescimento populacional e 
desenvolvimento socioeconômico 
➤Segundo Frederiksen (1969), seria necessário 
constatar o valor da caracterização dos padrões 
de mortalidade e morbidade para o entendimento 
da transição demográfica 
➤Cada sociedade apresenta padrões definidos de 
morbimortalidade que são modificados a medida 
que ocorrem diferentes níveis de desenvolvimento 
social e econômico 
FASES DA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA 
 
PRIMEIRA FASE PRÉ TRANSIÇÃO 
• Elevadas taxas de natalidade e 
mortalidade 
• Pequeno crescimento populacional 
• Populações concentradas no meio rural 
• Natalidade elevada – planejamento familiar 
é praticamente nulo 
• Grande numero de filhos representada 
grande quantidade de mão-de-obra 
• Elevada taxa de mortalidade- baixo 
desenvolvimento da medicina, péssimas 
condições sanitárias e constantes guerras 
e epidemias 
SEGUNDA FASE 
• Natalidade se mantem elevada 
• Taxa de mortalidade apresenta uma queda 
• Grande crescimento populacional – 
explosão demográfica 
• Revolução industrial – Europa 
• Surgimento de tratamento para doenças, 
condições sanitários e médico-
hospitalares melhoraram 
• Se produzia alimentos em larga escala 
• Início da urbanização e da superação da 
condição rural 
TERCEIRA FASE 
• Mortalidade se mantem baixa 
• Natalidade passa a ser menor – explicada 
pelo fato de que anteriormente os filhos, 
que serviam como mão-de-obra nos 
trabalhos familiares- passam a representar 
altos gastos 
• Ocorre crescimento vegetativo, mas em 
menor velocidade 
• Consolidação da vida na cidade 
• Ingresso da mulher no mercado de 
trabalho 
• Métodos contraceptivos 
• Melhor planejamento familiar 
• Tendencia a menos filhos na família 
QUARTA FASE 
• Natalidade se estabiliza em valores baixos 
• Mortalidade continua baixa 
• Crescimento vegetativa baixo 
• Envelhecimento da população 
• Elevada expectativa de vida – relacionada 
a baixa mortalidade 
• Pequeno número de filhos por casal 
 
➤Segundo a teoria, todos os países deverão 
passar pelas 4 fases 
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA 
➤Processo de mudança na incidência ou na 
prevalência de doenças, bem como nas principais 
causas de morte, ao longo do tempo 
➤Refere-se a modificações, em longo prazo, dos 
padrões de morbidade, invalidez e morte que 
caracterizam uma população específica e que, em 
geral, ocorrem em conjunto com outras 
transformações demográficas, sociais e 
econômicas 
➤o processo engloba três mudanças básicas: 
substituição das doenças transmissíveis por 
doenças não-transmissíveis e causas externas; 
deslocamento da carga de morbimortalidade dos 
grupos mais jovens aos grupos mais idosos; e 
transformação de uma situação em que 
predomina a mortalidade para outra na qual a 
morbidade é dominante 
➤se baseia em dois modelos: A e Z 
MODELO A 
• Alta incidência e doenças infecto-
parasitarias 
• Doenças carências 
• Desnutrição 
• População jovem 
• Analfabetismo e baixa escolaridade 
• Condições inadequadas de saneamento e 
moradia 
• Condições socioeconômicas precária 
• Baixa cobertura de saúde 
• baixa incidência de DCNT 
MODELO Z 
• Doenças crônicas não transmissíveis 
• Sobrepeso/obesidade 
• Dislipidemias 
• SM/DM 
• Melhores condições sociais e de 
saneamento 
• Melhores condições de renda e 
escolaridade 
• População envelhecida 
• Tecnologia em alta – tecnologia médica 
• baixa incidência de doenças infecciosas 
• população comendo bem 
• maior incidência de DCNT 
• doenças nutricionais 
• ressurgimento e surgimento de novas 
doenças 
• doenças mentais. 
MODELO CLÁSSICO/OCIDENTAL 
➤ “a idade das pestilências e da fome” 
➤Redução progressiva da mortalidade e 
natalidade 
➤Envelhecimento populacional 
➤Predomínio de doenças degenerativos 
“causadas pelo homem” 
➤EUA e Europa Ocidental 
MODELO ACELERADO 
➤ “a idade do declínio das pandemias” 
➤Rápida queda da mortalidade 
➤Rápida inversão das causas de morte 
➤Japão 
MODELO TARDIO OU CONTEMPORÂNEO 
➤ “a idade das doenças degenerativas e das 
doenças criadas pelo homem” 
➤Mais comum em países subdesenvolvidos 
➤Queda mais lenta e recente da mortalidade 
➤Declínio da natalidade/fertilidade menos 
pronunciado 
➤Brasil, Europa Oriental, América Latina 
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL 
➤ Passagem de um estágio primitivos com 
ocorrência de formas graves de carências globais 
e/ou formas especificas (vinculadas com DIP) para 
um quadro no qual predominam as DCNT e seus 
fatores de risco, além de coexistirem processos 
carenciais caracteristicamente crônicos 
➤fenômeno no qual ocorre uma inversão nos 
padrões de distribuição dos problemas nutricionais 
de uma dada população no tempo 
uma mudança na magnitude e no risco atribuível 
de agravos associados ao padrão de 
determinação de doenças atribuídas ao atraso e à 
modernidade, sendo em geral, uma passagem da 
desnutrição para a obesidade. 
ESTÁGIO INICIAL 
➤Redução ou desaparecimento das formas 
graves de desnutrição energético-proteica 
➤Marasmo: forma crônica de desnutrição – 
deficiência primariamente de carboidratos e 
lipídios, em estágio avançados, é caracterizada 
por perda muscular e falta de gordura subcutânea 
➤Kwashiorkor: decorrente da falta de proteínas e 
vitaminas- associado com elevado consumo de 
carboidratos 
SEGUNDO ESTÁGIO 
➤Endemias e manifestações epidêmicas das 
carências nutricionais passam a apresentar 
progressiva redução 
➤Início da recuperação da estatura em escala 
populacional 
➤Redução da incidência de Baixo Peso ao 
Nascer (BPN) 
➤Redução da mortalidade infantil por DIP 
TERCEIRO ESTÁGIO 
➤Correção do déficit estrutural 
➤Instalação de sobrepeso/obesidade de forma 
generalizada 
➤Morbidades associadas com excesso de peso 
➤Início das estratégias para mudar a situação 
definida no estágio 3 
VIGITEL 2006/2009 
➤As prevalências do excesso de peso foram 43,0, 
42,7, 44,2 e 46,6%, para cada ano do período de 
2006 a 2009, respectivamente. 
➤Para obesidade, no mesmo período, foram 
encontradas as seguintes prevalências: 11,4, 
12,7, 13,2 e 13,8%. 
➤A tendência temporal foi independente do 
estado civil dos entrevistados, mas o aumento 
majoritário nas prevalências ocorreu em mulheres 
brancas e com menor escolaridade.VIGITEL 2013 
➤No conjunto das 27 cidades, a frequência de 
excesso de peso foi de 50,8%, sendo maior entre 
homens (54,7%) do que entre mulheres (47,4%). 
➤Em ambos os sexos, a frequência dessa 
condição tendeu a aumentar com a idade até os 
54 anos. 
➤Entre as mulheres, a frequência de excesso de 
peso diminuiu, uniformemente, com o aumento do 
nível de escolaridade. 
➤No conjunto das 27 cidades, a frequência de 
adultos obesos foi de 17,5%. 
➤No sexo masculino, a frequência da obesidade 
duplicou da faixa de 18 a 24 anos para a faixa de 
25 a 34 anos de idade, declinando após os 65 
anos. 
➤Entre as mulheres, a frequência da obesidade 
tendeu a aumentar com a idade até os 54 anos 
➤ A frequência de obesidade tendeu a diminuir 
com o aumento do nível de escolaridade em 
ambos os sexos 
➤pela primeira vez em oito anos consecutivos o 
percentual de excesso de peso e de obesidade se 
manteve estável no país. 
➤A pesquisa Vigitel 2013 indica que 50,8% dos 
brasileiros estão acima do peso ideal e que, 
destes, 17,5% são obesos. 
VIGITEL 2014 
Apesar de os níveis de obesidade estarem 
estáveis (17,9%), o excesso de peso atinge mais 
da metade da população brasileira adulta (52,5%), 
enquanto em 2006 a prevalência era de 43%. 
 As pessoas sobrepeso se caracterizam por serem 
do sexo masculino (56,5%), terem entre 45 e 64 
anos (61,7%) e apresentarem menores níveis de 
escolaridade (58,9%). 
➤Os fatores preventivos do excesso de peso e da 
obesidade estão melhorando, como a realização 
rotineira de atividade física. 
➤Nos últimos 6 anos, o Vigitel apontou um 
aumento significativo de 18% nos níveis de 
atividade física entre os brasileiros, com destaque 
para os homens (42%) e pessoas com mais anos 
de escolaridade (47,8%). 
➤Entretanto, o fato de assistir à televisão 
excessivamente ainda é um fato alarmante, com 
25% de prevalência, apesar da queda de 19,3% 
de 2006 para 2014. 
➤A dieta dos brasileiros apresenta mais frutas e 
hortaliças, como marcadores da melhoria da 
alimentação, principalmente entre as mulheres 
(42,5% de consumo regular). 
➤O feijão ainda se configura como um dos 
principais alimentos no prato do brasileiro, estando 
presente na dieta de 66,1% da população. 
➤ Por outro lado, 15,6% e 18,8% das pessoas 
relataram consumir sal em excesso e substituir o 
almoço e/ou jantar por lanches, respectivamente

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