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LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 12:39 Exercı́cios Resolvidos de Fı́sica Básica Jason Alfredo Carlson Gallas, professor titular de fı́sica teórica, Doutor em Fı́sica pela Universidade Ludwig Maximilian de Munique, Alemanha Universidade Federal da Paraı́ba (João Pessoa, Brasil) Departamento de Fı́sica Numeração conforme a SEXTA edição do “Fundamentos de Fı́sica”, Halliday, Resnick e Walker. Esta e outras listas encontram-se em: http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Contents 3 Vetores 2 3.1 Problemas e Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 3.1.1 Soma de vetores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 3.1.2 Somando vetores através das suas componentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 Comentários/Sugestões e Erros: favor enviar para jasongallas @ yahoo.com (sem “br” no final...) (listaq3.tex) http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 1 de ?? LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 12:39 3 Vetores 3.1 Problemas e Exercı́cios 3.1.1 Soma de vetores P 3-6 (3-??/6a edição) Um vetor a tem módulo 5 unidades e está dirigido para leste. Um outro vetor, b, está dirigido para 35o a oeste do norte e tem módulo de 4 unidades. Construa diagra- mas vetoriais para calcular a + b e b − a. Estime o módulo e a orientação dos vetores a+b e b−a a partir desses diagramas. I Para resolver este problema como o livro deseja, necessita-se de papel milimetrado, régua e um transferi- dor, para medir ângulos. Irei resolver o problema usando sua representação algébrica. As componentes dos vetores a e b são ax = 5, ay = 0, e bx = −4 sen 35o = −2.29, by = 4 cos 35 o = 3.27. O sinal de bx é negativo pois para fazer a soma algebricamente, precisamos primeiro transladar o vetor b para a origem do sistema de coor- denadas. É claro que tal translação não é necessária no processo gráfico utilizado para a soma. Entenda bem o que está sendo feito, as diferenças entre os dois métodos de obter a soma. Portanto, para a soma s = a+ b temos s = (ax + bx, ay + by) = (5− 2.29, 0 + 3.27) ' (2.7, 3.3), cujo módulo é s = √ s2x + s 2 y = √ (2.7)2 + (3.3)2 = 4.26 ' 4.2. O ângulo que a soma s faz com a horizontal é θs = arctan sy sx = arctan 3.27 2.7 = 50.4o ' 50o. Dito de modo equivalente, o vetor s está direcionado de um ângulo de 90o − 50o = 40o a Oeste do Norte. Para o vetor diferença d = b− a temos d = (−2.29− 5, 3.27− 0) ' (−7.3, 3.3), cujo módulo é d = √ d2x + d 2 y = √ (−7.3)2 + (3.3)2 = 8.01 ' 8. O ângulo que a diferença d faz com a horizontal é θd = arctan dy dx = arctan 3.3 −7.3 = 24.3o. Dito de modo equivalente, o vetor d está direcionado de um ângulo de 24.3o a Norte do Oeste. Ou ainda, a 90o − 24.3o = 65.7o a Oeste do Norte. 3.1.2 Somando vetores através das suas compo- nentes P 3-29 (3-??/6a edição) Uma estação de radar detecta um avião que vem do Leste. No momento em que é observado pela primeira vez, o avião está a 400 m de distância, 40o acima do hor- izonte, O avião é acompanhado por mais 123o no plano vertical Leste-Oeste e está a 860 m de distância quando é observado pela última vez. Calcule o deslocamento da aeronave durante o perı́odo de observação. I Chamemos deO a origem do sistema de coordenadas, de A a posição inicial do avião, e de B a sua posição fi- nal. Portanto, o deslocamento procurado é −−→ AB = −−→ OB − −→ OA. Para −−→ OB temos, definindo θ = 123o+40o−90o = 73o, que −−→ OB = |OB|(−sen θ i+ cos θ j) = (860)(−sen 73o i+ cos 73o j) = −822.42 i+ 251.44 j Analogamente, para −→ OA temos −→ OA = |OA|(cos 40o i+ sen 40o j) = (400)(cos 40o i+ sen 40o j) = 306.42 i+ 257.11 j Portanto −−→ AB = −−→ OB − −→ OA = (−822.42− 306.42, 251.44− 257.11) = (−1128.84,−5.67), cuja magnitude é | −−→ AB| = √ (−1128.84)2 + (−5.67)2 = 1128.854 ' 1130 m. O ângulo que o vetor −−→ AB faz com a parte negativa do eixo x é arctan ( −5.67 −1128.84 ) = 0.005 rad = 0.28o, o que significa que o avião voa quase que horizontal- mente. http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 2 de ?? LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:19 Exercı́cios Resolvidos de Fı́sica Básica Jason Alfredo Carlson Gallas, professor titular de fı́sica teórica, Doutor em Fı́sica pela Universidade Ludwig Maximilian de Munique, Alemanha Universidade Federal da Paraı́ba (João Pessoa, Brasil) Departamento de Fı́sica Numeração conforme a SEXTA edição do “Fundamentos de Fı́sica”, Halliday, Resnick e Walker. Esta e outras listas encontram-se em: http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Contents 4 Movimento em duas e três dimensões 2 4.1 Problemas e Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 4.1.1 Análise do Movimento de Projéteis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 Comentários/Sugestões e Erros: favor enviar para jasongallas @ yahoo.com (sem “br” no final...) (listaq3.tex) http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 1 de 2 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:19 4 Movimento em duas e três di- mensões 4.1 Problemas e Exercı́cios 4.1.1 Análise do Movimento de Projéteis P 4-37 (4-29/6a edição) Uma bola é jogada do solo para o ar. A uma altura de 9.1 m a velocidade é v = 7.6 i+6.1 j em metros por se- gundo (i horizontal, j vertical). (a) Qual a altura máxima alcançada pela bola? (b) Qual será a distância horizon- tal alcançada pela bola? (c) Qual a velocidade da bola (módulo e direção), no instante em que bate no solo? I (a) Chame de t o tempo necessário para a bola atingir a velocidade dada. Neste caso teremos vy(t) = 6.1 = v0y − gt, y(t) = 9.1 = v0y t− 12gt 2 Eliminando v0y entre estas duas equações obtemos 4.9 t2 + 6.1 t− 9.1 = 0, cujas raı́zes são t = 0.8757 e t = −2.1206. Substi- tuindo a raiz positiva na expressão v0y = 6.1 + 9.8 t encontramos que v0y = 14.68 ' 14.7 m/s. Portanto a bola irá atingir uma altura máxima de ym = v20y 2g = (14.7)2 2(9.8) = 11 m. (b) Como a componente horizontal da velocidade é sem- pre a mesma, temos R = v0x (2v0y g ) = (7.6) 2(14.7) 9.8 = 22.8 ' 23 m. (c) O módulo da velocidade é v = √ v20x + v 2 0y = √ (7.6)2 + (14.7)2 = 16.5 ' 17 m/s. O ângulo que v faz com a horizontal é φ = tan−1 (voy v0x ) = tan−1 (14.7 7.6 ) = 62.66o ' 63o, ou seja, está orientada 63o abaixo da horizontal. http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 2 de 2 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:33 Exercı́cios Resolvidos de Fı́sica Básica Jason Alfredo Carlson Gallas, professor titular de fı́sica teórica, Doutor em Fı́sica pela Universidade Ludwig Maximilian de Munique, Alemanha Universidade Federal da Paraı́ba (João Pessoa, Brasil) Departamento de Fı́sica Numeração conforme a SEXTA edição do “Fundamentos de Fı́sica”, Halliday, Resnick e Walker. Esta e outras listas encontram-se em: http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Contents 5 Forças e Movimento – I 2 5.1 Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 5.2 Problemas e Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 5.2.1 Segunda Lei de Newton . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 5.2.2 Algumas Forças Especı́ficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 5.2.3 Aplicação das Leis de Newton . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 Comentários/Sugestões e Erros: favor enviar para jasongallas @ yahoo.com (sem “br” no final...) (listaq3.tex) http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 1 de 8 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:33 5 Forças e Movimento – I 5.1 Questões Q 5-?? Cite bla-bla-bla... I 5.2 Problemas e Exercı́cios 5.2.1 Segunda Lei de Newton E 5-7(5-7/6a edição) Na caixa de 2 kg da Fig. 5-36, são aplicadas duas forças, mas somente uma é mostrada. A aceleração da caixa também é mostrada na figura. Determine a se- gunda força (a) em notação de vetores unitários e (b) em módulo e sentido. I (a) Chamemos as duas forças de F1 e F2. De acordo com a segunda lei de Newton, F1+F2 = ma, de modo que F2 = ma − F1. Na notação de vetores unitários temos F1 = 20 i e a = −12 sen 30o i− 12 cos 30o j = −6 i− 10.4 j. Portanto F2 = (2)(−6) i+ (2)(−10.4) j− 20 i = [−32 i− 21 j] N. (b) O módulo de F2 é dado por F2 = √ F 22x + F 2 2y = √ (−32)2 + (−21)2 = 38 N. O ângulo que F2 faz com o eixo x positivo é dado por tan θ = F2y F2x = −21 −32 = 0.656. O ângulo é ou 33o ou 33o+180o = 213o. Como ambas componentes F2x e F2y são negativas, o valor correto é 213o. 5.2.2 Algumas Forças Especı́ficas E 5-11 (5-???/6a) Quais são a massa e o peso de (a) um trenó de 630 kg e (b) de uma bomba térmica de 421 kg? I (a) A massa é igual a 630 kg, enquanto que o peso é P = mg = (630)(9.8) = 6174 N. (b) A massa é igual a 421 kg, enquanto que o peso é P = mg = (421)(9.8) = 4125.8 N. E 5-14 (5-11/6a) Uma determinada partı́cula tem peso de 22 N num ponto onde g = 9.8 m/s2. (a) Quais são o peso e a massa da partı́cula, se ela for para um ponto do espaço onde g = 4.9 m/s2? (b) Quais são o peso e a massa da partı́cula, se ela for deslocada para um ponto do espaço onde a aceleração de queda livre seja nula? I (a) A massa é m = P g = 22 9.8 = 2.2 kg. Num local onde g = 4.9 m/s2 a massa continuará a ser 2.2 kg, mas o peso passará a ser a metade: P = mg = (2.2)(4.9) = 11 N. (b) Num local onde g = 0 m/s2 a massa continuará a ser 2.2 kg, mas o peso será ZERO. E 5-18 (5-???/6a) (a) Um salame de 11 kg está preso por uma corda a uma balança de mola, que está presa ao teto por outra corda (Fig. 5-43a). Qual a leitura da balança? (b) Na Fig. 5- 43b, o salame está suspenso por uma corda que passa por uma roldana e se prende a uma balança de mola que, por sua vez, está presa à parede por outra corda. Qual a leitura na balança? (c) Na Fig. 5-43c, a parede foi substituı́da por outro salame de 11 kg, à esquerda, e o conjunto ficou equilibrado. Qual a leitura na balança agora? Em todos os três casos a balança não está acelerando, o que significa que as duas cordas exercem força de igual magnitude sobre ela. A balança mostra a magnitude de qualquer uma das duas forças a ela ligadas. Em cada uma das situações a tensão na corda ligada ao salame tem que ter a mesma magnitude que o peso do salame pois o salame não está acelerando. Portanto a leitura da balança é mg, onde m é a massa do salame. Seu valor é P = (11)(8.9) = 108 N. http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 2 de 8 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:33 5.2.3 Aplicação das Leis de Newton P 5-21 (5-19/6a) Um foguete experimental pode partir do repouso e alcançar a velocidade de 1600 km/h em 1.8 s, com aceleração constante. Qual a intensidade da força média necessária, se a massa do foguete é 500 kg? I Basta usarmos F = ma, onde F é a magnitude da força, a a aceleração, e m a massa do foguete. A aceleração é obtida usando-se uma relação simples da cinemática, a saber, v = at. Para v = 1600 km/h = 1600/3.6 = 444 m/s, temos que a = 444/1.8 = 247 m/s2. Com isto a força média é dada por F = ma = (500)(247) = 1.2× 105 N. E 5-23 (5-??/6a) Se um nêutron livre é capturado por um núcleo, ele pode ser parado no interior do núcleo por uma força forte. Esta força forte, que mantém o núcleo coeso, é nula fora do núcleo. Suponha que um nêutron livre com veloci- dade inicial de 1.4 × 107 m/s acaba de ser capturado por um núcleo com diâmetro d = 10−14 m. Admitindo que a força sobre o nêutron é constante, determine sua intensidade. A massa do nêutron é 1.67× 10−27 kg. I A magnitude da força é F = ma, onde a é a aceleração do nêutron. Para determinar a aceleração que faz o nêutron parar ao percorrer uma distância d, usamos v2 = v20 + 2ad. Desta equação obtemos sem problemas a = v2 − v20 2d = −(1.4× 107)2 2(10−14) = −9.8× 1027 m/s2. A magnitude da força é F = ma = (1.67× 10−27)(9.8× 1027) = 16.4 N. E 5-28 (5-15/6a) Veja a Fig. 5-27. Vamos considerar a massa do bloco igual a 8.5 kg e o ângulo θ = 30o. Determine (a) a tensão na corda e (b) a força normal aplicada sobre o bloco. (c) Determine o módulo da aceleração do bloco se a corda for cortada. I (a) O diagrama de corpo isolado é mostrado na Fig. 5- 27 do livro texto. Como a aceleração do bloco é zero, a segunda lei de Newton fornece-nos T −mg sen θ = 0 N −mg cos θ = 0. A primeira destas equações nos permite encontrar a tensão na corda: T = mg sen θ = (8.5)(9.8) sen 30o = 42 N. (b) A segunda das equações acima fornece-nos a força normal: N = mg cos θ = (8.5)(9.8) cos 30o = 72 N. (c) Quando a corda é cortada ela deixa de fazer força sobre o bloco, que passa a acelerar. A componente x da segunda lei de Newton fica sendo agora −mg sen θ = ma, de modo que a = −m sen θ = −(9.8) sen 30o = −4.9 m/s2. O sinal negativo indica que a aceleração é plano abaixo. E 5-33 (5-???/6a) Um elétron é lançado horizontalmente com velocidade de 1.2 × 107 m/s no interior de um campo elétrico, que exerce sobre ele uma força vertical constante de 4.5 × 10−16 N. A massa do elétron é 9.11 × 10−31 kg. Determine a distância vertical de deflexão do elétron, no intervalo de tempo em que ele percorre 30 mm, horizon- talmente. I A aceleração do elétron é vertical e, para todos efeitos, a única força que nele atua é a força elétrica; a força gravitacional é totalmente desprezı́vel frente à força elétrica. Escolha o eixo x no sentido da velocidade inicial e o eixo y no sentido da força elétrica. A origem é escolhida como sendo a posição inicial do elétron. Como a aceleração e força são constantes, as equações cinemáticas são x = v0t e y = 1 2 at2 = 1 2 F m t2, onde usamos F = ma para eliminar a aceleração. O tempo que o elétron com velocidade v0 leva para viajar uma distância horizontal de x = 30 mm é t = x/v0 e sua deflexão na direção da força é y = 1 2 F m ( x v0 )2 = 1 2 ( 4.5× 10−16 9.11× 10−31 )(30× 10−3 1.2× 107 )2 = 1.5× 10−3 m = 0.0015mm. http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 3 de 8 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:33 É jogando elétrons contra um tubo de imagens que sua TV funciona... Isto será estudado nos capı́tulos 23 e 24 do livro. P 5-38 (5-29/6a) Uma esfera de massa 3×10−4 kg está suspensa por uma corda. Uma brisa horizontal constante empurra a esfera de maneira que ela faça um ângulo de 37o com a verti- cal de repouso da mesma. Determine (a) a intensidade da força aplicada e (b) a tensão na corda. I (a) Suponhamos a brisa soprando horizontalmente da direita para a esquerda. O diagrama de corpo isolado para a esfera tem três forças: a tensão T na corda, apon- tando para cima e para a direita e fazendo um ângulo θ ≡ 37o com a vertical, o peso mg apontando verti- calmente para baixo, e a força F da brisa, apontando horizontalmente para a esquerda. Como a esfera não está acelerada, a força resultante deve ser nula. A segunda lei de Newton nos diz que as com- ponentes horizontais e verticais das forças satisfazem as relações, respectivamente, T sen θ − F = 0, T cos θ −mg = 0. Eliminando T entre estas duas equações obtemos F = mg tan θ = (3× 10−4)(9.8) tan 37o = 2.21× 10−3 N. (b) A tensão pedida é T = mg cos θ = (3× 10−4)(9.8) cos 37o = 3.68× 10−3 N. Perceba que talvez fosse mais simples ter-se primeiro determinado T e, a seguir, F , na ordem contrária do que pede o problema. P 5-39 (5-??/6a) Uma moça de 40 kg e um trenó de 8.4 kg estão sobre a superfı́cie de um lago gelado, separados por 15 m. A moça aplica sobre o trenó uma força horizontal de 5.2 N, puxando-opor uma corda, em sua direção. (a) Qual a aceleração do trenó? (b) Qual a aceleração da moça? (c) A que distância, em relação à posição inicial da moça, eles se juntam, supondo nulas as forças de atrito? I (a) Como o atrito é desprezı́vel, a força da moça no trenó é a única força horizontal que existe no trenó. As forças verticais, a força da gravidade e a força normal do gelo, anulam-se. A aceleração do trenó é at = F mt = 5.2 8.4 = 0.62 m/s2. (b) De acordo com a terceira lei de Newton, a força do trenó na moça também é de 5.2 N. A aceleração da moça é, portanto, am = F mm = 5.2 40 = 0.13 m/s2. (c) A aceleração do trenó e da moça tem sentidos opos- tos. Suponhamos que a moça parta da origem e mova-se na direção positiva do eixo x. Sua coordenada é xm = 1 2 amt 2. O trenó parte de x = x0 = 15 m e move-se no sentido negativo de x. Sua coordenada é dada por xt = x0 − 1 2 att 2. Eles se encontram quando xm = xt, ou seja quando 1 2 amt 2 = x0 − 1 2 att 2, donde tiramos facilmente o instante do encontro: t = √ 2x0 am + at , quando então a moça terá andado uma distância xm = 1 2 amt 2 = x0am am + at = (15)(0.13) 0.13 + 0.62 = 2.6 m. P 5-40 (5-31/6a) Dois blocos estão em contato sobre uma mesa sem atrito. Uma força horizontal é aplicada a um dos blo- cos, como mostrado na Fig. 5-45. (a) Se m1 = 2.3 kg e m2 = 1.2 kg e F = 3.2 N, determine a força de contato entre os dois blocos. (b) Mostre que, se a mesma força F for aplicada a m2, ao invés de m1, a força de contato entre os dois blocos é 2.1 N, que não é o mesmo valor obtido em (a). Explique a diferença. I (a) O diagrama de corpo isolado para a massam1 tem quatro forças: na vertical,m1g eN1, na horizontal, para a direita a força aplicada F e, para a esquerda, a força de contato −f que m2 exerce sobre m1. O diagrama de corpo isolado para a massa m2 contém três forças: na http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 4 de 8 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:33 vertical, m2g e N2 e, na horizontal, apontando para a direita, a força f . Note que o par de forças −f e f é um par ação-reação, conforme a terceira lei de Newton. A segunda lei de Newton aplicada para m1 fornece F − f = m1a, onde a é a aceleração. A segunda lei de Newton apli- cada para m2 fornece f = m2a. Observe que como os blocos movem-se juntos com a mesma aceleração, podemos usar o mesmo sı́mbolo a em ambas equações. Da segunda equação obtemos a = f/m2 que substitu- ida na primeira equação dos fornece f : f = Fm2 m1 +m2 = (3.2)(1.2) 2.3 + 1.2 = 1.1 N. (b) Se F for aplicada em m2 em vez de m1, a força de contato é f = Fm1 m1 +m2 = (3.2)(2.3) 2.3 + 1.2 = 2.1 N. A aceleração dos blocos é a mesma nos dois casos. Como a força de contato é a única força aplicada a um dos blocos, parece correto atribuir-se aquele bloco a mesma aceleração que ao bloco ao qual F é aplicada. No segundo caso a força de contato acelera um bloco com maior massa do que no primeiro, de modo que deve ser maior. P 5-44 (5-33/6a) Um elevador e sua carga, juntos, têm massa de 1600 kg. Determine a tensão no cabo de sustentação quando o el- evador, inicialmente descendo a 12 m/s, é parado numa distância de 42 m com aceleração constante. I O diagrama de corpo isolado tem duas forças: para cima, a tensão T no cabo e, para baixo, a força mg da gravidade. Se escolhermos o sentido para cima como positivo, a segunda lei de Newton diz-nos que T−mg = ma, onde a é a aceleração. Portanto, a tensão é T = m(g + a). Para determinar a aceleração que aparece nesta equação usamos a relação v2 = v20 + 2ay, onde a velocidade final é v = 0, a velocidade inicial é v0 = −12 e y = −42, a coordenada do ponto final. Com isto, encontramos a = −v20 2y = −(−12)2 2(−42) = 12 7 = 1.71 m/s2. Este resultado permite-nos determinar a tensão: T = m(g + a) = (1600) ( 9.8 + 1.71 ) = 1.8× 104 N. P 5-52 (5-35/6a) Uma pessoa de 80 kg salta de pára-quedas e experimenta uma aceleração, para baixo, de 2.5 m/s2. O pára-quedas tem 5 kg de massa. (a) Qual a força exercida, para cima, pelo ar sobre o pára-quedas? (b) Qual a força exercida, para baixo, pela pessoa sobre o pára-quedas? I (a) O diagrama de corpo isolado para a pessoa+pára- quedas contém duas forças: verticalmente para cima a força Fa do ar, e para baixo a força gravitacional de um objeto de massa m = (80+5) = 85 kg, correspondente às massas da pessoa e do pára-quedas. Considerando o sentido para baixo como positivo, A se- gunda lei de Newton diz-nos que mg − Fa = ma, onde a é a aceleração de queda. Portanto, Fa = m(g − a) = (85)(9.8− 2.5) = 620 N. (b) Consideremos agora o diagrama de corpo isolado apenas para o pára-quedas. Para cima temos Fa, e para baixo temos a força gravitacional sobre o pára-quedas de massa mp. Além dela, para baixo atua também a força Fp, da pessoa. A segunda lei de Newton diz-nos então que mpg + Fp − Fa = mpa, donde tiramos Fp = mp(a− g) + Fa = (5)(2.5− 9.8) + 620 = 580 N. P 5-55 (5-???/6a) Imagine um módulo de aterrisagem se aproximando da superfı́cie de Callisto, uma das luas de Júpiter. Se o motor fornece uma força para cima (empuxo) de 3260 N, o módulo desce com velocidade constante; se o mo- tor fornece apenas 2200 N, o módulo desce com uma aceleração de 0.39 m/s2. (a) Qual o peso do módulo de aterrisagem nas proximidades da superfı́cie de Callisto? (b) Qual a massa do módulo? (c) Qual a aceleração em queda livre, próxima à superfı́cie de Callisto? http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 5 de 8 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:33 I Chamemos de g a aceleração da gravidade perto da superfı́cie de Callisto, de m a massa do módulo de ater- risagem, de a a aceleração do módulo de aterrisagem, e de F o empuxo (a força para cima). Consideremos o sentido para baixo como o sentido positivo. Então mg − F = ma. Se o empuxo for F1 = 3260 N, a aceleração é zero, donde vemos que mg − F1 = 0. Se o empuxo for F2 = 2200 N, a aceleração é a2 ≡ 0.39 m/s2, e temos mg − F2 = ma2. (a) A primeira equação fornece o peso do módulo de aterrisagem: P = mg = F1 = 3260 N. (b) A segunda equação fornece a massa: m = P − F2 a2 = 3260− 2200 0.39 = 2.7× 103 kg. (c) O peso dividido pela massa fornece a aceleração da gravidade no local, ou seja, g = P m = 3260 2.7× 103 = 1.2 m/s2. P 5-58 (5-43/6a) Um bloco de massa m1 = 3.7 kg está sobre um plano com 30o de inclinação, sem atrito, preso por uma corda que passa por uma polia, de massa e atrito desprezı́veis, e tem na outra extremidade um segundo bloco de massa m2 = 2.3 kg, pendurado verticalmente (Fig. 5-52). Quais são (a) os módulos das acelerações de cada bloco e (b) o sentido da aceleração de m2? (c) Qual a tensão na corda? I (a) Primeiro, fazemos o diagrama de corpo isolado para cada um dos blocos. Para m2, apontando para cima temos a magnitude T da tensão na corda, e apontando para baixo o peso m2g. Para m1, temos três forças: (i) a tensão T apontando para cima, ao longo do plano inclinado, (ii) a normal N perpendicular ao plano inclinado e apontando para cima e para a esquerda, e (iii) a força peso m1g, apon- tando para baixo, fazendo um ângulo θ = 30o com o prolongamento da normal. Para m1, escolhemos o eixo x paralelo ao plano incli- nado e apontando para cima, e o eixo y na direção da normal ao plano. Para m2, escolhemos o eixo y apon- tando para baixo. Com estas escolhas, a aceleração dos dois blocos pode ser representada pela mesma letra a. As componentes x e y da segunda lei de Newton para m1 são, respectivamente, T −m1g sen θ = m1a, N −m1g cos θ = 0. A segunda lei de Newton para m2 fornece-nos m2g − T = m2a. Substituindo-se T = m1a + m1g sen θ (obtida da primeira equação acima), nesta última equação, obte- mos a aceleração: a = (m2 −m1 sen θ)g m1 +m2 = [2.3− 3.7 sen 30o](9.8)3.7 + 2.3 = 0.735 m/s2. (b) O valor de a acima é positivo, indicando que a aceleração de m1 aponta para cima do plano inclinado, enquanto que a aceleração de m2 aponta para baixo. (c) A tensão T na corda pode ser obtida ou de T = m1a+m1g sen θ = (3.7)[0.735 + 9.8 sen 30o] = 20.84 N, ou, ainda, da outra equação: T = m2g +m2a = (2.3)[9.8− 0.735] = 20.84 N. P 5-63 (5-47/6a) Um macaco de 10 kg sobe por uma corda de massa de- sprezı́vel, que passa sobre o galho de uma árvore, sem atrito, e tem presa na outra extremidade uma caixa de 15 kg, que está no solo (Fig. 5-54). (a) Qual o módulo da aceleração mı́nima que o macaco deve ter para levantar a caixa do solo? Se, após levantar a caixa, o macaco parar de subir e ficar agarrado à corda, quais são (b) sua aceleração e (c) a tensão na corda? I (a) Consideremos “para cima” como sendo os senti- dos positivos tanto para o macaco quanto para a caixa. Suponhamos que o macaco puxe a corda para baixo com uma força de magnitude F . De acordo com a terceira lei de Newton, a corda puxa o macaco com uma força de mesma magnitude, de modo que a segunda lei de New- ton aplicada ao macaco fornece-nos F −mmg = mmam, http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 6 de 8 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:33 onde mm e am representam a massa e a aceleração do macaco, respectivamente. Como a corda tem massa de- sprezı́vel, a tensão na corda é o próprio F . A corda puxa a caixa para cima com uma força de mag- nitude F , de modo que a segunda lei de Newton aplicada à caixa é F +N −mpg = mpap, onde mp e ap representam a massa e a aceleração da caixa, respectivamente, e N é a força normal exercida pelo solo sobre a caixa. Suponhamos agora que F = Fmin, onde Fmin é a força mı́nima para levantar a caixa. Então N = 0 e ap = 0, pois a caixa apenas ‘descola’ do chão, sem ter ainda começado a acelerar. Substituindo-se estes val- ores na segunda lei de Newton para a caixa obtemos que F = mpg que, quando substituida na segunda lei de Newton para o macaco (primeira equação acima), nos permite obter a aceleração sem problemas: am = F −mmg mm = (mp −mm)g mm = (15− 10)(9.8) 10 = 4.9 m/s2. (b) Para a caixa e para o macaco, a segunda lei de New- ton são, respectivamente, F −mpg = mpap, F −mmg = mmam. Agora a aceleração do pacote é para baixo e a do macaco para cima, de modo que am = −ap. A primeira equação nos fornece F = mp(g + ap) = mp(g − am), que quando substituida na segunda equação acima nos permite obter am: am = mp −mm)g mp −mm = (15− 10)g 15 + 10 = 2 m/s2. (c) Da segunda lei ne Newton para a caixa podemos obter que F = mp(g − am) = (15)(9.8− 2.0) = 120 N. P 5-67 (5-49/6a) Um bloco de 5 kg é puxado sobre uma superfı́cie hori- zontal, sem atrito, por uma corda que exerce uma força F = 12 N, fazendo um ângulo θ = 25o com a hori- zontal, conforme a Fig. 5-57. (a) Qual a aceleração do bloco? (b) A força F é lentamente aumentada. Qual é esta força no instante anterior ao levantamento do bloco da superfı́cie? (c) Qual a acelelra¸cão nesse mesmo in- stante? I (a) A única força capaz de acelerar o bloco é fornecida pela componente horizontal da força aplicada. Portanto, a aceleração do bloco de massa m = 5 kg é dada por a = F cos 25o m = 12 cos 25o 5 = 2.18 m/s2. (b) Enquanto não existir movimento vertical do bloco, a força total resultante exercida verticalmente no bloco será dada por F sen 25o +N −mg = 0, onde N representa a força normal exercida pelo solo no bloco. No instante em que o bloco é levantado teremos N = 0. Substituindo este valor na equação acima e resolvendo-a obtemos F = mg sen 25o = (5)(9.8) sen 25o = 116 N. (c) A força horizontal neste instante é F cos 25o, onde F = 116 Newtons. Portanto, a aceleração horizontal será a = F cos 25o m = 116 cos 25o 5 = 21 m/s2. A aceleração vertical continuará a ser ZERO pois a força vertical lı́quida é zero. P 5-70 (5-53/6a) Um balão de massa M , com ar quente, está descendo, verticalmente com uma aceleração a para baixo (Fig. 5- 59). Que quantidade de massa deve ser atirada para fora do balão, para que ele suba com uma aceleração a (mesmo módulo e sentido oposto)? Suponha que a força de subida, devida ao ar, não varie em função da massa (carga de estabilização) que ele perdeu. I As forças que atuam no balão são a força mg da gravidade, para baixo, e a força Fa do ar, para cima. Antes da massa de estabilização ser jogada fora, a aceleração é para baixo e a segunda lei de Newton fornece-nos Fa −Mg = −Ma, ou seja Fa =M(g − a). Após jogar-se fora uma massa m, a massa do balão passa a ser M −m e a aceleração http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 7 de 8 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:33 é para cima, com a segunda lei de Newton dando-nos agora a seguinte expressão Fa − (M −m)g = (M −m)a. Eliminando Fa entre as duas equações acima encon- tramos sem problemas que m = 2Ma a+ g = 2M 1 + g/a . http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 8 de 8 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:34 Exercı́cios Resolvidos de Fı́sica Básica Jason Alfredo Carlson Gallas, professor titular de fı́sica teórica, Doutor em Fı́sica pela Universidade Ludwig Maximilian de Munique, Alemanha Universidade Federal da Paraı́ba (João Pessoa, Brasil) Departamento de Fı́sica Numeração conforme a SEXTA edição do “Fundamentos de Fı́sica”, Halliday, Resnick e Walker. Esta e outras listas encontram-se em: http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Contents 6 Forças e Movimento – II 2 6.1 Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 6.2 Problemas e Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 6.2.1 Propriedades do Atrito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 6.2.2 Força de Viscosidade e a Velocidade Limite . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 6.2.3 Movimento Circular Uniforme . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 Comentários/Sugestões e Erros: favor enviar para jasongallas @ yahoo.com (sem “br” no final...) (listaq3.tex) http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 1 de 6 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:34 6 Forças e Movimento – II 6.1 Questões Q 6-10 Cite bla-bla-bla... I 6.2 Problemas e Exercı́cios 6.2.1 Propriedades do Atrito E 6-1 (6-??/6a edição) Um armário de quarto com massa de 45 kg, incluindo gavetas e roupas, está em repouso sobre o assoalho. (a) Se o coeficiente de atrito estático entre o móvel e o chão for 0.45, qual a menor força horizontal que uma pessoa deverá aplicar sobre o armário para colocá-lo em movi- mento? (b) Se as gavetas e as roupas, que têm 17 kg de massa, forem removidas antes do armário ser em- purrado, qual a nova força mı́nima? I (a) O diagrama de corpo livre deste problema tem quatro forças. Na horizontal: apontando para a direita está a força aplicada F, para a esquerda a força de atrito f . Na vertical, apontando para cima temos a força nor- mal N do piso, para baixo a força mg da gravidade. Escolhando o eixo x na horizontal e o eixo y na vertical. Como o armário está em equilı́brio (não se move), a se- gunda lei de Newton fornece-nos como componentes x e y as seguintes equações F − f = 0, N −mg = 0. Donde vemos que F = f e N = mg. Quando F aumenta, f aumenta também, até que f = µsN . Neste instante o armário começa a mover-se. A força mı́nima que deve ser aplicada para o armário começar a mover-se é F = µsN = µsmg = (0.45)(45)(9.8) = 200 N. (b) A equação para F continua a mesma, mas a massa é agora 45− 17 = 28 kg. Portanto F = µsmg = (0.45)(28)(9.8) = 120 N. P 6-2 (6-???/6a) Um jogador de massa m = 79 kg escorrega no campo e seu movimento é retardado por uma força de atrito f = 470 N. Qualé o coeficiente de atrito cinético µc entre o jogador e o campo? I Neste problema, o diagrama de corpo livre tem ape- nas três forças: Na horizontal, apontando para a es- querda, a força f de atrito. Na vertical, apontando para cima temos a força normal N do solo sobre o jogador, e para baixo a força mg da gravidade. A força de atrito está relacionada com a força normal através da relação f = µcN . A força normalN é obtida considerando-se a segunda lei de Newton. Como a com- ponete vertical da acelerac cão é zero, também o é a componente vertical da segunda lei de Newton, que nos diz que N −mg = 0, ou seja, que N = mg. Portanto µc = f N = f mg = 470 (79)(9.8) = 0.61 . E 6-8 (?????/6a) Uma pessoa empurra horizontalmente uma caixa de 55 kg, para movê-la sobre o chão, com uma força de 220 N. O coeficiente de atrito cinético é 0.35. (a) Qual o módulo da força de atrito? (b) Qual a acelelração da caixa? I (a) O diagrama de corpo livre tem quatro forças. Na horizontal, apontando para a direita temos a força F que a pessoa faz sobre a caixa, e apontando para a esquerda a força de atrito f . Na vertical, para cima a força normal N do piso, e para baixo a força mg da gravidade. A magnitude da força da gravidade é dada por f = µcN , onde µc é o coeficiente de atrito cinético. Como a componente vertical da aceleração é zero, a segunda lei de Newton diz-nos que, igualmente, a soma das compo- nentes verticais da força deve ser zero: N −mg = 0, ou seja, que N = mg. Portanto f = µcN = µcmg = (0.35)(55)(9.8) = 189 N. (b) A aceleração é obtida da componente horizontal da segunda lei de Newton. Como F − f = ma, temos a = F − f m = 220− 189 55 = 0.56 m/s2. http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 2 de 6 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:34 E 6-11 (6-9/6a) Uma força horizontal F de 12 N comprime um bloco pesando 5 N contra uma parede vertical (Fig. 6-18). O coeficiente de atrito estático entre a parede e o bloco é 0.6, e o coeficiente de atrito cinético é 0.4. Suponha que inicialmente o bloco não esteja em movimento. (a) O bloco se moverá? (b) Qual a força exercida pela parede sobre o bloco, em notação de vetores unitários? I (a) O diagrama de corpo isolado consiste aqui de qua- tro vetores. Na horizontal, apontando para a direita, temos a força F e apontando para a esquerda a força normal N . Na vertical, apontando verticalmente para baixo temos o peso mg, e apontando para cima a força de atrito f . Para determinar se o bloco cai, precisamos encontrar a magnitude f da força de fricção nevessária para mante- lo sem acelerar bem como encontrar a força da parede sobre o bloco. Se f < µsN o bloco não desliza pela parede mas se f > µsN o bloco irá deslizar. A componente horizontal da segunda lei de Newton re- quer que F − N = 0, de modo que F = N = 12 N e, portanto, µsN = (0.6)(12) = 7.2 N. A componente vertical diz que f −mg = 0, de modo que f = mg = 5 N. Como f < µsN , vemos que o bloco não desliza. (b) Como o bloco não se move, f = 5 N e N = 12 N. A força da parede no bloco é Fp = −N i+ f j = (−12i+ 5j) N. P 6-22 (6-13/6a) Uma caixa de 68 kg é puxada pelo chaão por uma corda que faz um ângulo de 15o acima da horizontal. (a) Se o coeficiente de atrito estático é 0.5, qual a tensão mı́nima necessária para iniciar o movimento da caixa? (b) SE µc = 0.35, qual a sua aceleração inicial? I (a) O diagrama de corpo isolado tem quatro forças. Apontando para a direita e fazendo um ângulo de θ = 15o com a horizontal temos a tensão T na corda. Hor- izontalmente para a esquerda aponta a força de atrito f . Na vertical, para cima aponta a força normal N do chão sobre a caixa, e para baixo a força mg da gravidade. Quando a caixa ainda não se move as acelerações são zero e, consequentemente, també o são as respectivas componentes da força resultante. Portanto, a segunda lei de Newton nos fornece para as componente horizon- tal e vertical as equações, respectivamente, T cos θ − f = 0, T sen θ +N −mg = 0. Esta equações nos dizem que f = T cos θ e que N = mg − T sen θ. Para a caixa permanecer em repouso f tem que ser menor do que µsN , ou seja, T cos θ < µs(mg − T sen θ). Desta expressão vemos que a caixa começará a mover- se quando a tensão T for tal que os dois lados da equação acima compemsem-se: T cos θ = µs(mg − T sen θ), donde tiramos facilmente que T = µsmg cos θ + µs sen θ = (0.5)(68)(9.8) cos 15o + 0.5 sen 15o = 304 N. (b) Quando a caixa se move, a segunda lei de Newton nos diz que T cos θ − f = ma, N + T sen θ −mg = 0. Agora, porém temos f = µcN = µc(mg − T sen θ), onde tiramos N da segunda equação acima. Substi- tuindo este f na primeira das equações acima temos T cos θ − µc(mg − T sen θ) = ma, de onde tiramos facilmente que a = T (cos θ + µc sen θ) m − µcg = (304)(cos 15o + 0.35 sen 15o) 68 − (0.35)(9.8) = 1.3 m/s2. Perceba bem onde se usa µs e onde entra µc. P 6-24 (6-15/6a) Na Fig. 6-24, A e B são blocos com pesos de 44 N e 22 N, respectivamente. (a) Determine o menor peso (bloco C) que deve ser colocado sobre o bloco A para impedi- lo de deslizar, sabendo que o coeficiente µe entre A e a mesa é 0.2. (b) Se o bloco C for repentinamente reti- rado, qual será a aceleração do bloco A, sabendo que µc entre A e a mesa é 0.15? http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 3 de 6 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:34 I (a) Aqui temos DOIS diagramas de corpo isolado. O diagrama para o corpo B tem apenas duas forças: para cima, a magnitude da tensão T na corda, e para baixo a magnitude PB do peso do bloco B. O diagrama para o corpo composto por A+C tem quatro forças. Na hor- izontal, apontando para a direita temos a tensão T na corda, e apontando para a esquerda a magnitude f da força de atrito. Na vertical, para cima temos a normalN exercida pela mesa sobre os blocos A+C, e para baixo o peso PAC , peso total de A+C. Vamos supor que os blocos estão parados (não aceler- ados), e escolher o eixo x apontando para a direita e o eixo y apontando para cima. As componentes x e y da segunda lei de Newton são, respectivamente, T − f = 0, N − PAC = 0. Para o bloco B tomamos o sentido para baixo como sendo positivo, obtendo que PB − T = 0. Portanto temos que T = PB e, consequentemente, que f = T = PB . Temos também que N = PAC . Para que não ocorra deslizamento, é necessário que f seja menor que µeN , isto é que PB < µePAC . O menor valor que PAC pode ter com os blocos ainda parados é PAC = PB µe = 22 0.2 = 110 N. Como o peso do bloco A é 44 N, vemos que o menor peso do bloco C é PC = 110− 44 = 66 N. (b) Quando existe movimento, a segunda lei de New- ton aplicada aos dois diagramas de corpo isolado nos fornece as equações T − f = PA g a, N − PA = 0, PB − T = PB g a. Além destas, temos f = µcN , onde N = PA (da segunda equação acima). Da terceira acima tiramos T = PB − (PB/g)a. Substituindo as duas últimas ex- pressões na primeira equação acima obtemos PB − PB g a− µcPA = PA g a. Isolando a encontramos, finalmente, a = g(PB − µcPA) PA + PB = (9.8)[22− (0.15)(44)] 44 + 22 = 2.3 m/s2. Perceba bem onde entra µe e onde se usa µc. 6.2.2 Força de Viscosidade e a Velocidade Limite P 6-43 (6-33/6a) Calcule a força da viscosidade sobre um mı́ssil de 53 cm de diâmetro, viajando na velocidade de cruzeiro de 250 m/s, a baixa altitude, onde a densidade do ar é 1.2 kg/m3. Suponha C = 0.75. I Use a Eq. 6-18 do livro texto: Fv = 1 2 CρAv2, onde ρ é a densidade do ar, A é a área da secção reta do mı́ssil, v é a velocidade do mı́ssil, e C é o coeficiente de viscosidade. A área éa dada por A = πR2, onde R = 0.53/2 = 0.265 m é o raio do mı́ssil. Portanto, Fv = 1 2 (0.75)(1.2)(π)(0.265)2(250)2 = 6.2× 103 N. 6.2.3 Movimento Circular Uniforme E 6-47 (?????/6a) Se o coeficiente de atrito estático dos pneus numa rodovia é 0.25, com que velocidade máxima um carropode fazer uma curva plana de 47.5 m de raio, sem der- rapar? I A aceleração do carro quando faz a curva é v2/R, onde v é a velocidade do carro e R é o raio da curva. Como a estrada é plana (horizontal), a única força que evita com que ele derrape é a força de atrito da estrada com os pneus. A componente horizontal da segunda lei de Newton é f = mv2/R. Sendo N a força normal da estrada sobre o carro e m a massa do carro, a compo- nente vertical da segunda lei nos diz que N −mg = 0. Portanto, N = mg e µeN = µemg. Se o carro não derrapa, f < µemg. Isto significa que v2/R < µeg, ou seja, que v < √ µeRg. http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 4 de 6 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:34 A velocidade máxima com a qual o carro pode fazer a curva sem deslizar é, portanto, quando a velocidade co- incidir com o valor á direita na desigualdade acima, ou seja, quando vmax = √ µeRg = √ (0.25)(47.5)(9.8) = 11 m/s. E 6-55 (?????/6a) No modelo de Bohr do átomo de hidrogênio, o elétron descreve uma órbita circular em torno do núcleo. Se o raio é 5.3×10−11 m e o elétron circula 6.6×1015 vezes por segundo, determine (a) a velocidade do elétron, (b) a aceleração do elétron (módulo e sentido) e (c) a força centrı́peta que atua sobre ele. (Esta força é resultante da atração entre o núcleo, positivamente carregado, e o elétron, negativamente carregado.) A massa do elétron é 9.11× 10−31 kg. I (a) (b) (c) E 6-56 (???/6a) A massa m está sobre uma mesa, sem atrito, presa a um peso de massa M , pendurado por uma corda que passa através de um furo no centro da mesa (veja Fig. 6- 39). Determine a velocidade escalar com que m deve se mover para M permanecer em repouso. I Para M permanecer em repouso a tensão T na corda tem que igualar a força gravitacional Mg sobre M . A tensão é fornecida pela força centrı́peta que mantém m em sua órbita circular: T = mv2/r, onde r é o raio da órbita. Portanto, Mg = mv2/r, donde tiramos sem problemas que v = √ Mgr m . P 6-62 (?????/6a) Um estudante de 68 kg, numa roda-gigante com ve- locidade constante, tem um peso aparente de 550 N no ponto mais alto. (a) Qual o seu peso aparente no ponto mais baixo? (b) E no ponto mais alto, se a velocidade da roda-gigante dobrar? Atenção: observe que o enunciado deste prob- lema na quarta edição do livro fala em “peso aparente de 56 kg”, fazendo exatamente aquilo que não se deve fazer: confundir entre si, peso e massa. A origem do problema está na tradução do livro. O livro original diz que “um estudante de 150 li- bras” ....“tem um peso aparente de 125 libras”. O tradutor não percebeu que, como se pode facilemente ver no Apêndice F, “libra” é tanto uma unidade de massa, quanto de peso. E é pre- ciso prestar atenção para não confundir as coisas. Assim, enquanto que as 150 libras referem-se a uma massa de 68 kg, as 125 libras referem-se a um peso de 550 N. I (a) No topo o acento empurra o estudante para cima com uma força de magnitude Ft, igual a 550 N. A Terra puxa-o para baixo com uma força de magnitude P , igual a 68g = (68)(9.8) = 666 N. A força lı́quida apontando para o centro da órbita circular é P − Ft e, de acordo com a segunda lei de Newton, deve ser igual a mv2/R, onde v é a velocidade do etudante e R é o raio da órbita. Portanto m v2 R = P − Ft = 666− 550 = 116 N. Chamemos de Fb a magnitude da força do acento sobre o estudante quando ele estiver no ponto mais baixo. Tal força aponta para cima, de modo que a força lı́quida que aponta para o centro do cı́rculo é Fb − P . Assim sendo, temos Fb − P = mv2/R, donde tiramos Fb = m v2 R + P = 116 + 666 = 782 N, que correspondem a uma massa aparente de mb = Fb g = 782 9.8 = 79.7 kg. (b) No topo temos P − Ft = mv2/R, de modo que Ft = P −m v2 R . Se a velocidade dobra, mv2/R aumenta por um fator de 4, passando a ser 116× 4 = 464 N. Então Ft = 666− 464 = 202 N, correspondendo a uma massa efetiva de mt = Ft g = 202 9.8 = 20.6 kg. P 6-65 (6-45/6a) http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 5 de 6 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:34 Um avião está voando num cı́rculo horizontal com uma velocidade de 480 km/h. Se as asas do avião estão incli- nadas 40o sobre a horizontal, qual o raio do cı́rculo que o avião faz? Veja a Fig. 6-41. Suponha que a força necessária seja obtida da “sustentação aerodinâmica”, que é perpendicular à superfı́cie das asas. I O diagrama de corpo isolado do avião contém duas forças: a força mg da gravidade, para baixo, e a força F , apontando para a direita e fazendo um ângulo de θ com a horizontal. Como as asas estão inclinadas 40o com a horizontal, a força de sutentação é perpendicular as asas e, portanto, θ = 90− 40 = 50o. Como o centro da órbita esta para a direita do avião, es- colhemos o eixo x para a direita e o eixo y para cima. A componente x e y da segunda lei de Newton são, re- spectivamente, F cos θ = m v2 R , F sen θ −mg = 0, onde R é o raio da órbita. Eliminando F entre as duas equações e rearranjando o resultado, obtemos R = v2 g tan θ. Para v = 480 km/h = 133 m/s, encontramos R = (133)2 9.8 tan 50o = 2.2× 103 m. P 6-70 (6-47/6a) A Fig. 6-42 mostra uma bola de 1.34 kg presa a um eixo girante vertical por duas cordas de massa desprezı́vel. As cordas estão esticadas e formam os lados de um triângulo equilátero. A tensão na corda superior é de 35 N. (a) Desenhe o diagrama de corpo isolado para a bola. (b) Qual a tensão na corda inferior? (c) Qual a força resultante sobre a bola, no instante mostrado na figura? (d) Qual a velocidade da bola? I (a) Chame de Tc e Tb as tensões nas cordas de cima e de baixo respectivamente. Então o diagrama de corpo isolado para a bola contém três forças: para baixo atua o peso mg da bola. Para a esquerda, fazendo um ângulo θ = 30o para cima, temos Tc. Também para a esquerda, porém fazendo um ângulo θ = 30o para baixo, temos a força Tb. Como o triâgulo é equilátero, perceba que o ângulo entre Tc e Tb tem que ser de 60o sendo θ, como mostra a figura, a metade deste valor. Observe ainda que a relação entre as magnitudes de Tc e Tb é Tc > Tb, pois Tc deve contrabalançar não ape- nas o peso da bola mas também a componente vertical (para baixo) de Tb, devida á corda de baixo. (b) Escolhendo o eixo horizontal x apontando para a es- querda, no sentido do centro da órbita circular, e o eixo y para cima temos, para a componente x da segunda lei de Newton Tc cos θ + Tb cos θ = m v2 R , onde v é a velocidade da bola e R é o raio da sua órbita. A componente y é Tc sen θ − Tb sen θ −mg = 0. Esta última equação fornece a tensão na corda de baixo: Tb = Tc −mg/ sen θ. Portanto Tb = 35− (1.34)(9.8) sen 30o = 8.74 N. (c) A força lı́quida é para a esquerda e tem magnitude F` = (Tc + Tb) cos θ = (35 + 8.74) cos 30 o = 37.9 N. (d) A velocidade é obtida da equação F` = mv2/R, observando-se que o raio R da órbita é ( tan θ = (1.7/2)/R, veja a figura do livro): R = 1.7/2 tan 30o = 1.47 m. Portanto v = √ RF` m = √ (1.47)(37.9) 1.34 = 6.45 m/s. http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 6 de 6 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 21 de Novembro de 2013, às 22:55 Exercı́cios Resolvidos de Fı́sica Básica Jason Alfredo Carlson Gallas, professor titular de fı́sica teórica, Doutor em Fı́sica pela Universidade Ludwig Maximilian de Munique, Alemanha Universidade Federal da Paraı́ba (João Pessoa, Brasil) Departamento de Fı́sica Baseados na SEXTA edição do “Fundamentos de Fı́sica”, Halliday, Resnick e Walker. Esta e outras listas encontram-se em: http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Contents 7 Trabalho e Energia Cinética 2 7.1 Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 7.2 Problemas e Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 7.2.1 Trabalho: movimento 1D comforça constante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 7.2.2 Trabalho executado por força variável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 7.2.3 Trabalho realizado por uma mola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 7.2.4 Energia Cinética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 7.2.5 Potência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 7.2.6 Energia Cinética a Velocidades Elevadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Comentários/Sugestões e Erros: favor enviar para jasongallas @ yahoo.com (sem “br” no final...) (listaq3.tex) http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 1 de 7 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 21 de Novembro de 2013, às 22:55 7 Trabalho e Energia Cinética 7.1 Questões Q 7-13 As molas A e B são idênticas, exceto pelo fato de que A é mais rı́gida do que B, isto é kA > kB . Qual das duas molas realiza um trabalho maior (a) quando elas sofrem o mesmo deslocamento e (b) quando elas são distendi- das por forças iguais. I (a) Temos WA = kAx2/2 e WB = kBx2/2, onde x representa o deslocamento comum a ambas molas. Por- tanto, WA WB = kA kB > 1, ou seja, WA > WB . (b) Agora temos WA = kAx2A/2 e WB = kBx2B/2, onde xA e xB representam os delocamentos provocados pela força idêntica que atua sobre ambas as molas e que implica ter-se, em magnitude, F = kAxA = kBxB , donte tiramos xB = kAxA/kB . Portanto WA WB = kAx 2 A kB(kAxA/kB)2 = kB kA < 1, ou seja, WA < WB . 7.2 Problemas e Exercı́cios 7.2.1 Trabalho: movimento 1D com força con- stante E 7-2 (7-7/6a edição) Para empurrar um caixote de 50 kg num piso sem atrito, um operário aplica uma força de 210 N, dirigida 20o acima da horizontal. Se o caixote se desloca de 3 m, qual o trabalho executado sobre o caixote (a) pelo operário, (b) pelo peso do caixote e (c) pela força normal exer- cida pelo piso sobre o caixote? (d) Qual o trabalho total executado sobre o caixote? I (a) A força aplicada é constante e o trabalho feito por ela é WF = F · d = Fd cosφ, onde F é a força, d é o deslocamento do caixote, e φ é o ângulo entre a força F e o deslocamento d. Portanto, WF = (210)(3) cos 20 o = 590 J. (b) A força da gravidade aponta para baixo, perpendic- ular ao deslocamento do caixote. O ângulo entre esta força e o deslocamento é 90o e, como cos 90o = 0, o trabalho feito pela força gravitacional é ZERO. (c) A força normal exercida pelo piso também atua per- pendicularmente ao deslocamento, de modo que o tra- balho por ela realizado também é ZERO. (d) As três forças acima mencionadas são as únicas que atuam no caixote. Portanto o trabalho total é dado pela soma dos trabalhos individuais realizados por cada uma das três forças, ou seja, o trabalho total é 590 J. P 7-9 (???/6a) A Fig. 7-27 mostra um conjunto de polias usado para facilitar o levantamento de um peso L. Suponha que o atrito seja desprezı́vel e que as duas polias de baixo, às quais está presa a carga, pesem juntas 20 N. Uma carga de 840 N deve ser levantada 12 m. (a) Qual a força mı́nima F necessária para levantar a carga? (b) Qual o trabalho executado para levantar a carga de 12 m? (c) Qual o deslocamento da extremidade livre da corda? (d) Qual o trabalho executado pela força F para realizar esta tarefa? I (a) Supondo que o peso da corda é desprezı́vel (isto é, que a massa da corda seja nula), a tensão nela é a mesma ao longo de todo seu comprimento. Considerando as duas polias móveis (as duas que estão ligadas ao peso L) vemos que tais polias puxam o peso para cima com uma força F aplicada em quatro pontos, de modo que a força total para cima aplicada nas polias móveis é 4F . Se F for a força mı́nima para levantar a carga (com ve- locidade constante, i.e. sem acelera-la), então a segunda lei de Newton nos diz que devemos ter 4F −Mg = 0, onde Mg representa o peso total da carga mais polias móveis, ou seja, Mg = (840 + 20) N. Assim, encon- tramos que F = 860 4 = 215 N. (b) O trabalho feito pela corda é W = 4Fd = Mgd, onde d é a distância de levantamento da carga. Portanto, o trabalho feito pela corda é W = (860)(12) = 10320 J. http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 2 de 7 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 21 de Novembro de 2013, às 22:55 (A resposta na tradução do livro está incorreta.) (c) A cada metro que a carga sobe, cada segmento da corda entre o conjunto superior e inferior de polias diminui de um metro. Ou seja, a extremidade livre da corda abaixo de 4 metros. Portanto, no total a extremi- dade livre da corda move-se (4)(12) = 48 m para baixo. (d) O trabalho feito pela pessoa que puxa a corda pela extremidade livre é W = Fd = Mgd/4, onde d é a distância que a extremidade livre se move. Portanto, W = (860) 48 4 = 10320 J. Observe que os valores encontrados nos itens (b) e (d) devem coincidir, o que não ocorre com as respostas fornecidas no livro. P 7-12 (???/6a) Um bloco de 3.75 kg é puxado com velocidade con- stante por uma distância de 4.06 m em um piso hori- zontal por uma corda que exerce uma força de 7.68 N fazendo um ângulo de 15o acima da horizontal. Calcule (a) o trabalho executado pela corda sobre o bloco e (b) o coeficiente de atrito dinâmico entre o bloco e o piso. I (a) A força na corda é constante, de modo que o tra- balho é dado por W = F · d = Fd cosφ, onde F é a força exercida pela corda, d é a distância do desloca- mento, e φ é o ângulo entre a força e o deslocamento. Portanto W = (7.68)(4.06) cos 15o = 30.1 J. (b) A resposta pode ser obtida facilmente fazendo-se um diagrama de corpo livre onde constem todas as (quatro) forças aplicadas. Desenhe um ponto P representando o bloco. Em P , de- senhe a força normal N apontando para cima, a força peso mg apontando para baixo. Apontando horizontal- mente para a esquerda desenhe a força f de atrito. De- senhe a força F que puxa o bloco apontando para a dire- ita e para cima, fazendo um ângulo φ com a horizontal, Com isto tudo, a segundo lei de Newton nos diz que para que o bloco se mova sem acelerar devemos ter equilı́brio tanto na horizontal quanto na vertical, o que nos fornece as equações, respectivamente, F cosφ− f = 0, N + F senφ−mg = 0. A magnitude da força de atrito é dada por f = µk N = µk(mg − F senφ), onde o valor deN foi obtido da segunda equação acima. Substituindo o valor de f na primeira das equações acima e resolvendo-a para µk encontramos sem prob- lemas que µk = F cosφ mg − F senφ = (7.68) cos 15o (3.57)(9.8) − (7.68) sen 15o = 0.22. 7.2.2 Trabalho executado por força variável P 7-16 (???/6a) A força exercida num objeto é F (x) = F0(x/x0 − 1). Calcule o trabalho realizado para deslocar o objeto de x = 0 até x = 2x0 (a) fazendo um gráfico de F (x) e determinando a área sob a curva e (b) calculando a inte- gral analiticamente. I (a) A expressão de F (x) diz-nos que a força varia linearmente com x. Supondo x0 > 0, escolhemos dois pontos convenientes para, através deles, desenhar uma linha reta. Para x = 0 temos F = −F0 enquanto que para x = 2x0 temos F = F0, ou seja devemos desenhar uma linha reta que passe pelos pontos (0,−F0) e (2x0, F0). Faça a figura! Olhando para a figura vemos que o trabalho total é dado pela soma da área de dois triângulos: um que vai de x = 0 até x = x0, o outro indo de x = x0 até x = 2x0. Como os dois triângulos tem a mesma área, sendo uma positiva, a outra negativa, vemos que o trabalho total é ZERO. (b) Analiticamente, a integral nos diz que W = ∫ 2x0 0 F0 ( x xo − 1 ) dx = F0 ( x2 2x0 − x )∣∣∣2x0 0 = 0. 7.2.3 Trabalho realizado por uma mola E 7-18 (7-21/6a) Uma mola com uma constante de mola de 15 N/cm está presa a uma gaiola, como na Fig. 7-31. (a) Qual o tra- balho executado pela mola sobre a gaiola se a mola é distendida de 7.6 mm em relação ao seu estado relax- ado? (b) Qual o trabalho adicional executado pela mola seela é distendida por mais 7.6 mm? http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 3 de 7 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 21 de Novembro de 2013, às 22:55 I (a) Quando a gaiola move-se de x = x1 para x = x2 o trabalho feito pela mola é dado por W = ∫ x2 x1 (−kx) dx = − 1 2 kx2 ∣∣∣x2 x1 = − 1 2 k(x22 − x21), onde k é a constante de força da mola. Substituindo x1 = 0 m e x2 = 7.6 × 10−3 m encontramos W = −1 2 (1500)(7.6 × 10−3)2 = −0.043 J. (b) Agora basta substituir-se x1 = 7.6 × 10−3 m e x2 = 15.2 × 10−3 m na expressão para o trabalho: W = −1 2 (1500) [ (15.2)2 − (7.6)2 ] × (10−3)2 = −0.13 J. Perceba que durante o segundo intervalo o trabalho re- alizado é mais do que o dobro do trabalho feito no primeiro intervalo. Embora o deslocamento tenha sido idêntico em ambos intervalos, a força é maior durante o segundo intervalo. 7.2.4 Energia Cinética E 7-21 (7-???/6a) Se um foguete Saturno V com uma espaçonave Apolo acoplada tem uma massa total de 2.9 × 105 kg e atinge uma velocidade de 11.2 km/s, qual a sua energia cinética neste instante? I Usando a definição de energia cinética temos que K = 1 2 mv2 = 1 2 (2.9 × 105)(11.2 × 103)2 = 1.75 × 1013 J. E 7-22 (7-1/6a) Um elétron de condução (massa m = 9.11 × 10−31 kg) do cobre, numa temperatura próxima do zero absoluto, tem uma energia cinética de 6.7 × 10−19 J. Qual a ve- locidade do elétron? I A energia cinética é dada por K = mv2/2, onde m é a massa do elétron e v a sua velocidade. Portanto v = √ 2K m = √ 2(6.7 × 10−19) 9.11 × 10−31 = 1.2 × 106 m/s. E 7-29 (???/6a) Um carro de 1000 kg está viajando a 60 km/h numa estrada plana. Os freios são aplicados por um tempo suficiente para reduzir a energia cinética do carro de 50 kJ. (a) Qual a velocidade final do carro? (b) Qual a redução adicional de energia cinética necessária para fazê-lo parar? I (a) A energia cinética inicial do carro éKi = mv2i /2, onde m é a massa do carro e vi = 60 km/h = 60 × 103 3600 = 16.7 m/s é a sua velocidade inicial. Isto nos fornece Ki = (1000)(16.7) 2/2 = 1.39 × 105 J. Após reduzir em 50 kJ a energia cinética teremos Kf = 1.39 × 105 − 50 × 103 = 8.9 × 104 J. Com isto, a velocidade final do carro será vf = √ 2Kf m = √ 2(8.9 × 104) 1000 = 13.3 m/s = 47.8 km/h. (b) Como ao parar a energia cinética final do carro será ZERO, teremos que ainda remover 8.9×104 J para faze- lo parar. P 7-35 (7-17/6a) Um helicóptero levanta verticalmente um astronauta de 72 kg até 15 m de altura acima do oceano com o auxı́lio de um cabo. A aceleração do astronauta é g/10. Qual o trabalho realizado sobre o astronauta (a) pelo helicóptero e (b) pelo seu próprio peso? Quais são (c) a energia cinética e (d) a velocidade do astronauta no momento em que chega ao helicóptero? I (a) Chame de F a magnitude da força exercida pelo cabo no astronauta. A força do cabo aponta para cima e o peso mg do astronauta aponta para baixo. Além disto, a aceleração do astronauta é g/10, para cima. De acordo com a segunda lei de Newton, F −mg = mg/10, de modo que F = 11mg/10. Como a força F e o deslo- camento d estão na mesma direção, o trabalho feito pela força F é WF = Fd = 11mg 10 d = 11(72)(9.8)(15) 10 http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 4 de 7 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 21 de Novembro de 2013, às 22:55 = 1.16 × 104 J. (b) O peso tem magnitude mg e aponta na direção oposta do deslocamento. Ele executa um trabalho Wg = −mgd = −(72)(9.8)(15) = −1.06 × 104 J. (c) O trabalho total feito é WT = 11600 − 10600 = 1000 J. Como o astronauta partiu do repouso, o teorema do Trabalho-Energia diz-nos que sua energia cinética final deverá ser igual a WT (d) Como K = mv2/2, a velocidade final do astronauta será v = √ 2K m = √ 2(1000) 72 = 5.27 m/s = 18.9 km/h. P 7-36 (7-19/6a) Uma corda é usada para fazer descer verticalmente um bloco, inicialmente em repouso, de massa M com uma aceleração constante g/4. Depois que o bloco desceu uma distância d, calcule (a) o trabalho realizado pela corda sobre o bloco, (b) o trabalho realizado sobre o bloco pelo seu peso, (c) a energia cinética do bloco e (d) a velocidade do bloco. I (a) Chame de F a magnitude da força da corda so- bre o bloco. A força F aponta para cima, enquanto que a força da gravidade, de magnitude Mg, aponta para baixo. A aceleração é g/4, para baixo. Considere o sentido para baixo como sendo o sentido positivo. A se- gunda lei de Newton diz-nos que Mg − F = Mg/4, de modo que F = 3Mg/4. A força está direcionada no sentido oposto ao deslocamento de modo que o trabalho que ela faz é WF = −Fd = − 3 4 Mgd. (b) A força da gravidade aponta no mesmo sentido que o deslocamento de modo que ela faz um trabalho Wg = Mgd. (c) O trabalho total feito sobre o bloco é WT = − 3 4 Mgd+Mgd = 1 4 Mgd. Como o bloco parte do repouso, o valor acima coincide com sua energia cinética K após haver baixado uma distância d. (d) A velocidade após haver baixado uma distância d é v = √ 2K M = √ gd 2 . 7.2.5 Potência P 7-43 (???/6a) Um bloco de granito de 1400 kg é puxado por um guin- daste a vapor ao longo de uma rampa com velocidade constante de 1.34 m/s (Fig. 7-38). O coeficiente de atrito dinâmico entre o bloco e a rampa é 0.4. Qual a potência do guindaste? I Para determinar a magnitude F da força com que o guindaste puxa o granito usaremos um diagrama de corpo livre. Chamemos de f a força de atrito, no sentido oposto ao de F . A normal N aponta perpendicularmente à rampa, enquanto que a magnitude mg da força da gravidade aponta verticalmente para baixo. Da figura dada vemos que ângulo θ do plano inclinado vale θ = tan−1 (30 40 ) = 37o. Tomemos o eixo x na direção do plano inclinado, apon- tando para cima e o eixo y apontando no mesmo sentido da normal N. Como a aceleração é zero, as componentes x e y da se- gunda lei de Newton são, respectivamente, F − f −mg sen θ = 0, N −mg cos θ = 0. Da segunda equação obtemos que N = mg cos θ, de modo que f = µkN = µkmg cos θ. Substiutindo este resultado na primeira equação e resolvendo-a para F obtemos F = mg ( sen θ + µk cos θ ) . A força do guindaste aponta no mesmo sentido que a ve- locidade do bloco, de modo que a potência do guindaste é P = Fv = mgv ( sen θ + µk cos θ ) = (1400)(9.8)(1.34) ( sen 37o + 0.4 cos 37o ) = 17 kW. http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 5 de 7 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 21 de Novembro de 2013, às 22:55 P 7-47 (???/6a) Uma força de 5 N age sobre um corpo de 1.5 kg inicial- mente em repouso. Determine (a) o trabalho executado pela força no primeiro, segundo e terceiro segundos e (b) a potência instantânea aplicada pela força no final do terceiro segundo. I (a) A potência é dada por P = Fv e o trabalho feito por F entre o instante t1 e t2 é W = ∫ t2 t1 P dt = ∫ t2 t1 Fv dt. Como F é a força total, a magnitude da aceleração é a = f/m e a velocidade em função do tempo é dada por v = at = Ft/m. Portanto W = ∫ t2 t1 F 2t m dt = 1 2 F 2 m ( t22 − t21 ) . Para t1 = 0s e t2 = 1s temos W1 = 1 2 (52 15 ) [(1)2 − (0)2] = 0.83 J. Para t1 = 1s e t2 = 2s temos W2 = 1 2 (52 15 ) [(2)2 − (1)2] = 2.5 J. Para t1 = 2s e t2 = 3s temos W3 = 1 2 (52 15 ) [(3)2 − (2)2] = 4.2 J. (b) Substitua v = Ft/m em P = Fv obtendo então P = F 2t/m para a potência num instante t qualquer. Ao final do terceiro segundo temos P = (5)2(3) 15 = 5 W. P 7-48 (7-35/6a) Um elevador de carga totalmente cheio tem uma massa total de 1200 kg e deve subir 54 m em 3 min. O con- trapeso do elevador tem uma massa de 950 kg. Cal- cule a potência (em cavalos-vapor) que o motor do el- evador deve desenvolver. Ignore o trabalho necessário para colocar o elevador em movimento e para freá-lo, isto é, suponha que se mova o tempo todo com veloci- dade constante. I O trabalho total é a soma dos trabalhos feitos pela gravidade sobre o elevador, o trabalho feito pela gravi- dade no contrapeso,e o trabalho feito pelo motor sobre o sistema: WT = We + Wc + Wm. Como o elevador move-se com velocidade constante, sua energia cinética não muda e, de acordo com o teorema do Trabalho- Energia, o trabalho total feito é zero. Isto significa que We +Wc +Wm = 0. O elevador move-se 54 m para cima, de modo que o tra- balho feito pela gravidade sobre ele é We = −megd = −(1200)(9.8)(54) = −6.35 × 105 J. O contrapeso move-se para baixo pela mesma distância, de modo que o trabalho feito pela gravidade sobre ele é Wc = mcgd = (950)(9.8)(54) = 5.03 × 105 J. Como WT = 0, o trabalho feito pelo motor é Wm = −We −Wc = (6.35 − 5.03) × 105 = 1.32 × 105 J. Este trabalho é feito num intervalo de tempo ∆t = 3 min = 180 s e, portanto, a potência fornecida pelo motor para levantar o elevador é P = Wm ∆t = 1.32 × 105 180 = 735 W. Este valor corresponde a 735 W 746 W/hp = 0.99 hp. P 7-49 (???/6a) A força (mas não a potência) necessária para rebocar um barco com velocidade constante é proporcional à veloci- dade. Se são necessários 10 hp para manter uma veloci- dade de 4 km/h, quantos cavalos-vapor são necessários para manter uma velocidade de 12 km/h? I Como o problema afirma que a força é proporcional à velocidade, podemos escrever que a força é dada por F = αv, onde v é a velocidade e α é uma constante de proporcionalidade. A potência necessária é P = Fv = αv2. Esta fórmula nos diz que a potência associada a uma velocidade v1 é P1 = αv21 e a uma velocidade v2 é P2 = αv 2 2 . Portanto, dividindo-se P2 por P1 podemos nos livrar da constante α desconhecida, obtendo que P2 = (v2 v1 )2 P1. http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 6 de 7 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 21 de Novembro de 2013, às 22:55 Para P1 = 10 hp e v2 = 3v1, vemos sem problemas que P2 = (12 4 )2 (10) = (3)2(10) = 90 hp. Observe que é possı́vel determinar-se explicitamente o valor de α a partir dos dados do problema. Porém, tal solução é menos elegante que a acima apresentada, onde determinamos α implicitamente, chegando ao resultado final mais rapidamente. 7.2.6 Energia Cinética a Velocidades Elevadas E 7-50 (???/6a) Um elétron se desloca de 5.1 cm em 0.25 ns. (a) Qual é a relação entre a velocidade do elétron e a velocidade da luz? (b) Qual é a energia do elétron em elétrons-volt? (c) Qual o erro percentual que você cometeria se usasse a fórmula clássica para calcular a energia cinética do elétron? I (a) A velocidade do elétron é v = d t = 5.1 × 10−2 0.25 × 10−9 = 2.04 × 108 m/s. Como a velocidade da luz é c = 2.998×108 m/s, temos v = 2.04 2.998 c = 0.68 c. (b) Como a velocidade do elétron é próxima da veloci- dade da luz,devemos usar expressão relativı́stica para a energia cinética: K = mc2 ( 1√ 1 − v2/c2 − 1 ) = (9.11 × 1031)(2.998 × 108)×( 1√ 1 − (0.68)2 − 1 ) = 3.0 × 10−14 J. Este valor é equivalente a K = 3.0 × 10−14 1.60 × 10−19 = 1.90 × 105 = 190 keV. (c) Classicamente a energia cinética é dada por K = 1 2 mv2 = 1 2 (9.11 × 10−31)(2.04 × 108)2 = 1.90 × 10−14 J. Portanto, o erro percentual é, simplificando já a potência comum 10−14 que aparece no numerador e denomi- nador, erro percentual = 3.0 − 1.9 3.0 = 0.37, ou seja, 37%. Perceba que não usar a fórmula rela- tivı́stica produz um grande erro!! http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 7 de 7 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:37 Exercı́cios Resolvidos de Fı́sica Básica Jason Alfredo Carlson Gallas, professor titular de fı́sica teórica, Doutor em Fı́sica pela Universidade Ludwig Maximilian de Munique, Alemanha Universidade Federal da Paraı́ba (João Pessoa, Brasil) Departamento de Fı́sica Numeração conforme a SEXTA edição do “Fundamentos de Fı́sica”, Halliday, Resnick e Walker. Esta e outras listas encontram-se em: http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Contents 8 Conservação da Energia 2 8.1 Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 8.2 Problemas e Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 8.2.1 Determinação da Energia Potencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 8.2.2 Usando a Curva de Energia Potencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 8.2.3 Conservação da Energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 8.2.4 Trabalho Executado por Forças de Atrito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 8.2.5 Massa e Energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 Comentários/Sugestões e Erros: favor enviar para jasongallas @ yahoo.com (sem “br” no final...) (listaq3.tex) http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 1 de 11 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:37 8 Conservação da Energia 8.1 Questões Q 8-10 Cite alguns exemplos práticos de equilı́brio instável, neutro e estável. I 8.2 Problemas e Exercı́cios 8.2.1 Determinação da Energia Potencial E 8-1 (8-??/6a edição) Uma determinada mola armazena 25 J de energia po- tencial quando sofre uma compressão de 7.5 cm. Qual a constante da mola? I Como sabemos que a energia potencial elástica ar- mazenada numa mola é U(x) = kx2/2, obtemos facil- mente que k = 2U(x) x2 = 2(25) (0.075)2 = 8.9× 103 N/m. E 8-6 (8-3/6a) Um pedacinho de gelo se desprende da borda de uma taça hemisférica sem atrito com 22 cm de raio (Fig. 8- 22). Com que velocidade o gelo está se movendo ao chegar ao fundo da taça? I A única força que faz trabalho sobre o pedacinho de gelo é a força da gravidade, que é uma força conserva- tiva. Chamando de Ki a energia cinética do pedacinho de gelo na borda da taça, de Kf a sua energia cinética no fundo da taça, de Ui sua energia potencial da borda e de Uf sua energia potencial no fundo da taça, temos então Kf + Uf = Ki + Ui. Consideremos a energia potencial no fundo da taça como sendo zero. Neste caso a energia potencial no topo vale Ui = mgr, onde r representa o raio da taça e m representa a massa do pedacinho de gelo. Sabemos que Ki = 0 pois o pedacinho de gelo parte do repouso. Chamando de v a velocidade do pedacinho de gelo ao atingir o fundo, temos então, da equação da conservação da energia acima que mgr = mv2/2, o que nos fornece v = √ 2gr = √ 2(9.8)(0.22) = 2.1 m/s. E 8-8 (8-13/6a) Um caminhão que perdeu os freios está descendo uma estrada em declive a 130 km/h. Felizmente a estrada dispõe de uma rampa de escape, com uma inclinação de 15o (Fig. 8-24). Qual o menor comprimento da rampa para que a velocidade do caminhão chegue a zero antes do final da rampa? As rampas de escape são quase sem- pre cobertas com uma grossa camada de areia ou cas- calho. Por quê? Nota: uso o valor 130 km/h da sexta edição do livro, em vez dos 120 km/h da quarta, já que na quarta edição não é fornecida nenhuma resposta. I Despreze o trabalho feito por qualquer força de fricção. Neste caso a única força a realizar trabalho é a força da gravidade, uma força conservativa. Seja Ki a energia cinética do caminhão no inı́cio da rampa de es- cape e Kf sua energia cinética no topo da rampa. Seja Ui e Uf os respectivos valores da energia potencial no inı́cio e no topo da rampa. Então Kf + Uf = Ki + Ui. Se tomarmos a energia potencial como sendo zero no inı́cio da rampa, então Uf = mgh, onde h é a al- tura final do caminhão em relação à sua posição inicial. Temos que Ki = mv2/2, onde v é a velocidade inicial do caminhão, e Kf = 0 já que o caminhão para. Por- tanto mgh = mv2/2, donde tiramos que h = v2 2g = (130× 103/3600)2 2(9.8) = 66.53 m. Se chamarmos de L o comprimento da rampa, então ter- emos que L sen 15o = h, donde tiramos finalmente que L = h sen 15o = 66.53 sen 15o = 257.06 m. Areia ou cascalho, que se comportam neste caso como um “fluido”, tem mais atrito que uma pista sólida, aju-dando a diminuir mais a distância necessária para parar o veı́culo. E 8-10 (8-??/6a) http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 2 de 11 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:37 Um projétil com uma massa de 2.4 kg é disparado para cima do alto de uma colina de 125 m de altura, com uma velocidade de 150 m/s e numa direção que faz um ângulo de 41o com a horizontal. (a) Qual a energia cinética do projétil no momento em que é disparado? (b) Qual a energia potencial do projétil no mesmo mo- mento? Suponha que a energia potencial é nula na base da colina (y = 0). (c) Determine a velocidade do projétil no momento em que atinge o solo. Supondo que a resistência do ar possa ser ignorada, as respostas acima dependem da massa do projétil? I (a) Se m for a massa do projétil e v sua velocidade após o lançamento, então sua energia cinética imediata- mente após o lançamento é Ki = 1 2 mv2 = 1 2 (2.40)(150)2 = 27.0× 103 J. (b) Se a energia potencial é tomada como zero quando o projétil atinge o solo e sua altura inicial acima do solo for chamada de h, então sua energia potencial inicial é Ui = mgh = (2.4)(9.8)(125) = 2.94× 103 J. (c) Imediatamente antes de atingir o solo a energia po- tencial é zero e a energia cinética pode ser escrita como sendoKf = mv2f/2, onde vf é a velocidade do projétil. A energia mecânica é conservada durante o voo do projétil de modo que Kf = mv2f/2 = Ki + Ui donde tiramos facilmente que vf = √ 2(Ki + Ui) m = √ 2[(27.0 + 2.94)× 103] 2.40 = 159 m/s. Os valores de Ki,Kf , Ui e Uf dependem todos da massa do projétil, porém a velocidade final vf não de- pende da massa se a resistência do ar puder ser consid- erada desprezı́vel. Observe que o tal ângulo de 41o não foi usado para nada! Talvez seja por isto que este exercı́cio já não mais apareça nas edições subsequentes do livro... E 8-12 (8-17/6a) Uma bola de gude de 5 g é disparada verticalmente para cima por uma espingarda de mola. A mola deve ser comprimida de 8 cm para que a bola de gude apenas alcance um alvo situado a 20 m de distância. (a) Qual a variação da energia potencial gravitacional da bola de gude durante a subida? (b) Qual a constante da mola? I (a) Neste problema a energia potencial possui dois termos: energia potencial elástica da mola e energia po- tencial gravitacional. Considere o zero da energia potencial gravitacional como sendo a posição da bola de gude quando a mola está comprimida. Então, a energia potencial gravita- cional da bola de gude quando ela está no topo da órbita (i.e. no ponto mais alto) é Ug = mgh, onde h é a altura do ponto mais elevado. Tal altura é h = 20 + 0.08 = 20.08 m. Portanto Ug = (5× 10−3)(9.8)(20.08) = 0.948 J. (b) Como a energia mecânica é conservada, a ener- gia da mola comprimida deve ser a mesma que a en- ergia potencial gravitacional no topo do voo. Ou seja, kx2/2 = mgh = Ug , onde k é a constante da mola. Portanto, k = 2Ug x2 = 2(0.948) (0.08)2 = 307.5 N/m. Observe que 307.5 N/m ' 3.1× 102 N/m = 3.1 N/cm, que é a resposta oferecida pelo livro-texto. E 8-13 (8-5/6a) Uma bola de massa m está presa à extremidade de uma barra de comprimento L e massa desprezı́vel. A outra extremidade da barra é articulada, de modo que a bola pode descrever um cı́rculo plano vertical. A barra é mantida na posição horizontal, como na Fig. 8-26, até receber um impulso para baixo suficiente para chegar ao ponto mais alto do cı́rculo com velocidade zero. (a) Qual a variação da energia potencial da bola? (b) Qual a velocidade inicial da bola? I (a) Tome o zero da energia potencial como sendo o ponto mais baixo atingido pela bola. Como a bola está inicialmente a uma distância vertical L acima do ponto mais baixo, a energia potencial inicial é Ui = mgL, sendo a energia potencial final dada por Uf = mg(2L). A variação da energia potencial é, portanto, ∆U = Uf − Ui = 2mgL−mgL = mgL. (b) A energia cinética final é zero. Chamemos de Ki = mv2/2 a energia cinética inicial, onde v é a velocidade inicial procurada. A barra não faz trabalho algum e a força da gravidade é conservativa, de modo que a ener- gia mecânica é conservada. Isto significa que ∆K = −∆U ou, em outras palavras, que −mv2/2 = −mgL de modo que temos v = √ 2gL. http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 3 de 11 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:37 P 8-17 (8-21/6a) Uma mola pode ser comprimida 2 cm por uma força de 270 N. Um bloco de 12 kg de massa é liberado a par- tir do repouso do alto de um plano inclinado sem atrito cuja inclinação é 30o. (Fig. 8-30). O bloco comprime a mola 5.5 cm antes de parar. (a) Qual a distância total percorrida pelo bloco até parar? (b) Qual a velocidade do bloco no momento em que se choca com a mola? I A informação dada na primeira frase nos permite cal- cular a constante da mola: k = F x = 270 0.02 = 1.35× 104 N/m. (a) Considere agora o bloco deslizando para baixo. Se ele parte do repouso a uma altura h acima do ponto onde ele para momentaneamente, sua energia cinética é zero e sua energia potencial gravitacional inicial é mgh, onde m é a massa do bloco. Tomamos o zero da energia potencial gravitacional como sendo o ponto onde o bloco para. Tomamos também a energia po- tencial inicial armazenada na mola como sendo zero. Suponha que o bloco comprima a mola uma distância x antes de parar momentaneamente. Neste caso a en- ergia cinética final é zero, a energia potencial gravita- cional final é zero, e a energia potencial final da mola é kx2/2. O plano inclinado não tem atrito e a força normal que ele exerce sobre o bloco não efetua trabalho (pois é perpendicular à direção do movimento), de modo que a energia mecânica é conservada. Isto significa que mgh = kx2/2, donde tiramos que h = kx2 2mg = (1.35× 104)(0.055)2 2(12)(9.8) = 0.174 m. Se o bloco viajasse uma distância ` pelo plano inclinado abaixo, então ` sen 30o = h, de modo que ` = h sen 30o = 0.174 sen 30o = 0.35 m. (b) Imediatamente antes de tocar a mola o bloco dista 0.055 m do ponto onde irá estar em repouso, e assim está a uma distância vertical de (0.055) sen 30o = 0.0275 m acima da sua posição final. A energia po- tencial é então mgh′ = (12)(9.8)(0.0275) = 3.23 J. Por outro lado, sua energia potencial inicial é mgh = (12)(9.8)(0.174) = 20.5 J. A diferença entre este dois valores fornece sua energia cinética final: Kf = 20.5− 3.23 = 17.2 J. Sua velocidade final é, portanto, v = √ 2Kf m = √ 2(17.2) 12 = 1.7 m/s. P 8-21 (8-??/6a) Uma bala de morteiro de 5 kg é disparada para cima com uma velocidade inicial de 100 m/s e um ângulo de 34o em relação à horizontal. (a) Qual a energia cinética da bala no momento do disparo? (b) Qual é a variação na energia potencial da bala até o momento em que atinge o ponto mais alto da trajetória? (c) Qual a altura atingida pela bala? I (a) Sejam a massa da bala e v0 sua velocidade inicial. A energia cinética inicial é então Ki = 1 2 mv20 = 1 2 (5)(100)2 = 2.5× 104 J. (b) Tome o zero da energia potencial gravitacional como sendo o ponto de tiro e chame de Uf a energia potencial no topo da trajetória. Uf coincide então com a variação da energia potencial deste o instante do tiro até o in- stante em que o topo da trajetória é alcançada. Neste ponto a velocidade da bala é horizontal e tem o mesmo valor que tinha no inı́cio: vh = v0 cos θ0, onde θ0 é o ângulo de tiro. A energia cinética no topo é Kf = 1 2 mv2h = 1 2 mv20 cos 2 θ0. Como a energia mecânica é conservada 1 2 mv20 = Uf + 1 2 mv20 cos 2 θ0. Portanto Uf = 1 2 mv20(1− cos2 θ0) = 1 2 mv20 sen 2θ0 = 1 2 (5)(100)2 sen234o = 7.8× 103 J. (c) A energia potencial no topo da trajetória é também dada por Uf = mgh, onde h é a altura (desnı́vel) do topo em relação ao ponto de tiro. Resolvendo para h, encontramos: h = Uf mg = 7.8× 103 (5)(9.8) = 160 m. P 8-23 (8-23/6a) http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallasPágina 4 de 11 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:37 A corda da Fig. 8-31 temL = 120 cm de comprimento e a distância d até o pino fixoP é de 75 cm. Quando a bola é liberada em repouso na posição indicada na figura, de- screve a trajetória indicada pela linha tracejada. Qual é a velocidade da bola (a) quando está passando pelo ponto mais baixo da trajetória e (b) quando chega ao ponto mais alto da trajetória depois que a corda toca o pino? I Chame de A o ponto mais baixo que a bola atinge e de B o ponto mais alto da trajetória após a bola tocar no pino. Escolha um sistemas de coordenada com o eixo y originando-se no ponto A e apontando para cima. A en- ergia inicial da bola de massam no campo gravitacional da Terra antes de ser solta vale E = mgL. Conservação da energia fornece-nos então uma equação para a ve- locidade v da bola em qualquer lugar especificado pela coordenada y: E = mgL = 1 2 mv2 +mgy. (a) Com yA = 0 em mgL = 12mv 2 A + mgyA, obtemos facilmente que vA = √ 2gL = √ (2)(9.8)(1.2) = 4.8 m/s. (b) Importante aqui é perceber que o tal ponto mais alto da trajetória depois que a corda toca o pino não é o ponto L − d (como a figura parece querer indicar) mas sim o ponto yB = 2(L − d), pois a bola tem energia suficiente para chegar até ele! É neste detal- hezito que mora o perigo... :-) Substituindo yB em mgL = 12mv 2 B +mgyB , obtemos então facilmente que vB = √ 2g(2d− L) = √ 2(9.8)[2(0.75)− 1.2] = 2.4 m/s. Qual a razão deste último valor ser a metade do ante- rior?... P 8-25 (8-25/6a) Deixa-se cair um bloco de 2 kg de uma altura de 40 cm sobre uma mola cuja constante é k = 1960 N/m (Fig. 8- 32). Determine a compressão máxima da mola. I Seja m a massa do bloco, h a altura da queda e x a compressão da mola. Tome o zero da energia potencial como sendo a posição inicial do bloco. O bloco cai uma distância h+x e sua energia potencial gravitacional final é−mg(h+x). Valores positivos de x indicam ter havido compressão da mola. A energia potencial da mola é ini- cialmente zero e kx2/2 no final. A energia cinética é zero tanto no inı́cio quanto no fim. Como a energia é conservada, temos 0 = −mg(H + x) + 1 2 kx2. As soluções desta equação quadrática são x = mg ± √ (mg)2 + 2mghk k = 19.6± √ (19.6)2 + 2(19.6)(784) 1960 que fornece dois valores para x: 0.10 m ou −0.080 m. Como procuramos uma compressão, o valor desejado é 0.10 m. P 8-27 (8-27/6a) Duas crianças estão competindo para ver quem con- segue acertar numa pequena caixa com uma bola de gule disparada por uma espigarda de mola colocada sobre uma mesa. A distância horizontal entre a borda da mesa e a caixa é de 2.2 m (Fig. 8-34). João comprime a mola 1.1 cm e a bola cai 27 cm antes do alvo. De quando deve Maria comprimir a mola para acertar na caixa? I A distância que a bola de gude viaja é determinada pela sua velocidade inicial, que é determinada pela com- pressão da mola. Seja h a altura da mesa e x a distância horizontal até o ponto onde a bola de gude aterrisa. Então x = v0t e h = gt2/2, onde v0 é a velocidade inicial da bola de gude e t é o tempo que ela permanece no ar. A segunda equação fornece t = √ 2h/g de modo que x = x0 √ 2h/g. A distância até o ponto de aterrisagem é diretamente proporcional à velocidade inicial pois x = v0t. Seja v01 a velocidade inicial do primeiro tiro e x1 a distância hor- izontal até seu ponto de aterrisagem; seja v02 a veloci- dade inicial do segundo tiro e x2 a distância horizontal até seu ponto de aterrisagem. Então v02 = x2 x1 v01. Quando a mola é comprimida a energia potencial é k`2/a, onde ` é a compressão. Quando a bola de gude perde contato da mola a energia potencial é zero e sua energia cinética é mv20/2. Como a energia mecânica é conservada, temos 1 2 mv20 = 1 2 k`2, de modo que a velocidade inicial da bola de gude é dire- tamente proporcional à compressão original da mola. Se http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 5 de 11 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:37 `1 for a compressão do primeiro tiro e `2 a do segundo, então v02 = (`2/`1)v01. Combinando isto com o resul- tado anterior encontramos `2 = (x2/x1)`1. Tomando agora x1 = 2.20 − 0.27 = 1.93 m, `1 = 1.10 cm, e x2 = 2.2 m, encontramos a compressão `2 desejada: `2 = (2.20 m 1.93 m ) (1.10 cm) = 1.25 cm. P 8-31 (8-26/6a) Tarzan, que pesa 688 N, decide usar um cipó de 18 m de comprimento para atravessar um abismo (Fig. 8-36). Do ponto de partida até o ponto mais baixo da trajetória, de- sce 3.2 m. O cipó é capaz de resitir a uma força máxima de 950 N. Tarzan consegue chegar ao outro lado? I Chamando de m a massa do Tarzan e de v a sua ve- locidade no ponto mais baixo temos que 1 2 mv2 = mgh, onde h é a altura que Tarzan desce. Desta expressão tiramos que v2 = 2gh = 2(3.2)g = 6.4g. Por outro lado, no ponto mais baixo temos, da segunda lei de Newton, que a força centrı́peta está relacionada com a tensão no cipó através da equação m v2 R = T −mg, onde R é o raio da trajetória. Portanto, temos que T = mg +m v2 R = mg + 6.4mg R = 688 ( 1 + 6.4 18 ) = 932.6 N. Como T < 950 N, vemos que Tarzan consegue atrav- essar, porém estirando o cipó muito perto do limite máximo que ele agüenta! P 8-32 (8-29/6a) Na Fig. 8-31 mostre que se a bola fizer uma volta com- pleta em torno do pino, então d > 3L/5. (Sugestão: A bola ainda deve estar se movendo quando chegar ao ponto mais alto da trajetória. Você saberia explicar por quê?) I Antes de mais nada, este problema é uma continuação do problema 8-23. Releia-o antes de continuar. Use conservação da energia. A energia mecânica deve ser a mesma no topo da oscilação quanto o era no inı́cio do movimento. A segunda lei de Newton fornece a ve- locidade (energia cinética) no topo. No topo a tensão T na corda e a força da gravidade apontam ambas para baixo, em direção ao centro do cı́rculo. Note que o raio do cı́rculo é r = L− d, de modo que temos T +mg = m v2 L− d , onde v é a velocidade e m é a massa da bola. Quando a bola passa pelo ponto mais alto (com a menor ve- locidade possı́vel) a tensão é zero. Portanto, mg = mv2/(L− d) e temos que v = √ g(L− d). Tome o zero da energia potencial gravitacional como sendo no ponto mais baixo da oscilação. Então a en- ergia potencial inicial é mgL. A energia cinética inicial é 0 pois a bola parte do repouso. A energia potencial final, no topo da oscilação, é mg2(L − d) e a energia cinética final é mv2/2 = mg(L− d)/2. O princı́pio da conservação da energia fornece-nos mgL = mg2(L− d) + 1 2 mg(L− d). Desta expressão obtemos sem problemas que d = 3 5 L. Se d for maior do que 3L/5, de modo que o ponto mais alto da trajetória fica mais abaixo, então a velocidade da bola é maior ao alcançar tal ponto e pode ultrapassa-lo. Se d for menor a bola não pode dar a volta. Portanto o valor 3L/5 é um limite mais baixo. P 8-35∗ (8-33∗/6a) Uma corrente é mantida sobre uma mesa sem atrito com um quarto de seu comprimento pendurado para fora da mesa, como na Fig. 8-37. Se a corrente tem um com- primento L e uma massa m, qual o trabalho necessário para puxá-la totalmente para cima da mesa? I O trabalho necessário é igual à variação da energia potencial gravitacional a medida que a corrente é pux- ada para cima da mesa. Considere a energia poten- cial como sendo zero quando toda a corrente estiver sobre a mesa. Divida a parte pendurada da corrente num número grande de segmentos infinitesimais, cada um com comprimento dy. A massa de um tal seg- mento é (M/L)dy e a energia potencial do segmento http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 6 de 11 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:37 a uma distância y abaixo do topo da mesa é dU = −(m/L)gy dy. A energia potencial total é U = −m L g ∫ L/4 0 ydy = −1 2 m L g (L 4 )2 = − 1 32 mgL. O trabalho necessáriopara puxar a corrente para cima da mesa é, portanto, −U = mgL/32. P 8-37∗ (8-35∗/6a) Um menino está sentado no alto de um monte hem- isférico de gelo (iglu!) (Fig. 8-39). Ele recebe um pe- quenı́ssimo empurrão e começa a escorregar para baixo. Mostre que, se o atrito com o gelo puder ser desprezado, ele perde o contato com o gelo num ponto cuja altura é 2R/3. (Sugestão: A força normal desaparece no mo- mento em que o menino perde o contato como o gelo.) I Chame de N a força normal exercida pelo gelo no menino e desenhe o diagrama de forças que atuam no menino. Chamando de θ o ângulo entre a vertical e o raio que passa pela posição do menino temos que a força que aponta radialmente para dentro émg cos θ−N que, de acordo com a segunda lei de Newton, deve ser igual a força centrı́peta mv2/R, onde v é a velocidade do menino. No ponto em que o menino se desprende do gelo temos N = 0, de modo que g cos θ = v2 R . Precisamos agora determinar a velocidade v. Tomando a energia potencial como zero quando o menino está no topo do iglu, teremos para U(θ) a expressão U(θ) = −mgR(1− cos θ). O menino inicia seu movimeno do repouso e sua en- ergia cinética na hora que se desprende vale mv2/2. Portanto, a conservação da energia nos fornece 0 = mv2/2−mgR(1− cos θ), ou seja, v2 = 2gR(1− cos θ). Substituindo este resultado na expressão acima, obtida da força centrı́peta, temos g cos θ = 2g(1− cos θ), ou, em outras palavras, que cos θ = 2 3 . A altura do menino acima do plano horizontal quando se desprende é R cos θ = 2 3 R. 8.2.2 Usando a Curva de Energia Potencial P 8-39 (8-37/6a) A energia potencial de uma molécula diatômica (H2 ou O2, por exemplo) é dada por U = A r12 − B r6 onde r é a distância entre os átomos que formam a molécula e A e B são constantes positivas. Esta energia potencial se deve à força que mantém os átomos unidos. (a) Calcule a distância de equilı́brio, isto é, a distância entre os átomos para a qual a força a que estão submeti- dos é zero. Verifique se a força é repulsiva (os átomos tendem a se separar) ou atrativa (os átomos tendem a se aproximar) se a distância entre eles é (b) menor e (c) maior do que a distância de equilı́brio. I (a) A força é radial (ao longo a line que une os átomos) e é dada pela derivada de U em relação a r: F = −dU dr = 12A r13 − 6B r7 . A separação r0 de equilı́brio é a separação para a qual temos F (r0) = 0, ou seja, para a qual 12A− 6Br60 = 0. Portanto a separação de equilı́brio é dada por r0 = (2A B )1/6 = 1.12 (A B )1/6 . (b) A derivada da força em relação a r, computada na separação de equilı́brio vale dF dr = −12 · 13A r140 + 42B r80 = − (156A− 42Br 6 o) r140 = −72A r140 , onde usamos o fato que, do item anterior, sabemos que r60 = 2A/B. A derivada é negativa, de modo que a força é positiva se r for um pouco menor que r0, indi- cando uma força de repulsão. (c) Se r for um pouco maior que r0 a força é negativa, indicando que a força é de atração. http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 7 de 11 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:37 8.2.3 Conservação da Energia 8.2.4 Trabalho Executado por Forças de Atrito E 8-45 (8-48/6a) Aproximadamente 5.5 × 106 kg de água caem por se- gundo nas cataratas de Niágara a partir de uma altura de 50 m. (a) Qual a energia potencial perdida por se- gundo pela água que cai? (b) Qual seria a potência ger- ada por uma usina hidrelétrica se toda a energia poten- cial da água fosse convertida em energia elétrica? (c) Se a companhia de energia elétrica vendesse essa en- ergia pelo preço industrial de 1 centavo de dólar por quilowatt-hora, qual seria a sua receita anual? I (a) O decréscimo na energia potencial gravitacional por segundo é (5.5× 106)(9.8)(50) = 2.7× 109 J. (b) A potência seria P = (2.7× 109 J)(1 s) = 2.7× 109 W. (c) Como a energia total gerada em um ano é E = Pt = (2.7× 106 kW)(1 ano)(8760 h/ano) = 2.4× 1010 kW·h, o custo anual seria (2.4× 1010)(0.01) = 2.4× 108 dólares, ou seja, 240 milhões de dólares. E 8-50 (8-??/6a) Um menino de 51 kg sobe, com velocidade constante, por uma corda de 6 m em 10 s. (a) Qual o aumento da energia potencial gravitacional do menino? (b) Qual a potência desenvolvida pelo menino durante a subida? I (a) ∆U = mgh = (51)(9.8)(6) = 3.0× 103 J. (b) P = ∆U t = 3000 10 = 300 W. E 8-51 (8-??/6a) Uma mulher de 55 kg sobe correndo um lance de es- cada de 4.5 m de altura em 3.5 s. Qual a potência de- senvolvida pela mulher? I P = (55)(9.8) 3.5 = 693 W. E 8-55 (8-??/6a) Um nadador se desloca na água com uma velocidade média de 0.22 m/s. A força média de arrasto que se opõe a esse movimento é de 110 N. Qual a potência média de- senvolvida pelo nadador? I Para nada com velocidade constante o nadador tem que nadar contra a água com uma força de 110 N. Em relação a ele, a água passa a 0.22 m/s no sentido dos seus pés, no mesmo sentido que sua força. Sua potência é P = F · v = FV = (110)(0.22) = 24 W. E 8-64 (8-43/6a) Um urso de 25 kg escorrega para baixo num troco de árvore a partir do repouso. O tronco tem 12 m de al- tura e a velocidade do urso ao chegar ao chão é de 5.6 m/s. (a) Qual a variação da energia potencial do urso? (b) Qual a energia cinética do urso no momento em que chega ao chão? (c) Qual a força média de atrito que agiu sobre o urso durante a descida? I (a) Considere a energia potencial gravitacional inicial como sendo Ui = 0. Então a energia potencial gravita- cional final é Uf = −mgL, onde L é o comprimento da árvore. A variação é, portanto, Uf − Ui = −mgL = −(25)(9.8)(12) = −2.94× 103 J. (b) A energia cinética é K = 1 2 mv2 = 1 2 (25)(5.6)2 = 392 J. (c) De acordo com a Eq. 8-26, a variação da energia mecânica é igual a −fL, onde f é a força de atrito média. Portanto f = −∆K + ∆U L = −392− 2940 12 = 210 N. P 8-66 (8-51/6a) Um bloco de 3.5 kg é empurrado a partir do repouso por uma mola comprimida cuja constante de mola é 640 N/m (Fig. 8-45). Depois que a mola se encontra totalmente relaxada, o bloco viaja por uma superfı́cie http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 8 de 11 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:37 horizontal com um coeficiente de atrito dinâmico de 0.25, percorrendo uma distância de 7.8 m antes de parar. (a) Qual a energia mecânica dissipada pela força de atrito? (b) Qual a energia cinética máxima possuı́da pelo bloco? (c) De quanto foi comprimida a mola antes que o bloco fosse liberado? I (a) A magnitude da força de fricção é f = µkN , onde µk é o coeficiente de atrito dinâmico e N é a força nor- mal da superfı́cie sobre o bloco. As únicas forças verti- cais atuantes no bloco são a força normal, para cima, e a força da gravidade, para baixo. Como a componente vertical da aceleração do bloco é zero, a segunda lei de Newton nos diz que N = mg, onde m é a massa do bloco. Portanto f = µkmg. A energia mecânica dis- sipada é dada por ∆E = f` = µkmg`, onde ` é a distância que o bloco anda antes de parar. Seu valor é ∆E = (0.25)(3.5)(9.8)(7.8) = 66.88 J. (b) O bloco tem sua energia cinética máxima quando perde contato com a mola e entra na parte da superfı́cie onde a fricção atua. A energia cinética máxima é igual à energia mecânica dissipada pela fricção, ou seja, 66.88 J. (c) A energia que aparece como energia cinética es- tava ariginalmente armazenada como energia potencial elástica, da mola comprimida. Portanto ∆E = kx2/2, onde k é a constante da mola e x é a compressão. Logo, x = √ 2∆E k = √ 2(66.88) 640 = 0.457 m ' 46 cm. P 8-69 (8-55/6a) Dois montes nevados têm altitudes de 850 m e 750 m em relação ao vale que os separa (Fig. 8-47). Uma pista de esqui vai do alto do monte maior até o alto do monte menor, passando pelo vale. O comprimento to- tal da pista é 3.2 km e a inclinação média é 30o. (a) Um esquiador partedo repouso no alto do monte maior. Com que velovidade chegará ao alto do monte menor sem se impulsionar com os bastões? Ignore o atrito. (b) Qual deve ser aproximadamente o coeficiente de atrito dinâmico entre a neve e os esquis para que o esquiador pare exatamente no alto do pico menor? I (a) Tome o zero da energia potencial gravitacional como estando no vale entre os dois picos. Então a en- ergia potencial é Ui = mghi, onde m é a massa do esquiador e hi é a altura do pico mais alto. A ener- gia potencial final é Uf = mghf , onde hf é a altura do pico menor. Inicialmente o esquiador tem energia cinética Ki = 0. Escrevamos a energia cinética final comoKf = mv2/2, onde v é a velocidade do esquiador no topo do pico menor. A força normal da superfı́cie dos montes sobre o esquiador não faz trabalho (pois é per- pendicular ao movimento) e o atrito é desprezı́vel, de modo que a energia mecânica é conservada: Ui +Ki = Uf + Kf , ou seja, mghi = mghf + mv2/2, donde tiramos v = √ 2g(hi − hf ) = √ 2(9.8)(850− 750) = 44 m s . (b) Como sabemos do estudo de objetos que deslizam em planos inclinados, a força normal da superfı́cie in- clinada dos montes no esquiador é dada por N = mg cos θ, onde θ é o ângulo da superfı́cie inclinada em relação à horizontal, 30o para cada uma das superfı́cies em questão. A magnitude da força de atrito é dada por f = µkN = µkmg cos θ. A energia mecânica dissipada pela força de atrito é f` = µkmg` cos θ, onde ` é o comprimento total do trajeto. Como o es- quiador atinge o topo do monte mais baixo sem energia cinética, a energia mecânica dissipada pelo atrito é igual à diferença de energia potencial entre os pontos inicial e final da trajetória. Ou seja, µkmg` cos θ = mg(hi − hf ), donde tiramos µk: µk = hi − hf ` cos θ = 850− 750 (3.2× 103) cos 30o = 0.036. P 8-74 (8-??/6a) Uma determinada mola não obedece à lei de Hooke. A força (em newtons) que ela exerce quando distendida de uma distância x (em metros) é de 52.8x + 38.4x2, no sentido oposto ao da distensão. (a) Calcule o tra- balho necessário para distender a mola de x = 0.5 m até x = 1.0 m. (b) Com uma das extremidades da mola mantida fixa, uma partı́cula de 2.17 kg é presa à outra extremidade e a mola é distendida de uma distância x = 1.0. Em seguida, a partı́cula é liberada sem ve- locidade inicial. Calcule sua velocidade no instante em que a distensão da mola diminuiu para x = 0.5 m. (c) A força exercida pela mola é conservativa ou não- conservativa? Explique sua resposta. I (a) Para distender a mola aplica-se uma força, igual em magnitude à força da mola porém no sentido oposto. Como a uma distensão no sentido positivo de x exerce uma força no sentido negativo de x, a força aplicada tem http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 9 de 11 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:37 que ser F = 52.8x + 38.4x2, no sentido positivo de x. O trabalho que ela realiza é W = ∫ 1.0 0.5 (52.8x+ 38.4x2)dx = [52.8 2 x2 + 38.4 3 x3 ]1.0 0.5 = 31.0 J. (b) A mola faz 31 J de trabalho e este deve ser o au- mento da energia cinética da partı́cula. Sua velocidade é então v = √ 2K m = √ 2(31.0) 2.17 = 5.35 m/s. (c) A força é conservativa pois o trabalho que ela faz quando a partı́cula vai de um ponto x1 para outro ponto x2 depende apenas de x1 e x2, não dos detalhes do movimento entre x1 e x2. P 8-79 (8-61/6a) Uma pedra de peso w é jogada verticalmente para cima com velocidade inicial v0. Se uma força constante f de- vido à resistência do ar age sobre a pedra durante todo o percurso, (a) mostre que a altura máxima atingida pela pedra é dada por h = v20 2g(1 + f/w) . (b) Mostre que a velocidade da pedra ao chegar ao solo é dada por v = v0 (w − f w + f )1/2 . I (a) Seja h a altura máxima alcançada. A energia mecânica dissipada no ar quando a pedra sobe até a al- tura h é, de acordo com a Eq. 8-26, ∆E = −fh. Sabe- mos que ∆E = (Kf + Uf )− (Ki + Ui), onde Ki e Kf são as energias cinéticas inicial e fi- nal, e Ui e Uf são as energias poetenciais inicial e final. Escolha a energia como sendo zero no ponto de lançamento da pedra. A energia cinética inicial é Ki = mv 2 0/2, a energia potencial inicial é Ui = 0, a energia cinética final é Kf = 0 e a energia potencial fi- nal é Uf = wh. Portanto −fh = wh −mv2o/2, donde tiramos h = mv20 2(w + f) = wv20 2g(w + f) = v20 2g(1 + f/w) , onde substituimos m por w/g e dividimos numerador e denominador por w. (b) Note que a força do ar é para baixo quando a pe- dra sobe e para cima quando ela desce. Ela é sempre oposta ao sentido da velocidade. A energia dissipada durante o trajeto no ar todo é ∆E = −2fh. A ener- gia cinética final é Kf = mv2/2, onde v é a veloci- dade da pedra no instante que antecede sua colisão com o solo. A energia potencial final é Uf = 0. Portanto −2fh = mv2/2−mv20/2. Substituindo nesta expressão a expressão encontrada acima para h temos − 2fv 2 0 2g(1 + f/w) = 1 2 mv2 − 1 2 mv20 . Deste resultado obtemos v2 = v20 − 2fv20 mg(1 + f/w) = v20 − 2fv20 w(1 + f/w) = v20 ( 1− 2f w + f ) = v20 (w − f w + f ) , de onde obtemos o resultado final procurado: v = v0 (w − f w + f )1/2 . Perceba que para f = 0 ambos resultados reduzem-se ao que já conheciamos, como não podeia deixar de ser. 8.2.5 Massa e Energia E 8-92 (8-??/6a) (a) Qual a energia em Joules equivalente a uma massa de 102 g? (b) Durante quantos anos esta energia aten- deria às necessidades de uma famı́lia que consome em média 1 kW? I (a) Usamos a fórmula E = mc2: E = (0.102)(2.998× 108)2 = 9.17× 1015 J. (b) Usamos agora E = Pt, onde P é a taxa de consumo de energia e t é o tempo. Portanto, t = E P = 9.17× 1015 1× 103 = 9.17× 1012 segundos = 2.91× 105 anos! http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 10 de 11 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:37 P 8-96 (8-??/6a) Os Estados Unidos produziram cerca de 2.31 × 1012 kW·h de energia elétrica em 1983. Qual a massa equiv- alente a esta energia? I Para determinar tal massa, usamos a relação E = mc2, onde c = 2.998 × 108 m/s é a velocidade da luz. Primeiro precisamos converter kW·h para Joules: 2.31× 1012 kW·h = 2.31× 1012(103 W)(3600 s) = 8.32× 1018 J. Portanto m = E c2 = 8.32× 1018 (2.998× 108)2 = 92.5 kg. http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 11 de 11 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:37 Exercı́cios Resolvidos de Fı́sica Básica Jason Alfredo Carlson Gallas, professor titular de fı́sica teórica, Doutor em Fı́sica pela Universidade Ludwig Maximilian de Munique, Alemanha Universidade Federal da Paraı́ba (João Pessoa, Brasil) Departamento de Fı́sica Numeração conforme a SEXTA edição do “Fundamentos de Fı́sica”, Halliday, Resnick e Walker. Esta e outras listas encontram-se em: http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Contents 9 Sistemas de Partı́culas 2 9.1 Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 9.2 Problemas e Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 9.2.1 O Centro de Massa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 9.2.2 O Momento Linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 9.2.3 Conservação do Momento Linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 9.2.4 Sistemas de Massa Variável: Um Foguete . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 9.2.5 Sistemas de Partı́culas: Variações na Energia Cinética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 Comentários/Sugestões e Erros: favor enviar para jasongallas @ yahoo.com (sem “br” no final...) (listaq3.tex) http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 1 de 8 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:37 9 Sistemas de Partı́culas 9.1 Questões Q 9-2 Qual a localização do centro de massada atmosfera da Terra? I 9.2 Problemas e Exercı́cios 9.2.1 O Centro de Massa E 9-1 (9-1/6a edição) (a) A que distância o centro de massa do sistema Terra- Lua se encontra do centro da Terra? (Use os valores das massas da Terra e da Lua e da distância entre os dois astros que aparecem no Apêndice C.) (b) Expresse a re- sposta do item (a) como uma fração do raio da Terra. I (a) Escolha a origem no centro da Terra. Então a distância rCM do centro de massa do sistema Terra-Lua é dada por rCM = mLrm mL +mT , onde mL é a massa da Lua, mT é a massa da Terra, a rm é a separação média entre Terra e Lua. Tais valores encontram-se no Apêndice C. Em números temos, rCM = (7.36 × 1022)(3.2 × 108) 7.36 × 1022 + 5.98 × 1024 = 4.64 × 106 m. (b) O raio da Terra é RT = 6.37 × 106 m, de modo que temos rCM RT = 4.64 × 106 6.37 × 106 = 0.73. Observe que a fração entre as massas é mL mT = 7.36 × 1022 5.98 × 1024 =?????? E 9-3 (9-3/6a) (a) Quais são as coordenadas do centro de massa das três partı́culas que aparecem na Fig. 9-22? (b) O que acon- tece com o centro de massa quando a massa da partı́cula de cima aumenta gradualmente? I (a) Sejam (x1, y1) = (0, 0), (x2, y2) = (1, 2) e (x3, y3) = (2, 1) as coordenadas (em metros) das três partı́culas cujas respectivas massas designamos por m1, m2 e m3. Então a coordenada x do centro de massa é xCM = m1x1 +m2x2 +m3x3 m1 +m2 +m3 = 0 + (8.0)(1.0) + (4.0)(2.0) 3.0 + 8.0 + 4.0 = 1.1 m. enquanto que a coordenada y é yCM = m1y1 +m2y2 +m3y3 m1 +m2 +m3 = 0 + (8.0)(2.0) + (4.0)(1.0) 3.0 + 8.0 + 4.0 = 1.3 m. (b) A medida que a massa da partı́cula de cima é aumen- tada o centro de massa desloca-se em direção a aquela partı́cula. No limite, quando a partı́cula de cima for muito mais massiva que as outras, o centro de massa coincidirá com a posição dela. E 9-12∗ (9-9/6a) Uma lata em forma de cilindro reto de massa M , al- tura H e densidade uniforme está cheia de refrigerante (Fig. 9-30). A massa total do refrigerante é m. Fazemos pequenos furos na base e na tampa da lata para drenar o conteúdo e medimos o valor de h, a distância verti- cal entre o centro de massa e a base da lata, para várias situações. Qual é o valor de h para (a) a lata cheia e (b) a lata vazia? (c) O que acontece com h enquanto a lata está sendo esvaziada? (d) Se x é a altura do lı́quido que resta em um determinado instante, determine o valor de x (em função de M , H e m) no momento em que o centro de massa se encontra o mais próximo possı́vel da base da lata. I (a) Como a lata é uniforme seu centro de massa está localizado no seu centro geométrico, a uma distância H/2 acima da sua base. O centro de massa do refrig- erante está no seu centro geométrico, a uma distância x/2 acima da base da lata. Quando a lata está cheia tal posição coincide com H/2. Portanto o centro de massa da lata e com o refrigerante que ela contém está a uma distância h = M(H/2) +m(H/2) M +m = H 2 acima da base, sobre o eixo do cilindro. http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 2 de 8 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:37 (b) Consideramos agora a lata sozinha. O centro de massa está emH/2 acima da base, sobre o eixo do cilin- dro. (c) A medida que x decresce o centro de massa do re- frigerante na lata primeiramente diminui, depois cresce até H/2 novamente. (d) Quando a superfı́cie superior do refrigerante está a uma distância x acima da base da lata a massa do fre- frigerante na lata é mr = (x/H)m, onde m é a massa quando a lata está cheia (x = H). O centro de massa do refrigerante está apenas a uma distância x/2 da base da lata. Logo h = M(H/2) +mr(x/2) M +mr = M(H/2) + (x/H)m(x/2) M +mx/H = MH2 +mx2 2(MH +mx) . Encontramos a posição mais baixa do centro de massa da lata com refrigerante igualando a zero a derivada de h em relação a x e resolvendo em relação a x. A derivada é dada por dh dx = 2mx 2(MH −mx) − (MH 2 +mx2)m 2(MH +mx)2 = m2x2 + 2MmHx−MmH2 2(MH +mx)2 . A solução de m2x2 + 2MmHx−MmH2 = 0 é x = MH m [ − 1 + √ 1 + m M ] . Usamos a solução positiva pois x é positivo. Substituindo-se agora o valor de x na expressão de h acima, ou seja, em h = MH2 +mx2 2(MH +mx) , e simplificando, encontramos finalmente que h = HM m (√ 1 + m M − 1 ) . E 9-14 (9-11/6a) Um velho Galaxy com uma massa de 2400 kg está vi- ajando por uma estrada reta a 80 km/h. Ele é seguido por um Escort com uma massa de 1600 kg viajando a 60 km/h. Qual a velocidade do centro de massa dos dois carros? I Sejam mG e vG a massa e a velocidade do Galaxy e mE e vE a massa e velocidade do Escort. Então, con- forme a Eq. (9-19), a velocidade do centro de massa é dada por vCM = mGvG +mEvE mG +mE = (2400)(80) + (1600)(60) 2400 + 1600 = 72 km/h. Note que as duas velocidades estão no mesmo sentido, de modo que ambos termos no numerador tem o mesmo sinal. As unidades usadas não são do Sistema Interna- cional. E 9-20 (9-15/6a) Um projétil é disparado por um canhão com uma ve- locidade inicial de 20 m/s. O ângulo do disparo é 60o em relação à horizontal. Quando chega ao ponto mais alto da trajetória, o projétil explode em dois fragmentos de massas iguais (Fig. 9-33). Um dos fragmentos, cuja velocidade imediatamente após a explosão é zero, cai verticalmente. A que distância do canhão o outro frag- mento atinge o solo, supondo que o terreno seja plano e a resistência do ar possa ser desprezada? I Precisamos determinar as coordenadas do ponto de explosão e a velocidade do fragmento que não cai reto para baixo. Tais dados são as condições iniciais para um problema de movimento de projéteis, para determi- nar onde o segundo fragmento aterrisa. Consideremos primeiramente o movimento do projétil original, até o instante da explosão. Tomemos como origem o ponto de disparo, com o eixo x tomado hor- izontal e o eixo y vertical, positivo para cima. A com- ponente y da velocidade é dada por v = v0y − gt e é zero no instante de tempo t = v0y/g = (v0/g) senθ0, onde v0 é a velocidade inicial e θ0 é o ângulo de disparo. As coordenadas do ponto mais alto são x = v0xt = [v0 cos θ0] t = (v0) 2 g senθ0 cos θ0 = (20)2 9.8 sen60o cos 60o = 17.7 m, e y = v0y t− 1 2 gt2 = 1 2 v20 g sen2θ0 http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 3 de 8 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:37 = 1 2 (20)2 9.8 sen260o = 15.3 m. Já que nenhuma força horizontal atua no sistema, a com- ponente horizontal do momento é conservada. Uma vez que um dos fragmentos tem velocidade zero após a exp- losão, o momento do outro fragmento tem que ser igual ao momento do projétil originalmente disparado. A componente horizontal da velocidade do projétil orig- inal é v0 cos θ0. Chamemos de M a massa do projétil inicial e de V0 a velocidade do fragmento que se move horizontalmente após a explosão. Assim sendo, temos Mv0 cos θ0 = MV0 2 , uma vez que a massa do fragmento em questão é M/2. Isto significa que V0 = 2v0 cos θ0 = 2(20) cos 60o = 20 m/s. Agora considere um projétil lançado horizontalmente no instante t = 0 com velocidade de 20 m/s a partir do ponto com coordenadas (x0, y0) = (17.7, 15.3) m. Sua coordenada y é dada por y = y0 − gt2/2, e quando ele aterrisa temos y = 0. O tempo até a aterrisagem é t = √ 2y0/g e a coordenada x do ponto de aterrisagem é x = x0 + V0t = x0 + V0 √ 2y0 g = 17.7 + 20 √ 2(15.3) 9.8 = 53 m. E 9-21 (9-17/6a) Dois sacos idênticos de açúcar são ligados por uma corda de massa desprezı́vel que passa por uma roldana sem atrito, de massa desprezı́vel, com 50 mm de diâmetro. Os dois sacos estão no mesmo nı́vel e cada um possui originalmente uma massa de 500 g. (a) De- termine a posição horizontal do centro de massa do sis- tema. (b) Suponha que 20 g de açúcar são transferidos de um saco para o outro, mas os sacos são mantidos nas posições originais. Determine a nova posição horizontal do centrode massa. (c) Os dois sacos são liberados. Em que direção se move o centro de massa? (d) Qual é a sua aceleração? I (a) Escolha o centro do sistema de coordenadas como sendo o centro da roldana, com o eixo x horizontal e para a direita e com o eixo y para baixo. O centro de massa está a meio caminho entre os sacos, em x = 0 e y = `, onde ` é a distância vertical desde o centro da roldana até qualquer um dos sacos. (b) Suponha 20 g transferidas do saco da esquerda para o saco da direita. O saco da esquerda tem massa 480 g e está em x1 = −25 mm. O saco à direita tem massa 520 g e está em x2 = +25 mm. A coordenada x do centro de massa é então xCM = m1x1 +m2x2 m1 +m2 = (480)(−25) + (520)(+25) 420 + 520 = 1.0 mm. A coordenada y ainda é `. O centro de massa está a 26 mm do saco mais leve, ao longo da linha que une os dois corpos. (c) Quando soltos, o saco mais pesado move-se para baixo e o saco mais leve move-se para cima, de modo que o centro de massa, que deve permanecer mais perto do saco mais pesado, move-se para baixo. (d) Como os sacos estão conectados pela corda, que passa pela rolsdana, suas acelerações tem a mesma mag- nitude mas direções opostas. Se a é a aceleração de m2, então −a é a aceleração de m1. A aceleração do centro de massa é aCM = m1(−a) +m2a m1 +m2 = a m2 −m1 m1 +m2 . Precisamos recorrer s̀egunda lei de Newton para encon- trar a aceleração de cada saco. A força da gravidade m1g, para baixo, e a tensão T na corda, para cima, at- uam no saco mais leve. A segunda lei para tal saco é m1g − T = −m1a. O sinal negativo aparece no lado direito porque a é a aceleração do saco mais pesado (que qão é o que esta- mos considerando!). As mesma forças atuam no saco mais pesado e para ele a segunda lei de Newton fornece m2g − T = m2a. A primeira equação fornece-nos T = m1g + m1a que quando substituida na segunda equação produz a = (m2 −m1)g m1 +m2 . Portanto, substituindo na equação para aCM , encon- tramos que aCM = g (m2 −m1)2 (m1 +m2)2 http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 4 de 8 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:37 = (9.8)(520 − 480)2 (480 + 520)2 = 0.016 m/s2. A aceleração é para baixo. E 9-22 (9-19/6a) Um cachorro de 5 kg está em um bote de 20 kg que se encontra a 6 m da margem (que fica à esquerda na Fig. 9- 34a). Ele anda 2.4 m no barco, em direção à margem, e depois pára. O atrito entre o bote e a água é desprezı́vel. A que distância da margem está o cachorro depois da caminhada? (Sugestão: Veja a Fig. 9-34b. O cachorro se move para a esquerda; o bote se desloca para a di- reita; e o centro de massa do sistema cachorro+barco? Será que ele se move?) I Escolha o eixo x como sendo horizontal, com a origem na margem, e apontanto para a direita na Fig. 9- 34a. Seja mb a massa do bote e xbi sua coordenada ini- cial. Seja mc a massa do cachorro e xci sua coordenada inicial. A coordenada do centro de massa é então xCM = mbxbi +mcxci mb +mc . Agora o cachorro caminha uma distância d para a es- querda do bote. Como a diferença entre a coordenada final do bote xbf e a coordenada final do cachorro xcf é d, ou seja xbf − xcf = d, a coordenada do centro de massa pode também ser escrita como xCM = mbxbf +mcxcf mb +mc = mbxcf +mbd+mcxcf mb +mc . Como nenhuma força horizontal externa atua no sis- tema bote-cachorro, a velocidade do centro de massa não pode mudar. Como o bote e o cachorro estavam ini- cialmente em repouso, a velocidade do centro de massa é zero. O centro de massa permance na mesma posição e, portanto, as duas expressões acima para xCM devem ser iguais. Isto significa que mbxbi +mcxci = mbxcf +mbd+mcxcf . Isolando-se xcf obtemos xcf = mbxbi +mcxci −mbd mb +mc = (20)(6) + (5)(6) − (20)(2.4) 20 + 5 = 4.08 m. Observe que usamos xbi = xci. É estritamente necessário fazer-se isto? Se não for, qual a vantagem de se faze-lo?... Além de uma escolha conveniente dos pontos de re- ferência, perceba que um passo crucial neste exercı́cio foi estabelecer o fato que xbf − xcf = d. 9.2.2 O Momento Linear E 9-23 (9-??/6a) Qual o momento linear de um automóvel que pesa 16.000 N e está viajando a 88 km/h? I A “moral” deste problema é cuidar com as unidades empregadas: p = mv = 16000 9.8 88 × 103 3600 = 36281 kg m/s, na direção do movimento. E 9-24 (9-21/6a) Suponha que sua massa é de 80 kg. Com que veloci- dade teria que correr para ter o mesmo momento linear que um automóvel de 1600 kg viajando a 1.2 km/h? I Chamando de mc e vc a massa e a velocidade do carro, e de m e v a “sua” massa e velocidade temos, graças à conservação do momento linear, v = mcvc m = (1600)(1.2 × 103) (80)(3600) = 6.67 m/s. Poderı́amos também deixar a resposta em km/h: v = mcvc m = (1600)(1.2) 80 = 24 km/h. Perceba a importância de fornecer as unidades ao dar sua resposta. Este último valor não está no SI, claro. E 9-25 (9-20/6a) Com que velocidade deve viajar um Volkswagen de 816 kg (a) para ter o mesmo momento linear que um Cadil- lac de 2650 kg viajando a 16 km/h e (b) para ter a mesma energia cinética? I (a) O momento será o mesmo se mV vV = mCvC , donde tiramos que vV = mC mV vC = 2650 816 (16) = 51.96 km/h. (b) Desconsiderando o fator 1/2, igualdade de energia cinática implica termos mV v2V = mCv 2 C , ou seja, vV = √ mC mV vC = √ 2650 816 (16) = 28.83 km/h. http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 5 de 8 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:37 E 9-26 (9-??/6a) Qual o momento linear de um elétron viajando a uma velocidade de 0.99c (= 2.97 × 108 m/s)? I Como a velocidade do elétron não é de modo algum pequena comparada com a velocidade c da luz, faz-se necessário aqui usar a equação relativistica para o mo- mento linear, conforme dada pela Eq. 9-24: p = mv√ 1 − v2c2 = (9.11 × 10−31)(2.97 × 108)√ 1 − (0.99)2 = 1.917 × 10−21 kg·m/s. Sem o fator relativı́stico terı́amos achado p′ = (9.11 × 10−31)(2.97 × 108) = 2.705 × 10−22 kg·m/s, ou seja, um valor 7 (= 1/ √ 1 − (0.99)2) vezes menor: p = 7 p′. 9.2.3 Conservação do Momento Linear E 9-33 (9-27/6a) Um homem de 100 kg, de pé em uma superfı́cie de atrito desprezı́vel, dá um chute em uma pedra de 0.70 kg, fazendo com que ela adquira uma velocidade de 3.90 m/s. Qual a velocidade do homem depois do chute? I Como nenhuma força com componente horizontal atua no sistema homem-pedra, o momento total é conser- vado. Como tanto o homem como a pedra estão em repouso no inı́cio, o momento total é zero antes bem como depois do chute, ou seja mpvp +mhvh = 0, onde o subı́ndice p refere-se à pedra e o subı́ndice h refere-se ao homem. Desta expressão vemos que vh = − mpvp mh = − (0.70)(3.90) 100 = −0.027 m/s, onde o sinal negativo indica que o homem move-se no sentido oposto ao da pedra. Note que o sentido da pedra foi implicitamente tomado como positivo. Note ainda que a razão das massas coincide com a razão dos pesos. E 9-36 (9-29/6a) Um homem de 75 kg está viajando em uma carroça a 2.3 m/s. Ele salta para fora da carroça de modo a ficar com velocidade horizontal zero. Qual a variação resultante na velocidade da carroça? I O momento linear total do sistema home-carroça é conservado pois não atuam forças externas com com- ponentes horizontais no sistema. Chamemos de mc a massa da carroça, v a sua velocidade inicial, e vc sua ve- locidade final (após o homem haver pulado fora). Seja mh a massa do homem. Sua velocidade inicial é a mesma da carroça e sua velocidade final é zero. Por- tanto a conservação do momento nos fornece (mh +mc)v = mcvc, de onde tiramos a velocidade final da carroça: vc = v(mh +mc) mc = (2.3)(75 + 39) 39 = 6.7 m/s. A velocidade da carroça aumenta por 6.7 − 2.3 = 4.4 m/s. De modo a reduzir sua velocidade o homem faz com que a carroça puxe-o para trás, de modo que a carroça seja impulsionada para a frente. E 9-38 (9-33/6a) O último estágio de um foguete estáviajando com uma velocidade de 7600 m/s. Este último estágio é feito de duas partes presas por uma trava: um tanque de com- bustı́vel com uma massa de 290 kg e uma cápsula de in- strumentos com uma massa de 150 kg. Quando a trava é acionada, uma mola comprimida faz com que as duas partes se separem com uma velocidade relativa de 910 m/s. (a) Qual a velocidade das duas partes depois que elas se separam? Suponha que todas as velocidades têm a mesma direção. (b) Calcule a energia cinética total das duas partes antes e depois de se separarem e explique a diferença (se houver). I (a) Suponha que nenhuma força externa atue no sitema composto pelas duas partes no último estágio. O momento total do sistema é conservado. Seja mt http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 6 de 8 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:37 a massa do tanque e mc a massa da cápsula. Inicial- mente ambas estão viajando com a mesma velocidade v. Após a trava ser acionada, mt tem uma velocidade vt enquanto que mc tem uma velocidade vc. Conservação do momento fornece-nos (mt +mc)v = mtvt +mcvc. Após a trava ser solta, a cápsula (que tem menos massa) viaja com maior velocidade e podemos escrever vc = vt + vrel, onde vrel é a velocidade relativa. Substituindo esta ex- pressão na equação da conservação do momento obte- mos (mt +mc)v = mtvt +mcvc +mcvrel, de modo que vc = (mt +mc)v −mcvrel mt +mc = v − mt mt +mc vrel = 7600 − 150 290 + 150 (910) = 7290 m/s. A velocidade final da cápsula é vc = vt + vrel = 7290 + 910 = 8200 m/s. (b) A energia cinética total antes da soltura da trava é Ki = 1 2 (mt +mc)v 2 = 1 2 (290 + 150)(7600)2 = 1.271 × 1010 J. A energia cinética total após a soltura da trava é Kf = 1 2 mtv 2 t + 1 2 mcv 2 c = 1 2 (290(7290)2 + 1 2 (150)(8200)2 = 1.275 × 1010 J. A energia cinética total aumentou levemente. Isto deve- se à conversão da energia potencial elástica armazenada na trava (mola comprimida) em energia cinética das partes do foguete. E 9-39 (9-39/6a) Uma caldeira explode, partindo-se em três pedaços. Dois pedaços, de massas iguais, são arremessados em trajetórias perpendiculares entre si, com a mesma ve- locidade de 30 m/s. O terceiro pedaço tem uma massa três vezes a de um dos outros pedaços. Qual o módulo, direção e sentido de sua velocidade logo após a exp- losão? I Suponha que não haja força externa atuando, de modo que o momento linear do sistema de três peças seja con- servado. Como o momentum antes da explosão era zero, ele também o é após a explosão. Isto significa que o ve- tor velocidade dos três pedaços estão todos num mesmo plano. Escolha um sistema de coordenadas XY, com o eixo ver- tical sendo o eixo y, positivo para cima. A partir da origem deste diagrama, desenhe na direção negativa do eixo X o vetor 3mV, correspondente ao momento da parı́cula mais pesada. Os dois outros momentos são rep- resentados por vetoresmv apontando num ângulo θ1 no primeiro quadrante e θ2 no quarto quadrante, de modo que θ1 + θ2 = 90o (condição do problema). Como a componente vertical do momento deve conser- var-se, temos com as convenções acima, que mv senθ1 −mv senθ2 = 0, onde v é a velocidade dos pedaços menores. Portanto devemos necessariamente ter que θ1 = θ2 e, como θ1 + θ2 = 90 o, temos que θ1 = θ2 = 45o. Conservação da componente x do momento produz 3mV = 2mv cos θ1. Consequentemente, a velocidade V do pedaço maior é V = 2 3 v cos θ1 = 2 3 (30) cos 45o = 14 m/s, no sentido negativo do eixo x. O ângulo entre o vetor velocidade do pedaço maior e qualquer um dos pedaços menores é 180o − 45o = 135o. 9.2.4 Sistemas de Massa Variável: Um Foguete E 9-48 (9-41/6a) Uma sonda espacial de 6090 kg, viajando para Júpiter com uma velocidade de 105 m/s em relação ao Sol, aciona o motor, ejetando 80 kg de gases com uma ve- locidade de 253 m/s em relação à sonda. Supondo que os gases são ejetados no sentido oposto ao do movi- mento inicial da sonda, qual a sua velocidade final? http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 7 de 8 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:37 I Ignore a força gravitacional de Júpiter e use a Eq. (9- 47) do livro texto. Se vi é a velocidade inicial, Mi é a massa inicial, vf é velocidade final, Mf é a massa final, e u é a velocidade do gás de exaustão, então vf = vi + u ln Mi Mf . Neste problema temos Mi = 6090 kg e Mf = 6090 − 80 = 6010 kg. Portanto vf = 105 + 253 ln (6090 6010 ) = 108 m/s. E 9-49 (9-43/6a) Um foguete em repouso no espaço, em uma região em que a força gravitacional é desprezı́vel, tem uma massa de 2.55×105 kg, da qual 1.81×105 kg são combustı́vel. O consumo de combustı́vel do motor é de 480 kg/s e a velocidade de escapamento dos gases é de 3.27 km/s. O motor é acionado durante 250 s. (a) Determine o em- puxo do foguete. (b) Qual é a massa do foguete depois que o motor é desligado? (c) Qual é a velocidade final do foguete? I (a) Como se ve no texto logo abaixo da Eq. 9-46, o empuxo do foguete é dado por E = Ru, ondeR é a taxa de consumo de combustı́vel e u é a velocidade do gas exaustado. No presente problema temos R = 480 kg e u = 3.27 × 103 m/s, de modo que E = Ru = (480)(3.27 × 103) = 1.57 × 106 N. (b) A massa do combustı́vel ejetado é dada por Mcomb = R∆t, onde ∆t é o intervalo de tempo da queima de combustı́vel. Portanto Mcomb = (480)(250) = 1.20 × 105 kg. A massa do foguete após a queima é Mf = Mi −Mcomb = (2.55 − 1.20) × 105 = 1.35 × 105 kg. (c) Como a velocidade inicial é zero, a velocidade final é dada por vf = u ln Mi Mf = (3.27 × 103) ln (2.55 × 105 1.35 × 105 ) = 2.08 × 103 m/s. E 9-56 (9-47/6a) Duas longas barcaças estão viajando na mesma direção e no mesmo sentido em águas tranqüilas; uma com uma velocidade de 10 km/h, a outro com velocidade de 20 km/h. Quando estão passando uma pela outra, operários jogam carvão da mais lenta para a mais rápida, à razão de 1000 kg por minuto; veja a Fig. 9-38. Qual a força adicional que deve ser fornecida pelos motores das duas barcaças para que continuem a viajar com as mesmas velocidades? Suponha que a transferência de carvão se dá perpendicularmente à direção de movi- mento da barcaça mais lenta e que a força de atrito entre as embarcações e a água não depende do seu peso. I 9.2.5 Sistemas de Partı́culas: Variações na Energia Cinética E 9-60 (9-55/6a) Uma mulher de 55 kg se agacha e depois salta para cima na vertical. Na posição agachada, seu centro de massa está 40 cm acima do piso; quando seus pés deixam o chão, o centro de massa está 90 cm acima do piso; no ponto mais alto do salto, está 120 cm acima do piso. (a) Qual a força média exercida sobre a mulher pelo piso, enquanto há contato entre ambos? (b) Qual a veloci- dade máxima atingida pela mulher? I http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 8 de 8 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:46 Exercı́cios Resolvidos de Fı́sica Básica Jason Alfredo Carlson Gallas, professor titular de fı́sica teórica, Doutor em Fı́sica pela Universidade Ludwig Maximilian de Munique, Alemanha Universidade Federal da Paraı́ba (João Pessoa, Brasil) Departamento de Fı́sica Numeração conforme a SEXTA edição do “Fundamentos de Fı́sica”, Halliday, Resnick e Walker. Esta e outras listas encontram-se em: http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Contents 10 Colisões 2 10.1 Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 10.2 Problemas e Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 10.2.1 Impulso e Momento Linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 10.2.2 Colisões Elásticas em Uma Dimensão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 10.2.3 Colisões Inelásticas em Uma Dimensão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . 6 10.2.4 Colisões em Duas Dimensões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 10.2.5 Problemas Adicionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Comentários/Sugestões e Erros: favor enviar para jasongallas @ yahoo.com (sem “br” no final...) (listaq3.tex) http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 1 de 7 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:46 10 Colisões 10.1 Questões Q 10-1 Explique como a conservação de energia se aplica a uma bola quicando numa parede. I 10.2 Problemas e Exercı́cios 10.2.1 Impulso e Momento Linear E 10-3 (10-1/6a edição) Um taco de sinuca atinge uma bola, exercendo uma força média de 50 N em um intervalo de 10 ms. Se a bola tivesse massa de 0.20 kg, que velocidade ela teria após o impacto? I Se F for a magnitude da força média então a magni- tude do impulso é J = F∆t, onde ∆t é o intervalo de tempo durante o qual a força é exercida (veja Eq. 10-8). Este impulso iguala a magnitude da troca de momen- tum da bola e como a bola está inicialmente em repouso, iguala a magnitude mv do momento final. Resolvendo a euqação F∆t = mv para v encontramos v = F∆t m = (50)(10× 10−3) 0.20 = 2.5 m/s. E 10-9 (10-5/6a) Uma força com valor médio de 1200 N é aplicada a uma bola de aço de 0.40 kg, que se desloca a 14 m/s, em uma colisão que dura 27 ms. Se a força estivesse no sentido oposto ao da velocidade inicial da bola, encontre a ve- locidade final da bola. I Considere a direção inicial do movimento como pos- itiva e chame de F a magnitude da força média, ∆t a duração da força, m a massa da bola, vi a velocidade inicial da bola, vf a velocidade final da bola. Então a força atua na direção negativa e o teorema do impulso- momento fornece −F∆t = mvf −mvi. Resolvendo para vf obtemos vf = vi − F∆t m = 14− (1200)(27× 10 −3) 0.40 = −67 m/s. A velocidade final da bola é 67 m/s. P 10-12 (10-9/6a) Um carro de 1400 kg, deslocando-se a 5.3 m/s, está ini- cialmente viajando para o norte, no sentido positivo do eixo y. Após completar uma curva à direita de 90o para o sentido positivo do eixo x em 4.6 s, o distraido mo- torista investe para cima de uma árvore, que pára o carro em 350 ms. Em notação de vetores unitários, qual é o impulso sobre o carro (a) durante a curva e (b) durante a colisão? Qual a intensidade da força média que age sobre o carro (c) durante a colisão? (e) Qual é o ângulo entre a força média em (c) e o sentido positivo do eixo x? I (a) O momento inicial do carro é pi = mv = (1400)(5.3)j = (7400 kg·m/s)j e o momento final é (7400 kg·m/s)i. O impulso que nele atua é igual à variação de momento: J = pf − pi = (7400 kg·m/s)(i− j). (b) O momento inicial do carro é pi = (7400 kg·m/s)i e o momento final é pf = 0. O impulso atuando sobre ele é J = pf − pi = −(7400 kg·m/s)i (c) A força média que atua no carro é Fav = ∆p ∆t = J ∆t = (7400 kg·m/s)(i− j) 4.6 = (1600 N)(i− j) e sua magnitude é Fav = (1600 N) √ 2 = 2300 N. (d) A força média é Fav = J ∆t = (−7400 kg·m/s)i 350× 10−3 = (−2.1× 104 N) i e sua magnitude é Fav = 2.1× 104 N. http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 2 de 7 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:46 (e) A força média é dada acima em notação vetorial unitária. Suas componentes x e y tem magnitudes iguais. A componente x é positiva e a componente y é negativa, de modo que a força está a 45o abaixo do eixo x. P 10-13 (10-??/6a) A força sobre um objeto de 10 kg aumenta uniforme- mente de zero a 50 N em 4 s. Qual é a velocidade final do objeto se ele partiu do repouso? I Tome a magnitude da força como sendo F = At, onde A é uma constante de proporcionalidade. A condição que F = 50 N quando t = 4 s conduz a A = (50 N)/(4 s) = 12.5 N/s. A magnitude do impulso exercido no objeto é J = ∫ 4 0 F dt = ∫ 4 0 At dt = 1 2 At2 ∣∣∣4 0 = 1 2 (12.5)(4)2 = 100 N·s. A magnitude deste impulso é igual à magnitude da variação do momento do objeto ou, como o objeto par- tiu do repouso, é igual m̀agnitude do momento final: J = mvf . Portanto vf = J m = 100 10 = 10 m/s. P 10-14 (10-13/6a) Uma arma de ar comprimido atira dez chumbinhos de 2 g por segundo com uma velocidade de 500 m/s, que são detidos por uma parede rı́gida. (a) Qual é o mo- mento linear de cada chumbinho? (b) Qual é a energia cinética de cada um? (c) Qual é a força média exercida pelo fluxo de chumbinhos sobre a parede? (d) Se cada chumbinho permanecer em contato com a parede por 0.6 ms, qual será a força média exercida sobre a parede por cada um deles enquanto estiver em contato? (e) Por que esta força é tão diferente da força em (c)? I (a) Se m for a massa dum chumbinho e v for sua ve- locidade quando ele atinge a parede, então o momento é p = mv = (2× 10−3)(500) = 1 kg·m/s, na direção da parede. (b) A energia cinética dum chumbinho é K = 1 2 mv2 = 1 2 (2× 10−3)(500)2 = 250 J. (c) A força na parede é dada pela taxa na qual o mo- mento é transferido dos chumbinhos para a parede. Como os chumbinhos não voltam para trás, cada chumbinho transfere p = 1.0kg·m/s. Se ∆N chumbin- hos colidem num tempo ∆t então a taxa média com que o momento é transferido é Fav = p ∆N ∆t = (1.0)(10) = 10 N. A força na parede tem a direção da velocidade inicial dos chumbinhos. (d) Se ∆t é o intervalo de tempo para um chumbinho ser freado pela parede, então a força média exercida na parede por chumbinho é Fav = p ∆t = 1.0 0.6× 10−3 = 1666.66 N. A força tem a direção da velocidade inicial do chumbinho. (e) Na parte (d) a força foi mediada durante o intervalo em que um chumbinho está em contato com a parede, enquanto na parte (c) ela foi mediada durante o intervalo de tempo no qual muitos chumbinhos atingem a parede. Na maior parte do tempo nenhum chumbinho está em contato com a parede, de modo que a força média na parte (c) é muito menor que a média em (d). P 10-26 (10-15/6a) Uma espaçonave é separada em duas partes detonando- se as ligações explosivas que as mantinham juntas. As massas das partes são 1200 e 1800 kg; o módulo do im- pulso sobre cada parte é de 300 N·s. Com que veloci- dade relativa as duas partes se separam? I Consideremos primeiro a parte mais leve. Suponha que o impulso tenha magnitude J e esteja no sentido positivo. Seja m1, v1 a massa e a velocidade da parte mais leve após as ligações explodirem. Suponha que ambas as partes estão em repouso antes da explosão. Então, M = m1v1, de modo que v1 = J m1 = 300 1200 = 0.25 m/s. O impulso na parte mais pesada tem a mesma magni- tude mas no sentido oposto, de modo que −J = m2v2, onde m2, v2 são a massa e a velocidade da parte mais pesada. Portanto v2 = − J m2 = − 300 1800 = −0.167 m/s. http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 3 de 7 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:46 A velocidade relativa das partes após a explosão é 0.25− (−0.167) = 0.417 m/s. P 10-28 (10-38/6a) A espaçonave Voyager 2 (de massa m e velocidade v relativa ao Sol) aproxima-se do planeta Júpiter (de massa M e velocidade V relativa ao Sol) como mostra a Fig. 10-33. A espaçonave rodeia o planeta e parte no sentido oposto. Qual é a sua velocidade, em relação ao Sol, após este encontro com efeito estilingue? Consid- era v = 12 km/s e V = 13 km/s (a velocidade orbital de Júpiter). A massa de Júpiter é muito maior do que a da espaçonave; M � m. (Para informações adicionais, veja “The slingshot effect: explanation and analogies”, de Albert A. Bartlett e Charles W. Hord, The Physics Teacher, novembro de 1985.) I Considere o encontro num sistema de referência fixo em Júpiter. Quando eventuais perdas de energia forem desprezı́veis, o encontro pode ser pensado como uma colisão elástica na qual a espaçonave emerge da “co- lisão” com uma velocidade de mesma magnitude que a velocidade que possuia antesdo encontro. Como a ve- locidade inicial da espaçonave é vi = v + V = 12 + 13 = 25 km/s medida a partir de Júpiter, ela se afastará de Júpiter com vf = 25 km/s. Passando para o sistema original de re- ferência no qual o Sol está em repouso, tal velocidade é dada por v′f = vf + V = 25 + 13 = 38 km/s. 10.2.2 Colisões Elásticas em Uma Dimensão E 10-29 (10-35/6a) Os blocos da Fig. 10-34 deslizam sem atrito. (a) Qual é a velocidade v do bloco de 1.6 kg após a colisão? (b) Suponha que a velocidade inicial do bloco de 2.4 kg seja oposta à exibida. Após a colisão, a velocidade v do bloco de 1.6 kg pode estar no sentido ilustrado? I (a) Seja m1, v1i e v1f a massa e a velocidade inicial e final do bloco à esquerda, e m2, v2i e v2f as corre- spondentes grandezas do bloco à direita. O momento do sistema composto pelos dois blocos é conservado, de modo que m1v1i +m2v2i = m1v1f +m2v2f , donde tiramos que v1f = m1v1i +m2v2i −m2v2f m1 = 5.5 + 2.4 1.6 ( 2.5− 4.9 ) = 1.9 m/s. O bloco continua andando para a direita após a colisão. (b) Para ver se a colisão é inelástica, comparamos os valores da energia cinética total antes e depois da co- lisão. A energia cinética total ANTES da colisão é Ki = 1 2 m1v 2 1i + 1 2 m2v 2 2i = 1 2 (1.6)(5.5)2 + 1 2 (2.4)(2.5)2 = 31.7 J. A energia cinética total DEPOIS da colisão é Kf = 1 2 m1v 2 1f + 1 2 m2v 2 2f = 1 2 (1.6)(1.9)2 + 1 2 (2.4)(4.9)2 = 31.7 J. Como Ki = Kf , vemos que a colisão é elástica, (c) Agora v2i = −2.5 m/s e v1f = m1v1i +m2v2i −m2v2f m1 = 5.5 + 2.4 2.5 ( − 2.5− 4.9 ) = −5.6 m/s. Como o sinal indica, a velocidade deve opor-se ao sen- tido mostrado. E 10-33 (10-37/6a) Um carro de 340 g de massa, deslocando-se em um trilho de ar linear sem atrito, a uma velocidade inicial de 1.2 m/s, atinge um segundo carro de massa descon- hecida, inicialmente em repouso. A colisão entre eles é elástica. Após a mesma, o primeiro carro continua em seu sentido original a 0.66 m/s. (a) Qual é a massa do segundo carro? (b) Qual é a sua velocidade após o impacto? (c) Qual a velocidade do centro de massa do sistema formado pelos dois carrinhos? I (a) Seja m1, v1i, v1f a massa e as velocidades inicial e final do carro que originalmente se move. Seja m2 e v2f a massa e a velocidade final do carro originalmente parado (v2i = 0. Então, de acordo com a Eq. 10-18, temos v1f = m1 −m2 m1 +m2 v1i. http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 4 de 7 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:46 Desta expressão obtemos para m2: m2 = v1i − v1f v1f + v1i m1 = 1.2− 0.66 1.2 + 0.66 (340 g) = 99 g. (b) A velocidade do segundo carro é dada por v2f = 2m1 m1 +m2 v1i = 2(0.340) 0.340 + 0.099 (1.2) = 1.9 m/s. (c) A velocidade do centro de massa do sistema formado pelos dois carrinhos satisfaz a equação P = (m1 +m2)vCM = m1v1i +m2v2i. Lembrando que v2i = 0, temos vCM = m1v1i m1 +m2 = (340)(1.2) 340 + 99 = 0.93 m/s. Observe que usamos gramas em vez de kilogramas. E 10-34 (10-41/6a) Um corpo de 2.0 kg de massa colide elasticamente com outro em repouso e continua a deslocar-se no sentido original com um quarto de sua velocidade original. (a) Qual é a massa do corpo atingido? (b) Qual a veloci- dade do centro de massa do sistema formado pelos dois corpos se a velocidade inicial do corpo de 2.0 kg era de 4.0 m/s? I (a) Sejamm1, v1i, v1f a massa e as velocidades antes e depois da colisão do corpo que se move originalmente. Sejam m2 e v2f a massa e a volcidade final do corpo originalmente em repouso. De acordo com a Eq. 10-18 temos v1f = m1 −m2 m1 +m2 v1i. Resolvendo para m2 obtemos, para v1f = v1i/4, m2 = v1i − v1f v1f + v1i m1 = 1− 1/4 1/4 + 1 (m1) = 3 5 (2.0) = 1.2 kg. (b) A velocidade do centro de massa do sistem formado pelos dois corpos satisfaz a equação P = (m1 +m2)vCM = m1v1i +m2v2i. Resolvendo para vCM com v2i = 0 encontramos vCM = m1v1i m1 +m2 = (2.0)(4.0) 2.0 + 1.2 = 2.5 m/s. E 10-37 (10-43/6a) Duas esferas de titânio se aproximam frontalmente com velocidades de mesmo módulo e colidem elasticamente. Após a colisão, uma das esferas, cuja massa é de 300 g, permanece em repouso. Qual é a massa da outra esfera? I Seja m1, v1i, v1f a massa e as velocidades antes e depois da colisão de uma das partı́culas e m2, v2i, v2f a massa e as velocidades antes e depois da colisão, da outra partı́cula. Então, de acordo com a Eq. 10-28, temos v1f = m1 −m2 m1 +m2 v1i + 2m2 m1 +m2 v2i. Suponha que a esfera 1 esteja viajando originalmente no sentido positivo e fique parada após a colisão. A esfera 2 está viajando originalmente no sentido negativo. Sub- stituindo v1i = v, v2i = −v e v1f = 0 na expressão acima, obtemos 0 = m1 − 3m2. Ou seja, m2 = m1 3 = 300 g 3 = 100 g. E 10-40∗ (10-??/6a) ATENÇÃO: ESTE PROBLEMA FOI MAL TRADUZIDO NO LIVRO TEXTO. USE A TRADUÇÃO QUE SEGUE: Um elevador está deslocando-se para cima num poço a 6 ft/s (1.83 m/s). No instante em que o elevador está a 60 ft (18.6 m) do topo, larga-se uma bola do topo do poço. A bola quica elasticamente do teto do elevador. (a) A que altura ela pode elevar-se em relação ao topo do poço? (b) Faça o mesmo problema supondo que o elevador esteja descendo a 6 ft/s (1.83 m/s). (Dica: a velocidade da bola em relação ao elevador é meramente revertida pela colisão.) Nota: no sistema de unidades em questão, a aceleração da gravidade vale g = 32 ft/s2. I (a) http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 5 de 7 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:46 10.2.3 Colisões Inelásticas em Uma Dimensão E 10-41 (10-23/6a) Acredita-se que a Cratera do Meteoro, no Arizona (Fig. 10.1), tenha sido formada pelo impacto de um me- teoro com a Terra há cerca de 20.000 anos. Estima-se a massa do meteoro em 5 × 1010 kg e sua velocidade em 7200 m/s. Que velocidade um meteoro assim transmi- tiria à Terra numa colisão frontal? I Seja mm a massa do meteoro e mT a massa da Terra. Seja vm a velocidade do meteoro imediatamente antes da colisão e v a velocidade da Terra (com o meteoro) após a colisão. O momento do sistema Terra-meteoro é conservado durante a colisão. Portanto, no sistema de referência Terra antes da colisão temos mmvm = (mm +mT )v, de modo que encontramos para v v = vmmm mm +mT = (7200)(5× 1010) 5.98× 1024 + 5× 1010 = 6× 10−11 m/s. Para ficar mais fácil de imaginar o que seja esta veloci- dade note que, como 365 × 24 × 3600 = 31536000, temos 6× 10−11 m/s = 6× 10−11(31536000) m/ano = 0.00189 m/ano = 1.89 mm/ano. É uma velocidade MUITO difı́cil de se medir, não?... E 10-42 (10-21/6a) Um trenó em forma de caixa de 6 kg está deslocando-se sobre o gelo a uma velocidade de 9 m/s, quando um pa- cote de 12 kg é largado de cima para dentro dele. Qual é a nova velocidade do trenó? I Precisamos considerar apenas a componente horizon- tal do momento do trenó e do pacote. Seja mt, vt a massa e a velocidade inicial do trenó. Seja mp, a massa do pacote e v velocidade final do conjunto trenó + pa- cote. A componente horizontal do momento deste con- junto conserva-se de modo que mtvt = (mt +mp)v, de onde tiramos v = vtmt mt +mp = (9.0)(6.0) 6 + 12 = 3 m/s. P 10-53 (10-29/6a) Um vagão de carga de 35 t colide com um carrinho aux- iliar que está em repouso. Eles se unem e 27% da ener- gia cinética inicial é dissipada em calor, som, vibrações, etc. Encontre o peso do carrinho auxiliar. I Seja mv e vv a massa e a velocidade inicial do vagão, mc a massa do carrinho auxiliar e v a velocidade fi- nal dos dois, depois de grudarem-se. Conservação do momento total do sistema formado pelos dois carros fornece-nos mvvv = (mv +mc)v donde tiramos v = mvvv mv +mc . A energia cinética inicial do sistema é Ki = mvv2v/2 enquanto que a energia cinética final é Kf = 1 2 (mv +mc)v 2 = 1 2 (mv +mc) (mvvv) 2 (mv +mc)2 = 1 2 m2vv 2 v mv +mc . Como 27% da energia cinética original é perdida, temos Kf = 0.73Ki, ou seja,1 2 m2vv 2 v mv +mc = 0.73 1 2 mvv 2 v , que, simplificada, fornece-nos mv/(mv +mc) = 0.73. Resolvendo para mc encontramos mc = 0.27 0.73 mv = 0.37mv = (0.37)(35) = 12.95 toneladas = 12.95× 103 kg. A razão das massas é, obviamente, a mesma razão dos pesos e, chamando de Pv o peso do vagão, temos que o peso P do carrinho auxiliar é P = 0.37Pv = (0.37)(35× 103)(9.8) = 126.91× 103 N. Observe que o resultado final não depende das veloci- dades em jogo. http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 6 de 7 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:46 10.2.4 Colisões em Duas Dimensões E 10-63 (10-49/6a) Em um jogo de sinuca, a bola branca atinge outra ini- cialmente em repouso. Após a colisão, a branca desloca- se a 3.5 m/s ao longo de uma reta em ângulo de 22o com a sua direção original de movimento, e o módulo da ve- locidade da segunda bola é de 2 m/s. Encontre (a) o ângulo entre a direção de movimento da segunda bola e a direção de movimento original da bola branca e (b) a velocidade original da branca. (c) A energia cinética se conserva? I (a) Use a Fig. 10-20 do livro texto e considere a bola branca como sendo a massa m1 e a outra bola como sendo a massa m2. Conservação das componentes x e y do momento total do sistema formado pelas duas bolas nos fornece duas equações, respectivamente: mv1i = mv1f cos θ1 +mv2f cos θ2 0 = −mv1f senθ1 +mv2f senθ2. Observe que as massa podem ser simplificadas em am- bas equações. Usando a segunda equação obtemos que sen θ2 = v1f v2f sen θ1 = 3.5 2.0 sen 22o = 0.656. Portanto o ângulo é θ2 = 41o. (b) Resolvendo a primeria das equações de conservação acima para v1i encontramos v1i = v1f cos θ1 + v2f cos θ2 = (3.5) cos 22o + (2.0) cos 41o = 4.75 m/s. (c) A energia cinética inicial é Ki = 1 2 mv2i = 1 2 m(4.75)2 = 11.3m. A energia cinética final é Kf = 1 2 mv21f + 1 2 mv22f = 1 2 m [ (3.5)2 + (2.0)2 ] = 8.1m. Portanto a energia cinética não é conservada. 10.2.5 Problemas Adicionais http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 7 de 7 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:45 Exercı́cios Resolvidos de Fı́sica Básica Jason Alfredo Carlson Gallas, professor titular de fı́sica teórica, Doutor em Fı́sica pela Universidade Ludwig Maximilian de Munique, Alemanha Universidade Federal da Paraı́ba (João Pessoa, Brasil) Departamento de Fı́sica Numeração conforme a SEXTA edição do “Fundamentos de Fı́sica”, Halliday, Resnick e Walker. Esta e outras listas encontram-se em: http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Contents 11 ROTAÇÃO 2 11.1 Questionário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 11.2 Exercı́cios e Problemas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 11.3 As Variáveis de Rotação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 11.4 As Variáveis Lineares e Angulares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 11.5 Energia Cinética de Rotação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 11.6 Cálculo do Momento de Inércia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 11.7 Torque . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 11.8 A Segunda Lei de Newton para a Rotação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 11.9 Trabalho, Potência e Teorema do Trabalho-Energia Cinética . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 11.10Problemas Adicionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 Comentários/Sugestões e Erros: favor enviar para jasongallas @ yahoo.com (sem “br” no final...) (listaq3.tex) http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 1 de 9 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:45 11 ROTAÇÃO 11.1 Questionário Q11-3. O vetor que representa a velocidade angular de rotação de uma roda em torno de um eixo fixo tem de estar nec- essariamente sobre este eixo? I Sim, o vetor velocidade angular define o eixo de rotação. Mesmo quando o eixo não é fixo, o vetor está dirigido ao longo desse eixo, como no caso do movi- mento de um pião. A velocidade angular de precessão também é um vetor dirigido ao longo da direção em torno da qual o eixo do pião precessiona. Q11-8. Por que é conveniente expressar α em revoluções por segundo ao quadrado na expressão θ = ωo t + 12 α t 2 e não na expressão at = α r? I Porque na equação θ = ωo t + α t 2 2 , θ e ωo também são quantidades mensuráveis em revoluções e revo- luções por segundo, respectivamente. Mas na equação at = α r, para se obter a aceleração linear em m/s2, α deve ser expressa em radianos/s2. Q11-9. Um corpo rı́gido pode girar livremente em torno de um eixo fixo. É possı́vel que a aceleração angular deste corpo seja diferente de zero, mesmo que a sua veloci- dade angular seja nula (talvez, instantaneamente)? Qual o equivalente linear desta situação? Ilustre ambas as situações com exemplos. I Sim. Se o corpo rı́gido for submetido a uma desaceleração, sua velocidade angular eventualmente será nula, e depois começrá a crscer no sentido contrário. O equivalente linear dessa situação pode ser a de um corpo jogado verticalmente para cima; sua velocidade zera no ponto mais alto da trajetória e ele torna a cair. Q11-13. Imagine uma roda girando sobre o seu eixo e considere um ponto em sua borda. O ponto tem aceleração radial, quando a roda gira com velocidade angular constante? Tem aceleração tangencial? Quando ela gira com aceleração angular constante, o ponto tem aceleração radial? Tem aceleração tangencial? Os módulos dessas acelerações variam com o tempo? I Sim, a aceleração radial é ar = ω2 r. A aceleração tangencial é nula nesse caso. Girando com aceleração angular constante, o ponto da borda tem aceleração ra- dial ar(t) = (α t)2 r e aceleração tangencial at = α r, constante. Q11-15. Qual a relação entre as velocidades angulares de um par de engrenagens acopladas, de raios diferentes? I Pontos da borda das engrenagens tem a mesma ve- locidade linear: ω1 r1 = ω2 r2. Assim, a engrenagem que tem o menor raio, tem a maior velocidade angular. Q11-21. A Fig. 11.25a mostra uma barra de 1 m, sendo metade de madeira e metade de metal, fixada por um eixo no ponto O da extremidade de madeira. Uma força F é aplicada ao ponto a da extremidade de metal. Na Fig. 11.25b, a barra é fixada por um eixo em O′ na extrem- idade de metal e a mesma força é aplicada ao ponto a′ da extremidade de madeira. A aceleração angular é a mesma para os dois casos? Se não, em que caso ela é maior? I A densidade dos metais é maior do que das madeiras, tal que na situação (b), o momento de inércia da barra em relação ao ponto O′ é maior do que no caso (a). Assim, pela relação τ = I α, vem que I(a) α(a) = I(b) α(b). As acelerações angulares não são iguais nos dois casos, sendo α(a) > α(b). 11.2 Exercı́cios e Problemas 11.3 As Variáveis de Rotação 11-6P. Uma roda gira com uma aceleração angular α dada por α = 4at3 − 3bt2, onde t é o tempo, e a e b são con- stantes. Se ωo é a velocidade inicial da roda, deduza as equações para (a) a velocidade angular e (b) o desloca- mento angular em função do tempo. http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 2 de 9 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:45 I (a) Para obter a velocidade angular, basta integrar a aceleração angular dada:∫ ω ωo dω′ = ∫ t 0 αdt′ ω − ωo = a t4 − b t3 ω(t) = ωo + a t 4 − b t3 (b) O deslocamento angular é obtido integrando a ve- locidade angular: ∫ θ θo dθ′ = ∫ t 0 ω dt′ θ − θo = ωo t+ a t5 5 − b t 4 4 θ(t) = θo + a t5 5 − b t 4 4 11-10P. Uma roda tem oito raios de 30 cm. Está montada so- bre um eixo fixo e gira a 2, 5 rev/s. Você pretendeatirar uma flecha de 20 cm de comprimento através da roda, paralelamente ao seu eixo, sem que a flecha colida com qualquer raio. Suponha que tanto a flecha quanto os raios sejam muito finos; veja a Fig. 11.26. (a) Qual a velocidade mı́nima que a flecha deve ter? (b) A localização do ponto que você mira, entre o eixo e a borda da roda, tem importância? Em caso afirmativo, qual a melhor localização? I (a) O ângulo entre dois raios consecutivos é π/4 e o tempo necessário para percorrê-lo é t = θ ω = π/4 5π = 0, 05 s. A velocidade mı́nima da flecha deve ser então v = l t = 0, 20 0, 05 = 4, 0 m/s. (b) Não, se a velocidade angular permanece constante. 11-15E. O volante de um motor está girando a 25, 0 rad/s. Quando o motor é desligado, o volante desacelera a uma taxa constante até parar em 20, 0 s. Calcule (a) a aceleração angular do volante (em rad/s2), (b) o ângulo percorrido (em rad) até parar e (c) o número de revoluções completadas pelo volante até parar. I (a) Sendo ωo = 25, 0 rad/s, tem-se ω = ωo − α t = 0 α = ωo t = 25, 0 20, 0 = 1, 25 rad/s2. (b) O ângulo percorrido é θ = ωo t− α t2 2 θ = 250 rad. (c) Para o número de revoluções N , temos N = θ 2 π = 39, 80 revoluções. 11-23P. Um disco gira em torno de um eixo fixo, partindo do re- pouso com aceleração angular constante até alcançar a rotaç ão de 10 rev/s. Depois de completar 60 revoluções, sua velocidade angular é 15 rev/s. Calcule (a) a aceleração angular, (b) o tempo necessário para com- pletar as 60 revoluções, (c) o tempo necessário para alcançar a velocidade angular de 10 rev/s e (d) o número de revoluções desde o repouso até a velocidade de 10 rev/s. I (a) A velocidade angular do disco aumenta de 10 rad/s para 15 rad/s no intervalo necessário para comple- tar as 60 revoluções. ω2 = ω2o + 2α θ α = ω2 − ω 2 o 2 θ = 1, 04 rev/s2. (b) O tempo necessário para as 60 voltas é t = ω − ωo α = 4.8 s. (c) O tempo até alcançar 10 rad/s é t′ = ωo α = 9.62 s. (d) E o número de voltas dadas no intervalo é θ = ω2o 2α = 48 revoluções. http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 3 de 9 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:45 11.4 As Variáveis Lineares e Angulares 11-29E. Uma turbina com 1, 20 m de diâmetro está girando a 200 rev/min. (a) Qual a velocidade angular da turbina em rad/s? (b) Qual a velocidade linear de um ponto na sua borda? (c) Que aceleração angular constante (rev/min2) aumentará a sua velocidade para 1000 rev/min em 60 s? (d) Quantas revoluções completará durante esse inter- valo de 60 s? I (a) A velocidade angular em rad/s é ω = (200)(2π) 60 = 20.94 rad/s. (b) Qualquer ponto da borda da turbina move-se à ve- locidade v = ωr = (20.94)(0.60) = 12.56 m/s. (c) A aceleração angular necessária é α = ω − ωo t = 1000− 200 1.0 = 800 rev/min2. (d) O número do voltas no intervalo de 1.0 minuto é θ = ω2 − ω2o 2α = 600 rev. 11-34E. Uma certa moeda de massa M é colocada a uma distância R do centro do prato de um toca-discos. O coeficiente de atrito estático é µe. A velocidade angu- lar do toca-discos vai aumentando lentamente até ωo, quando, neste instante, a moeda escorrega para fora do prato. (a) Determine ωo em função das grandezas M, R, g e µe. (b) Faça um esboço mostrando a trajetória aproximada da moeda, quando é projetada para fora do toca-discos. I (a) A moeda está sob a ação da força centrı́peta F = Mω2R. Quando o prato atinge a velocidade ωo, a força centrı́peta é igual à máxima força de atrito estático: Mω2R = µoMg ωo = √ µog R (b) A moeda é projetada tangencilamente, seguindo uma trajetória retilı́nea. 11-36P. A turbina de um motor a vapor gira com uma veloci- dade angular constante de 150 rev/min. Quando o vapor é desligado, o atrito nos mancais e a resistência do ar param a turbina em 2, 2 h. (a) Qual a aceleração angular constante da turbina, em rev/min2, durante a parada? (b) Quantas revoluções realiza antes de parar? (c) Qual a componente tangencial da aceleração linear da partı́cula situada a 50 cm do eixo de rotação, quando a turbina está girando a 75 rev/min? (d) Em relação à partı́cula do ı́tem (c), qual o módulo da aceleração linear resultante? I (a) O intervalo dado corresponde a 132 min. A aceleração angular é α = ωo t = 1.136 rev/min2. (b) O número de voltas até parar é θ = ω2o 2α = 9903 rev. (c) Para obter a aceleração linear tangencial em unidades SI, a aceleração angular deve estar expressa em rad/s2. Fazendo a conversão, obtemos α = 1.98× 10−3 rad/s2 e at = αr = 9.91× 10−4 m/s2. (d) A velocidade angular ω = 75 rev/min corresponde a 7.85 rad/s e ar = ω 2r = 30.81 m/s2. Portanto, o módulo da aceleração linear resultante é a = √ a2t + a 2 r = 30.81 m/s 2. 11-42P. Quatro polias estão conectadas por duas correias con- forme mostrado na Fig. 11 − 30. A polia A (15 cm de raio) é a polia motriz e gira a 10 rad/s. A B (10 cm de raio) está conectada à A pela correia 1. A B′ (5, 0 cm de raio) é concêntrica à B e está rigidamente ligada a ela. A polia C (25 cm de raio) está conectada à B′ pela correia 2. Calcule (a) a velocidade linear de um ponto na correia 1, (b) a velocidade angular da polia B, (c) a velocidade angular da polia B′, (d) a velocidade linear de um ponto na correia 2 e (e) a velocidade angular da polia C. http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 4 de 9 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:45 I (a) A velocidade linear de qualquer ponto da correia 1 é v1 = ωArA = 1.5 m/s. (b) A velocidade v1 é a velocidade dos pontos da borda da polia B, cuja velocidade angular é então ωB = v1 rB = 15 rad/s. (c) As polias B e B′ giram em torno do mesmo eixo, de modo que ωB’ = ωB = 15 rad/s. (d) A velocidade linear de qualquer ponto da correia 2 é v2 = ωB’rB’ = 0.75 m/s. (e) Os pontos da borda da polia C tem velocidade linear v2. Portanto, ωC = v2 rC = 3.0 rad/s. 11.5 Energia Cinética de Rotação 11-46P. A molécula de oxigênio, O2, tem massa total de 5.3×10−26 kg e um momento de inércia de 1.94×10−46 kg·m2, em relação ao eixo que atravessa perpendicular- mente a linha de junção dos dois átomos. Suponha que essa molécula tenha em um gás a velocidade de 500 m/s e que sua energia cinética de rotação seja dois terços da energia cinética de transla c cão. Determine sua veloci- dade angular. I Com a relação dada entre as energias cinéticas, temos Krot. = 2 3 Ktrans. 1 2 I ω2 = 2 3 ( 1 2 m v2 ) Introduzindo os valores de m, I e v, obtemos ω = 6.75× 1012 rad/s. 11.6 Cálculo do Momento de Inércia 11-49E. As massas e as coordenadas de quatro partı́culas são as seguintes: 50 g, x = 2, 0 cm, y = 2, 0 cm; 25 g, x = 0, y = 4, 0 cm; 25 g, x = − 3, 0 cm, y = − 3, 0 cm; 30 g, x = −2, 0 cm, y = 4, 0 cm. Qual o momento de inércia do conjunto em relação (a) ao eixo x, (b) ao eixo y e (c) ao eixo z? (d) Se as respostas para (a) e (b) forem, respectivamente, A e B, então qual a resposta para (c) em função de A e B? I Este exercı́cio é uma aplicação do teorema dos eixos perpendiculares, não apresentado dentro do texto. Este teorema é válido para distribuições de massa con- tidas num plano, como placas finas. Aqui temos uma distribuição discreta da massa no plano xy. Vamos in- dicar as massas por mi e coordenadas xi e yi na ordem em que aparecem no enunciado. (a) Momento de inércia em relação ao eixo x: a distância das partı́culas ao eixo é medida no eixo y Ix = ∑ i miy 2 i = m1y 2 1 +m2y 2 2 +m3y 2 3 +m4y 2 4 = 1.305× 10−4 kg · m2. (b) Para o cálculo do momento de inércia em relação ao eixo y, a distância da partı́cula ao eixo é medida ao longo do eixo x: Iy = ∑ i mix 2 i = m1x 2 1 +m2x 2 2 +m3x 2 3 +m4x 2 4 = 5.45× 10−2 kg · m2. (c) Para o eixo z, temos Iz = ∑ i mir 2 i , com r 2 i = x 2 i + y 2 i . Os cálculos fornecem Iz = 1.9× 10−4 kg· m2. (d) Somando os valores obtidospara Ix e Iy, confir- mamos a relação Iz = Ix + Iy, que podemos identificar como o teorema dos eixos per- pendiculares. http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 5 de 9 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:45 11-51E. Duas partı́culas, de massa m cada uma, estão ligadas entre si e a um eixo de rotação em O por dois bastões delgados de comprimento l e massa M cada um, con- forme mostrado na Fig. 11 − 32. O conjunto gira em torno do eixo de rotação com velocidade angular ω. Determine, algebricamente, as expressões (a) para o momento de inércia do conjunto em relação a O e (b) para a energia cinética de rotação em relação a O. I (a) O momento de inércia para o eixo passando por O é IO = ml 2 +m(2l)2 + Ml2 3 + Ml2 12 +M( 3l 2 )2 = 5ml2 + 8Ml2 3 (b) A energia cinética de rotação é K = 1 2 Iω2 = 1 2 ( 5ml2 + 8 3 Ml2 ) ω2 = ( 5 2 m+ 4 3 M ) l2ω2 11-58P. (a) Mostre que o momento de inércia de um cilindro sólido, de massa M e raio R, em relação a seu eixo cen- tral é igual ao momento de inércia de um aro fino de massa M e raio R/ √ 2 em relação a seu eixo central. (b) Mostre que o momento de inércia I de um corpo qual- quer de massa M em relação a qualquer eixo é igual ao momento de inércia de um aro equivalente em relação a esse eixo, se o aro tiver a mesma massa M e raio k dado por k = √ I M . O raio k do aro equivalente é chamado de raio de giração do corpo. I (a) Os momentos de inércia, em relação aos eixos mencionados, do aro e do cilindro são IA = MR 2 e IA = 1 2 MR2. Para que estes momentos de inércia sejam iguais, o aro deve ter um certo raio R′: IA = IC MR′ 2 = 1 2 MR2 R′ = R√ 2 (b) Igualando os momentos de inércia mencionados, temos I = IA = Mk 2. Do que obtemos diretamente k = √ I M . 11.7 Torque 11-64P. Na Fig. 11− 36, o corpo está fixado a um eixo no ponto O. Três forças são aplicadas nas direções mostradas na figura: no ponto A, a 8, 0 m de O, FA = 10 N; no ponto B, a 4, 0 m de O, FB = 16 N; no ponto C, a 3, 0 m de O, FC = 19 N. Qual o torque resultante em relação a O? I Calculamos o torque produzido por cada uma das forças dadas: τA = rAFAsen 45 o = 56.57 N·m, anti-horário, τB = rBFBsen 90 o = 64 N·m, horário, τC = rCFCsen 20 o = 19.50 N·m, anti-horário. Tomando o sentido positivo para fora do plano da página, somamos os valores obtidos acima para ter o torque resultante: τR = τA − τB + τC = 12.07 N·m, anti-horário 11.8 A Segunda Lei de Newton para a Rotação 11-70P. Uma força é aplicada tangencialmente à borda de uma polia que tem 10 cm de raio e momento de inércia de 1, 0 × 10−3 kg·m2 em relação ao seu eixo. A força tem módulo variável com o tempo, segundo a relação http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 6 de 9 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:45 F = 0, 50 t+0, 30 t2, com F em Newtons e t em segun- dos. A polia está inicialmente em repouso. Em t = 3, 0 s, quais são (a) a sua aceleração angular e (b) sua ve- locidade angular? I (a) O torque atuando sobre a polia no instante con- siderado é τ(t = 3.0) = rF (t = 3.0) = 0.42 N·m. A aceleração angular neste instante é α(t = 3.0) = τ I = 42 rad/s2. (b) Obtemos a velocidade angular integrando a função α(t): ∫ ω 0 dω′ = ∫ t 0 (50t′ + 30t′ 2 )dt′ ω(t) = 25t2 + 10t3 ω(t = 3.0) = 495 rad/s. 11-75P. Dois blocos idênticos, de massa M cada um, estão liga- dos por uma corda de massa desprezı́vel, que passa por uma polia de raio R e de momento de inércia I (veja Fig. 11−40). A corda não desliza sobre a polia; desconhece- se existir ou não atrito entre o bloco e a mesa; não há atrito no eixo da polia. Quando esse sistema é liberado, a polia gira de um ângulo θ, num tempo t, e a aceleração dos blocos é constante. (a) Qual a aceleração angular da polia? (b) Qual a aceleração dos dois blocos? (c) Quais as tensões na parte superior e inferior da corda? Todas essas respostas devem ser expressas em função de M, I, R, θ, g e t. I (a) Se o sistema parte do repouso e a aceleração é constante, então θ = α t2/2 e α = 2θ t2 . (b) Desconsiderando qualquer atrito, a aceleração das massas é a aceleração dos pontos da borda da polia: a = αR = 2θR t2 . (c) Chamemos T1 a tensão na parte vertical da corda. Tomando o sentido para baixo como positivo, escreve- mos Mg − T1 = Ma. Com a aceleração obtida acima, a tensão T1 é T1 = M ( g − 2θR t2 ) . Aplicando a segunda Lei rotacional para a polia ( escol- hendo o sentido horário como positivo), temos (T1 − T2)R = Iα. Tirando T2, vem T2 = Mg − 2MθR t2 − 2Iθ Rt2 . 11-77P. Uma chaminé alta, de forma cilı́ndrica, cai se houver uma ruptura na sua base. Tratando a chaminé como um bastão fino, de altura h, expresse (a) a componente ra- dial da aceleração linear do topo da chaminé, em função do ângulo θ que ela faz com a vertical, e (b) a compo- nente tangencial dessa mesma aceleração. (c) Em que ângulo θ a aceleração é igual a g? I (a) A componente radial da aceleração do topo da chaminé é ar = ω2h. Podemos obter ω usando o princı́pio da conservação da energia. Para um ângulo θ qualquer, temos mg h 2 = mg h 2 cos θ + 1 2 Iω2. Com I = mh2/3, obtemos ω2 = 3g(1− cos θ) h , e aceleração radial do topo então é ar = 3g(1− cos θ). (b) Para obter a componente tangencial da aceleração do topo, usamos agora a segunda Lei na forma rotacional: τ = Iα mg h 2 sen θ = 1 3 mh2α Com α = 3gsen θ/2h, chegamos à aceleração pedida at = αh = 3 2 gsen θ. (c) A aceleração total do topo é a2 = 9g2(1− cos θ)2 + 9 4 g2sen2θ. http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 7 de 9 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:45 Fazendo a = g, e alguma álgebra, obtemos uma equação do segundo grau para a variável cos θ, cuja raiz fornece θ = 34.5o. 11.9 Trabalho, Potência e Teorema do Trabalho-Energia Cinética 11-82P. Uma régua, apoiada no chão verticalmente por uma das extremidades, cai. Determine a velocidade da outra ex- tremidade quando bate no chão, supondo que o extremo apoiado não deslize. (Sugestão: considere a régua como um bastão fino e use o princı́pio de conservação de en- ergia.) I Seguindo a sugestão dada, temos mg l 2 = 1 2 ( 1 3 ml2 ) ω2, que fornece ω = √ 3g/l. Portanto, a velocidade da ex- tremidade da régua, quando bate no chão, é v = ωl = √ 3gl. 11-83P. Um corpo rı́gido é composto por três hastes finas, idênticas, de igual comprimento l, soldadas em forma de H (veja Fig. 11− 41). O corpo gira livremente em volta de um eixo horizontal que passa ao longo de uma das pernas do H. Quando o plano de H é horizontal, o corpo cai, a partir do repouso. Qual a velocidade angular do corpo quando o plano do H passa pela posição vertival? I O momento de inércia do corpo rı́gido para o eixo mencionado é I = 1 3 ml2 +ml2 = 4 3 ml2. Usando o princı́pio da conservação da energia, temos 3mg l 2 = 1 2 ( 4 3 ml2 ) ω2, e, tirando a velocidade angular, resulta ω = 3 2 √ g l . 11-86P. Uma casca esférica uniforme, de massa M e raio R, gira sobre um eixo vertical, sem atrito (veja Fig. 11 − 42). Uma corda, de massa desprezı́vel, passa em volta do equador da esfera e prende um pequeno corpo de massa m, que pode cair livremente sob a ação da gravidade. A corda prende o corpo através de uma polia de momento de inércia I e raio r. O atrito da polia em relação ao eixo é nulo e a corda não desliza na polia. Qual a velocidade do corpo, depois de cair de uma altura h, partindo do repouso? Use o teorema do trabalho-energia. I Seguindo a sugestão do enunciado, o trabalho real- izado pela gravidade sobre a massa m é W = mgh. Como o sistema parte do repouso, a variação da energia cinética é ∆K = 1 2 mv2 + 1 2 Iω2p + 1 2 ICω 2 C , onde ωp é a velocidade angular da polia e IC e ωC são o momento de inércia e a velocidade angular da cascaesférica. A velocidade de m é também a velocidade linear dos pontos da borda da polia e dos pontos do equador da casca esférica. Então podemos expressar as velocidades angulares em termos da velocidade linear da massa m: ωp = v r e ωC = v R . Após essas considerações, temos, finalmente W = ∆K mgh = 1 2 mv2 + 1 2 I v2 r2 + 1 2 ( 2 3 MR2 ) v2 R2 = 1 2 ( m+ I r2 + 2 3 M ) v2 Tirando a velocidade v, obtemos v2 = 2mgh m+ I/r2 + 2M/3 . Lembrando a equação de movimento v2 = 2ah, pode- mos facilmente destacar a aceleração do resultado obtido, à qual chegamos se resolvemos o problema us- ando a segunda Lei. http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 8 de 9 LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:45 11.10 Problemas Adicionais 11-91. Uma polia de 0, 20 m de raio está montada sobre um eixo horizontal sem atrito. Uma corda, de massa de- sprezı́vel, está enrolada em volta da polia e presa a um corpo de 2, 0 kg, que desliza sem atrito sobre uma su- perfı́cie inclinada de 20 o com a horizontal, conforme mostrado na Fig. 11-43. O corpo desce com uma aceleração de 2, 0 m/s2. Qual o momento de inércia da polia em torno do eixo de rotação? I Vamos usar aqui a segunda Lei, nas formas transla- cional e rotacional. Tomando o sentido positivo para baixo do plano inclinado temos mg sen 20o − T = ma. Para o movimento da polia, escrevemos Tr = Iα = I a r . Trazendo T da primeira para a segunda equação, e ex- plicitando I , temos I = mr2 a (gsen 20o − a) = 0.054 kg·m2. 11-93. Dois discos delgados, cada um de 4, 0 kg de massa e raio de 0, 40 m, são ligados conforme mostrado na Fig. 11-44 para formar um corpo rı́gido. Qual o momento de inércia desse corpo em volta do eixo A, ortogonal ao plano dos discos e passando pelo centro de um deles? I Temos aqui uma aplicação do teorema dos eixos par- alelos. O momento de inércia do conjunto escrevemos como I = I1 + I2, onde I1 = mr2/2 é o momento de inércia do disco pelo qual passa o eixo. Para obter o momento I2 do outro disco em relação a esse eixo, usamos o teorema: I2 = 1 2 mr2 +m(2r)2 = 9 2 mr2 Para o corpo rı́gido todo temos então I = I1 + I2 = 5mr 2 = 3.2 kg·m2. 11-96. Um cilindro uniforme de 10 cm de raio e 20 kg de massa está montado de forma a girar livrmente em torno de um eixo horizontal paralelo ao seu eixo longitudinal e dis- tando 5, 0 cm deste. (a) Qual o momento de inércia do cilindro em torno do eixo de rotação? (b) Se o cilindro partir do repouso, com seu eixo alinhado na mesma al- tura do eixo de rotação, qual a sua velocidade angular ao passar pelo ponto mais baixo da trajetória? (Sugestão: use o princı́pio de conservação da energia.) I (a) Usamos o teorema dos eixos paralelos para obter o momento de inércia: I = ICM +mh 2 = 1 2 mr2 +m (r 2 )2 = 0.15 kg·m2 (b) Colocando o referencial de energia potencial nula no ponto mais baixo pelo qual passa o centro de massa do cilindro, temos U1 = K2 mg r 2 = 1 2 Iω2 Resolvendo para a velocidade angular, obtemos ω = 11.44 rad/s. http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas Página 9 de 9