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Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Danilo Cortizo © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra. 
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1. FUNDAMENTOS DE GEOLOGIA, GEOMORFOLOGIA, CLIMATOLOGIA, HIDROGRAFIA E 
BIOGEOGRAFIA. 
 
 
O quadro acima representa a divisão da história do planeta Terra em suas diferentes fases. As fases mais longas são 
chamadas de eras. Cada era, por sua vez, pode ser subdividida em fases menores, as quais recebem o nome de períodos. 
Cada período, igualmente, pode ser subdividido em épocas. Assim, por exemplo, a Era Cenozoica compreende dois 
períodos: o Quaternário e o Terciário. O período Quaternário subdivide-se em duas épocas: O Holoceno e o Pleistoceno. 
 
Vários e diversificados eventos de ordem geológica ou biológica distinguem uma fase de outra, demarcando quando uma era 
ou período têm início e quando termina. O período Quaternário se distingue pela ocorrência das primeiras grandes 
glaciações e pelo aparecimento dos primeiros hominídeos. O aparecimento do homem nesse período foi evidenciado tanto 
pela descoberta de numerosas ossadas humanas em terrenos datados dessa "época", quanto pela conservação de produtos 
do trabalho humano (instrumentos primitivos de trabalho, objetos, de função ritual, etc.). 
 
Já o período Terciário se define pela formação das cordilheiras atuais, os chamados dobramentos modernos, tais como: os 
Alpes, o Himalaia, os Andes e as Rochosas. Esse período foi marcado, também, pelo domínio faunístico dos grandes 
mamíferos (mamute, tigre dente de sabre, etc.). 
Para se ter uma ideia do tempo geológico de Pernambuco, o estado possui desde terrenos pré- 
-cambrianos no planalto da Borborema a terrenos do Holoceno no Recife. 
 
O INTERIOR DA TERRA 
 
Grande parte dos fenômenos que ocorrem na superfície terrestre tem origem nas profundezas do planeta, o conhecimento 
do interior da Terra, campo de estudos de geofísico, é muito importante para a geografia. 
Tal conhecimento tem limites tecnológicos muito precisos; até agora, o poço mais profundo perfurado pelo homem, 
localizado na península de Kola, na Rússia, atingiu apenas 13 km de profundidade (o raio médio do planeta é igual a 6.370 
km). O que conhecemos abaixo dessa profundidade tem origem em observações indiretas e especulações. A maior parte da 
estrutura interna do planeta foi inferida a partir de estudos sismológicos: durante os terremotos, as ondas sísmicas são 
registradas e analisadas, principalmente em termos de sua velocidade e de seus desvios. Sabendo-se que essas ondas mudam 
 
 
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de velocidade e de ângulo quando encontram diferentes materiais, é possível se inferir a constituição dos materiais por elas 
"atravessados", bem como a que profundidade ocorrem os desvios. 
 
 
 
CROSTA TERRESTRE: 
 
 a) Crosta continental: 
-SIAL (silício e alumínio); 
-espessura: de 20 a 70 km; 
-rochas leves (densidade média: 2,8) e ácidas. 
 
 b) Crosta oceânica: 
-SIMA (silício e magnésio); 
-espessura: de 5 a 15 km; 
-rochas pesadas (densidade média: 3,3) e alcalinas. 
 
LITOSFERA: “designação referente à parte externa consolidada da Terra, constituída de SIAL e 
SIMA.” (LEINZ, 1963:98). 
 
I. ASTENOSFERA: zona ligeiramente mais plástica situada sob a litosfera. O material aí existente, magma, apresenta-se a 
elevadas temperaturas (entre 600 e 1000ºC). Sobre ela deslizam as placas tectônicas. 
II. MANTO: principais elementos químicos: silício, magnésio e ferro. 
 a) Manto superior: 
-formado por magma (3000°C); 
-até 670 km de profundidade. 
 
b) Manto inferior: 
-magma a elevadas temperaturas; 
-até 2900 km de profundidade. 
 
III. NÚCLEO: principais elementos químicos: ferro e níquel. 
 
a) Núcleo externo: 
-material em estado líquido; 
-até 5100 km de profundidade; 
-temperaturas elevadas (4500-6000°C). 
 
b) Núcleo interno: 
-material em estado sólido; 
-até 6370 km de profundidade; 
-temperaturas muito elevadas (6000ºC). 
 
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 TEORIA DA DERIVA CONTINENTAL 
 
1. Teoria da Deriva Continental (ou da Translação dos continentes) - Alfred Wegener, (1880-1930) - uma única e gigantesca 
massa continental, denominada por ele de Pangeia (Pan = todo /gea = terra), em eras geológicas (vide quadro a seguir) 
muito remotas (períodos carboníferos), começou a sofrer um processo de divisão, originando vários blocos continentais que 
só nos "últimos” 65 milhões de anos adquiriram a configuração atual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. Teoria da Tectônica de Placas (1967) - a crosta terrestre flutua sobre um substrato pastoso, magmático ou fluido, e a divisão 
dessa massa resultou na formação de externas placas ou blocos que se movimentam num deslocamento horizontal lento, 
mas, catastrófico: é a zona de dobramentos, falhas, vulcanismo, abalos sísmicos, justo no limite externo das placas, área de 
colisões ou seccionamentos e geologicamente instáveis. São seis grandes placas e os limites continentais necessariamente não 
coincidem com as delas. 
 
PLACAS TECTÔNICAS - DEZ JANGADAS DE PEDRA QUE CARREGAM O MUNDO 
A litosfera é dividida em grandes pedaços – as placas tectônicas. 
 
 
 
1. PLACA DA AMÉRICA DO NORTE DO CARIBE 
 Inclui parte da Sibéria, toda a América do Norte e Central, e parte do piso do Atlântico. Move-se para oeste. Na costa dos 
Estados Unidos, encontra-se com a plana do Pacífico. Essa região, onde está a falha de San Andreas, na Califórnia, tem 
terremotos frequentes. As duas placas não se chocam, mas deslizam uma pela outra e uma parte da Califórnia está sendo 
levada para o Polo Norte. Área aproximada: 70 milhões de quilômetros quadrados. 
 
2. PLACA EUROASIÁTICA OCIDENTAL 
 Sustenta a Europa, parte da Ásia, parte do Atlântico Norte e parte do Mediterrâneo. Move-se para sudeste e colide com a 
placa da África. Mede cerca de 60 milhões de quilômetros quadrados. 
 
3. PLACA EUROASIÁTICA ORIENTAL 
 Move-se para leste. Bate meio de lado contra a placa das Filipinas e com a do Pacífico exatamente onde fica o Japão. 
Resultado: sua borda é uma das regiões de maior incidência de terremotos, tsunamis e vulcões. Área: 40 milhões de 
quilômetros quadrados. 
 
4. PLACAS DAS FILIPINAS 
 É uma das que fazem tremer o Japão. Encaixada entre a do Pacífico e a Indo-australiana, ela é caracterizada por uma forte 
atividade vulcânica. Poucas regiões sofrem tanto com os grandes derrames de lava e fogo. Quase a metade dos 600 vulcões 
ativos da Terra está sobre essa placa ou em suas bordas. Área: cerca de 7 milhões de quilômetros quadrados. 
 
5. INDO-AUSTRALIANA 
 É a Fórmula-1 das placas tectônicas: move-se rapidamente em direção ao norte. O subcontinente indiano, onde está a Índia, 
por exemplo, está "entrando" na Ásia cerca de 20 milímetros por ano. A pancada mais forte, nessa área, ocorreu há 75 
milhões de anos e criou a cadeia de montanhas do Himalaia. Mede cerca de 45 milhões de quilômetros quadrados. 
 
6. PLACA DA ÁFRICA 
 Vem se afastando da Sul-americana há 200 milhões de anos, inclui a África, parte do Oceano Atlântico e parte do Oceano 
Índico. Move-se para nordeste, cutucando a placa Euroasiática Ocidental e outras placas menores. Mede aproximadamente 
65 milhões de quilômetros quadrados. 
 
 
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7. PLACA DA ANTÁRTIDA 
Toda a sua parte continental, que dá sustentação à Antártida, é coberta por gelo. Move-se para o norte. Área: 25 milhões de 
quilômetros quadrados. 
 
8. PLACA SUL-AMERICANA 
 É a do Brasil, inclui toda a América do Sul e a parcela ocidental do Oceano Atlântico. Corre para oeste, afastando-se de uma 
cadeia de montanhas submersas, no chamado "ridge" Meso-Atlântico. Do outro lado, no Oceano Pacífico, encavala na Placa 
de Nazca. A tensão nessa área formou os Andes, há 180 milhões de anos, e ainda os está elevando. Sua área é de 
aproximadamente 32 milhões de quilômetros quadrados. 
 
9. PLACA DE NAZCA. 
 Localizada na costa oeste das Américas Central e do Sul. Movimenta-se para o leste, e sua borda comum com a placa Sul-
americana está sendo destruída pelo contínuo jogo de sumô entre as duas. Área: 10 milhões de quilômetros quadrados. 
 
10. PLACA DO PACÍFICO 
 A maior placa oceânica. Ela tem um enorme ponto quente: área em que o magma, feito de rochas derretidas em ascensão, 
perfura a crosta do oceano. Esse fenômeno criou as ilhas do Havaí. O lugar é uma fábrica de vulcões e ilhas; forma-se um, a 
placa se move, forma-se outro, e assim por diante. O processo dura milhões de anos. O movimento geral da placa é para 
oeste. Mede cerca de 70 milhões de quilômetros quadrados. 
 
ESTRUTURA GEOLÓGICA 
 
A estrutura geológica da superfície terrestre, que continua em mutação, constitui o embasamento do modelado do relevo. 
São identificadas três províncias geológicas nas terras emersas: 
 
Escudos Cristalinos: são superfícies mais ou menos planas, onde o processo de erosão é maior do que a sedimentação. 
Suas estruturas correspondem aos escudos antigos. São geologicamente velhos, datando das Eras Arqueozoica e 
Proterozoica, não apresentam instabilidade geológica e favorecem ocorrências de minerais, (ferro, cobre, alumínio, estanho, 
manganês, ouro, prata e pedras preciosas). No estado de Pernambuco, é a estrutura predominante desde as colinas da Zona 
da Mata até a depressão semiárida. 
 
Bacias Sedimentares: são superfícies onde o processo de sedimentação é maior que a de erosão. São recentes ou antigas e 
podem ser de origem fluvial (planície de aluvião) ou de origem marinha (formada por areias quartzosas). Estão superpostas 
às Bacias Sedimentares Paleo-Mesozoicas, apresentando como recursos minerais as províncias geológicas de minerais, 
fósseis (petróleo, gás natural, carvão mineral). A ocorrência desses minerais está na razão da irregularidade das suas camadas, 
ou seja, quanto mais horizontais forem as camadas, menor a ocorrência dos minerais fósseis. Ocorre em Pernambuco na 
porção oriental, nos tabuleiros costeiros com idade recente, e as mais antigas como a bacia tucano-jatobá e a chapada do 
Araripe. 
 
Dobramentos: são as mais altas formas de relevo e o seu conjunto é bem representado pelas cordilheiras. Apresentam 
grande instabilidade geológica, são recentes, da era Cenozoica, não tiveram ainda tempo de sofrer maior desgaste erosivo. A 
estrutura geológica corresponde aos dobramentos e falhamentos modernos, sofrem erosão intensa. 
Temos como melhores exemplos as Cordilheiras do Himalaia, Andes, Alpes e Rochosas. 
No Brasil e, consequentemente, em Pernambuco, não ocorre essa estrutura. 
 
 
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Observe no mapa acima que no Brasil ocorrem apenas os Escudos Cristalinos e as Bacias Sedimentares, inclusive no estado 
de Pernambuco. 
 
GEOMORFOLOGIA 
(Formação do Relevo Terrestre) 
 
O relevo corresponde às diversas configurações da crosta terrestre, sendo o resultado da interação de dois conjuntos de 
fatores ou agentes: 
 
a) Internos, endógenos, formadores: 
 tectonismo, vulcanismo, e abalos sísmicos. 
 
 
Abalos sísmicos no Nepal 
 
b) Externos, exógenos, modificadores: 
 intemperismo (erosão e sedimentação). 
 
AGENTES INTERNOS: TECTONISMO 
 
Os movimentos tectônicos, também chamados de "diastrofismo" (distorções) são forças lentas e prolongadas que afetam a 
Não Esqueça! 
Pernambuco possui pequenos abalos sísmicos provocados por eventos intraplacas, que no caso se refere ao Lineamento Pernambuco. 
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superfície por duas maneiras: 
 
a) Orogênese (oros= relevo): pressões exercidas de forma horizontal, originando "dobras" (enrugamento ou cordilheiras, 
quando as rochas sedimentares de boa plasticidade não oferecem resistência à força interior). 
 
 
b) Epirogênese (epiro = continente) quando as pressões do magma são exercidas verticalmente contra camada de rochas 
resistentes e de pouca plastici-dade, os blocos continentais podem sofrer levantamento ou abaixamento formando "fraturas 
ou falhas". 
 
 
Lineamento Pernambuco – Falha lateral de cisalhamento. 
 
 
Registro dos tremores recentes em Caruaru (Fev. 2016). Fonte: (LabSis/UFRN). 
 
 
 
 
 
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VULCANISMO 
 
É o processo de exteriorização do magma, através de fissuras na litosfera e provocado por pressões e explosões da base da 
litosfera. A sua ocorrência está associada a terrenos geologicamente novos. 
 
A concentração de vulcões ativos forma o "Círculo" ou "Cinturão de fogo" que vai da Oceania ao Sul do Chile, passando 
pelas Ilhas Nipônicas (Japão), Estreito de Bering, Alasca, América do Norte, Central e do Sul. Pernambuco possui 
vulcanismo inativo. 
 
 
 
Vulcanismo inativo de Fernando de Noronha 
 
Quanto ao material expelido pelos vulcões, temos: lavas (magma em estado de fusão); material piroclástico (fragmentos de 
rochas denominados blocos, bombas); gases e vapores (água, mais comuns, e as fumarolas, nuvens ardentes com mais de 
800ºC e que alcançam longas distâncias). 
 
ABALOS SÍSMICOS 
 
São tremores da crosta terrestre provocados por explosões na base da litosfera e que se propagam por meio de vibrações. 
Têm como causas: deslocamento das placas tectônicas, desmoronamentos internos (ação das águas subterrâneas) e atividade 
vulcânica. 
Suas ocorrências estão associadas a terrenos geologicamente novos, têm intensidade variável e podem ocorrer nos 
continentes (terremotos) e nos oceanos (maremotos). O local onde se origina é denominado "hipocentro" e onde se 
manifesta na superfície chama-se "epicentro". 
Ocorrem em Pernambuco, eventualmente, alguns abalos sísmicos que coincidem com a BR-232, que está localizada sobre o 
lineamento Pernambuco, uma falha geológica horizontal ou transcorrente. 
 
AGENTES EXTERNOS 
 
São aqueles que atuam no exterior da geosfera, modelando o relevo através da destruição das rochas. 
 
Intemperismo (ação das intempéries) 
 
É um fenômeno físico (desagregação em clima seco) e químico (decomposição em clima úmido), que age externamente 
sobre as rochas, sendo relevante a resistência e o trabalho imposto aos agentes feitos de maneira bastante diferenciada 
conforme a formação mineralógica. Tipos de erosão/sedimentação: 
 
a) Erosão Eólica 
 É a erosão provocada pelos ventos. São de dois tipos: 
- Deflação: é o vento leve que atua no relevo sem provocar desgastes. 
- Corrosão: é o vento forte e pesado que atua no relevo causando grandes deformações. 
 
b) Acumulação Eólica 
 Dá origem às dunase ao loess. 
 - Dunas: são montanhas de areias depositadas pelos ventos. As dunas de mais de 100 metros de altura (Saara) são chamadas 
de Ergs. 
- Loess: são depósitos de coloração amarela, constituída por argila, rica em calcário. São soIos bastante férteis para a 
agricultura. 
 
c) Erosão Marítima 
 É a erosão provocada pelo mar através da ação das ondas e das correntes marítimas. A erosão marinha é também 
denominada ABRASÃO e ocorre nas costas altas. As ondas, atuando sobre a base das costas elevadas, fazem com que haja 
desmoronamento da parte superior. A costa sofre um recuo formando uma Falésia (Torres no Rio Grande do Sul). 
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Barra de Catuama em Goiana possui falésia viva sedimentar. 
 
Acumulação Marítima 
Ocorre nos litorais onde a ação das correntes marítimas favorece o trabalho de acumulação. 
Principais Acumulações Marítimas: 
- Praias: cordão arenoso que liga o mar ao continente. 
- Tombolo: acumulação de sedimentos entre uma ilha e o litoral. 
- Restinga: denominadas “flechas litorâneas", surgem quando os depósitos de sedimentos formam uma franja paralela ao 
litoral. E originam as lagoas ou lagunas. 
 
 
Coroa do avião é um exemplo de restinga. 
 
- Recifes: são formados por acumulação marítima. Podem ser de arenito e de coral. De arenito, quando antigos depósitos 
sofrem sedimentação. Os de coral são encontrados nos mares tropicais. 
-Atol: são acumulações de corais em torno das ilhas. 
 
 
 
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d) Erosão Glacial 
 É a erosão provocada pelo gelo. 
 Geleiras: são exemplos de erosão provocada pelo gelo. As geleiras são massas de gelo formadas em regiões onde a 
quantidade de neve que cai é superior ao do gelo. 
 Fiordes: vales e “U” resultantes do atrito do gelo durante as eras glaciais. 
 
 Acumulação Glacial 
 São MORENAS ou MORAINAS, formadas pelas geleiras ao transportarem grande quantidade de fragmentos rochosos 
depositando os mesmos nas encostas das montanhas ou nos vales. 
 
e) Erosão Fluvial 
 É a erosão provocada pelos rios. Os rios realizam três trabalhos principais, que são: erosão, o transporte e a acumulação de 
sedimentos. É o caso do leito ou curso de um rio. 
 
Acumulação Fluvial 
São resultados da acumulação dos sedimentos transportados pelos rios: Delta (tipo de foz formado pela acumulação de 
sedimentos, originando ilhas e canais). 
 
ROCHAS 
 
Rochas são agregados naturais formados por um ou mais minerais, encontrados naturalmente na crosta terrestre e formando 
províncias geológicas individualizadas. 
 
O granito, por exemplo, é uma rocha constituída por quartzo, feldspato e mica. 
Já o calcário é constituído predominantemente de calcita (carbonato de cálcio). 
Embora possamos classificar as rochas a partir de variados critérios, a mais utilizada se baseia nos processos de origem das 
rochas. 
 
Desse modo, temos a seguinte classificação: 
 
I. Rochas Magmáticas 
São aquelas que se originam a partir do resfriamento do MAGMA. 
Quando tal resfriamento se dá no interior da crosta terrestre, temos as rochas magmáticas INTRUSIVAS ou 
PLUTÔNICAS, a exemplo do granito. Como Pernambuco tem grande parte de seu território em estrutura cristalina, 
acontece a existência de granito, explorado principalmente no Agreste, sendo, inclusive, um dos produtos exportados pelo 
estado. 
 
 
Pedreira de granito em Vitória de Santo Antão. 
 
Quando tal resfriamento se dá no exterior da crosta terrestre, temos as rochas magmáticas EXTRUSIVAS ou 
VULCÃNICAS, a exemplo do basalto. 
 
II. Rochas Sedimentares 
São aquelas que se originam a partir da acumulação e solidificação de materiais provenientes do desgaste de rochas pré-
existentes ou ainda de precipitação química ou organogenética. 
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O calcário, por exemplo, é formado a partir da acumulação, no fundo dos mares, de carapaças de organismo marinhos, ricas 
em carbonato de cálcio. As camadas superiores exercem forte pressão sobre inferiores, compactando-as. 
O processo de formação das rochas sedimentares recebe o nome de DIAGÊNESE. 
 
Podem ser: 
Clásticas ou mecânicas (ex.: areia, argila). 
Químicas (ex.: travertino, calcário, gipsita, sal-gema). 
Organogenéticas ou orgânicas (ex.: turfa, antracito). 
 
 
Mina de Gipsita em Trindade. 
 
III. Rochas Metamórficas 
São aquelas que se originam a partir de alterações na textura e/ou na estrutura de rochas pré-existentes, causando, em geral, 
recristalização total ou parcial de seus minerais, alterações essas provenientes de aumento de pressão ou temperatura no 
ambiente de formação da rocha. 
 
O conjunto dessas alterações recebe o nome de metamorfismo e ocorre sempre no interior da crosta terrestre. 
 Assim é que, o granito, quando metamorfizado, dá origem a uma rocha chamada gnaisse, e que ocorre no planalto da 
Borborema. Já o calcário, quando sofre metamorfismo, dá origem ao mármore. 
 
 
CICLO DA ROCHA (ou Petrológico) 
 
 
 
 
 
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ATMOSFERA E CLIMA 
 
1. Conceito: a atmosfera é a camada mais externa, menos densa (gasosa) e mais fria da Terra; é volátil, compressível e tem 
capacidade de expansão. Ela envolve e acompanha a Terra pelo espaço devido à força da gravidade e ao movimento de 
rotação. 
 
2. Composição do ar atmosférico: 
 
GÁS VOLUME % (AR SECO) 
Nitrogênio (N2) 78.08 
Oxigênio (O2) 20.94 
Outros gases 0,89 
 
3. Camadas atmosféricas: 
 
Troposfera - em contato direto com a superfície terrestre, nela ocorrem os fenômenos meteorológicos (nuvens, chuvas, 
ventos). Sua temperatura é inversamente proporcional à altitude. Parte superior: tropopausa. 
 
Estratosfera - a partir da troposfera, atinge cerca de 50 km. Muito importante para a biosfera devido à pre-sença do gás 
ozônio (O3), que filtra / absorve cerca de 70% a 90% dos raios ultravioletas, emitidos pelo sol. 
 
Mesosfera - é caracterizada pela redução das temperaturas (as menores da atmosfera). 
 
Ionosfera - as moléculas de gás se formam carregadas eletricamente ou "ionizadas", refletindo para a terra as ondas de 
rádio. 
 
Exosfera - camada mais externa com limites superiores imprecisos, temperaturas elevadíssimas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCEITOS BÁSICOS 
 
Climatologia dinâmica: é a climatologia que aborda o estudo dos climas baseando-se na “DINÂMICA DAS MASSAS DE 
AR" e no "TEMPO ATMOSFÉRICO", sem deixar também de considerar as médias atmosféricas. 
 
Tempo atmosférico: é o conjunto das características atmosféricas de um lugar qualquer num dado momento (horas, dias, 
semanas). O tempo pode mudar num só dia: ensolarado pela manhã, nublado à tarde e frio ou chuvoso à noite. 
 
Clima: é uma sucessão habitual dos diversos tipos de tempo. Depende dos tipos e mecanismos circulatórios das massas de 
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ar. Os climas são mais estáveis. Não mudam em curtos períodos, por isso podemos afirmar:"O clima do sertão 
pernambucano é semiárido". 
 
Massas de ar: são grandes blocos ou camadas de ar que se deslocam tanto no sentido horizontal como vertical. São 
homogêneas, e suas características dependem das irradiações solares e do local sobre o qual elas se formam. Assim as massas 
oceânicas são úmidas em relação às continentais (secas) e as polares são frias em relação às tropicais (quentes). 
 
OS CONDICIONANTES CLIMÁTICOS 
 
1. Elementos Climáticos 
 
A) Temperatura do ar - é o estado térmico do ar atmosférico medido pelo termômetro e pelo termógrafo. O calor 
atmosférico é resultado de uma irradiação, ou seja, a superfície sólida da Terra absorve as ondas eletromagnéticas do Sol e as 
transformam em calor. É possível identificar três unidades de temperatura diferentes: 
1ª) Amplitude térmica - é a diferença entre a temperatura máxima e a temperatura mínima podendo ser diária, mensal e anual. 
2ª) Média térmica - é a média simples entre a temperatura máxima e a temperatura mínima. 
3ª) Variação - latitude I altitude I maritimidadeI continentalidade. 
 
B) Pressão atmosférica - é a pressão que o ar atmosférico exerce sobre a superfície terrestre. 
 
 
 
C) Densidade do ar - é determinada pela quantidade de moléculas gasosas por metro cúbico de ar. Em condições normais e 
iguais, o ar mais frio é denso e o ar quente é menos denso. A densidade do ar está relacionada à temperatura e à pressão do 
ar. 
 
D) Ventos – é o ar posto em movimento. O deslocamento do ar ocorre em virtude das diferentes mudanças na temperatura e, 
consequentemente, na pressão atmosférica. Os ventos se deslocam sempre das áreas de baixa temperatura e alta pressão 
(dispersora de ar; "anticiclonais"), para as áreas ciclonais (alta temperatura e baixa pressão) os ventos sofrem desvios para o 
oeste, em função da rotação da Terra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE VENTOS 
 
 
 
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Constantes ou planetários (sopram sempre na mesma direção): Alísios – trópicos equador e Contra-alísios – 
equador trópicos. 
 
Em Pernambuco predominam os ventos Alísios de sudeste. 
 
 
Periódicos ou continentais (sopram em época e sentido diferentes): brisas - durante o dia são marítimas (mar/terra), 
durante a noite são continentais (terra/mar) e monções - típicas do Sudeste Asiático, são sazonais: inverno (continente: 
Ásia, para o Oceano Índico), verão (oceano/continente), provocando chuvas intensas. 
 
 
 
 
 
2. UMIDADE ATMOSFÉRICA 
 
 É a quantidade de água em forma de vapor existente no espaço aéreo. A sua medição é feita peIo higrômetro e hidrógrafo. 
É possível medirmos três tipos diferentes de umidade. São eles: 
 
a) Umidade absoluta - é a quantidade total de umidade existente em um determinado espaço a uma determinada temperatura. 
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b) Umidade de saturação ou ponto de saturação- é a unidade máxima contida em um espaço a uma determinada 
temperatura. 
c) Umidade relativa - é o resultado da relação feita entre a umidade absoluta e o ponto de saturação, ou seja, é a relação feita 
entre o total de umidade do espaço com o máximo de umidade que esses espaços podem conter a uma determinada 
temperatura. 
 
 
 
 
 
 
 
Ciclo hidrológico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.1. PRECIPITAÇÕES - são os diferentes tipos de retorno da umidade atmosférica para a superfície terrestre. 
 
Chuva - é a mais importante das precipitações. Ocorre em todas as latitudes e é grande a dependência do Homem em 
relação à mesma (agricultura, piscicultura, adutoras). Existem três tipos de chuva: 
 
Tipos de chuva 
 
1. Convectiva ou de convecção: ocorre quando uma massa de ar úmida sobe devido a uma convecção térmica. 
2. Orográfica ou de relevo: são resultantes do deslocamento horizontal do ar, que, em contato com as regiões elevadas, se 
condensa e há a precipitação. 
3. Frontal ou de frente: ocorre quando duas massas de ar de temperaturas diferentes se encontram. São menos intensas e 
duradouras. 
 
2.2. NEBULOSIDADE – corresponde à formação das nuvens. Existem quatro tipos de nuvens básicas que se combinam 
entre si. São elas: 
 
TIPOS BÁSICOS DE NUVENS 
 
 
 
 
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2.3. NEVE– ocorre quando a condensação se dá em uma temperatura igual ou inferior a 0°. É comum a ocorrência de neve 
nas latitudes superiores a 30º. 
 
2.4. GRANIZO– é a precipitação da água com o gelo e ocorre quando uma nuvem se precipita (chuva) sobre uma camada 
de invenção. É comum a sua ocorrência nas regiões onde é grande a amplitude térmica. 
 
Além das três formas de precipitação, outros fenô-menos meteorológicos associados à condensação, particularmente na 
superfície terrestre ou próximo dela, ocorrem. São eles: 
 
2.5. Orvalho– é a condensação do vapor d'água sobre uma superfície cuja temperatura tenha se reduzido, pelo resfriamento 
radiativo, até abaixo da temperatura do ponto de orvalho do ar em contato com ele. 
 
2.6. Névoa ou Fog– corresponde a uma fumaça de poeira em suspensão e de gotículas d'água devido à saturação do ar sob 
baixa temperatura. 
 
2.7. Geada – ocorre quando a temperatura do ar em contato com o solo está abaixo do ponto de congelamento (0°). 
 
FATORES CLIMÁTICOS 
 
a) Altitude– é inversamente proporcional à temperatura do ar. Se uma aumenta a outra diminui. 
b) Latitude– é inversamente proporcional à temperatura do ar porque, sendo a Terra esférica e os raios solares em linha reta, 
os mesmos chegam até a superfície terrestre variando a inclinação e também a espessura da camada atmosférica. 
c) Continentalidade– é a influência que o continente apresenta sobre algumas regiões determinando uma amplitude térmica 
elevada. 
d) Maritimidade – é a influência que o mar exerce sobre algumas regiões apresentando uma baixa amplitude térmica porque o 
mar serve como regulador térmico para o litoral (verões e invernos brandos). 
 
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e) Correntes marinhas – influenciam apenas nas costas. 
f) Vegetação – absorve parte da insolação, retém umidade, promove a evapotranspiração e interfere no trabalho dos ventos. 
g) Urbanização – através do calor absorvido (ilha de calor), a nebulosidade aumenta e a precipitação também. 
 
 
2. MASSA DE AR 
 
 
São deslocamentos de ar, cujas características físicas (temperatura, umidade, densidade, etc.) são uniformes. 
Tipos de massas de ar: 
Polares Frias – áreas de alta pressão, emissoras de ar (subtropical). 
Equatoriais Quentes– áreas de baixa pressão, receptoras de ar. 
Tropicais Quentes– áreas de alta pressão atmosférica. 
 
CLASIFICAÇÃO CLIMÁTICA 
 
Existe um grande número de classificações climáticas, porém duas são mais usuais: 
 
CLASSIFICAÇÃO DE EMANUEL DE MARTONNE - Climatologista francês que desenvolveu uma classificação 
eclética. 
Climas Quentes – apresentam temperaturas médias superiores a 20°C. 
Climas Temperados ou Mesotérmicos – apresentam temperaturas médias inferiores a 20º C. 
Climas Frios – apresentam temperaturas nunca superiores a 10º C. 
Climas Polares – apresentam temperaturas sempre iguais ou inferiores a 0ºC, e sua ocorrência limita-se aos polos e às 
grandes altitudes, tais como: Andes, Alpes,Rochosa, Himalaia, etc.. 
Climas Desérticos – são extremamente secos, podendo ser quente ou frio. A sua ocorrência está associada à convergência 
dos alísios polares, ou seja, a maioria dos desertos se encontra sob os trópicos. 
CLASSIFICAÇÃO DE KOPPEN – o climatologista alemão usou a temperatura e a precipitação pluviométrica como 
elementos básicos para a sua classificação climática, e ainda usou letras como símbolo para classificar o clima. 
 
Os tipos de clima do Brasil 
 
Para classificar um clima, devemos considerar a temperatura, a umidade, as massas de ar, a pressão atmosférica, correntes 
marítimas e ventos, entre muitas outras características. A classificação mais utilizada para os diferentes tipos de clima do 
 
 
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Brasil assemelha-se a criada pelo estudioso Arthur Strahler, que se baseia na origem, natureza e movimentação das 
correntes e massas de ar. 
 
De acordo com essa classificação, os tipos de clima do Brasil são os seguintes: 
 
Clima Subtropical: presente na região sul dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio 
Grande do Sul. Caracteriza-se por verões quentes e úmidos e invernos frios e secos. Chove muito nos meses de novembro 
a março. O índice pluviométrico anual é de, aproximadamente, 2000 mm. As temperaturas médias ficam em torno de 20ºC. 
Recebe influência, principalmente no inverno, das massas de ar frias vindas da Antártida. 
Clima Semiárido: presente, principalmente, no sertão nordestino, caracteriza-se pela baixa umidade e pouquíssima 
quantidade de chuvas. As temperaturas são altas durante quase todo o ano. 
 
Clima Equatorial: encontra-se na região da Amazônia. As temperaturas são elevadas durante quase todo o ano. Chuvas 
em grande quantidade, com índice pluviométrico acima de 2500 mm anuais. 
 
Clima Tropical: temperaturas elevadas (média anual por volta de 20°C), presença de umidade e índice de chuvas de médio 
a elevado. 
 
Clima Tropical de altitude: ocorre principalmente nas regiões serranas do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Serra da 
Mantiqueira. As temperaturas médias variam de 15°C a 21ºC. As chuvas de verão são intensas e no inverno sofre a 
influência das massas de ar frias vindas pelo Oceano Atlântico. Pode apresentar geadas no inverno. 
 
Clima Tropical Atlântico (tropical úmido): presente, principalmente, nas regiões litorâneas do Sudeste, apresenta grande 
influência da umidade vinda do Oceano Atlântico. As temperaturas são elevadas no verão (podendo atingir até 40°C) e 
amenas no inverno (média de 20ºC). Em função da umidade trazida pelo oceano, costuma chover muito nestas áreas. 
 
 
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Climograma do Recife 
 
Hidrografia 
 
 
Elementos de uma bacia hidrográfica. 
 
 
RIO: curso de água. 
BACIA HIDROGRÁFICA: conjunto de um rio principal, seus afluentes e subafluentes, delimitados pelos divisores de 
águas. 
NASCENTE: onde o rio nasce (montante). 
FOZ: onde o rio termina (jusante). Pode ser: 
1. delta 
2. estuário 
3. mista 
 
 REGIME: como o rio recebe águas: 
1. pluvial: chuvas 
2. nival: neve 
3. glacial: geleiras 
 
 
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4. complexo: mais de um tipo 
 
DRENAGEM: para onde vão as águas: 
1. exorreica: mar 
2. endorreica: lago, mar fechado 
3. arreica: evapora 
4. criptorreica: infiltra 
 
MEANDROS - curvas que o rio executa durante o percurso. 
Rios 
 A rede hidrográfica brasileira é formada por um número considerável de bacias de extensão e importância 
variáveis. 
Geralmente os rios brasileiros apresentam as seguintes características: 
* principais centros dispersores: Planalto Brasileiro, Planalto das Guianas e, situada fora de nossas fronteiras, a Cordilheira dos 
Andes; 
* predomínio de rios de planaltos; 
* predomínio de foz do tipo estuário; 
* predomínio de rios perenes (rios que apresentam água o ano todo); 
* grande potencial hidráulico; 
* drenagem exorreica (foz voltada para o oceano); 
* regime alimentado predominantemente por chuvas (pluvial); 
* cheias de verão austral predominantemente; 
* dificuldade de limitar as bacias hidrográficas. 
 
Bacias Hidrográficas 
 
A divisão atual, oficialmente aceita e que foi proposta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, agrupa 
os cursos de água brasileira em oito bacias: Bacia Amazônica, Bacia do Nordeste, Bacia do São Francisco, Bacia 
do Leste, Bacia do Paraguai, Bacia do Paraná, Bacia do Uruguai e Bacia do Sudeste. Verifica-se também uma 
nona bacia, a do Amapá, que é constituída por cursos de águas independentes da Bacia Amazônica. 
 
 
 
Bacias hidrográficas do Brasil (observe que Pernambuco possui área em duas delas). 
 
Bacia Amazônica Bacia do Tocantins-Araguaia 
Bacia Platina Bacia do Paraná 
Bacia do Paraguai Bacia do Uruguai 
 
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Bacia do São Francisco 
Estendendo-se por 631 133 km2, 7,5% do território nacional, é uma bacia inteiramente brasileira. 
É um rio de planalto que nasce em Minas Gerais, na Serra da Canastra, desaguando entre Alagoas e Sergipe. 
Sua navegabilidade se estende por 2 000 km, além de possuir as hidrelétricas de Três Marias, Paulo Afonso, Sobradinho e 
Moxotó. 
Por atravessar grande parte do semiárido nordestino, o Rio São Francisco desempenhou importante papel no contexto 
histórico do Brasil. Atualmente, sua importância é vital para a economia, pois permite a irrigação ao longo de seu curso. 
Bacias Secundárias 
Bacia do Leste 
Bacia do Sudeste-Sul: Bacia do Amapá 
Bacia do Nordeste: é constituída por rios do sertão nordestino e da parte oriental da região, em grande parte temporários, 
principalmente os do sertão, pois secam em função dos longos períodos de estiagem. 
 
Os principais rios são: 
* Ceará - Rio Jaguaribe; 
* Rio Grande do Norte - Rio Piranhas; 
* Maranhão - rios Pindaré, Mearim, Itapecuru e Grajaú; 
* Maranhão/Piauí- Rio Parnaíba; 
* Pernambuco – Rios Moxotó, Pajeú e Brígida. 
 
 
Rio Moxotó durante a época das chuvas. 
 
 
 
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Fonte: atlas escolar de Pernambuco, Ed. Grafset. 
 
 
 
3. FITOGEOGRAFIA 
 
 
A associação vegetal onde predomina a árvore, embora com ela se encontrem plantas herbáceas ou bulbosas, as parasitas, as 
epífitas, as lianas, forma um conjunto complexo e de alto porte. 
Quanto à situação geográfica, as florestas podem ser classificadas como: equatoriais, tropicais e temperadas. 
O estado de Pernambuco possui uma vegetação que vai de floresta latifoliada a estepes xerófitas. 
 
 
Fonte: Atlas escolar de Pernambuco Ed. Grafset. 
 
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FLORESTAS EQUATORIAIS 
 
Desenvolvem-se nas zonas de baixas latitudes (proximidades do Equador) onde o clima é quente e muito úmido. As chuvas 
são bemdistribuídas e abundantes. 
As florestas equatoriais são ricas em espécies vegetais e muito heterogêneas. 
 
Floresta Amazônica 
O solo está permanentemente coberto por espessa camada de folhas, galhos caídos, caules abatidos, frutos apodrecidos, 
tudo úmido e em decomposição. 
A fauna das florestas equatoriais caracteriza-se por uma grande variedade de aves dos mais diversos tamanhos e plumagens 
(araras, papagaios, periquitos, tucanos, etc.). Também por grande número de animais rastejadores, répteis, batráquios e 
arborícolas (macacos, saguis), mas os quadrúpedes são raros. Existe ainda enorme quantidade de insetos. São exemplos de 
florestas equatoriais: a floresta Amazônica, a floresta do Congo, as florestas da Indochina e da Malásia. 
 
FLORESTAS TROPICAIS 
 
São menos exuberantes que as equatoriais, devido à variação climática, pois os climas tropicais apresentam-se quentes e 
chuvosos durante seis meses e, nos outros seis meses, mais ou menos secos. As florestas tropicais, mesmo assim, são ricas 
em espécies vegetais fechadas e heterogêneas. São exemplos de florestas tropicais: a mata Atlântica, atualmente muito 
destruída pela ocupação humana. As matas tropicais também são muito ricas em lianas e epífitas. 
A fauna é formada por répteis, batráquios, mamíferos e arborícolas, mas já aparecem quadrúpedes, a exemplo: o porco-do-
mato, a anta, a capivara, a onça (no Brasil) e o tigre (na Ásia e África). 
A mata atlântica é um exemplo em Pernambuco de floresta tropical e que, devido a sua localização geográfica, foi 
praticamente devastada pelo ciclo do pau-brasil, pela cana-de-açúcar e pela urbanização, restando menos de 7%. 
 
 
FLORESTAS TEMPERADAS 
 
São abertas, com pequena variedade de vegetais formando bosques homogêneos, onde não aparecem lianas e epífitas, 
existindo grande espaçamento entre as árvores. Nota-se a ausência de arbustos entre as florestas temperadas. Podemos 
distinguir as folhas caducas (caducifólias), as florestas de coníferas e as mistas (caducifólias e coníferas): as florestas 
temperadas aparecem ao Norte da Eurásia (Noruega, Suécia, Finlândia, Rússia, Sibéria). Na América do Norte, aparecem no 
Alasca, Canadá, Norte dos EUA e montanhas Rochosas. 
Nas florestas de coníferas, de folhas perenes, entre as principais espécies destacam-se os pinheiros, as faias, os olmos, e as 
sequoias norte americanas, que superam 100 metros de altura. Nas regiões de clima frio, entre as florestas de coníferas e a 
tundra, desenvolve-se a taiga, vegetação de coníferas anãs. Sua altura não ultrapassa poucos metros. 
 
 
 
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FORMAÇÕES ARBUSTIVAS 
 
Nas formações arbustivas, com pouca frequência são encontradas árvores e, conforme o nome já indica, ocorrem arbustos 
em grande quantidade, misturados com vegetação rasteira (gramíneas). Dentre as formações arbustivas, destacam- se as 
savanas. 
As regiões de savana situam-se na periferia das floretas tropicais, onde existem duas estações bem definidas: o verão úmido 
e o inverno seco. A vegetação é mista, aparecem arbustos com até 8 metros de altura, misturados com plantas herbáceas e 
gramíneas. É possível encontrá-las em grande extensão no Continente Africano. Na Ásia, Austrália e América do Sul, elas 
recebem nomes locais. Na América do Sul, formam o Cerrado (Brasil Central), e o Lhano (Venezuela). 
Analisando a fauna que habita as formações arbustivas, nota-se perfeitamente que é na África onde as savanas 
apresentam maior variedade e exuberância. Na savana, vive grande número de herbívoros e animais de grande porte 
(gazelas, girafas, búfalos, elefantes, leopardos, leões, antílopes) e numerosas espécies de aves (destacam-se: o avestruz, a ema 
e a seriema). 
No Continente Americano, particularmente na América do Sul (Lhano e Cerrado), a fauna é menos exuberante que a 
africana, tanto no porte dos animais, como em variedade de espécies, nestes locais aparecem a onça, o gato selvagem, o 
tamanduá e as aves como a ema e a seriema. 
 
FORMAÇÕES HERBÁCEAS 
 
As formações herbáceas ocorrem no interior dos continentes, nas regiões de clima continental, e se caracterizam pela 
ausência de árvores, predominando plantas rasteiras (gramíneas). 
As estepes são associações vegetais abertas que cobrem extensas regiões no Sul da CEI, Ásia Central, Oeste dos Estados 
Unidos e Argentina. São constituídas por tufos ou colônias de plantas afastadas umas das outras, deixando o solo 
parcialmente descoberto. 
Os campos são vegetações rasteiras constituídas por uma cobertura contínua onde predominam as gramíneas, sendo 
classificados em: campos-limpos e campos-sujos. 
Os campos-limpos mostram predomínio absoluto de gramíneas, sem qualquer manifestação de arbustos ou árvores. 
Recebem nomes diferentes nos vários países e continentes onde aparecem, por exemplo: no Brasil, Campos; na Argentina, 
Pampa: na Hungria, Puszta; nos EUA e Canadá, Pradarias. Já os campos-sujos apresentam uma mistura de plantas rasteiras, 
mas com a presença de arbustos e árvores. 
A fauna das formações herbáceas é caracterizada pela presença de aves, como as perdizes, e de herbívoros de pequeno 
porte, como lebres, coelhos, marmotas, répteis e insetos. 
A restinga é um exemplo de vegetação herbácea que ocorre no litoral pernambucano, mas, devido ao uso intensivo das áreas 
costeiras, é quase devastada. 
 
Restinga 
 
FORMAÇÕES ALAGADIÇAS 
 
Ocorrem em zonas sujeitas a inundações constantes, onde predominam vegetais higrófitos. 
A tundra são formações de líquens e musgos que aparecem na zona próxima ao Círculo Polar Ártico. Seus vegetais crescem 
nos alagadiços durante o inverno, ficam encobertos pelo gelo. 
Nos manguezais, a fauna é formada por répteis e animais de vida aquática. 
Na tundra, a fauna é rica em animais de peles raras. Entre eles, o urso branco, o castor, a raposa prateada, o caribu, a rena, o 
boi almiscarado e também aves, a exemplo: o ganso. 
O mangue é a vegetação típica dos litorais tropicais, das zonas inundadas durante as marés altas (preamar). Ocorre em 
Pernambuco desde Goiana até São José da Coroa Grande. 
 
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Mangue no litoral de Pernambuco 
 
FORMAÇÕES XERÓFITAS 
 
Ocorrem em regiões de baixo índice pluviométrico e de temperatura elevada. 
A caatinga é uma formação vegetal que caracteriza o sertão nordestino. É constituída por cactáceas (xique-xique, 
rnandacaru, facheiro), misturada com arbustos caducifólios e espinhentos. 
 
 
Caatinga no sertão pernambucano 
 
A puna é uma vegetação formada por tufos de plantas herbáceas, que ocorre no deserto de Atacama (Chile). 
Os Desertos são áreas despidas de revestimento vegetal. Há os desertos quentes e os desertos frios. Os desertos quentes e 
secos (arenosos e pedregosos) aparecem na África, Ásia, Austrália, América do Norte e do Sul. 
Os desertos de gelo aparecem nas regiões polares e permitem numerosa fauna de mamíferos (focas, ursos brancos) e de 
aves. A vegetação não se desenvolve onde o gelo é eterno. Nas zonas em que os solos se descongelam no curto verão polar, 
surge a tundra, onde medram líquens e musgos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. DEMOGRAFIA - CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
 
 
 
Dá-se o nome de população ao conjunto de pessoas que residem em determinado território (uma cidade, um estado, um 
país ou mesmo o planeta). 
Uma população pode ser classificada segundo a religião, a nacionalidade,o local de moradia (urbana e rural) e a atividade 
econômica (ativa ou inativa). Seu comportamento e suas condições de vida são retratados através de indicadores sociais, tais 
como: taxa de natalidade, mortalidade, expectativa de vida, índices de analfabetismo, participação na renda, etc. 
Dos 510 milhões de quilômetros quadrados da superfície terrestre, apenas um quarto é formado por terras emersas, os 
chamados continentes. Estes possuem regiões habitáveis (Ecúmeno) ou não (Anecúmeno). 
População absoluta é o número total de habitantes de um determinado lugar (país, região, estado, província). 
Quando uma determinada região apresenta grande número de habitantes, dizemos que o lugar é populoso ou de grande 
população total (absoluta) e se o número de habitantes for pequeno, dizemos que é um lugar pouco populoso. 
Em termos mundiais, temos como exemplo alguns países populosos: China, Índia, Brasil, Japão, Estados Unidos; e não 
populosos: Canadá, Portugal, Austrália e Mongólia. 
As cidades mais populosas do mundo podem ser assim enumeradas: Cidade do México, Nova lorque, São Paulo, Tóquio e 
Xangai. 
Como áreas pouco populosas, citamos: Amazônia, Sibéria e Saara. 
A densidade demográfica é o resultado obtido da divisão da população absoluta pela área do lugar. Vejamos alguns 
exemplos: 
− Países densamente povoados: 
 Mônaco (15.740 hab/km²), Singapura (4.337 hab/km²), Holanda (360 hab/km²). 
− Áreas densamente povoadas: 
 Noroeste da Europa, Sudeste Asiático, Delta do Ganges, Leste da China e Nordeste dos EUA. 
− Países fracamente povoados: 
 Mongólia (1,4 hab/km²), Canadá (2,6 hab/km²), Austrália (2,7 hab/km²). 
− Áreas fracamente povoadas: Patagônia, Amazônia, Sibéria. 
 
Países mais populosos do mundo (população absoluta: milhões de hab.): 
01. China: 1.330 02. Índia: 1.100 
03. Estados Unidos: 330 04. Indonésia: 260 
05. Brasil: 205 
 
Países mais povoados do mundo (população relativa: hab/km²): 
01. Bangladesh: 813 02. Formosa: 610 
03. Coreia do Sul: 453 04. Holanda: 452 
05. Japão: 370 06. Bélgica: 332 
07. Líbano: 290 08. Índia: 275 
09. Grã-Bretanha: 230 10. Alemanha: 225 
 
CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO 
 
A população brasileira atual é de 205 milhões de habitantes (dados do IBGE 2013). Segundo as estimativas, no ano de 2025, 
a população brasileira deverá atingir 228 milhões de habitantes. Ela se distribui pelas regiões da seguinte forma: Sudeste (85 
milhões), Nordeste (56,5 milhões), Sul (29,9 milhões), Norte (17,7 milhões), Centro-Oeste (15 milhões) - dados de 2005. 
Segundo o IBGE, a taxa de crescimento demográfico no Brasil, no período de 2000 a 2010, foi de 1,2% ao ano. Essa taxa é 
reflexo do declínio que vem ocorrendo nas taxas de fecundidade da mulher brasileira nas últimas décadas. Em 1965, as 
mulheres brasileiras tinham em média 5,7 filhos. Atualmente, o número de filhos é de cerca de 2, o que significa que essa 
taxa declinou, num período de trinta anos, aproximadamente 60%. Em 2000, o Censo constatou que a população total do 
Brasil era de 169 milhões de habitantes, tornando-se, assim, o Brasil, o 5º país mais populoso do mundo. 
 
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TAXA DE NATALIDADE E DE MORTALIDADE 
 
Se observarmos os dados populacionais brasileiros, poderemos verificar que a taxa de natalidade tem diminuído nas últimas 
décadas. Isto ocorre em função de alguns fatores. A adoção de métodos anticoncepcionais mais eficientes tem reduzido o 
número de gravidez. A entrada da mulher no mercado de trabalho também contribuiu para a diminuição do número de 
filhos por casal. Enquanto nas décadas de 1950-60, uma mulher, em média, possuía de 4 a 6 filhos, hoje em dia um casal 
possui um ou dois filhos, em média. A taxa de mortalidade também está caindo em nosso país. Com as melhorias na área de 
medicina, mais informações e melhores condições de vida, as pessoas vivem mais. Enquanto no começo da década de 1990 
a expectativa de vida era de 66 anos, em 2005 foi para 71,88% (dados do IBGE). A diminuição da taxa de fecundidade e o 
aumento da expectativa de vida têm provocado mudanças na pirâmide etária brasileira. Há algumas décadas, ela possuía uma 
base larga e o topo estreito, indicando uma superioridade de crianças e jovens. Atualmente, ela apresenta características de 
equilíbrio. Alguns estudiosos afirmam que, mantendo-se estas características, nas próximas décadas, o Brasil possuirá mais 
adultos e idosos do que crianças e jovens. Um problema que já é enfrentado por países desenvolvidos, principalmente na 
Europa. 
 
MORTALIDADE INFANTIL 
 
Embora ainda seja alto, o índice de mortalidade infantil diminui a cada ano no Brasil. Em 1995, a taxa de mortalidade 
infantil era de 66 por mil. Em 2013, este índice caiu para 14,9 por mil. Para termos uma base de comparação, em países 
desenvolvidos a taxa de mortalidade infantil é de, aproximadamente, 5 por mil. Este índice tem caído no Brasil em função, 
principalmente, de alguns fatores: melhorias no atendimento à gestante, exames prévios, melhorias nas condições de higiene 
(saneamento básico), uso de água tratada, utilização de recursos médicos mais avançados, entre outros. 
 
ESTRUTURA DA POPULAÇÃO 
 
Estrutura da população é a distribuição populacional quanto aos seus elementos ou fatores naturais, isto é, o sexo e a idade. 
A representação gráfica da estrutura da população é a pirâmide etária, analisada cientificamente para informar o estágio de 
desenvolvimento demográfico no qual se encontra a população representada. 
 
DISTRIBUIÇÃO POR FAIXA ETÁRIA 
 
Utiliza-se para indicar o número de habitantes de determinada região as Pirâmides Etárias ou Pirâmides de Idades, as quais 
nos oferecem uma ideia precisa de determinado grupo de população de um país subdesenvolvido, como por exemplo, se 
comparado com um grupo de habitantes de um país desenvolvido. 
 
As pirâmides etárias são classificadas em faixas de idades, distribuídas da seguinte maneira: 
O a 19 anos - jovens 
20 a 59 anos - adultos 
60 anos em diante – velhos 
Até 1980, a pirâmide etária brasileira apresentava-se como um típico exemplo do que ocorria nos países subdesenvolvidos, 
ou seja, tinha uma base larga, em função da grande participação de jovens - 49,6% e um ápice estreito - já que o total de 
idosos na população era pouco significativo: 6,0%. No recenseamento realizado em 1991, percebeu-se que estava em 
andamento uma importante mudança nessa estrutura, pois o percentual de jovens em relação à população total do Brasil 
passou a ser de 44,9%, tornando-se, pela primeira vez, inferior ao de adultos, que alcançou a marca de 47,7%, enquanto o de 
idosos foi para 7,3%. Em 1995, o IBGE confirmou essas mudanças, com os dados mostrando uma participação menor 
ainda da parcela de jovens (42,1%), ao mesmo tempo em que aumentou a participação de adultos 49,7% e de idosos 17,9%. 
Em 2003, outra pesquisa do IBGE, Síntese de Indicadores Sociais, mostrou que o número absoluto de idosos no Brasil 
(14,5 milhões) era um dos maiores do mundo, representando 9,6% da população do país. Isso significa que a tendência de 
envelhecimento da população brasileira, a exemplo do que vem ocorrendo em grande parte do mundo, é aumentar cada vez 
mais. 
 
 
 
http://www.suapesquisa.com/paises/brasil
http://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/agua.htm
 
 
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POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA – PEA 
 
É o conjunto de pessoas de mais de 10 anos de idade, de ambos os sexos, que estejam voltadas para o mercado de trabalho, 
trabalhando ou procurando trabalho,em atividades remuneradas. 
A PEA é formada, principalmente, por homens, e pessoas na idade adulta. As crianças, os idosos, os aposentados e inválidos 
formam a população inativa ou não economicamente ativa. 
A PEA no Brasil é da ordem de 90 milhões de pessoas, mais ou menos 47% da população. Quanto aos setores de 
atividades, a PEA está assim distribuída: 
- 11% nas atividades primárias (agricultura, silvicultura, pecuária, caça e pesca); 
- 24% nas atividades secundárias (indústrias de transformação, de construção e de extração mineral); 
- 65% nas atividades terciárias (comércio, transporte, prestação de serviços, funcionalismo público, bancos e profissões 
liberais). 
 
 
 
5. A POSIÇÃO DA MULHER NA ESTRUTURA OCUPACIONAL 
 
 
Apesar do equilíbrio populacional entre homens e mulheres, estas ainda não desfrutam de condições econômicas e sociais 
iguais às dos homens. 
 
A supermulher e o subsalário. As mulheres, embora representem, na maioria dos países, mais da metade da população, só 
recentemente começaram a ter uma participação mais proporcional a esta condição no conjunto das populações ativas. Com 
a intensificação do trabalho feminino, os salários pagos a essas profissionais são, ainda, na maioria das vezes, inferiores aos 
salários masculinos médios. Para exemplificar, na França os salários femininos são em média 30% mais baixos que os 
salários masculinos, mesmo que tenham o mesmo nível de formação. A relação torna-se ainda mais grave quando nos 
referimos ao Terceiro Mundo, onde as mulheres trabalham um número de horas significativamente maior que os homens e 
recebem a décima parte dos rendimentos que estes obtêm em uma jornada de menos horas. 
A isso se acrescente todo o trabalho doméstico que normalmente cabe às mulheres e pelo qual não recebem absolutamente 
nada. Essa atividade sequer é reconhecida como trabalho; nas estatísticas oficiais a mulher que cuida dos afazeres da casa 
está relacionada entre os que não trabalham. 
 
EXPLORAÇÃO DA MÃO DE OBRA INFANTIL 
 
Com a evolução do regime capitalista na primeira metade do século XIX, os homens adultos começaram a ser substituídos 
nas fábricas por mulheres e crianças, mão de obra mais dócil e mais barata, que se sujeitava a salários menores e condições 
de trabalho perigosas, exaustivas e muitas vezes insalubres. 
Mas esta situação não mudou muito, principalmente nos países de Terceiro Mundo, em que na maioria das vezes as crianças 
trabalham sob regime de intensa exploração e recebendo os piores salários. 
No caso do Brasil, a situação é desesperadora, pois nas áreas rurais, principalmente, muitas crianças deixam de ir à escola 
para ajudar os pais no corte da cana ou em atividade de colheita de laranja, banana, ou em atividades insalubres como o caso 
dos meninos carvoeiros do Mato Grosso do Sul, amplamente divulgado pela imprensa. 
As precárias condições socioeconômicas vividas pelas famílias fazem com que a mão de obra infantil desempenhe 
importante papel na complementação da renda familiar. 
 
MOVIMENTOS POPULACIONAIS 
 
Movimentos populacionais são todos os fenômenos de natureza demográfica que alteram os efetivos populacionais – 
nacionais, regionais ou locais. Tais movimentos podem ser: 
- Demográficos ou verticais: quando alteram os efetivos locais, regionais, nacionais ou globais, como a natalidade, a 
mortalidade e o crescimento natural ou vegetativo; 
- Transladativos ou horizontais: quando alteram apenas os efetivos locais ou regionais, não alterando o efetivo global (ou 
total), como as migrações e o Êxodo Rural. 
 
NATALIDADE 
 
Muito embora tenha sofrido uma significativa diminuição nos últimos anos, a taxa de natalidade, no Brasil, ainda se 
apresenta bastante alta quando comparada com as que ocorrem nos países desenvolvidos. 
A taxa ou índice de natalidade no Brasil, atualmente, é da ordem de 24,8% ou 2,48%. Há 50 anos, esse índice era de 44% ou 
4,4%. 
Essa significativa redução da taxa de natalidade é consequência da intensa urbanização, da assimilação, do ajustamento de 
problemas socioeconômicos e, logicamente, da diminuição da taxa de fecundidade da mulher brasileira. 
 
 
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TAXA DE FECUNDIDADE 
 
É o número médio de filhos nascidos vivos durante a idade reprodutiva da mulher, entre 15 e 49 anos. 
 
CRESCIMENTO NATURAL OU VEGETATIVO 
 
O crescimento natural ou vegetativo, diferença entre a natalidade e a mortalidade, ao longo dos últimos 100 anos em que 
realizamos recenseamentos, teve o seguinte comportamento: 
Elevou-se de um período intercensitário para outro desde 1890 até 1960, de 1,63% para 2,9%, em razão da grande redução 
que ocorreu entre os índices de mortalidade. Baixou, de 2,9% (1960) para 1,89% (1990), em razão da redução que ocorreu 
nos índices de natalidade. 
 
 CRESCIMENTO 
NATURAL 
1872 1,63% 
1900 1,82% 
1920 1,86% 
1930 1,87% 
1950 2,38% 
1960 2,90% 
1970 2,84% 
1980 2,68% 
1990 1,89% 
2000 1,60% 
2010 1,20% 
População do Brasil ultrapassa 190 milhões, mostra Censo 2010. 
 
 40,18% 
Crescimento do Amapá, estado que mais cresceu. 
4,98% 
Crescimento do Rio Grande do Sul, estado que menos cresceu. 
 84,35% 
Percentual de população urbana, que, em 2000, era de 81,25%. 
 199,47% 
Foi o crescimento de Balbinos (SP), o município com a maior expansão. 
 - 48,63% 
Foi o decréscimo da população de Maetinga (BA), cidade que mais encolheu. 
 
Em comparação com o Censo 2000 (último levantamento realizado pelo IBGE), ocorreu um aumento de 20.933.524 
pessoas. Esse número demonstra que o crescimento da população brasileira no período foi de 12,3%, inferior ao observado 
na década anterior (15,6% entre 1991 e 2000). 
O Censo 2010 mostra também que a população é mais urbanizada que há 10 anos: em 2000, 81% dos brasileiros viviam em 
áreas urbanas, agora são 84%. 
 
Regiões 
 
Entre as regiões do Brasil, o Sudeste continua sendo a mais populosa, com 80.353.724 pessoas, e o Nordeste vem em 
segundo, com mais de 53 milhões. 
"Entre 2000 e 2010, perderam participação as regiões Sudeste (de 42,8% para 42,1%), Nordeste (de 28,2% para 27,8%) e Sul 
(de 14,8% para 14,4%). Por outro lado, aumentaram seus percentuais de população brasileira as regiões Norte (de 7,6% para 
8,3%) e Centro-Oeste (de 6,9% para 7,4%)", diz o IBGE. 
 
Estados 
 
Entre as unidades da federação, São Paulo lidera o ranking com 41.252.160 pessoas. No outro extremo, Roraima é o estado 
menos populoso, com 451.227 pessoas. 
Em uma década, os maiores percentuais de crescimento foram verificados no Amapá (40,18%), Roraima (39,10%) e Acre 
(31,44%). Já os menores percentuais ocorreram no Rio Grande do Sul (4,98%), Bahia (7,28%) e Paraná (9,16%). 
 
 
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Municípios 
 
Em relação aos municípios do Brasil, houve mudanças no ranking dos maiores do país. São Paulo continua sendo o mais 
populoso (com 11.244.369 moradores), seguido de Rio de Janeiro (6.323.037) e Salvador (2.676.606). 
Já Brasília pulou de 6º para 4º lugar e Manaus, de 9º para 7º. Por outro lado, Belo Horizonte foi de 4º para 6º, Curitiba, de 7º 
para 8º e Recife, de 8º para 9º. 
 
Os mais velhos 
 
Segundo o Censo 2010, existiam 23.760 brasileiros com mais de 100 anos durante o levantamento. A Bahia é o estado a 
contar com mais brasileiros centenários (3.525), seguido de São Paulo (3.146) e Minas Gerais (2.597). 
 
IMIGRAÇÃO 
 
Os movimentos populacionais podem ser voluntários ou forçados e o Estado pode ou não exercer alguma forma de 
controle sobre o fluxo de pessoas (entrada ou saída) em seu território. 
A colonização do Brasil não se caracterizou pelo propósito de formar uma nação por parte da Coroaportuguesa, que apenas 
se limitou a garantir a posse do imenso território. A fórmula encontrada para isso foi a exploração dos recursos naturais, 
com a instalação de algumas atividades econômicas aproveitando a mão de obra indígena, aparentemente numerosa e de 
baixo custo. Posteriormente os portugueses passaram a buscar trabalhadores em suas colônias da África, o que significou a 
imigração forçada de um enorme contingente populacional, durante pelo menos dois séculos. Mesmo após 1822, com a 
proclamação da independência política, a estratégia do Estado e das elites não esteve voltada à formação de uma unidade 
nacional estruturada nos habitantes de seu vasto território. 
A imigração no Brasil foi autorizada somente em 1808, com a chegada da Família Real. Portanto, os estrangeiros que aqui se 
estabeleceram antes dessa autorização não são considerados imigrantes. Eram colonizadores (portugueses), invasores (fran-
ceses e holandeses) e escravos (negros africanos). 
Os primeiros imigrantes legalizados nessa condição chegaram em 1818. Eram os suíços e os alemães, que se estabeleceram 
no estado do Rio de Janeiro, onde fundaram o núcleo colonial, que deu origem à cidade de Nova Friburgo. 
Como movimento contínuo, a entrada de imigrantes no Brasil ocorreu somente a partir de 1850, quando a necessidade de 
mão de obra, principalmente para a cultura cafeeira, criou condições mais atrativas. Começaram então as grandes correntes 
imigratórias, que se estenderam por mais de 80 anos. 
Apenas os alemães, os italianos e os japoneses, que vieram para o Brasil de maneira contínua e maciça (grandes 
contingentes), em determinadas épocas, constituíram as grandes correntes imigratórias. 
 
 
 
Corrente Imigratória Alemã 
Estendeu-se de 1850 a 1872. Os imigrantes alemães se estabeleceram nos estados de Santa Catarina (Vale do Itajaí) e Rio 
Grande do Sul (Vale dos Sinos). 
As cidades de Blumenau, Brusque e Itajaí, em Santa Catarina; e as de Novo Hamburgo e São Leopoldo, no Rio Grande do 
Sul, nasceram de núcleos coloniais alemães. 
A difícil e demorada integração cultural desses imigrantes, dando origem às colônias que foram verdadeiros quistos culturais, 
sobretudo em Santa Catarina, foi causada pela falta de uma política imigratória adequada e pelo descaso das autoridades 
brasileiras no tratamento dispensado àqueles colonos, que muito contribuíram na formação do Brasil imigrante. 
 
Corrente Imigratória Italiana 
Os italianos vieram para o Brasil em correntes imigratórias de 1872 1914. São os estrangeiros que entraram em maior 
número na época das imigrações. Estabeleceram-se nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Graças a 
semelhanças entre as culturas italiana e brasileira, a integração desses imigrantes ocorreu sem nenhuma dificuldade. As 
cidades de Caxias do Sul e Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, e Tubarão, em Santa Catarina, tiveram origem em 
núcleos coloniais italianos. 
 
 
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Corrente Imigratória Japonesa 
Os japoneses chegaram ao Brasil a partir de 1908. Essa imigração foi mais intensa entre 1920 e 1934. Estabeleceram-se nos 
estados de São Paulo e Paraná, onde se dedicaram à policultura e à jardinagem (fruticultura e horticultura). Boa parte desses 
imigrantes se estabeleceu no estado do Pará, em Tomé-Açu, região de Bragantina, onde cultivaram a pimenta-do-reino. Os 
japoneses estão completando 100 anos de imigração ao Brasil. Em Pernambuco, os japoneses fixaram-se no agreste, 
envolvidos na produção de frutas e flores. 
 
 
Fluxos imigratórios para o Brasil 
 
Outros Imigrantes 
Outros imigrantes vieram para o Brasil, mas não chegaram a constituir correntes imigratórias, já que eram movimentos 
dispersos e esporádicos, no tempo e no espaço. Destes, os que mais se aproximaram do que se chama de corrente 
imigratória foram os eslavos (poloneses e russos), que se estabeleceram principalmente no estado do Paraná (Segundo 
Planalto). 
Muitos outros imigrantes, em contingentes por vezes numerosos, se estabeleceram no Brasil. São os espanhóis, holandeses, 
chineses, estadunidenses, paraguaios, argentinos, coreanos e outros mais, que contribuem nas mais variadas atividades 
econômicas no campo e, principalmente, nas cidades. 
Mas o Brasil já não é mais o país de imigração que fora no passado. Medidas governamentais na política imigratória, como a 
Quota de Imigração, ou Lei dos 2%, adotada em 1934, e outras mais recentes, limitaram a entrada de imigrantes no Brasil. 
Por outro lado, as sucessivas crises políticas e econômicas, com recessões de toda ordem que já se arrastam há muitas 
décadas, não são fatores de atração de imigrantes, mas contribuem muito, o que já está acontecendo, para transformar o 
Brasil em um “país de emigração”, pois numerosos são os brasileiros que vivem no exterior, assim como os imigrantes ou 
seus descendentes que já voltaram para seus países de origem. 
 
MIGRAÇÕES INTERNAS 
 
São os deslocamentos ou mudanças de parcelas da população brasileira de uma região para outra, de um estado para outro, 
de uma cidade para outra, etc. 
Durante a 1ª fase de povoamento do Brasil, que corresponde ao início da colonização, ocorreu a ocupação do litoral. 
Apenas em alguns trechos, o clima e o solo, além das facilidades de comunicação com a metrópole, foram os fatores que 
facilitaram a ocupação da Zona da Mata nordestina, onde se fixou a cultura da cana-de-açúcar. Com o declínio da atividade 
açucareira, devido à concorrência das plantações das Antilhas, a população passou a se interiorizar em busca do ouro, 
principalmente. No século XVIII, as regiões de Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás tornaram-se polos de atração da 
população. O esgotamento das aluviões levou ao declínio a atividade mineradora, e a população voltou- 
-se então para a agricultura. Nesse período, a migração interna é motivada pela busca de melhores solos. Ocorre então a 
ocupação de parte do interior de São Paulo. Já no início do século XIX, o café começa a se destacar em nossas exportações, 
o Vale do Paraíba do Sul transforma-se na principal zona de atração. Por volta de 1830, o café atingiu a região de Campinas 
e, posteriormente, as terras roxas do Planalto Ocidental Paulista e Norte do Paraná. Enquanto ocorria a expansão do café 
no Sul do país, na Amazônia desenvolvia-se a atividade extrativa da borracha, que atraiu grande número de migrantes 
nordestinos. 
Dessa migração interna de nordestinos para a Amazônia, não se limitando às fronteiras do nosso território, tivemos a 
ocupação e conquista do Acre, que pertencia à Bolívia. Durante a Primeira Guerra Mundial, a atividade extrativa da borracha 
na Amazônia sofre o impacto da borracha, produzida pelos ingleses, nas colônias asiáticas, o que provocou o desinteresse 
pela atividade e reduziu o fluxo migratório em direção à Amazônia. Somente durante a Segunda Guerra Mundial, a borracha 
da Amazônia voltou a despertar grande interesse. Na década de 30, o surto algodoeiro atraiu nordestinos e mineiros para o 
estado de São Paulo. Apenas no início da década de 70, ocorre outra fase de imigração para a Amazônia, em consequência 
da construção de rodovias, como a Transamazônica. A implantação de projetos agropecuários e de mineração tem sido, nos 
últimos anos, a responsável pela migração de nordestinos e sulistas. Atualmente, vem ocorrendo um grande deslocamento 
de colonos, do Sul do país, em direção à Rondônia e a Oeste de Mato Grosso, atraídos pelas grandes plantações de soja. 
 
 
 
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A MOBILIDADE DA POPULAÇÃO 
 
A mobilidade da população brasileira é muito grande. Elaocorre e se orienta nos sentidos dos polos de atração que surgem 
e desaparecem (transformando-se em zonas de dispersão), ou permanecem por algumas décadas. O saldo migratório nessa 
última década destaca como regiões de: 
 
Maior dispersão: o Nordeste (Paraíba, Sergipe, Alagoas, Piauí, Pernambuco, etc.); o Sul (Paraná e Santa Catarina); o Sudeste 
(Minas Gerais e Espírito Santo); e o Centro-Oeste (Mato Grosso). 
 
Menor dispersão: o Norte (Pará e Amazonas); e o Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul). 
 
Maior atração: o Centro-Oeste (Distrito Federal e Mato Grosso); o Sudeste (São Paulo e Rio de Janeiro); o Norte 
(Rondônia, Roraima e Amapá); e o Sul (Paraná). 
 
Menor atração: o Nordeste (Ceará, Bahia, Paraíba e Pernambuco); e o Sul (Rio Grande do Sul). 
 
Esses índices de atração (imigração) ou de dispersão (emigração) são relativos a populações absolutas das regiões ou estados 
onde eles ocorrem. Por essa razão, um estado bastante populoso, como Minas Gerais, mesmo não tendo o maior índice de 
dispersão (24%), inferior aos 27% da Paraíba (estado pouco populoso), é o que dispersa o maior número absoluto de 
pessoas. 
Situação semelhante ocorre quando comparamos as taxas de imigração de São Paulo, com quase 24%, e Rondônia, com 
56%. É muito lógico e óbvio que o número absoluto de pessoas que migram para São Paulo é algumas vezes maior do que o 
total que migra para Rondônia. 
Além das migrações internas, a mobilidade da população se manifesta, também, através de outros movimentos, como as 
migrações pendulares, os fluxos ou movimentos sazonais e, principalmente, o êxodo rural. 
 
 
6. MOVIMENTOS PENDULARES 
 
Os movimentos ou migrações pendulares são os deslocamentos ou fluxos diários de trabalhadores das periferias ou 
subúrbios, onde residem, para os centros comerciais, ou indústrias, onde trabalham, e vice-versa. Tais “movimentos de 
vaivém”, que por vezes são longas viagens diárias, frequentes nas regiões metropolitanas brasileiras: Grande São Paulo, 
Grande Rio de Janeiro, Grande Belo Horizonte, Grande Salvador, Grande Porto Alegre, Grande Recife, Grande Fortaleza, 
Grande Curitiba e Grande Belém, exigem melhorias e organizados sistemas de integração dos meios de transportes, o que 
nem sempre são conseguidos. 
 
 
Engarrafamento no Recife 
 
FLUXOS OU MOVIMENTOS SAZONAIS 
 
São movimentos de trabalhadores, frequentes em determinadas épocas do ano, entre regiões de atividades econômicas 
sazonais. 
Tais movimentos ocorrem quando consideráveis contingentes de população urbana se deslocam para o trabalho no campo, 
por ocasião de colheitas, diariamente, ou por determinados períodos. 
As transumâncias, que ocorrem no Nordeste, quando camponeses e pequenos proprietários deixam o Sertão e se deslocam 
para a Zona da Mata (durante as secas), de onde retornam no reinício da estação chuvosa, e na Amazônia, entre as zonas de 
seringais e de castanhais, nas diferentes épocas de coleta da castanha e do látex, movimentos ou fluxos sazonais da 
população brasileira. De todos os movimentos que determinam a grande mobilidade da população brasileira, o mais 
importante, generalizado, e de mais graves consequências, é o êxodo rural. 
 
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ÊXODO RURAL 
 
É a mudança da situação de domicílio da zona rural para zona urbana (ou suburbana), ou seja, o deslocamento intenso e 
numeroso de famílias do campo para as cidades. A esperança de melhores condições de vida e de salários nas cidades, as 
dispensas provocadas pela mecanização agrícola, e a falta de emprego ou trabalho fixo, gerada pela implantação do Estatuto 
do Trabalhador Rural (criado para fixar o homem ao campo), intensificaram o êxodo rural no Brasil nos últimos 30 anos. 
Apesar de ser um sintoma de progresso relativo, próprio de países em fase de rápido crescimento industrial e urbano, o 
êxodo rural acarreta uma série de consequências negativas, tanto no campo como nas cidades. Foi o êxodo rural que, 
demograficamente, esvaziou os campos e superlotou as cidades, num ritmo de urbanização desenfreada, que nos levou não 
ao crescimento, mas ao “inchaço das cidades”. As grandes concentrações populacionais nas cidades, com mercados de 
trabalho que não assimilam e não comportam as ofertas de mão de obra disponível, geram desempregos e subempregos, 
baixos salários e baixos poderes de compra, subconsumo e marginalidade social com delinquência, mendicância e 
prostituição. 
 
 
Fonte: IBGE 
 
Os doze municípios das capitais mais populosas do Brasil concentravam, em 2010, quase 38 milhões de habitantes, 20% de 
toda a população brasileira. 
A consequência do êxodo rural, no quadro habitacional urbano, é a especulação imobiliária, o aparecimento e crescimento 
das favelas. 
 
URBANIZAÇÃO E CENTROS URBANOS NO BRASIL 
 
AS CIDADES BRASILEIRAS 
 
O fenômeno da urbanização é consequência direta de dois grandes fatores que modificaram o comportamento 
socioeconômico da humanidade no século XX: a Revolução Tecnocientífica e a sua resultante – a explosão demográfica. No 
conceito geográfico, cidade é o aglomerado de habitações e edificações em geral, distribuídas em praças, quarteirões e ruas 
(ou avenidas) pavimentadas, habitada por alguns milhares de pessoas, provido de infraestrutura de serviços urbanos (água 
encanada, coleta de lixo, esgoto, transportes coletivos, etc.), com atividades econômicas que independem do solo 
(secundárias e terciárias) e com autonomia político-administrativa regida por poderes municipais (prefeitura e câmara de 
vereadores). 
No conceito político, para todo Brasil, cidade é toda sede de município. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS CIDADES 
 
As cidades, em geral, no globo e no Brasil, são classificadas segundo muitos critérios, dentre os quais se destacam o da 
origem e o da função urbana. Quanto à origem, as cidades são classificadas em dois tipos: naturais ou espontâneas e 
artificiais ou planejadas. 
 
CIDADES NATURAIS OU ESPONTÂNEAS 
 
As cidades naturais ou espontâneas são aquelas nascidas da vontade popular (do povo, da população), evoluindo de habitats 
urbanos ou aglomerados rurais, mostrando em seus aspectos os registros das diferentes fases de sua evolução histórica. 
São cidades que se caracterizam por ruas estreitas e irregularmente traçadas, largas avenidas e becos sem saída, em condições 
topográficas quase sempre desfavoráveis. 
Nossas cidades naturais tiveram origem e evolução espontânea a partir de aglomerados surgidos de: 
Aldeamentos indígenas (Conceição do Araguaia); Arraiais de mineração (Ouro Preto - MG); 
Estações Ferroviárias (Bauru - SP); 
 
 
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Estações de saúde (Poços de Caldas - MG); 
Fazendas agrícolas ou aglomerados rurais (Limeira-SP); 
Fazendas de gado (Currais Novos - RN); 
Fortificações militares (Fortaleza - CE); 
Frentes pioneiras (Marília - SP); 
Igrejas ou capelas (Aparecida - SP); 
Indústrias (Paulínia - SP e Paulista - PE); 
Núcleos coloniais de imigrantes (Blumenau - SC); Termas (fontes terminais ou hidrominerais): Caxambu e São Lourenço - 
MG; e Porto: Recife-PE. 
 
 
 
CIDADES ARTIFICIAIS OU PLANEJADAS 
 
As cidades artificiais ou planejadas são aquelas que já nasceram prontas como cidades, planejadas e construídas por 
engenheiros (arquitetos, urbanistas) que previram, em planos e projetos previamente elaborados, todas as necessidades da 
comunidade no organismo urbano. 
Encomendadas, na sua maioria, por autoridades governamentais, as cidades artificiais são planejadas, quase sempre, para o 
exercício da função político-administrativa, como sedes de governo, tornando-se capitais, como Aracaju (SE), Belo 
Horizonte (MG), Goiânia

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