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MÉTODO DE COLORAÇÃO GRAM E CULTIVO DE BACTÉRIAS ENCONTRADAS NO FRANGO RA: C267aj-1 Nome: Camila Benazzi dos Santos RA: D0921D-5 Nome: Sandy Chagas Galvani Lima RA: C76JHH-5 Nome: Gabriela Zamora RA: D133DG-6 Nome: Andreza Cardinalle Relatório de aula pratica: Microbiologia Realizada no dia: 22/05/2017 Apresentado como parte da avaliação da disciplina Microbiologia de 2º ano de nutrição da Unip/Campinas Sob a orientação da: Célia Oliveira Campinas/SP Maio/ 2017 SUMÁRIO Introdução............................................................................................................3 Objetivo................................................................................................................4 Materiais ..............................................................................................................4 Métodos...............................................................................................................5 Resultados...........................................................................................................6 Discussão e Conclusão........................................................................................7 Referencias bibliográficas....................................................................................8 Introdução As bactérias encontradas na carne de frango incluem St. Aureus, L.monocytogenes e Cl. Botulinum do tipo c (não patogênicos para adultos saudáveis). As cepas de St. Aureus encontradas em aves não são patogênicas aos homens, intoxicações alimentares são causadas por estafilococos associados com alimentos à base de frango que são normalmente atribuídas a contaminações após a cocção por manipuladores infectados. As carcaças em temperaturas acima de 20C, serão deterioradas com rapidez por bactérias provenientes do intestino dos animais, as quais contaminaram as carnes durante a evisceração. A flora deteriorante é denominada por microrganismos mesofilos, como E. coli, Aeromas ssp. Proteus ssp. Micrococcus ssp. Salmonella ssp. Em temperaturas abaixo de 20C, a flora deteriorante predominante será constituída por Psicrotróficos, como a pseudômonas ssp. E Brochothrix thermophacta. A temperaturas de 5C ou menor, a flora deteriorante será predominantemente pseudômonas. Essas bactérias são aeróbias e, portanto, se multiplicam apenas na superfície dos alimentos. A deterioração é o resultado da degradação de proteínas, que produz compostos voláteis de cheiro desagradável, como indol, dimetil dissulfito e amônia. Por conta destas bactérias existem alguns testes de identificação das mesmas, e para detectar os tipos de bactérias presentes na análise do produto. Buscando desta forma o melhor controle de qualidade dos alimentos. (Microbiologia da Segurança dos Alimentos - 2ed. Stephen J. Forsythe). As bactérias quando coradas pela técnica desenvolvida por Christian Gram, em 1884, podem ser divididas em dois grupos, de acordo com a sua coloração: Gram-negativas, que se coram de vermelho, e Gram-positivas, que são coradas de azul ou violeta. Através dessa técnica é possível observar a morfologia e os arranjos bacterianos, e tais fatores, associados à coloração, podem ser utilizados na identificação bacteriana. A parede celular das Gram-positivas é composta por grossas camadas de peptídeoglicano ou mureína (20 a 80nm) depositado sobre a membrana citoplasmática. Essa substância é responsável pela morfologia das bactérias e também pela sua resistência a fatores físicos, como pressão, congelamento, entre outros. A parede celular dos Gram-negativos é considerada mais complexa que a dos Gram-positivos, uma vez que é composta por uma fina camada de peptídoglicano (1 a 3nm), circundada externamente por uma membrana externa com 7 a 8nm de espessura. A membrana externa tem na sua composição lipoproteínas responsáveis pela sua ligação ao peptideoglicano. Essa membrana é formada em grande parte por LPS (lipopolissacarídeos), os quais são compostos por três partes: 1) lipídeo A, 2) um centro polissacarídeo e 3) cadeias polissacarídicas antigênicas (antígeno O). O lipídeo A é também conhecido como endotoxina e tem sido responsável por alguns sintomas das infecções alimentares de Gram-negativos (Tortora et al., 2008). O antígeno O é reconhecido pelo sistema imunológico dos hospedeiros, possibilitando a formação de anticorpos específicos, os quais podem ser utilizados para a identificação de sorovares bacterianos. Uma vez que a membrana externa pode impedir a entrada de certos compostos na célula bacteriana, diz se de forma geral que Gram-negativos podem ser mais resistentes aos compostos químicos (desinfetantes, antibióticos, etc.), enquanto aos Gram-positivos podem ser mais resistentes aos fatores físicos (pressão, calor, radiação, congelamento, etc.). Como exemplo disso, pode-se citar a flora bacteriana de leites pasteurizados, a qual é composta basicamente por Gram-positivos, e a frequente resistência de Gram-negativos a compostos como os quaternários de amônio. Objetivos experimento1: Visualizar Os resultados apresentados se teve crescimento e multiplicação bacteriana. Objetivos experimento2: Fazer a coloração de Gram, para identificar se eram bactérias Gram positivas ou Gram negativas. Materiais procedimento 1: Detecção de bactérias na carne de frango: Carne de frango Placas de Petri com PCA Swabs Tubos de ensaio com NA Metodologia: Fazer swab na carne de frango e esfriar em duplicata nas placas com PCA. Depois incubar a 35C e a 5C por 4 dias, respectivamente. E então observar o crescimento de bactérias. Materiais procedimento 2: Coloração de Gram Staphylococcus aureus Raspagem da mucosa oral Swab Lâmina Cristal violeta Lugol Álcool-cetona Solução de Fucsina Bico de Bunsen Microscópio Metodologia: Cobrir a lâmina com cristal violeta, aguardar 30 a 60 segundos e escorrer o excesso, depois cobrir a lâmina com lugol, aguardar 30 a 60 segundos e escorrer o excesso, em seguida lavar a lamina com álcool-cetona e lavar com água corrente o excesso, cobrir a lâmina com solução fucsina e lavar com água corrente e secar. RESULTADOS No primeiro experimento foram realizadas duas amostras a partir da raspagem em um frango cru. A primeira amostra foi feita uma raspagem com o swab no frango e estriada na placa de petri, sem submergir o swab no caldo nutritivo. A placa foi deixada por 72 horas em uma estufa entre 35-37ºC. Os resultados apresentados foram de crescimento e multiplicação bacteriana, como mostrado na imagem a seguir. IMAGEM 1: crescimento bacteriano da primeira amostra Na segunda amostra foi realizada uma raspagem com o swab no frango, e foi colocado no caldo nutritivo por 10 minutos. Após esse procedimento, foi estriada na placa de petri e colocado em estufa entre 35-37ºC. Os resultados obtidos foram de crescimento e alta multiplicação bacteriana, como mostrado na imagem a seguir. IMAGEM 2: crescimento bacteriano da segunda amostra No segundo experimento foi utilizado o método de coloração gram, em duas amostras. A primeira foi colhida de um meio de cultura de Staphylococcus aureus, que apresentaram coloração roxa no final do experimento, indicando que as bactérias presentes ali eram do tipo GRAM positivas e se encontravam no arranjo cocos e em cachos (estafilococos). IMAGEM 3: Sthaphylococcus aureus em coloração gram FONTE: www.biomedicinapadrao.com.br A segunda amostra foi colhida a partir da raspagem da mucosa oral de uma das alunas presente. Os resultados foram semelhantes, apresentando coloração roxa ao final indicando que eram bactérias do tipo GRAM positivas, porém em arranjo diplococos. IMAGEM 4: bactérias em diplococos DISCUSSÃO A partir dos dados obtidos dos resultados, pode-se perceber que existem inúmeras bactérias na mucosa oral dos seres humanos, sendo uma fonte de contaminação para os alimentos. Justamentepor isso deve-se sempre realizar preparações com higiene e evitar ao máximo possível a emissão de partículas nos alimentos. Já nos experimentos realizados no frango, percebeu-se uma grande quantidade bactérias nas placas de cultivo, mostrando que este alimento em sua forma natural (cru) pode ser uma fonte de contaminação para os seres humanos, devendo sempre tomar atenção na higiene durante a manipulação, formas de preparação (temperatura e tempo adequado) e armazenamento. Na segunda amostra onde o swab foi deixado no caldo nutritivo, percebeu-se nitidamente uma quantidade maior de bactérias presentes. CONCLUSÃO REFERENCIAS: Tortora G. J, Berdell R. Funke, Christine L. Case Elementi di microbiologia Pearson, 2008 Microbiologia da Segurança dos Alimentos - 2ed. Stephen J. Forsythe. 8
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