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FISIOTERAPIA DO TRABALHO DEFINIÇÃO É uma área da fisioterapia que atua na prevenção, resgate e manutenção da saúde do trabalhador, abordando diversos aspectos como ergonomia, biomecânica, atividade física laboral e a recuperação de queixas ou desconfortos físicos. OBJETIVOS A fisioterapia do trabalho terá como objetivo a análise do ambiente (posto de trabalho) e a relação deste com o indivíduo que ali será inserido ● Melhorar a qualidade de vida do trabalhador, evitando a manifestação das queixas e patologias músculo-esqueléticas de origem ocupacional ou não. ● Avaliar, prevenir e auxiliar no tratamento de lesões decorrentes das atividades do trabalho. DOENÇAS OCUPACIONAIS Doença ocupacional é designação de várias doenças que causam alterações na saúde do trabalhador, provocadas por fatores relacionados com o ambiente de trabalho. Uma doença ocupacional normalmente é adquirida quando um trabalhador é exposto acima do limite permitido por lei a agentes químicos, físicos, biológicos ou radioativos, sem proteção compatível com o risco envolvido. Avaliação e prevenção A saúde ocupacional ou profissional implica na soma de todos os esforços para melhorar a saúde dos trabalhadores, tanto em seu ambiente de trabalho como na comunidade. Investigações nessas esferas podem ser utilizadas como apoio para os profissionais do serviço de saúde ocupacional de empresas, em suas avaliações e estudos sobre os fatores de riscos ocupacionais, oferecendo subsídios para medidas de recuperação da capacidade funcional e proposição de programas preventivos. Deve-se levar em conta o tempo de execução do trabalho, a postura do colaborador, o gesto laboral realizado e o número médio de repetições associado a condições ambientais de luminosidade, temperatura, pressão e ruído A eletroneuromiografia exame complementar que confirmar ou descartará hipóteses de disfunção em SNP (em sua maioria compressão ou pinçamento) como também alterações funcionais em cadeias musculares (em sua maioria causada por desuso de fundo terapêutico ou por postura antálgica) Insalubridade e Periculosidade insalubridade: risco de ficar doente, existência confirmada de risco de doenças, o colaborador usa o E.P.I mas o equipamento não anula o risco periculosidade: risco de morte, existe o uso do E.P.I porém não há garantia de que em caso de acidente o resultado seja diferente da morte Causas e consequências Uma doença ocupacional normalmente é adquirida quando um trabalhador é exposto acima do limite permitido por lei a agentes químicos, físicos, biológicos ou radioativos, sem proteção compatível com o risco envolvido. obs: em caso de doença ocupacional com afastamento de mais de 15 dias o colaborador também será encaminhado ao INSS, porém a perícia determinará nesse caso o tempo de auxílio doença ● Doenças profissionais (tecnopatias) Doença profissional é aquela que resulta diretamente do trabalho ● Doenças do trabalho (mesopatias) São doenças que podem ou não ser desencadeadas em função da atividade laboral, preconiza-se sempre a prevenção já que na maioria dos casos doenças laborais são casos de difícil tratamento. ● LER (Lesão por Esforço Repetitivo) Resultado dos desequilíbrios entre as exigências das tarefas e as margens deixadas pela organização do trabalho para que o trabalhador, na realização de suas tarefas, mobilize as suas capacidades dentro das suas possibilidades LER- lesão por esforço repetitivo condição de definição para alterações não acidentais relacionadas a movimentação repetitiva (em geral 80% em MMSS e deve-se levar em conta horas de trabalho + horas extra trabalho - horas de sono= residual de tensão laboral) ● DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) Uma “síndrome clínica” caracterizada por dor crônica, acompanhada ou não por alterações objetivas e que se manifesta principalmente no pescoço, cintura escapular e/ou membros superiores em decorrência do trabalho. DORT- doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho conjunto de doenças ou alterações relacionadas ao trabalho que em geral atinge as áreas osteomusculares ACIDENTE O que determinará a abertura da CAT será o resultado do fato ocorrido fora da normalidade se o resultado for a disfunção laboral do colaborador confirma-se a documentação. Após o acidente o colaborador passará por avaliação médica onde será determinado os dias de afastamento. Acima de 15 dias, o colaborador será encaminhado para o INSS, onde será agendada uma perícia para determinar o tempo de afastamento recebendo o auxílio acidente após o afastamento, sendo dado ao colaborador a condição de apto ao retorno, podendo ter sugestão de mudança de posto de trabalho ou até mesmo da própria função Incidente: qualquer situação fora da normalidade em que o resultado não desencadeou incapacidade laboral CAT o colaborador que retorna do acidente terá estabilidade de 1 ano Níveis de gravidade GRAU I: Peso, desconforto e dores leves, melhora com repouso, não reduz produtividade GRAU II: Dor localizada persistente, melhora lentamente com repouso, reduz pouco a produtividade GRAU III: Dor intensa, perda de força, edema, hipertonia muscular, o repouso apenas atenua as dores, reduz a produtividade e até impossibilita de executar a função GRAU IV: Dor contínua acometendo todo o membro afetado, edemas e alterações psicológicas, a capacidade de trabalho é anulada (invalidez) POSTURA E ERGONOMIA Ergonomia é a ciência que visa adaptar qualquer trabalho ao homem pode haver variação de aplicação em diferentes regiões do país ou do mundo já que a base dessa ciência é a antropometria ao que diz respeito a Biomecânica deve-se levar em conta a postura do indivíduo, o gesto laboral, o manuseio de ferramentas e o transporte de carga com relação a postura não existe uma ideal deve-se ofertar ao colaborador a possibilidade de mudanças de posição variada durante a jornada de trabalho Ergonomia Física É a área da ergonomia que trabalha com os projetos de tudo que é concreto, físico e palpável. Ex: ferramentas, o posto de trabalho, botões de acionamento. Ergonomia Cognitiva área da ergonomia que tem como objetivo a criação de metodologias que diminuam a incidência de erros ou falhas. Ex: entradas eletrônicas diferenciadas, sinais sonoros ou luminoso, acionamentos simultâneos Ergonomia Organizacional área da ergonomia que tem como objetivo a criação de ações que se darão em sequência e a partir disto será criado um protocolo evitando assim a visão individualizada por ações. Ex: análise de número de gestos para execução de uma tarefa, sequência de perguntas de uma avaliação clínica, sequência de ações para realização de um procedimento em saúde EPI em geral os EPIs serão elencados a partir do risco ambiental visando dessa forma a prevenção de doenças do trabalho (em caso de ausência de anulação do risco ofertasse ao trabalhador o adicional de insalubridade ou periculosidade) o reconhecimento do risco apontará em duas direções clássicas: a primeira terá relação c a escolha do EPI e da metodologia de prevenção de acidente e a segunda a definição de quais exames complementares devem compor o periódico dos trabalhadores expostos ao risco em questão (o exame periódico ajuda a avaliar a qualidade do EPI) DORT Causas ● Diminuição do aporte sanguíneo à região ● Repetitividade e/ou força dos movimentos ● Trauma ou microtrauma (formação de processos inflamatórios locais). Diagnóstico/ Sintomas A DORT se manifesta clinicamente por um sintoma subjetivo e peculiar a cada indivíduo que é a DOR. ● Desconforto, tensão, rigidez ou dor nas mãos, dedos, antebraços e cotovelos. ● Mãos frias, dormência ou formigamento. ● Redução da habilidade (destreza manual). ● Perda de força ou coordenação nas mãos. ● Dor capaz de interromper o sono. Ações ● Incentivar o trabalhador a prestar atenção em sintomas e limitações, mesmo que pequenas, e orientá-loa procurar o auxílio. ● Propiciar aos médicos que atendem aos trabalhadores um diálogo com a empresa nos casos que houver necessidade de mudar as características do posto de trabalho. ● Reciclagem dos profissionais ● Amparo ao trabalhador com D.O.R.T (tratamento e reabilitação) ● Políticas de prevenção Tratamento ● Quanto mais precoce o diagnóstico, mais eficaz será o tratamento. ● Avaliar possíveis mudanças ergonômicas e organizacionais. ● Evitar que evolua para quadro de dor crônica e quadros psíquicos crônicos. ● As alterações profissionais que tenham relação com movimentação repetitiva terão em sua fase aguda a aplicação da imobilização terapêutica Profilaxia ● Preparar o trabalhador para a tarefa; ● Eliminar fatores de dificuldade na realização de tarefas; ● Reduzir o esforço manual na execução da tarefa; ● Acertar a postura do trabalhador ao executar a tarefa; ● Eliminar as fontes de compressão mecânica de estruturas delicadas; Patologias profissionais mais comuns: em 90% dos casos ligados a doenças profissionais as articulações de punho, cotovelo e ombro estarão envolvidas, e em sua maioria o quadro iniciará com o processo inflamatório Dedo em gatilho É uma tenossinovite digital que afeta particularmente, o 1º, 3º e 4º dedos. Um nódulo tendíneo pode se desenvolver no local da estenose. Fisiopatologia Espessamento da bainha sinovial causando dificuldade para o deslizamento do tendão flexor no interior das polias. Algumas vezes há formação de um nódulo no tendão, ocasionando um bloqueio ao tentar se mover o dedo. Classificação ● Grau I: pré-gatilho: dor e história de bloqueio não demonstrável ao exame físico ● Grau II: ativo: bloqueio demonstrável mas o paciente pode estender o dedo ativamento. ● Grau III: passivo: bloqueio demonstrável requerendo a extensão passiva ● Grau IV: contratura: contratura em flexão. obs: os estágios 3 e 4 da classificação do dedo em gatilho já apresentam tumefação pontual no tendão descartando dessa forma o tratamento conservador Síndrome do túnel do carpo É a compressão do nervo mediano ao nível do punho. Causas ● Ocorre nas tarefas manuais repetitivas, principalmente se houver força ● flexão de punho e dedos repetitivos com compressão do nervo mediano ● o início pode ser unilateral geralmente na mão dominante e na maioria dos casos torna-se bilateral por compensação Sintomas ● Parestesia unilateral nas mãos no inicio da doença podendo irradiar de forma proximal. ● Hipoestesia e atrofia dos músculos da região tenar ● Dor ● Sensação de fraqueza Tratamento conservador ● imobilização ● reabilitação com treino de deslizamento dos tendões ● AINH, infiltração de corticoide Síndrome do canal cubital É a compressão do nervo ulnar ao nível do túnel cubital. A alteração em questão terá como mecanismo a compressão na região medial da articulação do cotovelo e estará inserida no grupo de alterações que apresentam relação com a manutenção de uma determinada postura e não com o excesso de movimento Causas ● Traumas agudos ● Processos degenerativos e infecciosos ● Anomalias musculares ● Seqüelas de fraturas ● Esforços de preensão e flexão e vibrações ● Posturas inadequadas ● Repetitividade dos movimentos ● Choques e impactos Sintomas (Quando o cotovelo é mantido sobre flexão ou pronação) ● Dor ● Formigamento ● Dormência ● Choque ● Peso ● Fadiga precoce Tratamento Tratamento Pré cinético: anti-inflamatório e analgésico ● Tens ● Laser ● Iontoforese Imobilização: ● talas/ortóteses para desinflamação do nervo Objetivos e tratamento Objetivos: ● Diminuição de edema ● Reduzir quadro álgico ● Manter amplitude de movimento ● Melhorar força muscular ● Reeducação postural Tratamento: ● Laser ● Ultrassom ● Tens ● Cinesioterapia ● Crioterapia ● Acupuntura
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