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Resumo Fisioterapia do trabalho N1 202202

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FISIOTERAPIA DO TRABALHO
DEFINIÇÃO
É uma área da fisioterapia que atua na
prevenção, resgate e manutenção da saúde do
trabalhador, abordando diversos aspectos como
ergonomia, biomecânica, atividade física
laboral e a recuperação de queixas ou
desconfortos físicos.
OBJETIVOS
A fisioterapia do trabalho terá como objetivo a
análise do ambiente (posto de trabalho) e a
relação deste com o indivíduo que ali será
inserido
● Melhorar a qualidade de vida do
trabalhador, evitando a manifestação das
queixas e patologias
músculo-esqueléticas de origem
ocupacional ou não.
● Avaliar, prevenir e auxiliar no
tratamento de lesões decorrentes das
atividades do trabalho.
DOENÇAS OCUPACIONAIS
Doença ocupacional é designação de várias
doenças que causam alterações na saúde do
trabalhador, provocadas por fatores
relacionados com o ambiente de trabalho.
Uma doença ocupacional normalmente é
adquirida quando um trabalhador é exposto
acima do limite permitido por lei a agentes
químicos, físicos, biológicos ou radioativos, sem
proteção compatível com o risco envolvido.
Avaliação e prevenção
A saúde ocupacional ou profissional implica na
soma de todos os esforços para melhorar a
saúde dos trabalhadores, tanto em seu
ambiente de trabalho como na comunidade.
Investigações nessas esferas podem ser
utilizadas como apoio para os profissionais do
serviço de saúde ocupacional de empresas, em
suas avaliações e estudos sobre os fatores de
riscos ocupacionais, oferecendo subsídios para
medidas de recuperação da capacidade
funcional e proposição de programas
preventivos.
Deve-se levar em conta o tempo de execução do
trabalho, a postura do colaborador, o gesto
laboral realizado e o número médio de
repetições associado a condições ambientais de
luminosidade, temperatura, pressão e ruído
A eletroneuromiografia exame complementar
que confirmar ou descartará hipóteses de
disfunção em SNP (em sua maioria compressão
ou pinçamento) como também alterações
funcionais em cadeias musculares (em sua
maioria causada por desuso de fundo
terapêutico ou por postura antálgica)
Insalubridade e Periculosidade
insalubridade: risco de ficar doente, existência
confirmada de risco de doenças, o colaborador
usa o E.P.I mas o equipamento não anula o
risco
periculosidade: risco de morte, existe o uso do
E.P.I porém não há garantia de que em caso de
acidente o resultado seja diferente da morte
Causas e consequências
Uma doença ocupacional normalmente é
adquirida quando um trabalhador é exposto
acima do limite permitido por lei a agentes
químicos, físicos, biológicos ou radioativos, sem
proteção compatível com o risco envolvido.
obs: em caso de doença ocupacional com
afastamento de mais de 15 dias o colaborador
também será encaminhado ao INSS, porém a
perícia determinará nesse caso o tempo de
auxílio doença
● Doenças profissionais (tecnopatias)
Doença profissional é aquela que resulta
diretamente do trabalho
● Doenças do trabalho (mesopatias)
São doenças que podem ou não ser
desencadeadas em função da atividade laboral,
preconiza-se sempre a prevenção já que na
maioria dos casos doenças laborais são casos de
difícil tratamento.
● LER (Lesão por Esforço Repetitivo)
Resultado dos desequilíbrios entre as exigências
das tarefas e as margens deixadas pela
organização do trabalho para que o
trabalhador, na realização de suas tarefas,
mobilize as suas capacidades dentro das suas
possibilidades
LER- lesão por esforço repetitivo
condição de definição para alterações não
acidentais relacionadas a movimentação
repetitiva (em geral 80% em MMSS e deve-se
levar em conta horas de trabalho + horas extra
trabalho - horas de sono= residual de tensão
laboral)
● DORT (Distúrbios Osteomusculares
Relacionados ao Trabalho)
Uma “síndrome clínica” caracterizada por dor
crônica, acompanhada ou não por alterações
objetivas e que se manifesta principalmente no
pescoço, cintura escapular e/ou membros
superiores em decorrência do trabalho.
DORT- doenças osteomusculares relacionadas
ao trabalho
conjunto de doenças ou alterações relacionadas
ao trabalho que em geral atinge as áreas
osteomusculares
ACIDENTE
O que determinará a abertura da CAT será o
resultado do fato ocorrido fora da normalidade
se o resultado for a disfunção laboral do
colaborador confirma-se a documentação.
Após o acidente o colaborador passará por
avaliação médica onde será determinado os
dias de afastamento.
Acima de 15 dias, o colaborador será
encaminhado para o INSS, onde será agendada
uma perícia para determinar o tempo de
afastamento recebendo o auxílio acidente após
o afastamento, sendo dado ao colaborador a
condição de apto ao retorno, podendo ter
sugestão de mudança de posto de trabalho ou
até mesmo da própria função
Incidente: qualquer situação fora da
normalidade em que o resultado não
desencadeou incapacidade laboral CAT
o colaborador que retorna do acidente terá
estabilidade de 1 ano
Níveis de gravidade
GRAU I:
Peso, desconforto e dores leves, melhora com
repouso, não reduz produtividade
GRAU II:
Dor localizada persistente, melhora lentamente
com repouso, reduz pouco a produtividade
GRAU III:
Dor intensa, perda de força, edema, hipertonia
muscular, o repouso apenas atenua as dores,
reduz a produtividade e até impossibilita de
executar a função
GRAU IV:
Dor contínua acometendo todo o membro
afetado, edemas e alterações psicológicas, a
capacidade de trabalho é anulada (invalidez)
POSTURA E ERGONOMIA
Ergonomia é a ciência que visa adaptar
qualquer trabalho ao homem
pode haver variação de aplicação em diferentes
regiões do país ou do mundo já que a base
dessa ciência é a antropometria
ao que diz respeito a Biomecânica deve-se levar
em conta a postura do indivíduo, o gesto
laboral, o manuseio de ferramentas e o
transporte de carga
com relação a postura não existe uma ideal
deve-se ofertar ao colaborador a possibilidade
de mudanças de posição variada durante a
jornada de trabalho
Ergonomia Física
É a área da ergonomia que trabalha com os
projetos de tudo que é concreto, físico e
palpável.
Ex: ferramentas, o posto de trabalho, botões de
acionamento.
Ergonomia Cognitiva
área da ergonomia que tem como objetivo a
criação de metodologias que diminuam a
incidência de erros ou falhas.
Ex: entradas eletrônicas diferenciadas, sinais
sonoros ou luminoso, acionamentos
simultâneos
Ergonomia Organizacional
área da ergonomia que tem como objetivo a
criação de ações que se darão em sequência e a
partir disto será criado um protocolo evitando
assim a visão individualizada por ações.
Ex: análise de número de gestos para execução
de uma tarefa, sequência de perguntas de uma
avaliação clínica, sequência de ações para
realização de um procedimento em saúde
EPI
em geral os EPIs serão elencados a partir do
risco ambiental visando dessa forma a
prevenção de doenças do trabalho (em caso de
ausência de anulação do risco ofertasse ao
trabalhador o adicional de insalubridade ou
periculosidade)
o reconhecimento do risco apontará em duas
direções clássicas: a primeira terá relação c a
escolha do EPI e da metodologia de prevenção
de acidente e a segunda a definição de quais
exames complementares devem compor o
periódico dos trabalhadores expostos ao risco
em questão (o exame periódico ajuda a avaliar
a qualidade do EPI)
DORT
Causas
● Diminuição do aporte sanguíneo à
região
● Repetitividade e/ou força dos
movimentos
● Trauma ou microtrauma (formação de
processos inflamatórios locais).
Diagnóstico/ Sintomas
A DORT se manifesta clinicamente por um
sintoma subjetivo e peculiar a cada indivíduo
que é a DOR.
● Desconforto, tensão, rigidez ou dor nas
mãos, dedos, antebraços e cotovelos.
● Mãos frias, dormência ou formigamento.
● Redução da habilidade (destreza
manual).
● Perda de força ou coordenação nas
mãos.
● Dor capaz de interromper o sono.
Ações
● Incentivar o trabalhador a prestar
atenção em sintomas e limitações,
mesmo que pequenas, e orientá-loa
procurar o auxílio.
● Propiciar aos médicos que atendem aos
trabalhadores um diálogo com a
empresa nos casos que houver
necessidade de mudar as características
do posto de trabalho.
● Reciclagem dos profissionais
● Amparo ao trabalhador com D.O.R.T
(tratamento e reabilitação)
● Políticas de prevenção
Tratamento
● Quanto mais precoce o diagnóstico, mais
eficaz será o tratamento.
● Avaliar possíveis mudanças ergonômicas
e organizacionais.
● Evitar que evolua para quadro de dor
crônica e quadros psíquicos crônicos.
● As alterações profissionais que tenham
relação com movimentação repetitiva
terão em sua fase aguda a aplicação da
imobilização terapêutica
Profilaxia
● Preparar o trabalhador para a tarefa;
● Eliminar fatores de dificuldade na
realização de tarefas;
● Reduzir o esforço manual na execução
da tarefa;
● Acertar a postura do trabalhador ao
executar a tarefa;
● Eliminar as fontes de compressão
mecânica de estruturas delicadas;
Patologias profissionais
mais comuns:
em 90% dos casos ligados a doenças
profissionais as articulações de punho, cotovelo
e ombro estarão envolvidas, e em sua maioria o
quadro iniciará com o processo inflamatório
Dedo em gatilho
É uma tenossinovite digital que afeta
particularmente, o 1º, 3º e 4º dedos. Um nódulo
tendíneo pode se desenvolver no local da
estenose.
Fisiopatologia
Espessamento da bainha sinovial causando
dificuldade para o deslizamento do tendão
flexor no interior das polias. Algumas vezes há
formação de um nódulo no tendão,
ocasionando um bloqueio ao tentar se mover o
dedo.
Classificação
● Grau I: pré-gatilho: dor e história de
bloqueio não demonstrável ao exame
físico
● Grau II: ativo: bloqueio demonstrável
mas o paciente pode estender o dedo
ativamento.
● Grau III: passivo: bloqueio demonstrável
requerendo a extensão passiva
● Grau IV: contratura: contratura em
flexão.
obs: os estágios 3 e 4 da classificação do dedo
em gatilho já apresentam tumefação pontual
no tendão descartando dessa forma o
tratamento conservador
Síndrome do túnel do carpo
É a compressão do nervo mediano ao nível do
punho.
Causas
● Ocorre nas tarefas manuais repetitivas,
principalmente se houver força
● flexão de punho e dedos repetitivos com
compressão do nervo mediano
● o início pode ser unilateral geralmente
na mão dominante e na maioria dos
casos torna-se bilateral por
compensação
Sintomas
● Parestesia unilateral nas mãos no inicio
da doença podendo irradiar de forma
proximal.
● Hipoestesia e atrofia dos músculos da
região tenar
● Dor
● Sensação de fraqueza
Tratamento conservador
● imobilização
● reabilitação com treino de deslizamento
dos tendões
● AINH, infiltração de corticoide
Síndrome do canal cubital
É a compressão do nervo ulnar ao nível do
túnel cubital.
A alteração em questão terá como mecanismo a
compressão na região medial da articulação do
cotovelo e estará inserida no grupo de
alterações que apresentam relação com a
manutenção de uma determinada postura e não
com o excesso de movimento
Causas
● Traumas agudos
● Processos degenerativos e infecciosos
● Anomalias musculares
● Seqüelas de fraturas
● Esforços de preensão e flexão e
vibrações
● Posturas inadequadas
● Repetitividade dos movimentos
● Choques e impactos
Sintomas
(Quando o cotovelo é mantido sobre flexão ou
pronação)
● Dor
● Formigamento
● Dormência
● Choque
● Peso
● Fadiga precoce
Tratamento
Tratamento Pré cinético:
anti-inflamatório e analgésico
● Tens
● Laser
● Iontoforese
Imobilização:
● talas/ortóteses para desinflamação do
nervo
Objetivos e tratamento
Objetivos:
● Diminuição de edema
● Reduzir quadro álgico
● Manter amplitude de movimento
● Melhorar força muscular
● Reeducação postural
Tratamento:
● Laser
● Ultrassom
● Tens
● Cinesioterapia
● Crioterapia
● Acupuntura

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