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Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) INFECTO, Prof. Fran – FPM VIII DENGUE VÍRUS QUE TEM 4 SOROTIPOS DENV 1 DENV 2 DENV 3 DENV 4 GESTAÇÃO infecções mais graves nas gestantes Maior susceptibilidade fetal à infecção congênita Imunossupressão fisiológica A dengue grave durante a gestação óbitos materno, fetal e perinatal -1º trimestre Complicações hemorrágicas a infecção pela doença ocorre próximo ao parto TRANSMISSÃO ESPECTRO CLÍNICO Assintomática ou sintomática Sintomática doença sistêmica e dinâmica de amplo espectro clínico Formas oligossintomáticas até quadros graves Evolução para óbito 3 fases clínicas podem ocorrer FEBRIL, CRÍTICA E RECUPERAÇÃO Pacientes diabéticos, portadores de doenças crônicas, crianças (principalmente <2 anos), imunodeprimidos, gestantes, idosos – ATENÇÃO PARA ESSES PACIENTES!!! GRUPO DE MAIOR VULNERABILIDADE, TENDÊNCIA À GRAVIDADE DO CASO (PROVA!) Obs.: NÃO EXISTE A NOMENCLATURA DE DENGUE HEMORRÁGICA!!!!!!!! É DENGUE GRAVE!!!!!!!!! DENGUE É UMA DOENÇA DINÂMICA TODA ATENÇÃO É NECESSÁRIA! FASE FEBRIL FEBRE início abrupto Cefaleia Dor no corpo mialgia Dor nas articulações (conhecida popularmente como dor quebra ossos) artralgia Dor retrorbitária Anorexia Náuseas e vômitos Diarreia Exantema maculo papular Manifestações hemorrágicas PROVA DE LAÇO POSITIVA LEUCOPENIA (ABAIXO DE 5000 /4000, depende do VR) – leucocitose as custas de linfócitos SD FEBRIS - ARBOVIROSES Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) INFECTO, Prof. Fran – FPM VIII DURAÇÃO 2 A 7 DIAS – MONITORIZAÇÃO DA DEFERVESCÊNCIA DA FEBRE Parou a febre em 24 a 48h checar as plaquetas FASE CRÍTICA Presente em alguns pacientes Evolução para as formas graves Medidas diferenciadas de manejo clínico Observação: devem ser adotadas imediatamente! Início com a defervescência da febre entre o 3º e o 7º dia do início da doença Surgimento de sinais de alarme Aumento da permeabilidade vascular Deterioramento clínico do paciente Evolução para o choque por extravasamento de plasma SINAIS DE ALARME NA DENGUE (PROVA! PRECISA SABER) DOR ABDOMINAL INTENSA (referida à palpação) e contínua – indicação de ascite Vômitos persistentes – incoercíveis (necessita de hidratação endovenosa) Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico) Hipotensão postural e/ou lipotimia Hepatomegalia maior do que 2cm, abaixo do rebordo costal Sangramento de mucosa (expressivo, hematúria, epistaxe, sangramento gengival que não para...) Letargia e/ou irritabilidade – principalmente em casos de crianças Aumento progressivo do hematócrito – o hematócrito reflete no hemograma a questão da hidratação, quanto maior o hematócrito, maior a perda de líquido para o terceiro espaço DENGUE GRAVE 1. Extravasamento grave do plasma 2. Choque (shock por dengue) +- angústia respiratória 4 ou 5 (com intervalo dentre três a sete dias) 3. Sangramento grave 4. Comprometimento grave de órgãos: dano hepático importante (AST – ALT > 1000), alteração da consciência, miocardite ou outros órgãos, ex: acumulação de líquidos com insuficiência respiratória 5. O extravasamento plasmático: aumento do hematócrito 6. Redução dos níveis de albumina e por exames de imagem O PERÍODO DE ESCAPE DE PLASMA, CLINICAMENTE GRAVE, NORMALMENTE DURA DE 24 A 48 HORAS! SINAIS DE CHOQUE Pulso rápido e fraco Estreitamento da pressão arterial diferença entre a PA sistólica e a diastólica <=20mmHg; na dengue, diferentemente do que ocorre em outras doenças que levam ao choque, antes de haver uma queda substancial da PA sistólica (PA sistólica < 90mmHg em adultos) poderá haver o estreitamento da pressão! Extremidade fria ou cianose Tempo de enchimento capilar prolongado Taquicardia ou bradicardia Taquipneia Oligúria OUTRAS MANIFESTAÇÕES Encefalite Meningoencefalite Mielite Miocardite Hepatite HISTÓRIA NATURAL DA DENGUE (PROVA!) Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) INFECTO, Prof. Fran – FPM VIII FASE DE RECUPERAÇÃO A reabsorção gradual de fluidos a partir dos espaços extravasculares ocorre nas 48 -72 horas seguintes Estabilização hemodinâmica e melhora da diurese Pode aparecer um exantema intenso Pacientes que passaram pela fase crítica reabsorção gradual do conteúdo extra com progressiva melhora clínica Complicações relacionadas à hiper-hidratação Infecções bacterianas SITUAÇÕES ESPECIAIS CRIANÇAS Assintomática ou síndrome febril clássica viral e sintomas inespecíficos adinamia, sonolência, recusa da alimentação e de líquidos, vômitos, diarreia ou fezes amolecidas Menores de 2 anos de idade choro persistente, adinamia e irritabilidade Os sinais de alarme são mais facilmente detectados GESTANTES Tratadas estadiamento clínico da dengue Vigilância, independente da gravidade, devendo o médico estar atento aos riscos para mãe e concepto Aumento de sangramentos de origem obstétricas Risco aumentado de aborto e baixo peso ao nascer DIAGNÓSTICO SOROLOGIA (ELISA) a partir do 6º dia do início dos sintomas Detecção de antígenos virais NS1, isolamento viral, RT- PCR e imuno-histoquímica: até o 5º dia do início dos sintomas Fase crítica – defervescência melhora ou piora clínica; sinais de alarme aumento da fuga do plasma DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL QUAL É O MARCO DIFERENCIAL ENTRE DENGUE E CHIKUNGUNYA? DENGUE TEM FEBRE, MAS É MENOR E PLAQUETOPENIA; CHIKUNGUNYA FEBRE MAIS ALTA E DOR ARTICULAR (pode ter artrite) DENGUE E ZIKA – ZIKA (assintomática) – problema: transmissão vertical na gestante com malformações fetais COVID Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) INFECTO, Prof. Fran – FPM VIII Estudar pelo PROTOCOLO: MANEJO CLÍNICO PROVA DO LAÇO Verificar a PA e calcular o valor médio pela fórmula (PAS+PAD) / 2; por ex PA de 100 x 60 mmHg, então 100+60=160, 160/2=80; então, a média de pressão arterial é de 80 mmHg Insuflar o manguito até 5 minutos em adultos e 3 min em crianças Contar o número de petéquias em um quadrado de 2,5 cm de lado, no local com maior concentração, positivo se: > 20 em adultos >10 em crianças E AGORA? Anamnese, exame físico e resultados laboratoriais (hemograma completo) É dengue? Em que fase (febril / crítica / recuperação) o paciente se encontra? Tem sinais de alarme? Qual o estado hemodinâmico e está em choque? Tem condições pré-existentes? O paciente requer hospitalização? Em qual grupo de estadiamento (grupos A, B C ou D) o paciente se encontra? esquema no final do resumo* MANEJO CLÍNICO GRUPO A AVALIAÇÃO CLÍNICA DA DENGUE Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) INFECTO, Prof. Fran – FPM VIII Exame clínico completo incluindo: - busca por sinais de alerta - busca por sangramentos - prova do laço - PA em duas posições EXAMES INESPECÍFICOS Hemograma simplificado com resultado em até 24h para todos os suspeitos de dengue TRATAMENTO Hidratação oral (60-80ml kg dia), pelo menos um terço com soro de reidratação oral Sintomáticos (paracetamol, dipirona ou antieméticos) Orientações sobre sinais de alarme para paciente e seus familiares Retorno para reavaliação no primeiro dia sem febre ORIENTAÇÕES PARA HIDRATAÇÃO ORAL A hidratação oral dos pacientes com suspeita de dengue deve ser iniciada ainda na sala de espera enquanto aguardam consulta médica VOLUME DIÁRIO DA HIDRATAÇÃO ORAL: Adultos 60ml/kg/dia, sendo 1/3 com solução salina e no início com volume maior. Para os 2/3 restante, orientar a ingestão de líquidos caseiros (água, suco de frutas, soro caseiro, chás, água de coco etc.), utilizando-se os meios mais adequados à idade e aos hábitos do paciente Especificar o volume a ser ingerido por dia. Por exempli, para um adulto de 70kg, orientar: 60ml/kg/dia – 4,2L. ingerir nas primeiras 4 a 6 horasdo atendimento: 1,4L de líquidos e distribuir o restante nos outros períodos (2,8L) Crianças (< 13 anos de idade) orientar paciente e o cuidador para hidratação por via oral. Oferecer 1/3 na forma de soro de reidratação oral (SRO) e o restante através da oferta de água, sucos e chás. Considerar o volume de líquidos a ser ingerido conforme recomendação a seguir (baseado na regra de Holliday Segar acrescido de reposição de possíveis perdas de 3%): - crianças até 10 kg 130ml/kg/dia - crianças de 10 a 20kg 100ml/kg/dia - crianças acima de 20kg 80ml/kg/dia Nas primeiras 4 a 6 horas do atendimento considerar a oferta de 1/3 deste volume. Especificar em receita médica ou no cartão da dengue o volume a ser ingerido. Manter a hidratação durante todo o período febril e por até 24-48 horas após a defervescência da febre A alimentação não deve ser interrompida durante a hidratação e sim administrada de acordo com a aceitação do paciente. O aleitamento materno deve ser mantido e estimulado GRUPO B CASO FEBRIL COM FENÔMENOS HEMORRÁGICOS NA PELE OU FATORES DE RISCO FATORES DE RISCO idosos > 65 anos, crianças < 2 anos, gestantes, pacientes com diabetes, HAS e outras doenças crônicas MANEJO CLÍNICO Hemograma completo para todos os pacientes Liberar o resultado em até duas horas, no máximo em quatro horas Avaliar hemoconcentração Observação até o resultado dos exames Hidratação oral conforme recomendado para o grupo A, até o resultado dos exames Paracetamol e/ou dipirona Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) INFECTO, Prof. Fran – FPM VIII Hematócrito normal tratamento em regime ambulatorial, reavaliação clínica laboratiorial diária, até 48h após a queda da febre ou imediata, na presença de sinais de alarme Não se automedicar GRUPO C Reposição volêmica com 10ml/kg de soro fisiológico na primeira hora Devem permanecer em acompanhamento em leito de internação até estabilização – mínimo 48 horas Hemograma completo Dosagem de albumina sérica e transaminases Os exames de imagem recomendados são RX de tórax (PA, perfil e incidência de Laurell) US de abdome Outros exames glicemia, ureia, creatinina, eletrólitos, gasometria, TP e TTPA e ecocardiograma Reavaliação clínica (sinais vitais, PA, avaliar diurese: desejável 1ml/kg/h) após 1 hora Manter a hidratação de 10ml/kg/h, na segunda hora, até avaliação do hematócrito que deverá ocorrer em duas horas (após a etapa de reposição volêmica) Total máximo de cada fase de expansão 20ml/kg em duas horas, para garantir administração gradativa e monitorada Se não houver melhora do hematócrito ou dos sinais hemodinâmicos, repetir a fase de expansão até três vezes Reavaliação clínica (sinais vitais, PA, avaliar diurese) após uma hora, e de hematócrito em duas horas (após conclusão de cada etapa) Se houver melhora clínica e laboratorial após a fase de expansão, iniciar fase de manutenção: PRIMEIRA FASE: 25ml kg em 6horas (exemplo: 25x70kg = 1750 ml SF 0,9% SE HOUVER MELHORA INICIAR A SEGUNDA FASE! SEGUNDA FASE: 25ml kg em 8horas, sendo 1/3 com SF e 2/3 com soro glicosado OS PACIENTES DO GRUPO C DEVEM PERMANECER EM LEITO DE INTERNAÇÃO ATÉ ESTABILIZAÇÃO E CRITÉRIOS DE ALTA, POR UM PERÍODO MÍNIMO DE 48 HORAS GRUPO D - GRAVE Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) INFECTO, Prof. Fran – FPM VIII REPOSIÇÃO VOLÊMICA (adultos e crianças) Iniciar imediatamente fase de expansão rápida parenteral, com solução salina Isotônica: 20ml/kg em até 20 min, em qualquer nível de complexidade Reavaliação clínica a cada 15-30 min e de hematócrito em 2 horas. Estes pacientes necessitam ser continuamente monitorados Repetir fase de expansão até 3 vezes Se houver melhora clínica e laboratorial após fases de expansão, retornar para a fase de expansão do grupo C e seguir a conduta recomendada para o grupo Estes pacientes devem permanecer em leito de UTI até estabilização (mínimo 48 horas), e após estabilização permanecer em leito de internação Hemograma, dosagem de albumina sérica e transaminases Exames de imagem: RX de tórax (PA, perfil e incidência de Laurell) e US de abdome Glicemia, ureia, creatinina, eletrólitos, gasometria, TPAE e eletrocardiograma Exames para confirmação de dengue isolamento viral ou PCR (até o 5º dia de doença) UTI Na persistência do choque, deve-se avaliar: Se o hematócrito estiver em ascensão, após reposição volêmica adequada, utilizar plasmáticos (albumina 0,5-1g/kg) Usar coloide sintéticos, 10ml/kg/hora Se o hematócrito estiver em queda e houver persistência do choque, investigar hemorragias e avaliar a coagulação Em caso de hemorragia transfundir o concentrado de hemácias Em caso de coagulopatias plasma fresco, vitamina K endovenosa e crioprecipitado Considerar a transfusão de plaquetas se houver sangramento persistente não controlado, depois de corrigidos os fatores de coagulação e do choque e com trombocitopenia e INR maior que 1,5 vezes o valor normal Sinais de desconforto respiratório, sinais de ICC e investigar hiper-hidratação Redução na infusão de líquido, uso de diuréticos e drogas inotrópicas, quando necessário A infusão de líquidos deve ser interrompida se houver melhora clínica, normalização do hematócrito, ausência de sangramentos, normalização dos sinais vitais, presença de diurese CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR Presença de sinais de alarme Recusa a ingestão de alimentos e líquidos Comprometimento respiratório dor torácica, dificuldade respiratória, diminuição do murmúrio vesicular ou outros sinais de gravidade Impossibilidade de seguimento ou retorno a unidade de saúde Comorbidades descompensadas como DM, HAS, IC, uso de dicumarínicos, crise asmática etc. Outras situações a critério clínico CRITÉRIOS DE ALTA HOSPITALAR OS PACIENTES PRECISAM PREENCHER TODOS OS CRITÉRIOS A SEGUIR: 1. Estabilização hemodinâmica durante 48h Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) INFECTO, Prof. Fran – FPM VIII 2. Ausência de febre por 48h 3. Melhora visível do quadro clínico 4. Hematócrito normal e estável por 24 horas 5. Plaquetas em elevação e acima de 50 000 Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) INFECTO, Prof. Fran – FPM VIII CHIKUNGUNYA “aqueles que se dobram” Arbovirose, RNA do gênero Alfavírus, surtos na África, ilhas do Oceano Índico e do Pacífico, índia e sudeste asiático, chegou ao Caribe e às Américas em 2013, e no Brasil em 2014 A transmissão se dá por meio da picada dos mosquitos: Aedes aegypti e Aedes albopictus Por se tratar de doença nova no BR, não há imunidade naturalmente adquirida A suscetibilidade é total, logo, todas as faixas etárias são passiveis de infecção Não há vacina, logo... a imunidade de longa duração somente será obtida por meio da infecção natural SINTOMAS TRANSMISSÃO Não há transmissão de pessoa a pessoa Nas gestantes, pode haver transmissão no parto É possível a transmissão por transfusão sanguínea SINTOMAS Febre alta de início rápido Dores intensas simétricas nas articulações dos pés, mãos, dedos, tornozelos, punhos e joelhos Dores no corpo Dor de cabeça Manchas vermelhas na pele AS DORES NAS ARTICULAÇÕES PODEM SER ALIVIADAS COM COMPRESSAS FRIAS DE QUATRO EM QUATRO HORAS, POR 20 MINUTOS FASE AGUDA OU FEBRIL Febre de início súbito Poliartralgia, geralmente acompanhada de dores nas costas, cefaleia, fadiga e mialgia 90% dos casos Duração média de 7 dias Geralmente simétrica Tenossinovite Exantema (5º dia) Hiperemia ocular Outros sintomas FASE SUBAGUDA Persistência da artralgia e edema Surgimento de lesões purpúricas, vesiculares e bolhosas, doença vascular periférica, fadiga e sintomas depressivos FASE CRÔNICA Sintomas >3 meses Alguns pacientes poderão evoluir com artropatia destrutiva semelhante à artrite psoriáticaou reumatoide Outras fadiga, cefaleia, prurido, alopecia, exantema, bursite, tenossinovite, disestesias, parestesias, dor neuropática, fenômeno de Raynaud, alterações cerebelares, distúrbios do sono, alterações de memória, déficit de atenção, alterações da memória, déficit de atenção, alterações do humor, turvação visual e depressão. Esta fase pode durar até três anos Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) INFECTO, Prof. Fran – FPM VIII OS SINAIS E SINTOMAS TANTO DA DENGUE, QUANTO DA CHICUNGUNYA, TENDEM A SER MAIS INTENSOS EM CRIANÇAS E IDOSOS! PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS TÊM MAIS CHANCES DE DESENVOLVER FORMAS GRAVES DA DOENÇA! FORMA ATÍPICA DIAGNÓSTICO Isolamento de vírus: coleta até o 3º dia do início dos sintomas RT-PCR em tempo real ou RT-PCR convencional até o 8º dia do início dos sintomas Sorologia IgM e IgG – ELISA serão realizadas em soro ou plasma coletados a partir do 4º dia do início dos sintomas DIAGNÓSTICO ZIKA 1947: Zika Floresta de Uganda, África. 1951 a 1981: infecção humana 2007: surto na ilha de YAP e outras ilhas próximas dos estados Federados da Micronésia (Pacífico) 2013: 8.264 casos suspeitos zika vírus Polinésia Francesa * Confusão com vírus da dengue: semelhança no quadro clínico • 05/2015: alerta ( PAHO) – Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) INFECTO, Prof. Fran – FPM VIII 1° caso identificado no Brasil 3.500 pessoas na Bahia: RT-PCR Novos casos de doenças exantemáticas Dengue, rubéola, parvovírus B19, Chikungunya, sarampo, outros arbovírus e enterovírus 02/2016: OMS: Emergência em Saúde Pública Vírus RNA de cadeia única; Gênero Flavivírus, família Flaviviridae Transmitido principalmente pela picada de um mosquito infectado da espécie Aedes (Ae. aegypti e Ae. albopictus) A EVOLUÇÃO DA ZIKA É BENIGNA OS SINTOMAS DESAPARECEM ESPONTANEAMENTE DE 3 A 7 DIAS! TRANSMISSÃO A transmissão pode acontecer da mulher grávida para o feto e está relacionada a danos fetais Transmissão sexual Transfusão de sangue MICROCEFALIA 29 casos de microcefalia em crianças nascidas a partir de agosto de 2015 (Pernambuco) Diferentes unidades hospitalares, públicas e privadas, com atendimento materno-infantil Residentes em diferentes regiões do estado de Pernambuco Relatos preliminares das equipes médicas: casos com perímetro cefálico menor ou igual 29cm ao nascer Maioria dos recém-nascidos: termo ou próximo do termo ZIKA A MAIORIA DAS PESSOAS NÃO DESENVOLVE MANIFESTAÇ~IES CLÍNICAS, MAS PODEM TER: Dor de cabeça Febre baixa Dores leves nas articulações Manchas vermelhas Coceira na pele Vermelhidão nos olhos ZIKA - GESTANTES Abortamento, microcefalia, formas graves e atípicas são raras, mas podem evoluir para óbito Todos os bebês com microcefalia deverão manter consultas de puericultura nas UBS Também deverão ser acompanhados em serviços especializados para estimulação precoce O QUE É MICROCEFALIA? Malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada Bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor do que o normal esperado para a idade gestacional (IG) e sexo Recém-nascido com menos de 37 semanas de idade ou mais de IG com medida do PC menor que -2 desvios- padrão, segundo a tabela do Intergrowth para a idade gestacional e sexo Recém-nascido com 37 semanas ou mais de IG com medida do PC menor ou igual a 31,5cm para meninas e 31,9 para meninos e equivalente a menor que -2 desvios padrão para a idade e IG e sexo, segundo a tabela da OMS CAUSAS ZIKA VÍRUS X MICROCEFALIA 28 /11/2015, o MS demonstrou relação ZIKV e a ocorrência de microcefalias Evidência na literatura de que o ZIKV é neurotrópico e a constatação de que, após a emergência no Brasil, a Polinésia Francesa está identificando casos similares em seu território Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) INFECTO, Prof. Fran – FPM VIII Identificação do ZIKV em líquido amniótico de duas gestantes cujos fetos apresentavam microcefalia, no interior da Paraíba DIAGNÓSTICO Oportunidade de detecção do Zika vírus segundo técnica laboratorial (isolamento, reação em cadeia da polimerase via transcriptase reversa – RT-PCR- e sorologia - IgM IgG PREVENÇÃO Realizar Pré natal completo, realizando todos os exames recomendados pelo seu médico Não consumir bebidas alcoólicas ou qualquer tipo de drogas Não utilizar medicamentos sem a orientação médica Evitar contato com pessoas com febre, manchas vermelhas ou infecções Medidas para reduzir a presença de mosquitos transmissores de doenças: (retirar recipientes que tenham água parada e cobrir adequadamente locais de armazenamento de água) Proteger-se de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes indicados para o período da gestação MEDIDAS PREVENTIVAS Prevenção e controle são semelhantes às da dengue e Chikungunya Vacinação para dengue Repelentes podem ser aplicados na pele exposta ou nas roupas Redução da densidade vetorial, mantendo o domicílio sempre limpo, eliminando os possíveis criadouros Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos Não existem medidas de controle específicas direcionadas ao homem, uma vez que não se dispõe de nenhuma vacina ou drogas antivirais QUESTÕES – PROVAS ANTIGAS DA FRAN
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