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aula de arboviroses (síndromes febris - dengue, chikungunya e zika) INFECTO FPM VIII

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Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) 
 
 INFECTO, Prof. Fran – FPM VIII 
DENGUE 
VÍRUS QUE TEM 4 SOROTIPOS 
DENV 1 
DENV 2 
DENV 3 
DENV 4 
 
GESTAÇÃO  infecções mais graves nas gestantes 
Maior susceptibilidade fetal à infecção congênita 
Imunossupressão fisiológica 
A dengue grave durante a gestação  óbitos materno, 
fetal e perinatal -1º trimestre 
Complicações hemorrágicas  a infecção pela doença 
ocorre próximo ao parto 
TRANSMISSÃO 
 
ESPECTRO CLÍNICO 
Assintomática ou sintomática 
Sintomática  doença sistêmica e dinâmica de amplo 
espectro clínico 
Formas oligossintomáticas até quadros graves 
Evolução para óbito 
3 fases clínicas podem ocorrer  FEBRIL, CRÍTICA E 
RECUPERAÇÃO 
Pacientes diabéticos, portadores de doenças crônicas, 
crianças (principalmente <2 anos), imunodeprimidos, 
gestantes, idosos – ATENÇÃO PARA ESSES 
PACIENTES!!!  GRUPO DE MAIOR 
VULNERABILIDADE, TENDÊNCIA À GRAVIDADE DO 
CASO (PROVA!) 
Obs.: NÃO EXISTE A NOMENCLATURA DE DENGUE 
HEMORRÁGICA!!!!!!!! É DENGUE GRAVE!!!!!!!!! 
 
DENGUE É UMA DOENÇA DINÂMICA 
TODA ATENÇÃO É NECESSÁRIA! 
FASE FEBRIL 
FEBRE  início abrupto 
Cefaleia 
Dor no corpo  mialgia 
Dor nas articulações (conhecida popularmente como dor 
quebra ossos)  artralgia 
Dor retrorbitária 
Anorexia 
Náuseas e vômitos 
Diarreia 
Exantema  maculo papular 
Manifestações hemorrágicas 
PROVA DE LAÇO POSITIVA 
LEUCOPENIA (ABAIXO DE 5000 /4000, depende do VR) 
– leucocitose as custas de linfócitos 
SD FEBRIS - ARBOVIROSES 
 
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DURAÇÃO 2 A 7 DIAS – MONITORIZAÇÃO DA 
DEFERVESCÊNCIA DA FEBRE 
Parou a febre  em 24 a 48h checar as plaquetas 
FASE CRÍTICA 
Presente em alguns pacientes 
Evolução para as formas graves 
Medidas diferenciadas de manejo clínico 
Observação: devem ser adotadas imediatamente! 
Início com a defervescência da febre  entre o 3º e o 7º 
dia do início da doença 
 Surgimento de sinais de alarme 
Aumento da permeabilidade vascular 
Deterioramento clínico do paciente 
Evolução para o choque por extravasamento de plasma 
SINAIS DE ALARME NA DENGUE 
(PROVA! PRECISA SABER) 
DOR ABDOMINAL INTENSA (referida à palpação) e 
contínua – indicação de ascite 
Vômitos persistentes – incoercíveis (necessita de 
hidratação endovenosa) 
Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame 
pericárdico) 
Hipotensão postural e/ou lipotimia 
Hepatomegalia maior do que 2cm, abaixo do rebordo 
costal 
Sangramento de mucosa (expressivo, hematúria, 
epistaxe, sangramento gengival que não para...) 
Letargia e/ou irritabilidade – principalmente em casos 
de crianças 
Aumento progressivo do hematócrito – o hematócrito 
reflete no hemograma a questão da hidratação, 
quanto maior o hematócrito, maior a perda de líquido 
para o terceiro espaço 
DENGUE GRAVE 
1. Extravasamento grave do plasma 
2. Choque (shock por dengue) +- angústia 
respiratória  4 ou 5 (com intervalo dentre três a 
sete dias) 
3. Sangramento grave 
4. Comprometimento grave de órgãos: dano 
hepático importante (AST – ALT > 1000), alteração 
da consciência, miocardite ou outros órgãos, ex: 
acumulação de líquidos com insuficiência 
respiratória 
5. O extravasamento plasmático: aumento do 
hematócrito 
6. Redução dos níveis de albumina e por exames de 
imagem 
O PERÍODO DE ESCAPE DE PLASMA, 
CLINICAMENTE GRAVE, NORMALMENTE DURA 
DE 24 A 48 HORAS! 
SINAIS DE CHOQUE 
Pulso rápido e fraco 
Estreitamento da pressão arterial  diferença entre a 
PA sistólica e a diastólica <=20mmHg; na dengue, 
diferentemente do que ocorre em outras doenças que 
levam ao choque, antes de haver uma queda substancial 
da PA sistólica (PA sistólica < 90mmHg em adultos) 
poderá haver o estreitamento da pressão! 
Extremidade fria ou cianose 
Tempo de enchimento capilar prolongado 
Taquicardia ou bradicardia 
Taquipneia 
Oligúria 
OUTRAS MANIFESTAÇÕES 
Encefalite 
Meningoencefalite 
Mielite 
Miocardite 
Hepatite 
HISTÓRIA NATURAL DA DENGUE (PROVA!) 
 
Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) 
 
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FASE DE RECUPERAÇÃO 
A reabsorção gradual de fluidos a partir dos espaços 
extravasculares ocorre nas 48 -72 horas seguintes 
Estabilização hemodinâmica e melhora da diurese 
Pode aparecer um exantema intenso 
Pacientes que passaram pela fase crítica  reabsorção 
gradual do conteúdo extra com progressiva melhora clínica 
Complicações relacionadas à hiper-hidratação 
Infecções bacterianas 
SITUAÇÕES ESPECIAIS 
CRIANÇAS 
Assintomática ou síndrome febril clássica viral e sintomas 
inespecíficos  adinamia, sonolência, recusa da 
alimentação e de líquidos, vômitos, diarreia ou fezes 
amolecidas 
Menores de 2 anos de idade  choro persistente, 
adinamia e irritabilidade 
Os sinais de alarme são mais facilmente detectados 
GESTANTES 
Tratadas  estadiamento clínico da dengue 
Vigilância, independente da gravidade, devendo o médico 
estar atento aos riscos para mãe e concepto 
Aumento de sangramentos de origem obstétricas 
Risco aumentado de aborto e baixo peso ao nascer 
DIAGNÓSTICO 
SOROLOGIA (ELISA)  a partir do 6º dia do início dos 
sintomas 
Detecção de antígenos virais  NS1, isolamento viral, RT-
PCR e imuno-histoquímica: até o 5º dia do início dos 
sintomas 
Fase crítica – defervescência  melhora ou piora clínica; 
sinais de alarme  aumento da fuga do plasma 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
QUAL É O MARCO DIFERENCIAL ENTRE DENGUE E 
CHIKUNGUNYA? DENGUE  TEM FEBRE, MAS É 
MENOR E PLAQUETOPENIA; CHIKUNGUNYA  
FEBRE MAIS ALTA E DOR ARTICULAR (pode ter artrite) 
DENGUE E ZIKA – ZIKA (assintomática) – problema: 
transmissão vertical na gestante com malformações fetais 
 
COVID 
 
 
 
 
 
 
 
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Estudar pelo PROTOCOLO: 
 
MANEJO CLÍNICO 
 
 
PROVA DO LAÇO 
Verificar a PA e calcular o valor médio pela fórmula 
(PAS+PAD) / 2; por ex PA de 100 x 60 mmHg, então 
100+60=160, 160/2=80; então, a média de pressão arterial 
é de 80 mmHg 
Insuflar o manguito até 5 minutos em adultos e 3 min em 
crianças 
Contar o número de petéquias em um quadrado de 2,5 cm 
de lado, no local com maior concentração, positivo se: 
> 20 em adultos 
>10 em crianças 
 
E AGORA? 
Anamnese, exame físico e resultados laboratoriais 
(hemograma completo) 
É dengue? Em que fase (febril / crítica / recuperação) o 
paciente se encontra? Tem sinais de alarme? Qual o 
estado hemodinâmico e está em choque? Tem condições 
pré-existentes? O paciente requer hospitalização? Em qual 
grupo de estadiamento (grupos A, B C ou D) o paciente se 
encontra? 
 
esquema no final do resumo* 
MANEJO CLÍNICO 
GRUPO A 
 
AVALIAÇÃO CLÍNICA DA DENGUE 
 
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Exame clínico completo incluindo: 
- busca por sinais de alerta 
- busca por sangramentos 
- prova do laço 
- PA em duas posições 
EXAMES INESPECÍFICOS 
Hemograma simplificado com resultado em até 24h para 
todos os suspeitos de dengue 
TRATAMENTO 
Hidratação oral (60-80ml kg dia), pelo menos um terço 
com soro de reidratação oral 
Sintomáticos (paracetamol, dipirona ou antieméticos) 
Orientações sobre sinais de alarme para paciente e 
seus familiares 
Retorno para reavaliação no primeiro dia sem febre 
ORIENTAÇÕES PARA HIDRATAÇÃO ORAL 
A hidratação oral dos pacientes com suspeita de dengue 
deve ser iniciada ainda na sala de espera enquanto 
aguardam consulta médica 
VOLUME DIÁRIO DA HIDRATAÇÃO ORAL: 
Adultos  60ml/kg/dia, sendo 1/3 com solução 
salina e no início com volume maior. Para os 2/3 
restante, orientar a ingestão de líquidos caseiros 
(água, suco de frutas, soro caseiro, chás, água de 
coco etc.), utilizando-se os meios mais adequados 
à idade e aos hábitos do paciente 
Especificar o volume a ser ingerido por dia. Por exempli, 
para um adulto de 70kg, orientar: 60ml/kg/dia – 4,2L. 
ingerir nas primeiras 4 a 6 horasdo atendimento: 1,4L de 
líquidos e distribuir o restante nos outros períodos (2,8L) 
Crianças (< 13 anos de idade)  orientar 
paciente e o cuidador para hidratação por via oral. 
Oferecer 1/3 na forma de soro de reidratação oral 
(SRO) e o restante através da oferta de água, 
sucos e chás. Considerar o volume de líquidos a 
ser ingerido conforme recomendação a seguir 
(baseado na regra de Holliday Segar acrescido de 
reposição de possíveis perdas de 3%): 
- crianças até 10 kg  130ml/kg/dia 
- crianças de 10 a 20kg  100ml/kg/dia 
- crianças acima de 20kg  80ml/kg/dia 
Nas primeiras 4 a 6 horas do atendimento considerar a 
oferta de 1/3 deste volume. Especificar em receita médica 
ou no cartão da dengue o volume a ser ingerido. 
 Manter a hidratação durante todo o período febril e por 
até 24-48 horas após a defervescência da febre 
 A alimentação não deve ser interrompida durante a 
hidratação e sim administrada de acordo com a 
aceitação do paciente. O aleitamento materno deve 
ser mantido e estimulado 
GRUPO B 
CASO FEBRIL COM FENÔMENOS HEMORRÁGICOS 
NA PELE OU FATORES DE RISCO 
 
FATORES DE RISCO  idosos > 65 anos, crianças < 2 
anos, gestantes, pacientes com diabetes, HAS e outras 
doenças crônicas 
MANEJO CLÍNICO 
Hemograma completo para todos os pacientes 
Liberar o resultado em até duas horas, no máximo em 
quatro horas 
Avaliar hemoconcentração 
Observação até o resultado dos exames 
Hidratação oral conforme recomendado para o grupo A, 
até o resultado dos exames 
Paracetamol e/ou dipirona 
 
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Hematócrito normal  tratamento em regime ambulatorial, 
reavaliação clínica laboratiorial diária, até 48h após a 
queda da febre ou imediata, na presença de sinais de 
alarme 
Não se automedicar 
GRUPO C 
 
Reposição volêmica com 10ml/kg de soro fisiológico na 
primeira hora 
Devem permanecer em acompanhamento em leito de 
internação até estabilização – mínimo 48 horas 
Hemograma completo 
Dosagem de albumina sérica e transaminases 
Os exames de imagem recomendados são RX de tórax 
(PA, perfil e incidência de Laurell) 
US de abdome 
Outros exames  glicemia, ureia, creatinina, eletrólitos, 
gasometria, TP e TTPA e ecocardiograma 
Reavaliação clínica (sinais vitais, PA, avaliar diurese: 
desejável 1ml/kg/h) após 1 hora 
Manter a hidratação de 10ml/kg/h, na segunda hora, até 
avaliação do hematócrito que deverá ocorrer em duas 
horas (após a etapa de reposição volêmica) 
Total máximo de cada fase de expansão 20ml/kg em duas 
horas, para garantir administração gradativa e monitorada 
Se não houver melhora do hematócrito ou dos sinais 
hemodinâmicos, repetir a fase de expansão até três vezes 
Reavaliação clínica (sinais vitais, PA, avaliar diurese) após 
uma hora, e de hematócrito em duas horas (após 
conclusão de cada etapa) 
Se houver melhora clínica e laboratorial após a fase de 
expansão, iniciar fase de manutenção: 
PRIMEIRA FASE: 25ml kg em 6horas (exemplo: 
25x70kg = 1750 ml SF 0,9% 
SE HOUVER MELHORA INICIAR A SEGUNDA FASE! 
SEGUNDA FASE: 25ml kg em 8horas, sendo 1/3 
com SF e 2/3 com soro glicosado 
OS PACIENTES DO GRUPO C DEVEM PERMANECER 
EM LEITO DE INTERNAÇÃO ATÉ ESTABILIZAÇÃO E 
CRITÉRIOS DE ALTA, POR UM PERÍODO MÍNIMO DE 
48 HORAS 
GRUPO D - GRAVE 
 
 
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REPOSIÇÃO VOLÊMICA (adultos e crianças) 
Iniciar imediatamente fase de expansão rápida parenteral, 
com solução salina 
Isotônica: 20ml/kg em até 20 min, em qualquer nível de 
complexidade 
Reavaliação clínica a cada 15-30 min e de hematócrito 
em 2 horas. Estes pacientes necessitam ser 
continuamente monitorados 
Repetir fase de expansão até 3 vezes 
Se houver melhora clínica e laboratorial após fases de 
expansão, retornar para a fase de expansão do grupo C e 
seguir a conduta recomendada para o grupo 
Estes pacientes devem permanecer em leito de UTI até 
estabilização (mínimo 48 horas), e após estabilização 
permanecer em leito de internação 
Hemograma, dosagem de albumina sérica e 
transaminases 
Exames de imagem: RX de tórax (PA, perfil e incidência de 
Laurell) e US de abdome 
Glicemia, ureia, creatinina, eletrólitos, gasometria, TPAE e 
eletrocardiograma 
Exames para confirmação de dengue  isolamento viral 
ou PCR (até o 5º dia de doença) 
UTI 
Na persistência do choque, deve-se avaliar: 
Se o hematócrito estiver em ascensão, após 
reposição volêmica adequada, utilizar plasmáticos 
(albumina 0,5-1g/kg) 
Usar coloide sintéticos, 10ml/kg/hora 
Se o hematócrito estiver em queda e houver 
persistência do choque, investigar hemorragias e 
avaliar a coagulação 
Em caso de hemorragia  transfundir o 
concentrado de hemácias 
Em caso de coagulopatias  plasma fresco, 
vitamina K endovenosa e crioprecipitado 
Considerar a transfusão de plaquetas se houver 
sangramento persistente não controlado, depois 
de corrigidos os fatores de coagulação e do 
choque e com trombocitopenia e INR maior que 
1,5 vezes o valor normal 
Sinais de desconforto respiratório, sinais de ICC e 
investigar hiper-hidratação 
Redução na infusão de líquido, uso de diuréticos e drogas 
inotrópicas, quando necessário 
A infusão de líquidos deve ser interrompida se houver 
melhora clínica, normalização do hematócrito, ausência de 
sangramentos, normalização dos sinais vitais, presença de 
diurese 
CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR 
Presença de sinais de alarme 
Recusa a ingestão de alimentos e líquidos 
Comprometimento respiratório  dor torácica, dificuldade 
respiratória, diminuição do murmúrio vesicular ou outros 
sinais de gravidade 
Impossibilidade de seguimento ou retorno a unidade de 
saúde 
Comorbidades descompensadas como DM, HAS, IC, uso 
de dicumarínicos, crise asmática etc. 
Outras situações a critério clínico 
CRITÉRIOS DE ALTA HOSPITALAR 
OS PACIENTES PRECISAM PREENCHER TODOS OS 
CRITÉRIOS A SEGUIR: 
1. Estabilização hemodinâmica durante 48h 
 
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2. Ausência de febre por 48h 
3. Melhora visível do quadro clínico 
4. Hematócrito normal e estável por 24 horas 
5. Plaquetas em elevação e acima de 50 000 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CHIKUNGUNYA 
“aqueles que se dobram” 
Arbovirose, RNA do gênero Alfavírus, surtos na África, 
ilhas do Oceano Índico e do Pacífico, índia e sudeste 
asiático, chegou ao Caribe e às Américas em 2013, e no 
Brasil em 2014 
A transmissão se dá por meio da picada dos mosquitos: 
Aedes aegypti e Aedes albopictus 
Por se tratar de doença nova no BR, não há imunidade 
naturalmente adquirida 
A suscetibilidade é total, logo, todas as faixas etárias são 
passiveis de infecção 
 
Não há vacina, logo... a imunidade de longa duração 
somente será obtida por meio da infecção natural 
SINTOMAS 
 
TRANSMISSÃO 
 
Não há transmissão de pessoa a pessoa 
Nas gestantes, pode haver transmissão no parto 
É possível a transmissão por transfusão sanguínea 
SINTOMAS 
Febre alta de início rápido 
Dores intensas simétricas nas articulações dos pés, mãos, 
dedos, tornozelos, punhos e joelhos 
Dores no corpo 
Dor de cabeça 
Manchas vermelhas na pele 
AS DORES NAS ARTICULAÇÕES PODEM SER 
ALIVIADAS COM COMPRESSAS FRIAS DE QUATRO 
EM QUATRO HORAS, POR 20 MINUTOS 
FASE AGUDA OU FEBRIL 
Febre de início súbito 
Poliartralgia, geralmente acompanhada de dores nas 
costas, cefaleia, fadiga e mialgia 
90% dos casos 
Duração média de 7 dias 
Geralmente simétrica 
Tenossinovite 
Exantema (5º dia) 
Hiperemia ocular 
Outros sintomas 
FASE SUBAGUDA 
Persistência da artralgia e edema 
Surgimento de lesões purpúricas, vesiculares e bolhosas, 
doença vascular periférica, fadiga e sintomas depressivos 
FASE CRÔNICA 
Sintomas >3 meses 
Alguns pacientes poderão evoluir com artropatia destrutiva 
semelhante à artrite psoriáticaou reumatoide 
Outras  fadiga, cefaleia, prurido, alopecia, exantema, 
bursite, tenossinovite, disestesias, parestesias, dor 
neuropática, fenômeno de Raynaud, alterações 
cerebelares, distúrbios do sono, alterações de memória, 
déficit de atenção, alterações da memória, déficit de 
atenção, alterações do humor, turvação visual e 
depressão. Esta fase pode durar até três anos 
 
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OS SINAIS E SINTOMAS TANTO DA DENGUE, 
QUANTO DA CHICUNGUNYA, TENDEM A SER MAIS 
INTENSOS EM CRIANÇAS E IDOSOS! 
PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS TÊM MAIS 
CHANCES DE DESENVOLVER FORMAS GRAVES DA 
DOENÇA! 
FORMA ATÍPICA 
 
DIAGNÓSTICO 
Isolamento de vírus: coleta até o 3º dia do início dos 
sintomas 
RT-PCR em tempo real ou RT-PCR convencional  até o 
8º dia do início dos sintomas 
Sorologia IgM e IgG – ELISA  serão realizadas em soro 
ou plasma coletados a partir do 4º dia do início dos 
sintomas 
DIAGNÓSTICO 
 
 
 
 
ZIKA 
1947: Zika Floresta de Uganda, África. 
1951 a 1981: infecção humana 
2007: surto na ilha de YAP e outras ilhas próximas dos 
estados Federados da Micronésia (Pacífico) 
2013: 8.264 casos suspeitos zika vírus Polinésia Francesa 
* Confusão com vírus da dengue: semelhança no quadro 
clínico 
• 05/2015: alerta ( PAHO) – 
 
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1° caso identificado no Brasil 
3.500 pessoas na Bahia: RT-PCR 
Novos casos de doenças exantemáticas 
Dengue, rubéola, parvovírus B19, 
Chikungunya, sarampo, outros arbovírus e enterovírus 
02/2016: OMS: Emergência em Saúde Pública 
Vírus RNA de cadeia única; Gênero Flavivírus, família 
Flaviviridae 
Transmitido principalmente pela picada de um mosquito 
infectado da espécie Aedes (Ae. aegypti e Ae. albopictus) 
A EVOLUÇÃO DA ZIKA É BENIGNA  OS SINTOMAS 
DESAPARECEM ESPONTANEAMENTE DE 3 A 7 DIAS! 
TRANSMISSÃO 
A transmissão pode acontecer da mulher grávida para o 
feto e está relacionada a danos fetais 
Transmissão sexual 
Transfusão de sangue 
MICROCEFALIA 
 29 casos de microcefalia em crianças nascidas a partir de 
agosto de 2015 (Pernambuco) 
Diferentes unidades hospitalares, públicas e privadas, com 
atendimento materno-infantil 
Residentes em diferentes regiões do estado de 
Pernambuco 
Relatos preliminares das equipes médicas: casos com 
perímetro cefálico menor ou igual 29cm ao nascer 
Maioria dos recém-nascidos: termo ou próximo do termo 
ZIKA 
A MAIORIA DAS PESSOAS NÃO DESENVOLVE 
MANIFESTAÇ~IES CLÍNICAS, MAS PODEM TER: 
Dor de cabeça 
Febre baixa 
Dores leves nas articulações 
Manchas vermelhas 
Coceira na pele 
Vermelhidão nos olhos 
ZIKA - GESTANTES 
 Abortamento, microcefalia, formas graves e atípicas são 
raras, mas podem evoluir para óbito 
Todos os bebês com microcefalia deverão manter 
consultas de puericultura nas UBS 
Também deverão ser acompanhados em serviços 
especializados para estimulação precoce 
O QUE É MICROCEFALIA? 
Malformação congênita, em que o cérebro não se 
desenvolve de maneira adequada 
Bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor do que 
o normal esperado para a idade gestacional (IG) e sexo 
Recém-nascido com menos de 37 semanas de idade ou 
mais de IG com medida do PC menor que -2 desvios-
padrão, segundo a tabela do Intergrowth para a idade 
gestacional e sexo 
Recém-nascido com 37 semanas ou mais de IG com 
medida do PC menor ou igual a 31,5cm para meninas e 
31,9 para meninos e equivalente a menor que -2 desvios 
padrão para a idade e IG e sexo, segundo a tabela da OMS 
CAUSAS 
 
ZIKA VÍRUS X MICROCEFALIA 
28 /11/2015, o MS demonstrou relação ZIKV e a ocorrência 
de microcefalias 
Evidência na literatura de que o ZIKV é neurotrópico e a 
constatação de que, após a emergência no Brasil, a 
Polinésia Francesa está identificando casos similares em 
seu território 
 
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 INFECTO, Prof. Fran – FPM VIII 
Identificação do ZIKV em líquido amniótico de duas 
gestantes cujos fetos apresentavam microcefalia, no 
interior da Paraíba 
 
DIAGNÓSTICO 
Oportunidade de detecção do Zika vírus segundo técnica 
laboratorial (isolamento, reação em cadeia da polimerase 
via transcriptase reversa – RT-PCR- e sorologia - IgM IgG 
PREVENÇÃO 
Realizar Pré natal completo, realizando todos os exames 
recomendados pelo seu médico 
Não consumir bebidas alcoólicas ou qualquer tipo de 
drogas 
Não utilizar medicamentos sem a orientação médica 
Evitar contato com pessoas com febre, manchas 
vermelhas ou infecções 
Medidas para reduzir a presença de mosquitos 
transmissores de doenças: (retirar recipientes que tenham 
água parada e cobrir adequadamente locais de 
armazenamento de água) 
Proteger-se de mosquitos, como manter portas e janelas 
fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga 
comprida e utilizar repelentes indicados para o período da 
gestação 
MEDIDAS PREVENTIVAS 
Prevenção e controle são semelhantes às da dengue e 
Chikungunya 
Vacinação para dengue 
Repelentes podem ser aplicados na pele exposta ou nas 
roupas 
Redução da densidade vetorial, mantendo o domicílio 
sempre limpo, eliminando os possíveis criadouros 
Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia, 
quando os mosquitos são mais ativos 
Não existem medidas de controle específicas direcionadas 
ao homem, uma vez que não se dispõe de nenhuma vacina 
ou drogas antivirais 
QUESTÕES – PROVAS ANTIGAS DA FRAN

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