Buscar

Análise de Circuitos Senoidais - Sala de Aula _ Estacio - 03-10-22

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DESCRIÇÃO
Análise de circuitos senoidais no domínio da frequência. Emprego das Leis de Kirchhoff, Teorema Norton e de
Thevenin no domínio da frequência para a resolução de circuitos monofásicos e trifásicos.
  

PROPÓSITO
Resolver circuitos monofásicos e trifásicos no domínio da frequência, empregando as Leis de Kirchhoff, Teorema
de Norton e de Thevenin, como também apresentar os conceitos de potência média e valores e�cazes.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos uma calculadora cientí�ca, a calculadora de seu
smartphone/computador ou um software matemático de sua escolha.
OBJETIVOS
Módulo 1
Aplicar as Leis de Kirchhoff, Teoremas de Norton e
de Thevenin para a resolução de circuitos no
domínio da frequência
Módulo 2
Demonstrar os conceitos de potência média,
valores e�cazes e os circuitos trifásicos
ANÁLISE DE CIRCUITOS SENOIDAIS
  

MÓDULO 1
 Aplicar as Leis de Kirchhoff, Teoremas de Norton e
de Thevenin para a resolução de circuitos no domínio
da frequência
LEIS DE KIRCHHOFF, TEOREMAS DE NORTON E DE THEVENIN
PARA A RESOLUÇÃO DE CIRCUITOS NO DOMÍNIO DA
FREQUÊNCIA
  

INTRODUÇÃO
Neste tema estudaremos a resposta em regime permanente dos circuitos que são alimentados por fontes
senoidais.
Da análise clássica de circuitos, sabe-se que a resposta de um circuito tem a mesma característica da função
forçante, ou seja, se a entrada de um circuito é senoidal, a sua reposta em regime permanente também será
senoidal. Contudo, para que seja possível resolver os circuitos no domínio da frequência, devemos primeiro
compreender o conceito de transformada fasorial.
TRANSFORMADA FASORIAL
Uma fonte de alimentação senoidal de um circuito é representada no domínio do tempo por uma função
trigonométrica, cuja forma é:
Clique nas letras destacadas abaixo.
Para que possamos representar a função trigonométrica anterior na forma fasorial, devemos partir da identidade
de Euler, que é dada por:
ejθ = cos (θ) + jsen (θ)
Logo, as funções cosseno e seno podem ser de�nidas como a parte real e imaginária de , ou seja:ejθ
e
cos(θ) = Real{ejθ}
cos (θ) = Imaginaria{ejθ}
  

E a função trigonométrica poderá ser representada pela parte real de , isto é:v (t) = Vmaxcos (ωt + ϕ) e
jθ
v (t) = Vmaxcos (ωt + ϕ) = Real(Vmax {ej(ωt+ϕ)})
v (t) = Real{Vmaxejωtejϕ}
Então, a representação da função senoidal por meio da transformada fasorial dá-se pela sua amplitude e fase,
representados pela parcela e pela frequência angular da função trigonométrica, representada pela 
. A representação do fasor girante no tempo é mostrada pela Figura 1.
Vmaxe
jϕ
parcela ejωt
 Figura 1: Movimento do fasor ao longo do tempo.
Normalmente, utilizam-se apenas as informações de amplitude e fase para se representar um fasor, e essa
representação dá-se pela forma complexa polar ou retangular, usando-se a seguinte notação:
Clique nas letras destacadas abaixo.
  

O diagrama fasorial correspondente a esse fasor é apresentado a seguir:
 Figura 2: Diagrama fasorial correspondente.
Exemplo
Considere um circuito que possui uma fonte de tensão pela qual circula uma corrente
. Faça a transformação fasorial dessas grandezas e represente-as em um diagrama
fasorial.
v (t) = 4 cos (2t + 45o)V
i (t) = 2 cos (2t + 30o)A
Clique no botão para ver a resolução.
Resolução
→
  

A tensão é representada na forma fasorial por , enquanto a
corrente é representada na forma fasorial por .
A representação dessas grandezas no diagrama fasorial é:
v (t) = 4 cos (2t + 45o)V →V = 4∠45oV
i (t) = 2 cos (2t + 30o) →I = 2∠30oA
ELEMENTOS PASSIVOS NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA
De modo a realizarmos a análise dos circuitos senoidais no domínio da frequência, além de sermos capazes de
representar as tensões e correntes dos circuitos da forma como vimos na seção anterior, devemos estar aptos a
representar os elementos passivos existentes nos circuitos, que são:
Resistores
Indutores
Capacitores
Em um circuito senoidal, a razão entre o fasor tensão e o fasor corrente é denominada impedância, sendo dada
por:
Z =
→V
→I
=
Vmax∠ϕ
Imax∠δ
=
Vmaxe
j(ωt+ϕ)
Imaxej(ωt+δ)
 Ω
Clique nas barras para ver as informações.
RESISTORES 
INDUTORES 
CAPACITORES 
No capacitor, sabemos que a corrente é adiantada de 90°? em relação à tensão e que a tensão no capacitor é
dada por:
  

Passando corrente e tensão para o domínio da frequência:
Concluímos que a impedância do capacitor, também conhecida como reatância capacitiva, é dada por 
 e que o seu valor depende da frequência angular do sistema.
vC (t) =
1
C
∫ ic (t)dt
Vmaxe
j(ωt) =
1
C
∫ (Imaxej(ωt+90
o))dt
Vmaxe
j(ωt) =
1
C
Imaxe
j(ωt+90o) 1
jω
ZC =
→V
→I
=
1
jωC
=
Vmaxe
j(ωt)
Imaxej(ωt+90
o)
ZC =
1
jωC
 Ω
Agora, a partir da transformação fasorial e dos cálculos das impedâncias, podemos transformar um circuito para o
domínio da frequência e realizar as mesmas operações realizadas em circuitos resistivos.
Clique nas barras para ver as informações.
ASSOCIAÇÃO DE IMPEDÂNCIAS 
DIVISOR DE CORRENTE 
DIVISOR DE TENSÃO 
LEIS DE KIRCHHOFF
Da mesma forma que são aplicadas em circuitos resistivos, as Leis de Kirchhoff podem ser aplicadas em circuitos
no domínio da frequência.
Lei de Kirchhoff para correntes
  

"A soma algébrica das correntes que saem de um nó é zero."
A �m de encontrar o número de equações para se resolver o circuito, devemos identi�car a quantidade de nós do
circuito, e o número de equações nodais deverá ser:
NúmeroEquações = N − 1
Em que:
 é o número de nós do circuito (considerando o nó de referência).
Considere o circuito no exemplo a seguir:
Em que:
N
v (t) = 10 cos (2t)
R1 = 2 Ω
R2 = 2 Ω
R3 = 1 Ω
C1 = 1/2F
L1 = 1 H
EXEMPLO
Determine, a tensão do nó B pelo método de Kirchhoff para as correntes.  

Solução:
Inicialmente, identi�camos a frequência angular do sistema:
ω = 2
Agora, vamos fazer as transformadas fasoriais da tensão e dos elementos passivos do circuito.
A �gura a seguir mostra o circuito a ser analisado no domínio da frequência.
Como no circuito anterior temos 3 nós, a saber: nós A, B e o de referência, o número de equação nodais é:
V = 10∠0V
R1 = 2 Ω
R2 = 2 Ω
R3 = 1 Ω
Xc1 =
1
jωC1
= −j Ω
XL1 = jωL1 =  2 Ω
NúmeroEquações = N − 1 = 3 − 1 = 2
Aplicando a Lei de Kirchhoff para as correntes, teremos:
Somatório das correntes que saem do nó A igual a zero:
  

VA − 10∠0
2
+
VA − VB
2
+
VA − VB
j2
+
VA
−j
= 0
Somatório das correntes que saem do nó B igual a zero:
VB − VA
j2
+
VB − VA
2
+
VB
1
= 0
A partir da equação anterior, montamos o sistema a seguir:
[ ] [ ] = [ ]
1
2 +
1
2 +
1
j2 −
1
j
− 12 −
1
j2
− 12 −
1
j2
1
j2 +
1
2 + 1
VA
VB
5∠0
0
Que resultará nos seguintes valores das tensões de nó:
[ ] = [ ]VA
VB
4, 15∠ − 41, 63
1, 85∠ − 68, 20
Portanto, a tensão do nó B, 
Passando para o domínio do tempo, temos:
VB = 1, 85∠ − 68, 20V
vb (t) = 1, 85 cos (2t − 68, 20°) V
  

Lei de Kirchhoff para as tensões
"A soma algébrica das tensões ao longo de uma malha é zero."
Para se determinar o número de equações necessárias para se resolver o circuito, devemos identi�car primeiro o
número de ramos do circuito e seu número de nós. A partir daí, o número de equações será dado pela expressão a
seguir:
Clique nas letras destacadas abaixo.
Exemplo
Para o mesmo circuito do exemplo anterior, determine a tensão do nó B usando a Lei de Kirchhoff para as tensões.
Solução:
Primeiro, devemos de�nir quantos ramos possui o nosso circuito.
Lembrando que o ramo é o caminho entre dois nós, a partir da análise do grafo do circuito, podemos concluir que
ele possui 5 ramos, identi�cados na �gura a seguir:
  

Sabendo que o circuito possui 3 nós, o número de equações necessárias para resolver o circuito é:
NúmeroEquações = R − N + 1 = 5 − 3 + 1 = 3
Para se determinar as equações, primeiro temos que de�nir a árvore do grafo. Uma possível árvore para o grafo do
circuito é:
Agora, um conjunto possívelde correntes de malha é obtido fechando-se três caminhos, que podem ser:
Então, fazendo o somatório das tensões das malhas iguais a zero, temos as seguintes equações:
10∠0 = 2 (Ia + Ic) − jIa
0 = 2Ib + j2Ib − j2Ic
10∠0 = 2 (Ia + Ic) + j2Ic − j2Ib + Ic
A partir da equação anterior montamos o sistema a seguir:
  

=
⎡⎢⎣2 − j 0 20 2 + j2 −j22 −j2 2 + j2 + 1⎤⎥⎦⎡⎢⎣IaIbIc⎤⎥⎦ ⎡⎢⎣ 10010∠0⎤⎥⎦Que resultará nas seguintes correntes de malha:=⎡⎢⎣IaIbIc⎤⎥⎦ ⎡⎢⎣ 4, 15∠48, 41, 31∠ − 23, 21, 86∠ − 68, 2⎤⎥⎦A tensão do nó B será: VB = 1Ic = 1, 86∠−68, 2°VPassando para o domínio do tempo, temos:vb (t) = 1, 85 cos (2t − 68, 20°) VComo era de se esperar, chegamos ao mesmo resultado obtido no exemplo anterior.TEOREMA DE THEVENINResolver circuitos no domínio da frequência também é possível usando o Teorema de Thevenin. Para encontrar oequivalente Thevenin entre os pontos A e B de um circuito, devemos:
Clique nas informações a seguir.
  

javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
01 02 03
Exemplo
Para o circuito do problema anterior, encontre o valor usando o teorema de Thevenin.vb (t)
Solução:
Primeiro, vamos encontrar a impedância equivalente entre o ponto B e a referência, conforme mostrado na �gura
adiante:
A impedância equivalente de Thevenin para o circuito anterior será:
ZTH =
2j × 2
j2 + 2
+
2 × (−j)
2 − j
= 1, 41∠8, 13 
Para se determinar a tensão de Thevenin, devemos encontrar a tensão de circuito aberto entre B e a referência.
Porém, pela con�guração do circuito, percebemos que a corrente indicada na �gura é zero e, portanto, a tensão
de Thevenin, , será igual à tensão do nó A, que será:
I
VTH
VA = VTH = −
j
2 − j
10 = 4, 47∠ − 63, 45°
  

javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
Encontradas a tensão e a impedância de Thevenin, para que possamos determinar a tensão do nó B, devemos
montar o circuito composto pela associação série da tensão de Thevenin, impedância de Thevenin e o ramo
retirado do circuito.
O circuito �nal é apresentado na �gura a seguir:
O valor da tensão do nó B pode ser dado por divisor de tensão e será igual a:
VB =
1
1 + ZTH
VTH = 1, 86∠ − 68, 2
Passando para o domínio do tempo, temos:
vb (t) = 1, 86 cos (2t − 68, 20°) V
Mais uma vez, chegamos ao mesmo valor de tensão no circuito, porém, nesse caso, utilizando o Teorema de
Thevenin.
TEOREMA DE NORTON   

Para encontrar o equivalente Norton entre os pontos A e B de um circuito, devemos:
Clique nas informações a seguir.
01 02 03
Exemplo
Para o circuito do problema anterior, encontre o valor utilizando o teorema de Thevenin.vb (t)
Solução:
O valor da impedância de Norton é igual ao valor da impedância de Thevenin, portanto:
ZN = ZTH =
2j × 2
j2 + 2
+
2 × (−j)
2 − j
= 1, 41∠8, 13° 
A �m de determinarmos o valor da corrente de Norton, devemos calcular a corrente que �uirá pelo curto-circuito
entre o nó B e a referência, conforme indicado na �gura a seguir:
Para encontrarmos a corrente de Norton, podemos achar a tensão do nó A, e depois calcular a corrente de Norton,
sabendo que:
IN = I1 + I2
  

javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
Aplicando a lei dos nós, a tensão do nó A pode ser obtida por meio da seguinte equação:
VA − 10
2
+
VA
−j
+
VA
2
+
VA
j2
= 0
Resolvendo a equação anterior para , temos:VA
VA = 4, 472∠ − 26, 56°
Portanto, a corrente de Norton será:
IN =
VA
2
+
VA
j2
= 3, 16∠ − 71, 56°
Conhecidos os valores da impedância de Norton e da corrente de Norton, podemos montar o circuito com
associação paralela da fonte de corrente, da impedância de Norton e o ramo retirado do circuito original, conforme
mostra a �gura a seguir:
Para determinarmos o valor da tensão do nó B, basta encontramos a corrente e depois multiplicá-la pela
resistência.
Para determinarmos o valor de , usarmos o divisor de corrente, conforme mostrado a seguir:
I1
I1
  

I1 =
ZN
1 + ZN
IN = 1, 86∠ − 68, 20°
Finalmente:
VB = 1I1 = 1, 86∠ − 68, 20° 
Passando para o domínio do tempo, temos:
vb (t) = 1, 86 cos (2t − 68, 20°) V
Mais uma vez, chegamos ao mesmo valor de tensão no circuito, porém, nesse caso, utilizando o Teorema de
Norton.
 VERIFICANDO O APRENDIZADO
Considere o circuito a seguir para executar as duas atividades:
  

1. Para o circuito apresentado na �gura anterior o valor da tensão do nó A, em V, é
aproximadamente:
Em que:
i (t) = cos (5t − 30°)A
v (t) = 2 cos (5t)V
C =
1
10
F
L = 1H
R1 = 2 Ω
R2 = 2 Ω
Comentário
Parabéns! A alternativa "A" está correta.
Para resolver este problema, primeiro devemos passar todas as grandezas para o domínio da
frequência. Sabendo que rad/s, a transformação fasorial das grandezas do circuito
resultará nos valores mostrados a seguir:
ω = 5
0, 41cos(5t − 116, 13°)A)
0, 31cos(5t + 82, 43°)B)
1, 3cos(5t + 62, 73°)C)
1, 5cos(5t + 32, 22°)D)
0, 72cos(5t − 92, 43°)E)
  

O que resultará no seguinte circuito:
A melhor forma de resolver esse circuito é adotar como nó de referência o nó anterior da fonte
de corrente, o que resultará no circuito mostrado a seguir:
Assim, para resolver o circuito, podemos aplicar a Lei de Kirchhoff para as correntes nos nós A
e B, o que resultará no seguinte conjunto de equações:
Resolvendo esse sistema, encontraremos e 
Passando para a função senoidal, temos:
V = 2∠0V
I = 1∠ − 30
R1 = 2 Ω
R2 = 2 Ω
XC =
1
jωC
= −2j Ω
XL = jωL = j5 Ω
VA − 2∠0
j5
+
VA
−j2
+
VA − VB
2
= 0
1∠ − 30 +
VB − VA
2
+
VB − 2
2
= 0
VA = 0, 421∠ − 116, 13 VB = 0, 314∠82, 432
  

Portanto, a opção correta é a letra A.
vA (t) = 0, 421 cos (5t − 116, 13°)V
2. O valor da corrente , no circuito, em A, é aproximadamente:i1(t)
Comentário
Parabéns! A alternativa "B" está correta.
Conhecidos os valores das tensões nos nós A e B, a partir da solução da atividade anterior,
podemos aplicar a Lei de Kirchhoff dos nós no nó X, conforme indicado na �gura a seguir, de
modo a determinarmos o valor da corrente que circula pela fonte de luz.
Porém:
I1 = I2 + I3
0, 95cos(5t − 162, 7°)A)
1, 21cos(5t − 29, 33°)B)
0, 65cos(5t − 56, 13°)C)
0, 75cos(5t − 16, 13°)D)
0, 42 cos (5t − 11, 50°)E)
  

 e 
Da atividade anterior vimos que: e 
Portanto:
Passando para a função senoidal, temos:
Sendo assim, a opção correta é a Letra B.
I2 =
2 − VA
j5
I3 =
2 − VB
2
VA = 0, 421∠ − 116, 13 VB = 0, 314∠82, 432
I1 =
2 − 0, 421∠ − 116, 13 
j5
+
2 − 0, 314∠82, 432
2
= 1, 21∠ − 29, 32
vA (t) = 1, 21 cos (5t − 29, 32°)A
Avalie este módulo: 
MÓDULO 2
 Demonstrar os conceitos de potência média,
valores e�cazes e os circuitos trifásicos
OS CONCEITOS DE POTÊNCIA MÉDIA VALORES EFICAZES E
  

OS CONCEITOS DE POTÊNCIA MÉDIA, VALORES EFICAZES E
OS CIRCUITOS TRIFÁSICOS
INTRODUÇÃO
Neste módulo, estão presentes os conceitos de potência média e valores e�cazes necessários à análise de
circuitos senoidais, bem como o circuito trifásico, suas con�gurações e métodos para a sua resolução.
POTÊNCIA MÉDIA
A potência instantânea aplicada em um elemento é dada pela expressão:p (t)
Clique nas letras destacadas abaixo.
  

Uma vez que estamos trabalhando grandezas no regime permanente senoidal, podemons considerar que a tensão
e a corrente aplicadas ao elemento podem ser dadas por:
e
v (t) = Vmax cos (ωt + ϕv)
i (t) = Imax cos (ωt + ϕi)
Portanto, a potência fornecida ao elemento será:
p (t) = v (t)i (t) =  Vmax cos (ωt + ϕv)Imax cos (ωt + ϕi)
Contudo, a expressão anterior pode ser reescrita da seguinte forma:
p (t) = v (t)i (t) =  VmaxImax cos (ωt + ϕv) cos (ωt + ϕi)
A equação anterior pode ser reescrita da seguinte forma:
p (t) =
1
2
 VmaxImax [cos (ϕv − ϕi) + cos (2ωt + ϕv + ϕi)]
A potência média será dada por:P
  

P =
1
T
∫
T
0
1
2
 VmaxImax [cos (ϕv − ϕi)+ cos (2ωt + ϕv + ϕi)]dt
Cujo valor será:
P =
1
2
 VmaxImax cos (ϕv − ϕi)
Exemplo
Considere uma carga hipotética que possui as seguintes formas de tensão e corrente aplicadas a seus terminais:
Qual a potênciamédia, em W, aplicada na carga?
v (t) = 120 cos(3t + 30°)V
i (t) = 50 cos(3t + 60°)A
Solução:
A potência média é dada por:
P =
1
2
 120 × 50 cos (30 − 60) = 2598 W
Portanto, a potência média aplicada à carga é 2,60 kW.
VALORES EFICAZES
O valor e�caz de uma corrente senoidal é igual ao valor de corrente contínua que circularia por uma carga e
produziria a mesma potência média.
Considerando a de�nição anterior, vamos passar ao cálculo da corrente e�caz.
A potência média dissipada em uma resistência R, percorrida por uma corrente senoidal é:
  

P =
1
T
∫
T
0
i(t)2Rdt
Em que:
 é período da função senoidal.
Agora, a potência fornecida pela corrente contínua é:
T
P = Ief
2R
Igualando as duas potências, temos:
1
T
∫
T
0
i(t)2Rdt = Ief
2R
Resolvendo a expressão anterior para o valor e�caz da corrente, teremos:
Ief = √
1
T
∫
T
0
i(t)2dt
Sabendo que a corrente aplicada ao sistema é uma função senoidal:
  

Ief = √
1
T
∫
T
0
[Im cos(ωt)]
2
dt =
Im
√2
Agora, analisando-se a expressão a seguir, que nos dá o valor da potência média:
P =
1
2
 VmaxImax cos (ϕv − ϕi)
Ela pode ser reescrita em termos de valores e�cazes de tensão e corrente:
P =
1
2
 VmaxImax cos (ϕv − ϕi) =
Vmax
√2
Imax
√2
cos (ϕv − ϕi)
P = VefIef cos (ϕv − ϕi)
Resumindo
A expressão da potência média fornecida a uma carga pode ser
obtida pelo produto da tensão e da corrente e�cazes, aplicadas aos
terminais de um elemento e cosseno da diferença entre as fases da
tensão e da corrente.
EXEMPLO
Um resistor de e percorrido por uma corrente cuja função senoidal é dada pela equação a seguir:
Diante do exposto, determine a potência média dissipada no resistor.
10Ω
i (t) = 50 cos(3t + 60°)A
  

Solução
CIRCUITOS TRIFÁSICOS
A transmissão de grandes blocos de energia é feita de maneira mais e�ciente empregando-se circuitos trifásicos.
Dica
Circuitos trifásicos são obtidos a partir de geradores trifásicos, que
produzem 3 tensões de mesma amplitude, mesma frequência e
defasadas entre si de 120°.
Sequência direta ou positiva
Quando as tensões induzidas no gerador
são:
Essas tensões são ditas de sequência
direta ou positiva.
ea (t) = Emax cos (ωt)
eb (t) = Emax cos(ωt − 120°)
ec (t) = Emax cos(ωt − 240°)

Sequência inversa ou negativa
Quando as tensões induzidas
apresentam-se da seguinte forma:
As tensões são ditas de sequência
inversa ou negativa.
ea (t) = Emax cos (ωt)
ec (t) = Emax cos(ωt − 120°)
eb (t) = Emax cos(ωt − 240°)
A �gura a seguir mostra o diagrama fasorial das tensões.
Sequência positiva (direta)

Sequência negativa (reversa)  

javascript:void(0)
Tensões de fase
As tensões induzidas são denominadas
“tensões de fase”. 
Tensões terminais
As tensões terminais do gerador são
denominadas “tensões de linha”.
A relação entre as tensões de fase e de linha dependem da forma como o gerador está ligado.
Quando o gerador está conectado na con�guração Y, com neutro acessível ou não, o gerador apresenta a seguinte
con�guração:
Nesse tipo de ligação, temos:
Tensão induzidas de fase : , e 
Tensões terminais: , e 
Tensões de linha: , e 
Correntes de armadura (ou de fase): , e 
Correntes de linha: , e 
As relações entre os módulos das tensões de linha e tensões de fase são mostradas a seguir:
Ea Eb Ec
VA VB VC
VAB VBC VCA
Ia Ib Ic
IA IB IC
VL Eϕ
  

|VL| = √3  |Eϕ|
As relações entre os módulos das correntes de linha e correntes de fase são mostradas adiante:IL Iϕ
IL =  Iϕ
O diagrama fasorial do gerador conectado em Y é indicado a seguir:
Diagrama fasorial das tensões no gerador
ligado em Y

Diagrama fasorial das correntes no gerador
ligado em Y
Quando conectado em , o gerador apresenta a seguinte con�guração:
As relações entre os módulos das tensões de linha e tensões de fase são mostradas a seguir:
△
VL Eϕ
  

|VL| = |Eϕ|
As relações entre os módulos das correntes de linha e correntes de fase são mostradas a seguir:IL Iϕ
IL =  √3 Iϕ
O diagrama fasorial do gerador é indicado a seguir:△
Diagrama fasorial das tensões no gerador
ligado em △

Diagrama fasorial das correntes no gerador
ligado em △
As cargas em um circuito trifásico são ligadas em Y ou .△
Carga equilibrada
Se as impedâncias em cada uma das
fases forem iguais, a carga é dita
equilibrada.

Carga desequilibrada
Se as impedâncias forem diferentes, a
carga é dita desiquilibrada.
Considere um circuito com cargas desiquilibradas:
  

Em que:
Za = 5 Ω
Za = 3 − j4 Ω
Za = 3 + j4 Ω
Considerando que as tensões de linha sejam iguais a:
Vab = 100∠0
0
Vbc = 100∠−120°
Vca = 100∠−240°
As correntes de fase serão:
Ia =
100
5
= 20
  

Ib =
100∠−120°
3 − j4
= 20∠ − 66, 87°
Ib =
100∠−120°
6 + j8
= 10∠66, 87°
As correntes de linha serão:
IA = Ia − Ic = 18, 52∠−29, 78°
IB = Ib − Ia = 22, 04∠−123, 44°
IC = Ic − Ib = 27, 87∠98, 10°
A potência real do sistema será:
Pa = 5|Ia|
2 = 2000
Pb = 3|Ib|
2 = 1200
Pc = 3|Ic|
2 = 600
Portanto, a potência ativa total será:
PTotal = Pa + Pb + Pc = 3800W
A potência reativa será:
  

Qa = 0|Ia|
2 = 0
Qb = −4|Ib|
2 = −1600
Qc = 8|Ic|
2 = 800
Assim, a potência reativa total será:
QTotal = Qa + Qb + Qc = −800V ar
A potência aparente total da carga será:
S 2total = P
2
total + Q
2
total
Logo, a potência ativa total será:
STotal = √P ²total + Q2total = 3883 VA
Percebemos que as correntes de fase e de linha são desequilibradas, conforme mostra o diagrama fasorial a
seguir, no qual as tensões de linha estão representadas pelos fasores em preto, a corrente de fase pelos fasores
em azul, e as correntes de linhas pelos fasores em vermelho.
  

Considere a carga equilibrada ligada em Y, alimentada por um gerador trifásica ligado em Y, conforme a �gura a
seguir:
Em que:
Z = 3 + j4 Ω
  

Suponha que essa tensão de linha é obtida a partir das seguintes tensões de fase:
Ea = 200∠0
0
Eb = 200∠−120°
Ec = 200∠−240°
Como o sistema é equilibrado, não há circulação de corrente no neutro, então a mesma tensão do gerador será
aplicada à carga.
As correntes de linha serão:
IA =
Ea
Z
= 20∠−53, 13°
IB =
Eb
Z
= 20∠−173, 13°
IC =
Ec
Z
= 20∠66, 87°
Considerando que as cargas sejam indutivas, as correntes de fase estarão defasadas de suas tensões de fase de
um ângulo , conforme a �gura a seguir, onde os fasores das tensões estão representados em preto e as
correntes de linha estão representadas em vermelho.
Como o sistema é equilibrado, a defasagem entre as tensões é 120° e a defasagem entre as
correntes de linha é 120°.
θ
  

Atenção
Observe atentamente o diagrama fasorial anterior. Quando o circuito
trifásico é equilibrado, não precisamos calcular todas as correntes de
linha ou de fase. Basta calcular a corrente em uma das fases e
aplicar o defasamento de 120° nas demais fases.
Exemplo
Considere o circuito do problema anterior.
Sabendo-se que as tensões de fase são:
Ea = 200∠0
0
A corrente da fase a será:
Ia =
200
3 + j4
= 20∠−53, 13°
  

Aplicando-se a defasagem de 120° para as demais correntes, chegamos aos valores das demais correntes de
fase, que serão:
Ib = 20∠(−53, 13° − 120°) = 20∠−173, 13°
Ic = 20∠(−53, 13° − 240°) = 20∠66, 87°
Para circuitos trifásicos, a potência real de cada uma das fases é dada por:
Pi = EiIicos(ϕi)
Em que:
 é a potência da i-ésima fase.
 é a tensão e�caz da i-ésima fase.
 é a defasagem angular entre a tensão é a corrente de cada fase.
Quando tratamos de circuitos trifásicos equilibrados, como as correntes e tensões na carga têm o mesmo módulo
e a defasagem entre elas é a mesma, a potência real do circuito trifásico é dada por:
Pi
Ei
ϕi
P3ϕ = 3 EϕIϕ cos(θ)
Em que:
 é a potência trifásica.
 é a tensão de fase.
 é a corrente de fase.
Porém, se o sistema for ligado em Y, temos:
P3ϕ
Eϕ
Iϕ
  

Efase =
Elinha
√3
Ifase = Ilinha
Então, a equação da potência trifásica pode ser reescrita como:
P3ϕ = 3 
Elinha
√3
Ilinha cos (θ) = √3ElinhaIlinha cos (θ)
Resumindo
A potênciareal trifásica, fornecida a um sistema ligado em Y, pode
ser determinada usando-se valores de linha, conforme mostra a
equação anterior.
Se o sistema for ligado em , temos:△
Efase = Elinha
Ifase =
Ilinha
√3
Então, a equação da potência trifásica pode ser reescrita como:
  

P3ϕ = 3 Elinha
Ilinha
√3
cos (θ) = √3ElinhaIlinha cos (θ)
Comparando-se as expressões de potência do sistema trifásico, tanto para o sistema ligado em Y quanto para o
sistema ligado em , a expressão que fornece a potência trifásica pode ser obtida usando-se os valores de linha
da instalação.
△
 VERIFICANDO O APRENDIZADO
Considere o circuito da �gura a seguir para a resolução das atividades 1 e 2.
Observação: Os valores das tensões são dados em valores e�cazes. 
1. O valor e�caz da corrente de linha , em A, é aproximadamente:
Em que:
Ea = 220∠0
0
Eb = 220∠−120°
Ec = 220∠−240°
ZY = 3 − j4 Ω
ZΔ = 12 + j9 Ω
IA
32A)
42B)
52C)
62D)
  

Comentário
Parabéns! A alternativa "D" está correta.
Para resolver este problema, precisamos fazer a conversar para Y da carga ligada em .
A �gura anterior mostra o equivalente monofásico do circuito:
Agora, a corrente de linha será dada por:
Como as tensões trifásicas foram dadas em valores e�cazes, a corrente encontrada também
está em valor e�caz.
Portanto, a opção correta é a letra D.
△ △
ZY =
ZΔ
3
=
12 + j9
3
= 4 + j3
IA
IA =
Ea
Zeq
=
220
(4+j3)(3−j4)
(4+j3)+(3−j4)
= 62, 2∠8, 13°
2. A potência trifásica do sistema, em kW, é aproximadamente:
72E)
5,8A)
10,6B)
13,5C)
27,0D)
  

Comentário
Parabéns! A alternativa "E" está correta.
A potência trifásica é:
Portanto, a opção correta é a letra E.
P3ϕ = 3EaIAcos(ϕv − ϕi) = 3 × 220 × 62, 2cos(0 − 8, 13) = 40, 64kW
Avalie este módulo: 
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo destes módulos, estudamos a análise dos circuitos senoidais, iniciando pela transformação fasorial.
Observamos que, após essa transformação, as mesmas leis e teoremas vistos em circuitos resistivos podem ser
empregadas na resolução de circuitos.
No Módulo 2, vimos os conceitos de potência média e valores e�cazes, além de conhecermos os circuitos
trifásicos, com as con�gurações e Y. Analisamos os circuitos trifásicos com cargas equilibradas e
desiquilibradas e o cálculo da potência nesses circuitos.
△
PODCAST
40,6E)
  

0:00 4:07
REFERÊNCIAS
CLOSE, C. M. Circuitos Lineares. Rio de Janeiro: LTC, 1966.
NAHVI, M.; EDMINISTER, J. A. Circuitos Elétricos. 5 ed. Porto Alegre: Bookman, 2014 (Coleção Schaum).
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, resolva os exercícios dos livros constantes nas
referências.
CONTEUDISTA
Sandro Santos de Lima
 Currículo Lattes
  
Ao clicar nesse botão, uma nova aba se abrirá com o material preparado para impressão. Nel
do seu navegador e clique em imprimir ou se preferir, utilize o atalho Ctrl + P. Nessa nova jane
destino, direcione o arquivo para sua impressora ou escolha a opção: Salvar como PDF.
  

https://stecine.azureedge.net/repositorio/analise_de_circuitos_senoidais/index.html
javascript:void(0);

Outros materiais