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FORMAÇÃO CIDADÃ (1)

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FORMAÇÃO CIDADÃ
ALUNA: MILENA MARIA DA SILVA AGUIAR - P6
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são um apelo global à ação para acabar com
a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares,
possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas
estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 no Brasil. Baseando-se nos 17
ODS, convido-lhe a eleger 1 (um) dentre eles, a fim de trazer uma solução factível e possível de ser
aplicada até 2030. Para tanto, percorra os passos a seguir.
1. Eleja um ODS.
2. Crie uma história atrelada a esse ODS.
3. A história deve ser criada com base no ODS selecionado por você.
4. Ao contar a história, você não deve apenas relatar uma situação ou fato, mas deve procurar
revelar insights e experiências que representem a solução que encontrou para o ODS escolhido, de
modo real.
5. O storytelling elaborado por você deve ter, no mínimo, cinco elementos: 1) a seleção de um ODS
e definição do desafio que será resolvido; 2) personagem; 3) o personagem deve ter desejos,
necessidades, problemas, conflitos ou obstáculos; 4) o personagem deve superar obstáculos; 5) o
personagem deve fazer escolhas; 6) o personagem deve passar por um processo de transformação
(para melhor).
6. Ao criar esses personagens, dê-lhes vida com fotos, desenhos e descrições, fornecendo mais
subsídios à história que pretende contar.
7. Crie uma história que cative o seu leitor, a fim de que ela sirva como um agente impulsionador de
transformação da sociedade.
ODS - 10 - Redução das Desigualdades.
Marcos é um homem trans de 35 anos. Desde muito novo Marcos não se identificada com seu sexo
biológico, chegando a falar para seus pais aos 3 anos “eu sou um menino, não uma menina”.
Negava-se a vestir roupas femininas, sempre pegando cuecas e roupas do seu irmão mais velho.
Seus pais não aceitavam, levando-o à igreja todos os dias para sessões de exorcismo, pois o padre
da igreja frequentada pela família disse que era muito comum a possessão demoníaca se mostrar
em crianças desta forma. Marcos foi obrigado até os 16 anos a usar roupas femininas e ser
chamado de Patrícia. Passou por boa parte das mudanças femininas da puberdade, de modo que se
sentia mal e utilizava roupas largas para esconder tais características. Aos 17 anos fugiu de casa,
largou a escola por sofrer muito bullying, alegavam ser “muito estranha”, sendo chamada de
esquisita. Arranjou um emprego como garçom e alugou um pequeno apartamento com alguns
amigos. Procurou o posto de saúde do seu território pois queria iniciar o processo de transição para
seu gênero. O Dr Tadeu é o médico da Unidade Básica de Saúde procurada por Marcos, ele é
Médico de Saúde da Família e tem 54 anos. No decorrer da consulta, Dr Tadeu entendeu a queixa
trazida por Marcos mas lhe explicou que de acordo com a Resolução do CFM número 2.265/2019, o
processo de afirmação de gênero para menores de 18 anos precisa do termo de assentimento dos
pais ou responsáveis. Dr Tadeu aconselhou Marcos a aguardar, já que faltavam apenas 7 meses
para seu aniversário de 18 anos, o mesmo aceitou por não achar que havia outra opção. Neste
tempo, resolveu procurar um emprego que lhe desse melhor remuneração e alguma cobertura de
atendimento médico, já que o Dr Tadeu explicou que seria um longo processo pela frente, com
acompanhamento em vários médicos, vários hormônios, consultas regulares com psicólogos e
demandaria além da paciência, recursos financeiros. Passou 3 meses entregando currículos em
todas as empresas com vagas abertas, mas nenhuma chamou para entrevista. Em uma dessas
empresas, encontrou um amigo da escola chamado Fred, o pai dele era dono de uma
concessionária. No meio da conversa entre Fred e Marcos, ele comentou que estava à procura de
emprego e a vaga era para ser vendedor, mas sabia que não ia ser chamado por sua aparência
sofrer ainda muita discriminação, principalmente neste processo de transição. Fred disse que
conversaria com seu pai sobre o que ele comentou, falando que na escola ouviu falar sobre as
ODSs e que seria um bom exemplo de aplicação prática destas, principalmente nesta redução das
desigualdades. Em casa, após muita conversa, o pai de Fred, Alfredo, concordou com o filho e disse
que daria uma chance para seu amigo, já que é uma empresa da família e que pretende ser um
exemplo no mercado, uma referência. No outro dia, Marcos foi chamado para entrevista. Ele passou
1 hora trocando de roupa com medo da impressão que sua aparência passaria e isso o deixou triste
no início do dia, mas escondeu o sentimento e foi para a entrevista. Nela, ele explicou que faltavam
5 meses para sua maior idade, dos porquês da procura pelo emprego e do seu entusiasmo em fazer
crescer a empresa, isso deixou o Alfredo muito empolgado e com várias ideias sobre um programa
de inclusão e redução de desigualdades, programa esse que poderia ser encabeçado e liderado por
Marcos, já que o mesmo mostrou tanto potencial. Inicialmente, a ideia foi vista com maus olhos por
seus funcionários, que mesmo após 3 meses da contratação do Marcos, continuavam com piadas
internas e excluindo o mesmo dos eventos e dos almoços da empresa. Marcos no início ficou muito
triste por ter idealizado um local inclusivo, onde poderia explorar seus potenciais, mas encontrou o
mesmo contexto que o fez sair da escola. Alfredo percebeu e implementou alguns cursos, uma vez
por semana, obrigatórios, sobre inclusão e redução das desigualdades, explicando a necessidade e
urgência de fazer do local de trabalho, um ambiente acolhedor e inclusivo, não só para Marcos, mas
também para outros funcionários que eram excluídos por outros motivos. Alfredo lutou com seus
sócios para conseguir consultas regulares com psicólogos para toda sua equipe, deixando livre e
aberto para marcação dos atendimentos de acordo com a vontade própria dos funcionários. Marcos
procurou a psicoterapia, nela frisou que queria para trabalhar melhor seus sentimentos, pois estava
começando a ficar muito triste, chorando sempre que voltava do trabalho e perdendo a vontade de
lutar por sua transição de gênero. Nas consultas ele sempre frisava que queria fazer cirurgias que os
deixassem, como o mesmo falava “menos estranho”, pois estava cansado de lutar. Sua psicóloga
lhe explicou que era muito importante continuar esta psicoterapia e que foi uma boa escolha iniciar o
quanto antes, pois as cirurgias multiprofissionais e interdisciplinares precisam de, além de > 18
anos, também o acompanhamento psicológico por no mínimo 1 ano, que estava cada vez mais perto
do seu bem estar.

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