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UFU – JUNHO/2013 S O C I O L O G I A Durkheim caracteriza o suicídio — até então considerado objeto de estudo da epidemiolo- gia, da psicologia e da psiquiatria — como fato social e, por isso, dotado das características da coercitividade, da exterioridade, da genera- lidade. É tomado, pois, como objeto de estudo sociológico, em virtude do fato de A) variar na razão inversa ao grau de integra- ção dos grupos sociais de que faz parte o indivíduo, ou seja, quanto maior o grau de integração ao grupo social, mais elevada é a taxa de mortalidade – suicídio da socie- dade. B) ser possível observar uma certa predispo- sição social para fornecer determinado nú- mero de suicidas, ou seja, uma tendência constante, marcada pela permanência, a despeito de variações circunstanciais. C) configurar-se como uma morte que resulta direta ou indiretamente, consciente ou in- conscientemente de um ato executado pela própria vítima. D) depender, exclusivamente, do tempera- mento do suicida, de seu caráter, de seu histórico familiar, de sua biografia, uma vez que não deixa de ser um ato do próprio indivíduo. Gabarito: b resolução: Émile Durkheim ao trabalhar o suicídio como um fato social o faz destacando que ele não depende apenas da conduta individual para o ato, mas sim da predisposição social para o mesmo. Durkheim estabelece que certos mo- mentos como guerras, crises ou outros eventos históricos podem alterar a taxa de suicídios em uma sociedade, bem como as instituições sociais como a família, a religião ou a profissão podem promover ou evitar a prática suicida. As- sim enquanto fato exterior, geral e coercitivo, o fato social suicídio depende das características sociais perante a atitude individual do ato.