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08 Sistema Genital Masculino

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SISTEMA GENITAL MASCULINO 
O sistema genital masculino é composto por órgãos que, em conjunto, produzem os gametas 
masculinos (espermatozoides) e os conduzem associados a uma série de secreções produzidas 
especialmente para que se mantenham viáveis até sua deposição no trato genital feminino. Tais 
órgãos incluem um par de gônadas (glândulas sexuais) – os testículos – os quais também 
produzem hormônios esteroides para a manutenção das características sexuais secundárias 
masculinas; um sistema de canais condutores de espermatozoides e secreções das glândulas 
sexuais associadas, caracterizado como vias espermáticas – incluindo os pequenos ductos genitais 
intratesticulares, o par de epidídimos, o par de ductos deferentes, e a uretra masculina; um grupo 
de glândulas especializadas na elaboração de secreções que viabilizam a condução e a 
manutenção funcional dos espermatozoides ao longo do seu trajeto nas vias espermáticas, 
composto pelo par de glândulas seminais (ou vesículas seminais), pela próstata, e pelo par de 
glândulas bulbouretrais (ou glândulas de Cowper); e, finalmente, um órgão copulador – o pênis – 
encarregado da emissão do sêmen (conjunto de espermatozoides e secreções elaboradas pelas 
glândulas sexuais masculinas) e de sua deposição no trato genital feminino. Os testículos possuem 
em seu parênquima uma infinidade de canais, os túbulos seminíferos, onde os espermatozoides 
são produzidos após um extenso processo de proliferação e diferenciação celular 
(espermatogênese), após o que eles são conduzidos pelo sistema de ductos genitais 
intratesticulares até os epidídimos, onde os espermatozoides sofrem um processo de maturação 
estrutural e funcional, adquirindo uma motilidade direcionada. Do epidídimo, os espermatozoides 
seguem para o ducto deferente, um tubo dotado de uma espessa musculatura lisa responsável 
pela emissão dos espermatozoides durante a ejaculação. Durante a ejaculação, os 
espermatozoides são adicionados das secreções das glândulas seminais (que compõem cerca de 
70% do total do sêmen) e da próstata (que auxilia na manutenção da liquefação do sêmen), até 
alcançarem o meio externo, através de sua passagem pela uretra peniana (parte da uretra 
masculina), previamente lubrificada pela secreção das glândulas bulbouretrais. 
I. TESTÍCULO – ASPECTOS GERAIS E CÁPSULA 
1 2 
As imagens da prancha anterior demonstram aspectos gerais do testículo, a gônada 
masculina. Cada testículo é um órgão de formato ovalado, envolvido por uma cápsula 
conjuntiva composta por três camadas. A camada mais externa consiste na túnica vaginal 
(em 2), uma extensão do peritônio da cavidade abdominal que se estende para baixo durante 
a descida dos testículos no momento do desenvolvimento; a túnica vaginal, em seus dois 
folhetos (parietal e visceral, separados por uma cavidade), é formada por uma delgada 
camada de tecido conjuntivo frouxo revestida por um mesotélio (epitélio simples 
pavimentoso), e nem sempre é aparente nos cortes histológicos em função de sua pequena 
espessura ou remoção durante o processamento. A túnica vaginal é seguida da túnica 
albugínea (1 e 2), uma espessa camada de tecido conjuntivo denso modelado, considerada 
por muitos autores como a verdadeira cápsula testicular. Abaixo da túnica albugínea, localiza-
se a túnica vasculosa, da qual partem delicados septos de tecido conjuntivo frouxo 
vascularizado que penetram em meio ao parênquima testicular, dividindo-os em lóbulos 
testiculares. Estes septos conjuntivos formam o tecido conjuntivo intersticial testicular, 
ricamente vascularizado e inervado, presente em meio aos túbulos seminíferos, no qual estão 
situadas as células intersticiais testiculares, ou células de Leydig, secretoras do hormônio 
esteroide testosterona. Observe em 1 os lóbulos testiculares relativamente bem delineados 
pelos septos conjuntivos, além de um espessamento da túnica albugínea na região 
dorsoposterior, caracterizado como mediastino testicular, onde se localizam os tubos da rede 
testicular, para onde os túbulos seminíferos – principais componentes do parênquima 
testicular – convergem para lançar os espermatozoides. Note também a posição superior do 
epidídimo em relação ao testículo, o que é frequente na maioria dos cortes histológicos em 
função da proximidade entre os dois órgãos. Coloração: H&E. 
TESTÍCULO – TÚBULOS 
SEMINÍFEROS E CÉLULAS 
DE LEYDIG 
As imagens desta prancha mostram partes do 
parênquima testicular, onde predominam os 
túbulos seminíferos, onde ocorre a 
espermatogênese (produção de espermatozoides), 
e componentes do tecido conjuntivo intersticial 
testicular, onde se destacam as células de Leydig, 
secretoras de testosterona. Os detalhes se 
encontram na página seguinte. 
3 
4 
células mioides da 
Os túbulos seminíferos (em 3 e 4) são extensos túbulos enovelados, que preenchem a maior parte do 
parênquima testicular. Embora não se possa perceber isso em cortes histológicos, eles são túbulos que 
desembocam com ambas as extremidades na rede testicular através de pequenos ductos de conexão 
(túbulos retos). Cada lóbulo testicular tem cerca de 4-5 túbulos seminíferos. Aos cortes histológicos, 
eles podem ser vistos em diferentes planos de corte, em sentido transversal ou longitudinal, em 
função de seu trajeto intensamente contorcido. Sua parede é espessa e, por vezes, seu lúmen - 
normalmente estreito e irregular – pode se apresentar obliterado, em função do plano de corte. A 
parede dos túbulos seminíferos é formada, de fora para dentro, inicialmente por uma delgada camada 
denominada de túnica própria, a qual é composta por delicadas células contráteis, caracterizadas como 
células mioides (em 4 - não confundir com células mioepiteliais!!!), que se apresentam achatadas e com 
núcleos de mesmo formato ao redor de cada túbulo seminífero, sendo responsáveis por uma leve 
motilidade a estes túbulos. Em seguida, observa-se um espesso epitélio estratificado especializado, 
denominado de epitélio seminífero, formado pelas diferentes células da linhagem seminífera ou 
espermatogênica (espermatogônias, espermatócitos primários e secundários, e espermátides), as 
quais estão passando por diversas etapas de divisão e proliferação celulares, da base para o lúmen dos 
túbulos seminíferos. Além das células da linhagem seminífera, em meio a estas células encontram-se as 
células de Sertoli, que desempenham inúmeras funções relacionadas à espermatogênese, incluindo a 
sustentação das células seminíferas, produção de líquido testicular para veiculação dos 
espermatozoides para diante nos ductos testiculares, produção de uma proteína de ligação a 
andrógenos (ABP, para aumentar a concentração de testosterona no lúmen dos túbulos seminíferos, a 
fim de implementar a espermatogênese), formação de uma barreira hematotesticular (através de 
junções de oclusão entre si em seu perímetro basal, evitando o acesso de agentes estranhos à 
intimidade das células seminíferas em diferentes estágios de divisão/maturação), além da produção de 
hormônios (por ex., a inibina, antagônico ao FSH, que inibe a produção deste último pela adeno-
hipófise). Observe ainda as células de Leydig no interstício testicular, com seu formato poligonal e 
núcleo central, formando pequenos grupos nas proximidades de pequenos vasos sanguíneos. 
Coloração: H&E. 
TESTÍCULO – EPITÉLIO SEMINÍFERO 
E CÉLULAS DE SERTOLI 
Nestas imagens deve-se perceber a 
posição relativa das células da linhagem 
seminífera e das células de Sertoli na 
parede dos túbulos seminíferos. Os 
detalhes se encontram na próxima 
página. 
1 
1 1 
1 
1 
1 
1 1 
1 
1 
2 
2 
2 
2 2 
TP 
TP TP 
3 3 
3 3 
3 3 
3 
3 
3 3 
3 
4 
4 
4 
4 
4 4 
4 
5 
5 
5 
5 
5 
GC 
GC GC 
GC 
5 
6 
7 
Para entender a histologia dos túbulos seminíferos, é preciso saber– antes de tudo – que existe uma 
disposição típica das células da linhagem seminífera na parede dos túbulos seminíferos, da base para o 
lúmen, isto é, as espermatogônias (as células-tronco desta linhagem) se encontram na base dos túbulos 
seminíferos, seguidas dos espermatócitos primários e secundários em posições intermediárias na parede 
dos túbulos seminíferos, enquanto as espermátides se encontram mais próximas ao lúmen dos túbulos 
seminíferos. Não há espermatozoides na parede dos túbulos seminíferos, pois estes somente são 
considerados quando as espermátides terminam sua maturação (espermiogênese) e se tornam 
espermatozoides livres no lúmen dos túbulos seminíferos. Além disso, a configuração histológica da 
disposição qualitativa e quantitativa destas células é muito variável na parede dos diferentes túbulos 
seminíferos e também na parede de um mesmo túbulo. Juntamente com as células seminíferas, é preciso 
observar as células de Sertoli (1), com seus típicos núcleos alongados e eucromáticos, frequentemente 
com nucléolos evidentes, ocupando posições que variam da base dos túbulos seminíferos até regiões 
intermediárias. Embora as células de Sertoli se estendam da base até o lúmen dos túbulos seminíferos, 
seu citoplasma não é observado devido à aglomeração das demais células ao seu redor. Observe ainda as 
espermatogônias (2) como pequenas células de núcleo arredondado e intensamente corado, situadas 
exatamente na base dos túbulos seminíferos; os espermatócitos primários (3) são as maiores células da 
linhagem seminífera, geralmente ocupando regiões intermediárias em sua parede, e apresentando 
grandes núcleos com um padrão irregular em sua cromatina, devido às diferentes disposições dos 
cromossomas durante este estágio. Espermatócitos secundários, apesar de indicados em 6, não são 
muito discerníveis às preparações de rotina, devido ao seu breve período de permanência na parede dos 
túbulos seminíferos, originando logo as espermátides. Estas últimas podem se apresentar arredondadas, 
como espermátides iniciais (4), com núcleos arredondados e bem agregados, geralmente próximos ao 
lúmen dos túbulos seminíferos, enquanto espermátides tardias (5) já possuem núcleo alongado e 
hipercromático, frequentemente nas proximidades das porções apicais das células de Sertoli, onde 
ficam inseridas recebendo nutrientes destas células. Note ainda a presença de gotas citoplasmáticas 
(GC), que correspondem a resíduos do citoplasma de espermátides em final de maturação. TP, túnica 
própria dos túbulos seminíferos. Coloração: H&E. 
TESTÍCULO – TÚBULOS SEMINÍFEROS 
8 9 
10 11 
Fl 
Fl 
Fl 
Et 
Et 
Et 
Et Et 
Et 
Et 
Gc 
Gc 
TP 
TP 
As fotomicrografias de cortes histológicos de testículo da prancha anterior destacam 
mais uma vez diferentes aspectos dos túbulos seminíferos com relação à disposição 
relativa das células da linhagem seminífera e das células de Sertoli. A imagem em 8 
mostra, em aumento maior, a disposição das espermatogônias (Eg) na base do túbulo 
seminífero, apoiadas sobre a lâmina basal, intimamente associada à túnica própria (TP) 
do túbulo seminífero; os espermatócitos primários (E1) e seus grandes núcleos com 
cromatina de aspecto estriado, em posições intermediárias na parede do túbulo 
seminífero; além de espermátides iniciais , com núcleos arredondados e mais próximas 
ao lúmen do túbulo seminíferos, e espermátides tardias, com seus pequenos núcleos 
alongados e intensamente corados, também nas proximidades do lúmen, e 
frequentemente associadas às porções apicais de células de Sertoli (S), com seus núcleos 
eucromáticos alongados e ovalados, com nucléolo evidente. As imagens em 9, 10 e 11 
estão em aumentos médios, nos quais a perfeita distinção dos tipos celulares do epitélio 
seminífero nem sempre é possível. No entanto, as imagens em 9 e 10 destacam os 
abundantes flagelos de espermátides tardias (Et) que se projetam para o lúmen do 
túbulo seminífero, por vezes até provocando sua aparente obstrução, como em 10. Em 
11, as espermátides também já se encontram tardias, mas seus flagelos estão pouco 
aparentes; em compensação, notam-se abundantes gotas citoplasmáticas, decorrentes 
do citoplasma residual das espermátides que vai se deslocando ao longo do flagelo e 
mantendo as espermátides unidas, até a sua liberação no lúmen do túbulo seminífero 
como espermatozoides plenamente maduros. Coloração: H&E. 
TESTÍCULO – MEDIASTINO TESTICULAR – 
DUCTOS GENITAIS INTRATESTICULARES 
Os túbulos seminíferos desembocam nos túbulos 
retos, que são pequenos ductos presentes em meio 
ao mediastino testicular, um espessamento da 
túnica albugínea em posição dorsoposterior. Os 
túbulos retos são muito curtos e são revestidos 
apenas por células de Sertoli. Observe a conexão de 
um túbulo seminífero com um túbulo reto, indicada 
pela seta espessa. Após um breve percurso, estes 
ductos se conectam com uma rede de canais de 
contorno irregular e intensamente anastomosados, 
também disseminados em meio ao tecido 
conjuntivo denso não modelado do mediastino 
testicular. Estes canais constituem a rede 
testicular (ou “rede testis”), e são revestidos por 
um epitélio simples cúbico com células muito 
baixas, às vezes com aspecto pavimentoso. As 
células epiteliais do revestimento da rede 
testicular apresentam um cílio em sua superfície 
apical, nem sempre preservado nas preparações 
histológicas. Os canais da rede testicular 
convergem em direção aos ductos eferentes, os 
últimos ductos genitais intratesticulares. 
Rede testicular 
12 
13 
TESTÍCULO – DUCTOS GENITAIS 
INTRATESTICULARES – DUCTOS 
EFERENTES 
14 
15 16 
A imagem em 14 mostra um corte que 
inclui a porção dorsoposterior do 
testículo, onde são vistos túbulos 
seminíferos se encaminhando para o 
mediastino testicular, onde se 
encontram os ductos genitais 
intratesticulares – ou seja, os túbulos 
retos, a rede testicular e os ductos 
eferentes. Estes últimos se dirigem 
para a cabeça do epidídimo, vista na 
parte superior da figura. Os ductos 
eferentes, vistos em maior aumento 
em 15 e 16, consistem em delgados 
túbulos enovelados, revestidos por um 
epitélio pseudoestratificado ciliado, 
seguido de uma delgada túnica 
muscular de músculo liso – os ductos 
eferentes correspondem ao primeiro 
local onde surge tecido muscular liso 
nas vias espermáticas; deste modo, a 
partir daí os espermatozoides são 
impelidos por peristaltismo. C, cílios; 
TM, túnica muscular. Coloração: H&E. 
II. EPIDÍDIMO 
17 
18 
19 20 
O detalhamento das imagens 
desta prancha estão na próxima 
página. 
Os epidídimos formam um par de tubos intensamente enovelados (ductos epididimários) por 
sobre a superfície dorsoposterior dos testículos. O órgão é subdividido em cabeça, corpo e cauda; a 
imagem em 17, em aumento menor, mostra essas três regiões, onde se notam vários segmentos do 
ducto epididimário em diferentes sentidos de corte devido ao alto grau de enovelamento do tubo. 
O ducto do epidídimo é revestido por um epitélio pseudoestratificado estereociliado (18 e 19), ou 
seja, dotado de estereocílios, longos microvilos de aspecto filamentoso que se estendem para o 
lúmen do ducto, os quais possuem função absortiva para substâncias contidas no fluido testicular 
advindo dos túbulos seminíferos. Em seguida ao epitélio pseudoestratificado estereociliado, o ducto 
epididimário é dotado de uma túnica muscular, formado por fibras musculares lisas, que vai se 
espessando da cabeça em direção à cauda. Entre os segmentos do ducto epididimário, ocorre um 
abundante tecido conjuntivo frouxo intersticial, altamente vascularizado, que mantém as 
circunvoluções do ducto epididimário unidas. O epitélio do ducto epididimário possui uma altura 
maior na cabeça e no corpo (18 e 19); à medida que o revestimento progride em direção à cauda 
(20), o epitéliodiminui de altura. Além disso, o lúmen deste ducto – o qual frequentemente 
apresenta massas de espermatozoides (Sptz em 19, e 20), uma vez que uma das funções do 
epidídimo é armazenar os espermatozoides antes da ejaculação – costuma ser mais estreito na 
cabeça e no corpo, enquanto que na cauda, o lúmen é mais amplo e frequentemente contém 
maiores quantidades de massas de espermatozoides. É importante perceber que o epitélio 
pseudoestratificado estereociliado possui duas populações celulares: as células cilíndricas 
estereociliadas (chamadas de células principais, Cp em 19), de núcleos elípticos basais, e as 
células-tronco basais (Cb em 19), de núcleo arredondado e mais próximas ao limite do epitélio com 
a túnica muscular (atenção: o epidídimo não tem uma mucosa, pois ele simplesmente é um canal 
epitelial!) e, como são muito pequenas, às vezes são de difícil distinção/percepção nos cortes 
histológicos. Coloração: H&E. 
COMPARAÇÃO ENTRE AS ESTRUTURAS HISTOLÓGICAS DOS DUCTOS EFERENTES E 
DO DUCTO EPIDIDIMÁRIO 
Em função da proximidade entre os ductos eferentes e a cabeça do epidídimo, é comum haver uma certa 
confusão entre estes segmentos das vias espermáticas. Repare que os ductos eferentes (Ef), com seu 
epitélio pseudoestratificado ciliado, possui um contorno pregueado em seus lumens e os cílios são 
comparativamente menores que os estereocílios do epitélio pseudoestratificado do ducto epididimário 
(Epi), que são mais longos. Além disso, o contorno do lúmen dos segmentos do ducto epididimário é 
retilíneo e paralelo ao limite do epitélio com a túnica muscular (M). Esta última costuma ser mais 
delgada nos ductos eferentes do que no início da cabeça do epidídimo. Coloração: H&E. 
21 
M 
M 
22 
23 
III. DUCTO DEFERENTE 
O ducto deferente (ou canal deferente) é um 
conduto muscular que se inicia a partir da cauda do 
epidídimo e que desemboca na uretra prostática 
como um pequeno canal desprovido de 
musculatura, denominado de ducto ejaculador. A 
estrutura histológica do ducto deferente é bastante 
simples, consistindo em três túnicas concêntricas: 
uma mucosa (Mu em 22), formada por um epitélio 
pseudoestratificado estereociliado (Ep em 23), 
similar ao do revestimento da cauda do ducto 
epididimário, e uma lâmina própria de tecido 
conjuntivo frouxo, a qual se projeta para o lúmen, 
formando pequenas pregas longitudinais; a 
seguir, observa-se uma espessa túnica muscular 
(TM em 22), formada por três camadas de tecido 
muscular liso, as quais podem ser vistas em 
destaque na imagem em 23: uma camada 
longitudinal interna (CLI), uma camada circular 
média (CCM), e uma camada longitudinal externa 
(CLE); apesar deste aspecto evidente aos cortes 
histológicos, as três camadas musculares do ducto 
deferente seguem em uma espiral. A última túnica 
é uma adventícia (AD), de tecido conjuntivo 
frouxo. Coloração: H&E. 
FUNÍCULO ESPERMÁTICO - COMPONENTES 
24 
O funículo espermático (ou “cordão espermático”) é um conjunto de estruturas que auxiliam a sustentar e 
manter o testículo suspenso na bolsa escrotal. A imagem acima mostra um corte transversal do funículo 
espermático, no qual se notam suas principais estruturas componentes: em 1 estão indicadas várias veias 
que compõem o plexo pampiniforme, o qual circunda a artéria espermática (em 2); estas veias resfriam o 
sangue que segue em direção aos testículos pelas artérias espermáticas, evitando que a temperatura 
testicular (1oC a menos que a temperatura da cavidade abdominal) aumente, o que prejudicaria a 
espermatogênese. Além disso, são observados o ducto deferente (em 3) e o músculo cremaster, um 
delgado feixe de tecido muscular estriado esquelético que retrai e abaixa os testículos, de modo a regular 
a temperatura escrotal. Coloração: H&E. 
IV. GLÂNDULA SEMINAL 
25 
26 
27 28 
A prancha anterior destaca aspectos histológicos da glândula seminal (anteriormente chamada de 
“vesícula seminal”). As glândulas seminais formam um par de órgãos localizados posteriormente à 
bexiga e, sob o ponto de vista embriológico, consistem em evaginações derivadas da região terminal 
dos ductos deferentes. O nome “glândula seminal” é errôneo, fazendo pensar que estes órgãos 
tenham uma configuração tipicamente glandular. Na verdade, cada glândula seminal é um tubo 
contorcido sobre si mesmo, revestido por uma mucosa com um aspecto pregueado e revestida por um 
epitélio altamente secretor, e dotado de uma espessa musculatura lisa, conforme pode-se ver na 
imagem em 25; desta forma, em pequeno aumento, notam-se várias câmaras de um mesmo tubo 
enovelado. Em aumento maior, observa-se que a parede da glândula seminal é formada por três túnicas 
(em 26): uma mucosa (Mu), de aspecto tipicamente pregueado, formada por um epitélio simples 
cilíndrico ou pseudoestratificado (Ep em 27), sustentado por uma delgada lâmina própria (LP em 27) 
de tecido conjuntivo frouxo que forma uma série de pregas que se anastomosam profusamente em 
direção ao lúmen, fazendo com que a mucosa da glândula seminal apresente inúmeros recessos 
epiteliais (RE em 27), semelhantes a “glândulas”, configurando um aspecto “pseudoglandular” a esta 
mucosa. A secreção do epitélio da mucosa da glândula seminal é um dos principais contribuintes do 
sêmen, participando com cerca de 60-70% de seu volume e fornecendo nutrientes aos 
espermatozoides. Esta secreção (S em 28), de aspecto intensamente acidófilo, frequentemente é vista 
acumulada no lúmen das câmaras da glândula seminal e nos recessos epiteliais da mucosa. Abaixo da 
mucosa, encontra-se uma espessa túnica muscular (TM), de tecido muscular liso, com feixes em 
orientação predominantemente circular, e alguns feixes em trajeto longitudinal. Externamente à túnica 
muscular, ocorre a adventícia (AD) de tecido conjuntivo frouxo, eventualmente denominada de 
“cápsula” da glândula seminal, que mantém os vários segmentos tubulares da glândula seminal unidos. 
Coloração: H&E. 
Atenção: Dois avisos importantes! 
1. A glândula seminal, apesar do nome, não armazena espermatozoides! 
2. 2. O epitélio da mucosa não possui quaisquer especializações na superfície apical de suas células, 
tais como cílios ou estereocílios. 
zona de transição 
V. PRÓSTATA 
A próstata é um conjunto de glândulas tubuloalveolares compostas – as 
glândulas prostáticas – imersas em um abundante estroma fibromuscular, 
que se distribuem ao redor da porção inicial da uretra masculina – a uretra 
prostática – onde desembocam com seus ductos. As glândulas prostáticas 
se encontram posicionadas concentricamente à uretra prostática em três 
regiões: a zona de transição, com as glândulas periuretrais (as menores), 
a zona central (com as glândulas de tamanho intermediário), e a zona 
periférica, com as maiores e mais abundantes glândulas. A zona central 
inclui ainda o utrículo prostático (remanescente dos túbulos 
paramesonéfricos no 
homem) e os ductos 
ejaculadores (porção 
final dos ductos 
deferentes, sem 
túnica muscular), que 
desembocam na 
uretra prostática, A 
porção anterior da 
próstata é ocupada 
por um estroma 
fibromuscular, 
desprovido de 
glândulas, contínuo 
com a cápsula do 
órgão. Coloração: 
H&E. 
29 
30 
PRÓSTATA – PARÊNQUIMA E ESTROMA 
As imagens em 31 e 32 desta prancha destacam os componentes do parênquima prostático em meio ao 
estroma fibromuscular. As unidades secretoras da próstata são caracterizadas como alvéolos prostáticos 
(A), que aparecem como estruturas de contorno irregular e pregueado, revestidas por um epitélio que varia 
de simples cúbico a simples cilíndrico, dependendo da influência da testosterona sobre o epitélio. Os 
alvéolos prostáticos se encontram imersos em um abundante estroma fibromuscular (Es), constituído por 
tecido conjuntivo frouxo contendo abundantes feixes de fibras musculares lisas, que, ao se contraírem, 
auxiliama expulsão da secreção prostática, que contribui em cerca de 25% do sêmen, para sua liquefação e 
nutrição dos espermatozoides. Em alvéolos prostáticos de indivíduos idosos, pode-se observar cálculos 
prostáticos (setas), resultantes da calcificação da secreção no lúmen alveolar. Coloração: H&E. 
A 
A 
A 
A 
A 
A 
Es 
Es 
Es 
Es 
31 32 
PRÓSTATA 
Esta fotomicrografia destaca o epitélio 
simples cilíndrico (eventualmente cuboide, 
ou até com aspecto de 
pseudoestratificado) dos alvéolos 
prostáticos, os quais contêm um cálculo 
prostático em seu lúmen (os quais também 
são conhecidos como corpos amiláceos), 
cercados pelo estroma rico em fibras 
musculares lisas. Coloração: H&E. 
VI. GLÂNDULAS BULBOURETRAIS 
As glândulas bulbouretrais (ou glândulas de 
Cowper) são pequenas glândulas tubulosas 
mucosas inseridas na musculatura 
esquelética do bulbo do pênis, cujos ductos 
desembocam ao início da uretra peniana. 
Suas unidades secretoras são típicos túbulos 
mucosos (“ácinos mucosos”), com células 
palidamente coradas dotadas de núcleos 
achatados no citoplasma basal, situados em 
meio a feixes de fibras musculares 
esqueléticas da região do diafragma 
urogenital. Coloração: H&E. 
33 34 
VII. PÊNIS 
O pênis é um órgão formado por duas massas de tecido erétil localizadas dorsalmente, caracterizadas 
como corpos cavernosos do pênis (CC), e uma massa de tecido erétil em posição ventral, o corpo 
esponjoso da uretra (CE), que contém a uretra peniana (UP). As três massas de tecido erétil são envolvidas 
pela túnica albugínea do pênis (TA), mais espessa ao redor dos corpos cavernosos e mais delgada ao redor 
do corpo esponjoso. Externamente à túnica albugínea, observa-se a túnica dartos (TD), com delgados feixes 
de tecido muscular liso, seguida da pele delgada (PD) que envolve o pênis. Coloração: H&E. 
35 
Estas imagens detalham aspectos histológicos das massas de tecido erétil do pênis. Em 36 observam-se os 
espaços cavernosos de um dos corpos cavernosos do pênis, os quais são espaços vasculares amplos e 
revestidos por um típico endotélio, separados por delicadas trabéculas de tecido conjuntivo frouxo 
contendo fibras musculares lisas (setas). À direita da imagem, nota-se a artéria profunda do pênis. Em 
37, os espaços cavernosos (CS) estão mais estreitados e as trabéculas contêm abundantes fibras 
musculares lisas (SM). À esquerda encontra-se uma parte da túnica albugínea (TA) do pênis. A 
fotomicrografia em 38 mostra porções inferiores dos corpos cavernosos do pênis (CC) separadas do corpo 
esponjoso da uretra (CS) pela túnica albugínea (TA); este último envolve a uretra peniana (PU). O corpo 
esponjoso da uretra possui menos espaços cavernosos do que os corpos cavernosos. Coloração: H&E. 
PÊNIS 
36 37 38 
AP 
QUESTÕES COMPLEMENTARES 
Identifique os órgãos e os 
componentes indicados por 
letras ou números 
QUESTÕES 
COMPLEMENTARES 
Caracterize a estrutura 
dos órgãos de acordo 
com os componentes 
indicados.

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