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A história da mulher na sociedade e nas organizações Ana Luiza Cordeiro Fernando Bustamante Jessica Sacramento Marina Borges RESUMO: Nesse Artigo Científico iremos estudar o Pensamento Crítico como tema proposto da matéria de Teoria das Organizações da Universidade Federal de São João Del Rei. Os autores apresentaram o conceito do tema sendo tudo que possa significar na organização com o enfoque na desigualdade de gênero no ambiente organizacional, a luta diária das mulheres para obter seu espaço e sua valorização tão quão a do homem, na qual, historicamente, homens e mulheres desempenharam papéis sociais bem diferentes. O homem era o provedor, o responsável por sair para trabalhar e sustentar a família, o sexo forte, que representava e tomava as decisões da família. Por outro lado, a mulher tinha como uma das suas principais funções a reprodução, cuidar do âmbito privado, era o sexo frágil e não se envolvia em assuntos relacionados à política. E a diversidade nas organizações que se trata de formar uma equipe que reflita a sociedade, ou seja, deve ser composta por vários elementos, com diferentes raças, gêneros, etnias, idades, classes sociais, religiões e entre outros. Além disso, o empoderamento feminino como um dos fatores principais para iniciar a luta das mulheres em prol de seus direitos, que segundo o dicionário empoderamento significa ação de se tornar poderoso, de passar a possuir poder, autoridade, domínio. PALAVRAS-CHAVE: Diversidade, Feminismo. Mulher. Trabalho. Igualdade de gênero. Organização. Liderança. Educação. Pesquisa. ABSTRACT: In this scientific paper we will study Critical Thinking. As the proposed theme of the subject of Organizational Theory at the Federal University of São João Del Rei. The authors presented the concept of the theme, everything that can mean in the organization with the focus on the inequality of gender in the organizational environment, the daily struggle of women to obtain their space and their valorization as much as that of men, where as much as that of men, where historically, men and women have played very different social roles. different social roles. The man was the provider, responsible for going out to work and support the family, the strong strong sex, who represented and made the decisions in the family. On the other hand, the woman had as one of her main reproduction, taking care of the private sphere, were the weaker sex, and did not get involved in political issues. in matters related to politics. And the diversity in organizations that is about forming a team that reflects society, that is, it must be composed of various elements, with different races genders, ethnicities, ages, social classes, religions, and others. And also female empowerment as one of the main factors to start the fight of women for their rights, which according to the dictionary the dictionary, empowerment means the action of becoming powerful, of having power, authority, dominion. KEY WORDS: Diversity, Feminism. Woman. Work. Gender equality. Organization. Leadership. Education. Research. Introdução Em pleno século XXI ainda existem muitas diferenças entre homens e mulheres no mercado de trabalho. Para algumas mulheres, trabalhar em um ambiente onde temos em peso a presença do gênero masculino pode ser um pouco desconfortável. A entrada da mulher no âmbito do trabalho brasileiro se deu a partir da consolidação do sistema capitalista no século XIX. Desde então as mulheres estão cada vez mais desbravando novas áreas e cargos. Mas engana-se quem pensa que é simples como parece. Na batalha pelo espaço nestes ambientes essas mulheres começam a reproduzir o modelo masculino, o natural é que, por esse modelo não fazer parte da essência destas pessoas, alguns comportamentos acabam ficando um pouco distorcidos. Com o passar dos anos e transformação das concepções sociais e de gênero, muitas prioridades mudaram para as mulheres. Se antes constituir uma família e ser mãe estava entre elas, hoje firmar-se que profissionalmente é a principal preocupação. Entre os muitos motivos que determinaram a entrada da mulher no mercado de trabalho, destacou-se a necessidade de contribuir com os gastos financeiros da família. A inserção da mulher no mercado de trabalho se diferencia daquela do homem no momento inicial, ou seja, na participação neste mercado. A taxa de participação das mulheres é mais baixa do que a dos homens, refletindo uma diferença anterior à entrada no mercado de trabalho. Esse artigo irá tratar destes conceitos, a inserção da mulher no mercado de trabalho e batalha pelo espaço nestes ambientes majoritariamente masculinizados. E através do empoderamento feminino e da diversidade, relataremos que apesar de que as mulheres ainda não alcançaram a mesma proporção que os homens nos ambientes corporativos, principalmente em cargos de liderança, elas irão reduzir as desigualdades e ainda combater o mito de que mulheres não são capazes. Justificativa Ao longo da história, o papel da mulher no mercado de trabalho e na área acadêmica sempre foi visto como não necessário. Os homens sempre ocuparam os melhores cargos, tiveram uma melhor educação enquanto as mulheres eram vistas como um objeto, quase que como uma decoração, elas eram as responsáveis apenas por manter aquela aparência de família perfeita, a família do comercial de margarina. Foi preciso muita luta e muita perseverança para alcançarem o espaço que vem conquistando. Eventos como a Revolução Industrial, o Capitalismo e as duas grandes guerras ajudaram a acelerar o processo de inserção das mulheres, uma vez que, para completar a renda familiar ou para ocupar os lugares em vacância que os homens deixaram por causa das guerras, elas começaram a alcançar vagas de trabalho, o que as deu certa estabilidade e independência. A inserção no mercado de trabalho também foi algo que acelerou o processo por mais mulheres em universidades, elas entenderam que mais conhecimento poderiam gerar melhores empregos. O presente artigo tem como objetivo principal mostrar um pouco da jornada da mulher no mercado de trabalho e dentro da educação e como ainda existe uma discrepância gigantesca entre os salários e oportunidades no mercado de trabalho, marcas deixadas por uma sociedade patriarcal e machista que ainda vão demorar a se fechar. A Inserção tardia das mulheres no mercado de trabalho e na vida acadêmica: O aumento do número de mulheres no mercado de trabalho é um fenômeno recente em nossa sociedade. Em estudo divulgado pela Fundação Getúlio Vargas em 2021, 51,56% das mulheres estavam empregadas no mesmo ano (FGV), um número bom, mas 20% inferior ao registrado pelos homens. Essa diferença também está presente no número de mulheres que estão envolvidas em pesquisas acadêmicas no Brasil, em 2020 elas representavam 40,3% (UNESCO). Esses números só mostram a disparidade que existe, tanto no mercado de trabalho quanto no campo de pesquisas, muito disso causado por fatos históricos que ainda não puderam ser reparados. Historicamente, homens e mulheres desempenharam papéis sociais bem diferentes. O homem era o provedor, o responsável por sair para trabalhar e sustentar a família, o sexo forte, que representava e tomava as decisões da família. Por outro lado, a mulher tinha como uma das suas principais funções a reprodução, cuidar do âmbito privado, eram o sexo frágil e não se envolviam em assuntos relacionados à política. O Capitalismo e a Revolução Industrial foram marcos essenciais para a mudança na ordem de trabalho das famílias. A Revolução Industrial reduziu de forma drástica o salário dos trabalhadores, logo, o homem da família não conseguia prover tudo o que necessitavam só com seu salário, foi dessa maneira que as mulheres e, em muitos casos, as crianças, foram inseridas no mercado de trabalho. Asguerras também foram pontos que contribuíram para fazer das mulheres uma força de trabalho. Como os homens saíam para lutar, as indústrias se esvaziaram e a única força de trabalho disponível naquele momento eram as mulheres e crianças, que ocuparam esses cargos em vacância e moveram a força industrial dos países. Desde o início, mulheres e homens que ocupavam o mesmo posto, muitas vezes tinham discrepância em seus salários, algo que acontece também na atualidade, mas essa remuneração foi uma forma importante pois fez com que as mulheres conquistassem alguns direitos e uma certa autonomia. No texto “Mulheres educadas na Colônia” de sua obra “500 anos de Educação No Brasil” a autora Arilda Inês Miranda Ribeiro afirma que as mulheres eram vistas da mesma forma que as crianças e os doentes mentais, como o imbecilitus sexus, isto é, o sexo imbecil. Por serem consideradas incapazes, as mulheres eram desencorajadas a aprender a ler e a escrever, o estudo era algo para os homens da família, pois não havia necessidade alguma de se gastar com conhecimento sendo que elas não teriam habilidades suficientes para aprender e, também, não era necessário um grande conhecimento para as atividades laborais de dona de casa. Essa disparidade entre as funções dos dois gêneros causou um abismo gigantesco em como as mulheres tanto no campo da educação quanto no campo do trabalho. No Brasil, as escolas começaram a surgir ainda no Brasil Colônia, por ordem dos padres jesuítas, com o intuito de catequizar e educar os povos indígenas. A primeira reivindicação de educação feminina partiu de um indígena, que pediu a um padre jesuíta que ensinasse sua mulher a ler e escrever. Até 1827, o ensinamento para as mulheres era voltado aos cuidados do lar, mas com a Lei Geral de 15 de outubro de 1827, as mulheres puderam ganhar o direito ao acesso à escola, mesmo que não incluíssem todas as matérias ofertadas aos meninos, como geometria, pois elas seriam muito racionais para o sexo feminino. Somente no final do século XIX que as mulheres foram liberadas para ingressar nos cursos normais, principalmente no magistério, que não é considerado um curso superior, o que as levou a dominar o ensino fundamental, o que ainda perdura. A luta pelo ensino superior durou até 1879, onde o governo liberou a entrada das mulheres mediante autorização ou dos pais ou dos maridos. O progresso das mulheres na educação foi um processo lento, mas, no final do século XX, começou a se destacar. Em um levantamento feito pelo Instituto Nacional de Estudo e Pesquisas (INEP) em 2000, nos anos 90, as mulheres conseguiram ultrapassar os homens, sendo a maioria dos alfabetizados até os 39 anos. Muito desse avanço se deu a influência da inserção das mulheres no mercado de trabalho e seu empoderamento, às estimulando a buscar melhores níveis de escolaridade para conquistar melhores vagas de emprego. É notório que a grande diferença que existiu na inserção da mulher no mercado de trabalho e no acesso à educação contribuiu para o cenário que ainda encontramos, onde os homens dominam o setor acadêmico e empresarial. As marcas do patriarcado e do machismo que moldaram toda uma sociedade, todavia não cicatrizaram, a equidade de salários e oportunidades são ideais a serem conquistados, agora que já foi provado que intelectualmente, as mulheres não devem nada aos homens. Ambiente majoritariamente masculinos na administração: Antigamente, quando as mulheres eram apenas vistas com a utilidade para se realizar trabalhos domésticos, os homens eram quem saiam de casa para buscar o sustento familiar, sendo assim ocupando todo o mercado de trabalho disponível, foi basicamente a partir do século XVII quando o movimento feminista começou a adquirir características de ação política, que as mulheres vêm tentando se inserir no mercado de trabalho de forma igualitária. Onde desde sempre existe um preconceito, um machismo onde o trabalho da mulher não é valorizado e em até alguns casos são bastante questionáveis. Beauvoir (1970) mostra que a opinião das mulheres não tinha um certo valor perante a sociedade e que havia também uma diferença de tratamento nas entrevistas de emprego. Ele frisa também que esse fato vem de uma construção social e biológica, onde o homem teria mais autoridade sobre a mulher, que por sua vez exerce um papel de submissão a ele. Contextualizado, agora podemos explicar e entender como foi formado o ambiente majoritariamente masculino, principalmente na administração. O homem por muito tempo foi visto como uma forma de brutalidade na questão de força, garra e resistência de um trabalho mais pesado, por exemplo. Assim, ele dominava o mercado de trabalho sendo a espécie mais inteligente e eficiente para uma empresa. Vale ressaltar uma questão que era vista e até hoje ainda existem empresas retrógradas com esse pensamento, que é o fato de o homem não precisar de uma licença maternidade, de que ele não cria e cuida de filhos, sendo assim não vai se ausentar para resolver esses problemas e o fato de não ter dores pélvicas com a menstruação. Esses fatos fizeram com que o homem compensasse mais para uma empresa. Para a mulher o trabalho vai muito além de mostrar uma capacidade, e sim de autor realização e independência financeira. O empoderamento feminino está presente para lutar e garantir para as mulheres que elas são capazes de realizar funções que por muito tempo foram apenas destinadas aos homens. Existe uma luta para mostrar às empresas e convencer aqueles com a mentalidade machista e antiga que uma mulher é capaz. Mas também precisa mostrar que direitos não são prejuízos e que precisa haver uma humanidade a essas mulheres, demonstrando respeitos às condições talvez impostas por elas, na questão de afastamento gestacional, por exemplo. No Brasil, as mulheres estão crescendo e cada dia mais participativas nos mais variados setores empregatícios que conforme o IBGE, 48% das mulheres em idade ativa estão empregadas ou procurando trabalho. Mesmo enfrentando a desvalorização da profissional por parte dos colegas em relação à sua capacidade; diferença salarial de 20% na mesma função em relação aos homens (infelizmente muito comum ainda); a falta de acesso e representatividade em cargos de liderança e muito, mas muito assédio dentro dessas organizações. Vale lembrar que essas desvalorizações estão atingindo setores que são tidos pela sociedade como femininos, agora imagina em setores tidos como masculinos, como mecânica, engenharia e ciência. Uma cientista social e pesquisadora do Núcleo Interdisciplinar de Estudos sobre a Mulher e Gênero da UFRGS chamada Adriana Paz, que quando mulheres são colocadas onde a grande maioria dos colaboradores são compostos por homens “As mulheres, em geral, ocupam posições mais baixas, subalternas, na hierarquia da organização e, consequentemente, auferem menores rendimentos.“ E que apesar das mulheres estarem conquistando o seu espaço hoje em dia, conquistando a igualdade com os homens, elas continuam com dificuldades para entrar nesse mundo e prosperar nele. “Apesar dos resultados positivos e das conquistas, ainda há muito preconceito contra a mulher, e muitas dúvidas sobre sua capacidade de se entregar ao trabalho. Geralmente, os diretores de empresas enxergam que o homem tem mais disponibilidade no trabalho para viajar e realizar hora extra.” afirma Adriana. Diante dessa dificuldade enfrentada por milhões de mulheres, devemos tomar atitudes para reverter essa situação dentro de uma organização, atitudes como: redes de apoios com outras mulheres; repreender todo o tipo de assédio independentemente de quem o pratica; não se deixar intimidar e se apresentar de igual para igual. Empoderamento feminino: Durante muito tempo foi negado às mulheres o direito de assumirem a posição de poder na sociedade. Isso gerou uma faltade representatividade, diferenças salariais, desrespeito aos direitos de adquiridos e a ausência de políticas públicas específicas. A inferioridade feminina diante dos homens passou por diversos momentos de transformações sociais, posicionamento e de marcos de lutas que aos poucos deram voz às mulheres. Empoderar é uma adaptação do termo empowerment, que trouxemos para o nosso Dicionário com a característica de atribuir significado ao ato de conceder ou dar poder a si próprio ou a outra pessoa. Em outras palavras, resgatamos o verbete inglês para dar mais contexto a uma evolução histórica social, que é a luta por direitos iguais entre os gêneros, em especial para com as mulheres. Segundo o dicionário empoderamento significa ação de se tornar poderoso, de passar a possuir poder, autoridade, domínio. Como exemplo temos o processo de empoderamento das classes menos desfavorecidas. Além disso, é oferecido uma extensão a esse conceito caracterizando como gíria, passar a ter domínio sobre sua a própria vida, ser capaz de tomar decisões sobre o que lhe diz respeito. Sendo assim, foi muito utilizado o termo sexo frágil, expressão bastante usada para denominar mulheres como aquelas que precisam ser mais cuidadas, mais protegidas. O machismo que homens e mulheres possuem papéis distintos na sociedade pois julga a mulher inferior ao homem em aspectos físicos, intelectuais e sociais, trouxe diversas consequências que acompanham as mulheres de desde a maternidade. O empoderamento está ligado ao feminismo, no entanto possuem suas distinções já que feminismo é uma doutrina ideológica que defende a igualdade de direito entre gêneros em diversos aspectos como social, cultural e político, e o empoderamento feminino se baseia na consciência coletiva das mulheres que não se deixam ser inferiorizadas pelo seu gênero e tomam atitudes que vão contra o machismo imposto pela sociedade. Este serve para que seja dado o direito de participar ativamente dos mais diversos tipos de debates tomando decisões que influenciarão no futuro de sua região, país ou sociedade como um todo. Com a inclusão da mulher nesses termos é garantido a efetivação do fortalecimento da economia, o impulsionamento dos negócios, melhoria na qualidade de vida das mulheres, homens e crianças e para o desenvolvimento social sustentável. É uma consequência coletiva, expressada por ações para o fortalecimento da mulher e desenvolver a equidade de gêneros. Consequência também do movimento feminista que assim como foi dito acima, por mais que estejam interligados são coisas diferentes. O empoderamento feminino pode ser visto e definido de várias maneiras, incluindo aceitar os pontos de vista de mulheres ou fazer um esforço para buscá-los, elevando os status das mulheres por meio da educação, conscientização, alfabetização e treinamento. Existe atualmente os Princípios de Empoderamento das Mulheres (WEPs) que são um grupo de Princípios para o meio empresarial que oferecem orientação sobre como delegar poder às mulheres no ambiente de trabalho, mercado de trabalho e na comunidade. Eles são o resultado de uma colaboração entre a Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres) e o Pacto Global das Nações Unidas. São sete princípios tratados, são eles: -Liderança: Estabelecer uma liderança corporativa de alto nível; -Igualdade de oportunidade, inclusão e não descriminalização: Tratar todos os homens e mulheres de forma justa no trabalho, respeitar e e apoiar os direitos humanos e há não discriminação; -Saúde, segurança e fim à violência; -Educação e formação: Promover a educação, a formação e o desenvolvimento profissional para as mulheres; -Desenvolvimento empresarial e práticas na cadeia dê fornecedores; -Liderança comunitária e engajamento; -Acompanhamento, medição é resultado: medir e publicar relatórios dos processos para alcançar a igualdade de gêneros. Diversidade de gênero nas organizações: Historicamente, por muitos anos coube à mulher o papel de se relacionar com atividades do privado, como cuidar dos filhos e afazeres domésticos. Nos aspectos políticos e de decisões centrais, o gênero feminino era considerado inapropriado, de cunho frágil e incompetente, portanto cabia ao homem representar o poder familiar e a tomada de decisões. O processo de industrialização no século XIX permitiu uma mudança nos estereótipos sociais, principalmente sobre a exclusão de gênero. Nesse viés, as mulheres passaram a questionar a soberania dos homens e a supremacia do masculino enraizado na sociedade. Ademais, passaram a refletir sua identidade social, se inserindo nas dimensões públicas, até então predominantemente masculina. O direito ao voto, a ascensão no cenário profissional e a liberdade matrimonial e sexual contribuíram para mudanças sociais referente ao “sexo frágil”. É importante salientar que as mulheres vivem em constante conflito do equilíbrio da vida pessoal com a profissional para desempenhar bem todas as dimensões. Sendo assim, a inserção no mercado de trabalho tem sido uma luta difícil, uma vez que a mulher precisa constantemente se provar capaz de ocupar cargos de liderança nas empresas e exercer atividades tanto quanto os homens. Paralelamente a isso, o grande problema enraizado na sociedade está no preconceito contra o gênero feminino em posição de liderança dentro das organizações, haja vista que muitos funcionários não reconhecem a mulher como chefe e só respeitam se forem representados pelo gênero masculino. Logo, infere-se que a diversidade de gênero para ocupação de diferentes cargos de gestão nas empresas é dificultada pela falta da cultura organizacional de inclusão. Em suma, trabalhar a diversidade nas organizações permite analisar situações com perspectivas diferentes e que podem contribuir para planejamentos estratégicos e soluções mais eficientes, além disso a inclusão proporciona ser vivida a realidade de cada grupo e cria um ambiente mais agradável, produtivo e com grandes perspectivas de crescimento. Em primeiro plano, para se implementar a heterogeneidade nas organizações deve-se sensibilizar o público interno, com políticas de gênero e igualdade para que haja contratações de mulheres em cargos de liderança. E em segundo plano, os investidores devem reconhecer a importância da diversidade e disponibilizar fundos para organizações que prezam pela presença de mulheres e estabeleçam metas de seleção de administradoras femininas. Como promover a diversidade nas empresas: A diversidade nas organizações se trata de formar uma equipe que reflita a sociedade, ou seja, deve ser composta por vários elementos, com diferentes raças, gêneros, etnias, idades, classes sociais, religiões e entre outros. Nesse sentido, uma empresa que preza pela diversidade tem como missão e valores a inclusão, apoiando boas práticas de construção de um ambiente de trabalho saudável. Investir na diversidade é contribuir com a responsabilidade social, política, ética e moral, além de permitir uma cultura mais criativa e flexível. Em estudo publicado na American Sociological Review, pesquisadores descobriram que empresas com o maior percentual de diversidade racial ou de gênero têm maior receita de vendas, mais clientes, maior participação de mercado e lucratividade acima da média. É importante salientar que uma boa cultura de diversidade nas empresas começa também no processo de recrutamento e seleção de funcionários. Portanto, o setor de RH deve investir em um processo estruturado de entrevistas, reforçar seu compromisso com http://www.asanet.org/sites/default/files/savvy/images/journals/docs/pdf/asr/Apr09ASRFeature.pdf a diversidade nas empresas em suas descrições de vagas, diversificar o funil de candidatos e procurar por opções que saiam do padrão. Por fim, toda mudança carece de adaptações,desse modo, para que a implementação da diversidade seja eficiente, deve-se investir na comunicação interna, como momentos de conversa entre o time, permitindo, assim, uma boa alteridade e respeito entre os membros. Referências: 1. MAPURUNGA, Angélica Nogueira de Vasconcelos. A inserção tardia de mulheres no mercado de trabalho. 2011. 138 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade, Programa de Pós-Graduação em Administração e Controladoria, Fortaleza-CE, 2011. 2. ALPACA, Nathalie Hanna. Participação de mulheres no mercado de trabalho é 20% inferior à dos homens. [S. l.], 8 mar. 2022. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/business/participacao-de-mulheres-no-mercado-de-trabalho- e-20-inferior-a-dos- homens/#:~:text=O%20estudo%20foi%20feito%20com,54%2C34%25%20em%202019. Acesso em: 15 jun. 2022. 3. RIO GRANDE DO SUL (Porto Alegre). PUCRS. Mulheres que pesquisam mulheres: mais protagonismo para a sociedade e para a ciência. [S. l.], 11 fev. 2022. Disponível em: https://www.pucrs.br/blog/mulheres-na- ciencia/#:~:text=Apesar%20do%20avan%C3%A7o%20da%20presen%C3%A7a,pesquisadoras %20representam%2040%2C3%25. Acesso em: 15 jun. 2022. SANTOS, Lorena Cristina do Nascimento. A evolução da mulher na sociedade. In: SANTOS, Lorena Cristina do Nascimento. A evolução da mulher na sociedade. [S. l.], 5 dez. 2021. Disponível em: https://www.hojeemdia.com.br/opiniao/opiniao/a-evoluc-o-da-mulher-na- sociedade-1.827030. Acesso em: 15 jun. 2022. 4. FERNANDES, Fernanda. A história da educação feminina. [S. l.], 7 mar. 2019. Disponível em: http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/leia/reportagens-artigos/reportagens/14812-a- hist%C3%B3ria-da-educa%C3%A7%C3%A3o-feminina. Acesso em: 15 jun. 2022. 5. CANABARRO, J. R. dos S.; SALVAGNI, J. Mulheres líderes: as desigualdades de gênero, carreira e família nas organizações de trabalho. Revista de Gestão e Secretariado, [S. l.], v. 6, n. 2, p. 88–110, 2015. DOI: 10.7769/gesec.v6i2.347. Disponível em: https://www.revistagesec.org.br/secretariado/article/view/347. Acesso em: 15 jun. 2022. 7. Princípios de Empoderamento - Movimento Mulher 360, Movimento Mulher 360, disponível em: <https://movimentomulher360.com.br/institucional/7-principios- de-empoderamento/>. acesso em: 17 jun. 2022. 8. O que é empoderamento feminino? | Zenklub, Zenklub, disponível em: <https://zenklub.com.br/blog/autoconhecimento/maneiras-de-empoderar-as-mulheres/>. acesso em: 17 jun. 2022. 9. Empoderamento: o que significa esse termo? - Politize! Politize! Disponível em: <https://www.politize.com.br/empoderamento-o-que-significa-esse-termo/>. Acesso em: 17 jun. 2022. https://movimentomulher360.com.br/institucional/7-principios-de-empoderamento/ https://movimentomulher360.com.br/institucional/7-principios-de-empoderamento/ https://zenklub.com.br/blog/autoconhecimento/maneiras-de-empoderar-as-mulheres/
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