Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
A IMPORTÂNCIA DE EMPODERAR AS MULHERES E OPORTUNIZAR A IGUALDADE DE GÊNERO NAS EMPRESAS Capim Grosso - BA 2021 FACULDADE DE CIENCIAS EDUCACIONAIS CAPIM GROSSO Recredenciada: Portaria MEC nº 344, de 5 de abril de 2012. Rua Floresta s/n, Loteamento das Mangueiras, Planaltino. CEP. 44.695-000 JOELIZA LIMA DOS SANTOS JUSIANE DA SILVA SANTOS A IMPORTÂNCIA DE EMPODERAR AS MULHERES E OPORTUNIZAR A IGUALDADE DE GÊNERO NAS EMPRESAS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Capim Grosso - FCG, como requisito final para obtenção de título de Bacharel em Administração. Prof. Orientador: Danilo dos Santos Pinheiro Capim Grosso - BA 2021 A IMPORTÂNCIA DE EMPODERAR AS MULHERES E OPORTUNIZAR A IGUALDADE DE GÊNERO NAS EMPRESAS JOELIZA LIMA DOS SANTOS JUSIANE DA SILVA SANTOS Aprovado em ___/___/___ BANCA EXAMINADORA ___________________________________________________ Prof. Esp. Danilo dos Santos Pinheiro ___________________________________________________ Avaliador 2 ___________________________________________________ Avaliador 3 TEMA: A IMPORTÂNCIA DE EMPODERAR AS MULHERES E OPORTUNIZAR A IGUALDADE DE GÊNERO NAS EMPRESAS Joeliza Lima dos Santos1 Jusiane da Silva Santos2 RESUMO O projeto é desenvolvido de maneira a garantir o entendimento do que é o empoderamento das mulheres no mercado de trabalho, assim como explicar como se deu o processo de garantia e permanência nele, embora muitas questões estejam sem respostas, elucidar caminhos possíveis, contribui para que as mulheres encontrem novas possibilidades de engajamento dentro e fora do mercado de trabalho, apoiando e incentivando a melhoria da qualidade do exercício diário, trabalhando em todos os lugares prováveis e improváveis, do ponto de vista contraditório daqueles que não aceitam a mulher fazendo parte do universo trabalhista. É uma das questões relevante da pesquisa, mas nem todos os acontecimentos foram bem visto pela sociedade e a família, o encorajamento e persistência por partes de muitas mulheres lutadoras garantiram que fosse possível, trabalhar em casa e fora dela no contexto social e global das necessidades profissionais, econômicas e financeiras, conhecendo assim a história da sua independência financeira. O convite é empoderar e conquistar cada vez mais espaços. Palavras chaves: Empoderamento. Mulheres. Trabalho. 1 Email: joelizasantos7@gmail.com 2 Email: santosjusi78@gmail.com mailto:joelizasantos7@gmail.com mailto:santosjusi78@gmail.com ABSTRACT The project is developed in order to ensure the understanding of what the empowerment of women in the labor market is, as well as to explain how the guarantee and permanence process took place in it, although many questions remain unanswered, to elucidate possible paths, it contributes to women find new possibilities for engagement inside and outside the labor market, supporting and encouraging the improvement of the quality of daily exercise, working in all likely and unlikely places, from the contradictory point of view of those who do not accept women as part of the universe labor. It is one of the relevant research questions. But not all events were well regarded by society and the family, the encouragement and persistence on the part of many women fighters ensured that it was possible to work at home and abroad in the social and global context of needs professional, economic and financial, thus knowing the history of its financial independence. The invitation is to empower and conquer more and more spaces. Keywords: Empowerment. Women. Work. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................7 2 METODOLOGIA........................................................................................................8 3 REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................................9 3.1 Empoderamento feminino..................................................................................10 4 TRANSFORMAÇÕES INSPIRADORAS.................................................................12 4.1 A conquista pelo espaço no mercado...............................................................14 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................16 REFERÊNCIAS..........................................................................................................18 7 1 INTRODUÇÃO O Empoderamento Feminino é uma prática necessária no meio corporativo e também na sociedade como um todo, assim, empoderar as mulheres concede poder tanto no individual quanto na coletividade, por meio de conscientização sobre seus direitos. Nas últimas décadas um dos motivos marcantes ocorridos no Brasil foi à integração gradativa das mulheres na força de trabalho e este avanço contínuo veio por meio de uma ligação de fatores econômicos e culturais. Durante vários anos, as funções das mulheres na sociedade eram resumidas ao cuidado da casa, dos filhos e do marido, enquanto os homens tinham de garantir o sustento do lar. A luta das mulheres por igualdade profissional se estende de longa data, onde enfrentam muitos preconceitos em relação ao mercado de trabalho, em busca de melhores salários, oportunidades iguais às dos homens e ser respeitada no recinto profissional. Neste interim, o projeto sobre afirmação das mulheres nas empresas, busca desenvolver as questões pertinentes ao ser do sexo feminino na busca por melhorias, tanto salariais quanto sociais, principalmente nos dias atuais, entendendo sobre a importância das estratégias a serem desenvolvidas para combater as desigualdades entre os gêneros e como é possível gerar novas realidades, tendo em vista uma sociedade igualitária, nem mais nem menos direitos entre cada individuo da sociedade. Nesta perspectiva, o motivo ao qual nossa instigação se baseia é porque a mulher é tão subestimada em comparação ao homem mesmo após ter tantas conquistas ao longo dos anos, e também por qual motivo as mulheres ainda não são valorizadas em suas carreiras, com igualdade de direitos tanto quanto dos homens mesmo havendo conquistado muitos espaços na sociedade. Neste artigo um dos objetivos foi buscar conhecer de que maneira as mulheres conseguem conquistar sua autonomia e independência pessoal e financeira a partir das suas histórias, lutas e seus direitos dentro do mercado de trabalho. Para tanto se analisou a sua história de vida e conquistas durante períodos anteriores em comparação com os dias atuais. Esta investigação acontece em meio a grande superação de barreiras, com uma árdua inserção da mulher nas corporações, mesmo com a maioria dos empresários não gostando, aconteceu um alicerce de uma nova 8 sociedade mais justa entre homens e mulheres, mesmo que ainda tenha muito a se conquistar. Destarte, compreender a importância do engajamento das mulheres, contribuindo em todas as atividades sociais e econômicas, fortalecendo as economias, impulsionando os negócios, melhorando a qualidade de vida das mulheres, homens e crianças, contribuindo assim para o desenvolvimento sustentável de toda comunidade. 2 METODOLOGIA Este artigo visou promover o entendimento de como pode a mulher se afirmar numa sociedade preconceituosa, ou seja, apreender sobre ferramentas que as ajude e conscientize as empresas a desenvolverem ações que resultem em mudanças reais, estimulando assim a igualdadede gênero e fazendo com que esses atos sejam incorporados no mercado como um todo e na própria sociedade. A pesquisa foi organizada com abordagens qualitativas, centradas no caráter subjetivo de analises e investigações comportamentais, que visa compreender melhor os fenômenos que envolvem o ser humano. Fonseca (2002, p. 32) diz: Pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Knechtel (2014), diz que: A pesquisa quantitativa é uma modalidade de pesquisa que atua sobre um problema humano ou social, é baseada no teste de uma teoria e composta por variáveis quantificadas em números, as quais são analisadas de modo estatístico, com o objetivo de determinar se as generalizações previstas na teoria se sustentam ou não. Gil (1991, p. 46) afirma que as pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis. Segundo Cervo (2002, p.69), a pesquisa exploratória, não tem hipóteses a serem testadas no trabalho, restringindo-se a definir objetivos e buscar mais informação sobre determinado assunto de estudo. 9 A partir de leituras de artigos publicados na internet, livros de teóricos que ajudaram a conhecer a temática, pode-se realizar a mesma, pois, suas contribuições fornecem embasamento para a construção deste artigo. Vale ressaltar que, a metodologia escolhida foi necessária e suficiente para promover conhecimentos validos sobre o tema em questão e alcançar os objetivos traçados nesta pesquisa acadêmica. 3 REFERENCIAL TEÓRICO A presença da mulher vem sendo marcada há anos na sociedade com sua perseverança a fim de conquistar seu espaço no mercado de trabalho. A evolução de aparecimento da mulher como sujeito na produção historiográfica privilegiou a relação com o espaço de trabalho e deu maior visibilidade a atuação dela no sustento da família e o ambiente ocupado na vida cotidiana. O autor Saffioti (2001, p.8) nos diz que: “A identidade da mulher, assim como a do homem, é construída através da atribuição de distintos papéis, que a sociedade espera ver cumpridos pelas diferentes categorias de sexo. A sociedade delimita, com bastante precisão, os campos em que pode operara mulher, da mesma forma como escolhe os terrenos em que pode atuar o homem”. (SAFFIOTI, 2001, p.08) Ainda nesse contexto, Teykal e Coutinho (2007) apontam que os movimentos feministas da década de 60 contribuíram em grande parte para a inserção de mulheres de classes média e alta ao mercado de trabalho, levando-se em conta que as mulheres de classe baixa já eram obrigadas a trabalhar para levarem o sustento para casa. Porém um fato que acompanhou aquelas primeiras mulheres, continuou perseguindo as que vieram depois: o preconceito. Soares (2000) ressalta que ao analisar mulheres brancas e homens brancos que possuem as mesmas qualificações e que são contratados para executar a mesma tarefa, gerando os mesmos resultados, na hora de combinar o salário, o delas são menores. Na comparação, a amostragem incluía mulheres e homens brancos, pois se comparar mulheres negras e homens brancos, o salário delas é mais baixo ainda, resultado do preconceito racial. Na sociedade as mulheres continuam na luta para o avanço e reafirmação do espaço na sociedade. O empoderamento feminino tem como base a consciência 10 expressa por ações que fortalece e desenvolve a equidade e colabora para que as mulheres garantam o direito de envolver-se de maneira ativa dos mais diversos tipos de debates, tomada de decisões que influenciarão a sociedade como um todo. O autor Louro (2006, n.p.) destaca sobre as mulheres que: Somos mulheres de muitas formas e jeitos, somos mulheres de diferentes raças, idades, classes, orientações sexuais; de diferentes culturas, religiões; talvez até seja possível dizer que somos mulheres de diferentes tempos, ainda que estejamos todas vivendo numa mesma época. Essas distintas posições supõem e constroem uma diversidade de destinos ou expectativas, restrições e interditos, possibilidades e projetos. As formas de enfrentamento ou os modos de subordinação a essas circunstâncias certamente são múltiplos. (LOURO, 2006, n.p.) Esse ambiente das mulheres recomenda-se o empoderamento feminino, que pode ser contemplado como aquilo que confere poder às mulheres para lutarem por autonomia, autoestima, autoconfiança, independência, pela igualdade de gêneros e identidades culturais e reconhecerem suas histórias. Portanto, é fundamental, entender não só a situação atual, mas a história de integração das mulheres no mercado de trabalho. 3.1 Empoderamento feminino As mulheres manifestaram atitudes de empoderamento desde a I e II guerra mundial, quando os homens iam para as batalhas e as mulheres se tornaram responsáveis pelos negócios da família e a posição dos homens no mercado de trabalho. A partir daí as mulheres se sentiram na obrigação de deixar a casa e os filhos para levar adiante os projetos e os trabalhos em que eram realizados pelos seus companheiros. Após a guerra, as mulheres não voltaram ao posto anterior do trabalho, dona de casa, continuaram suas atividades profissionais de apoio financeiro (MADERS,2010). Conscientes de suas habilidades e competências para produzir, criar, gerir, e transformar, as mulheres desafiaram as relações patriarcais e os privilégios do gênero masculino. (SOUSA; MELO, 2009), alcançando assim, uma estabilidade profissional e pessoal. 11 O empoderamento feminino está relacionado, necessariamente, à libertação das mulheres da opressão de gênero, da opressão advinda do patriarcado. Não é cabido pautar o empoderamento apenas em termos de desigualdade de gênero, mas também das desigualdades de classe, raça e outras determinantes sociais entre as mulheres. Do ponto de vista de Moreira (2007, p.65): [...] funções iguais, salários e direitos iguais; igualdade de oportunidades no acesso ao mercado de trabalho e à ascensão e aprimoramento profissional. Todas essas bandeiras são parte do processo de conscientização da mulher de seu próprio valor e da necessidade de que ela se coloque como agente da sua liberação (MOREIRA, 2007, p. 65). No mercado de trabalho a busca por direitos iguais e oportunidades tem sido incessante, e ao longo da história muitas mulheres contestaram às limitações impostas à mulher, quebrando protótipos e motivando a mudança de conceito das pessoas de seu tempo. Quando as mulheres ganham poder, o empreendedorismo também se beneficia. Afinal, elas ganham espaço para se tornarem profissionais cada vez mais qualificadas e atentas, prontas para mudar a realidade. Elas são criativas e inovadoras, e também tendem a propor novas soluções para resolver problemas antigos, impulsionando o mercado. Segundo SEBRAE (2016) “Empreendedorismo é a capacidade que uma pessoa tem de identificar problemas e oportunidades, desenvolver soluções e investir recursos na criação de algo positivo para a sociedade. Pode ser um negócio, um projeto, ou mesmo um movimento que gere mudanças reais”. Por meio dessas características empreendedoras, aproveitando o lado sensível e olhar feminino aguçado, que muitas mulheres encontraram no empreendedorismo a solução de seus problemas. Alguns dados foram levantados pelo SEBRAE (2019) a respeito do empreendedorismo feminino no Brasil, são eles: • Entre 49 países do mundo, o Brasil ocupa a sétima maior proporção de mulheres entre os “empreendedores iniciais”. • As mulheres donas de negócios (formais e informais) sãomais jovens do que os homens. Elas têm 43,8 anos, contra 45,3 anos no caso do sexo masculino. • As donas de negócio têm maior escolaridade (16%maior), mas ganham, em média, 22% a menos que os homens na mesma posição. 12 • Parcela expressiva das mulheres donas de negócio trabalha em casa, 25%. No caso específico das mulheres que são MEI, essa proporção sobe para 55%. • As mulheres empresárias tomam menos empréstimos e com valor médio igualmente menor. O valor médio do empréstimo para mulheres é R$ 13.071 a menos que dos homens. • As empresárias pagam taxas de juros maiores. A taxa anual para empresárias é 3,5% acima dos donos de pequenos negócios. • A taxa de inadimplência das mulheres é inferior à registrada por homens, 3,7% para mulheres, contra 4,2% para os empresários. • Quase metade dos MEI existentes no país é formada por mulheres (48%). • As mulheres MEI se destacam em atividades de beleza, moda e alimentação. • As mulheres MEI trabalham mais em casa (55%). Conforme os dados indicados, as mulheres hoje compõem parte importantíssima no quadro de empresários brasileiros, elas são responsáveis por grande parte da renda familiar, além de gerarem muitos empregos para a população. Mas outro ponto evidente nos dados apresentados são as dificuldades que elas encontram no percurso, como taxas de juros mais altas, inferioridade de renda, mesmo realizando a mesma função de um homem e apresentando maior grau de escolaridade. A igualdade de gênero é um compromisso que os líderes devem assumir para que a empresa passe por uma mudança estrutural. Ao defini-la como prioridade estratégica, é necessário desdobrá-la em metas e objetivos abrangentes da empresa e vinculá-los aos indicadores de gestão. 4 TRANSFORMAÇÕES INSPIRADORAS No Brasil, muitas escritoras, politicas, professora e trabalhadoras simples foram capazes de inspirar transformações que impactariam na vida das mulheres por igualdade, justiça e respeito na atualidade. Temos como exemplo a escritora e poetisa nordestina Dionísia Gonçalves Pinto/ Nísia floresta que é uma das pioneiras do feminismo no Brasil, foi provavelmente a primeira mulher no Brasil a publicar textos em jornais, na época em que a imprensa ainda estava engatinhando, dirigiu um 13 colégio de moças no Rio de Janeiro e escreveu livros em defesa dos direitos das mulheres. A bióloga Bertha Lutz teve participação direta pela articulação política que resultou nas leis que deram direito de voto às mulheres e igualdade de direitos políticos e foi uma das organizadoras do movimento feministas europeu. Outro exemplo de empoderamento no Brasil foi Maria Ernestina Carneiro Santiago Manso Pereira que foi a primeira mulher no país a exercer, plenamente, os seus direitos políticos: o de votar e o de ser votada. Vale ressaltar a luta de Cartola Pereira de Queirós que organizou a assistência aos feridos da Revolução Constitucionalista. Patrícia Rehder Galvão lutou pela defesa da mulher pobre e a crítica ao papel conservador feminino na sociedade permearam a vida e as obras da idealista Pagu. A sindicalista Laudelina de Campos Melo foi fundadora do primeiro sindicato de trabalhadoras domésticas do Brasil, e a sua atuação é tida como fundamental para o reconhecimento dos direitos da categoria, e por fim vale ressaltar a escritora Rose Marie Muraro que foi uma das vozes importantes do feminismo no Brasil que lutava pela igualdade de direitos para as mulheres. Diante de muitas lutas, com o passar dos anos, as mulheres passaram a ter direito à licença maternidade, férias, um horário máximo de horas semanais, lugar para deixar os filhos e condições melhores de trabalho, porém a igualdade de gênero é uma realidade distante, principalmente no que diz respeito ao salário, já que as mulheres ganham menos do que os homens no mercado de trabalho. Embora a mulher tenha avançado dentro de uma atividade que antes era unicamente masculina, infelizmente os salários não acompanharam este crescimento e esse é o grande desafio para as mulheres dessa geração, tentar reverter o quadro da desigualdade salarial entre homens e mulheres. Há vários motivos econômicos que confirmam a diferença salarial entre homem e mulher, e o primeiro motivo é a história de “capital humano” entre ambos, onde historicamente os homens mostraram maior tempo de estudo e por esse motivo tiveram em média um salário maior nesses tempos. O segundo fator é a ocupação profissional e o trabalho doméstico, já que as mulheres trabalham mais em casa do que os homens e termina ocupando trabalhos com particularidades mais flexíveis e menores salários para cumprir as responsabilidades domésticas. Outro ponto que vale destacar é a maternidade, já que as mulheres sofrem redução na remuneração após terem filho, devido à necessidade de cuidados maternos que é necessário o afastamento das suas atividades profissionais. Atinge- 14 se ao último e mais problemático ponto, a discriminação, esse é um preconceito presente na sociedade em algumas situações, como por exemplo: “lugar de mulher é na cozinha”, isso é uma marca dos antepassados e refleti nos dias atuais em que a mulher é rotulada como um ser incapaz de desenvolver meras funções. 4.1 A conquista pelo espaço no mercado Garantir que o empoderamento feminino seja uma prática recorrente na sociedade é uma maneira de proporcionar a equidade de gênero e impedir que as futuras gerações ainda vivam em um mundo com tantas diferenças. Atualmente o perfil das mulheres é bastante diferente de tempos atrás, pois além de trabalhar e ocupar cargos de responsabilidades assim como homem, elas unem os afazeres tradicionais de ser mãe, esposa e dona de casa. Trabalhar fora de casa, ganhar seu próprio dinheiro, ser independente é uma grande conquista das mulheres. Guarda-se viva a esperança de que num futuro próximo a educação formal, visando à garantia de acesso ao mercado de trabalho, contribuindo para a construção de uma sociedade com direitos iguais. Segundo Machado (2002), o comportamento gerencial feminino caracteriza-se por ter objetivos definidos e amplos, entre eles segurança e satisfação no trabalho, satisfação dos clientes, ética do cuidar e responsabilidade social; manter as estruturas organizacionais simples, informais, horizontais descentralizadas, dando ênfase à cooperação, à integração e aos relacionamentos interpessoais, adotar estratégias inovadoras em busca de qualidade e da satisfação de todos os envolvidos, empregarem muitas mulheres; exercer uma liderança interativa e cooperativa, facilitando a adoção de um processo decisório participativo. Entende-se que existe tipos de atuações no mercado de trabalho pela mulher, o que diz respeito às discussões tanto feministas quanto de empoderamento, são elas: liberal, socialista-marxista e cultural, entendê-las é explicar os vários tipos de discriminações sofridas por elas. Sendo liberal quando a partir de objetivos específicos não se consegue associar ocorrências, as coisas passam. A desigualdade acontece no segundo quesito, socialista-marxista, existindo a diversidade de gênero, dependência que não se explica, quando se trata de ser uma pessoa, alguém capaz, tanto quanto, e culturalmente, que o nome já diz, trata-se da identidade, a menina se vê apenas como materna e o menino, que logo se vê diferente, aproxima sua 15 identidade do que lhe convém, homem socialmente e culturalmente pode “tudo”. Constituiu-se no século 19, pela luta pela abolição e direito ao voto, surge assim o feminismo no Brasil. Atualmente as mulheres constituem uma grande parte da população trabalhadora do país, auto governantes e empresárias de suas próprias empresas, ou CLT, de cargos menores a cargos importantes nas empresas. Apesar desses avanços, a desigualdade entre homens e mulheres no ambiente corporativo e na sociedade como um todoainda é preocupante. Como forma de amenizar e mudar essa realidade, cada vez mais empresas têm adotado o empoderamento das mulheres como estratégia de negócios. Em publicação desenvolvida em conjunto pela ONU Mulheres Brasil e a Rede Brasil do Pacto Global, que foi baseada na cartilha oficial global dos WEPs (Princípios de Empoderamento das Mulheres, da sigla em inglês), sendo o objetivo principal ilustrar cada um dos sete princípios com exemplos práticos e adequados para o Brasil, ANDRÉ OLIVEIRA, Presidente da Rede Brasil do Pacto Global da ONU destacou: “Abordar os direitos humanos, um dos quatro pilares do Pacto Global, implica em um olhar específico para a questão da igualdade de gênero. A atuação do setor privado baseada nos WEPs vem contribuindo para o fortalecimento da liderança das mulheres na cadeia produtiva das empresas”. Na mesma publicação, DRA. NADINE GASMAN, representante do escritório da ONU Mulheres no Brasil afirmou: “Temos uma oportunidade única nos próximos 15 anos para alcançar a igualdade de gênero e assegurar que 2030 é a data limite para o fim de todas as formas de discriminação de gênero, em todos os lugares. No Brasil, a questão de gênero está intimamente ligada à questão racial. O envolvimento das empresas e respectiva liderança é crucial para mudarmos a realidade de mulheres e meninas, brancas, negras, pardas e indígenas no Brasil. Todas as empresas precisam dar um passo adiante fazendo investimentos significativos e ações concretas para a igualdade de gênero entre seus colaboradores e colaboradoras, na sua cadeia de valor e na sua comunidade”. Com base em práticas de negócios reais, os princípios ajudam as empresas a se adaptarem às políticas e práticas existentes, ou na construção para a conscientização do empoderamento das mulheres. 16 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este projeto de pesquisa é de grande relevância para a mulher que vive socialmente e também a sociedade como um todo, visto que existe um aumento expressivo da atuação das mulheres no mercado de trabalho, considerando felizmente a conjuntura atual de um fenômeno mundial, mas também da luta que a mulher vem travando para exercer seu direito a ter direitos, assim como mostrar seu potencial na vida e na economia global. Mesmo sofrendo vários tipos de opressão por parte de alguns, o sistema político sempre corroborou e também naturalizou durante séculos o papel da mulher na sociedade, projetada e reproduzida por Ideologias demarcadas pelo governo na representação de Estado. (do lar, para o lar) e serventia aos seus “donos” (família, marido, religião e contrato de trabalho), sexualmente representante da reprodução e só. Assim, este estudo verifica que a luta deve ser constante e desmistificar essa simbologia de dominação. Este estudo também mostrou que a atuação deve ser constante, pois, se já consegue mudar certos padrões de comportamento a exemplos da fala, do vestir e até mesmo como cuidar da família, é posto que a continuação da busca por melhorias não pode terminar. A pesquisa continua contribuindo para levar conhecimentos e comunicações para mulheres que ainda sofrem com os ditames de uma sociedade que nos restringe direitos conquistados com muitas lutas, como: O direito a votar e ser votada, o direito a creches, direito a participação em todas as atividades por mais que sejam ou tenham graus de dificuldades, porque embora seja obrigatório um terço das mulheres na câmara legislativa, elas não têm o apoio necessário para esse ingresso, às creches não possuem estruturas e vagas para atender as demandas de todas as crianças em idade de estar nela, e o mercado de trabalho não ainda deixa lacunas de preparação e atendimento. Empoderar não é apenas ser vista e respeitada é ser participe do desenvolvimento sócio político do seu país. A ação envolve conhecer para ir de encontro as dominações, transformando o que seria dependência em equidade social. Por isso, o empoderamento se dá na medida em que os partícipes contribuem e reconhecem a luta das mulheres, ao mesmo tempo em que valoriza com salários justos sua força de trabalho. Assim a relevância deste tema, um olhar mais prestativo 17 e cuidadoso, não só por parte dos empregadores, mas também das autarquias governamentais. Conclui-se que a mulher conquistou ao longo dos anos um respeitável espaço no mercado de trabalho, visto que durante muito tempo sofreu com normas discriminatórias e com o preconceito social, e que há muito a ser conquistado, assim como, usufruir dos direitos já adquiridos como de fato uma conquista plena, mas que continua negligenciado. 18 Referências CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia Científica: para uso dos estudantes universitários. 3. ed. São Paulo: MCCRAW-HILL do Brasil, 1983. DUQUE, Javier Pineda. Entre el empoderamiento y la subordinación: los retos del enfoque de género e desarrollo en los programas de microempresas. Encuentro Internacional Aportes de la perspectiva de género en la promoción del micro empresariado para el desarrollo territorial. Instituto Interamericano de Cooperación para la Agricultura, Bogotá, 2004. FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila. LOURO, G. L. Gênero e sexualidade: pedagogias contemporâneas. Pro- Posições, Campinas - SP, v. 19, n. 02, p. 17-23, mai./ago. 2008. Machado, H. V. (2002). Identidade empreendedora de mulheres no Paraná. (Tese de Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. Universidade Federal de Santa Catarina. Mas afinal, o que é empreendedorismo? SEBRAE. Disponível em: https://atendimento.sebrae-sc.com.br/blog/o-que eempreendedorismo/#:~:text=Empreendedorismo%20%C3%A9%20a%20capacidad e %20que,algo%20positivo%20para%20a%20sociedade.&text=Segundo%20o%20te% C3%B3rico%20Joseph%20Schumpeter%2C%20empreendedorismo%20est%C3%A 1%20diretamente%20associado%20%C3%A0%20inova%C3%A7%C3%A3o. Acesso em: 27 Jun. 2021. Marques, José Roberto. A importância do empoderamento feminino nas empresas. IBC, postado em 26 de agosto 2018. Disponível em: https://www.ibccoaching.com.br/portal/importancia-do-empoderamento-feminino-nas- empresas/ Acesso dia 22 de jun. de 2021. MELO, M. C. O. L.; MAGRI LOPES, A. L. Empoderamento de mulheres gerentes: a construção de um modelo teórico de análise. Gestão & Planejamento-G&P, v. 13, n. 3, 2013. Princípios de empoderamento das mulheres. ONU Mulheres Brasil e a Rede Brasil do Pacto Global. Disponível em: https://www.onumulheres.org.br/wp- content/uploads/2016/04/cartilha_ONU_Mulheres_Nov2017_digital.pdf Acesso em 06 de Jul. de 2021. RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1999. https://www.ibccoaching.com.br/portal/importancia-do-empoderamento-feminino-nas-empresas/ https://www.ibccoaching.com.br/portal/importancia-do-empoderamento-feminino-nas-empresas/ 19 SAFFIOTI, Heleieth. (2004). Gênero, patriarcado e violência. São Paulo: EditoraFundação Perseu Abram. SEBRAE – SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS. Empreendedorismo Feminino no Brasil. Brasília: SEBRAE, 2019. (Relatório Especial). SOARES, Sergei Suarez Dillon. Perfil da discriminação no mercado de trabalho: homens negros, mulheres brancas e mulheres negras. 2000. TEYKAL, Carolina Macedo; Rocha-Cohutino, Maria Lúcia. O homem atual e a inserção da mulher no mercado de trabalho. Psico, v. 38, n. 3, p. 8, 2007.
Compartilhar