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Sistema complemento Resposta imune inata e humoral, ativação, regulação e doença A resposta imune é dividida em inata e adaptativa. A imunidade inata constitui a primeira linha de defesa do organismo e caracteriza-se pela rápida resposta à agressão, independentemente de estímulo prévio. Já a imunidade adaptativa compreende a linha de defesa específica que é adquirida após o contato com os patógenos, como através das vacinas, por exemplo. O sistema imunológico adaptativo é dividido em humoral e celular O Sistema de complemento é um dos principais mecanismo efetores da imunidade humoral e inata. É composto por mais de 30 proteínas plasmáticas produzidas pelo fígado, na ausência de infecção elas circulam de forma inativa. Jules Bordet descobriu em 1890 que se adicionar soro fresco contendo anticorpos antibacterianos em temperatura fisiológica, ocorria a lise bacteriana. No entanto, esse soro quando aquecido, a função lítica era perdida e as bactérias ficaram vivas mesmo os anticorpos tendo uma certa resistência a temperatura. Com isso ele descobriu que no soro contém alguns componentes termolábeis que complementam a função lítica dos anticorpos, e esse componente recebeu o nome de complemento, ou sistema de complemento Sistema de complemento O sistema complemento é composto por proteínas séricas que interagem umas com as outras de maneira regulada para gerar produtos que funcionam para eliminar microrganismos (C1, C2 até a C9) Essas proteínas foram numeradas na sequência que as proteínas foram descobertas, e não de acordo com a reação (C1, C2, C3 em diante) Essas proteínas são clivadas sempre em dois fragmentos. O Fragmento A está envolvido em um processo de inflamação e é menor. O Fragmento B está envolvido em um processo de opsonização e é maior. Para a C2 é diferente, exceção da regra, vai ser clivada, mas o maior fragmento é o C2A que é enzimaticamente mais ativo. Vias de ativação do sistema complemento Essas três vias de ativação do sistema de complemente, descritas abaixo, são diferentes até o meio e do meio para o final da são iguais, acionadas de forma igual. A diferença das 3 vias de ativação do sistema complemento ocorrem até a formação da C5 convertase Via Clássica A via clássica é sempre iniciada pela C1, ela se liga em anticorpos e apenas IgG ou IgM tem a capacidade de iniciar a via clássica. A C1 é dividida em três fragmentos. • C1q liga ao anticorpo • Ativa C1r • Com a C1r ativa, cliva a C1s • C1s clivada passa a ter sua atividade ativada como protease • C1s ativada cliva as próximas proteínas que vão chegar, a C4 e C2 Segue o detalhamento do restante do processo C4 ao interagir com a C1 é clivada em dois fragmentos, o menor C4A está envolvido na inflamação e C4B maior está envolvido na opsonização A junção de C4b e C2a forma a C3 convertase da via clássica. Ela converte ou cliva a C3 em fragmentos, no fragmento a que vai fazer inflamação e b que vai fazer opsonização A junção de C4b, C2a e C3b vai formar a C5 convertase que vai clivar a C5. Em dois fragmentos e inicia as últimas etapas da ativação do complemento Na ausência de IgM e IgG as Pentraxinas (longas e curtas) podem ativar a via clássica Via alternativa Ela recebeu esse nome porque justamente é uma via alternativa pra começar o sistema de complemento onde ainda não se tem anticorpos. Essa via começa pela clivagem espontânea de C3, que é uma das principais proteína do sistema de complemente que mais temos no nosso corpo, nesse momento estamos clivando C3 de forma espontânea, mas a nível basal. Na ausência do microrganismo essa C3b se liga a molécula de água e é desativado. Se tiver um microrganismo ele é opsonizados. • Clivagem espontânea de C3 • Fator B se liga do lado do C3 • Fator D cliva o fato B em fragmento A e B C3B e Bb forma a C3 convertase da via alternativa. Vai amplificar essa clivagem. A properdina chega e estabiliza esse complexo. A C3b se liga do lado do Bb e forma a C5 convertase da via alternativa Via Lectina MBL-Lectina ligadora de Manose, que vai ligar em microrganismo que tem Manose. MASP 1 e MASP 2 tem atividade de Proteases A MASP 1 se ativa a partir da ligação da MBL na Manose, assim que ela está ativada ela ativa MASP 2 se ativa e vai clivar C4 C2 • Ligação da MBL na Manose, • A MASP 1 se ativa • MASP 2 se ativa • MASP 2 que vai clivar C4 e C2 C4B e C2A forma a C3 convertase da via das Lectinas (Igual da via clássica). C3 é clivado. C3B se liga ao C4B e C2A e forma a C5 convertase Sem a MDL é consigo ativar a via da Lectina por meio da Ficolina que ativa o complemento de forma parecida. A MDL liga a Manose e a Ficolina se liga a parede de Gran positiva, a diferença é a proteína e no que ela liga. Etapas tardias da ativação do Sistema Complemento Formação da MAC Complexo de ataque da membrana. Tudo isso para que a C9 polimerize a superfície do organismo e forma o MAC, poro na superfície da membrana do organismo. Todas as outras formam um aparato de sustentação para que a C9 faça esse MAC, um poro que vai levar a lise osmótica Regulação É importante regular o sistema complemento pois sua ativação ocorre de maneira espontânea e a nível basal, se essa ativação prosseguir o resultado pode ser danoso e prejudicial a célula, além disso, mesmo tendo microrganismos e o sistema complemento ser ativado onde realmente é necessário ele precisa ser controlado pois os produtos da degradação pode difundir para as células adjacentes e ser prejudicial • Evitar ativação do complemento em células normais • Limitar a duração da ativação do sistema complemento Reguladores • C1- INH inibidor de C1 (C1r e C1s) • Inibidores de C3b e C4b o Membrana: MCP, CR1, DAF o Plasma: Fator H, C4BP • CD59 inibe a formação do MAC • Proteína S inibe a formação do MAC Essa regulação é feita por RCA (Reguladoras do sistema complemento), proteínas tanto circulando quanto de membrana celular A CI-1INH é um inibidor de C1, ela mimetiza os substratos de C1s e C1r. Quando a C1q se liga ao anticorpo inicia a ativação do sistema complemento, e na presença do regulador torna-se um alvo de C1 – INH. Com isso C1r e C1s se dissociam da C1q, isso resulta em um impedimento da ativação da via clássica Existe uma serie de reguladores chamados de C3b e C4b, como MCP, CR1, DAF que são de membrana. E C4BP e Fator H que são proteínas plasmáticas Se C3b ou C4b estiverem ligadas a superfície da célula normais do hospedeiro elas vão formar a C3 convertase, isso vai resultar na lise celular. Se eu tiver proteínas de membrana elas vão fazer a inibição da ativação do sistema complemento Fator I é outro regulador e degrada o C3b e o C4b. Esse regulador depende de outras proteínas, essas servem como cofator para o Fator 1 fazer a degradação. Os fagócitos e células B vão ter receptores do C3dg ligado a superfície da célula para que eu tenha a captação disso O CD59 Inibe a formação do MAC, está presente nas células, a incorporação desses CD59 ao MAC inibe a C9, presente nas nossas células que caso eu tenha a formação da ativação do sistema de complemento as células normais impedindo que o poro se forme A Proteína S é uma proteína plasmática que também inibe a formação do MAC, ela se liga aos complexos C5b, C6 e C7 Função do sistema complemento • Opsonização e fagocitose • Estimulação das reações inflamatórias • Citólise mediada pelo complemento Opsonização e fagocitose As células fagocitarias como macrófago possui receptores como CR1 para fazer a fagocitose (se liga tanto a C4b quanto ao C3b. Ele sozinho é ineficaz na indução da fagocitose de microrganismos revestidos só com C3b, mas isso pode ser aumentado se ele tiver revestido e opsonizados com IgG. No fagocito tenho receptores da IgG que reconhece a região FC. Sem anticorpos (Como IgG) esse CRI. Pela presençade Interferon-gama pode ativar macrófagos e aumentar a fagocitose Além do CRI que propicia a fagocitose temos o CR3 nas superfícies do macrófago que vão se ligar no Ic3b e vai fazer o processo de fagocitose. Esses fragmentos A são responsáveis por despertar inflamação. Abaixo temos um vaso sanguíneo e um neutrófilo que vai fazer a diapedese para o tecido onde esta acontecendo a infecção, temos até um macrófago residente que libera TNF que são inflamatoriasIL-1 citocinas pro inflamatórias que agem no endotélio vascular que passa a expressar as Lectinas, moléculas de adesão, onde as células sanguíneas se ligam para que passem de dentro do vaso sanguíneo para fora para ajudar na remoção dos microrganismo. Estimulação das reações inflamatórias • C5a, C3a, C4a atuam nas células endoteliais e induz aumento das P-selectinas. • Ligam-se a mastócitos e induzem degranulação. • C5a em neutrófilos, reforça a adesão estável as células endoteliais As proteínas do sistema de complemento ajudam nesse processo, as C5a, C3a, C4a atuam nas células endoteliais e induz o aumento das lectinas P, moléculas de adesão. Esses fragmentos se ligam a mastócitos presentes na pele e mucosas, esses mastócitos tem grânulos com mediadores inflamatórios (Estamina, prostaglandinas, citocinas como TNF). Com isso o mastócito degranula causando vasodilatação e aumente a permeabilidade do vaso sanguíneo, aumentando a inflamação. O C5a faz com que integrina fiquem mais avidas a receptores de integrina fazendo com que eu tenha uma adesão mais estável do neutrófilo, passando de dentro do vaso para fora. Citólise mediada pelo complemento • Formação do Mac, leva a lise osmótica Sistema complemento na Doença • Deficiência de C2 e C4, 50% desenvolvem Lúpus. Por motivos desconhecidos, podem ocorrer falhas na remoção de imunocomplexos circulantes. Acreditam que como vai ter dificuldade para eliminar os imunocomplexos circulantes eles podem se depositar nos epitélios e rins levando a lesões observadas nos lúpus. Essa deficiência não está associada a suscetibilidade aumentada pela infecção de microrganismo porque temos a via alternativa recrutada, na via clássica e da lectina que uso C2 e C4. • Deficiência de C34 Levam a infecções bacterianas graves que podem ser fatais. • Deficiências nas outras proteínas (C5, C6, C7, C8 e C9) Interessantemente vemos que o único problema clinico é a propensão por infecção disseminadas por Neisseria, que causa Meningite e Gonorreia • Deficiência de C1- INH Temos doença hereditária chamada de angioedema hereditário, tendo degradação de C4 e C2 não controlada. 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