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Enterobiose Enterobius vermiculares Importância e distribuição • Parasita cosmopolita. O amadurecimento dos ovos não depende das condições ambientais e a transmissão não depende das condições de saneamento • Próximos ao Ascaris • Os dados estatísticos são subestimados pois o método diagnostico é especifico e nos testes como sedimentação ocorre muitos falsos-positivos Taxonomia Filo Nematoda Classe Rhabditida Ordem Oxyuridomorpha Família Oxyuridae Enterobius vermiculares Enteron vem do grego que significa intestino e bios vida. Antigamente eram chamadas de oxiúros. São pequenos, cilíndricos e filiformes. São dioicos com dimorfismo e macho apresentam a região posterior curvada com a presença da espicula. Morfologia Na região da boca observamos lábios como Ascaris, porém mais rudimentares. Depois observamos o Esôfago claviforme, que começa mais afilado e termina em um estimo e em um bulbo esofagiano que tem a função de bombear o conteúdo do intestino para o interior da cavidade digestiva do animal. Ele se alimenta das bactérias presentes no intestino grosso do hospedeiro. Uma outra característica morfológica marcante é a presença de expansões cefálicas da cutícula anteriormente chamado de asas cefálicas. Na região posterior, nas fêmeas o intestino que termina em anus, e temos dois conjuntos de órgãos reprodutores, temos o ovário, o útero, termina na vagina e depois na vulva. Essa vagina é muscular e bombeia os ovos para fora da vulva. A fêmea produz uma grande quantidade de ovos e aumenta de tamanho para abriga-los. A região posterior das fêmeas tem uma extremidade muito delgada, bem fina. Já os machos temos o intestino terminando na cloaca, que une o sistema excretor e reprodutor, apresentam a extremidade da região posterior curvada, e possuem apenas um conjunto de órgão reprodutores Ciclo O ciclo, assim como Ascaris e Trichuris, é um ciclo monóxeno. A transmissão se dá por ingestão ou inalação de larvas de terceiro estágio, semelhante a Ascaris. A inalação é possível pois os ovos são bem leves. As larvas L3 eclodem a nível de intestino delgado, os adultos se estabelecem no ceco e depois do acasalamento o macho morre. Em Enterobius os ovos não saem nas fezes. A noite as fêmeas migram pelo intestino grosso e fazem a deposição na região perianal, o que acontece é que eles ficam fixados ali. Depois da oviposição as fêmeas morrem e se não houver reinfecção o ciclo termina aqui. A infecção pode se dar por heteroinfecção, toda primeira infecção ocorre assim. Mas também pode ocorrer a autoinfecção interna e retroinfecção. Os ovos tem uma maturação muito rápida e em questão de horas liberam L3 infectante, com isso pode acontecer autoinfecção. Além disso, existem relatos na literatura das larvas eclodirem na região e migrarem pelos anus e estabelecer a infecção. Esses ovos amadurecem rápido a noite e ficam presentes das roupas intimas e lençóis, possibilitando autoinfecção, muito frequente em crianças por exemplo. E, um dos sintomas é a presença de prurido anal noturno que coça, e a própria coceira noturna da pessoa favorece a autoinfecção Patologia • Sintomas gastrointestinais inespecíficos • Prurido anal • Perda de sono • Pode ocorrer localizações ectópicas (tropas, cavidade peritoneal, baço, segundo a literatura) • Pode ser porta de entrada para infecções secundarias devido lesões anais • Pode ocasionar apendicite Profilaxia e Controle O amadurecimento dos ovos não depende das condições ambientais e a transmissão não depende das condições de saneamento. As idades mais infectadas são crianças que não possuem educação em saúde e não resistem tanto ao ímpeto de coçar a região anal. • Diagnostico e tratamento dos doentes • Evitar coçar a região perianal • Higiene pessoal • Manejo do roupas de cama, intimas e pijamas • Limpeza domestica • Identificação e tratamento em comunidades endêmicas Diagnostico Os ovos ficam aderidos no hospedeiro, não são eliminados nas fezes. Com isso a maioria dos inquéritos não detectam Enterobius, impossibilitando dados estatísticos sobre distribuição e o próprio diagnostico do paciente infectado. Estudos mostram que, em uma comunidade na Amazônia, Santa Isabel do Rio Negro, a prevalência de ovos de Enterobius por sedimentação apresentou 0,6% de infectados, e quando fizeram o teste especifico foi observado a prevalência de 15% O diagnostico especifico é de Graham ou Fita adesiva. Esse teste vai permitir a detecção de ovos ou até fêmeas. Depois essa fita é colocada em uma lâmina e analisa para ver a detecção de ovos. O ideal é fazer esse teste pela manhã e o paciente não deve tomar banho antes, pois nessa etapa o paciente faz o asseio da região. O biomédico precisa ter EPIs adequados pois existe o risco de infecção. O ovo tem o formato em D, um lado achatado e outro convexo. Ele possui uma casca dupla e o embrião se desenvolve no meio. Essa casca externa é composta mucopolissacarídeos que permitem adesão de um ovo ao outro e também a aderência a pele do hospedeiro, como a região perianal ou a mão.
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