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PARASITOLOGIA MÉDICA Bruna Pitanga MED 104C T�I��RÍAS� trichuris trichiura Tricuríase é uma parasitose intestinal típica também de crianças, na faixa etária que vai de 0 a 10 anos de idade, a maior prevalência. Uma parasitose que envolve um verme que habita o intestino grosso humano, então exemplo do que acontece com o enterobius vermicularis, oxiúrus, o trichuris trichiura também é um parasito de intestino grosso. Entretanto, esse parasito tem características que o tornam muito mais agressivo que o oxiúrus em termos de parasitismo no intestino grosso. Inclusive são helmintos hematófagos, que praticam hematofagia. É sobre essa helmintíase ou helmintose muito prevalente no Brasil, principalmente onde o clima é tropical e subtropical onde você tem condições para que essa verminose se desenvolva na plenitude e em relação aos Estados brasileiros aqueles que têm mais altas temperaturas e maior índice pluviométrico são os campeões em prevalência dessa verminose. CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA Filo: Nematoda - vermes cilíndricos, têm tubo digestivo completo, são monoxênico, ou seja, o ciclo envolve um único hospedeiro, característica da maioria dos nematoda. → O único hospedeiro dele é o ser humano. → Há algumas literaturas que falam em possibilidade de outros animais como os suínos conterem esse verme, mas nada comprovado. Até que provem o contrário ele é um parasita exclusivamente de seres humanos. → Existem várias espécies dentro do gênero Trichuris . Há a espécie Trichuris vulpis que parasita canídeos e cães silvestres, mas esses estão fora do nosso contexto. Classe: Adenophorea Ordem: Enoplida - que traz grupos importantes em termos médicos. Família: Trichuridae Espécie: Trichuris trichiura - esse nome deriva da característica morfológica do verme → Distribuição cosmopolita - existe no planeta inteiro → As mais altas prevalências são encontradas em populações humanas que vivem em regiões tropicais e subtropicais, porque esses climas favorecem o desenvolvimento dessa verminose produzida pelo Trichuris trichiura , o motivo é que Trichuris trichiura compõem um grupo de vermes, como por exemplo ascaris lumbricoide, que são chamados de geohelminto . → O geohelminto é um helminto que cujo ciclo envolve passagem obrigatória de elementos sejam ovos ou larvas pelo solo. Então todo geohelminto tem um ciclo que envolve a passagem de determinadas fases de desenvolvimento e estruturas do ciclo do parasito a passagem obrigatória pelo solo. Esse solo deve ter um certo teor de umidade e sombreamento para que haja favorecimento do ciclo biológico. → Esse contexto é muito importante não só porque é uma informação que envolve contaminação do solo pelas estruturas parasitárias e a fonte de infecção será esse solo, mas também, por um outro motivo muito relevante e muito importante: geohelmintos não realizam autoinfecção direta, isso significa que nenhum geohelminto é capaz de realizar a sua infecção por autoinfecção direta interna ou externa , porque os ovos no caso do Trichuris trichiura , os ovos tem que passar de 3 a 4 semanas no solo para que só então a larva infectante esteja totalmente desenvolvida dentro desses ovos. Então não há a possibilidade de uma pessoa parasitada, por exemplo, que tenha maus hábitos de higiene usar o vaso sanitário, depois de fazer a sua higienização sair com as mãos contaminadas com ovos e levar essa mão a boca e ingerir esses ovos; e 1 PARASITOLOGIA MÉDICA Bruna Pitanga MED 104C esses ovos darem origem aos vermes no intestino. Isso não vai acontecer porque os ovos que estão saindo junto com as fezes do hospedeiro ainda não estão maduros, há a necessidade de uma passagem pelo solo para que haja o amadurecimento, então a transformação do embrião em larva e a larva evoluir para uma larva infectante dentro desse ovo. O mecanismo de transmissão se dá pela ingesta dos ovos oriundos do ambiente desses ovos larvados. Autoinfecção indireta é possível. O indivíduo eliminou as fezes, os ovos contaminaram o ambiente e depois de 3-4 semanas, esse indivíduo acidentalmente ingere esses ovos que foram eliminados com as suas próprias fezes, aí sim autoinfecção indireta - passou pelo solo e voltou para ele . → O gênero desse verme inicialmente era conhecido como Tricocephalus , justamente por causa do aspecto ou característica anatômica desse verme, era chamado de verme chicote. Obs.: Tricocephalus significa cabeça de pelo, porque a região anterior do corpo onde está a boca é afilada em relação a região posterior do corpo. → Adultos com forma semelhante a um chicote, em que a região anterior do corpo é muito afilada e a região posterior do corpo tem um diâmetro muito maior, então ele lembra um chicote de domador de circo. O macho tem em torno de 2,5 a 3 cm de comprimento; a região anterior do corpo que corresponde ao local onde está presente a boca; essa região anterior do corpo é afilada em relação a região posterior, então o diâmetro da região posterior é muito maior do que a região anterior do corpo. A fêmea, mesma situação, tem em torno de 5 cm de comprimento, sendo maior que o macho; região anterior do corpo afilada e a região posterior docorpo com diâmetro maior. Um detalhe ainda morfológico que permite a identificação de machos em relação a fêmeas é que a região posterior do corpo do macho é enrolada, espiralada, parecido com o que vimos para enterobius vermicularis, no caso do oxiúrus também o macho tem essa região do corpo espiralada. Porque essa caracterização anatômica além de permitir a identificação dos vermes, o que mais há de importante na observação dessas regiões anteriores e posteriores do corpo? Essa região anterior do corpo não é afilada a toa, na verdade esse verme se fixa firmemente a mucosa do intestino então essa região anterior do corpo mergulha na mucosa do intestino grosso. Se esse verme penetra a mucosa com a sua região anterior do corpo ele produz um tipo de ação que é importante para entender o quadro clínico da doença que é uma ação traumática. Essa ação traumática vai potencializar o surgimento de lesões e essas lesões se somando, ou seja, vários vermes próximos entre si isso poderá potencializar a formação de úlceras na parede do intestino. E com certeza por conta dessa penetração da região anterior na parede do intestino haverá possibilidade de sangramento, então haverá sangue misturado às fezes do indivíduo parasitado, essa é uma característica da tricuríase, que nós não vimos para a enterobiose (não ocorre sangramento na mucosa do intestino) e não vimos assim de forma acintosa para a teníase (eventualmente por conta da coroa de ganchos, que a Taenia solium tem). Na tricuríase é muito frequente o sangramento nas fezes por conta dessa adaptação do parasita ao hospedeiro que é mergulhar essa região anterior do corpo na mucosa. Ele se alimenta fundamentalmente de sangue, são hematófagos. Então tenho ulcerações na parede do intestino, tenho sangramento, tenho hemtofagia; das ulcerações pode derivar sangramento, a hematofagia vai determinar o parasito se apossar do sangue do hospedeiro, ou seja, vai esfoliar o hospedeiro em sangue e mais os pontos 2 PARASITOLOGIA MÉDICA Bruna Pitanga MED 104C de penetração que são pontos de sangramento, isso tudo pode caracterizar um quadro que vai se instalar no indivíduo depois de um tempo que é um quadro de anemia. A caracterização morfológica do helminto permite entender o quadro clínico que ele potencialmente vai produzir. Aqui imagens reais, a fêmea lembrando o chicote de domador de circo e o macho com o conteúdo que observamos nessa coloração avermelhada isso caracteriza a presença de sangue no trato gastrointestinal desse indivíduo e a ponta para um comportamento de hematofagia, ou seja, os vermes adultos se alimentam de sangue. → Outro elemento que é bastante característico do verme são os ovos. Os ovos têm um formato elíptico e apresentam poros salientes nas extremidades Na primeira imagem podemos ver um exame parasitológico de fezes onde a gente pode ver o ovo elíptico com os opérculos nas extremidades. Esse ovo lembra uma bola de futebol americano, é bacana compararmos para podermos lembrar da anatomia desse ovo. Então é um ovo chamado de bioperculado em que os pólos salientes correspondem a opérculos que são tampinhas que vão se abrir para que a larva ecloda desse ovo quando ele for ingerido por um ser humano, estando esse ovo larvado depois de passar pelo solo. Esse é o ovo que sai junto com as fezes do ser humano, esse ovo é um ovo embrionado, ele não é larvado, vai levar um tempo para ele se desenvolver. São muito numerosos. → Os adultos vivem no intestino grosso do homem, principalmente no ceco. Eventualmente podem habitar o apêndice, no cólon ou nas últimas porções do íleo. → O parasito tissular é aquele que se fixa ou está inteiramente presente nos tecidos do hospedeiro, no caso do trichuris trichiura , ele mergulha a região anterior do corpo na mucosa. Isso faz dele um parasito tissular que tem um envolvimento íntimo, bastante próximo com os tecidos do hospedeiro. Quando uma tênia se fixa no intestino do hospedeiro, ela se fixa na superfície, ou seja, no epitélio intestinal. Esse verme vai se fixar no conjuntivo, então ele tem essa íntima relação com o tecido conjuntivo, ele é considerado um parasito tissular. A parte que resta fica exposta ao lúmen do intestino, que permite o diagnóstico em exames de imagens. → O ciclo é monoxeno → Os vermes vivem de 1 a 2 anos no intestino grosso dos seres humanos → As fêmeas eliminam de 3 a 20 mil ovos/dia, a média de 3 a 7 mil ovos. Então as fezes humanas saem repletas de ovos quando o indivíduo está parasitado. → Dando tudo certo para esses ovos no ambiente, então você terá uma grande possibilidade de infecção de muitas pessoas Não é uma doença que é transmitida com facilidade em ambientes fechados, é uma doença que demanda passagem dos ovos pelo solo. Então ela é mais veiculada por maus hábitos de higiene, como a ingesta de alimentos contaminados, água contaminada, esses tipos de transmissão são mais frequentes. → O ovo só se torna infectante no ambiente com a larva infectante, 3 a 4 semanas depois de eliminados. 3 PARASITOLOGIA MÉDICA Bruna Pitanga MED 104C → Entre a chegada do verme, a ingestão do ovoaté o verme adulto se formar no intestino grosso são necessários entre 60 a 90 dias. → Carga parasitária de 10 a 20 vermes → Apenas 5 a 22% dos ovos que são eliminados com as fezes humanas completam o desenvolvimento, ou seja, o embrião evolui para dar uma larva imatura inicialmente e depois a larva infectante. O percentual de ovos que realmente são infectantes para o ser humano é baixo, mas a produção diária de ovos é muito alta, isso faz com que o teor de contaminação seja alto. → O ciclo biológico é bastante simples, machos e fêmeas adultos no intestino grosso copulam; os ovos são liberados junto com as fezes dos seres humanos; chegam ao ambiente, amadurecimento dos ovos em 3 a 4 semanas, formação da larva infectante; ser humano ingeriu o ovo com a larva infectante; a larva eclode do ovo no intestino delgado, realiza movimento migratório pelo lúmen do intestino delgado até atingir o intestino grosso, na região do ceco, principalmente, onde machos e fêmeas vão completar seu desenvolvimento; vão mergulhar as regiões anteriores do corpo na mucosa do intestino, vão se fixar, vão passar a se alimentar de sangue, vão passar a copular e as fêmeas vão eliminar ovos que vão sair misturados nas fezes. É um ciclo monoxênico , ciclo simples, sem hospedeiros intermediários, sem hospedeiros paratênicos, ciclo monoxênico exclusivo. → Contaminação do ambiente com material fecal humano - alimentos e água contaminados com os ovos → Disseminação dos ovos pelo vento, água e insetos como moscas, formigas e baratas, são insetos que entram em contato com o solo. As baratas entram em contato inclusive com a rede de esgoto e podem arrastar os ovos para os seus alimentos, para a sua mesa. As moscas tem íntima relação, várias moscas, mosca doméstica, por exemplo, tem íntima relação com o bolo fecal humano, as fêmeas e machos dessas moscas pousam para se alimentar e podem veicular os ovos. As formigas fazem uma ponte entre o solo e a nossa residência, trafegando pela cozinha, etc, passando sobre alimentos e acabam veiculando esses ovos. → As lesões intestinais são lesões de epitélio e de lâmina própria. No epitélio para que ele possa chegar até o conjuntivo ele vai destruir as células epiteliais, posteriormente na lâmina própria e também essas lesões relacionadas muito aos vasos sanguíneos que vão levar a sangramento já que são vermes hematófagos que produzem essa ação traumática de destruição das células epiteliais e produção de lesões na lâmina própria. → Então infecções intensas e crônicas, essas são as ações principais do parasita, ou seja, ação traumática, porque ele produz lesões, ação esfoliativa porque ele se alimenta de sangue e ação inflamatória porque a presença desse verme na mucosa do intestino vai favorecer o processo inflamatório. Esse processo inflamatório vai gerar edema e havendo edema no intestino, da parede intestinal, o lúmen do intestino, o volume interno dele vai diminuir e isso pode levar a constipação intestinal e outras obstruções intestinais. Não pela ação mecânica do verme, não pela presença física do verme obstruindo o intestino, como vimos anteriormente que a lombriga faz (a lombriga é um verme grande de 30 a 40 cm de comprimento), mas pela ação inflamatória do parasita e esse edema o lúmen do intestino diminui de volume e com isso pode ter obstruções intestinais. 4 PARASITOLOGIA MÉDICA Bruna Pitanga MED 104C Consequências dessas ações o indivíduo tem dores abdominais, cólicas, disenteria crônica (um mal funcionamento do intestino), sangramento e pode haver quando o verme atinge o reto e ele pode se instalar no reto, pode haver prolapso retal (o reto vai se voltar para fora do ânus, um quadro clínico sério e complicado que demanda tratamento imediato), o indivíduo pode ter perda de apetite (porque tem dor abdominal e disenteria), pode haver vômito, anemia, subnutrição e retardo no crescimento (é um dos principais envolvidos em retardo no crescimento em crianças que vivem em áreas de alta endemicidade). Na imagem podemos ver um detalhe das alças intestinais conforme vemos e as vilosidades intestinais, conseguimos perceber pontos de sangramentos hemorragicos e uma gama de vermes; as fêmeas sãos as alongadas e os machos com a região posterior espiralada. É uma carga parasitária muito alta e nesse caso pode haver inclusive perfuração intestinal, supuração (processo de formação de pus) e necrose, porque muitos vermes juntos produzindo lesões na parede do intestino podem levar a ruptura da alça intestinal. → Em geral o indivíduo desenvolve esse quadro de Síndrome Disentérica Crônica , está muito atrelada a tricuríase, a doença causada pelo Trichuris trichiura se caracteriza por dor abdominal, disenteria crônica, sangue e muco nas fezes. Apresenta muco nas fezes porque é uma reação à presença dos vermes, maior produção de muco na tentativa de defender o organismo → O prolapso retal é quando o verme se instala no reto o processo inflamatório leva o reto a se voltar para fora do ânus. Esse quadro pode ser corrigido através de utilização de medicamentos ou deve haver correção cirúrgica. → Infecções muito intensas pode haver obstrução do cólon e perfuração do intestino por conta das lesões produzidas. obs.: a faixa etáriavai de 0 a 10 anos de idade, essa faixa etária que tem maior prevalência de casos. Depois dessa faixa etária indivíduos podem apresentar essa doença, mas a carga parasitária tenderá a ser menor e as complicações praticamente não existirão. Se a carga parasitária for pequena mesmo nas crianças a doença costuma passar insuspeitamente, o indivíduo nem exibe quadro sintomatológico, mas como a oferta de ovos é muito alta no ambiente em lugares em que há prevalência alta dessa doença podemos ter casos de indivíduos desenvolvendo a verminose com algumas centenas de vermes e isso causa grandes problemas. → O diagnóstico clínico pela sintomatologia laboratorial é a observação daqueles ovos bioperculado, lembrando uma bola de futebol americano, no exame parasitológico de fezes (fezes frescas preferencialmente). → Estima-se que mais de 900 milhões de pessoas no mundo estejam infectadas. → No Brasil se tem entre 35-39% da população infantil infectada, em geral para população brasileira, mas foca na população infantil. → A intensidade da infecção varia com a idade do indivíduo. → No mundo, a prevalência oscila entre 30% e 80% da população geral, incidindo principalmente em crianças. → No Brasil a prevalência é superior a 30%, sendo elevada na Amazônia e na faixa litorânea, de clima equatorial e chuvas distribuídas pelo ano todo. → Em Alagoas as taxas de parasitados, em algumas cidades pode chegar a 71% e em Sergipe a 80%. Então são áreas de alta endemicidade para a doença, áreas com prevalência muito alta de casos de tricuríase. 5 PARASITOLOGIA MÉDICA Bruna Pitanga MED 104C → As crianças apresentam as cargas parasitárias mais altas e as sintomatologias mais pronunciadas. → Ao observamos esses gráficos, no primeiro gráfico a gente percebe o percentual de exame positivo para a tricuríase em função da faixa etária do indivíduo - vejam que a partir da idade 0 até 10 anos de idade o percentual de exames positivo cresce, a partir desses 10 anos de idade há um decréscimo considerável na quantidade de exames positivos. → A gente observa no segundo gráfico a carga parasitária, ou seja, quantidade de ovos por gramas de fezes em relação à faixa etária, vejam que ela vai crescendo violentamente essa quantidade de ovos por gramas de fezes isso representa uma maior quantidade de fêmeas fazendo postura de ovos, portanto uma maior quantidade de casal de vermes. Então até 10 anos de idade atinge o pico máximo de carga parasitária e a partir dessa faixa etária reduz violentamente essa carga parasitária e a doença se torna cada vez menos perceptível pelo hospedeiro. As únicas fontes de infecção são os humanos, a gente precisa diagnosticar e tratar os indivíduos com tricuríase. As crianças em idade pré-escolar tem maior responsabilidade na transmissão da tricuríase, porque quando o indivíduo vai para a escola, em geral, ele aprende novos hábitos, hábitos de higiene, etc, passando a viver em um outro contexto, então passa a se cuidar melhor e com isso a transmissibilidade diminui e a possibilidade de se reinfectar também pelos hábitos que ele vai adquirindo. O peridomicílio costuma ser a área mais afetada, devido à poluição fecal do solo, onde as condições de saneamento e de higiene são precárias. Os ovos dos trícuros são sensíveis à desidratação, razão pela qual é nos solos úmidos e sombreados onde permanecem mais tempo viáveis, por meses; já em solo muito seco perdem logo a capacidade de infectar, as larvas morrem. Saneamento básico, controle de insetos, como moscas, formigas e baratas se faz necessário. Higienização dos alimentos antes de consumir são de total importância para o controle da doença. O tratamento da tricuríase se faz à base de Mebendazol e Pamoato de oxantel , são as duas drogas mais efetivas, também pode ser usado o albendazol e flubendazol dentro desse grupo dos bendazólicos. Ideal que se repita o tratamento, os ovos e as larvas do verme não são afetados pela maioria dos antihelmintícos, então se o indivíduo estiver em meio a uma infecção, ou seja, ingeriu ovos recentemente, as larvas estão eclodindo desses ovos, estão iniciando o processo migratório do intestino delgado para o intestino grosso, essas larvas não serão afetadas pelo medicamento e daí um tempo o indivíduo desenvolve o quadro clínico. Então é sempre interessante repetir mais uma ou duas vezes o tratamento. → Mebendazol - a dose é de 100mg, duas vezes ao dia, durante 3 dias (600 mg no total). Também podem ser usados o albendazol e o flubendazol. → Pamoato de oxantel - nos casos leves, administrar 10 mg por quilo de peso do paciente, em dose única, por via oral. Nos demais, dar essa dose duas vezes ao dia, durante 3 dias. 6
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