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Anestesiologia INTRODUÇÃO E MONITORAMENTO

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Anestesiologia
INTRODUÇÃO A ANESTESIA
Em 1800 foi descoberto que o oxido nitroso poderia ter propriedades anestésicas, anos seguintes foi relatado que a inalação de oxido nitroso e dióxido de carbono poderiam aliviar a dor de cirurgias em cães. O dióxido de carbono diminuía a frequência respiratória, acentuando o efeito do oxido nitroso.
Durante os anos que se seguiram descobrindo mais e mais substancias com propriedades anestésicas/ analgésicas foram relatados uso de éter dietilico, clorofórmio, cocaína.
As técnicas anestésicas, como a anestesia geral e anestesia local, ficaram mais populares após a descoberta de substancias menos toxicas que a cocaína. 
Barbitúricos (pentobarbital)
Tiobarbitúricos (tiopental)
Derivados fenotiazinicos
DIVISÃO DA ANESTESIA
° Medicação pré-anestésica – MPA
° Anestesia Local
° Anestesia Geral Injetável
° Anestesia Geral Inalatória
° Anestesia Dissociativa
° Bloqueios Neuromusculares
ALGUMAS DEFINIÇÕES
° Anestesiologia - estudo da anestesia
° Anestesia - insensibilidade, supressão temporária da dor, com ou sem narcose
° Narcose - estada de sono profundo, na pode ser despertado facilmente
° Hipnose - sono induzido artificialmente, estado de transe que lembra o sono, é despertado facilmente
° Anestesia Local - bloqueio reversível dos impulsos nervosos aferentes
° Analgesia - insensibilidade a dor
° Anestesia Dissociativa - dissociação do córtex cerebral de maneira seletiva, causando analgesia, desligamento do paciente. 
Promove dissociação dos sistemas talamocortcial e límbico. Olhos abertos, reflexo de deglutição, hipertonia muscular.
° Anestesia Geral – técnica anestésica reversível satisfaz os seguintes requisitos:
° perda de consciência ou sono profundo
° supressão temporária da percepção dolorosa
° proteção neurovegetativa
° Relaxamento muscular, sem reação de defesa
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
° Digestiva – atravessa varias barreiras celulares até o local de ação, o efeito de 1° passagem interfere na absorção, as formas farmacêuticas interferem no tempo de absorção. 
° Retal – pouco efeito de primeira passagem, grande parte vai direto para o coração para ser distribuído.
° Parenteral (mais utilizadas) – intravenosa, intramuscular, subcutâneo. ° Vantagens: efeitos rápidos, grandes volumes, infusão lenta, maior controle de dose adm.
° Desvantagens: riscos de embolias e infecção, acidentes, dificilmente reverte os efeitos.
ACESSOS VENOSOS MAIS COMUNS
° Via IV - jugular, cefálica, radial, safena, sublingual, marginal da orelha.
° Via IM - Vantagens: adequado para volumes moderados, em veículos aquosos, oleosos, suspensões, acessos mais fácil e menos estresse.
 Desvantagens: irritação local, deposição no tecido adiposo.
° Via SC - Vantagens: absorção lenta e continua.
Desvantagens: sensibilidade local, dor e até necrose por substâncias irritantes. 
° Via Inalatória - seu uso se resume praticamente a anestesia inalatória. Usada também é oxigenioterapia, adm. De medicações em infecções respiratórias direto pelas vias aéreas.
MEDICAMENTOS X PROTEINAS PLASMÁTICAS
Alguns fármacos tendem a se ligar a proteínas plasmáticas de forma reversível, uma fração fica livre na corrente sanguínea e atua no local de ação, enquanto outra fração fica ligada a proteína (reservatório) e é liberada a medida que a fração livre diminui.
CUIDADO COM HIPOPROTEINEMIA/ DESNUTRIÇÃO
PERIODOS ANESTÉSICOS
PRÉ, TRANS, PÓS.
° Período pré-anestésico: intervalo entre a indicação da anestesia até o momento da realização. 
Classificação:
° Eletiva: pacientes hígidos, sem urgência.
° Extrema urgência: dispensa cuidados pré-anestésicos.
° Urgência relativa: estabilizar o paciente antes.
 PERIODO PRÉ-ANESTÉSICO
° Indetificação do tutor
° identificação do paciente: espécie, raça, idade, temperamento, idade, sexo. 6h às 10h sólidos
4h a 0h líquidos
° Anamnese: jejum prévio 
° Perguntar sobre diversos sistemas:
Respiratória: tosse, espirros:
Endócrino: diabetes, hiperadreno
SNC: convulsões
Gastrointestinais: diarreia, vômitos.
Cardiovascular: cansa fácil, tosses, doenças cardíacas
Hematológico: transfusão recente, anemia. 
Correlacionar com exames físicos e complementares
Também é importante perguntar se o paciente possui doenças pré-existentes, alergias, medicamentos que faz uso continuo ou usou recentemente, se já foi submetido a algum procedimento anestésico. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
É comum que alguns pacientes façam uso de medicações de uso continuo, é preciso ter atenção.
° Inibidores da ECA (vasodilatadores) e digitálicos (ICC):Enalapril, captopril Digoxina, captopril.
Benzepril
aumentam a vasodilatação periférica, podem causar hipotensão durante a indução anestésica.
° Bloqueadores de canais de cálcio (vasodilatadores). 
Verapril, nifedipina, diltiazem
potencializam bloqueadores neuromusculares e anestésicos inalatórios. 
° Beta bloqueadores (beta adren): 
Salbutamol, Propanolol
Bloqueiam a ação da adrenalina, antiarrítmicos, anti-hipertensivos.
° Diuréticos e antibióticos (aminoglicosideos)
Furosemida Gentamicina
 aumentam a ação dos bloqueadores neuromusculares. 
° Barbitúricos (anticonvulsivantes): 
Fenobarbital
Aumentam a biotransformação dos anestésicos inalatórios. 
EXAME FISICO
° Peso: cuidado com hipoproteinemia/desnutrição
Pode aumentar a sensibilidade aos relaxantes musculares, incidência de edema pulmonar. Diminui a capacidade vital e do sistema imunológico.
° Temperatura: patologia ou ambiente
° Ausculta Cardiopulmonar: Sopro, arritmias, Fc e qualidade de pulso, Fr e sibilos, estertores, amplitude do movimento.
° Exames complementares: idade, achados no exame clinico, histórico.
CLASSIFICAÇÃO DO EXAME FISICO E RISCOS ANESTESICOS
ASA CONDIÇÃO DO PACIENTE
1 Normal, hígido.
2 Doença sistêmica compensada.
3 Doença sistêmica parcialmente compensada, mas sem sinal clinico.
4 Doença sistêmica grave, não compensada, corre risco de vida.
5 Risco de morte eminente, poucas chances de sobreviver.
MOTIVOS QUE PODEM ADIAR UMA ANESTESIA/CIRURGIA E ESTABILIZAR O PACIENTE
° Anemia - HT <20%
° Hipoalbuminemia - <2g/dL
° Desequilíbrio acidobásico - Ph < 7,2
° Potássio - <2,5 ou > 6mEq/L
° Desidratação grave
° Pneumotórax/ cianose
° Oliguria/anuria
PERIODO TRANS-ANESTESICO
Intervalo entre o inicio da anestesia até o inicio da recuperação do paciente.
CUIDADOS NECESSARIOS: PACIENTE
° Reflexos/plano anestésico
° Postura/conforto
° Posição de vias aéreas 
APARELHO DE ANESTESIA
° Anestésico/oxigênio
° Sonda/balão/venóclise
° “Braço” do cirurgião em cima do tórax do paciente
° monitores/estetoscópio/termômetro 
PERIODO PÓS-ANESTÉSICO
Inicio da recuperação do paciente até o reestabelecimento total da consciência e parâmetros fisiológicos.
É DIVIDIDO EM:
° IMEDIATO: vigilância constante, sem alimento e agua ainda, em ambiente calmo e de pouca luz. Resgate analgésico
° MEDIATO (TARDIO): deficiências orgânicas, dificuldade na metabolização dos anestésicos. Trauma cirúrgico intenso, resgate analgésico (se ainda necessário).
MONITORAMENTO ANESTESICO
É importante sempre estar atento para identificar alterações previamente.
PARAMETROS COMUMENTE OBSERVADOS:
° fc
° fr
° temperatura 
° EtcO2
° Pa
MONITORAMENTO DA FREQUENCIA
 E RITMO CARDIACO
AUSCULTA CARDIACA:
° Sopros
° Arritmias/ fibrilações
ELETROCARDIOGRAMA:É mais comum e de maior valia no monitoramento do paciente
anestesiado
° Bradicardia/ taquicardia
° Arritmias/ fibrilação
RELEMBRANDO:
° Onda P: despolarização atrial
° Onda QRS: despolarização ventricula.
° Onda T: repolarização ventricular
ALTERAÇÕES VISIVEIS NO ELETROCARDIOGRAMA:
° HIPOXIA DO MIOCARDIO: amplitude da onda T em relação ao QRS.
° TAQUICARDIA SINUSAL: plano superficial, dor, compensatória a hipotensão. 
° BRADICARDIA E BRADIARRITIMIA: pode acontecer em pacientes que usam anti-hipertensivos, betas bloqueadores, fibrose do nó sinoatrial, miocardiopatias, hipertermia.° BAVs (BLOQUEIO ATRIO VENTRICULAR): intervalo PR aumentado, tônus vagal excessivo. 
 GRAU 1: prolongamento do intervalo PR mas toda onda P é seguida pelo QRS.Pode estar ligado a: planos mais profundos, fármacos α2 agonistas, hipotermia severa
 
 
 
 GRAU 2: não tem prolongamento do intervalo PR e tem falhas na condução átrio ventricular, com ondas soltas, duas ondas P seguidas
 
GRAU 3: não há condução átrio ventricular, as ondas P não tem correlação com o QRS. 
Anestesiologia
MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA
A medicação pré-anestésica tem o objetivo de facilitar o manejo do paciente, evitando estresses fisiológicos, tranquilizando o animal, causando analgesia preemptiva e reduzindo o volume dos fármacos utilizados na anestesia geral, logo, reduzindo possíveis efeitos adversos de alguns fármacos. 
OBJETIVO DA MPA
° Sedação/ analgesia e relaxamento muscular.
° Diminuir secreções das vias aéreas e/ou salivação.
° Diminuir reflexos autonômicos.
° Coibir o 2° estagio da anestesia geral.
° Indução e recuperação mais suaves.
° Minimizar os efeitos tóxicos/adversos dos anestésicos gerais.
É IMPORTANTE ANALISAR OS RISCOS E BENEFICIOS:
° Idade, raça, espécie
° temperamento.
° tipo de cirurgia
° Interações medicamentosas
° Histórico de anestesias. 
CLASSIFICAÇÃO DOS FÁRMACOS USADOS NA MPA
° ANTICOLINÉRGICOS (ANTIMUSCARINICOS):
Impedem competitivamente a ação parassimpática da acetilcolina nos seus receptores muscarinicos centrais (quando atravessam a barreira hematoencefalica) e em receptores muscarinicos periféricos. 
PRINCIPAIS FARMACOS: 
° Atropina
° Escopolamina
° Glicopirrolato
AÇÃO NA MPA:
° Inibe a salivação e secreções excessivas das vias respiratórias.
° Efeito broncodilatador
° Trata e previne bradicardia
AÇÃO NA ANESTESIA:
° Correção de bradicardia e BAVs.
° Evita reflexos vagais – manipulação dos órgãos internos.
VIAS DE ADM: APRESENTAÇÕES:
° SC ° Ampola - 0,25/0,5/1mg/kg 
° IM ° Colírio- 0,5 a 1% 
° EV
° Tópico
EFEITOS DA ATROPINA
° Taquicardia sinusal
° broncodilatador
° Diminuição da motilidade gastrointestinal
 
° TRANQUILIZANTES E SEDATIVOS:
Tranquilizantes: sensação de calma (ansiólise), sem desligamento do animal ao meio ambiente.
Sedativos: reduz a ansiedade, diminui resposta global a estímulos externos.Analgesia é característico de alguns sedativos, mas não de todos.
SEDATIVOS:
° Fenotiazinas
° Benzodiazepínicos
° Agonistas α2 adrenérgicos
° Butirofenonas
° Opioides
FENOTIAZINICOS: acepromazina, clorpromazina, levomepromazina Atuam em receptores: 
° AdrenergicosEm doses elevadas pode causar efeitos extrapiramidais: tremores, rigidez, catalepsia, coma
° Muscarinicos
° Dopaminergicos
° Serotoninergicos
° Histaminicos
ACEPROMAZINA:
° Relaxamento muscular
° Associada à opioides: neuroleptoanalgesia
° AntiemeticoDoses: 0,02 a 0,1mg/kg
Iv - 3 a 5min
Im - 5 a 10 min
° Antiarrítmico 
OUTROS EFEITOS:
Diminuição da resistência vascular sistêmica e PA
Redução do HT 20 a 30% por sequestro esplênico
Diminuição da temperatura corporal
Não deve ser usado em pacientes cardiopatas severos, hipovolêmicos, choque
BUTIROFENONAS: Droperidol, azaperoni.
° Potentes antiemeticos
° Tranquilização semelhante a acepromazina
OUTROS EFEITOS:
Alucinações e até agressividade
Hipotensão discreta
 BENZODIAZEPINICOS:
Os benzodiazepínicos aumentam a ligação do GABA aos receptores. 
São classificados como: 
° Agonistas: facilitam a atividade do GABA, promovendo sedação, ansiólise, relaxamento muscular.
° Antagonistas inversos: se ligam ao receptor e provocam efeitos inversos como, excitação e convulsões. 
° Agonistas: tem afinidade pelos receptores benzodiazepínicos mas com pouca ou nenhuma atividade, podem bloquear tanto efeitos agonistas e antagonistas inversos. (flumenazil)
Diazepam/ Midazolam:
° Sedativo leve
° anticonvulsivante
° alivia efeitos excitatórios da cetamina
° relaxamento muscular central
OUTROS EFEITOS:
*Midazolam: depressão mínima da ventilação, do debito cardíaco e aporte de oxigênio. Maior efeito hipnótico. E apneia (quando adm em iv ou bolus).
Cuidado com doses repetidas, devido à depuração lenta dos metabolitos.
° Pode causar excitação (efeito paradoxal)
° Não possuem efeitos analgésicos 
° Podem provocar prostração quando associados a outros tranquilizantes.
° Absorção no TGI, metabolizados pelo fígado (citocromo p450, eliminados pela urina
Gatos tendem a se agitar e excitar à medida que aumenta a dose
Outros benzodiazepínicos, mas
que NÃO são usados como MPA:
° Zolazepam – associada a tiletamina
° Clonazepam - para convulsões nas epilepsias
° Clorazepato - para convulsões refratárias a outros anticonvulsivantes.
° α2 ADRENERGICOS:
Possui uma ampla distribuição de receptores, podendo causar uma variedade de efeitos fisiológicos.
° Xilazina
° Detomidina
° Romifidina
° Medetomidiba
° Dexmedetomidina
INTERAÇÕES NO SNC:
° Sedação 
° Analgesia visceral - se liga a receptores em vias nociceptivas
° Relaxamento muscular
OUTROS EFEITOS:
° Bradicardia/ bradiarritimia
° Diminuição do DC
° Hipotensão
° Vômitos, salivação e refluxo.
° Reduz liberação de norepinefrina
Pode causar excitação paradoxal:
Cuidado ao despertar rápido causado por ruídos ( liberação de catecolaminas)
REVERSORES DOS α2 ADRENERGICOS:
° Ioimbina - Xilazina
° Atipamezol - Dexmedetomidina/ detomidina
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