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Psicologia: Fenômenos e Processos (Aula 1) Processos Psicológicos Funções mentais como percepção, pensamento, aprendizagem, atenção, memória, linguagem, emoção, são características de processos psicológicos. Essas funções derivam das interações de processos inatos quanto de processos adquiridos junto à relação do indivíduo de experiência e vivência com o meio. Apesar das distinções desses processos é por meio de sua relação e influência que se pode compreender a dinâmica da mente. Processos que apresentam um conteúdo subjetivo e que envolvem um substrato neutral. Incluem os processos: Perceptivos, Cognitivos e emocionais. Percepção A percepção é encarregada de que tenhamos uma imagem da realidade que nos rodeia. É responsável por organizar e dar significado a qualquer estímulo sensorial. É o produto dos processos psicológicos que significam, criam relações, sentidos, contexto, julgamentos, onde experiências passadas e memória desempenham um papel importante para organização, interpretação e atribuição de um sentido. É o resultado da organização e da integração de sensações que levam a uma consciência dos objetos e dos eventos ambientais. Sensação Processo inicial de detecção e codificação da energia ambiental, externa ou interna. Contato inicial entre o organismo e o ambiente (estímulos). Experiências fundamentais, imediatas e diretas. Atenção Processo encarregado de concentrar nossos recursos em uma série de estímulos e ignorar o restante. O processo de atenção é adaptativo porque, se não existisse, ficaríamos perdidos sem saber a que estímulo deveríamos reagir. Pensamento Processo complexo responsável por transformar a informação para organizá-la e lhe dar sentido. Linguagem É um sistema de símbolos e regras que possibilitam a comunicação. Memória Nos permite codificar, decodificar, armazenar e recuperar as informações. Ter informações sobre nossas experiências passadas para poder raciocinar agora sobre eventos futuros. Emoção As emoções são respostas fisiológicas que o sujeito tem em relação a um determinado estímulo e podem levar a experiências cognitivas e neurológicas, sendo de curta duração e alta intensidade: medo, ansiedade, raiva e tristeza. Emoções sempre são acompanhadas de respostas fisiológicas, microexpressões faciais, aumento de batimentos cardíacos. É possível pensar que os sentimentos seriam originados da interpretação subjetiva que cada indivíduo tem de uma situação. Sentimento é uma experiência mental privada, que pode se tornar pública. Por que estudar a sensação e a percepção? São processos básicos que compõem o comportamento humano. Tratam-se de conceitos fundamentais para a história da ciência, em especial a Psicologia. Nos ajudam a responder as questões básicas relativas à nossa existência diária. Gregos e a Filosofia Como adquirimos o conhecimento do mundo externo? Aristóteles foi o primeiro dos antigos filósofos gregos a postular o cuidado na observação e na descrição da natureza. Todo o conhecimento vem dos sentidos. O Empirismo e a preocupação com os sentidos Empirismo- Escola filosófica (XVII e XVIII) A doutrina pela qual a única fonte do verdadeiro conhecimento do mundo é a experiência sensorial, ou seja, aquilo que é visto, ouvido, degustado, cheirado ou tocado. Conteúdo da mente como a soma das nossas experiências sensoriais. Ciência começa a avançar e os métodos científicos das ciências naturais (Física, Química e Biologia) começam a se apropriar dos estudos da Sensação e Percepção. A fisiologia surge imponente e muito se avança. Interdisciplinaridade da sensação e percepção. Wilhelm Wundt Em 1879 (data inicial da psicologia), em Leipzig, Wundt conduziu uma série muito importante de estudos laboratoriais sobre visão, audição, atenção e tempo de reação (que ele imaginou como sendo um meio para medir a velocidade do pensamento), que colocaram os problemas e assuntos da sensação e da percepção em posição similar aos de qualquer ciência. Estruturalismo Edward Bradford Titchener Para ele, a tarefa da psicologia era reduzir a percepção a seus elementos constituintes: suas sensações elementares. Sensações físicas: o que vemos Sentimentos:gostar ou não de algo Imagens: lembranças Psicologia da Gestalt Teve início por volta de 1910 na Alemanha De acordo com os psicólogos da Gestalt, a análise estrutural ignorou um fator significativo da percepção: a relação entre os estímulos. A abordagem da Gestalt salienta que percebemos o ambiente segundo suas propriedades inerentemente organizacionais e relacionais, e tendemos a perceber formas significativas, conexas e holísticas. Ressalta as propriedades únicas dos elementos, não sendo necessariamente a soma das partes de algo. Está fora de dúvida que em nossa consciência do ambiente existem diversas percepções de tipo Gestalt. Percepção da forma em um caráter holístico e as formas que são significativas para o sujeito. Abordagem Construtiva Propõe que o que percebemos a todo momento é uma construção mental baseada em nossas estratégias cognitivas, em nosso conjunto de experiências passadas, nossas tendenciosidades, expectativas, motivos, nossa atenção e assim por diante. Participação ativa do observador no processo perceptivo e deriva do empirismo. A Percepção Direta de James Gibson (1904-1979) Ideia de que, à medida que um observador se desloca pelo seu ambiente, ele recolhe diretamente a informação necessária para a percepção eficaz e adaptativa. De acordo com essa ideia, os estímulos no ambiente (as informações fornecidas nas imagens visuais) contêm todos os dados necessários e suficientes para se perceber diretamente o mundo físico, estágios adicionais de processamento ou mediação são desnecessários. Abordagem Computacional- David Marr (1945-1980) O conceito computacional envolve uma análise matematicamente orientada e rigorosa de certos aspectos da percepção visual, derivada em grande parte do uso da simulação computacional e da inteligência artificial. Ela admite a ideia básica da percepção direta de Gibson de que o ambiente nos fornece diretamente todas as informações necessárias à percepção. Mas avança e propõe que a percepção de características como as formas requer do observador um modo de resolução de problemas ou de processamento de informações dos estímulos ambientais, como linhas, quinas, bordas, contornos, movimento e outras descontinuidades. Representação interna de variações de sobra, luminosidade e outras relações sutis de textura de superfície para montar a percepção. Abordagem Neurofisiológica Argumenta que fenômenos sensoriais e perceptivos seriam mais bem explicados por meio dos conhecidos mecanismos neurais e fisiológicos que servem às estruturas sensoriais. Reducionismo Entendimento de algo complexo através de seus elementos biológicos de base (herança estruturalista, mas de ordem fisiológica). Inegável contribuição, mas insuficiente no que diz respeito à complexidade entre o neurofisiológico e a repercussão consciente. Neurociência Cognitiva Estuda, no nível neural, de que forma o cérebro desempenha níveis complexos de atividade humana, tais como pensar e perceber. Trata-se de um campo interdisciplinar, que tira subsídios de áreas da psicologia experimental e cognitiva, da neurociência e da ciência da computação. O objetivo maior da neurociência cognitiva é explicar, em termos neurais, de que modo essas redes produzem eventos perceptivos. Concentra-se nos mecanismos cerebrais, em particular na interação das áreas do cérebro que medeiam os diferentes processos cognitivos. Comunicação Neural- atividade neural em um sistema sensorial A duração de uma sensação é determinada pelo período durante o qual os potenciais de ação são gerados. Dentro de alguns limites, quanto maior a duração mais longa é a sensação correspondente. Adaptação- É o decréscimo da experiência sensorial devido a exposição contínua a um estímulo imutável. Período Refratário- Breve duração de inatividade neural após a realização de um potencial de ação. Bainha de Mielina- Potencializa atransmissão do potencial de ação. Conexão Sináptica- Potencial de ação- impulso se propaga na membrana- levada pelo axônio- botão terminal. Reação química entre o Axônio do neurônio pré-sinápticos e o dendrito do neurônio pós-sinápticos- Sinapse ocorrendo na Fenda Sináptica. Neurônios ou células nervosas Neurônios Sensoriais Interneurônios Neurônios Motores Transdução- Nome que se dá a transformação da energia física em uma forma neural de estimulações realizadas pelos neurônios especializados nos órgãos sensoriais. Principais Neurotransmissores Adrenalina- fuga ou luta Acetilcolina (Ach)- Aprendizagem Noradrenalina (NA)- Concentração e alerta Endorfina- dor e euforia Serotonina (SHT)- Humor e bem-estar Dopamina- Prazer GABA (Ácido gama-aminobutírico) Glutamato- Memória e aprendizagem Ocitocina- Amor Transmissores das informações Nervos- Feixe de axônios que formam um caminho para conduzir os sinais neurais de uma parte do sistema nervoso a outro. Nervos Sensoriais (ou aferentes) Nervos Motores (ou eferentes) Sistema Nervoso Central (SNC)- Cérebro e medula espinhal Tratos (caminhos) Núcleos (Regiões do SNC onde grande grupos de neurônios estão juntos formando conexões sinápticas). Sensação e Percepção: Formas e Funções Os sentidos, seus aparelhos receptores e suas diferenças principais no processo de sensação e percepção. Equipamentos receptores e suas estruturas Cada órgão responsável pelos nossos sentidos têm células especializadas que recebem as informações físicas e por meio do processo de transdução converterem esses sinais em informações que o nosso cérebro entenda, ou seja, impulsos neurais (ou elétricos). Essas células são chamadas de receptores sensoriais -Estímulos Físicos (Visão, Audição e Toque) -Estímulos Químicos (Sabor e Odor) A maior parte dos impulsos sensoriais (exceto o olfato) vão passar primeiro por uma estrutura chamada tálamo, localizada no meio do cérebro. De lá, em estruturas chamadas de núcleos, os neurônios dessa região enviam as informações que seguem em direção ao córtex cerebral específico onde os impulsos serão interpretados. Os estímulos, os receptores e as vias de cada sentido SENTIDO: Visão ESTÍMULOS: Ondas de luz RECEPTORES: Bastonetes e cones tens/vós à luz na retina do olho VIAS PARA O CÉREBRO: Nervo óptico SENTIDO: Audição ESTÍMULOS: Ondas sonoras RECEPTORES: Células ciliadas sensíveis à pressão na cóclea da orelha interna VIAS PARA O CÉREBRO: Nervo auditivo SENTIDO: Paladar ESTÍMULOS: Moléculas dissolvidas em líquido sobre a língua RECEPTORES: Células nas papilas gustativas na língua VIAS PARA O CÉREBRO: Partes dos nervos labial, glossofaríngeo e vago SENTIDO: Olfato ESTÍMULOS: Moléculas dissolvidas em líquido sobre membranas no nariz RECEPTORES: Terminações sensíveis de neurônios da mucosa dilativa nas membranas mucosas VIAS PARA O CÉREBRO: Nervo olfativo SENTIDO: Toque ESTÍMULOS: Pressão sobre a pele RECEPTORES: Terminações sensíveis de neurônios do toque na pele VIAS PARA O CÉREBRO: Nervos cranianos para toque acima do pescoço, nervos espinhais para toque em outro local qualquer Diferença quantitativa e qualitativa do estímulo Tipos de informações para funcionamento Cerebral: -Qualitativa: Qualidade mais básica que um estímulo possui -Quantitativa: Grau e magnitude do estímulo A sensação e a percepção resultam de uma sinfonia entre receptores sensoriais e os neurônios com os quais esses receptores se comunicam. Os receptores e neurônios disparam em combinações distintas e a diferentes velocidades. A soma dessa atividade é a enorme gama de percepções que constituem a nossa experiência no mundo. Limiar sensorial Limiar Absoluto: Intensidade mínima de estimulação que se faz necessária para se experimentar uma sensação. Limiar de Diferença: Ou diferença imediatamente perceptível, é a menor diferença entre dois estímulos que você consegue perceber. A quantidade mínima de alteração para uma pessoa notar a diferença de um estímulo. Adaptação Sensorial: É o decréscimo da experiência sensorial devido à exposição contínua a um estímulo imutável. Uma diminuição da sensibilidade a um nível constante de estimulação. Sistema Visual A visão é o sistema sensorial predominante e mais significativo para os seres humanos. No nível biológico, isso se verifica pelo fato de que cerca de metade do córtex cerebral se destina ao processamento visual. "aquilo que vemos resulta de processos construtivos que ocorrem ao longo de grande parte do cérebro, para produzir as nossas experiências visuais" Elementos Principais do Sistema Visual Córnea: Camada externa transparente e espessa por onde a luz atravessa. Tem a função de Focar a Luz e criar uma imagem focalizada que irá incidir na Retina. Pupila: Círculo escuro localizado no centro do olho, consiste em uma pequena abertura na frente da lente (ou cristalino). Por contração (aproximação) ou dilatação (abertura),a pupila determina a quantidade de luz que entra no olho. Cristalino: Lente transparente e flexível por onde passa a luz em direção à Retina. Sofre alteração pela íris. Íris: Um músculo circular que determina a cor do olho e controla o tamanho da pupila. Por trás da íris, os músculos alteram o formato das lentes: Achatam as lentes para focar objetos distantes e as aumentam para focar em objetos próximos: Processo de Acomodação. Ponto cego: A interrupção na curva corresponde à parte da retina chamada de disco óptico, é onde as fibras do nervo óptico saem do olho em direção ao cérebro. Como ali não há fotorreceptores, não há visão quando a luz atinge essa região da retina. O que cria um ponto cego perceptual. Retina: Superfície delgada interna, localizada no fundo do globo ocular. Considerada parte do sistema nervoso central, é onde ficam localizados os receptores sensoriais que fazem a transdução da luz em sinal neural: Os Cones e os Bastonetes. Bastonetes: Células retinais que respondem a baixos níveis de luz e resultam na percepção em branco e preto, visão noturna, não são especializadas na visão colorida e fracas em detalhamentos finos. Cones: Células retinais que respondem a níveis maiores de luz, com resultante percepção da cor, menos sensíveis a níveis baixos de luz, responsáveis pela visão colorida detalhada. BASTONETES: PRETO E BRANCO CONES: CORES Sinais elétricos gerados pelos receptores (cones e bastonetes) que contêm os chamados Fotopigmentos: Moléculas à base de proteína que ficam instáveis ao serem expostas a luz. Esse processo de decomposição dos fotopigmentos que alteram o potencial de membrana dos fotorreceptores e deflagra potenciais de ação em neurônios localizados nas suas proximidades, chamados Células bipolares. Observação importante: Os bastonetes e cones não disparam potenciais de ação como fazem outros neurônios. Após transdução da luz pelos cones e bastonetes, células que ficam na camada média da retina realizam uma série de cálculos complexos até encaminhar essa informações para as Células Ganglionares retinais: ● Primeiros neurônios no sistema visual que apresentam axónios (estes compõe o nervo óptico) ● As primeiras células que de fato geram o potencial de ação nesse sistema em específico são as Ganglionares. Percepção das cores A cor é sempre um produto do nosso sistema visual Luz Visível: Ondas eletromagnéticas que variam em um comprimento de 400 a 700 nanômetros: ● Cada cor corresponde a um comprimento específico de onda que chegam até nosso olho. ● Os Cones são os responsáveis por essa transdução Teoria Tricromática ● Existiriam três tipos de cones, cada um seria mais sensível por perceber um comprimento de onda diferente. ● Ondas Curtas (Luz azul-violeta) - Cones C ● Ondas Médias (Luz Amarela-Verde) - Cones M ● Ondas Longas ( Luz Vermelha-Laranja) - Cones L Teoria dos Processos Oponentes ● Postula que algumas cores seriam opostas entre si, cores vermelha e verde, cores azul e amarela. A causa dessa percepção estaria nas células ganglionares ● Diferentes combinações de cones convergem para as células ganglionares localizadas na retina. Percepçãodas cores: Matriz, Saturação e Brilho Matriz Consiste nas características que distinguem uma cor da outra e depende primordialmente do comprimento de onda dominante da luz que chega ao Olho. Tonalidade de algo: Alaranjada. Saturação Refere-se a pureza da cor Varia de acordo com a quantidade de comprimento de ondas que existem em sua composição. A mistura ou não dessas ondas é um estímulo. Ex: Cores básicas tem apenas um comprimento de onda (Azul, verde e vermelho). Tons pastéis apresentam vários comprimentos de onda em sua composição (verde-limão). Princípio da mistura Aditiva das cores. Brilho Corresponde a intensidade percebida em determinada cor. É determinada pela quantidade total de luz que chega em seu olho. Daltonismo Cerca de 10% dos homens e 1% das mulheres apresentam algum tipo de Daltonismo ou Cegueira a cores. Podem ser de vários tipos: Não distinguir verde de vermelho ou azul de amarelo. Ou ainda não ver cores. Tricromatas, dicromatas e monocromatas. Percepção de faces Qualquer padrão no mundo que tenha qualidades análogas à face irá parecer um rosto. Se atribui a isso necessidade de socialização e capacidade de identificar padrões, perceber e interpretar as expressões faciais. Faces humanas como um meio importantíssimo para se descobrir padrões. As faces são tão importantes que certas regiões cerebrais parecem ser dedicadas unicamente a percebê-las. De acordo com a psicologia evolucionista, existe uma vantagem adaptativa associada à detecção de faces raivosas. Percepção de Profundidade Uma das questões mais persistentes na pesquisa psicológica é como conseguimos construir uma representação mental tridimensional do mundo visual a partir do estímulo retinal bidimensional. Somos capazes de perceber a profundidade nos padrões bidimensionais de fotografias, filmes, vídeos e imagens de TV, porque o cérebro aplica as mesmas regras ou mecanismos que usa para trabalhar as relações espaciais entre os objetos no mundo tridimensional. Para tanto, ele explora rápida e automaticamente algumas de suas considerações prévias acerca da relação entre os indícios da imagem bidimensional e o mundo tridimensional. Indícios de profundidade binocular Disparidade binocular: Um indício de profundidade: devido a distância entre os dois olhos, cada olho recebe uma imagem retinal discretamente diferente. Como cada olho tem uma vista discretamente diferente do mundo, o cérebro tem acesso a duas imagens retinais distintas, porém sobrepostas. O cérebro usa a disparidade entre essas duas imagens retinais para calcular as distâncias entre objetos próximos. Convergência: Esse termo se refere ao modo como os músculos oculares viram os olhos para dentro quando vemos objetos próximos. A partir de dois indícios: Indícios de profundidade binocular: Disponibilizados a partir dos dois olhos juntos e que contribuem para o processamento de baixo para cima. Indícios da percepção da profundidade que surgem a partir do fato de as pessoas terem dois olhos, útil para percepção relativamente próximos. Indícios de profundidade monocular: Disponibilizados a partir de cada olho e que fornecem informação organizacional para processamento de cima para baixo. Indícios de percepção de profundidade disponibilizados para cada olho isolado. Indícios de profundidade molecular Oclusão: Um objeto próximo oclui (bloqueia) outro objeto que está mais distante. Tamanho relativo: Objetos distantes projetam uma imagem retinal menor do que a projetada por objetos próximos se os objetos distantes e próximos tiverem o mesmo tamanho físico. Tamanho familiar: Como sabemos o quão grande são os objetos familiares, podemos dizer a que distância estão com base no tamanho de suas imagens retinais. Percepção do movimento O cérebro tem neurônios especializados para identificar movimentos. No entanto, às vezes podemos experimentar a ilusão de movimento sem ele existir. AUDIÇÃO Som O que chamamos de som é a interpretação que nosso cérebro faz do fluxo e refluxo das moléculas de ar entrando em contato com nossos tímpanos. Diferenças de pressão entre a colisão de moléculas de ar ou de algum fluido que se colidem entre si e depois se afastam novamente. Essa pressão transmite energia a cada colisão, criando ondas sonoras. Sons e suas propriedades Amplitude diz respeito à altura/volume ou intensidade (tamanho da onda). ● Alta amplitude = Sons altos ● Baixa amplitude = sons baixos Unidade de Medida: Decibéis ● A onda de alta amplitude cria a percepção de um som de maior volume. ● A onda de baixa amplitude cria a percepção de um som de menor volume. Frequência diz respeito ao tom ou comprimento da onda (distância entre ondas). ● Alta Frequência = Sons Agudos ● Baixa Frequência = Sons Graves Unidade de Medida: Hertz (Hz) Vibrações / segundo ● A onda de baixa frequência resulta na percepção de um som de tom baixo (grave). ● A onda de alta frequência resulta na percepção de um som de tom alto (agudo). Sons e suas propriedades Timbre: É o que nos permite distinguir a natureza de sua fonte. Ao ouvirmos dois sons de mesma frequência e intensidade, mas que foram produzidos por instrumentos diferentes, podemos facilmente diferenciá-los. O timbre é o modo de vibração da onda sonora, e cada fonte sonora possui o seu timbre característico. Sentido vestibular usa informação fornecida por receptores localizados nos canais semicirculares do ouvido interno. Canais contêm um líquido que se move quando a cabeça se move, inclinando as células ciliadas nas extremidades do canal. Percepção dos Tons Sonoros Codificação temporal: Um mecanismo para codificação de estímulos auditivos de baixa frequência, em que as taxas de disparo das células ciliadas cocleares equivalem à frequência da onda sonora. Codificação de local: Mecanismo de codificação de estímulos auditivos de alta frequência, em que a frequência da onda sonora é codificada pela localização das células ciliadas ao longo da membrana basilar. ● As células ciliadas na base da cóclea são ativadas por sons de alta frequência, as células ciliadas na ponta são ativadas por sons de baixa frequência. O OLFATO Capacidade de sentir odor. O sentido humano do olfato é vastamente inferior ao de muitos animais, no entanto é cerca de dez mil vezes mais aguçado que o paladar. O olfato menos desenvolvido vem da dependência de nossos ancestrais da visão. Os seres humanos conseguem discriminar mais de 1 trilhão de odores. Assim como o paladar, o olfato envolve a percepção de compostos químicos que chegam de fora do corpo. Nariz e Cavidade Casal Ambiente quente e úmido ajuda as moléculas de odores a entrar em contato com o epitélio olfativo. Epitélio olfativo ● Camada delgada de tecido junto à cavidade nasal, que contém os receptores de odor. ● Onde estão milhões de receptores de olfato e cada uma é responsivo a odores diferentes. O olfato para odores comuns é ativado por uma proteína complexa produzida na glândula nasal. Conforme respiramos, uma pequena quantidade dessa proteína, chamada de proteína vinculada a odores, é borrifada por um duto localizado na ponta do nariz. Toque Sensação háptica ● A sensação de toque. ● Abrange sensações de temperatura, pressão e dor. ● Transmite o senso de posição dos nossos membros no espaço Sensação Cinestésica ● Percepção das posições no espaço e dos movimentos de nossos corpos e membros, velocidade e direção. ● Se origina de receptores/terminações nervosas nos músculos (receptores de distensão), tendões (órgãos do tendão de Golgi) e articulações. ● Fornecem feedback sobre estiramento e contração muscular. Sensações da pele e o toque A pele é nosso maior órgão sensorial. ● Protege, mantém os fluidos do corpo e regula nossa temperatura interna. ● Inúmeros receptores nervosos distribuídos em diversas concentrações ao longo de sua superfície dão origem às sensações de pressão, temperatura e dor. Fibras nervosas seguem em direção ao cérebro por dois caminhos: ● Medula - Tálamo - Córtex sensorial lobo Parietal. ● Medula - Tálamo - Formação reticular (responsávelpor estimular e acalmar o sistema nervoso). O cérebro recorre a informações complexas sobre os padrões de atividades, recebidos de diversos receptores diferentes, múltiplas fontes de informação, isso acontece para uma melhor discriminação as sensações da pele. Fenômeno do Calor paradoxal ● Pela ativação de terminações nervosas específicas para o frio e o calor, ativadas em simultâneo, você pode perceber o toque de algo quente quando na verdade está tocando em algo morno e frio ao mesmo tempo. Cócegas e a antecipação ● Você não consegue se fazer cócegas porque seu cérebro antecipa seu movimento. ● Qualquer coisa que faz contato com a nossa pele fornece estimulação tátil, o que irá gerar a experiência do toque. ● Várias parte do corpo diferem quanto a sensibilidade à pressão ● Rosto e pontas dos dedos são extremamente delicados, Já pernas, pé e as costas são bem menos sensíveis. ● Concentração de terminações nervosas em relação a área da pele. Receptores temperatura e pressão ● Neurônios sensoriais que atingem a camada externa da pele. ● Nervos Espinhais ou Cranianos (caminhos distintos, mesma direção). ● Alguns receptores para pressão são fibras nervosas presentes nas bases dos folículos pilosos, que respondem ao movimento do pelo. ● Outros quatro tipos de receptores de pressão são cápsulas presentes na pele, esses receptores respondem à vibração contínua: pressão leve e rápida; pressão leve e lenta ou pressão de estiramento estável. ● A informação do toque segue do tálamo para o córtex somatossensorial primário, no lobo parietal. ● Grandes quantidades de tecido cortical são dedicadas a partes sensíveis do corpo, como os dedos e a língua. ● Muito pouco tecido cortical é dedicado a outras partes do corpo, como o dorso e as panturrilhas. Dor É parte de um sistema de alerta que o impede de continuar atividades que possam lhe causar danos. A Síndrome de Riley-Day, uma espécie de analgesia congênita, é uma doença hereditária rara que afeta o sistema nervoso, prejudicando o funcionamento dos neurônios sensoriais, responsáveis por reagir a estímulos externos, causando insensibilidade na criança, que não sente dor, pressão, nem temperatura de estímulos do exterior. As fibras nervosas que transmitem a informa dolorosa são mais delgadas do que as que transmitem informação de temperatura e pressão, sendo encontradas em todos os tecidos corporais sensíveis à dor: ● Pele, músculos, membranas em torno dos ossos e articulações, órgãos e assim por diante. ● Fibras Rápidas: Dores agudas e imediatas (com mielinização). ● Fibras Lentas: Dores Crônicas, entorpecentes e estáveis (sem mielinização). Teoria do “portão” de controle de dor O cérebro regula a experiência de dor, ora produzindo-a, ora suprimindo-a. Componentes Biopsicossociais: ● Fatores psicológicos, como as experiências passadas, são muito importantes para determinar a intensidade da dor que uma pessoa sente. ● A teoria estabelece que os sinais dolorosos são transmitidos por fibras nervosas de pequeno diâmetro. ● Essas fibras podem ser bloqueadas na medula espinal (impedidas de alcançar o cérebro) pelo disparo de fibras nervosas sensoriais maiores. ● Portanto, as fibras nervosas sensoriais podem “fechar o portão" e prevenir ou diminuir a percepção da dor. ● Alguns estados cognitivos, como uma distração, também podem fechar o portão.
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