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EDUCACAO EM SAUDE BUCAL PARA POPULACAO EM SITUACAO DE RUA NA CIDADE DE MANAUS-AM

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PROJETO DE EXTENSÃO
1. Título do Projeto
EDUCAÇÃO EM SAÚDE BUCAL PARA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA NA CIDADE DE MANAUS-AM
2. Resumo do Projeto 
A educação em saúde contribui significativamente para aqueles que buscam restaurar a autonomia e a dignidade humana. Todas as pessoas, independentemente de sua situação, têm direito a uma chance de se reerguer, e é dever do Estado ajudá-las. Nesse contexto, o presente trabalho possui a proposta de realizar o desenvolvimento de uma ação voltada à formação de multiplicadores em saúde bucal. Para beneficiar pessoas em situação de rua. Dessa forma, a proposta é a realização de campanhas educativas de incentivo a hábitos saudáveis. Por meio de atividades lúdicas, músicas, vídeos, atividades escritas, palestras e mesas de apresentação, criará-se um ambiente propício para discussão e reflexão sobre os temas abordados. A higiene oral supervisionada também poderá ser desenvolvida. De certa forma, o projeto tentará aumentar a conscientização de que a saúde é essencial para um novo começo.
Palavras-chave: educação em saúde; moradores de rua; saúde bucal.
3. Introdução
Vários fatores contribuem para o grande número de moradores de rua no Brasil. Os principais motivos são sociais, como desigualdade, pobreza, desemprego, falta de políticas públicas, falta de moradia, doença mental, alcoolismo, uso de drogas e discórdia familiar. Infelizmente, o preconceito social contra esse grupo continua forte (BRASIL, 2014). De acordo com o parágrafo único do Decreto nº 7.053, de 23 de dezembro de 2009, considera-se a pessoa em situação de rua (PSR) a situação de extrema pobreza compartilhada, vínculo familiar rompido ou frágil e ausência de moradia tradicional convencional. Essas populações utilizam os espaços públicos e as áreas degradadas como moradias temporárias ou permanentes e espaços de subsistência, e como unidades de acolhimento para pernoites temporárias ou temporárias (Brasil, 2009).
Apesar das iniciativas legislativas para apoiar a PSR, ainda há muito pouca política de saúde pública voltada para esse grupo. Diante da vulnerabilidade e complexidade do cotidiano, torna-se relevante desenvolver ações educativas que beneficiem a qualidade de vida dessa população, levando em consideração os eixos biológico, psicoemocional, social e espiritual (ANDRADE et al., 2020). 
Nesse sentido, espera-se que o PSR seja integrado ao programa educacional desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia em Saúde de Brasília (ETESB). Diante desse desafio, este projetoo tem como objetivo geral desenvolver as ações de inclusão em saúde bucal para PSR que serão realizadas pelos alunos do curso de odontologia da Universidade do Estado do Amazonas, para formar multiplicadores de saúde bucal e realizar ações educativas e preventivas em benefício das pessoas em situação de rua.
4. OBJETIVOS 
4.1 Objetivo Geral
· Realizar campanha educativa de incentivo a hábitos saudáveis para pessoas em situação de rua
4.2 Objetivo específico
· Descrever as ações realizadas por estudantes do curso de odontologia da Universidade do Estado do Amazonas;
· Identificar os entraves que impossibilitam as pessoas em situação de rua de manterem uma saúde bucal adequada;
· Realizar atividades lúdicas com músicas, vídeos, atividades escritas, palestras e mesas de apresentação; 
5. Justificativa
A população do Amazonas é estimada em 4.207.714. De acordo com o censo de 2010, a Amazônia possui 62 municípios e possui a maior população indígena do país, com aproximadamente 896 mil indígenas. Assim como outros estados da federação, o Amazonas possui muitos contrastes sociais, embora sua capital, Manaus, seja a 6ª maior cidade brasileira com um PIB em torno de 73 bilhões (PEREIRA, 2020). 
De acordo com o Balanço de Informações Sociais (SAGI-MC 2020), o cadastro único contém 677.999 famílias, das quais apenas 382.107 são beneficiárias do programa Bolsa Família. Se utilizarmos os dados do último censo de 2010, o estado do Amazonas mostra 652.763 mil pessoas vivendo em extrema pobreza, público potencial para as políticas de assistência social. Este segmento inclui pessoas em situação de rua, principalmente na capital, Manaus (PEREIRA, 2020).
Os moradores de rua são erroneamente chamados de sujeitos "invisíveis" pelo Estado e pela sociedade. Essa afirmação tem sido refutada pelos gestores e trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que lidam com esse segmento no dia a dia do trabalho e conhecem bem suas necessidades e condições reais de vida e sobrevivência. Essa falsa invisibilidade é conhecida por retratar décadas de negligência do governo brasileiro na promoção de pesquisas que possam rastrear a demografia dos moradores de rua e aliviar a pressão sobre eles para implementar políticas públicas e sociais (PEREIRA, 2020). 
Nesse sentido, é necessário incorporar à agenda do governo as diretrizes da Política Nacional de População em Situação de Rua, estabelecida em 2009. 
Este artigo apresenta e reflete sobre os principais desafios da gestão do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) para a implementação dos direitos dos sem-teto na Amazônia diante das crises econômicas e sanitárias.
6. Revisão de Literatura sobre o Tema
6.1 Identificação de uma pessoa em situação de rua
Compreender as características da situação de rua é fundamental para desenvolver políticas abrangentes que contemplem a realidade necessidades desse grupo. Em geral, a pessoa mais comum na rua é do sexo masculino, solteiro, com idade média entre 30 e 50 anos, nascido no mesmo local onde morava, nunca teve casa própria ou terreno, frequenta residência central com frequência, faz uso de álcool uma base de longo prazo e medicamentos ou uma história de problemas de saúde social e mental. Nos últimos anos, no entanto, o perfil dessa população expandiu-se globalmente e tornou-se mais abrangente, e agora inclui imigrantes, jovens, desempregados, endividados, mulheres, pais solteiros, famílias extensas, idosos, comunidades nômades e vários outros minorias que vivem em risco social iminente de ficar sem-abrigo. Entre os sem-teto do mundo, há estrangeiros com problemas familiares de longa data, baixa escolaridade e poucas habilidades profissionais. Além disso, existem dois grupos de pessoas que geralmente tendem a ser sem-teto: vitimas de racismo e pessoas com doença mental (WHITE, 2015).
No Brasil, embora o último levantamento nacional tenha sido realizado há quase uma década, as informações disponíveis ajudam a dar um pequeno retrato da população em situação de rua do país. Observa-se que essa parcela da população é majoritariamente do sexo masculino, na faixa etária de 25 a 44 anos, preta ou parda, e exerce alguma atividade remunerada, sendo que apenas 15,7% deles contam com o dinheiro como principal meio de sobrevivência. Os níveis de renda são baixos, com mais da metade ganhando entre R$ 20,00 e R$ 80,00 por semana (o salário mínimo era de R$ 415,00 em 2008), e a grande maioria dormia na rua. Os dados também mostraram que grande parte era procedente de seu município ou cidades próximas e, embora mais da metade de seus familiares residissem em sua cidade, cerca de 40% não tiveram contato com esses familiares (MORRISON, 2009).
Os principais motivos pelos quais essas pessoas relataram estar em situação de rua foram o uso de álcool e drogas, seguidos pelo desemprego e problemas familiares. Quase metade dorme na rua ou abrigo há mais de 2 anos e cerca de 30% dorme na rua há mais de 5 anos. Em termos de vida social, quase toda a população não participa de nenhum Movimentos sociais/ativismo, sofrem altos índices de discriminação quando são impedidos de entrar em espaços públicos (incluindo redes de saúde). Além disso, 24,8% não possuíam nenhum documento de identificação, mais da metade não votou e a grande maioria afirmou não receber nenhum benefício de órgãos governamentais. Embora poucas informações estejam disponíveis nacionalmente para avaliar as mudanças no perfil desses indivíduos, essas pesquisas têm sido e continuam sendoúteis na implementação de políticas públicas específicas para a população. situação de rua (MORRISON, 2009).
6.2 Políticas públicas
No que diz respeito à prevenção dos sem-abrigo e todos os fatores relacionados, é evidente que não é suficiente focar a disponibilidade de habitação ou o maior número de soluções em abrigos. Para que haja uma abordagem completa e integrada, é necessário o entendimento das políticas públicas sobre os contextos de vida dessas pessoas, pois o tema é descrito como uma realidade complexa, estrutural, dinâmica, heterogênea e multidimensional. Além do acesso limitado aos mecanismos de proteção, o contexto de vida desses indivíduos expressa o processo de acúmulo de barreiras ou riscos em diferentes níveis (trabalho, educação, social, econômico, relacionamento e moradia) (NIELSEN; HJORTHØJ; ERLANGSEN; NORDENTOFT, 2011).
As políticas públicas devem ampliar as oportunidades, oferecendo serviços de qualidade que respeitem a autonomia e singularidade desses cidadãos. Estratégias eficazes devem considerar múltiplas dimensões, por meio de uma série de políticas e programas públicos, ao mesmo tempo em que atuam na exclusão social e na privação habitacional. Além disso, essas estratégias devem ser pensadas e articuladas pelos próprios moradores de rua, e por meio dos movimentos sociais, em conjunto com todos os níveis de governo, devem ser desenvolvidas e implementadas políticas de prevenção à situação de rua, reconhecendo que tais violações de direitos humanos são inaceitáveis. Em suas recomendações aos gestores estaduais e locais, as Nações Unidas fizeram algumas considerações urgentes: Acabar com os sem-teto até 2030, o mais tardar; Desenvolva estratégias imediatas para abordar causas estruturais e soluções de longo prazo; revogue imediatamente quaisquer leis ou medidas que discriminem, multem, criminalizem ou restrinjam os sem-teto (UN, 2016).
No Brasil, as discussões sobre a população em situação de rua começaram a surgir na década de 1980, durante o período da democracia, quando surgiram diversos movimentos sociais e intensificaram-se as discussões sobre políticas públicas. Os direitos sociais e a igualdade de todos perante a lei foram estabelecidos na ratificação da Constituição Federal em 1988, o que é de suma importância para os moradores de rua, pois é impossível não incluí-los no debate (WHITE, 2009).
Notadamente, a responsabilidade pela assistência à saúde dos moradores de rua no Brasil permanece com todo e qualquer profissional do SUS, com os ECRs surgindo em casos específicos para ampliar o acesso à rede de atenção a esses usuários. Em geral, percebe-se que essa população conquistou muito nas últimas décadas, e a discussão sobre esse tema é crescente. Há uma necessidade crescente de políticas que garantam os direitos dessas pessoas e reflitam as desigualdades que persistem (Ministério da Saúde, 2012).
6.3 Iniquidade Sociais e em Saúde
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as desigualdades em saúde devem ser superadas aumentando o acesso a bens e serviços de promoção da saúde e criando um ambiente propício para grupos vulneráveis. As políticas públicas devem ser priorizadas para os grupos sociais mais vulneráveis, pois a pobreza absoluta e a falta de necessidades mínimas continuam sendo uma realidade comum mesmo nos países mais ricos. Em um contexto de extrema vulnerabilidade da população em situação de rua, as desigualdades e limitações no acesso aos cuidados de saúde são bastante impressionantes. Esses indivíduos enfrentam enormes barreiras sociais para os cuidados de saúde porque, além de muitas vezes terem limitações físicas e mentais, também sofrem com a falta de experiência de trabalho, baixo nível de alfabetização, falta de habilidades e relacionamentos rompidos. Então a vida é causa e consequência da própria condição de rua (COMASSETTO, 2017).
No Brasil, a Pesquisa Nacional de População em Situação de Rua observou que 43,8% dos entrevistados disseram que procurariam primeiro um hospital/emergência quando estivessem doentes e 27,4% procurariam um posto de saúde. Além desses dados, é importante destacar que, entre essa população no Brasil, são frequentes os relatos de recusa em ir às unidades de saúde por má assistência hospitalar, negação de atendimento e bloqueio de acesso às unidades de saúde. Na pesquisa nacional supracitada, quase 20% dos moradores de rua afirmaram já ter sido impedidos de receber atendimento em uma rede de atenção à saúde. Assim, ressaltam a importância de aprofundar a compreensão das desigualdades e reconhecer que se trata de um grupo diferenciado que necessita de serviços prontos para atender suas necessidades em todas as áreas da saúde (COMASSETTO, 2017).
6.4 Assistência odontológica à PSR
Em relação às questões de saúde, a literatura aponta que esse grupo social apresenta uma saúde bucal precária e uma alta necessidade de cuidados bucais. Indivíduos em situação de rua podem apresentar altas taxas de doenças bucais (MINISTERIO DA SAÚDE, 2012), alto impacto em sua qualidade de vida, altos níveis de necessidade percebida (COLINS, 2007), uso infrequente de serviços odontológicos (FIGUEIREDO, 2013) e grandes necessidades de cuidados urgentes. Em Porto Alegre, por exemplo, no censo de 2016, os moradores de rua foram questionados se tinham uma série de problemas e/ou doenças. Os resultados mostraram o maior percentual de doenças dentárias e/ou outros problemas além da dependência química (DALY, 2010).
A dor de dente é conhecida por afetar a qualidade de vida de qualquer pessoa e pode afetar tudo, desde alimentação e sono adequados até a capacidade de trabalhar e se divertir. A dor de dente é muito comum nessa população e muitas vezes leva à busca de alívio por meio de ações alternativas, como uso de álcool ou drogas ou busca de extrações em serviços de emergência (FIGUEIREDO, 2013).
Portanto, tem sido sugerido que esta população deve ser considerada como um grupo que requer cuidados especiais e diferenciados em saúde bucal. O Ministério da Saúde enfatizou a especificidade da necessidade da PSR e destacou que a saúde bucal é uma das prioridades de saúde para essa população. Afirma ainda que a Equipe de Saúde Bucal (ESB) é responsável por assumir uma postura que compreenda e apoie esse grupo social e alcance a igualdade de acesso. O material reconhece que os profissionais de saúde bucal podem vivenciar muitas dificuldades: atender usuários sob efeito de drogas/álcool; higiene precária; dificuldade de comparecer às consultas em datas e horários agendados; rapidez na resolução do problema; sistema de escovas, creme dental e medicamentos Perda sexual; abandono de tratamento por conveniência ou impossibilidade (LUO, 2006).
Portanto, os serviços de saúde devem compreender a dinâmica de vida das pessoas em situação de rua, compreender o impacto de seus problemas de saúde bucal e serem sensíveis às suas particularidades e condições sociais, em vez de estigmatizá-los. Os profissionais de saúde bucal precisam ser capacitados para atender a população em situação de rua de forma diferenciada, pois as ações para enfrentar essa complexidade ainda são insuficientes (COMASSETTO; HILGERT, 2010).
7. Metodologia e Procedimentos Metodológicos
Pela dificuldade de atingir esse público, será escolhida como local para a realização deste trabalho uma instituição que preste assistência a população em situação de rua na cidade de Manaus-AM. Inicialmente, serão treinados os agentes multiplicadores que participarão do projeto. 
Serão realizadas visitas à unidade que for escolhida para se conectar com os participantes e conhecer as realidades do local, identificando espaços favoráveis ​​para iniciativas educativas para formar multiplicadores em saúde bucal. As ações educativas que serão realizadas visam aumentar o conhecimento e enfatizar a prevenção das doenças mais prevalentes e perigosas dos moradores de rua. 
O evento contará com quatro sessões com duração média de duas a três horas. Um ambiente propício para o diálogo e a reflexão sobre os temas abordadosé criado por meio de entretenimento, música e vídeos. Além do uso de escovas e fio dental para monitorar a higiene bucal, poderão ser desenvolvidas atividades escritas, palestras e mesas de apresentação, recurso extremamente importante para a prevenção de doenças bucais, procedimento universal e de baixo custo (BRASIL, 2011a).
Lacerda et al (2013) enfatizam a utilização de estratégias educativas que possibilitem a expressão individual e coletiva romper a tradicional relação vertical que existe entre os profissionais de saúde e aqueles que recebem a ação educativa. O ambiente deverá ser propício ao diálogo, permitindo que se estabeleça a reflexão baseada na ação. De acordo com a Lei 11.889, de dezembro de 2008, uma das atribuições do TSB é promover a formação de multiplicadores em saúde bucal. Os multiplicadores desempenham um papel importante na comunidade, pois ajudam a melhorar a qualidade de vida, divulgando informações básicas de saúde e incentivando as pessoas a desenvolverem hábitos saudáveis (Brasil, 2008b).
Durante as sessões da campanha, serão abordadas as seguintes temáticas: 
a) processo saúde e doença (dinâmica escrita) sobre a percepção dos participantes quanto ao significado da palavra saúde e da palavra doença;
b) PSR: legislação e informações sobre locais que oferecem atendimento odontológico; 
c) alimentação: benefícios à saúde geral e bucal;
d) problemas e doenças bucais mais prevalentes: cárie, gengivite, periodontite, câncer bucal (foi utilizado um dente de isopor para demonstrar o processo de formação da doença cárie);
e) saúde bucal do idoso; 
f) demonstração do método adequado de higiene bucal (escovação e uso de fio dental).
Além dos temas abordados na campanha, também serão distribuídos kits com pasta de dente, escova de dente e fio dental para que os participantes possam manter sua higiene bucal.
8. Resultados esperados
Os resultados esperados com esse projeto é o aprimoramento dos acadêmicos envolvidos, aprimorando condutas e seu tato no atendimento com o público. Além disso, qaunto ao assunto PSR, espera-se que seja fácil atingir esses públicos, pois levanta muitas demandas. Vários locais que receberam assistência governamental foram visitados, mas a burocracia necessária impediu a implementação do projeto. Apesar de muitas dificuldades (distância, recursos materiais, tempo, etc.), a proposta do projeto colocou em prática: a formação de multiplicadores para a saúde bucal.
Mesmo diante dos obstáculos, espera-se consolidar a execução das atividades planejadas e atingir os objetivos propostos. A disponibilidade das casas de acolhimento, o interesse dos reclusos e dos membros da equipe deverão ser fatores que contribuíram para o sucesso do projeto. Ademais, também espera-se o reconhecimento e a importância das visitas e encontros, que ajudam a construir conexões, facilitam a integração e se comprometem a adotar hábitos mais saudáveis.
O projeto Multiplicador de Saúde Bucal da PSR na Universidade do Estado do Amazonas possibilitará a aproximação com a PSR e oferece uma oportunidade para futuros TSBs conhecerem as condições adversas relatadas por indivíduos marginalizados. A partir de suas experiências vividas, espera-se que os alunos despertem em sua comunidade e país o interesse e a responsabilidade de proporcionar saúde e reinserção social ao público-alvo do projeto. Nesse contexto, busca-se evocar a compreensão de que a saúde bucal, mesmo que não esteja em primeiro plano no âmbito social, é essencial para um recomeço, para o ganho de qualidade de vida, para a dignidade e para a salvação da cidadania.
9. Cronograma
	AÇÃO
	Mar 2022
	Abril 2022
	Maio 2022
	JUN 2022
	JUL 2022
	AGO 2022
	SET 2022
	OUT 2022
	NOV 2022
	DEZ 2022
	JAN 2023
	FEV 2023
	Reunião de alinhamento com a direção 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Seleção dos alunos voluntários que trabalharão como multiplicadores em saúde bucal
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Revisão literária
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Preparo do material para o evento
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Sessão 1 do evento 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Sessão 2 do evento 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Sessão 3 do evento 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Sessão 4 do evento
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Elaboração do Relatório Final
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
10. Referências
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