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RELATÓRIO PSICOLOGICO de estudo de caso

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE EXCELÊNCIA
BACHARELADO EM PSICOLOGIA
ADRIANA CRISTINA DA SILVEIRA AVILLA GOMES 
AILA SOUZA DA GAMA
KAROLLINA RAMOS AMARAL 
PRISCILA VILA FLOR CERQUEIRA
 RONALD DE JESUS MARTINS
RELATÓRIO PSICOLÓGICO DE ESTUDO DE CASO
FEIRA DE SANTANA – BA
2022
ADRIANA CRISTINA DA SILVEIRA AVILLA GOMES
AILA SOUZA DA GAMA
KAROLLINA RAMOS AMARAL 
PRISCILA VILA FLOR CERQUEIRA
 RONALD DE JESUS MARTINS
RELATÓRIO PSICOLÓGICO DE ESTUDO DE CASO
 Relatório psicológico solicitado como requisito de nota parcial da primeira unidade referente às OT da disciplina Psicologia Jurídica do curso de Psicologia 9º semestre do Centro Universitário de Excelência UNEX, tendo como Orientador Washington Luan Gonçalves de Oliveira.
 
 
FEIRA DE SANTANA – BA
2022
RELATÓRIO PSICOLÓGICO DE ESTUDO DE CASO
1. Identificação
Título: Relatório Psicológico.
Nome da pessoa atendida: Joana.
Filiação: Dora.
Solicitante: Dora (mãe da criança atendida).
Finalidade: O motivo do requerimento é a queixa de problemas relacionados a aprendizagem e de relacionamento.
Autora: Ana Maria Poppovic.
2. Descrição da demanda
	A mãe procurou o serviço Psicológico por conta das dificuldades de aprendizagem e de relacionamento da criança, esta por sua vez segundo o relato da solicitante não sabe ler nem escrever fluentemente, sendo o seu relacionamento com outras crianças quase que inexistente. Ainda de acordo com a descrição da mãe, sua filha está sempre isolada ou na casa de outras crianças que ela desconhece e descreve como sendo um lugar desagradável.
Com relação ao perfil comportamental, durante as sessões Joana raramente falava comigo ou me solicitava para brincarmos juntas, era sempre contida em suas brincadeiras e muitas vezes fazia o mesmo desenho três vezes. Outro ponto importante é que a coordenadora do CJ do qual Joana participa me contatou para relatar que Joana é espancada pelo padrasto e que chega toda marcada para as atividades. Durante as sessões isso não havia aparecido, visto que além de não conversar comigo ela vinha com roupas de frio que não me permitiam visualizar as marcas em seu corpo. 
Por fim, no ano de 2004 quando os atendimentos ainda não haviam retomado, a coordenadora da escola entrou em contato comigo para explicitar uma suspeita de abuso sexual, o qual Joana teria dito a uma professora muito próxima que um tio, irmão da mãe, havia abusado sexualmente dela. Após o exame ginecológico ser confirmado o agressor foi até o hospital e confirmou para a mãe o que havia feito.
3. Procedimento
	A primeira etapa de análise durou três meses e corresponde ao primeiro semestre do ano de 2003, de maio a julho. Nesse período busquei observar e conhecer melhor a paciente para que pudéssemos desenvolver um vínculo. Foi utilizado a técnica projetiva de Desenho Livre, a qual de acordo com Filho (2020), “proporciona a projeção da personalidade sobre o desenho devido à liberdade proporcionada, entrando em cena elementos subconscientes e inconscientes”, além de ser útil também na compreensão das dificuldades de aprendizagem que a criança assistida apresentava.
	A segunda etapa corresponde ao segundo semestre do ano de 2003, de agosto a dezembro, período que as sessões retornaram. Este foi o momento em que fui contatada pela coordenadora do CJ que Joana participava com relação ao seu relato de que a criança estava sendo espancada pelo padrasto. Desse modo, foi necessário compreender melhor o funcionamento desta família, para isso foi oferecido à mãe um acompanhamento terapêutico que foi realizado por outra psicóloga.
	Ainda nesta etapa, dois sonhos da criança apareceram durante as sessões com um conteúdo muito angustiante. Para Freud, o sonho constitui "uma realização (disfarçada) de um desejo (reprimido)". Possui um conteúdo manifesto, que é a experiência consciente durante o sono, e ainda um conteúdo latente, considerado inconsciente (apud Cheniaux, 2006). O primeiro deles era sobre ter sido enterrada viva em um cemitério, a mãe a procurava por toda a cidade, mas não a encontrava. O segundo era sobre um motoqueiro que levava um tiro e caía da moto, ela o socorria, tirava o capacete mas não conseguia tirar o capuz que ele usava. Porém, ela conseguiu perceber que os olhos e os cabelos eram iguais aos seus e de sua mãe e elas, de fato, são muito parecidas fisicamente.
	 Para além da aplicação dos instrumentos de avaliação psicológica, houve durante as sessões a realização de atividades lúdicas como brincar com dominó, jogo de damas e pega varetas para a análise de critérios qualitativos considerando que segundo Matioli, Falco & Barros, “através do brincar é possível investigar doenças e verificar características saudáveis e dificuldades da criança diagnosticando possíveis patologias (apud Schmidt & Nunes, 2014). Em suma, não há um número exato de sessões que foram realizadas haja vista que até o atual momento a criança segue fazendo terapia, duas vezes por semana.
4. Análise
Conforme supracitado, um período de observação e conhecimento foi necessário para que a paciente pudesse criar um vínculo e confiança já que a mesma raramente se comunicava ou solicitava brincar. Através da técnica de Desenho Livre ela fez um desenho onde foi possível observar o quanto não se sentia amada e carregada de sentimentos ruins. Joana passou uma sessão inteira desenhando um monstro e utilizou praticamente toda a tinta preta, além de desenhar perfeitamente um rosto no desenho, mesmo este tendo um fundo preto. Neste sentido, foi possível verificar através do desenho feito pela mesma que ela sentia-se como um monstro, odiada e capaz de amedrontar as pessoas.
Em um dado momento foi informado que Joana tinha um comportamento delinquencial, supostamente a paciente estaria realizando furtos na companhia do irmão, apesar disso, tais histórias apresentarem-se de maneira muito confusa e recortada. Levaram-se alguns meses para que fosse possível compreender o porquê de cada uma, o momento em que ocorreram e em que condições.
Por fim, um acompanhamento juntamente com outros profissionais foi proposto para a família da paciente, para entender o porquê de tais comportamentos evitando assim que a criança voltasse para o abrigo, de modo a evitar a provável perda do contato com sua mãe novamente, considerando que a criança já tinha passado alguns anos em vários abrigos.
5. Conclusão
Através dos dados analisados nas sessões por meio do levantamento feito no período que corresponde ao primeiro semestre do ano de 2003 até o primeiro semestre de 2004, pôde-se concluir que a avaliada encontra-se em situação de violência física causada pelo padrasto e abuso sexual originado por um tio, irmão da mãe, comprovado por meio de exames ginecológicos juntamente com a confissão do agressor. 
Diante disso, sugere-se uma melhor avaliação com relação às dificuldades cognitivas apresentadas pela criança assistida, tendo em vista que para uma análise precisa dos constructos relacionados à cognição cuja solicitação do presente relatório foi inicialmente feita para fim de tal análise, se faz necessário a utilização de testes variados e precisos. Ademais, recomenda-se a continuidade do acompanhamento psicológico.
Por fim, cabe salientar que o presente documento tem caráter sigiloso e extrajudicial. Portanto, não poderá ser utilizado para fins diferentes do apontado na finalidade exposta na identificação deste documento. O uso das informações contidas neste relatório por parte da pessoa, grupo ou instituição, após a sua entrega não é de responsabilidade da profissional autora deste documento.
Feira de Santana, 15 de setembro de 2022.
Ana Maria Poppovic.
Psicóloga 
CRP 00/010101
REFERÊNCIAS
CHENIAUX, Elie. Os sonhos: integrando as visões psicanalítica e neurocientífica. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul [online], 2006, v. 28, n. 2. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rprs/a/BqyRYJPBCVrCwmSnY5JcMHj/?lang=pt>.Acesso em: 13 set. 2022.
FILHO, Carlos Alberto Lopes Melero. O desenho livre na dificuldade de aprendizagem. Amazônica - Revista de Psicopedagogia, Psicologia escolar e Educação [online], 2020. Disponível em: <https://periodicos.ufam.edu.br/index.php/amazonica/article/view/7789/5475>. Acesso em: 14 set. de 2022.
SCHMIDT, Marília Bordin; NUNES, Maria Lúcia Tiellet. Revista de Psicologia da IMED [online], Jan.-Jun, 2014, v. 6, n. 1, p. 18-24. Disponível em: <https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/5154961.pdf>. Acesso em: 13 set. 2022.

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