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ARTIGO 5° DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - inciso VI O inciso VI do artigo quinto da Constituição Federal de 1988 aborda a liberdade de crença e liberdade de consciência em nosso país. Esse texto traz uma análise sobre esse inciso. Primeiramente, é imprescindível recordar do artigo primeiro que aborda os fundamentos do nosso país, a base de sustentação da nossa Constituição vigente. O pluralismo político é um dos fundamentos do nosso país, então, é estabelecido como princípio fundamental a liberdade para se manifestar seja ideológica, seja religiosa, de todas as formas os indivíduos poderão se manifestar livremente. E essa liberdade de expressão deve ser respeitada. Além disso, o Brasil também adota o Estado Laico, ou seja, não estabelece uma religião oficial da República. Sendo todas as crenças igualmente aceitas e respeitadas em nosso território. Vamos analisar o artigo quinto inciso sexto a seguir: VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; A liberdade de crença vai muito além da liberdade religiosa. Pode haver, inclusive, a liberdade de não possuir crença religiosa. Então, há também liberdade para agnósticos e ateus possuírem suas crenças e ninguém poderá desrespeita-los. A liberdade estabelecida nesse inciso é concedida para todos aqueles que possuem alguma crença, qualquer que seja a crença. Crenças filosóficas, crenças teológicas qualquer crença estará contemplada pelo inciso VI. O inciso VI também aborda a proteção dos locais do culto. É inviolável portanto. Ninguém poderá atentar contra os locais que se praticam os cultos. As liturgias também são invioláveis, então tenho a liberdade para ter religião, liberdade para seguir a religião que escolhi. Terei o direito de professar minha fé sem ser incomodado. Posso me dedicar a um culto religioso e não será admitido nenhuma violação. Em casos que houver algum tipo de violação do meu direito de forma injusta, quem violou deverá ser punido. Importante recordar que não há direito absoluto e todo direito deve ser relativizado considerando o caso concreto. Pode ser que em determinadas circunstâncias o inciso VI poderá ser violado. Veja os exemplos a seguir: Existem leis que garantem o repouso noturno, então se esse local que propaga determinada religião estiver provocando barulho injustificado que afeta o direito de terceiros, o direito a liberdade de crença poderá ser violado; outro exemplo, em caso de haver um Hospital nas proximidades não poderá ser criado um local de culto pois o barulho prejudicaria os pacientes internados que precisam de silêncio e tranquilidade para sua recuperação. Existem exemplos mais extremos também que há a exceção para atentar contra o inciso. Suponhamos que exista uma religião que sempre é praticado o sacrifício humano. Há a necessidade de matar pessoas para que Deus abençoar, caso contrário Deus não abençoaria. Nesse caso, poderia haver uma interferência e violação do inciso VI, pois essa religião fere outro direito fundamental previsto em Constituição. O direito a vida estaria sendo desrespeitado.
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