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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA LICENCIATURA EM HISTÓRIA A FAMÍLIA REAL NO BRASIL E SUA INFLUÊNCIA EM NOSSA CULTURA Leidi Daiana RUFFATO- RA: 1939049 Matheus Cremer de ALMEIDA RA:0513665 Professor orientador: Vinicius Albuquerque Ribeirão Preto - SP / Joinville - SC 2021 Leidi Daiana RUFFATO- RA: 1939049 Matheus Cremer de ALMEIDA- RA: 0513665 A FAMÍLIA REAL NO BRASIL E SUA INFLUÊNCIA EM NOSSA CULTURA TCC Didático – Curso de Graduação Licenciatura em História, apresentação à comissão julgadora da Unip. Professor Orientador: Vinicius Albuquerque Ribeirão Preto- SP/ Joinville-SC 2021 1 Sumário 1.INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 3 2. DESENVOLVIMENTO ....................................................................................................... 4 2.1. Considerações iniciais ............................................................................................. 4 2.2. França x Inglaterra: Portugal em meio ao conflito............................................ 4 2.3. A recepção da Corte ao Brasil ................................................................................ 5 2.4. Primeiras Influências ................................................................................................ 6 2.5. Transformações na Cidade ..................................................................................... 7 2.6. A cultura se modernizando ao refinamento europeu ....................................... 9 2.7. Um novo tipo de brasileiro .................................................................................... 11 2.8. Elevação á Reino e a coroação de D. João ....................................................... 13 2.9. Ideias novas e independência .............................................................................. 15 3.SEQUÊNCIA DIDÁTICA ................................................................................................... 16 AULA 1 ................................................................................................................................ 16 AULA 2 ................................................................................................................................ 20 AULA 3 ................................................................................................................................ 23 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 26 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 29 2 RESUMO Quando se fala na Chegada da Família Real ao Brasil, imagina-se, ou deveria imaginar, quão precária era a vida na cidade do Rio de Janeiro, na qual a Corte passaria 13 longos anos de suas vidas num plano arquitetado para fugir do cerco Napoleônico que afligia os países da Europa. Viver num país em que não se tinha toda a pompa e a etiqueta que cercavam a corte, não seria tarefa fácil. Além de toda o aparato que a Família Real e a corte trouxeram em seus navios, trouxeram também, a etiqueta e o refinamento, que não demorariam a influenciar por completo o povo da colônia com festas, celebrações e com o ritual do beija-mão, no qual se exigia muito do comportamento e gestos dos súditos. A Abertura dos Portos foi sem dúvida, o pontapé inicial para as transformações, atraindo assim uma nova gama de moradores para a cidade, comerciantes e também mais escravos para suprir a demanda de mão de obra da cidade que não parava de crescer. Inúmeras transformações, políticas e sociais, que sem dúvida mudaram o Rio de Janeiro, o Brasil, que não demoraria a estar pronto para caminhar com as próprias pernas, declarando independência de sua Metrópole. Palavras-chave: transformações, Família Real, influências. 3 1.INTRODUÇÃO Este trabalho tem como objetivo realizar uma pesquisa bibliográfica entre o ano 1808, que data a chegada da Família Real até o retorno do então rei D. João VI, em 1821, apresentando os principais fatos que contribuíram para as transformações que aconteceram no Brasil durante os 13 anos em que a Família Real residiu em nossas terras. A chegada da Corte também trouxe mudanças nos hábitos, maneiras e costumes que também foram fortemente influenciados, como as transformações políticas ocorridas, por exemplo, com a abertura dos portos as nações amigas, abrindo assim as portas da Colônia para receber diferentes influências de diversos personagens ligados a cultura, como pintura, música, culinária e afins. A pesquisa do qual este trabalho acadêmico é resultado, justifica-se pela necessidade do aprofundamento nas questões que tratam desse período em que a sociedade brasileira (principalmente, no Rio de Janeiro) se encontra em um estágio de diversas e intensas mudanças em sua cultura e pensamento. Onde o choque cultural entre um corte cheia de necessidades e extravagancias e uma colônia tropical subdesenvolvida em relação aos padrões da metrópole lusitana, resulta numa nova e diferente mistura que, conforme estudo, se revela algo primordial para a elevação do status colonial para país independente em poucos anos. O intuito desse artigo é buscar compreender de que maneira a Capital do Império foi se transformando com a presença da corte e se moldando aos padrões europeus. Os treze anos durante os quais a corte permaneceu no Rio de Janeiro tiveram grande importância política e econômica e foram seguidos pela declaração de independência do Brasil, em 1822. A metodologia de pesquisa utilizada foi baseada na revisão bibliográfica, utilizando livros de autores consagrados pela academia, visando dar clareza e fluidez ao trabalho em lide, bem como dar solidez aos argumentos. 4 2. DESENVOLVIMENTO 2.1. Considerações iniciais Após consolidarmos o tema do nosso trabalho, iniciaremos conceituando os motivos que fizeram com que a Família Real finalmente colocasse em prática o plano de transferir-se para o Brasil trazendo em seus navios, muito mais que a mobília, roupas, tesouros e livros, mas também toda a pompa e etiqueta que traziam de uma vida baseada em educação e modos aprendidos desde muito cedo, que se chocaram com a cultura do colono que vivia no Brasil e que não demoraria a ser influenciado por essas novas maneiras que desembarcavam em suas terras. O Rio de Janeiro não contava mais de 130.000 habitantes, de costumes inteiramente coloniais e atrasados. Higiene ausente; falta de esgotos; nenhuma remoção de lixo da cidade; nenhuma noção de tais necessidades. Estalão de vida muito modesto e baixo. (CALÓGERAS, p.56). Pelas bibliografias disponíveis, percebe-se o quanto a colônia estava atrasada em relação a sua metrópole. Como resultado deste atraso, iremos elencar as primeiras medidas vantajosas que beneficiaram o Brasil desde que a da Família Real desembarcou em nossas terras. Uma nova sociedade foi se formando e se destacando, pois, os grandes proprietários, trocavam sua riqueza acumulada capitalistamente por status numa sociedade de ordens. Pois, se o príncipe regente e depois rei dom João VI deitou profusamente honras e privilégios a brasileiros, estes, por sua vez, financiaram as elaboradas representações que constituem o sangue vital do ser em corte. (MALERBA, 2000, p.11) 2.2. França x Inglaterra: Portugal em meio ao conflito No início do séc. XIX, os exércitos de Napoleão Bonaparte, imperador da França, dominavam diversos países europeus. Praticamente a única força capaz de resistirao exército francês era a poderosa marinha de guerra inglesa. Não podendo dominar a Inglaterra pela força militar, Bonaparte tentou vencê-la pela força econômica. Para isso, em 1806 decretou o Bloqueio Continental, pelo qual os países do continente europeu deveriam fechar seus portos ao comércio inglês. 5 Nessa época, Portugal era governado pelo príncipe D. João, pois sua mãe, a rainha Maria I, tinha problemas mentais. D. João pretendia manter-se neutro no conflito entre franceses e ingleses: não podia cumprir ordens de Napoleão e aderir ao Bloqueio Continental, já que os comerciantes de Portugal mantinham importantes relações com o mercado inglês. Além disso, a marinha inglesa poderia reagir atacando as colônias de Portugal, como o Brasil. Os exércitos franceses não aceitaram essa indefinição e invadiram Portugal, com o apoio de tropas espanholas. Sem condições de resistir a invasão das tropas franco-espanholas, D. João e a Corte Portuguesa fugiram para o Brasil, sob proteção de uma esquadra naval inglesa. 2.3. A recepção da Corte ao Brasil A transferência da corte para o Brasil se dá como uma solução para que D. João pudesse escapar do cerco Napoleônico que Portugal estava sofrendo, sendo assim o motivo que finalmente empurraria o príncipe regente a mudar-se para o Brasil, plano esse que não ocorreu do dia para a noite. A respeito desse fato, Meirelles (2015, p.8) comenta que a transferência da Família Real para o Brasil não foi uma medida tomada às pressas. Ao contrário, já era um projeto político arquitetado pela monarquia portuguesa desde o século XVI, que ganhava força sempre nos momentos de instabilidade política da Coroa. Com todo o seu aparato e seus hábitos europeus, abandonando o mínimo possível, entre 25 e 27 de novembro de 1807, cerca de 10 a 15 mil pessoas embarcaram em navios portugueses em uma viagem longa, conturbada e muito difícil rumo a sua mais importante colônia sob a proteção da frota inglesa. Todo um aparelho burocrático vinha para a Colônia: ministros, conselheiros, juízes da Corte Suprema, funcionários do Tesouro, patentes do exército e da marinha, membros do alto clero. Seguiam também o tesouro real, os arquivos do governo, uma máquina impressora e várias bibliotecas que seriam a base da Biblioteca Nacional do Rio de janeiro. (FAUSTO, 2006, p.121). Após uma viagem muito conturbada e cheia de desafios, enfim, em 7 de março, a esquadra real aportava no porto da baía de Guanabara. Apesar da falta de estrutura e tempo para receber finalmente o primeiro monarca europeu em território colonial americano, algo realmente inédito para o 6 mundo conhecido até aquele momento, a administração da colônia se expressou ao máximo para dar boas-vindas à corte portuguesa, que finalmente chegaria em suas terras. Uma colônia tacanha, contando com uma maioria de 2/3 de habitantes negros e mestiços, a sociedade fluminense tinha no ápice de sua hierarquia social os comerciantes de “grosso trato”, envolvidos no comércio intercontinental de gêneros tropicais e no tráfico negreiro. O Rio era uma cidade de casas térreas simples, de ruas estreitas, boa parte delas carecendo de calçamento, ocupadas por escravos, libertos, brancos pobres, comerciantes, artesãos e uma pequena presença de senhoras brancas. (VALE, 2018). 2.4. Primeiras Influências Antes do desembarque da Família Real, no Brasil não se fazia por necessidade a o uso de ornamentos, excessos de roupas e uso de tecidos muito caros, de modo que, com a chegada da Corte, houve um tremendo choque para a moda em território brasileiro, principalmente para as mulheres. Em 1808, sob enorme influência dos costumes e moda parisiense, a elite brasileira se viu usando da mesma, como em um estilo “moda império”. Importante ressaltar que a mulher colonial brasileira passava a maior parte do tempo dentro de casa, ocupada com afazeres domésticos, gerindo a casa juntos aos filhos e escravos para com o marido. Numa sociedade em que não havia imprensa, ou seja, em que as notícias não circulavam com facilidade e em que o comercio era incipiente, não havia oferta nem demanda de vida social e muito menos de moda. Com o desembarque da Família Real, isso começou a mudar, despertando na sociedade carioca (primeiramente, e depois, no restante da colônia) o interesse em se integrar a sociedade europeia portuguesa, usando dos adornos e enfeites, adquirindo costumes da corte portuguesa. Exemplo disso é famoso turbante das mulheres da família Real que, devido a longa viagem e as péssimas condições sanitárias, se viram infestadas de piolhos, algumas até cortando seus cabelos para se livrar mais rápido da praga. Como artificio de disfarce, a princesa Cartola Joaquina e as outras damas usavam turbante na cabeça, causando um enorme alvoroço na comunidade, fazendo com que grande parte das mulheres da colônia se vissem imitando o turbante, gerando assim um dos primeiros surtos de moda causados pela 7 Corte. Além disso, roupas e acessórios no geral eram novidades para boa parcela de cidadãos aqui residentes. Conforme surge a necessidade de se padronizar aos costumes do rei e sua nobreza, cresce no Brasil a ideia de se portar como um “bom europeu civilizado”, não utilizando não somente de costumes e tratamentos, como também desses acessórios e roupas. O choque é grande também em relação aos costumes e às maneiras. Comiam- se com as mãos, não se usava talheres, não havia requinte algum na apresentação ou consumo das coisas. A presença da corte imporia também um modelo de civilidade e sofisticação a ser seguido por quem almejasse participar de tão seleto grupo. Elemento estranho à vida em corte; às transformações nos hábitos de moradia, nos costumes comuns ao ambiente doméstico, no comportamento à mesa; à introdução de novas demandas de instrução; às práticas de vestimenta e adornos; às formas de receber e pagar visitas e se apresentar publicamente; às “adaptações” da família real no novo ambiente e, finalmente, ao flagrante movimento de influência recíproca dos diversos grupos sociais na transformação dos costumes, no sentido de uma almejada “europeização” dos hábitos nativos decorrente do contato com os estrangeiros e da adaptação das maneiras destes ao novo cenário. (MALERBA, 2000, p.25) 2.5. Transformações na Cidade Sem dúvida, a abertura dos portos foi o pontapé inicial para as transformações do Rio de Janeiro. A respeito deste fato, Malerba (2000.p.188), relata que a abertura dos portos e a nova dignidade do Rio de Janeiro como capital de todo o império lusitano atraíram para a cidade legiões de negociantes, aventureiros, artistas; também um sem-número de potentados das diversas regiões do Brasil, latifundiários e comerciantes, afluiu à capital à cata de lugares e favores. A família real, acostumada a viver em um ambiente de tradições europeias, obviamente desejava incorporar novos costumes ao Brasil, sendo assim, o príncipe regente então, revogou os decretos que proibiam a instalação de manufaturas na Colônia, isentou de tributos a importação de matérias-primas destinadas à indústria, 8 ofereceu subsídios para as indústrias da lã, da seda e do ferro, encorajou a invenção e introdução de novas máquinas. A abertura dos portos favoreceu também os proprietários rurais produtores de bens destinados à exportação (açúcar e algodão principalmente), os quais se livravam do monopólio comercial da Metrópole. Daí para a frente, seria possível vender a quem quer que fosse, sem as restrições impostas pelo sistema colonial. (FAUSTO, 2006 p. 122). Se a sociedade tinha desejos de se modernizar e se refinar ao costume europeu, a cidade também necessitava de modernizar para estar à altura da Família Real e seus membros e necessitava dessas transformações. As transformações pela qual a cidade passaria deveriam darconta desta nova exigência ao fazer convergir todas as atenções para o Rio, agora sede da coroa para torná-la cabeça do Brasil. (CARVALHO, 2014) A condição de colônia ia ficando cada dia mais no passado, a cidade feia e mau cheirosa, que muitas vezes foi retratada por viajantes, foi se modernizando e se transformando rapidamente. Foram construídos chafarizes para o abastecimento de água potável, pontes e calçadas; abriram-se ruas, e as que já existiam, foram alargadas e pavimentadas. A higiene também sofreu melhorias na cidade Na ideia de manter a imagem da Coroa ainda forte perante o resto do mundo, o Rio de Janeiro, recebe o título de capital de todo o império português para atender os novos costumes e necessidades da corte portuguesa, pois, foi onde a Família Real vivia e por isso, tornou-se uma cidade “cosmopolita”, na qual as pessoas mais abastadas tentavam se comportar de uma maneira que supunham ser europeia. O Rio de Janeiro viveu um verdadeiro "surto" de urbanização, com grandes obras de reformas e melhoramentos que transformaram a cidade em uma nova Corte, adequada a seu novo papel como sede do Império português. Porém, essas reformas implicaram mais do que mudanças físicas e geográficas no espaço urbano; criou-se mesmo uma nova ordem urbana, na qual a cidade, seus habitantes e seus 9 costumes foram disciplinados à moda europeia, emitindo um ar civilizado necessário à nova Corte. Mas também ensinaram aos que chegavam de fora alguns hábitos e aspectos da vida colonial. (VALE, 2018) Ou seja, a escolha do Rio de Janeiro como capital da colônia ainda em 1763 e posteriormente destino da Coroa Portuguesa não foi meramente impulsiva. O Rio de Janeiro contava com uma estrutura geográfica propícia para receber e abrigar o comércio que Portugal tanto almejava, sendo assim, o ponto perfeito para a Corte residir enquanto isolada do resto da Europa, abrindo espaço para as novas culturas e influências que viriam a mudar a sociedade fluminense para sempre. A música era a arte preferida da corte e muito se gastava anualmente com a manutenção da Capela Real e seu corpo de artistas, composto por muitos cantores. Dentre outras iniciativas grandiosas, D. João também adotou providências paroquianas, como a ordem para alterar a fachada das casas do Rio de Janeiro, que antes possuíam janelas em estilo mourisco, chamadas rótulas ou gelosias. Conforme Corrêa, (2013, pg.15), tratava-se de uma abertura na parede, protegida por treliças de madeira, com um vão na parte inferior, onde os moradores podiam observar o movimento na rua sem serem vistos. As grades de madeira impediam a entrada de luz solar, o que tornava o interior das casas escuro e sufocante. O príncipe detestou tal detalhe arquitetônico e ordenou que todas as treliças fossem removidas imediatamente, substituídas por vidraças. O projeto de construir uma nova cidade e capital imperial perdurou por todo reinado brasileiro do príncipe regente. 2.6. A cultura se modernizando ao refinamento europeu Para modernizar a colônia, não bastava apenas refinar os modos dos colonos, mas criar condições e espaços para que o Rio de Janeiro estivesse à altura da Corte. D. João possuía como meta promover as artes, a cultura, tentar infundir algum traço de refinamento e bom gosto nos hábitos atrasados da colônia e transformações importantes aconteceram e entre elas podemos citar: Ambientes Educativos - Foi criado o Jardim Botânico em 13 de junho de 1808, a Biblioteca Real em 28 de outubro de 1810, o Teatro Nacional de São João em 13 de outubro de 1813, a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios em 12 de agosto de 10 1816 e o Museu Nacional em 6 de junho de 1818, todos esses considerados medidas civilizatórias para promover as artes, a cultura, na tentativa de infundir algum traço de refinamento e bom gosto nos hábitos atrasados da colônia. Desde 1809, a educação foi um tema de destaque na sociedade joanina: na seção de Avisos da Gazeta, muitas pessoas ofereciam seus préstimos educacionais. Das aulas particulares de alfabetização ao conhecimento da gramática das línguas portuguesa, francesa, inglesa, latina, perpassando a fundação de colégios exclusivos para moços ou meninas, vemos o quanto a preocupação com o enriquecimento cultural se tornava presente no cotidiano (MEIRELLES,2015, p.20) A Imprensa Nacional - A chegada da Corte à capital da América portuguesa não representou apenas uma ruptura para a condição do Brasil enquanto colônia, também a cidade do Rio sofreu profundas modificações a partir de então e, um exemplo destas transformações se deu com a primeira tiragem do jornal impresso na máquina trazida por D. João que fez circular o primeiro exemplar de jornal que se pode dizer que colocou enfim, o Brasil a funcionar e a pensar, mesmo que a maioria dos habitantes fossem analfabetos. A Missão Artística Francesa - Também foram contratados e professores estrangeiros, que chegaram ao Brasil em 1816: era a chamada Missão Francesa, chefiada por Joaquin Lebreton, que trazia o pintor Jean-Baptiste Debret, o escultor Adrien Taunay, o arquiteto Garndjean de Montgny e o músico Sigismund Neukomm, entre outros. Embora os brasileiros tenham reagido desfavoravelmente à invasão de artistas estrangeiros, pois se tratava de uma nova colonização cultural, esses deixaram uma profunda influência na arte brasileira, principalmente na pintura, na paisagem urbana e na arquitetura. De todos os estrangeiros presentes à época, os franceses eram os mais bem vistos – seus usos, suas maneiras, suas modas, os objetos de luxo e muitas outras coisas convinham perfeitamente aos brasileiros. Conforme Correa (2013, pg. 21), os franceses também foram representativos no magistério em geral por ministrarem aulas em seu idioma de origem, de desenho, de piano e Ciências. A influência cultural francesa não estava presente apenas no que 11 concerne ao âmbito das letras, mas na maneira de vestir-se, comportar-se, pentear- se, falar, divertir-se e, até mesmo, de comer. 2.7. Um novo tipo de brasileiro A sociedade brasileira passou a ser considerada uma teatrocracia, e sobre isso, Malerba (2000, pg. 32) explica que, por meio de uma hierarquia social, o brasileiro, identificando seu papel em meio a tantos, vivia sua vida de acordo com o padrão que aquele papel lhe era designado, respeitando posições e títulos políticos cedidos pela Coroa, estabelecendo assim, uma sociedade assertiva de seu rei, de sua corte e de seus modos. O importante era manter a posição e seguir a nova moda que invadia as ruas, além das vestimentas, as joias também eram um dos elementos mais marcantes de distinção social para homens e mulheres. Os homens as exibiam por meio de fivelas de calção, bengalas, relógios enquanto as mulheres, se enfeitavam com alfinetes de peito, pentes de cabelo, cordões de ouro, anéis, dentre outros artigos. Apesar do clima tropical, vestia-se lã e veludo em roupas sobrepostas, com saias compostas por três camadas de pano. Sobre esse fato da sociedade do Rio de Janeiro, Malerba, (2000, pg. 14) relata que, o calor podia ser intenso, mas as indumentárias pesadas, as perucas cheias de pó e talco, os sapatos de tecido que se sujavam nas ruas de terra e lama eram basicamente os mesmos, e seguiam a etiqueta do Velho Mundo, bem no centro deste Novo Mundo. A corte também reforçou a hierarquia social e assim beneficiou a todos aqueles situados no cume da pirâmide social e política. O Brasil já era então, e permaneceu por muito tempo, uma sociedade altamente estratificada. Para cada indivíduo havia um lugar muito claramente demarcado. Ninguém se pensava igual a qualquer outro; todos se encontravam inseridos numa ordem hierárquica, acima ou abaixo dos outros. Conforme expressou Luiz Peixoto de Lacerda Werneck, em suas Ideias sobre colonização, cada um poderiaser distinguido “segundo a ordem, escala, ou categoria em que se situavam na sociedade”. (MALERBA.2000, p.9) Com o refinamento da sociedade, os anúncios começaram a oferecer produtos também mais refinados, como pianos, livros, tecidos de linho, lenços de seda, 12 champanhe, água de colônia, luvas, leques, vasos de porcelana, quadros, relógios e uma infinidade de outras mercadorias importadas. Conforme explica Correa (2013, pg. 25), as lojas do Rio de Janeiro estavam repletas de novidades advindas da capital francesa – vestidos, roupas feitas, calçados, bibelôs, perfumarias, tranças para cabelos, tecidos, entre outros componentes que acabavam por adquirir uma aura de luxo e requinte, verdadeiros diferenciadores de status social justamente porque vinham da França. A indumentária e os novos hábitos transplantados pela Corte eram exibidos nas noites de espetáculo do Teatro São João ou nas missas de domingo A importação citada era impulsionada ferozmente pelas lojas e comércios que, repletos de produtos importados chegavam aos montes nos portos, influenciados pelo requinte de uma corte ostentadora, não deixava escolha para quem procurava e ansiava por status. Tal indumentária e hábitos cortesões. A corte, com seus hábitos europeus, passaria a demandar produtos e espaços de diversão, criando um mercado antes inexistente, sobretudo no que diz respeito às mulheres. “Com a presença da Corte portuguesa no Rio de Janeiro, muitos conceitos comportamentais e de se trajar foram embutidos na vida dos brasileiros” (CORREA, 2013, pg.18) As novas formas de socialização ocorridas na cidade, com maior circulação nos espaços públicos, realização de festas, saraus nas residências, frequência nos teatros e restaurantes contribuíram fortemente para a difusão da moda europeia. Além das vestimentas adequadas, novos hábitos de higiene e boas maneiras inclusive na mesa, tornaram-se obrigatórios, seguindo padrões definidos em manuais de etiqueta. A partir de tantas alterações, em pouco tempo, o que era considerado uma colônia totalmente atrasada e fora dos padrões europeus, ainda continuava distante da realidade de Londres ou Paris, por exemplo, mas os hábitos e costumes importados haviam alterado e muito o comportamento dos seus moradores, deixando um pouco mais próximo ao sonhado projeto de Rio de Janeiro europeu. Os movimentos nos portos aumentaram consideravelmente, mudando completamente a paisagem de uma simples colônia que recebia apenas navios de sua capital europeia para um centro comercial e marítimo abarrotado de navios de todos os cantos do mundo, principalmente ingleses. “O Rio de Janeiro em particular tornou-se durante o reinado de Dom João VI um ponto de encontro de estrangeiros distintos”. (LIMA, p,521) 13 2.8. Elevação á Reino e a coroação de D. João As transformações teriam seu ponto culminante em 16 de dezembro de 1815, às vésperas da comemoração do aniversário de 81 anos da rainha D. Maria I, o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves por D. João, tendo o Rio de Janeiro como sede oficial da Coroa. Essa medida, na prática, fazia o Brasil deixar de ser uma colônia de Portugal e adquiria autonomia administrativa. Além de uma mera tentativa de homenagear o povo brasileiro e criar um vínculo ainda maior com a Elite brasileira, havia outro grande motivo para essa decisão: continuar com representatividade na comunidade europeia mesmo residindo em outro continente. Outro acontecimento indispensável para a história tanto do Brasil como para Portugal foi a coroação de D. João como rei em 1818, tendo pela primeira vez um monarca europeu sendo coroado em terras americanas. A festa de aclamação de D. João VI, ocorrida no dia 6 de fevereiro, na Corte, foi uma das mais importantes manifestações do poder real no período joanino. Tratava-se de um momento sui generis marcado por simbologias e conexões políticas cuidadosamente arquitetadas pela elite luso-brasileira, cuja meta política era a consolidação de um Império luso-brasileiro com sede na América. (MEIRELLES, 2015, p. 51). Todas essas festividades e comemorações serviam para dar ao povo algo que a sociedade brasileira se acostumou a ter: festas para exibir sua pompa. Os novos rituais ditos civilizados passaram a fazer parte do cotidiano da cidade. Conforme Malerba (2000. Pg.15), imagine-se o encanto dos cariocas com as solenidades reais representadas em várias ocasiões: a morte de d. Maria I, a coroação de d. João (que mesmo com o fim da guerra na Europa insistia em permanecer e ser coroado aqui) e o casamento de d. Pedro e d. Maria Leopoldina. Aí estavam três atos capitais para qualquer realeza. Com costumes adquiridos da Corte Portuguesa, a elite brasileira se via importante em relação ao resto do mundo, tendo seu rei próximo, seus interesses aprovados e, principalmente, seus nomes lembrados como nobres da Corte. Tendo como pano de fundo uma sociedade precária e subdesenvolvida, os cortesões brasileiros serviam ao seu rei de acordo com seus interesses, lembrando ao monarca 14 que, mesmo ele tendo uma imagem positiva dentro da sociedade brasileira, muito diferente de como era visto em Portugal, a troca de postos e condecorações emitidos pelo rei em troca de favores prestados pela elite brasileira era o que o mantinha como principal figura dentro da sociedade carioca. A presença Família Real e as transformações que acorreram, principalmente no Rio de Janeiro, fez com houvesse um aumento populacional significativo, e sobre esse fato, Meirelles (2015, p.12) relata que, se até 1808 o Rio de Janeiro era uma cidade com cerca de 60.000 habitantes, o censo de 1821 já apontava para uma população em torno de 79.321 pessoas, contando o alto número de estrangeiros que fixaram residência (em torno de 10.000 mil pessoas), escravos, libertos e população livre. Muitos dos novos habitantes eram imigrantes, não apenas portugueses, mas espanhóis, franceses e ingleses que viriam a formar uma classe média de profissionais e artesãos qualificados. (FAUSTO, 2001, pg.79). E também: A nova estrutura da cidade despertava os holofotes, senão do mundo, pelo menos dos europeus, ávidos por receberem as notícias da Corte portuguesa e conhecerem as transformações implementadas pelo Príncipe Regente dom João na nova capital do Império. Viajantes, cientistas, 13 estrangeiros de toda parte chegavam ao Rio de Janeiro senão com o objetivo de fixar moradia, pelo menos de explorar as faces ainda desconhecidas da América Portuguesa. (MEIRELLES, 2015, pg. 12,13). A nova sociedade brasileira também necessitava de refinamento e como medidas para se refinar, as elites começaram a enviar seus filhos para estudarem na Europa. Oliven, (2001, pg.3) relata que, o grande desejo dos habitantes da cidade parece que é dar-lhe ares europeus, o que até certo ponto já acontece, parte pelo influxo dos próprios europeus, parte pelos próprios brasileiros que têm visitado a Europa para se educarem ou para outros fins. Claro que, quando tratamos dessa sociedade “teatrocrática”, não trabalhamos diretamente com os cidadãos mais pobres e menos favorecidos. Para esses, todas essas mudanças, o incentivo à cultura artística e tudo mais era somente uma miragem 15 em meio ao grande todo que lhe cabia: uma vida colonial comum e não muito diferente do que tinham antes da Família Real desembarcar em terras americanas. 2.9. Ideias novas e independência Com a derrota de Napoleão em 1814, essa alteração na elevação do Brasil também influenciava a Europa. Do lado europeu do atlântico, os portugueses que ficaram em Lisboa, dentro de um sentimento de abandono, começam a questionar essa inversão de papeis, onde a metrópole se torna colônia da antiga colônia. Em meio a algumas negociações, pedidos e exigências, em agosto de 1820 estouraa Revolução Liberal do Porto, liderada por comerciantes, encontrando apoio em diversos setores da população: camponeses, funcionários públicos, militares, profissionais liberais, entre outros. "Os sentimentos portugueses quanto ao novo reino, a antiga colônia, tornavam- se de dia para dia mais hostis, e a amargura crescia quanto mais D. João demorava sua volta para a Europa."(CALÓGERAS, 1938, p. 65) Esse movimento chegou também para adeptos no Brasil, em sua grande maioria, cidadãos portugueses de Portugal que aqui se estabeleceram junto a Coroa em 1808. Com tamanhas divergências, cria-se uma rivalidade entre portugueses e brasileiros, fazendo com que, em certos níveis sociais, houvesse pequenos conflitos levados para a pessoalidade, gerando um cenário hostil entre ambos. Dentre vários momentos dessa espécie, pode-se lembrar da Revolução Pernambucana, movimento separatista e republicano que, em meio ao cenário citado, diante a insatisfação local com o controle de Portugal sobre a região e com as desigualdades sociais existentes, não viu outra maneira senão a de se declarar fora dos controles da metrópole portuguesa. Com toda a situação pendendo para a ideia de independência, essa ideia corre por praticamente todo o território, abrigando brasileiro de todas as classes, fazendo com que, numa primeira identidade nacional brasileira, revoltas e conspirações (especialmente em território carioca) desse resultado, mais tarde, em algo inevitável para a política e sociedade brasileira: a Independência do Brasil. 16 3.SEQUÊNCIA DIDÁTICA AULA 1 A) TEMA: As rápidas transformações no Rio de Janeiro com a chegada da Família Real. DISCIPLINA: História DURAÇÃO: 50 minutos SÉRIE: 6º ano. B) CONTEÚDO: • Leitura de textos e explicação sobre quem foi Napoleão Bonaparte na decisão da Família Real em fugir para a colônia. • Como a cidade do Rio de Janeiro era e como se transformou rapidamente com a chegada da Família Real. • Aspectos que marcaram a feição da cidade e melhorias. C) OBJETIVOS: ✓ Entender os motivos que fizeram com que a Família Real viesse para o Brasil, ✓ Analisar as principais caraterísticas que marcavam o Rio de Janeiro antes do desembarque da Corte; ✓ Entender as mudanças que a chegada da Família Real causara no Rio de Janeiro. D) RECURSOS Livro didático, Projetor, Slide, Notebook. Lousa. E) ETAPAS DA AULA (5 min) Introdução ao tema: Com o intuito de envolver e instigar a curiosidade dos alunos, serão apresentadas fotos através de slide, leitura de textos e comentários sobre as 17 circunstâncias que levaram a Família Real embarcar para o Brasil e atravessar o oceano em uma viagem longa e muito conturbada para chegar na América. F) DESENVOLVIMENTO DA AULA (10 Minutos) 1ª ETAPA Para que haja um maior entendimento, será apresentada uma imagem no slide aos alunos, na qual estará Napoleão Bonaparte e assim chamar a atenção e interação dos alunos através de algumas perguntas norteadoras: Imagem 1: Napoleon Bonaparte. • Você sabe quem é essa pessoa na imagem? • Você sabe o que foi o cerco napoleônico? • Você sabia que a Família Real fugiu às pressas do cerco napoleônico? Neste momento, o professor, enquanto pergunta e envolve os alunos, explicará os tópicos para uma melhor compreensão. G) 2ª ETAPA (10 minutos) Nesta etapa, será apresentado aos alunos no slide para leitura coletiva, os aspectos da cidade do Rio de Janeiro pelos olhos dos viajantes no qual era descrita como uma cidade feia, suja e malcheirosa. Após a leitura, deverá ser explicado aos alunos o porquê que a cidade do Rio de Janeiro era retratada dessa maneira. 18 No próximo slide, será apresentado outro trecho onde será lido: A partir da leitura deste slide, a explicação abrangerá as primeiras mudanças importantes na cidade do Rio de Janeiro, que deveria estar à altura da Família Real. Para que haja participação dos alunos, algumas perguntas norteadoras poderão ser feitas: • Qual era a impressão que os estrangeiros tinham da cidade do Rio de Janeiro antes da vinda da Corte? (Os estrangeiros achavam a cidade suja, feia e malcheirosa.) • O que pode ser entendido com “abrindo-se às modas europeias”? (As pessoas começaram a reproduzir o modo de vida que tinham na Europa ou a imitá-lo.) H) ATIVIDADE PARA OS ESTUDANTES (25 minutos) Continuando com as transformações que aconteceram no Rio de Janeiro, outro slide será apresentado e lido e novos debates devem ocorrer. Perguntas poderão ser feitas neste momento para incentivar e despertar ainda mais o interesse, a curiosidade e a interpretação dos alunos: Trecho 1 “A vinda da família real para o Brasil mudou, também, a fisionomia do Rio de Janeiro. A cidade que os estrangeiros acharam suja, feio e malcheirosa começou a se expandir e cuidar de sua aparência, abrindo- se às modas europeias (...)”. (Fonte: MultiRio) Trecho 2 “Os viajantes que visitavam o Rio de Janeiro se surpreendiam com a rapidez das mudanças sofridas pela cidade. Um deles, o inglês Gardner, comentou: ‘O grande desejo dos habitantes parece ser o de dar uma fisionomia europeia à cidade. Uma das mais belas ruas da cidade é a Rua do Ouvidor, não porque seja mais larga, mais limpa ou melhor pavimentada que as outras, mas poque é ocupada principalmente por modistas francesas, joalheiros, alfaiates, livreiros, sapateiros, confeiteiros, barbeiros”. (Fonte: MultiRio) 19 • Por que as mudanças na cidade do Rio de Janeiro eram surpreendentes? (Segundo o texto, as mudanças aconteciam de forma rápida.) • Quais as evidências da fisionomia europeia na cidade do Rio de Janeiro que o inglês Gardner viu na cidade do Rio de Janeiro? (Os alunos podem responder que Gardner disse que o grande desejo dos habitantes era dar uma fisionomia europeia à cidade.) • Quais as profissões citadas no texto? Tem alguma que você não conhece? (Os estudantes poderão citar modistas, joalheiros, alfaiates, livreiros, sapateiros, confeiteiros e barbeiros. É importante que você explique para os estudantes as profissões que eles desconhecem.) • O que faz cada uma das profissões citadas no texto? Por que a Corte precisava destes serviços? (Os estudantes poderão citar que a vida, o luxo e o conforto da corte dependiam dessas profissões.) Após a leitura do segundo trecho do texto, outras importantes mudanças deverão pontuadas pelo professor como: • Para zelar pela segurança e policiamento da cidade, foi criada, ainda em 1808, a Intendência de Polícia, • Foram construídos chafarizes para o abastecimento de água, pontes e calçadas; • Abriram-se ruas e estradas; foi instalada a iluminação pública; passaram a ser fiscalizados os mercados e matadouros; organizadas as festas públicas etc. • Essas melhorias eram realizadas, muitas vezes, com a contribuição dos ricos moradores, que recebiam em troca benefícios materiais e títulos de nobreza do príncipe regente. AVALIAÇÃO A avaliação consistirá em uma redação na qual os alunos poderão comentar o que foi aprendido nesta aula a respeito da chegada da Família Real e devem pontuar as mudanças que mais acharam interessantes. http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/2399 20 AULA 2 A) TEMA: Elevação do Brasil a Reino Unido Portugal e Algarves DISCIPLINA: História DURAÇÃO: 50 minutos SÉRIE: 6º ano. B) CONTEÚDO • Congresso de Viena e seus desdobramentos, • Elevação do Brasil a Reino a Portugal e Algarves, • Carta na qual o Brasil foi elevado a condição de Reino Unido de Portugal e Algarves e problematização. C) OBJETIVOS ✓ Explicar por que aconteceu o Congresso de Viena, ✓ Entender os fatos que fizeram com que D. João decidisse elevar o Brasil a condição de Reino Unido Portugal e Algarves, ✓ Compreender o que significou a elevação do Brasil aReino Unido a Portugal e Algarves D) RECURSOS Lousa, Cópia da carta de elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves. Projetor, Slide, Notebook. E) ETAPAS DA AULA 5 min (Introdução ao tema Para despertar a curiosidade dos alunos, seja entregue uma cópia da carta elevação do Brasil a Reino a Portugal e Algarves a cada aluno. Algumas perguntas poderão ser feitas para atrair a atenção e a observação: 21 • Você sabe o que esta carta quer dizer? • Você sabe qual foi o ano que esta Carta Lei foi escrita e assinada? • Você sabe o que resultou a partir desta carta? F) DESENVOLVIMENTO DA AULA (10 Minutos) 1ª ETAPA Nesta etapa da aula, será feita uma abordagem explicativa sobre o Congresso de Viena, realizado em 1815, onde ficou determinado que as antigas monarquias retornassem aos seus tronos após a derrota de Napoleão Bonaparte em 1814. Momento também que deve ser explicado porque D. João VI decidiu elevar o Brasil a condição de Reino Unido Portugal e Algarves, graças à promulgação da Lei de 16 de dezembro de 1815, assinada por D. João. Essa medida, se por um lado preservou o trono português para a dinastia Bragança e atendeu aos interesses e aspirações dos súditos do novo reino, por outro lado provocou uma enorme insatisfação em Portugal, pois via-se equiparado à sua Colônia e, mais ainda, ameaçado de perdê-la. G) 2ª ETAPA (10 minutos) O objetivo da leitura e interpretação é compreender que, com a elevação à categoria de reino Unido a Portugal e Algarves, o Brasil deixou de ser colônia, obtendo status de igualdade política com Portugal, não para dar autonomia para o Brasil, mas para fortalecer a monarquia portuguesa. D. João VI eleva o Brasil a categoria de Reino para continuar governando Portugal a partir da América, com as pressões externas após a sucessão do trono português e o congresso de Viena pós-revolução Francesa. É importante ressaltar que embora a elevação do Brasil a Reino Unido com Portugal e Algarves seja visto como parte do caminho para a Independência, este fato é pouco evidenciado na historiografia portuguesa da época e deve ser analisado como mais que um ato diplomático, mas com fortes interesses políticos para ambos os lados (ex-colônia e ex-metrópole). H) ATIVIDADE PARA OS ESTUDANTES (25 minutos) Uma cópia da carta de lei elevou o Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves, será entregue a cada aluno para que juntos, observem e reflitam para que possam participar e responder alguns questionamentos a respeito: 22 Imagem 2: Carta de Elevação do Brasil a Reino a Portugal e Algarves • Alguns questionamentos deverão ser feitos para medir o grau de entendimento dos alunos sobre o tema e também sanar quaisquer dúvidas. ✓ Qual era a relação entre Portugal e o Brasil antes desta carta? Por que o príncipe diz que está “elevando” o Estado do Brasil? ✓ Qual a diferença entre ser Colônia e ser Reino Unido? ✓ No documento diz que Portugal, Brasil e Algarves estão “um e único reino” qual o status o Brasil passa a ter? ✓ Há algum indício de que o Brasil passou a ter autonomia de decisões políticas próprias, como eleger seu próprio governante? ✓ A elevação do Brasil a Reino Unido com Portugal e Algarves pode ser considerado um passo importante para a Independência do Brasil? Avaliação A avaliação consistirá em uma redação na qual os alunos poderão comentar o que foi aprendido nesta aula. 23 AULA 3 A) TEMA: A Abertura dos Portos e as consequências que beneficiaram o Brasil. DISCIPLINA: História DURAÇÃO: 50 minutos SÉRIE: 6º ano. B) CONTEÚDO • As primeiras medidas tomadas por D. João ao chegar ao Brasil, • A abertura dos portos às nações amigas, • Criação dos ambientes, e suas datas, • Missão Artística Francesa, • Slides e explicações para melhor compreensão da aula e fixação. C) OBJETIVOS ✓ Entender as principais consequências que beneficiaram o Brasil com a abertura dos portos; ✓ Conhecer os ambientes que foram criados, ✓ Analisar as obras da Missão Artística Francesa através do slide; ✓ Participar através da interpretação e participação. D) RECURSOS Lousa, Projetor, Slide, Notebook. Livro didático. E) ETAPAS DA AULA 5 min (Introdução ao tema Apresentar o tema da aula aos alunos pontuando algumas datas para que sejam retomadas no decorrer da aula e distribuir uma cópia do texto para que os alunos acompanhem enquanto o professor lê e explica sobre a Abertura dos Portos e as medidas seguintes. 24 F) DESENVOLVIMENTO DA AULA (10 Minutos) 1ª ETAPA Nesta etapa da aula, serão apresentadas as primeiras medidas adotadas por D. João ao chegar ao Brasil e uma breve explicação: A abertura dos portos do Brasil às nações amigas (28 de janeiro de 1808). O príncipe regente revogou os decretos que proibiam a instalação de manufaturas na Colônia, isentou de tributos a importação de matérias-primas destinadas à indústria, ofereceu subsídios para as indústrias da lã, da seda e do ferro, encorajou a invenção e introdução de novas máquinas. A abertura dos portos favoreceu também os proprietários rurais produtores de bens destinados à exportação (açúcar e algodão principalmente), os quais se livravam do monopólio comercial da Metrópole. O acesso aos livros e a uma relativa circulação de ideias foram marcas distintivas do período. Criada em decreto de 10 de maio de 1808, a Intendência de Polícia da Corte acumulava várias funções, o que a assemelhava mais a um órgão como uma prefeitura dos dias atuais, do que necessariamente com uma delegacia de polícia. Algumas de suas principais atribuições eram: a segurança, a investigação dos crimes e captura dos criminosos, a realização de obras públicas e de abastecimento, e a solução de questões ligadas à Ordem pública, dentre elas a vigilância da população, a repressão e correção de comportamentos considerados inaceitáveis. G) 2ª ETAPA (10 minutos) Após a primeira etapa na qual os alunos puderam compreender as consequências da abertura dos portos, será feita uma explicação que abrangerá as próximas medidas que resultaram na criação de teatros, biblioteca, museu e até mesmo o primeiro exemplar do jornal que começou a circular na colônia. Será então feita uma breve explicação e frisando cada uma das datas. Ambientes Educativos • Jardim Botânico em 13 de junho de 1808, • Biblioteca Real em 28 de outubro de 1810, • Teatro Nacional de São João em 13 de outubro de 1813, • Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios em 12 de agosto de 1816 25 • Museu Nacional em 6 de junho de 1818, Todos esses considerados medidas civilizatórias para promover as artes, a cultura, na tentativa de infundir algum traço de refinamento e bom gosto nos hábitos atrasados da colônia. A Imprensa Nacional - A chegada da Corte à capital da América portuguesa não representou apenas uma ruptura para a condição do Brasil enquanto colônia. • Em setembro de 1808, veio a público o primeiro jornal editado na Colônia; A Missão Artística Francesa - Também foram contratados e professores estrangeiros, que chegaram ao Brasil em 1816: era a chamada Missão Francesa, chefiada por Joaquin Lebreton, que trazia o pintor Jean-Baptiste Debret, o escultor Adrien Taunay, o arquiteto Garndjean de Montgny e o músico Sigismund Neukomm, entre outros. H) ATIVIDADE PARA OS ESTUDANTES (25 minutos) A atividade para os estudantes consistirá em uma série de slides nos quais seguirão com obras da Missão Artística Francesa no Brasil e sua influência nas artes, momento em que a curiosidade do aluno e a participação pode ser estimulada. • Exibir os slides aos alunos e então fazer uma breve retrospectiva da aula e momento para que seja estimulada a participação do aluno através de perguntas as quais serão sanadas. • Os slides se encontram em arquivo anexo ao final do trabalho e em link disponível abaixo.A influência da missão artística francesa na arte brasileira. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/angelibni/a-influencia-da-misso-artistica- francesa-na-arte-brasileira-35167907?from_action=save>. Avaliação A avaliação deve ser feita através de um debate em que os alunos serão chamados a responder através de algumas perguntas sobre todo o tema desta aula e assim, avaliar a participação e interação de cada aluno. https://pt.slideshare.net/angelibni/a-influencia-da-misso-artistica-francesa-na-arte-brasileira-35167907?from_action=save https://pt.slideshare.net/angelibni/a-influencia-da-misso-artistica-francesa-na-arte-brasileira-35167907?from_action=save 26 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Durante os treze anos de permanência da corte portuguesa no Rio de Janeiro, o Brasil sofreu intensas mudanças como nunca em outra época. Enquanto permaneceu nos trópicos, o rei teve tempo de transformar a capital da colônia, além de instalar instituições e estabelecimentos que mudaram a sorte deste país. Elevado à categoria de reino, o Brasil deu os primeiros passos rumo a uma nação propriamente dita e deixou de ser colônia para fazer-se independente, o que torna positivo o legado de D. João VI. A abertura dos portos, definitivamente abriu o Brasil a novas culturas e novos costumes. A presença da Família da Real, fez com que os mais abastados e ricos da colônia, desejassem também vestir-se, portar-se de maneira que se supunha europeia. Observamos então que com a elevação do Brasil a Reino Unido Brasil e Algarves, sobe em importância o país, deixando cada vez mais no passado a sua situação de colônia acanhada. A educação passa a ser valorizada, caso que os filhos dos ricos eram enviados à Lisboa para uma educação de peso. As mulheres começam a sair mais e cada vez mais desfilar suas joias, suas belas roupas, seus muitos escravos todos vestidos de libré, e o quanto mais de escravos acompanhavam seus senhores, mais sinônimo de riqueza se tinha. Outro grande fator que determinou um início memorável de reconstrução envolveu a Missão Artística Francesa onde, envolvendo clara e principalmente a elite carioca, pode-se ter uma noção do requinte que a sociedade brasileira foi recebendo com diversas influências artísticas, principalmente, dos artistas franceses que aqui se instalaram. No entanto, não tão somente durante essas missões, mas também posteriormente, abriu-se caminho para os mais diversos tipos de artes advindos dos mais variados cantos do planeta, sendo todos abrigados, adaptados e recriados em terras brasileiras, originando assim o que hoje chamamos de cultura brasileira. As Missões Francesas não serviram apenas para a elite se ater aos padrões de artes europeias, mas também para trazer a curiosidade e interesse do brasileiro aos ramos artísticos, dentre todos os diversos tipos de artes já encontrados aqui naquela época, mas tão pouco valorizados, até as artes francesas que detinham o título de “padrão” para os portugueses da corte. Pensando nisso, podemos compreender o apoio da Corte na arte como uma tentativa de conter e distrair a população dos males que 27 afetavam a sociedade brasileira no geral, despistando os rastros que a corte deixava quanto aos gastos com exageros, traço herdado até as mais recentes gerações. Levando em consideração todos os fatos ocorridos, é notável uma gigantesca mudança na concepção do brasileiro sobre si mesmo, em como a presença da Família Real modificou os costumes, a moda, o linguajar, toda a cultura que aqui residia para se adaptar aos padrões europeus da época. Não é de se admirar que, por mais que fizessem parte da mesma nação, sendo comandados pelo mesmo monarca, tanto metrópole quanto colônia possuíam distintos modos de pensamento e culturas ainda mais dissonantes entre si. O que, independentemente da consideração de ser positivo ou não, tudo o que aconteceu no Brasil nesses 13 anos que a Coroa Portuguesa aqui residiu, gerou um choque enorme na cultura local e, sem poder deixar de lado, os aspectos econômicos tanto internos como externos também são dignos de serem analisados como cruciais para a formação da identidade brasileira, tanto da época quanto a atual. Em alto e bom tom, a Corte deixa no Brasil, até mesmo depois de sua partida, uma ideia nova sobre costumes de uma boa sociedade para os brasileiros, com a aderência de etiquetas e refinamentos adaptados as condições e materiais aqui disponíveis, deixando para a elite brasileira o papel de manter esse padrão dentro de suas propriedades, afetando a sociedade num todo, mas, de maneira mais incisiva, na elite de fazendeiros e mercadores que aqui movimentavam a economia de maneira primordial e lucrativa para a Coroa. A diferença clara do tratamento dado pela Corte antes e depois de sua vinda para a colônia deixa como reflexão as consequências que os interesses políticos dela causaram, fazendo com que, primeiro a elite, e posteriormente, o brasileiro médio, entendessem sua importância para com a comunidade externa, estabelecendo para a identidade brasileira, de maneira bem simplificada, o seu papel dentro do mercado. Os grandes fazendeiros, mercadores de escravos e produtos afins se viram no seu apogeu, onde, incentivados pela ideia de poder e status, realizavam a troca de seu dinheiro pela consideração da Corte em lhe atribuir cargos e títulos de nobreza, todos alimentados pelos próprios interesses. A ideia base é identificar os traços que a Corte deixa dentro da colônia, perceber que muito do que foi construído e modificado foram substancialmente incentivados pela ideia de ostentar uma imagem pública grandiosa. Seguindo essa ideia, damo-nos conta do porquê de todo o mercado 28 europeu praticamente empurrar mercadoria muitas vezes desnecessária para o dia a dia comum na colônia, como roupas e acessórios de moda. Entender que, depois das missões artísticas francesas, a população que aderiu aos costumes dessa cultura entendeu o refinamento europeu como o padrão dessa aceitação tão desejada. Naturalmente, a importação de produtos europeus, bem como a imigração de pessoas vindas daquele continente, tendeu a se concentrar em áreas economicamente mais desenvolvidas. A consequência deste deslocamento foi o aumento das diferenças culturais entre o norte e o sul do país. É fundamental o discernimento de que, apesar do ponto de vista negativo que o assunto muitas vezes leva, as contribuições que a corte deixou aqui são facilmente visíveis na atualidade dentro da cultura popular, como ideias básicas de religião dentro do catolicismo; as festividades e comemorações luxuosas e longas; a ideia de representante político como pai que D. João causou. Mas, algo que já era comum e que se destacou como popular no Brasil foi, e ainda é, os acordos e decisões tomadas pela elite para manter privilégios e regalias da minoria que circundava o trono, excluindo quase que majoritariamente a maioria da população de dentro da política nacional. Embora todos os fatos possam contribuir para uma imagem controversa da Corte envolvendo corrupção e extravagancias, uma coisa não se pode deixar de se destacar nesse período: D. João VI. Deixando um legado que afetou profundamente o futuro de milhões de pessoas, independentemente de seu caráter conhecidamente medroso, pode ser considerado, com o auxílio de tantos nomes direta ou indiretamente, um bom estrategista político, apesar de partir por meios um tanto questionáveis, conseguiu enganar as tropas de Napoleão, conservando assim o Império português longe do poder napoleônico, consequentemente, abrindo caminho para a nação brasileira construir sua importância no âmbito social, econômico e principalmente cultural. É possível entender o papel de Napoleão como sendo o “vilão” pela ótica lusa, porém, ao mesmo tempo, crucial para o desenvolvimento do Brasil, afinal, se nãohouvesse confronto entre o exército francês napoleônico dividindo interesses com Portugal, o Brasil talvez nunca teria chego ao resultado que chegou e nunca teria tido presente em suas terras o destacável e frágil príncipe regente, posteriormente, coroado em terras brasileiras, Rei Dom João VI, figura ímpar quando se trata da construção dessa nação. 29 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Livros: CALÓGERAS, João Pandiá. 1808: Rio de Janeiro, capital do Império português. [Edição Especial Anotada e Corrigida]. Edição Kindle. Original por Ed. Nacional, Rio de Janeiro/ RJ, 1938. FAUSTO, Boris. A História do Brasil. 12ª ed., 2006. Editora Edusp – Editora da Universidade de São Paulo, São Paulo/SP, 1994. FRAGOSO, Joao; GOUVÊA Maria de Fatima. O Brasil colonial Vol. 3. 2ª ed. Rio de Janeiro/ RJ, 2017. LIMA, Oliveira (2018-03-28T22:58:59). D. João VI no Brasil. Edição do Kindle. MALERBA, Jurandir. A Corte No Exilio: civilização e poder no Brasil às vésperas da Independência (1808-1821). 2ª ed., 2018. Editora Schwarcz S.A., São Paulo/ SP, 2000. MEIRELLES, Juliana Gesuelli. A chegada da família real e as mudanças sociopolíticas. In: A família real no Brasil: política e cotidiano (1808-1821) [online]. São Bernardo do Campo: Editora UFABC, 2015. Artigos: CARVALHO, Amanda Lima dos Santos. O Rio de Janeiro a partir da chegada da Corte Portuguesa: Planos, Intenções e Intervenções no século XIX. Disponível em: <https://shcu2014.com.br/territ%C3%B3rio/207.html> Acesso em 24 nov. 2021. CORRÊA, Carolina Giacomini. O Desenvolvimento Cultural, Artístico E A Moda No Brasil Após A Chegada Da Corte Portuguesa. Disponível em: <https://www.ufjf.br/posmoda/files/2013/05/MONOGRAFIA-CAROLINA- GIACOMINI.pdf>. Acesso em 25 nov. 2021. https://shcu2014.com.br/territ%C3%B3rio/207.html 30 FERNANDES, Daniel. 200 anos da independência, a presença de João VI no Brasil. Disponível em: <https://bndigital.bn.gov.br/artigos/200-anos-da-independencia-a- presenca-de-d-joao-vi-no-brasil/> Acesso em: 05 set. 2021. FRIDMAN, Fania. Uma cidade nova no Rio de Janeiro. Acervo, v. 22, n. 1, p. 139-152, 28 nov. 2011. Disponível em: <http://revista.arquivonacional.gov.br/index.php/revistaacervo/article/view/105/105> Acesso em: 03 set. 2021. OLIVEN, Ruben George. Cultura E Modernidade No Brasil. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/spp/a/qwKpQ7byP3Rn8668KGtc9RM/?lang=pt&format=pdf> Acesso em 02 set. 2021. TREVISAN, Anderson Ricardo. Debret e a Missão Artística Francesa de 1816: aspectos da constituição da arte acadêmica no Brasil. Plural, Revista do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da USP, São Paulo, n° 14, 2007, pp 9-32. Disponível em:<https://www.revistas.usp.br/plural/article/view/75459/79015> Acesso em: 09 set. 2021. VALE, Renata Willian. Construindo a Corte: o Rio de Janeiro e a nova ordem urbana. Disponível em: <http://www.historiacolonial.arquivonacional.gov.br/index.php?option=com_content&view =article&id=5226&Itemid=280> Acesso em 29 out. 2021. https://www.revistas.usp.br/plural/article/view/75459/79015 http://www.historiacolonial.arquivonacional.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=5226&Itemid=280 http://www.historiacolonial.arquivonacional.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=5226&Itemid=280 31 REFERENCIAS DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA: SOUZA, Daniele; SILVA, Bianca; SANTOS, Sherol dos; CARDOSO, Oldimar. As mudanças no Rio de Janeiro com a vinda da família real (1808). Disponível em: <https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/8ano/historia/as-mudancas-no- rio-de-janeiro-com-a-vinda-da-familia-real-1808/5461>. Acesso em 19 out. 2021. ABI-RAMIA, Jeanne. 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Acesso em: 25 out. 2021. 1 Arquivo Anexo: Slides usados na terceira aula da Sequência Didática. 2 3 4 5 6
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