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Unidade: Polos – Centro de Educação a Distância (CEAD) Curso: Tecnologia em Gestão Pública Disciplina: Responsabilidade Social e Meio Ambiente Atividades Práticas Supervisionadas Tutor: André Luis Silva Discentes: Tayná Francisco das Chagas Silva RA: 8949193653 Silvia Maria Silva de Araújo RA: 8363801163 Natal-RN, 04 de Novembro de 2014. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO............................................................................................................... 4 2. ETAPA Nº 1 – SUSTENTABILIDADE............................................................................... 5 3. ETAPA Nº 2 – POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE .......................................... 9 4. ETAPA Nº 3 – SANEAMENTO AMBIENTAL ................................................................ 14 5. ETAPA Nº 4 – PLANEJAMENTO AMBIENTAL ............................................................. 16 6. CONCLUSÃO............................................................................................................... 24 7. REFERÊNCIAS............................................................................................................. 25 1 - INTRODUÇÃO A questão do meio ambiente vem sendo cada vez mais discutida nos últimos anos. Mudanças de consciência e comportamento vêm tornando-se necessárias no sentido de preservá-lo, para se encontrar maneiras que possibilitem o crescimento econômico sem prejudicar gerações futuras. Tal crescimento pode ser buscado através da união de esforços de todas as Ciências – Humanas, Exatas, Biológicas e outras –, cada uma contribuindo de acordo com suas características. O presente trabalho pretende apresentar como todos nos podemos contribuir para a preservação do meio ambiente, e tem como objetivo difundir este conhecimento, tanto a estudantes e pesquisadores de outras ciências quanto aos de administração, a fim de ampliar os limites do conhecimento de cada área. O trabalho é iniciado com uma visão geral de sustentabilidade Em seguida, é tratada a importância da Política Nacional do Meio Ambiente. Ao fim deste relatório, são apresentadas questões sobre o saneamento ambiental, bem como, pelo planejamento ambiental. Por fim, tem-se a conclusão do trabalho ETAPA Nº 1 – SUSTENTABILIDADE Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana. Propõe-se a ser um meio de configurar a civilização e atividade humanas, de tal forma que a sociedade, os seus membros e as suas economias possam preencher as suas necessidades e expressar o seu maior potencial no presente, e ao mesmo tempo preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais, planejando e agindo de forma a atingir pró-eficiência na manutenção indefinida desses ideais. Também definimos sustentabilidade como a habilidade, no sentido de capacidade, de sustentar ou suportar uma ou mais condições, exibida por algo ou alguém. É uma característica ou condição de um processo ou de um sistema que permite a sua permanência, em certo nível, por um determinado prazo. Em anos recentes, o conceito tornou-se um princípio, segundo o qual o uso dos recursos naturais para a satisfação de necessidades presentes não pode comprometer a satisfação das necessidades das gerações futuras, o que requereu a vinculação da sustentabilidade no longo prazo, um "longo prazo" de termo indefinido, em princípio. O princípio da sustentabilidade aplica-se a um único empreendimento, a uma pequena comunidade (a exemplo das ecovilas), até o planeta inteiro. Para que um empreendimento humano seja considerado sustentável, é preciso que seja: * ecologicamente correto * economicamente viável * socialmente justo * culturalmente aceito Define-se por Desenvolvimento Sustentável um modelo econômico, político, social, cultural e ambiental equilibrado, que satisfaça as necessidades das gerações atuais, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer suas próprias necessidades. Esta concepção começa a se formar e difundir junto com o questionamento do estilo de desenvolvimento adotado, quando se constata que este é ecologicamente predatório na utilização dos recursos naturais, socialmente perverso com geração de pobreza e extrema desigualdade social, politicamente injusto com concentração e abuso de poder, culturalmente alienado em relação aos seus próprios valores e eticamente censurável no respeito aos direitos humanos e aos das demais espécies. O conceito de sustentabilidade comporta sete aspectos principais, a saber: * Sustentabilidade Social; * Sustentabilidade Econômica; * Sustentabilidade Ecológica; * Sustentabilidade Cultural; * Sustentabilidade Espacial; * Sustentabilidade Política; * Sustentabilidade Ambiental.. No caso, para que a sustentabilidade seja aplicada no planejamento ambiental se faz necessário o uso da sustentabilidade ambiental que se trata da conservação geográfica, equilíbrio de ecossistemas, erradicação da pobreza e da exclusão, respeito aos direitos humanos e integração social, abrangendo todas as dimensões anteriores através de processos bastante complexos. Para que possamos analisar os conceitos e aplicação da sustentabilidade na questão do planejamento de ações ambientais direcionadas ao saneamento básico de um município, salientamos que a maior parte dos Municípios brasileiros não dispõe de estrutura administrativa adequada as questão relativas ao meio ambiente. A maior parte dos responsáveis pelas questões ambientais não possui formação compatível com as necessidades do cargo e as equipes técnicas, quando existem, são diminutas. São poucos os que possuem um plano ambiental de ampla abordagem em elaboração com base na Agenda 21. Evidenciando que os recursos destinados ao meio ambiente são desconhecidos e escassos, levando a administração a descumprir com as suas responsabilidades legais., o que resulta na inexistência de legislação ambiental específica para as questões locais. Para que a sustentabilidade seja utilizada em um planejamento ambiental se faz necessário a elaboração de um plano de trabalho para a elaboração do Plano Ambiental, que precisa ser aprovado pelo Executivo e Câmara de Vereadores. Este é importante e indispensável documento de planejamento que deve ser preparado por uma comissão organizadora, preferencialmente constituída por técnicos da Prefeitura, ao longo do período médio de um mês. O plano de trabalho define o que deve ser feito, como deve ser feito, quem vai trabalhar, com quais recursos, durante quanto tempo e quanto vai custar. Após a elaboração do Plano de Trabalho serão discutidas em esfera superior as condições para planejamento das ações ambientais visando o saneamento básico de um município, as quais deverão ser planejadas, adequadamente, visando a conservação geográfica e equilíbrio do ecossistema, para que as condições de vida da população sejam aceitaveis dentro dos padrões estabelecidos pelos Órgãos competentes no âmbito governamental. Para que haja um processo efetivo em um planejamento ambiental é necessário uma melhoria na qualidade de vida da população, com investimentos na área de infraestrutura (drenagem pluvial, asfalto, entre outros) além de uma equidade de renda, com a diminuição das diferenças socias e com a participação e organização popular, minimizando os danos aos sistemas de sustentação da vida, com a redução dos resíduos tóxicos e da poluição, elaborando uma fórmula para a reciclagem de materiais e energia, forçando a sociedade a usar uma tecnologia limpa e de maior eficiência, com regras para uma adequada proteção ambiental É necessário, também, investimentos na área, tanto públicos quanto particulares, compatibilizando os padrõesde produção e consumo, com um maior acessso na área de ciência e teconologia, para que a população local, tenha conhecimento adequado para que a sociedade e os seus membros ou as suas economias possam preencher as suas necessidades e expressar o seu maior potencial. Além do mais, é necessário um equilíbrio entre o rural e o urbano, equilíbrio de migrações, desconcentração das metrópoles, adoção de práticas agrícolas mais inteligentes e não agressivas à saúde e ao ambiente, manejo sustentado das florestas e industrialização descentralizada, tais ações visam a sustentabilidade, que conforme exposto acima é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana. ETAPA Nº 2 – POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE A Lei N.º 6.938, com base nos incisos VI e VII do Art. 23 e no Art. 235 da Constituição, estabelece a Política Nacional de Meio ambiente com o objetivo de preservar, melhorar e recuperar a qualidade ambiental do país através do SISNAMA (Sistema Nacional de Meio Ambiente). A Política Nacional define o meio ambiente como sendo um patrimônio público que, portanto, que deve ser protegido e justifica a racionalização do uso do solo, subsolo, água e ar. Além de planejamento e fiscalização dos recursos naturais, proteção dos ecossistemas, controle e zoneamento das atividades poluidoras, incentivo às pesquisas com este intuito, recuperação de áreas degradadas e educação ambiental em todos os níveis de ensino. Para tal, a Lei N.º 6.938 institui alguns instrumentos com os quais visa garantir o alcance de seus objetivos: o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental, zoneamento ambiental, avaliação de impactos ambientais (AIA), licenciamento e fiscalização ambientais, incentivos às tecnologias limpas, criação de unidades de conservação, criação de um sistema nacional de informações ambientais, um cadastro técnico federal de atividades e instrumentos de defesa, penalidades disciplinares ou compensatórias e um relatório de qualidade do meio ambiente. Planejamento ambiental é a planificação de ações com vistas a recuperar, preservar, controlar e conservar o meio ambiente natural de determinada região. Incluindo-se parques, unidades de conservação, cidades, regiões, etc. Definição esta, que pode englobar também o planejamento ambiental empresarial, feito por empresas e outras organizações como tentativa de buscar melhorias ambientais. Antes de mais nada é necessário uma pequena exposição sobre o artigo 2º da Lei nº 6938/1991, que ao nosso ponto de vista se torna mais relevante, para que haja uma compreensão da Política Nacional de Meio Ambiente e seu uso, em forma de Lei a qual fazemos saber: “Art. 2º. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios: I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo; II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; III - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais; IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas; V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras; VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais; VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental; VIII - recuperação de áreas degradadas; (Regulamento) IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação; X - educação ambiental a todos os níveis do ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente”. Conforme acima exposto um planejamento ambiental, bem elaborado, gera inúmeros fatores que são indispensáveis para que ocorra uma conservação do meio ambiente, a qual tomamos como exemplo a cidade de Brasília – Distrito Federal em que uma obra de infraestrutura (pavimentação asfáltica), que aos olhos de um leigo, seria algo banal torna-se uma “avalanche” de imposições ambientais, as quais expomos a seguir: Antes da execução de um obra é necessário a obtenção de algumas licenças, para que a obra esteja dentro da lei, se tornando necessarias e indispensavéis para que o procedimento administrativo realizado pelo órgão ambiental competente, que pode ser federal, estadual ou municipal, para licenciar a instalação, ampliação, modificação e operação de atividades e empreendimentos que utilizam recursos naturais, ou que sejam potencialmente poluidores ou que possam causar degradação ambiental, tais como: • Licença Prévia (LP) - Licença que deve ser solicitada na fase de planejamento da implantação, alteração ou ampliação do empreendimento. Aprova a viabilidade ambiental do empreendimento, não autorizando o início das obras. • Licença Instalação (LI) - Licença que aprova os projetos. É a licença que autoriza o início da obra/empreendimento. É concedida depois de atendidas as condições da Licença Prévia. • Licença de Operação (LO) - Licença que autoriza o início do funcionamento do empreendimento/obra. É concedida depois de atendidas as condições da Licença de Instalação Após a obtenção de todas essas licenças acima elencadas, e durante a elaboração de um orçamento para execução da obra é destinado 0,5% (zero vírgula cinco por cento) para compensação ambiental, que parece pouco, mais em uma obra orçada em R$ 80.000.000,00 (oitenta milhões de reais) esse valor fica em R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais), destinado a repor as áreas destruídas durante a execução da obra, tais como, a derrubada de árvores, o assoramento das margens dos rios, entre outros, Conforme acima exposto, a Política Nacional de Meio Ambiente possui sete objetivos. Como não poderia ser de outra forma, o primeiro objetivo trata do maior dilema ambiental do planeta: “compatibilizar desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico”. É claro que uma lei não tem o poder de encontrar as soluções para este problema, mas pode indicar caminhos e fundamentar discussões sobre quais são as questões mais importantes e as ferramentas disponíveis para alcançar o mínimo de equilíbrio ambiental. Em segundo lugar a PNMA propõe “definir as áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios”. Este objetivo complementa o primeiro e já prepara o terreno para identificar as prioridades que devem ser abordadas pelos governos nos níveis federal, estadual e municipal. O terceiro objetivo, “estabelecer critérios e padrões de qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais”, é extremamente normativo e visa criar regras claras sobre a interação do homem com o meio ambiente. Os padrões de que trata este objetivo são os índices máximos permitidos de emissão de poluentes e/ou contaminantes no solo, na água e no ar e fazem parte dos instrumentos da PNMA. Na sequência, a Política Nacional de Meio Ambiente objetiva “desenvolver pesquisas e tecnologias nacionais orientadas para o uso racional de recursos ambientais”. Este tópico representa a inserção do conhecimento científico na busca de soluções para antigos problemas e para os novos desafios decorrentes dos impactos ambientais gerados pelos avanços tecnológicos. O governo pode e deve ser um grande indutor das pesquisas que visem prevenir, mitigar e evitar a degradação insustentável dosrecursos ambientais. O quinto objetivo pode ser dividido em três partes complementares e interdependentes. primeiramente “a difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente” é a replicação de modelos acertados de convivência mais harmônica entre o homem e o meio. A outra parte é a “divulgação de dados e informações ambientais”, passo imprescindível para assegurar a multiplicação desses modelos. Por fim, a PNMA tem a finalidade de proporcionar a “formação de uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico”, ou seja, educação ambiental de forma constante e universal. O passo seguinte da PNMA visa “preservar e restaurar os recursos ambientais com vistas à sua utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida'. Aqui entra a obrigação do estado em garantir o cumprimento do Art. 225 da Constituição Federal que estabelece que “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.” Para fazer cumprir a Lei, a PNMA estabeleceu como último objetivo “impor, ao poluidor e ao predador, a obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos.” Com este objetivo, a Lei 6.938 estabeleceu que todos os poluidores, independentemente de culpa, devem reparar os danos causados ao meio ambiente. Assim, mesmo que a degradação ambiental seja fruto de um acidente ou do desconhecimento de práticas preservacionistas, a Lei impõe a obrigação da recuperação ambiental. ETAPA Nº 3 – SANEAMENTO AMBIENTAL O crescimento econômico caracterizado pela intensa exploração dos recursos naturais, afeta severamente as capacidades de regeneração e absorção desses recursos. Tem ocorrido o processo de “reinvestimento” do capital natural, que significa o esgotamento de recursos naturais não renováveis, o uso inadequado de recursos naturais renováveis – como energia e água - e impactos ambientais de todo tipo (poluição, doenças, dentre outros.). A geração de produtos e serviços mostrada nas estatísticas de desenvolvimento, leva a avaliação equivocada de riqueza social, a qual ignora os custos ambientais embutidos nas grandezas de produção econômica. Por exemplo, quanto mais rápido uma cidade derrubar sua floresta, esgotar seus aquiferos, explorar seu banco pesqueiro e exaurir seu depósito mineral, tanto mais elevados parecerão seu produto bruto e sua renda municipal, e tão mais positivamente se considera que a economia local esteja se desenvolvendo. Entretanto, o aumento econômico representa um custo real, físico, tendo em vista que decorre do uso sempre crescente da natureza, tornado possível tanto pela extração de matéria e de recursos naturais, quanto pelo uso da energia. As ciências sociais, especialmente a economia em sua visão tradicional, não consideram as interações que existem entre os alicerces ecológicos e as atividades de “produzir” e “consumir”, que representam a essência de qualquer sistema econômico. Uma visão distinta da ciência econômica tradicional está sendo denominada economia ecológica (ou eco-economia), uma abordagem multidisciplinar que leva em conta princípios e leis da natureza, e que constitui uma ciência de fato, para entendimento e gestão da Sustentabilidade . A economia ecológica baseia-se no princípio de que devem ser praticadas na economia regras que conduzam a uma máxima eficiência e a um mínimo de perdas nas transformações produtivas, entendendo também que a economia está sujeita ao princípio de Balanço de Matéria e Energia que estabelece que tudo que é retirado do meio ambiente retorna ao mesmo, seja como produto para consumo ou seja como dejeto . No conceito de saneamento ambiental encontram-se elementos complexos, em uma estrutura envolta no sentido de complexidade que os teóricos alardeiam. Estruturas complexas não admitem soluções de afogadilho; muito menos deixam impunes as soluções impensadas, ou mal planejadas, particularmente aqueles que não vêm o ambiente como um todo. Compreender o saneamento ambiental não será possível, se o fizermos apenas observando partes. Não é somente água ou esgoto ou resíduos sólidos ou drenagem: é tudo isso. E muito mais: é saúde, tributação, orçamento, economia, mercado imobiliário, dignidade humana, opções políticas, controle social, enfim, uma multidão de problemas, em si mesmo já complexos que, após unidos por uma teia de fluxos e contra fluxos de relacionamentos, criam já uma ambiência hiper complexa. Sendo uma condição inerente, não há que se falar em prazo. O dever de planejar nasce com o próprio nascimento do saneamento. Acima de todo o exposto, entendemos que são necessários esforços em todos os níveis de governo, com a participação dos diversos segmentos da sociedade, para eliminar superposições de atribuições e competências. Várias são as formas de interação possíveis para um planejamento, controle ambiental de um modo aceitável. O homem começa a se sentir impotente diante das grandes catástrofes que vem acontecendo, sabem que a maioria dos casos é uma resposta as agressões contínuas que vem sofrendo durante séculos. É ciente o homem que o Saneamento ambiental é uma questão emergencial se quiser salvar a terra, porém tudo o que se faz parece insuficiente diante do tamanho do caos que existe a nossa volta. Nas grandes metrópoles as pessoas cada vez mais se aglomeram em vilas e bairros, vindas em geral da zona rural em busca de melhores condições de vida, porém o que encontram é bem diferente do esperado, a vida na cidade não é tão bela quanto parece. ETAPA Nº 4 – PLANEJAMENTO AMBIENTAL “Planejamento”, segundo o dicionário virtual Aurélio – Século XXI (versão 3.1), é o “processo que leva ao estabelecimento de um conjunto coordenado de ações (pelo governo, pela direção de uma empresa, etc.) visando à consecução de determinados objetivos”, ou ainda, “trabalho de preparação para qualquer empreendimento, segundo roteiro e métodos determinados; planificação.”. Assim, podemos então, definir o “planejamento ambiental” como a planificação de ações com vistas a recuperar, preservar, controlar e conservar o meio ambiente natural de determinada região. Incluindo-se parques, unidades de conservação, cidades, regiões, etc. Definição esta, que pode englobar também o planejamento ambiental empresarial, feito por empresas e outras organizações como tentativa de buscar melhorias ambientais. Mas o planejamento ambiental como política pública envolve um pouco mais de questões como o levantamento de dados sobre a região para a qual se pretende fazer o planejamento e, a mais complicada: a análise integrada das diversas variáveis envolvidas. Segundo R. F. Santos, em seu livro “Planejamento Ambiental: Teoria e Prática”, o planejamento ambiental pode ser definido como o “planejamento de uma região, visando integrar informações, diagnosticar ambientes, prever ações e normatizar seu uso através de uma linha ética de desenvolvimento”. Ou seja, o planejamento ambiental como política pública, mais do que uma simples planificação de ações, envolve um estudo detalhado e preciso do meio físico, biótico e sócio-econômico da região. É aí que entra o Zoneamento Ecológico – Econômico (ZEE) como subsídio ao planejamento ambiental. O ZEE contribui para tornar o planejamento mais eficaz uma vez que estabelece quais os usos mais adequados para cada localidade de acordo com suas características e capacidade suporte. Ajudando inclusive, na definição de áreas prioritárias ao planejamento ambiental. O saneamento é de responsabilidade do município. No entanto, em virtudedos custos envolvidos, algumas das principais obras sempre foram administradas por órgãos estaduais ou federais e quase sempre restritas a soluções para o problema como enchentes. O esgotamento sanitário requer não só a implantação de uma rede de coleta, mas também um adequado sistema de tratamento e disposição final. Alternativas de coleta mais baratas que as convencionais vêm sendo implementadas em algumas cidades brasileiras, como o sistema condominial. Quanto ao tratamento, há várias opções atualmente disponíveis que devem ser avaliadas segundo critérios de viabilidade técnica e econômica, além de adequação às características topográficas e ambientais da região. Dependendo das necessidades locais, o tratamento pode se resumir aos estágios preliminar, primário e secundário. No entanto, quando o lançamento dos efluentes tratados se der em corpos d’água importantes para a população, seja porque deles se capta a água para o consumo, seja porque são espaços de lazer, recomenda-se também o tratamento terciário seguido de desinfecção, via cloração das águas residuais. O tratamento preliminar se dá por meio de grades e caixas de areia, visando à retenção dos sólidos em suspensão (galhos e demais materiais mais grosseiros, como terra, areia e gordura decantáveis) que deve ser posteriormente conduzido para aterros sanitários. O tratamento primário é a decantação simples por meio da ação da força da gravidade ou por precipitação química, o que requer o uso de equipamentos. Nesse estágio é gerado o lodo primário que deve ser manuseado com cuidado e tratado por processos de secagem ou incineração antes da sua disposição no solo. No tratamento secundário são removidos os sólidos finos suspensos que não decantam, e são digeridos por bactérias. Investir no saneamento do município melhora a qualidade de vida da população, bem como a proteção ao meio ambiente urbano. Combinado com políticas de saúde e habitação, o saneamento ambiental diminui a incidência de doenças e internações hospitalares. Por evitar comprometer os recursos hídricos disponíveis na região, o saneamento ambiental garante o abastecimento e a qualidade da água. Além disso, melhorando a qualidade ambiental, o município torna-se atrativo para investimentos externos, podendo inclusive desenvolver sua vocação turística. Nas obras de instalação da rede de coleta de esgotos poderão ser empregados os moradores locais, gerando emprego e renda para a população beneficiada, que também pode colaborar na manutenção e operação dos equipamentos. Conduzido pela administração pública municipal, o saneamento ambiental é uma excelente oportunidade para desenvolver instrumentos de educação sanitária e ambiental, o que aumenta sua eficácia e eficiência. Por meio da participação popular ampliam-se os mecanismos de controle externo da administração pública, concorrendo também para a garantia da continuidade na prestação dos serviços e para o exercício da cidadania. Apesar de requerer investimentos para as obras iniciais, as empresas de saneamento municipais são financiadas pela cobrança de tarifas (água e esgoto) o que garante a amortização das dívidas contraídas e a sustentabilidade a médio prazo. Como a cobrança é realizada em função do consumo (o total de esgoto produzido por domicílio é calculado em função do consumo de água), os administradores públicos podem implementar políticas educativas de economia em épocas de escassez de água e praticar uma cobrança justa e escalonada. Percebe-se, ainda, a prevalência de habitantes rurais e o sentido de cooperação entre as famílias, porém o diagnóstico sócio-econômico sugeriu perda da qualidade de vida visto que o saneamento básico é precário, há problemas de atendimento emergencial à saúde pela dependência a hospitais próximos e falta de assistência ao idoso e ao deficiente; a educação não viabiliza a permanência das populações jovens no município e o mercado de trabalho não apresenta atrativos para manutenção da mão-de-obra, o que leva ao sentimento de desesperança manifestado por vários entrevistados, colaborando, inclusive, com a diminuição da população local. Apesar da aparente perda econômica ilustrada pelo desalento da população local, o isolamento do município possibilitou a preservação da cultura de seus habitantes. Por outro lado, o desinteresse dos órgãos públicos quanto a melhoria da educação, interfere na manutenção das populações jovens, que saem em busca de oportunidades em outras áreas do Estado. A falta de melhores orientações e ações públicas para execução de ações que garantam à população saneamento básico e saúde, tem reflexos sobre sua qualidade de vida, fazendo-se necessário a urgente decisão municipal no sentido de suprir essa deficiência, através da seleção de programas e projetos que atendam a demanda, gerando emprego e renda, e preservando o meio ambiente sob a ótica do desenvolvimento sustentável. Ao ficar fora do eixo das atividades econômicas do Estado, o município preserva sua cultura, expressando o amor através da cooperação existente entre seus habitantes. Esse fato coloca o município com vantagem em relação aos demais, tornando-se polo de atração para migrantes de outras regiões, o que impõem a necessidade da implantação urgente de projetos que visem o desenvolvimento sustentável, para adequação e preservação da qualidade de vida de sua população. Através da cooperação, os habitantes organizados, poderão atuar de forma participativa, selecionando as necessidades e o elenco das ações prioritárias a melhoria da qualidade de vida. O sistema capitalista é excludente, e nesse sentido Marx foi profético, pois suas análises apontaram para um possível desemprego estrutural, confirmado hoje pela exclusão de grande contingente populacional que não acompanha as inovações tecnológicas, ficando fora das exigências impostas pelo mercado de trabalho em todo mundo. Marx também sugere que a única forma de superação da crise se daria pela socialização do capital. O desenvolvimento sustentável aponta nesse sentido, ou seja, da participação, onde todos cooperem e respeitem-se, incluindo aí o meio ambiente, para garantia da sobrevivência humana na sociedade como um todo. Essa preocupação, tão bem trabalhada por Malthus, está se concretizando a medida que aponta, não para as diferentes progressões entre número de habitantes e produção agrícola como em sua época, mas para o apartheid social que surge, pela falta de oportunidades e pela degradação do meio ambiente e a conseqüente queda da produção agrícola, decorrendo daí a fome e perda da qualidade de vida, apesar de todo conhecimento técnico e científico existente, colocado à disposição dos que podem pagar por seu uso. A prática de projetos que visem o desenvolvimento sustentável, diminuirá a mobilidade da mão-de-obra `a outras regiões, promovendo seu retorno ou manutenção, em vez de se tornar polo de atração de populações miseráveis que se instalam nas bordas dos municípios, pela falta de oportunidade de trabalho em outras áreas do Estado. Projetos de inserção desses habitantes não poderão ser esquecidos para que não se formem os bolsões de pobreza, tão comuns nas periferias das grandes cidades, e que são o maior indicativo do apartheid social que fazemos o possível para desconsiderar, numa atitude alienada, bem expressiva do mundo de exclusões e sem amor que vivemos. Rancho Queimado poderá se tornar baliza estadual provando que sua população, organizada supera os problemas econômicos, podendo valorizar o meio ambiente por meio de ações que promovam o desenvolvimento sustentável, tornando-se atrativos à população e a novos projetos. Saneamento é o conjunto de medidas, visando a preservar ou modificar as condições do meio ambiente com a finalidade de prevenir doenças e promover a saúde. Saneamento básico se restringe ao abastecimento de água e disposiçãode esgotos, mas há quem inclua o lixo nesta categoria. Outras atividades de saneamento são: controle de animais e insetos, saneamento de alimentos, escolas, locais de trabalho e de lazer e habitações. Normalmente qualquer atividade de saneamento tem os seguintes objetivos: controle e prevenção de doenças, melhoria da qualidade de vida da população, melhorar a produtividade do indivíduo e facilitar a atividade econômica. Para que ocorra um planejamento ambiental voltado ao saneamento básico de um múnicípio são necessários algumas ações governamentais, as quais citamos abaixo: A água própria para o consumo humano chama-se água potável. Para ser considerada como tal ela deve obedecer a padrões de potabilidade. Se ela tem substâncias que modificam estes padrões ela é considerada poluída. As substâncias que indicam poluição por matéria orgânica são: compostos nitrogenados, oxigênio consumido e cloretos. Para o abastecimento de água, a melhor saída é a solução coletiva, excetuando-se comunidades rurais muito afastadas. As partes do Sistema Público de Água são: Manancial Captação Adução Tratamento Reservação Reservatório de montante ou de jusante Distribuição As redes de abastecimento funcionam sob o princípio dos vasos comunicantes. A água necessita de tratamento para se adequar ao consumo. Mas todos os métodos têm suas limitações, por isso não é possível tratar água de esgoto para torná-la potável. Os métodos vão desde a simples fervura até correção de dureza e corrosão. As estações de tratamento se utilizam de várias fases de decantação e filtração, além de cloração. Despejos são compostos de materiais rejeitados ou eliminados devido à atividade normal de uma comunidade. O sistema de esgotos existe para afastar a possibilidade de contato de despejos, esgoto e dejetos humanos com a população, águas de abastecimento, vetores de doenças e alimentos. O sistema de esgotos ajuda a reduzir despesas com o tratamento tanto da água de abastecimento quanto das doenças provocadas pelo contato humano com os dejetos, além de controlar a poluição das praias. O esgoto (também chamado de águas servidas) pode ser de vários tipos: sanitário (água usada para fins higiênicos e industriais), sépticos (em fase de putrefação), pluviais (águas pluviais), combinado (sanitário + pluvial), cru (sem tratamento), fresco (recente, ainda com oxigênio livre). Existem soluções para a retirada do esgoto e dos dejetos, havendo ou não água encanada. Existem três tipos de sistemas de esgotos : Sistema unitário: é a coleta do esgotos pluviais, domésticos e industriais em um único coletor. Tem custo de implantação elevado, assim como o tratamento também é caro. Sistema separador: o esgoto doméstico e industrial ficam separados do esgoto pluvial. É o usado no Brasil. O custo de implantação é menor, pois as águas pluviais não são tão prejudiciais quanto o esgoto doméstico, que tem prioridade por necessitar tratamento. Assim como o esgoto industrial nem sempre pode se juntar ao esgoto sanitário sem tratamento especial prévio. Sistema misto: a rede recebe o esgoto sanitário e uma parte de águas pluviais. A contribuição domiciliar para o esgoto está diretamente relacionada com o consumo de água. As diferenças entre água e esgoto é a quantidade de microorganismos no último, que é tremendamente maior. O esgoto não precisa ser tratado, depende das condições locais, desde que estas permitam a oxidação. Quando isso não é possível, ele é tratado em uma Estação de Tratamento. Também existe o processo das lagoas de oxidação. O lixo é o conjunto de resíduos sólidos resultantes da atividade humana. Ele é constituído de substâncias putrescíveis, combustíveis e incombustíveis. O problema do lixo tem objetivo comum a outras medidas, mais uma de ordem psicológica: o efeito da limpeza da comunidade sobre o povo. O lixo tem que ser bem acondicionado para facilitar sua remoção. Às vezes, a parte orgânica do lixo é triturada e jogada na rede de esgoto. Se isso facilita a remoção do lixo e sua possível coleta seletiva, também representa mais uma carga para o sistema de esgotos. Enquanto a parte inorgânica do lixo vai para a possível reciclagem, a orgânica pode ir para a alimentação dos porcos. O sistema de coleta tem que ter periodicidade regular, intervalos curtos, e a coleta noturna ainda é a melhor, apesar dos ruídos. O lixo pode ser lançado em rios, mares ou a céu aberto, enterrado, ir para um aterro sanitário (o mais indicado) ou incinerado. Também pode ter suas graxas e gorduras recuperadas, ser fermentado ou passar pelo processo Indore. Existem mais de 100 doenças, entre as quais cólera, amebíase, vários tipos de diarréia, peste bubônica, lepra, meningite, pólio, herpes, sarampo, hepatite, febre amarela, gripe, malária, leptospirose, Ebola, etc. A análise sob a ótica do desenvolvimento sustentável levou a concluir que os modelos de desenvolvimento não poderão se limitar apenas à manutenção do sistema capitalista, pois suas características intrínsecas são por si excludentes, mas, da necessidade de se estabelecer novas formas de desenvolvimento baseadas em outras composições, com outros padrões de inserção menos degradáveis e que favoreçam a melhoria da qualidade de vida das populações, que não devem ser excluídas pela falta de opções. CONCLUSÃO A questão ambiental está em constante processo de evolução no Brasil. Por ser um tema relativamente novo, muito pode ser discutido e estudado, pois sua prática ainda está em fase de regularização. A leitura do trabalho permite o leitor se interar, de maneira sintetizada, da atual situação em que ambiental se encontra no Brasil. A educação é sem dúvida um grande mecanismo para se buscar uma maior preservação do meio ambiente. Os indivíduos tratam o meio ambiente conforme o valor e o significado que este tem para eles”. Dessa forma, quanto mais um país investe em educação, maior será a conscientização de sua população sobre a necessidade de preservar o meio ambiente e, consequentemente, mais capacidade ela terá de exigir ações do Governo. Sendo assim, através da disseminação do conhecimento, a produção de trabalhos pode fazer com que cada vez mais se caminhe no sentido de buscar um desenvolvimento sustentável. O trabalho serve também de referência para realização de novas pesquisas nesse campo. Por não ser um tema fechado à Administração, ele permite que pesquisadores de outras áreas possam acrescentar conhecimentos inerentes à sua ciência. No caso de pesquisadores de administração, espera-se que o trabalho os auxiliem na formulação de novos problemas e proposição de soluções REFERÊNCIAS http://www.infoescola.com/meio-ambiente/politica-nacional/ www.saneamentobasico.com.br www.sabesp.com.br www.caesb.df.gov.br http://www.seminariodesaneamento.com.br/seminario.asp?secao=artigos&id= http://ambientes.ambientebrasil.com.br/saneamento/definicoes/saneamento_ambie ntal.html1 www.meioambiente.biz www.infoescola.com.br COELHO, Marcos Amorim. Geografia geral: o espaço natural e sócio-econômico. 3. ed. São Paulo: Moderna, 1992. 320p. MOREIRA, Igor. O espaço geográfico: geografia geral e do Brasil. 41. ed. São Paulo: Ática, 1998. 488 p.
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