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Resenha 3

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Introdução 
Este trabalho foi baseado nas obras “Como a Antropologia pode contribuir para a pesquisa jurídica? Um desafio metodológico.” de Roberto Kant de Lima e Bárbara Gomes Lupetti Baptista e a obra “O ofício do antropólogo, ou como desvendar evidências simbólicas.” de Luís R. Cardoso de Oliveira. 
Os principais objetivos desses artigos é apresenta a importância da aplicação e implementação do método de estudo e pesquisa encontrados na Antropologia para promover o avanço e melhora na formação, execução, teorização e análise das diversas jurisdições vigentes no âmbito onde o Direto está inserido, além de ressalta a importância do processo de investigação feito pelos antropólogos.
Ao analisar as obras é possível compreender os métodos usados para a formulação de teorias sobre a diversidade de culturas, sociedades, hábitos, crenças, dentre outras formas de manifestações e relações que o ser humano cria e desenvolve. Neste prisma, este texto pretende expor a importância de uma implementação mais efetiva dos métodos de estudo da antropologia no âmbito do Direito, além de refletir de maneira empírica sobre os efeitos sólidos que essa ação terá no modo que enxergamos e estudamos as esferas do Direito.
Sobre a obra “Como a Antropologia pode contribuir para a pesquisa jurídica? Um desafio metodológico.”
Escrito por Roberto Kant de Lima e Bárbara Gomes Lupetti Baptista e publicado no ANUÁRIO ANTROPOLÓGICO em 2014 o artigo destaca a metodologia própria da antropologia e sua notabilidade para o desenvolvimento do Direto, criticando a dificuldade da implementação do dessa metodologia e os métodos dogmáticos que se mostram insuficientes para atender e compreender a realidade dos problemas dinâmicos encontrados no campo jurídico contemporâneo. Escrito de modo dissertativo-argumentativo o artigo apresenta argumentos idôneos e citações de estudioso importantes para o mundo acadêmico, traçando uma nova perspectiva sobre o problema e apresentando reflexões valiosas para alcançamos uma maior compreensão sobre o contexto e a dimensão do problema.
Sobre a obra “O ofício do antropólogo, ou como desvendar evidências simbólicas.” 
Escrito por Luís R. Cardoso de Oliveira o artigo foi publicado em 2018 no ANUÁRIO ANTROPOLÓGICO. O artigo traz a discussão sobre o oficio do antropólogo dentro e fora do campo acadêmico explorando a ideia do contraintuitivo na formação e criação de fontes e provas empíricas valorizadas na sociedade acadêmica cientifica, porém, de certa forma ainda desprezadas em algumas esferas do Direito.
Analise crítica do tema
É explícito na sociedade contemporânea a quantidade de problemas e crises que os sistemas judiciários vêm enfrentando e o quanto isso impacta negativamente o modo de vida das pessoas. De acordo com as obras estudadas, um dos fatores que geram esta situação é a dogmática e formalidade apresentada a nós como o caminho mais assertivo para a resolução de problemas complexos e construção de teorias no contexto do estudo dos orbes do Direito. Na conjuntura universitária acadêmica, os métodos utilizados nos estudos da antropologia se mostram bastantes eficazes no sentido de se obter uma maior compreensão da realidade, que muitas vezes, se diversifica e difere das previstas nas normas dogmáticas atuais. 
Partindo da analise solida do desenvolvimento do sistema judiciário vigente em comparação com a realidade da sociedade, percebesse que é necessária uma intervenção de outros campos de estudo, como a antropologia, para melhor desenvolver o seu sistema normativo, como dito no artigo de Roberto Lima e Bárbara Baptista “o Direito não pode ser estudado de forma dissociada do seu campo social de atuação porque ele é parte integrante desse espaço, constituindo-se no aspecto normativo de cada sociedade (Geertz, 1998).”, deste modo é justificável a “pressão” que os profissionais e cientistas do Direto vêm recebendo para incorpora a ótica que os estudos antropólogos manifestam no seu âmbito.
No artigo de Luís R. é destacado que uma marca forte da antropologia é a pratica do trabalho de campo, isto é, vive em período de tempo com uma comunidade ou sociedade e estuda-la. Neste prisma, vemos uns dos contrates entre os métodos de pesquisa da Antropologia e do Direito sendo esse, segundo o artigo de Roberto Lima e Bárbara Baptista, uma das principais causas da resistência em incorpora as vias da antropologia no Direito. Nessa lógica os textos se complementam no sentido que ambos não só expõem a importância do trabalho de campo mais também ressaltam sua notabilidade para a elaboração de argumentos e evidencias empíricas que podem construí bases teóricas mais sistemáticas, fundamentadas e racionais em pesquisas tanto no próprio ramo da Antropologia quando em outras áreas de estudo, destacando o contexto de pesquisa e formulação de normas, leis, sistemas, dentre outros panoramas do dentro e fora do plano acadêmico presente no âmbito do Direito.
	Resenha crítica sobre: Aportes antropológicos ao direito
	
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