Prova antropologia 3 Bimestre

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1-a) A cultura de cada grupo desrespeito não só apenas o modo com que cada individuo vai se portar em seu grupo, mas também qual vai ser sua interpretação de determinadas situações, é a cultura que determina o significado de cada objeto ou ação. Quando duas culturas diferentes por algum motivo se juntam conseguimos observar uma mistura de ideais de cada uma delas, esta mistura de culturas diferentes pode ser entendida como um processo aculturativo, aonde dois grupos diferentes, pelo simples contato natural ou de forma forçada, entram em contato e matem relação um com o outro, diante deste contato pode acontecer mudanças de hábitos e valores dos dois grupos, esta incorporação de padrões pode ser feita, como exemplo do texto acima de forma interétnica, aonde dois grupos totalmente diferentes mantem relações, esta aproximação de grupos diferentes pode dar resultados tanto positivos quanto negativos.
2-b) Como o texto descreve os nativos da ilha se apropriaram das ideias dos soldados e deram aos objetos e ações interpretações próprias de sua cultura, como observamos são dois grupos com culturas diferentes, cada um possui valores e formas de interpretar as coisas de modo próprio de seu grupo, que devem ser vistos como particular dele, ao analisar o texto acima devemos entender que tanto a cultura dos nativos quando a dos soldados devem ser avaliadas dentro de seu contexto respeitando os significados de tais ações, para ambos os grupos, este relativismo cultural possibilita compreender culturas diferentes e da autonomia para cada grupo construir sua própria cultura sem julgamento e juízo de valor. O relativismo cultural busca acabar com o etnocentrismo, nesta observação que eventualmente vem sendo feita de uma cultura diferente, devemos deixar de lado nosso próprio juízo de valor, diferente do etnocentrismo, e não determinar qual é a cultura superior e qual é a inferior, pois cada um delas é significante em contexto próprio e é conveniente para seu grupo.
3- Malinowski decide primeiramente sair de seu ambiente e participar da vida dos nativos, pois é só participando do dia a dia deste grupo e vivenciando suas experiências que ele vai conseguir entender cada ato da vida deles, e o mais importante, quais eram os significados destes atos. O antropólogo também, diferente dos anteriores não se preocupava em entender a evolução de cada grupo, mas como eles funcionavam no momento da pesquisa, e isto era muito importante, em sua pesquisa conseguiu entender a importância da magia para aquele grupo e o motivo para seu uso. Uma das grandes diferenças de sua pesquisa das demais era o tempo que ele tinha ficado pesquisando o mesmo grupo, cada vez mais buscando aproximação e confiança dos nativos, uma das vantagens de ficar tanto tempo foi aprender o idioma deste grupo, e todos os dias anotar sua experiência em seu diário de campo, que possibilitou maior aproximação, facilidade na comunicação e com isto ele tinha liberdade de tirar fotos de momentos importantes para o grupo. Ele pode também observar grandes “eventos” que aconteciam, como a Kula, que em um primeiro momento para ele apenas significava a troca de objetos, mas que depois ele pode perceber o grande significado que este “evento” tinha para o grupo, mais do que apenas uma troca, era o modo de conhecer novas culturas, saber o significado e a história por traz destes objetos e determinar as regras desta sociedade e os laços de cada indivíduo. No começo de sua pesquisa teve limitações pelo fato de não estar tão próximo e não falar a língua dos nativos, mas devido ao seu novo método ele consegui realmente definir o que era o estudo das culturas e fez surgir um novo modo de se fazer antropologia.