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1 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica Apontamentos de Direito Eleitoral Atualizado até janeiro/2022 Conceitos, Fontes e Princípios: O processo eleitoral inicia-se em um ato denominado convenção partidária e encerra-se em uma ato denominado diplomação. A finalidade do processo eleitoral é garantir a lisura das eleições. A competência legislativa para produção de normas de Direito Eleitoral pertence à União (art. 22, I da CF/88). Fontes Primárias ou Diretas Fontes Secundárias ou Indiretas - Constituição Federal - Lei Complementar 64 - Código Eleitoral - Lei 9.504/97 - Lei 9.096/95 - Resolução do TSE - Doutrina - Jurisprudência - Resposta a consultas. A perda dos direitos políticos se diferencia da suspensão. A perda tem caráter definitivo e a suspensão temporário. Soberania Popular: confere ao povo poder absoluto de determinar os caminhos do pais. Será exercido, em regra, de maneira indireta, ou seja, através de representantes escolhidos pelos cidadãos – é a denominada democracia indireta. Sufrágio Universal: o voto é universal é acessível a todos que preencham os requisitos constitucionais para serem considerados cidadãos e não estejam com seus direitos político suspensos. Princípios P. Pluralismos Político – o Estado Brasileiro admite e aceita todas as modalidades de ideologias e linhas de pensamento político. P. da Legalidade – a lei é de observância obrigatória para que qualquer ato eleitoral detenha condição de validade. P. da Celeridade – busca-se que todos os atos sejam realizados de forma célere. P. da Anualidade – o art. 16 da CF prescreve que “ a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data da sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência” P. da Preclusão – este princípio faz considerar que todos os prazos, exceto aqueles de cunho constitucional, são preclusivos, ou seja, há a perda do direito ao ato pelo seu não exercício no momento correto. 2 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica Organização Judiciária Eleitoral: Tribunal Superior Eleitoral Sede Capital da República e Jurisdição em todo o país Composição - 7 Ministros distribuídos da seguinte maneira: 3 advindos dentre os Ministros do STF 2 advindos do STJ 2 nomeados pelo PR, dentre 6 advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo STF O PR e VPR serão eleitos entre os 3 ministros do STF e o Corregedor Eleitoral, entre os 2 ministros do STJ, através de eleição, cujas disposições particulares serão estabelecidas no RI do TSE. São eleitos, também, substitutos, em número igual para cada categoria de ministros Mandato - 2 anos, no mínimo, com possibilidade de renovação por mais 2 anos. Tribunais Regionais Federais Composição 7 juízes (tb chamados de desembargadores) Sede Na capital de cada Estado Distribuição 2 juízes dentre os desembargadores do TJ 2 juízes dentre juízes de direito, escolhidos pelo TJ 1 juiz do TRF, com sede na capital do Estado ou no DF ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qq caso, pelo TRF respectivo Por nomeação, pelo PR, de 2 juízes dentre 6 advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo TJ O TRE elegerá seu PR e o VPR – dentre os desembargadores Juízes Eleitorais São magistrados da Justiça Estadual, designados pelo TRE para presidir as zonas eleitorais, menor fração territorial com jurisdição dentro de uma circunscrição judiciária eleitoral. Juntas Eleitorais Órgãos colegiados de primeira instância da Justiça Eleitoral Composição São compostas por 2 ou 4 membros, mais seu PR que é juiz de Direito, totalizando 3 a 5 membros. Os demais membros da JE, com exceção do PR, poderão ser leigos, sem formação jurídica. 3 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica Alistamento Eleitoral O alistamento eleitoral é compreendido pela qualificação e inscrição O alistamento está proibido para: os estrangeiros, de conscritos no serviço militar obrigatório e de pessoas que possuam algum das causas de perda ou suspensão dos direitos políticos. O alistamento será facultativo quando se tratar de: analfabetos, maiores de 16 e menores de 18 anos e maiores de 70 anos. Atenção: é proibido o alistamento no prazo de 150 dias antes das eleições. Resolução do TSE: Não estará sujeita a sanção a pessoa portadora de deficiência que torne impossível ou demasiadamente onerosos o cumprimento das obrigações eleitorais, relativas ao alistamento e ao exercício do voto. O eleitor que se encontrar fora do país, tem o alistamento facultativo, mas caso já alistado, o voto é obrigatório – nos termos do art. 6º do CE. No caso de brasileiro naturalizado, o alistamento deve ser realizado até 1 ano após a naturalização. Por outro lado, em se tratando de brasileiro nato, o alistamento deve ser feito até completar os 19 anos de idade. Sem a prova de que votou na última eleição, pagou a respectiva multa ou de que se justificou devidamente, não poderá o eleitor: I- inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, investir-se ou empossar-se neles; II - receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público, autárquico ou para estatal, bem como fundações governamentais, empresas, institutos e sociedades de qualquer natureza, mantidas ou subvencionadas pelo governo ou que exerçam serviço público delegado, correspondentes ao segundo mês subsequente ao da eleição; III - participar de concorrência pública ou administrativa da União, dos Estados, dos Territórios, do Distrito Federal ou dos Municípios, ou das respectivas autarquias; IV - obter empréstimos nas autarquias, sociedades de economia mista, caixas econômicas federais ou estaduais, nos institutos e caixas de previdência social, bem como em qualquer estabelecimento de crédito mantido pelo governo, ou de cuja administração este participe, e com essas entidades celebrar contratos; (Vide Medida Provisória nº 958, de 2020) V - obter passaporte ou carteira de identidade; VI - renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo; VII - praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de renda. Acerca do alistamento e voto: Proibidos - Estrangeiros - Conscritos 4 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica - Perda e Suspensão de Direitos Políticos Facultativos - Analfabetos - Maiores de 16 e menores de 18 anos - Maiores de 70 anos Obrigatórios - Alfabetizados, maiores de 18 e menores de 70 anos. Procedimento de Alistamento - O requerimento será feito em formulário específico, denominado RAE (Requerimento de Alistamento Eleitoral). - É possível o alistamento eleitoral com nome social e respectiva identidade de gênero. - O nome social e a identidade de gênero constarão do cadastro eleitoral em campos próprios, preservados os dados do registro civil. - O TSE não permite que o alistamento seja realizado com passaporte ou Carteira Nacional de Habilitação. - Mesmo recebendo logo o documento, o título eleitoral só produzirá efeitos após deferido pelo juiz eleitoral. - Uma vez preenchido o RAE, datado e assinado pelo alistando – o requerimento será concluso para despacho do juiz eleitoral no prazo de 48 horas. - Caso o juiz eleitoral tenha dúvidas sobre certos dados apresentados pelo alistando – pode converter o julgamento em diligências e determinar a apresentação de docs faltantes em 72 horas. - Caso o juiz eleitoral verifique que todos os requisitos para o alistamento estão presentes – deverá deferir o pedido. Caso isso ocorra, caberá recurso ao TRE – no prazo de 10 dias. A legitimidade para interpor o recurso pertence aos partidos políticos e ao MP Eleitoral. - Caso o juiz eleitoral verifique que não estão presentesos requisitos para o alistamento – deverá indeferir. Do indeferimento cabe recurso ao TRE, só que agora no prazo de 5 dias. A legitimidade para interpor o recurso é do próprio alistando e do MP Eleitoral. Domicílio Eleitoral Segundo o CE – o domicílio é o local de residência ou moradia do eleitor. O domicilio eleitoral fixa o local no qual o eleitor fará parte da vida política, ou seja votando, ou seja votado para cargo eletivo naquela localidade. O TSE tem entendido que basta um vínculo de natureza: profissional, patrimonial, afetivo ou político. Transferência Eleitoral É o ato pleiteado junto à JE para mudança de domicílio. O pedido de transferência deve ser apresentado ao Juízo do novo domicílio até o 151º dia anterior à realização da eleição. Título Eleitoral Segundo a Resolução 21.538 do TSE, o título eleitoral prova o alistamento eleitoral, bem como a quitação com as obrigações eleitorais até a data da emissão. Apesar da importância do título eleitoral, é possível a apresentação de documento com foto para que o eleitor possa votar. 5 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica Hipóteses de Cancelamento da Inscrição Eleitoral Art. 71. São causas de cancelamento: I - a infração dos artigos. 5º e 42; (não recepcionado pela CF) Obs: O alistamento e voto são vedados apenas:a) aos estrangeiros, b) aos conscritos no serviço militar obrigatório e c) aqueles que possuam alguma das causas de perda ou suspensão de direitos políticos. No que tange ao art 42 ( é necessária a existência de vínculo de natureza profissional, patrimonial, afetiva e política). II - a suspensão ou perda dos direitos políticos; III - a pluralidade de inscrição; IV - o falecimento do eleitor; V - deixar de votar em 3 (três) eleições consecutivas. Sobre pluralidade de inscrições – Como resolver? Juiz Eleitoral Inscrições em pluralidade na mesma zona Corregedoria Regional Eleitoral Inscrições em pluralidade em zonas diferentes do mesmo Estado Corregedoria Geral Eleitoral Inscrições em pluralidade em estados diferentes. Atenção: A competência para decisão em processo criminal que apure o crime cometido pelo fato da existência de mais de uma inscrição será sempre do Juiz da zona eleitoral da inscrição mais recente. Sobre deixar de votar em 3 eleições consecutivas É causa de cancelamento de inscrição deixar o eleitor de votar em 3 eleições consecutivas. Para que ocorra o cancelamento: é necessário que após a última eleição – na qual não se cumpriu a obrigação eleitoral- aguarda-se, ainda, 6 meses para o cancelamento (período no qual o eleitor poderá pagar a multa devida ou justificar). Art. 7º,§3º do CE: Realizado o alistamento eleitoral pelo processo eletrônico de dados, será cancelada a inscrição do eleitor que não votar em 3 (três) eleições consecutivas, não pagar a multa ou não se justificar no prazo de 6 (seis) meses, a contar da data da última eleição a que deveria ter comparecido. A justificativa poderá ser realizada no dia da eleição, ou no prazo de 60 dias após a eleição, ou ainda em 30 dias do retorno do eleitor. 6 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica Obs: A multa por ausência de comparecimento à votação poderá ser dispensada, caso o eleitor comprove carência de recursos. Processo Individual de cancelamento de inscrição eleitoral - Para que haja o cancelamento de inscrição eleitoral é necessário que seja instaurado o processo individual de cancelamento. É chamado de individual, pois para cada inscrição que deva ser cancelada, um processo deve ser instaurado. - Poderá ser instaurado de ofício ou a pedido: pelo MP Eleitoral, requerimento de partido político ou por qq eleitor. - Uma vez instaurado o processo, vai haver publicação de um edital – com prazo de 10 dias, para que seja apresentada a defesa – no prazo de 5 dias. Vale ressaltar que a defesa poderá ser apresentada pelo: próprio excluendo, por partido político e por qq eleitor. - Em sendo necessário, poderá ocorrer dilação probatória em um prazo que varia de 5 e 10 dias. A decisão deverá ser prolatada no prazo de 5 dias. - Enquanto não for prolatada a decisão, o eleitor poderá votar validamente. - Da decisão prolatada cabe recurso ao TRE, no prazo de 3 dias, que não possui efeito suspensivo. Revisão do Eleitorado - O art. 71 do CE estabelece situações em que a inscrição eleitoral necessita ser cancelada. No entanto, o cancelamento dessas inscrições, como visto, é individual. - Em algumas situações, verifica-se a existência de fraude, o que deve ser apurado através de inspeção ou de correição no cartório eleitoral. - Quando for o caso de fraude comprometedora, deve-se realizar a revisão do eleitorado. A revisão do eleitorado é um procedimento previsto em lei, que visa o cancelamento de todas as inscrições envolvidas em fraude. Trata-se de um processo coletivo de cancelamento de inscrição eleitoral. - Uma fraude comprometedora é aquele que por sua intensidade poderá acarretar a ilegitimidade das eleições, em virtude de um grande número de eleitores inscritos indevidamente em certa localidade. Por conta disso, o mandato eletivo representativo daquele local poderá ser decidido por pessoas que lá não possuam qq vínculo. 7 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica - Não será realizada a revisão do eleitorado em ano de eleição, a não ser por hipóteses excepcionais que a justifiquem. - A revisão do eleitorado deverá ocorrer dentro do prazo estabelecido pela JE, que não pode ser inferior a 30 dias. - A revisão será publicada através de edital, rádio e televisão – se possível – com antecedência mínima de 5 dias. O edital deverá informar o prazo da revisão, qual o seu período e qual a área abrangida. Deverá informar, principalmente, que o não comparecimento pessoal do eleitor, munido de pelo menos de documento de identificação com foto e comprovante de residência, acarretará o cancelamento de sua inscrição eleitoral. - A revisão do eleitorado pode ocorrer em duas hipóteses: um subjetiva e outra objetiva Hipótese Subjetiva Hipótese Objetiva - Ocorre qnd o TRE encontra fraude comprometedora e determinado cartório eleitoral que se estenda a uma zona ou município. Essa fraude comprometedora pode ser encontrada após a realização de inspeção ou correição, ou determinação do Corregedor Regional Eleitoral Art. 92. O Tribunal Superior Eleitoral, ao conduzir o processamento dos títulos eleitorais, determinará de ofício a revisão ou correição das Zonas Eleitorais sempre que: (motivos objetivos) I - o total de transferências de eleitores ocorridas no ano em curso seja dez por cento superior ao do ano anterior; II - o eleitorado for superior ao dobro da população entre dez e quinze anos, somada à de idade superior a setenta anos do território daquele Município; III - o eleitorado for superior a sessenta e cinco por cento da população projetada para aquele ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Obs: Nos casos objetivos citados, para que seja determinada a revisão é necessário que todas as hipóteses acima apontadas ocorram ao mesmo tempo. 8 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica Na hipótese objetiva de revisão, a determinação de sua realização será do TSE, enquanto na hipótese subjetiva (fraude comprometedora) – a competência é do TRE. - Ao final da revisão do eleitorado, deverá o juiz, com a fiscalização do MP, que emite, inclusive, parecer, prolatar decisão cancelando todas as inscrições que não foram revisadas na região abrangida pelo procedimento. Do cancelamento cabe recurso ao TRE no prazo de 3 dias. Revisão do Eleitorado é o procedimento realizado pela JE, que visa o cancelamento de inscrições eleitorais envolvidas em fraude, quando se trata de situação caracterizadora de fraude comprometedorae que, portanto, coloca em risco a própria legitimidade das eleições disputadas. Elegibilidade: Elegibilidade é o conjunto de requisitos necessários para o exercício da capacidade eleitoral passiva. Capacidade eleitoral ativa: possibilitar o cidadão de votar x Capacidade eleitoral passiva: possibilita o cidadão ser votado. Para se adquirir a capacidade eleitoral ativa, basta o alistamento eleitoral, que é o termo inicial da cidadania. Para o exercício da capacidade eleitoral passiva, faz-se necessário possuir os requisitos da elegibilidade. Hipóteses constitucionais de elegibilidade - Nacionalidade brasileira - Pleno exercício dos direitos políticos - Alistamento eleitoral - Domicílio eleitoral na circunscrição (6 meses antes das eleições) - Filiação Partidária (6 meses antes das eleições) - Idade mínima (data da posse – salvo quando se trata da idade de 18 anos, hipótese em que a base para verificação é o último dia para registro de candidatura) Para que ocorra a candidatura, é necessário que o cidadão tenha fixado domicílio eleitoral ou que, pelo menos, tenha requerido a transferência eleitoral 6 meses antes das eleições. Não se admite candidatura avulsa (aquela realizada sem a presença de partidos políticos). É necessário que a filiação partidária esteja deferida há pelo menos 6 meses, contados da data da eleição. A Lei 9.096/95, em seu art. 20, permite que o prazo de filiação para que possa concorrer a mandato eletivo seja ampliado pelo estatuto do partido político, mas jamais reduzido. 9 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica Situações Específicas - Os magistrados, os membros do MP e do TC estão proibidos pela CF de filiar-se a partido político. Como a eleição dos mesmos é permitida, tem-se aplicado o seguinte: tais membros necessitam afastar-se de seus cargos definitivamente para que possam concorrer a mandato eletivo. - Esse afastamento, se não realizado, resultará na inelegibilidade do cidadão ao pleito eleitoral. A lei estabelece prazo de 6 meses para afastamento dos cargos (salvo se o cidadão pretenda concorrer aos mandatos eletivos de prefeito e vice-prefeito – hipótese que o afastamento deverá ocorrer 4 meses antes do pleito. - Dessa forma, os magistrados, membros do MP e do TC só irão se filiar a partidos políticos qnd se afastarem definitivamente de seus cargos (não bastando o mero pedido de licença). E o afastamento definitivo de seus cargos deve ocorrer no prazo de desincompatibilização. - O art. 366 do CE proíbe que o servidor da JE se filie a partido político ou exerça qq atividade político-partidária. Assim, para que o servidor da JE possa concorrer a mandato eletivo, é necessário que se afaste definitivamente, para se filiar a partido político, no prazo de 6 meses antes da eleição, apesar do prazo de desincompatibilização de servidores públicos ser de 3 meses antes da eleição. Obs: não se aceita, pelo impedimento legal, que o afastamento seja temporário. - Situação dos militares: Segundo a CF/88, o militar que tenha menos de 10 anos de serviço é obrigado a afastar-se. Assim, o militar com menos de 10 anos de serviço de se afastar definitivamente antes da formalização do registro da candidatura, o que deve ser feito até o dia 15 de agosto do ano da eleição, desde que tenha sido aprovado na convenção partidária da agremiação a qual irá se filiar. - O militar com mais de 10 anos de serviço será agregado pela autoridade competente, passando à inatividade, automaticamente, com a diplomação, caso seja eleito. - No caso do militar: apesar de não estar filiado a partido político, o candidato concorrerá por uma agremiação partidária. A filiação partidária, nesses casos, só ocorrerá qnd o candidato eleito é diplomado e passa automaticamente à inatividade. Assim, em se tratando de militar com mais de 10 anos de serviço, a filiação a partido políticos só ocorrerá com a diplomação, caso tenha sido eleito. Idades Mínimas 35 anos Presidente Vice-Presidente Senador 30 anos Governador 10 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica Vice-Governador 21 anos Deputado Federal Deputado Estadual/Distrital Prefeito Vice-Prefeito Juiz de Paz 18 anos Vereador A idade mínima deve ser verificada tendo por base a data da posse e não a data da realização da eleição, salvo quando a idade for de 18 anos, hipótese em que deve ser verificada no último dia possível para registro de candidatura, ou seja, o dia 15 de agosto do ano das eleições. Inelegibilidade: A inelegibilidade é o conjunto de causas que impedem o exercício da capacidade eleitoral passiva. As situações de inelegibilidade são divididas em absolutas e relativas. As absolutas são aquelas que impedem a candidatura para qualquer mandato eletivo. As relativas são aquelas que impedem a candidatura para certos mandados eletivos. Só pode concorrer para o cargo eletivo de chefe dos poderes executivos por no máximo duas vezes consecutivas. Os mandatos de vereadores, deputados estaduais e distritais deputados federais e senadores não possuem limite de reeleição. O TSE entende que qualquer dos legitimados que tenha sucedido ou substituído o chefe do poder executivo nos 6 meses que antecedem o pleito, considera-se, para efeitos eleitorais, como se aquela pessoa houvesse sido efetivamente o chefe do executivo – aplicando-se com isso todas as consequências eleitorais ali decorrentes. Assim: o vice reeleito, que substituiu ou sucedeu o chefe do poder executivo nos 2 mandatos, nos últimos 6meses anteriores à eleição, não poderá concorrer para o mandato subsequente. Caso o vice tenha substituído ou sucedido o chefe do poder executivo apenas no segundo mandato, 6 meses antes da eleição, poderá concorrer à chefe que substituiu ou sucedeu, mas já será considerado como se fosse uma reeleição. Para evitar qq fraude ao sistema eleitoral, o chefe do poder executivo não poderá concorrer ao período subsequente, ao mandato de vice da chefia que exerce. O prefeito reeleito de um município não poderá ser candidato à prefeitura de outro município para o período subsequente, uma vez que o TSE considera como sendo o mandato de prefeito, mesmo que de outro município, o mesmo cargo eletivo. Desincompatibilização - O período de afastamento prévio chama-se de desincompatibilização. Esse instituto assegura a igualdade entre os candidatos, ao evitar que a máquina estatal seja utilizada por quem se encontra hodiernamente no poder. 11 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do DF e os prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 meses antes do pleito. - O Vice-Presidente, o Vice-Governador e o Vice-Prefeito não necessitam se desincompatibilizar quando forem concorrer a outros cargos. - Os senadores, os deputados federais e estaduais e os vereadores não necessitam desincompatibilizar, pois a lei não determina. - A desincompatibilização prevista na CF é obrigatória apenas quando o PR, o Governador e o Prefeito quiserem disputar outros mandatos eletivos. - Para concorrer à reeleição, não é necessário a desincompatibilização. Resumo sobre a desincompatibilização Regra: 6 meses antes das eleições Dirigentes de associações de classe: 4 meses antes das eleições Servidores públicos (estatutários ou não): 3 meses antes das eleições Cidadãos que se candidatam a prefeito ou vice-prefeito: 4 meses antes das eleições Atenção: A regra é que o prazo de desincompatibilização seja de 6 meses. Mas há exceções: Os dirigentes de associações de classe mantida total ou parcialmente impostas pelo poder público – deverão se desincompatibilizar 4 meses antes das eleições. O servidor estatutário ou celetista deverá se afastar do cargo, no prazo de 3 meses antes das eleições.Tal situação não se aplica ao serventuário da JE – 6 meses. Caso algum cidadão queira se candidatar a prefeito municipal: 4 meses antes das eleições. Estudar com atenção LC 64/90 art 1º. II a VII Inelegibilidade por Parentesco - A inelegibilidade por parentesco, também conhecia por inelegibilidade reflexa, tem por escopo impedir que ocorra, por parte do chefe do poder executivo, abuso do poder político, em auxílio ao cônjuge, companheiro e parente até o 2º grau por afinidade ou consanguinidade. - Em duas situações a inelegibilidade reflexa não ocorre: a) quando o cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau já são titulares de mandato eletivo e concorrem à reeleição. - É possível, ainda, a candidatura de cônjuge, companheiro ou parente até o 2º grau, desde que o chefe do Executivo renuncie ao seu mandato até 6 meses antes da eleição. Ocorrendo esta renúncia, as pessoas citadas passam a ter condições de se candidatar a mandato eletivo no território de jurisdição do chefe do poder executivo. 12 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica - É possível tb que o cônjuge ou parente até o 2º grau suceda o chefe do Executivo. Dessa forma, a esposa do governador, no mandato subsequente, pode concorrer para o mandato de governador – para isso: a) chefe do Executivo deve renunciar 6 meses antes da eleição e b) esteja ainda no seu primeiro mandato. - Caso o chefe do poder Executivo já esteja no segundo mandato consecutivo, o cônjuge ou parente até 2º grau não poderá concorrer para a sua sucessão, ainda que aquele renuncie 6 meses antes do pleito. - Essa medida visa afastar a continuidade da permanência de uma mesma família no poder. - Vale ressaltar que caso o chefe do Executivo esteja no primeiro mandato e o cônjuge, por exemplo, consiga se eleger para a sucessão dele, será este mandato considerado como se fosse uma reeleição, para que se proíba que seja eternizada uma mesma casta hereditária no poder. - Súmula 18 do STF: A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no §7º, do artigo 14 da CF/88. Inelegibilidade Absoluta - A inelegibilidade absoluta é aquela que impede a candidatura para qualquer mandato eletivo. As hipóteses estão previstas no art. 1º, I, da LC 65/90. Sistemas Eleitorais: Sistema Majoritário - Pelo sistema majoritário considera-se eleito o candidato que receber o maior número de votos válidos. - Aplica-se o princípio da Unicidade de Chapas – de acordo com esse princípio o eleitor que votar em um candidato à Chefia do Executivo, concede também o seu voto ao candidato a vice com ele registrado. A mesma coisa ocorre com voto ao candidato a senador, que é considerado estendido aos candidatos a suplentes com ele registrado. - Se um dos integrantes da chapa renuncia ou falece antes do primeiro turno, é possível que o partido ou coligação o substitua, no prazo de 10 dias contados da ocorrência que determinou a substituição. - Se a renúncia ou falecimento houver ocorrido entre o primeiro e o segundo turnos, a chapa inteira deixará a disputa eleitoral, uma vez que não se pode falar em disputa eleitoral com chapa incompleta, em se tratando de eleições majoritárias. - Assim, havendo renúncia ou falecimento de candidato componente da chapa entre o primeiro e o segundo turnos, ainda que seja candidato a vice ou suplente, o candidato que restou não poderá continuar na disputa, sendo, pois, convocada a chapa que ficou em terceiro lugar para o segundo turno. 13 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica - Se a renúncia ou a morte acontecer após as eleições? Neste caso, o remanescente da chapa poderá assumir normalmente suas funções, uma vez que após o pleito eleitoral, perde-se qualidade de candidato e adquire-se a qualidade de eleito. - O sistema majoritário se divide: por maioria absoluta e por maioria relativa. - No majoritário por maioria absoluta – será considerado vencedor aquele que obtiver 50% mais um dos votos válidos. - Aplica-se o sistema majoritário por maioria absoluta: PR e VPR, Governador e Vice, Prefeito e Vice (qnd houver no município mais de 200.000 eleitores). - No sistema majoritário por maioria relativa: é considerado eleito o candidato mais votado, independente da diferença de votos para o segundo colocado. Caso haja empate, será considerado eleito o candidato mais idoso. Neste sistema não há possibilidade se segundo turno. - Aplica-se o sistema majoritário por maioria relativa: Senador, Prefeito e Vice (qnd houver município de até 200.000 eleitores). Sistema Proporcional - Busca-se a mais ampla representação dos diversos setores da sociedade nas casas legislativas. - Por isso, no sistema proporcional nem sempre será considerado eleito o candidato mais votado. - O sistema proporcional será aplicado apenas nas eleições que envolvam membros do poder legislativo. - O Senador é o único membro do poder legislativo, cuja eleição ocorre através do sistema majoritário. - No sistema proporcional serão considerados como válidos apenas os votos nominais e os votos de legenda. O voto de legenda é aquele consignado apenas para o partido político. Quociente Eleitoral - O quociente eleitoral (QE) mostra quantos votos determinado partido político precisa obter, para que tenha direito a pelo menos uma vaga em determinada casa legislativa. - Com a mudança realizada pela Lei nº 13.488/2017, que modificou o art. 109,§2º do CE – o quociente eleitoral foi relativizado. Isto porque, o partido político, ainda que não tenha obtido o QE participará da etapa da Distribuição das Sobras (DS). - O QE é obtido dividindo-se o número de votos válidos peça quantidade de vagas na casa legislativa que se encontra em disputa. Quociente Partidário - O QP mostra quantas vagas o partido tem direito em determinada casa legislativa. - O QP é obtido dividindo-se o número de votos válidos obtido pelo partido ou coligação pelo QE. 14 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica Distribuição de sobras - Divisão de número de votos válidos obtidos pelo partido ou coligação pelo quociente partidário somado mais 1. Sistema Proporcional de listas abertas - É uma variante do sistema de eleição proporcional (ver voto proporcional) no qual as vagas conquistadas pelo partido ou coligação partidária são ocupadas por seus candidatos mais votados, até o número de cadeiras destinadas à agremiação. A votação de cada candidato pelo eleitor é o que determina, portanto, sua posição na lista de preferência. É um sistema adotado no Brasil e na Finlândia. Registro da Candidatura: O processo eleitoral inicia-se com a convenção partidária e vai até a diplomação. As convenções partidárias são órgãos de deliberação dos partidos políticos. O partido político é livre para fixar, em seu programa, seus objetivos políticos para estabelecer, em seu estatuto, a sua estrutura interna, organização e funcionamento. Convenção Partidária - A convenção deve ser anotada em ata, em livro aberto, rubricado pela Justiça Eleitoral, e publicado em 24 horas por qualquer meio de comunicação. - A convenção serve para duas situações importantes no processo eleitora: (1) sobre a disputa do pleito eleitoral: se o partido concorrerá como candidatura própria ou se integrará uma coligação; (2) serve, ainda, a convenção para indicar os cidadãos que concorrerão a mandato eletivo por qualquer partido político. - Caso a convenção estadual ou municipal venha a desrespeitar as regras legitimamente impostas – o diretório nacional poderá anular a convenção, forçando, assim, a saída do partido daquela coligação. - As anulações de deliberações dos atos decorrentes de convenção partidária, na condição acima estabelecida, deverão ser comunicadas à Justiça Eleitoral no prazo de 30 dias após a data limite para o registro das candidaturas.- Após a aprovação na convenção partidária, o cidadão passa a ser pré- candidato. - A convenção é essencial para que determinada pessoa possa concorrer para mandato eletivo. Vale ressaltar que a convenção partidária, enquanto condição de elegibilidade, é excepcionada por duas situações: (1) quando a convenção partidária não aponta o número máximo de candidatos a que poderá o partido requerer o registro, o diretório do partido na circunscrição do pleito poderá requerer o registro de outros cidadãos, até completar o número máximo de candidatos. 15 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica (2) quando se tratar de substituição de candidato, o substituto não necessita ser aprovado pela convenção, até mesmo pelo pouco tempo que o partido tem para fazer a substituição. Candidatura Nata Constitui-se de pessoas que, por terem exercido nos últimos 4 anos, mandatos de deputados federal, deputado estadual/distrital ou vereador – não precisam passar novamente pela convenção. Já seriam naturalmente candidatos. Atenção: não mais subsiste a candidatura nata no direito brasileiro. Registro de Candidatura Etapa onde a JE declara a existência das condições de elegibilidade e a ausência de causas de inelegibilidade e, consequentemente, constitui o cidadão em candidato, com todas as prerrogativas inerentes a esta condição. A competência do registro da candidatura segue a seguinte regra: TSE Presidente e Vice TRE Senador e Dep. Federal Governador e Vice Dep. Estadual/ Distrital JUIZ Prefeito e vice Governador Do Registro (é decoreba) Lembre-se: a repetição leva a aprovação!!! Art. 10. Cada partido ou coligação poderá registrar candidatos para a Câmara dos Deputados, a Câmara Legislativa, as Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais no total de até 150% (cento e cinquenta por cento) do número de lugares a preencher, salvo: I - nas unidades da Federação em que o número de lugares a preencher para a Câmara dos Deputados não exceder a doze, nas quais cada partido ou coligação poderá registrar candidatos a Deputado Federal e a Deputado Estadual ou Distrital no total de até 200% (duzentos por cento) das respectivas vagas II - nos Municípios de até cem mil eleitores, nos quais cada coligação poderá registrar candidatos no total de até 200% (duzentos por cento) do número de lugares a preencher. § 3o Do número de vagas resultante das regras previstas neste artigo, cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para candidaturas de cada sexo. § 4º Em todos os cálculos, será sempre desprezada a fração, se inferior a meio, e igualada a um, se igual ou superior. 16 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica § 5o No caso de as convenções para a escolha de candidatos não indicarem o número máximo de candidatos previsto no caput, os órgãos de direção dos partidos respectivos poderão preencher as vagas remanescentes até trinta dias antes do pleito - Não se admite que determinado partido ou coligação termine por lançar uma serie de candidatos de apenas um gênero. A desobediência a tal norma poderá acarretar no indeferimento de registro dos candidatos a eleições proporcionais do partido ou coligação que descumpriram a determinação legal. Prazo para o registro de candidatura Os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos até as dezenove horas do dia 15 de agosto do ano em que se realizarem as eleições. Súmula 58 TSE Não compete à JE, em processo de registro de candidatura, verificar a prescrição da pretensão punitiva ou executória do candidato e declarar a extinção de pena imposta pela Justiça Comum. Idade Mínima A idade mínima constitucionalmente estabelecida como condição de elegibilidade é verificada tendo por referência a data da posse, salvo quando fixada em dezoito anos, hipótese em que será aferida na data- limite para o pedido de registro. Quitação Eleitoral A certidão de quitação eleitoral abrangerá exclusivamente a plenitude do gozo dos direitos políticos, o regular exercício do voto, o atendimento a convocações da Justiça Eleitoral para auxiliar os trabalhos relativos ao pleito, a inexistência de multas aplicadas, em caráter definitivo, pela Justiça Eleitoral e não remitidas, e a apresentação de contas de campanha eleitoral. Súmula 57 TSE A apresentação das contas de campanha é suficiente para obtenção da quitação eleitoral. Parcelamento das Multas Eleitorais O parcelamento das multas eleitorais é direito dos cidadãos e das pessoas jurídicas e pode ser feito em até sessenta meses, salvo quando o valor da parcela ultrapassar 5% (cinco por cento) da renda mensal, no caso de cidadão, ou 2% (dois por cento) do faturamento, no caso de pessoa jurídica, hipótese em que poderá estender-se por prazo superior, de modo que as parcelas não ultrapassem os referidos limites; O parcelamento de multas eleitorais e de outras multas e débitos de natureza não eleitoral imputados pelo poder público é garantido também aos partidos políticos em até sessenta meses, salvo se o valor da parcela ultrapassar o limite de 2% (dois por cento) do repasse mensal do Fundo Partidário, hipótese em que poderá estender-se por prazo superior, de modo que as parcelas não ultrapassem o referido limite. 17 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica Para fins de expedição da certidão de que trata o § 7o, considerar-se-ão quites aqueles que: I - condenados ao pagamento de multa, tenham, até a data da formalização do seu pedido de registro de candidatura, comprovado o pagamento ou o parcelamento da dívida regularmente cumprido; II - pagarem a multa que lhes couber individualmente, excluindo-se qualquer modalidade de responsabilidade solidária, mesmo quando imposta concomitantemente com outros candidatos e em razão do mesmo fato. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) Não é possível a responsabilidade solidária no que tange ao pagamento de multas eleitorais. Candidatura Avulsa É vedado o registro de candidatura avulsa, ainda que o requerente tenha filiação partidária. Relação dos Candidatos Até vinte dias antes da data das eleições, os Tribunais Regionais Eleitorais enviarão ao Tribunal Superior Eleitoral, para fins de centralização e divulgação de dados, a relação dos candidatos às eleições majoritárias e proporcionais, da qual constará obrigatoriamente a referência ao sexo e ao cargo a que concorrem. Até a data prevista no caput, todos os pedidos de registro de candidatos, inclusive os impugnados e os respectivos recursos, devem estar julgados pelas instâncias ordinárias, e publicadas as decisões a eles relativas. Documentos que precisam ser apresentados no registro da candidatura O pedido de registro deve ser instruído com os seguintes documentos: I - cópia da ata da convenção partidária II - autorização do candidato, por escrito; III - prova de filiação partidária; ( é necessário que esteja com estatuto registrado perante o TSE há pelo menos 6 meses antes das eleições) Súmula-TSE nº 20 A prova de filiação partidária daquele cujo nome não constou da lista de filiados de que trata o art. 19 da Lei nº 9.096/95, pode ser suprida por outros elementos de prova de oportuna filiação. IV - declaração de bens, assinada pelo candidato; V - cópia do título eleitoral ou certidão, fornecida pelo cartório eleitoral, de que o candidato é eleitor na circunscrição ou requereu sua inscrição ou 18 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica transferência de domicílio no prazo previsto no art. 9º; (exige-se o domicílio eleitoral na circunscrição o do pleito, pelo menos 6 meses antes do pleito) VI - certidão de quitação eleitoral; (A certidãode quitação eleitoral abrangerá exclusivamente a plenitude do gozo dos direitos políticos, o regular exercício do voto, o atendimento a convocações da Justiça Eleitoral para auxiliar os trabalhos relativos ao pleito, a inexistência de multas aplicadas, em caráter definitivo, pela Justiça Eleitoral e não remitidas, e a apresentação de contas de campanha eleitoral) Obs: Apesar de muitos protestos contrários, o TSE atualmente entende que basta a apresentação de contas, caso o cidadão tenha concorrido a mandato eletivo. Não há necessidade, pois, de que essas contas tenham sido aprovadas. VII - certidões criminais fornecidas pelos órgãos de distribuição da Justiça Eleitoral, Federal e Estadual; (só haverá impedimento para registro da candidatura se houver uma decisão judicial transitada em julgado, que impeça o exercício dos direitos políticos do cidadão ou que apenas limite o exercício da capacidade eleitoral passiva). O mero ajuizamento de ação penal em face do candidato não é suficiente, por si só, de impedir o registro da candidatura (ADPF 144). VIII - fotografia do candidato, nas dimensões estabelecidas em instrução da Justiça Eleitoral, para efeito do disposto no § 1º do art. 59. IX - propostas defendidas pelo candidato a Prefeito, a Governador de Estado e a Presidente da República. - Comprovante de Alfabetização – este requisito está previsto na Resolução 23.548 do TSE Súmula-TSE nº 15 O exercício de mandato eletivo não é circunstância capaz, por si só, de comprovar a condição de alfabetizado do candidato. Súmula-TSE nº 55 A Carteira Nacional de Habilitação gera a presunção da escolaridade necessária ao deferimento do registro de candidatura. - Prova da desincompatibilização, qnd for o caso – deve o cidadão fazer prova de sua desincompatibilização, sob pena de ser considerado inelegível para aquela eleição e, por obvio, ter o registro de sua candidatura indeferida. As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no momento da formalização do pedido de registro da candidatura, ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que afastem a inelegibilidade. 19 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica Obs: a apresentação de quitação eleitoral após a formalização do pedido de registro, mas antes de seu julgamento, faz com que esse registro seja deferido, como entende a súmula 50 do TSE. Todos os pedidos de registro de candidatura j[a devem estar julgado até 20 dias antes das eleições, devendo, também dentro desse prazo haver o julgamento dos recursos ordinários interpostos. O pedido de registro de candidatura deve ser realizado até as 19 h do dia 15/08 do ano das eleições. O filiado a partido político que é aprovado pela convenção partidária para concorrer a mandato eletivo por determinado partido político, passa a ser tido como pré-candidato e, por isso, tem direito público subjetivo a ter sua candidatura requerida pelo partido ou coligação frente à JE. Caso a candidatura não tenha sido requerida: poderá – ele mesmo – requerer o registro de sua candidatura, no prazo máximo de 48 horas da publicação da lista que contém os pedidos de registro de candidatura. Súmula 3 TSE: No processo de registro de candidatos, não tendo o juiz aberto prazo para o suprimento de defeito da instrução do pedido, pode o documento, cuja falta houver motivado o indeferimento, ser juntado com o recurso ordinário. Substituição dos candidatos - A Lei 9.504/97 faculta aos partidos políticos a substituição de candidatos que tenham falecido, renunciado, sejam inelegíveis ou tenham o registro de sua candidatura indeferido. - A substituição deverá ocorrer no prazo máximo de 10 dias do evento que a determinou. - Será necessário que o novo pedido seja apresentado até 20 dias antes das eleições, salvo no caso de falecimento, qnd a substituição poderá ocorrer após esse período. Os dois prazos devem ser aplicados em conjunto. - Caso se trate de candidato a eleições majoritárias por coligação, o substituto deverá pertencer ao mesmo partido do substituído. Salvo, se este partido renunciar ao direito de preferência. Prazo Ato 20 de julho a 5 de agosto do ano das eleições Convenção partidária Até 15 de agosto do ano das eleições Pedido de registro de candidatura Até 48 horas após a publicação da lista com os pedidos de registro de candidatura realizados O próprio cidadão poderá requere o registro de candidatura, caso o partido ou coligação não tenha feito 20 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica Até 180 dias antes das eleições Prazo para publicação das regras sobre coligações e escolha de candidatos, caso o estatuto do partido seja omisso. O candidato que teve o registro de sua campanha indeferido poderá praticar normalmente todos os atos de campanha, inclusive no que tange à propaganda eleitoral, enquanto o recurso interposto da decisão de indeferimento não é julgado. Se ao final, não tenha o registro de sua candidatura deferido, os votos consignados para tal candidato serão considerados nulos. Arrecadação e gastos com campanha eleitoral - A Lei 9.504/97 determinou, com alteração da Lei 13.165/2015, que cabe ao TSE definir o valor máximo a ser gasto em disputa, com os parâmetros definidos em lei. - O gasto de valores além do limite fixado implica em multa no valor de 100% do excesso, sem prejuízo da investigação acerca do cometimento de abuso do poder econômico. - A arrecadação de valores pode ser realizada através de recursos do próprio candidato, ou de terceiros, pessoas físicas. Isso, além dos valores repassados pelo partido decorrentes do FEFC (Fundo Especial de Financiamento de Campanhas) e do fundo partidário. Em relação ao próprio candidato, pode o mesmo doar para sua campanha até o limite fixado em lei ou pelo partido político para gastos em campanha eleitoral. - O STF – na ADI 4650 – passou a entender inconstitucional a doação efetivada por pessoas jurídicas. - O financiamento de campanha é misto, pois tanto valores públicos, como valores privados nela são incorporados. - FEFC (Fundo Especial de Financiamento de Campanhas) foi criado em um momento de aguda crise econômica. A solução para sua criação foi acabar com propaganda partidária e destinar seus valores para o aludido fundo. Esses valores dizem respeito ao quanto destinado com a compensação fiscal que seria devida às emissoras pela cessão do horário para a propaganda partidária. - A legislação estabelece o percentual de repasse dos valores do fundo de financiamento de campanhas em relação ao sucesso do partido político nos processos eleitorais. 2% Divididos igualitariamente entre todos os partidos com estatutos registrados no Tribunal Superior Eleitoral; 35% Divididos entre os partidos que tenham pelo menos um representante na Câmara dos Deputados, na proporção do percentual de votos por eles obtidos na última eleição geral para a Câmara dos Deputados; 21 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica 48% Divididos entre os partidos, na proporção do número de representantes na Câmara dos Deputados, consideradas as legendas dos titulares; 15% Divididos entre os partidos, na proporção do número de representantes no Senado Federal, consideradas as legendas dos titulares. - Esses valores são distribuídos aos partidos. Para que os candidatos dessas agremiações tenham acesso aos valores, é fundamental que seja feito pedido escrito ao órgão partidário da circunscrição. Assim, essa distribuição entre os candidatos depende de ato formal, consubstanciado em requerimento feito pelo cidadão que pretende se submeter às eleições. - O candidato a cargo eletivo fará, diretamente ou por intermédio de pessoa por ele designada, a administração financeira de sua campanha usando recursos repassados pelo partido, inclusiveos relativos à cota do Fundo Partidário, recursos próprios ou doações de pessoas físicas, na forma estabelecida nesta Lei. Vale ressaltar que a responsabilidade do candidato é solidária com o seu administrador, pela veracidade das informações prestadas. Por isso, o candidato é obrigado a assinar a prestação de contas em conjunto com o administrador. - Pelo entendimento consagrado pelo TSE, há uma espécie de presunção absoluta de responsabilidade do candidato em se tratando de campanha eleitoral, salvo para doações feitas pela internet. - A lei 13.165/2015 acabou com a figura dos comitês financeiros. - Para arrecadação e gastos em campanha eleitoral, há necessidade da existência de alguns requisitos: a)pedido de registro de candidatura; b) a inscrição dos candidatos no CNPJ; c) a abertura de conta bancária específica e d) a expedição de recibos eleitorais. - O número no CNPJ é fornecido pela JE, no prazo de 3 dias úteis após o registro da candidatura. - Com a consignação do CNPJ, os candidatos deverão abrir contas bancárias específicas para movimentação dos valores referentes à campanha eleitoral. Como o CNPJ é concedido apenas em razão das campanhas, este deve ser cancelado pela Receita Federal, assim que se encerrar o ano fiscal, em 31 de dezembro do ano da eleição. - Os bancos devem acatar em até 3 dias, a abertura de conta de qualquer candidato escolhido pela convenção, sendo-lhe vedado condicioná-la a depósito mínimo e à cobrança de taxas e/ ou outras despesas de manutenção. É obrigatório que se conste extrato bancário ou CNP do doador. 3 dias úteis do pedido de registro de candidatura Fornecimento do número de CNPJ 22 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica 3 dias do pedido de abertura de conta Bancos devem acatar o pedido e abrir conta bancária específica para movimentação em campanha eleitoral. Atenção: a abertura de conta bancária não será exigida na campanha para cargos eletivos municipais de cidades que não possuam agência bancária ou posto bancário. - Os recibos eleitorais são documentos formais. Atualmente, devem ser expedidos apenas para as doações estimáveis em dinheiro e as advindas de meios eletrônicos – devendo ser entregues à JE qnd da prestação de contas. As doações em dinheiro são provadas pelo CPF dos doadores no deposito feito em conta específica. Dispensa de expedição de recibo eleitoral I - a cessão de bens móveis, limitada ao valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) por pessoa cedente; II - doações estimáveis em dinheiro entre candidatos ou partidos, decorrentes do uso comum tanto de sedes quanto de materiais de propaganda eleitoral, cujo gasto deverá ser registrado na prestação de contas do responsável pelo pagamento da despesa III - a cessão de automóvel de propriedade do candidato, do cônjuge e de seus parentes até o terceiro grau para seu uso pessoal durante a campanha. Na doação realizada através da internet, haverá a expedição automática de recibo para cada doação, mas esses não necessitarão ser assinados pelo doador. A arrecadação de receitas realizada fora dos parâmetros previstos será ilícita e estará sujeita às sanções legais. A arrecadação para campanha eleitoral pode ocorrer até o dia da eleição. Excepcionalmente, no entanto, é permitida a arrecadação de recursos, após a data fixada, exclusivamente para quitação de despesas já contraídas e não pagas até aquela data, os quais deverão estar integralmente quitadas até a data da entrega da prestação de contas à JE, sob pena de desaprovação de contas. Caso a doação seja realizada por terceiros, em se tratando de pessoa física, fica limitada a 10% de seus rendimentos no ano anterior. Os partidos políticos podem doar para seus candidatos até o limite de gastos que se faz possível na campanha, definido pelo TSE, a doação além do fixado, sujeita o infrator a multa de 100% sobre o valor que ultrapasse o limite. É permita a realização de eventos e comercialização de bens para arrecadar valores para a campanha eleitoral. Para realizar tais eventos será necessário comunicar a JE – com pelo menos 5 dias de antecedência. A JE poderá designar fiscais para atuar no evento. Da doação recebida será expedido um recibo eleitoral. Doação Oculta 23 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica É qnd determinada pessoa doa para o partido político que, por sua vez, emprega tal valor na campanha de determinado filiado seu. O nome do doador não aparecerá na lista de doações para a candidatura do candidato. O STF entende que tal situação é inconstitucional. Assim, se o partido doa para campanha de candidato deve identificar qual origem do crédito. Se veio do FEFC ou do fundo partidário ou doação de pessoa física – indicando nesse último caso o CPF. As doações deverão ser realizas através de cheque nominal ou depósito identificado na conta específica do candidato ou partido. Existe a possibilidade de doação feita pela internet através de dispositivos eletrônicos presentes no sítio eletrônico do candidato ou partido político, desde que haja a emissão de recibos eleitorais para cada doação realizada. Para doação em dinheiro (depósito identificado em conta bancária, cheques cruzados) não há necessidade de apresentação de recibos eleitorais na prestação de contas. A expedição de recibo eleitoral deve ocorrer quando a doação é estimável em dinheiro ou quando feita através da internet. Nas hipóteses de doação através da internet e de doação por financiamento coletivo, o candidato, partido e a coligação não serão responsabilizados por fraudes ou erros cometidos por doadores sem seu conhecimento. São vedas quaisquer doações em dinheiro, bem como troféus, prêmios, ajudas de qualquer espécie feitas por candidato, entre o registro e a eleição, a pessoas físicas ou jurídicas. É possível que algumas doações sejam realizadas através de utilidades, como por ex., o empréstimo de bens imóveis. O limite previsto para doação de pessoas físicas (de até 10% do faturamento bruto do ano anterior) não se aplica a doações referentes a utilização de bens móveis e imóveis de propriedade do doador, que não poderá superar o valor de R$ 40.000,00. Não se deve confundir essa regra, em que há expedição de recibos eleitorais e indicação na prestação de contas, com aquela outra da cessão de bens móveis cujo valor não ultrapasse R$ 4.000,00. Nesse último caso, não há recibo e nem indicação na prestação. Financiamento coletivo ou Crowdfunding É um método, geralmente eletrônico, que permite a cooperação de desconhecidos que doam para uma finalidade específica. O financiamento coletivo ficou muito conhecido para fins sociais com auxílio de diversas pessoas que necessitam principalmente de cuidados médicos ou ainda de valores necessários para estudos. A Lei das Eleições prevê de forma expressa o crowdfunding – que pode ser iniciado a partir do dia 15 de maio das eleições antes mesmo do pedido do registro de candidatura. Neste caso, os valores arrecadados só serão disponibilizados para o candidato com o pedido do registro da candidatura, caso contrário, as entidades arrecadadoras serão obrigadas a devolver aos doadores coletivos a quantia recebida. Requisitos para o financiamento coletivo: 24 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica a) cadastro prévio na Justiça Eleitoral, que estabelecerá regulamentação para prestação de contas, fiscalização instantânea das doações, contas intermediárias, se houver, e repasses aos candidatos; b) identificação obrigatória, com o nome completo e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) de cada um dos doadores e das quantias doadas; c) disponibilização em sítio eletrônico de lista com identificação dos doadores e das respectivas quantias doadas, a ser atualizada instantaneamente a cada nova doação; d) emissão obrigatória de recibo para o doador,relativo a cada doação realizada, sob a responsabilidade da entidade arrecadadora, com envio imediato para a Justiça Eleitoral e para o candidato de todas as informações relativas à doação; e) ampla ciência a candidatos e eleitores acerca das taxas administrativas a serem cobradas pela realização do serviço; f) não incidência em quaisquer das hipóteses listadas no art. 24 desta Lei; g) observância do calendário eleitoral, especialmente no que diz respeito ao início do período de arrecadação financeira, nos termos dispostos no § 2º do art. 22-A desta Lei; h) observância dos dispositivos desta Lei relacionados à propaganda na internet; A legislação permite que o eleitor faça gastos em homenagem ao candidato de sua preferência até 1.000 UFIR (o que equivale a R$ 1.064,00). Assim, pode o eleitor produzir camisas, broches e adesivos do candidato de sua preferência. Esses valores não serão registrados e não fazem parte da campanha eleitoral, desde que não sejam reembolsáveis. Os gastos que o eleitor pode fazer em favor do candidato de sua preferência não podem ser confundido com doações à campanha eleitoral. Se as doações de pessoas físicas a candidatos, somadas aos recursos públicos, excederem o limite de gastos permitido para a respectiva campanha, o valor excedentes poderá ser transferido ao partido político. São gastos de campanha eleitoral: I - confecção de material impresso de qualquer natureza e tamanho, observado o disposto no § 3o do art. 38 desta Lei; 25 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica II - propaganda e publicidade direta ou indireta, por qualquer meio de divulgação, destinada a conquistar votos; III - aluguel de locais para a promoção de atos de campanha eleitoral; IV - despesas com transporte ou deslocamento de candidato e de pessoal a serviço das candidaturas, observadas as exceções previstas no § 3o deste artigo. V - correspondência e despesas postais; VI - despesas de instalação, organização e funcionamento de Comitês e serviços necessários às eleições; VII - remuneração ou gratificação de qualquer espécie a pessoal que preste serviços às candidaturas ou aos comitês eleitorais; VIII - montagem e operação de carros de som, de propaganda e assemelhados; IX - a realização de comícios ou eventos destinados à promoção de candidatura; X - produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, inclusive os destinados à propaganda gratuita; XI - (Revogado); (Redação dada pela Lei nº 11.300, de 2006) XII - realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais; XV - custos com a criação e inclusão de sítios na internet e com o impulsionamento de conteúdos contratados diretamente com provedor da aplicação de internet com sede e foro no País; (Redação dada pela Lei nº 13.488, de 2017) - Multas aplicadas, até as eleições, aos candidatos e partidos políticos por infração do disposto da lei eleitoral. Limites máximos de gastos na campanha eleitoral: I - alimentação do pessoal que presta serviços às candidaturas ou aos comitês eleitorais: 10% (dez por cento); II - aluguel de veículos automotores: 20% (vinte por cento). Não são consideradas gastos eleitorais nem se sujeitam a prestação de contas as seguintes despesas de natureza pessoal do candidato: 26 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica a) combustível e manutenção de veículo automotor usado pelo candidato na campanha; b) remuneração, alimentação e hospedagem do condutor do veículo; c) alimentação e hospedagem própria; d) uso de linhas telefônicas registradas em seu nome como pessoa física, até o limite de três linhas Prestação de Contas - A prestação de contas de campanha eleitoral deve ser realizada perante p órgão da JE competente para as eleições realizadas. - Os partidos políticos, as coligações, e os candidatos são obrigados a divulgarem os recursos recebidos em dinheiro – até 72 horas de seu recebimento, bem como devem publicar, no dia 15 de setembro do ano das eleições relatório discriminando as transferências do Fundo Partidário, os recursos em dinheiro e os estimáveis em dinheiro recebidos, bem como os gastos realizados. - Com o fim dos comitês financeiros, a prestação de contas deve ser feita pelo candidato. - O candidato deverá proceder à prestação de contas, ainda que tenha renunciado ou tido seu registro indeferido ou sido declarado inelegível. No caso de falecimento, deverá prestar contas o seu administrador ou caso não tenha contratado, a direção do partido político na circunscrição eleitoral. - A prestação de contas deverá ser realizada até 30 dias após a data do pleito eleitoral. Caso o candidato tenha participado do segundo turno – a prestação deverá ser realizada uma só vez no prazo de 20 dias contados da realização do segundo turno. - A Justiça Eleitoral adotará sistema simplificado de prestação de contas para candidatos que apresentarem movimentação financeira correspondente a, no máximo, R$ 20.000,00 (vinte mil reais), atualizados monetariamente, a cada eleição, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE ou por índice que o substituir. Esse procedimento simplificado também deverá ser aplicado nas eleições de prefeito e vereadores em municípios com menos de 50.000 eleitores. Ficam dispensando de comprovação Ficam também dispensadas de comprovação na prestação de contas I - a cessão de bens móveis, limitada ao valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) por pessoa cedente; 27 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica na prestação de contas II - doações estimáveis em dinheiro entre candidatos ou partidos, decorrentes do uso comum tanto de sedes quanto de materiais de propaganda eleitoral, cujo gasto deverá ser registrado na prestação de contas do responsável pelo pagamento da despesa. III - a cessão de automóvel de propriedade do candidato, do cônjuge e de seus parentes até o terceiro grau para seu uso pessoal durante a campanha. As contas dos candidatos eleitos devem ser julgadas até 3 dias antes da respectiva diplomação. A JE se tiver alguma dúvida, poderá determinar de ofício diligências no prazo de 72 horas, após a apresentação das contas. Antes dos julgamentos das contas, deverá a JE, no prazo de 48 horas, ouvir o MP Eleitoral. Do julgamento das contas, cabem 4 opções: aprovação, aprovação com ressalvas, reprovação e contas não prestadas. Aprovação quando estiverem regulares Aprovação com ressalvas quando verificadas falhas que não lhes comprometam a regularidade Reprovação quando verificadas falhas que lhes comprometam a regularidade Contas não prestadas quando não apresentadas as contas após a notificação emitida pela Justiça Eleitoral, na qual constará a obrigação expressa de prestar as suas contas, no prazo de setenta e duas horas. Atenção: erros formais ou materiais irrelevantes no conjunto da prestação de contas, que não comprometam o resultado – não acarretarão a rejeição das contas. Considera-se não prestadas as contas quando não apresentadas no prazo de 30 dias contados do pleito e, além disso quando o candidato ou comitê não prestarem as contas após notificados para tal pela JE, no prazo de 72 horas da notificação. A não prestação de contas impede que o candidato eleito seja diplomado. Débitos de campanha não quitados: poderão os partidos políticos os assumir, sendo o candidato solidário na obrigação por seu pagamento. Sobra de campanha: na apuração final da eleição, sobrando valores arrecadados, essas devem ser declarados na prestação de contas e, após julgados todos os recursos, ser transferidos para o partido na circunscriçãoeleitoral do pleito e, em se tratando de coligação, para ser dividido entre os partidos que a compuseram. Se a eleição é presidencial devem ser transferidas as sobras para o diretório nacional, se a eleição é federal (deputados federais e senadores) ou estadual, as sobras serão transferidas para o diretório estadual ou distrital, se a eleição for municipal – para o diretório municipal. A rejeição de contas, por si só, não acarretará a perda do mandato eletivo que poderá ocorrer, no entanto com o ajuizamento da representação prevista no art. 30-A da lei nº 9.504/97. Em relação ao partido, a situação será diferente, uma vez que o mesmo pode sofrer com pena de devolução do valor tido como irregular, acrescido de multa de até 20%. Da decisão de julgar as contas – caberá recurso no prazo de 3 dias, contados da publicação em Diário Oficial. 28 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica Propaganda Político- Partidária A propaganda política é gênero, do qual são espécies: a propaganda partidária, a propaganda intrapartidária e a propaganda eleitoral Propaganda Partidária - Visa a divulgação dos ideais partidários, bem como qual é a posição dos partidos políticos frente a temas importantes para a sociedade. - A presente espécie da propaganda tem como fundamento o direito de antena – atualmente para aqueles partidos que alcançam a cláusula de barreira ali fixada. - A revogação da propaganda partidária se deu para permitir o financiamento público das campanhas, uma vez que parte do FEFC é formado por valores decorrentes das compensações fiscais que deixaram de existir com a extinção da propaganda partidária. - O legislador entendeu politicamente que era melhor deixar de veicular tal propaganda para permitir o financiamento público das campanhas eleitorais. Propaganda Intrapartidária - Uma das condições de elegibilidade é a aprovação em convenção partidária. Segundo tal condição, é necessário que o cidadão seja confirmado como candidato na convenção partidária, que deve ser realizada entre os dias 20 de julho e 5 de agosto no ano das eleições, para que possa ser escrito como candidato. - Antes da convenção, não se pode falar em candidato, mas apenas em candidato a candidato. Por conta disso, permite-se que o cidadão que queira candidatar- se a cargo eletivo realize propaganda prévia à convenção partidária. - Assim, a propaganda intrapartidária é realizada pelos candidatos a candidatos no período anterior à convenção que visa convencer os filiados a partidos políticos que compõem a convenção partidária de que são pessoas capacitadas para concorrer a cargo eletivo através daquele partido. - Por ser dirigida a filiados de partidos políticos veda-se a propaganda intrapartidária através de rádio, televisão e outdoors. Essa propaganda só pode ser realizada nos 15 dias que antecedem a convenção partidária. - A utilização de propaganda intrapartidária para veicular a terceiros, que não filiados daquele partido político, enseja a aplicação de multa pecuniária de R$ 5.000,00 A R$ 25.000,00. - Ao postulante a candidatura a cargo eletivo é permitida a realização, na quinzena anterior à escolha pelo partido, de propaganda intrapartidária com vista à indicação de seu nome, vedado o uso de rádio, televisão e outdoor. 29 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica Propaganda Eleitoral - Visa divulgar as propostas dos candidatos a cargos eletivos. A finalidade é arregimentar eleitores, para que possam votar em determinado candidato, através das suas promessas e características. - É vedada a propaganda eleitoral extemporânea. - A propaganda eleitoral somente é permitida após o dia 15 de agosto do ano da eleição. (Ou seja, a partir do dia 16 de agosto) - Não configuram propaganda eleitoral antecipada, desde que não envolvam pedido explícito de voto, a menção à pretensa candidatura, a exaltação das qualidades pessoais dos pré-candidatos e os seguintes atos, que poderão ter cobertura dos meios de comunicação social, inclusive via internet: I - a participação de filiados a partidos políticos ou de pré-candidatos em entrevistas, programas, encontros ou debates no rádio, na televisão e na internet, inclusive com a exposição de plataformas e projetos políticos, observado pelas emissoras de rádio e de televisão o dever de conferir tratamento isonômico; II - a realização de encontros, seminários ou congressos, em ambiente fechado e a expensas dos partidos políticos, para tratar da organização dos processos eleitorais, discussão de políticas públicas, planos de governo ou alianças partidárias visando às eleições, podendo tais atividades ser divulgadas pelos instrumentos de comunicação intrapartidária; III - a realização de prévias partidárias e a respectiva distribuição de material informativo, a divulgação dos nomes dos filiados que participarão da disputa e a realização de debates entre os pré-candidatos; IV - a divulgação de atos de parlamentares e debates legislativos, desde que não se faça pedido de votos; V - a divulgação de posicionamento pessoal sobre questões políticas, inclusive nas redes sociais; VI - a realização, a expensas de partido político, de reuniões de iniciativa da sociedade civil, de veículo ou meio de comunicação ou do próprio partido, em qualquer localidade, para divulgar ideias, objetivos e propostas partidárias. VII - campanha de arrecadação prévia de recursos na modalidade de financiamento coletivo para campanha eleitoral. - Nas hipóteses acima citadas, são permitidos o pedido de apoio político e a divulgação da pré-candidatura, das ações políticas desenvolvidas e das que se pretendem desenvolver, salvo para os profissionais de comunicação no exercício da profissão. - Art. 242 do CE: A propaganda, qualquer que seja a sua forma ou modalidade, mencionará sempre a legenda partidária e só poderá ser feita em língua 30 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica nacional, não devendo empregar meios publicitários destinados a criar, artificialmente, na opinião pública, estados mentais, emocionais ou passionais. - Na propaganda dos candidatos a cargo majoritário deverão constar, também, os nomes dos candidatos a vice ou a suplentes de senador, de modo claro e legível, em tamanho não inferior a 30% (trinta por cento) do nome do titular. Da propaganda proibida Art. 243. Não será tolerada propaganda: I - de guerra, de processos violentos para subverter o regime, a ordem política e social ou de preconceitos de raça ou de classes; II - que provoque animosidade entre as forças armadas ou contra elas, ou delas contra as classes e instituições civis; III - de incitamento de atentado contra pessoa ou bens; IV - de instigação à desobediência coletiva ao cumprimento da lei de ordem pública; V - que implique em oferecimento, promessa ou solicitação de dinheiro, dádiva, rifa, sorteio ou vantagem de qualquer natureza; VI - que perturbe o sossego público, com algazarra ou abusos de instrumentos sonoros ou sinais acústicos; VII - por meio de impressos ou de objeto que pessoa inexperiente ou rústica possa confundir com moeda; VIII - que prejudique a higiene e a estética urbana ou contravenha a posturas municiais ou a outra qualquer restrição de direito; IX - que caluniar, difamar ou injuriar quaisquer pessoas, bem como órgãos ou entidades que exerçam autoridade pública. Tem-se proibido o telemarketing ativo, assim considerado aquele em que o contato parte do candidato ou do partido, normalmente através de empresas que ligam para os contatos do eleitor pedindo votos. Esse tipo de propaganda é vedado sob o argumento que traz perturbação da ordem pública. Não há proibição do telemarketing receptivo – considerado como aquele em que o partido ou o candidato informa um contato para que o eleitor, caso queira, busque informações sobre a candidatura.Da proibição da propaganda eleitoral nos bens públicos e nos bens de uso comum - A Lei das Eleições veda a propaganda realizada em bens públicos e nos que dependam de autorização ou concessão do Poder Público. - Nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder público, ou que a ele pertençam, e nos bens de uso comum, inclusive postes de iluminação pública, sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos, é vedada a 31 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica veiculação de propaganda de qualquer natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta e exposição de placas, estandartes, faixas, cavaletes, bonecos e assemelhados. - Tem-se proibido, ainda, a distribuição de folhetos em escolas públicas, bem como é vedada a propaganda em tapume de obra pública. - É permitida a colocação de mesas para distribuição de material de campanha e a utilização de bandeiras ao longo das vias públicas, desde que móveis e que não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos. A mobilidade referida no estará caracterizada com a colocação e a retirada dos meios de propaganda entre as seis horas e as vinte e duas horas. (6h até 22 h) - A veiculação de propaganda eleitoral em bens particulares deve ser espontânea e gratuita, sendo vedado qualquer tipo de pagamento em troca de espaço para esta finalidade. - Nas dependências do Poder Legislativo, a veiculação de propaganda eleitoral fica a critério da Mesa Diretora. - Proíbe-se a propaganda em bem que dependa de autorização, cessão ou permissão do poder público: bancas de revistas e jornais, veículos de transporte coletivo ... - Não se faz possível a propaganda eleitoral através do uso de símbolos, frases ou imagens, associadas ou assemelhadas às empregadas por órgão de governo ou quaisquer das entidades da adm. pública indireta. Da propaganda em bens particulares - A propaganda ainda pode ser colocada em muros pertencentes a particulares, desde que autorizado pelo proprietário. Essa autorização deve ser dada de forma espontânea e gratuita. - Não se admite mais a inscrição a tinta de propaganda em muros, ainda que particulares. O que se permite é a colocação de adesivo ou papel, cujo tamanho não ultrapasse 0,5 m2 ( meio metro quadrado) - A lei 13.488/2017, modificando o art. 37,§2º da Lei das Eleições passou a considerar que não é permitida a colocação de propaganda em bens particulares, salvo adesivos plásticos em automóveis, caminhões, bicicletas, motocicletas e janelas residenciais – desde que não supere meio metro quadrado. - A propaganda em outdoors é proibida, inclusive outdoors eletrônicos. - É vedada a propaganda eleitoral mediante outdoors, inclusive eletrônicos, sujeitando-se a empresa responsável, os partidos, as coligações e os candidatos à imediata retirada da propaganda irregular e ao pagamento de multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 15.000,00 (quinze mil reais). 32 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica Da realização da propaganda eleitoral - A realização de qualquer ato de propaganda partidária ou eleitoral, em recinto aberto ou fechado, não depende de licença da polícia. - O candidato, partido ou coligação promotora do ato fará a devida comunicação à autoridade policial em, no mínimo, vinte e quatro horas antes de sua realização, a fim de que esta lhe garanta, segundo a prioridade do aviso, o direito contra quem tencione usar o local no mesmo dia e horário. - A autoridade policial tomará as providências necessárias à garantia da realização do ato e ao funcionamento do tráfego e dos serviços públicos que o evento possa afetar. - Uma outra forma de propaganda eleitoral ocorre através da utilização de sonorização. Essa sonorização poderá ser móvel ou fixa. - A sonorização móvel é aquela utilizada pelos candidatos, através de carros de som, que circulam pela cidade tocando jingles ou mensagens gravadas pelos candidatos. Existem limitações da referida forma de propaganda. - Em relação ao horário: a propaganda através de sonorização móvel ocorrerá fora do horário compreendido entre 8h e as 22h. - Não poderá ser utilizada a sonorização móvel – a menos de 200m: I - das sedes dos Poderes Executivo e Legislativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, das sedes dos Tribunais Judiciais, e dos quartéis e outros estabelecimentos militares; II - dos hospitais e casas de saúde; III - das escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros, quando em funcionamento. - Atualmente, esse tipo de propaganda só pode ser realizada através de carros de som (inclusive de tração animal) e minitrio. A pressão sonora não poderá superar 80 decibéis, medidos a 7 metros do veículo. - A diferença entre carro se som, minitrio e trio elétrico não está nas dimensões do veículo, mas sim na potência do som. I - carro de som: veículo automotor que usa equipamento de som com potência nominal de amplificação de, no máximo, 10.000 (dez mil) watts. II - minitrio: veículo automotor que usa equipamento de som com potência nominal de amplificação maior que 10.000 (dez mil) watts e até 20.000 (vinte mil) watts; 33 Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica III - trio elétrico: veículo automotor que usa equipamento de som com potência nominal de amplificação maior que 20.000 (vinte mil) watts. - Em relação a sonorização fixa: Essa propaganda só pode ser realizada entre 8h até 24h. Vales ressaltar que no comício de encerramento de campanha é possível estender-se o horário por mais 2 horas. O CE no seu PÚ dispõe ser proibida a realização de propaganda através de comício e reuniões públicas entre 48 horas antes e as 24 horas após as eleições. - Showmícios: são comícios precedidos pelos shows de artistas. O showmício está proibido, não importando se a apresentação do artista ocorreu de forma gratuita ou remunerada. - O termo final para realização da propaganda eleitoral é até as 22 horas da véspera do pleito, período em que poderão ser realizadas caminha, carreata, passeata, distribuição de material gráfico ou carro de sim que circule pela cidade divulgando jingles e mensagens dos candidatos. - A propaganda no rádio, na TV, na imprensa escrita e através de comícios – só poderá ser realizada até quinta-feira do pleito eleitoral. - As caminhadas dos candidatos, assim como as carreatas, não estão incluídas no sentido das reuniões públicas indicadas no CE. Segundo o TSE, combustível fornecido por candidato para participação em carreata não se constitui ilícito eleitoral. - O material gráfico utilizado na propaganda eleitoral deverá conter CNPJ ou CPF do responsável pela produção da propaganda, bem como de quem o contratou. É necessário que conste, ainda, do material, a tiragem que foi feita. Caso ocorra a propaganda conjunta de candidatos, a mesma deverá fazer parte da prestação de contas de quem efetivamente fez o pagamento pela prestação de serviço. - Em relação aos adesivos, eles devem ter no máximo a dimensão50x40. É proibido colar propaganda eleitoral em veículos, exceto adesivos micro perfurados até a extensão total do para-brisa traseiro. Apesar deste dispositivo ainda estar previsto na Lei 9.504/97 – o professor João Paulo de Oliveira – entende que foi revogado tacitamente pela Lei 13.488, que ao modificar o art. 37,§2º da Lei das Eleições – passou a permitir que o adesivo seja colado em automóveis, tendo o tamanho de no máximo 0,5 m2 (meio metro). Por isso, ele entende correto considerar que o adesivo poderá ir até 0,5 m2 nos veículos automotores, salvo no vidro traseiro que pode ocupar toda extensão, desde que seja adesivo microperfurado. Atenção: a plotagem continua proibida! Da propaganda eleitoral no dia da eleição - A propaganda eleitoral no dia da eleição está proibida. - Assim no dia da
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