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Revisão de Véspera de Direito Eleitoral

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1 
Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica 
Apontamentos de Direito Eleitoral 
Atualizado até janeiro/2022 
Conceitos, Fontes e Princípios: 
 O processo eleitoral inicia-se em um ato denominado convenção partidária e encerra-se em 
uma ato denominado diplomação. A finalidade do processo eleitoral é garantir a lisura das 
eleições. 
 A competência legislativa para produção de normas de Direito Eleitoral pertence à União 
(art. 22, I da CF/88). 
 
Fontes Primárias ou Diretas Fontes Secundárias ou Indiretas 
- Constituição Federal 
- Lei Complementar 64 
- Código Eleitoral 
- Lei 9.504/97 
- Lei 9.096/95 
- Resolução do TSE 
- Doutrina 
- Jurisprudência 
- Resposta a consultas. 
 
 A perda dos direitos políticos se diferencia da suspensão. A perda tem caráter definitivo e a 
suspensão temporário. 
 
 Soberania Popular: confere ao povo poder absoluto de determinar os caminhos do pais. Será 
exercido, em regra, de maneira indireta, ou seja, através de representantes escolhidos pelos 
cidadãos – é a denominada democracia indireta. 
 
 Sufrágio Universal: o voto é universal é acessível a todos que preencham os requisitos 
constitucionais para serem considerados cidadãos e não estejam com seus direitos político 
suspensos. 
 
Princípios 
P. Pluralismos Político – o Estado Brasileiro admite e aceita todas as modalidades de 
ideologias e linhas de pensamento político. 
P. da Legalidade – a lei é de observância obrigatória para que qualquer ato eleitoral detenha 
condição de validade. 
P. da Celeridade – busca-se que todos os atos sejam realizados de forma célere. 
P. da Anualidade – o art. 16 da CF prescreve que “ a lei que alterar o processo eleitoral 
entrará em vigor na data da sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um 
ano da data de sua vigência” 
P. da Preclusão – este princípio faz considerar que todos os prazos, exceto aqueles de cunho 
constitucional, são preclusivos, ou seja, há a perda do direito ao ato pelo seu não exercício 
no momento correto. 
 
 
2 
Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica 
 
Organização Judiciária Eleitoral: 
 
Tribunal Superior Eleitoral 
Sede Capital da República e Jurisdição em todo o país 
Composição - 7 Ministros distribuídos da seguinte maneira: 
 3 advindos dentre os Ministros do STF 
 2 advindos do STJ 
 2 nomeados pelo PR, dentre 6 advogados de notável saber 
jurídico e idoneidade moral, indicados pelo STF 
 O PR e VPR serão eleitos entre os 3 ministros do STF e o 
Corregedor Eleitoral, entre os 2 ministros do STJ, através de 
eleição, cujas disposições particulares serão estabelecidas no RI 
do TSE. 
São eleitos, também, substitutos, em número igual para cada categoria 
de ministros 
Mandato - 2 anos, no mínimo, com possibilidade de renovação por mais 2 anos. 
 
Tribunais Regionais Federais 
Composição 7 juízes (tb chamados de desembargadores) 
Sede Na capital de cada Estado 
Distribuição  2 juízes dentre os desembargadores do TJ 
  2 juízes dentre juízes de direito, escolhidos pelo TJ 
 1 juiz do TRF, com sede na capital do Estado ou no DF ou, não 
havendo, de juiz federal, escolhido, em qq caso, pelo TRF 
respectivo 
 Por nomeação, pelo PR, de 2 juízes dentre 6 advogados de notável 
saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo TJ 
 O TRE elegerá seu PR e o VPR – dentre os desembargadores 
 
Juízes Eleitorais 
São magistrados da Justiça Estadual, designados pelo TRE para presidir as zonas eleitorais, 
menor fração territorial com jurisdição dentro de uma circunscrição judiciária eleitoral. 
 
Juntas Eleitorais 
Órgãos colegiados de primeira instância da Justiça Eleitoral 
 
Composição 
São compostas por 2 ou 4 membros, mais seu PR que é juiz de Direito, 
totalizando 3 a 5 membros. 
Os demais membros da JE, com exceção do PR, poderão ser leigos, sem 
formação jurídica. 
 
 
3 
Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica 
 
Alistamento Eleitoral 
 O alistamento eleitoral é compreendido pela qualificação e inscrição 
 O alistamento está proibido para: os estrangeiros, de conscritos no serviço militar obrigatório e 
de pessoas que possuam algum das causas de perda ou suspensão dos direitos políticos. 
 O alistamento será facultativo quando se tratar de: analfabetos, maiores de 16 e menores de 
18 anos e maiores de 70 anos. 
 Atenção: é proibido o alistamento no prazo de 150 dias antes das eleições. 
 Resolução do TSE: Não estará sujeita a sanção a pessoa portadora de deficiência que torne 
impossível ou demasiadamente onerosos o cumprimento das obrigações eleitorais, relativas ao 
alistamento e ao exercício do voto. 
 O eleitor que se encontrar fora do país, tem o alistamento facultativo, mas caso já alistado, o 
voto é obrigatório – nos termos do art. 6º do CE. 
 No caso de brasileiro naturalizado, o alistamento deve ser realizado até 1 ano após a 
naturalização. Por outro lado, em se tratando de brasileiro nato, o alistamento deve ser feito 
até completar os 19 anos de idade. 
 
Sem a prova de que votou na última eleição, pagou a respectiva multa ou de que se justificou 
devidamente, não poderá o eleitor: 
 I- inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, investir-se ou empossar-se 
neles; 
II - receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público, 
autárquico ou para estatal, bem como fundações governamentais, empresas, institutos e 
sociedades de qualquer natureza, mantidas ou subvencionadas pelo governo ou que exerçam 
serviço público delegado, correspondentes ao segundo mês subsequente ao da eleição; 
 III - participar de concorrência pública ou administrativa da União, dos Estados, dos Territórios, 
do Distrito Federal ou dos Municípios, ou das respectivas autarquias; 
IV - obter empréstimos nas autarquias, sociedades de economia mista, caixas econômicas 
federais ou estaduais, nos institutos e caixas de previdência social, bem como em qualquer 
estabelecimento de crédito mantido pelo governo, ou de cuja administração este participe, e 
com essas entidades celebrar contratos; (Vide Medida Provisória nº 958, de 2020) 
 V - obter passaporte ou carteira de identidade; 
VI - renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo; 
VII - praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de renda. 
 
Acerca do alistamento e voto: 
Proibidos - Estrangeiros 
- Conscritos 
4 
Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica 
- Perda e Suspensão de Direitos Políticos 
Facultativos - Analfabetos 
- Maiores de 16 e menores de 18 anos 
- Maiores de 70 anos 
Obrigatórios - Alfabetizados, maiores de 18 e menores de 70 anos. 
 
Procedimento de Alistamento 
- O requerimento será feito em formulário específico, denominado RAE (Requerimento de 
Alistamento Eleitoral). 
- É possível o alistamento eleitoral com nome social e respectiva identidade de gênero. 
- O nome social e a identidade de gênero constarão do cadastro eleitoral em campos próprios, 
preservados os dados do registro civil. 
- O TSE não permite que o alistamento seja realizado com passaporte ou Carteira Nacional de 
Habilitação. 
- Mesmo recebendo logo o documento, o título eleitoral só produzirá efeitos após deferido pelo 
juiz eleitoral. 
- Uma vez preenchido o RAE, datado e assinado pelo alistando – o requerimento será concluso 
para despacho do juiz eleitoral no prazo de 48 horas. 
- Caso o juiz eleitoral tenha dúvidas sobre certos dados apresentados pelo alistando – pode 
converter o julgamento em diligências e determinar a apresentação de docs faltantes em 72 
horas. 
- Caso o juiz eleitoral verifique que todos os requisitos para o alistamento estão presentes – 
deverá deferir o pedido. Caso isso ocorra, caberá recurso ao TRE – no prazo de 10 dias. A 
legitimidade para interpor o recurso pertence aos partidos políticos e ao MP Eleitoral. 
- Caso o juiz eleitoral verifique que não estão presentesos requisitos para o alistamento – deverá 
indeferir. Do indeferimento cabe recurso ao TRE, só que agora no prazo de 5 dias. A legitimidade 
para interpor o recurso é do próprio alistando e do MP Eleitoral. 
 
Domicílio Eleitoral Segundo o CE – o domicílio é o local de residência ou moradia do eleitor. O 
domicilio eleitoral fixa o local no qual o eleitor fará parte da vida política, 
ou seja votando, ou seja votado para cargo eletivo naquela localidade. O 
TSE tem entendido que basta um vínculo de natureza: profissional, 
patrimonial, afetivo ou político. 
Transferência 
Eleitoral 
 É o ato pleiteado junto à JE para mudança de domicílio. O pedido de 
transferência deve ser apresentado ao Juízo do novo domicílio até o 151º 
dia anterior à realização da eleição. 
Título Eleitoral Segundo a Resolução 21.538 do TSE, o título eleitoral prova o alistamento 
eleitoral, bem como a quitação com as obrigações eleitorais até a data da 
emissão. Apesar da importância do título eleitoral, é possível a 
apresentação de documento com foto para que o eleitor possa votar. 
 
 
 
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Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica 
 
 
Hipóteses de Cancelamento da Inscrição Eleitoral 
Art. 71. São causas de cancelamento: 
 I - a infração dos artigos. 5º e 42; (não recepcionado pela CF) Obs: O alistamento e voto são 
vedados apenas:a) aos estrangeiros, b) aos conscritos no serviço militar obrigatório e c) aqueles 
que possuam alguma das causas de perda ou suspensão de direitos políticos. No que tange ao 
art 42 ( é necessária a existência de vínculo de natureza profissional, patrimonial, afetiva e 
política). 
 II - a suspensão ou perda dos direitos políticos; 
 III - a pluralidade de inscrição; 
 IV - o falecimento do eleitor; 
 V - deixar de votar em 3 (três) eleições consecutivas. 
 
Sobre pluralidade de inscrições – Como resolver? 
Juiz Eleitoral Inscrições em pluralidade na mesma zona 
Corregedoria Regional Eleitoral Inscrições em pluralidade em zonas diferentes do 
mesmo Estado 
Corregedoria Geral Eleitoral Inscrições em pluralidade em estados diferentes. 
 
Atenção: A competência para decisão em processo criminal que apure o crime cometido pelo 
fato da existência de mais de uma inscrição será sempre do Juiz da zona eleitoral da inscrição 
mais recente. 
 
Sobre deixar de votar em 3 eleições consecutivas 
É causa de cancelamento de inscrição deixar o eleitor de votar em 3 eleições consecutivas. Para 
que ocorra o cancelamento: é necessário que após a última eleição – na qual não se cumpriu a 
obrigação eleitoral- aguarda-se, ainda, 6 meses para o cancelamento (período no qual o eleitor 
poderá pagar a multa devida ou justificar). 
 
Art. 7º,§3º do CE: Realizado o alistamento eleitoral pelo processo eletrônico de dados, será 
cancelada a inscrição do eleitor que não votar em 3 (três) eleições consecutivas, não pagar a 
multa ou não se justificar no prazo de 6 (seis) meses, a contar da data da última eleição a que 
deveria ter comparecido. 
 
A justificativa poderá ser realizada no dia da eleição, ou no prazo de 60 dias após a eleição, ou 
ainda em 30 dias do retorno do eleitor. 
 
6 
Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica 
Obs: A multa por ausência de comparecimento à votação poderá ser dispensada, caso o eleitor 
comprove carência de recursos. 
 
 
Processo 
Individual de 
cancelamento 
de inscrição 
eleitoral 
- Para que haja o cancelamento de inscrição eleitoral é necessário que seja 
instaurado o processo individual de cancelamento. É chamado de individual, 
pois para cada inscrição que deva ser cancelada, um processo deve ser 
instaurado. 
 
- Poderá ser instaurado de ofício ou a pedido: pelo MP Eleitoral, requerimento 
de partido político ou por qq eleitor. 
 
- Uma vez instaurado o processo, vai haver publicação de um edital – com 
prazo de 10 dias, para que seja apresentada a defesa – no prazo de 5 dias. 
Vale ressaltar que a defesa poderá ser apresentada pelo: próprio excluendo, 
por partido político e por qq eleitor. 
 
- Em sendo necessário, poderá ocorrer dilação probatória em um prazo que 
varia de 5 e 10 dias. A decisão deverá ser prolatada no prazo de 5 dias. 
 
- Enquanto não for prolatada a decisão, o eleitor poderá votar validamente. 
 
- Da decisão prolatada cabe recurso ao TRE, no prazo de 3 dias, que não possui 
efeito suspensivo. 
 
Revisão do 
Eleitorado 
- O art. 71 do CE estabelece situações em que a inscrição eleitoral necessita ser 
cancelada. No entanto, o cancelamento dessas inscrições, como visto, é 
individual. 
 
- Em algumas situações, verifica-se a existência de fraude, o que deve ser 
apurado através de inspeção ou de correição no cartório eleitoral. 
 
- Quando for o caso de fraude comprometedora, deve-se realizar a revisão do 
eleitorado. A revisão do eleitorado é um procedimento previsto em lei, que 
visa o cancelamento de todas as inscrições envolvidas em fraude. Trata-se de 
um processo coletivo de cancelamento de inscrição eleitoral. 
 
- Uma fraude comprometedora é aquele que por sua intensidade poderá 
acarretar a ilegitimidade das eleições, em virtude de um grande número de 
eleitores inscritos indevidamente em certa localidade. Por conta disso, o 
mandato eletivo representativo daquele local poderá ser decidido por pessoas 
que lá não possuam qq vínculo. 
 
7 
Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica 
- Não será realizada a revisão do eleitorado em ano de eleição, a não ser por 
hipóteses excepcionais que a justifiquem. 
 
- A revisão do eleitorado deverá ocorrer dentro do prazo estabelecido pela JE, 
que não pode ser inferior a 30 dias. 
 
- A revisão será publicada através de edital, rádio e televisão – se possível – 
com antecedência mínima de 5 dias. O edital deverá informar o prazo da 
revisão, qual o seu período e qual a área abrangida. Deverá informar, 
principalmente, que o não comparecimento pessoal do eleitor, munido de pelo 
menos de documento de identificação com foto e comprovante de residência, 
acarretará o cancelamento de sua inscrição eleitoral. 
 
- A revisão do eleitorado pode ocorrer em duas hipóteses: um subjetiva e outra 
objetiva 
 
Hipótese Subjetiva Hipótese Objetiva 
- Ocorre qnd o TRE encontra fraude 
comprometedora e determinado 
cartório eleitoral que se estenda a 
uma zona ou município. Essa fraude 
comprometedora pode ser 
encontrada após a realização de 
inspeção ou correição, ou 
determinação do Corregedor 
Regional Eleitoral 
Art. 92. O Tribunal Superior Eleitoral, 
ao conduzir o processamento dos 
títulos eleitorais, determinará de 
ofício a revisão ou correição das 
Zonas Eleitorais sempre que: 
(motivos objetivos) 
I - o total de transferências de 
eleitores ocorridas no ano em curso 
seja dez por cento superior ao do 
ano anterior; 
II - o eleitorado for superior ao dobro 
da população entre dez e quinze 
anos, somada à de idade superior a 
setenta anos do território daquele 
Município; 
III - o eleitorado for superior a 
sessenta e cinco por cento da 
população projetada para aquele 
ano pelo Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística - IBGE. 
Obs: Nos casos objetivos citados, 
para que seja determinada a revisão 
é necessário que todas as hipóteses 
acima apontadas ocorram ao mesmo 
tempo. 
 
8 
Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica 
Na hipótese objetiva de revisão, a 
determinação de sua realização será 
do TSE, enquanto na hipótese 
subjetiva (fraude comprometedora) 
– a competência é do TRE. 
 
 
- Ao final da revisão do eleitorado, deverá o juiz, com a fiscalização do MP, que 
emite, inclusive, parecer, prolatar decisão cancelando todas as inscrições que 
não foram revisadas na região abrangida pelo procedimento. Do cancelamento 
cabe recurso ao TRE no prazo de 3 dias. 
 
Revisão do Eleitorado é o procedimento realizado pela JE, que visa o 
cancelamento de inscrições eleitorais envolvidas em fraude, quando se trata 
de situação caracterizadora de fraude comprometedorae que, portanto, 
coloca em risco a própria legitimidade das eleições disputadas. 
 
 
Elegibilidade: 
 Elegibilidade é o conjunto de requisitos necessários para o exercício da capacidade 
eleitoral passiva. 
 Capacidade eleitoral ativa: possibilitar o cidadão de votar x Capacidade eleitoral passiva: 
possibilita o cidadão ser votado. 
 Para se adquirir a capacidade eleitoral ativa, basta o alistamento eleitoral, que é o termo 
inicial da cidadania. Para o exercício da capacidade eleitoral passiva, faz-se necessário 
possuir os requisitos da elegibilidade. 
 
Hipóteses constitucionais de elegibilidade 
- Nacionalidade brasileira 
- Pleno exercício dos direitos políticos 
- Alistamento eleitoral 
- Domicílio eleitoral na circunscrição (6 meses antes das eleições) 
- Filiação Partidária (6 meses antes das eleições) 
- Idade mínima (data da posse – salvo quando se trata da idade de 18 anos, hipótese em que a 
base para verificação é o último dia para registro de candidatura) 
 
 Para que ocorra a candidatura, é necessário que o cidadão tenha fixado domicílio eleitoral 
ou que, pelo menos, tenha requerido a transferência eleitoral 6 meses antes das eleições. 
 Não se admite candidatura avulsa (aquela realizada sem a presença de partidos políticos). 
É necessário que a filiação partidária esteja deferida há pelo menos 6 meses, contados da 
data da eleição. A Lei 9.096/95, em seu art. 20, permite que o prazo de filiação para que 
possa concorrer a mandato eletivo seja ampliado pelo estatuto do partido político, mas 
jamais reduzido. 
 
9 
Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica 
Situações Específicas 
- Os magistrados, os membros do MP e do TC estão proibidos pela CF de filiar-se a partido 
político. Como a eleição dos mesmos é permitida, tem-se aplicado o seguinte: tais membros 
necessitam afastar-se de seus cargos definitivamente para que possam concorrer a mandato 
eletivo. 
 
- Esse afastamento, se não realizado, resultará na inelegibilidade do cidadão ao pleito eleitoral. 
A lei estabelece prazo de 6 meses para afastamento dos cargos (salvo se o cidadão pretenda 
concorrer aos mandatos eletivos de prefeito e vice-prefeito – hipótese que o afastamento 
deverá ocorrer 4 meses antes do pleito. 
 
- Dessa forma, os magistrados, membros do MP e do TC só irão se filiar a partidos políticos qnd 
se afastarem definitivamente de seus cargos (não bastando o mero pedido de licença). E o 
afastamento definitivo de seus cargos deve ocorrer no prazo de desincompatibilização. 
 
- O art. 366 do CE proíbe que o servidor da JE se filie a partido político ou exerça qq atividade 
político-partidária. Assim, para que o servidor da JE possa concorrer a mandato eletivo, é 
necessário que se afaste definitivamente, para se filiar a partido político, no prazo de 6 meses 
antes da eleição, apesar do prazo de desincompatibilização de servidores públicos ser de 3 
meses antes da eleição. Obs: não se aceita, pelo impedimento legal, que o afastamento seja 
temporário. 
 
- Situação dos militares: Segundo a CF/88, o militar que tenha menos de 10 anos de serviço é 
obrigado a afastar-se. Assim, o militar com menos de 10 anos de serviço de se afastar 
definitivamente antes da formalização do registro da candidatura, o que deve ser feito até o 
dia 15 de agosto do ano da eleição, desde que tenha sido aprovado na convenção partidária da 
agremiação a qual irá se filiar. 
 
- O militar com mais de 10 anos de serviço será agregado pela autoridade competente, 
passando à inatividade, automaticamente, com a diplomação, caso seja eleito. 
 
- No caso do militar: apesar de não estar filiado a partido político, o candidato concorrerá por 
uma agremiação partidária. A filiação partidária, nesses casos, só ocorrerá qnd o candidato 
eleito é diplomado e passa automaticamente à inatividade. Assim, em se tratando de militar 
com mais de 10 anos de serviço, a filiação a partido políticos só ocorrerá com a diplomação, 
caso tenha sido eleito. 
 
 
 
 Idades Mínimas 
35 anos Presidente 
Vice-Presidente 
Senador 
30 anos Governador 
10 
Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica 
Vice-Governador 
21 anos Deputado Federal 
Deputado Estadual/Distrital 
Prefeito 
Vice-Prefeito 
Juiz de Paz 
18 anos Vereador 
 
A idade mínima deve ser verificada tendo por base a data da posse e não a data da realização da 
eleição, salvo quando a idade for de 18 anos, hipótese em que deve ser verificada no último dia 
possível para registro de candidatura, ou seja, o dia 15 de agosto do ano das eleições. 
 
Inelegibilidade: 
 A inelegibilidade é o conjunto de causas que impedem o exercício da capacidade eleitoral 
passiva. 
 As situações de inelegibilidade são divididas em absolutas e relativas. 
 As absolutas são aquelas que impedem a candidatura para qualquer mandato eletivo. 
 As relativas são aquelas que impedem a candidatura para certos mandados eletivos. 
 Só pode concorrer para o cargo eletivo de chefe dos poderes executivos por no máximo duas 
vezes consecutivas. 
 Os mandatos de vereadores, deputados estaduais e distritais deputados federais e senadores 
não possuem limite de reeleição. 
 O TSE entende que qualquer dos legitimados que tenha sucedido ou substituído o chefe do 
poder executivo nos 6 meses que antecedem o pleito, considera-se, para efeitos eleitorais, 
como se aquela pessoa houvesse sido efetivamente o chefe do executivo – aplicando-se com 
isso todas as consequências eleitorais ali decorrentes. 
 Assim: o vice reeleito, que substituiu ou sucedeu o chefe do poder executivo nos 2 mandatos, 
nos últimos 6meses anteriores à eleição, não poderá concorrer para o mandato subsequente. 
 Caso o vice tenha substituído ou sucedido o chefe do poder executivo apenas no segundo 
mandato, 6 meses antes da eleição, poderá concorrer à chefe que substituiu ou sucedeu, mas 
já será considerado como se fosse uma reeleição. 
 Para evitar qq fraude ao sistema eleitoral, o chefe do poder executivo não poderá concorrer ao 
período subsequente, ao mandato de vice da chefia que exerce. 
 O prefeito reeleito de um município não poderá ser candidato à prefeitura de outro município 
para o período subsequente, uma vez que o TSE considera como sendo o mandato de prefeito, 
mesmo que de outro município, o mesmo cargo eletivo. 
 
Desincompatibilização 
- O período de afastamento prévio chama-se de desincompatibilização. Esse instituto assegura a 
igualdade entre os candidatos, ao evitar que a máquina estatal seja utilizada por quem se encontra 
hodiernamente no poder. 
 
11 
Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica 
- Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do 
DF e os prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 meses antes do pleito. 
 
- O Vice-Presidente, o Vice-Governador e o Vice-Prefeito não necessitam se desincompatibilizar 
quando forem concorrer a outros cargos. 
 
- Os senadores, os deputados federais e estaduais e os vereadores não necessitam 
desincompatibilizar, pois a lei não determina. 
 
- A desincompatibilização prevista na CF é obrigatória apenas quando o PR, o Governador e o 
Prefeito quiserem disputar outros mandatos eletivos. 
 
- Para concorrer à reeleição, não é necessário a desincompatibilização. 
 
 
Resumo sobre a desincompatibilização 
Regra: 6 meses antes das eleições 
Dirigentes de associações de classe: 4 meses antes das eleições 
Servidores públicos (estatutários ou não): 3 meses antes das eleições 
Cidadãos que se candidatam a prefeito ou vice-prefeito: 4 meses antes das eleições 
 
Atenção: A regra é que o prazo de desincompatibilização seja de 6 meses. Mas há exceções: 
 Os dirigentes de associações de classe mantida total ou parcialmente impostas pelo poder 
público – deverão se desincompatibilizar 4 meses antes das eleições. 
 O servidor estatutário ou celetista deverá se afastar do cargo, no prazo de 3 meses antes das 
eleições.Tal situação não se aplica ao serventuário da JE – 6 meses. 
 Caso algum cidadão queira se candidatar a prefeito municipal: 4 meses antes das eleições. 
 Estudar com atenção LC 64/90 art 1º. II a VII 
 
Inelegibilidade 
por 
Parentesco 
- A inelegibilidade por parentesco, também conhecia por inelegibilidade reflexa, 
tem por escopo impedir que ocorra, por parte do chefe do poder executivo, abuso 
do poder político, em auxílio ao cônjuge, companheiro e parente até o 2º grau 
por afinidade ou consanguinidade. 
 
- Em duas situações a inelegibilidade reflexa não ocorre: a) quando o cônjuge, 
companheiro ou parente até o segundo grau já são titulares de mandato eletivo 
e concorrem à reeleição. 
 
- É possível, ainda, a candidatura de cônjuge, companheiro ou parente até o 2º 
grau, desde que o chefe do Executivo renuncie ao seu mandato até 6 meses antes 
da eleição. Ocorrendo esta renúncia, as pessoas citadas passam a ter condições 
de se candidatar a mandato eletivo no território de jurisdição do chefe do poder 
executivo. 
12 
Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica 
 
- É possível tb que o cônjuge ou parente até o 2º grau suceda o chefe do Executivo. 
Dessa forma, a esposa do governador, no mandato subsequente, pode concorrer 
para o mandato de governador – para isso: a) chefe do Executivo deve renunciar 
6 meses antes da eleição e b) esteja ainda no seu primeiro mandato. 
 
- Caso o chefe do poder Executivo já esteja no segundo mandato consecutivo, o 
cônjuge ou parente até 2º grau não poderá concorrer para a sua sucessão, ainda 
que aquele renuncie 6 meses antes do pleito. - Essa medida visa afastar a 
continuidade da permanência de uma mesma família no poder. 
- Vale ressaltar que caso o chefe do Executivo esteja no primeiro mandato e o 
cônjuge, por exemplo, consiga se eleger para a sucessão dele, será este mandato 
considerado como se fosse uma reeleição, para que se proíba que seja eternizada 
uma mesma casta hereditária no poder. 
 
- Súmula 18 do STF: A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso 
do mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no §7º, do artigo 14 da CF/88. 
 
Inelegibilidade Absoluta 
- A inelegibilidade absoluta é aquela que impede a candidatura para qualquer mandato eletivo. As 
hipóteses estão previstas no art. 1º, I, da LC 65/90. 
 
Sistemas Eleitorais: 
Sistema 
Majoritário 
- Pelo sistema majoritário considera-se eleito o candidato que receber o maior 
número de votos válidos. 
- Aplica-se o princípio da Unicidade de Chapas – de acordo com esse princípio o 
eleitor que votar em um candidato à Chefia do Executivo, concede também o 
seu voto ao candidato a vice com ele registrado. A mesma coisa ocorre com voto 
ao candidato a senador, que é considerado estendido aos candidatos a 
suplentes com ele registrado. 
- Se um dos integrantes da chapa renuncia ou falece antes do primeiro turno, é 
possível que o partido ou coligação o substitua, no prazo de 10 dias contados da 
ocorrência que determinou a substituição. 
- Se a renúncia ou falecimento houver ocorrido entre o primeiro e o segundo 
turnos, a chapa inteira deixará a disputa eleitoral, uma vez que não se pode falar 
em disputa eleitoral com chapa incompleta, em se tratando de eleições 
majoritárias. 
- Assim, havendo renúncia ou falecimento de candidato componente da chapa 
entre o primeiro e o segundo turnos, ainda que seja candidato a vice ou 
suplente, o candidato que restou não poderá continuar na disputa, sendo, pois, 
convocada a chapa que ficou em terceiro lugar para o segundo turno. 
13 
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- Se a renúncia ou a morte acontecer após as eleições? Neste caso, o 
remanescente da chapa poderá assumir normalmente suas funções, uma vez 
que após o pleito eleitoral, perde-se qualidade de candidato e adquire-se a 
qualidade de eleito. 
- O sistema majoritário se divide: por maioria absoluta e por maioria relativa. 
- No majoritário por maioria absoluta – será considerado vencedor aquele que 
obtiver 50% mais um dos votos válidos. 
- Aplica-se o sistema majoritário por maioria absoluta: PR e VPR, Governador 
e Vice, Prefeito e Vice (qnd houver no município mais de 200.000 eleitores). 
- No sistema majoritário por maioria relativa: é considerado eleito o candidato 
mais votado, independente da diferença de votos para o segundo colocado. 
Caso haja empate, será considerado eleito o candidato mais idoso. Neste 
sistema não há possibilidade se segundo turno. 
- Aplica-se o sistema majoritário por maioria relativa: Senador, Prefeito e Vice 
(qnd houver município de até 200.000 eleitores). 
 
Sistema 
Proporcional 
- Busca-se a mais ampla representação dos diversos setores da sociedade nas 
casas legislativas. 
- Por isso, no sistema proporcional nem sempre será considerado eleito o 
candidato mais votado. 
- O sistema proporcional será aplicado apenas nas eleições que envolvam 
membros do poder legislativo. 
- O Senador é o único membro do poder legislativo, cuja eleição ocorre através 
do sistema majoritário. 
- No sistema proporcional serão considerados como válidos apenas os votos 
nominais e os votos de legenda. O voto de legenda é aquele consignado apenas 
para o partido político. 
 
Quociente 
Eleitoral 
- O quociente eleitoral (QE) mostra quantos votos determinado partido político 
precisa obter, para que tenha direito a pelo menos uma vaga em determinada 
casa legislativa. 
- Com a mudança realizada pela Lei nº 13.488/2017, que modificou o art. 
109,§2º do CE – o quociente eleitoral foi relativizado. Isto porque, o partido 
político, ainda que não tenha obtido o QE participará da etapa da Distribuição 
das Sobras (DS). 
- O QE é obtido dividindo-se o número de votos válidos peça quantidade de 
vagas na casa legislativa que se encontra em disputa. 
 
Quociente 
Partidário 
- O QP mostra quantas vagas o partido tem direito em determinada casa 
legislativa. 
- O QP é obtido dividindo-se o número de votos válidos obtido pelo partido ou 
coligação pelo QE. 
 
14 
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Distribuição de 
sobras 
- Divisão de número de votos válidos obtidos pelo partido ou coligação pelo 
quociente partidário somado mais 1. 
 
Sistema 
Proporcional de 
listas abertas 
- É uma variante do sistema de eleição proporcional (ver voto proporcional) no 
qual as vagas conquistadas pelo partido ou coligação partidária são ocupadas 
por seus candidatos mais votados, até o número de cadeiras destinadas à 
agremiação. A votação de cada candidato pelo eleitor é o que determina, 
portanto, sua posição na lista de preferência. É um sistema adotado no Brasil e 
na Finlândia. 
 
Registro da Candidatura: 
 O processo eleitoral inicia-se com a convenção partidária e vai até a diplomação. 
 As convenções partidárias são órgãos de deliberação dos partidos políticos. 
 O partido político é livre para fixar, em seu programa, seus objetivos políticos para 
estabelecer, em seu estatuto, a sua estrutura interna, organização e funcionamento. 
 
Convenção 
Partidária 
- A convenção deve ser anotada em ata, em livro aberto, rubricado pela Justiça 
Eleitoral, e publicado em 24 horas por qualquer meio de comunicação. 
 
- A convenção serve para duas situações importantes no processo eleitora: 
(1) sobre a disputa do pleito eleitoral: se o partido concorrerá como 
candidatura própria ou se integrará uma coligação; 
(2) serve, ainda, a convenção para indicar os cidadãos que concorrerão a 
mandato eletivo por qualquer partido político. 
 
- Caso a convenção estadual ou municipal venha a desrespeitar as regras 
legitimamente impostas – o diretório nacional poderá anular a convenção, 
forçando, assim, a saída do partido daquela coligação. 
 
- As anulações de deliberações dos atos decorrentes de convenção partidária, 
na condição acima estabelecida, deverão ser comunicadas à Justiça Eleitoral 
no prazo de 30 dias após a data limite para o registro das candidaturas.- Após a aprovação na convenção partidária, o cidadão passa a ser pré-
candidato. 
 
- A convenção é essencial para que determinada pessoa possa concorrer para 
mandato eletivo. Vale ressaltar que a convenção partidária, enquanto 
condição de elegibilidade, é excepcionada por duas situações: 
(1) quando a convenção partidária não aponta o número máximo de 
candidatos a que poderá o partido requerer o registro, o diretório do partido 
na circunscrição do pleito poderá requerer o registro de outros cidadãos, até 
completar o número máximo de candidatos. 
15 
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(2) quando se tratar de substituição de candidato, o substituto não necessita 
ser aprovado pela convenção, até mesmo pelo pouco tempo que o partido tem 
para fazer a substituição. 
 
Candidatura 
Nata 
Constitui-se de pessoas que, por terem exercido nos últimos 4 anos, mandatos 
de deputados federal, deputado estadual/distrital ou vereador – não precisam 
passar novamente pela convenção. Já seriam naturalmente candidatos. 
Atenção: não mais subsiste a candidatura nata no direito brasileiro. 
 
Registro de Candidatura 
Etapa onde a JE declara a existência das condições de elegibilidade e a ausência de causas de 
inelegibilidade e, consequentemente, constitui o cidadão em candidato, com todas as 
prerrogativas inerentes a esta condição. 
 
A competência do registro da candidatura segue a seguinte regra: 
TSE Presidente e Vice 
TRE Senador e Dep. Federal 
Governador e Vice 
Dep. Estadual/ Distrital 
JUIZ Prefeito e vice 
Governador 
 
 
Do Registro (é 
decoreba) 
 
Lembre-se: a 
repetição leva a 
aprovação!!! 
Art. 10. Cada partido ou coligação poderá registrar candidatos para a 
Câmara dos Deputados, a Câmara Legislativa, as Assembleias Legislativas e 
as Câmaras Municipais no total de até 150% (cento e cinquenta por cento) 
do número de lugares a preencher, salvo: 
I - nas unidades da Federação em que o número de lugares a preencher para 
a Câmara dos Deputados não exceder a doze, nas quais cada partido ou 
coligação poderá registrar candidatos a Deputado Federal e a Deputado 
Estadual ou Distrital no total de até 200% (duzentos por cento) das 
respectivas vagas 
II - nos Municípios de até cem mil eleitores, nos quais cada coligação poderá 
registrar candidatos no total de até 200% (duzentos por cento) do número 
de lugares a preencher. 
§ 3o Do número de vagas resultante das regras previstas neste artigo, cada 
partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o 
máximo de 70% (setenta por cento) para candidaturas de cada sexo. 
 § 4º Em todos os cálculos, será sempre desprezada a fração, se inferior a 
meio, e igualada a um, se igual ou superior. 
16 
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§ 5o No caso de as convenções para a escolha de candidatos não indicarem 
o número máximo de candidatos previsto no caput, os órgãos de direção 
dos partidos respectivos poderão preencher as vagas remanescentes até 
trinta dias antes do pleito 
- Não se admite que determinado partido ou coligação termine por lançar 
uma serie de candidatos de apenas um gênero. A desobediência a tal norma 
poderá acarretar no indeferimento de registro dos candidatos a eleições 
proporcionais do partido ou coligação que descumpriram a determinação 
legal. 
Prazo para o 
registro de 
candidatura 
Os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o registro de seus 
candidatos até as dezenove horas do dia 15 de agosto do ano em que se 
realizarem as eleições. 
Súmula 58 TSE Não compete à JE, em processo de registro de candidatura, verificar a 
prescrição da pretensão punitiva ou executória do candidato e declarar a 
extinção de pena imposta pela Justiça Comum. 
Idade Mínima A idade mínima constitucionalmente estabelecida como condição de 
elegibilidade é verificada tendo por referência a data da posse, salvo 
quando fixada em dezoito anos, hipótese em que será aferida na data-
limite para o pedido de registro. 
Quitação Eleitoral A certidão de quitação eleitoral abrangerá exclusivamente a plenitude do 
gozo dos direitos políticos, o regular exercício do voto, o atendimento a 
convocações da Justiça Eleitoral para auxiliar os trabalhos relativos ao pleito, 
a inexistência de multas aplicadas, em caráter definitivo, pela Justiça 
Eleitoral e não remitidas, e a apresentação de contas de campanha 
eleitoral. 
Súmula 57 TSE A apresentação das contas de campanha é suficiente para obtenção da 
quitação eleitoral. 
Parcelamento das 
Multas Eleitorais 
O parcelamento das multas eleitorais é direito dos cidadãos e das pessoas 
jurídicas e pode ser feito em até sessenta meses, salvo quando o valor da 
parcela ultrapassar 5% (cinco por cento) da renda mensal, no caso de 
cidadão, ou 2% (dois por cento) do faturamento, no caso de pessoa 
jurídica, hipótese em que poderá estender-se por prazo superior, de modo 
que as parcelas não ultrapassem os referidos limites; 
O parcelamento de multas eleitorais e de outras multas e débitos de 
natureza não eleitoral imputados pelo poder público é garantido também 
aos partidos políticos em até sessenta meses, salvo se o valor da parcela 
ultrapassar o limite de 2% (dois por cento) do repasse mensal do Fundo 
Partidário, hipótese em que poderá estender-se por prazo superior, de 
modo que as parcelas não ultrapassem o referido limite. 
17 
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Para fins de expedição da certidão de que trata o § 7o, considerar-se-ão 
quites aqueles que: 
I - condenados ao pagamento de multa, tenham, até a data da formalização 
do seu pedido de registro de candidatura, comprovado o pagamento ou o 
parcelamento da dívida regularmente cumprido; 
II - pagarem a multa que lhes couber individualmente, excluindo-se qualquer 
modalidade de responsabilidade solidária, mesmo quando imposta 
concomitantemente com outros candidatos e em razão do mesmo 
fato. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) 
Não é possível a responsabilidade solidária no que tange ao pagamento de 
multas eleitorais. 
 
Candidatura 
Avulsa 
 É vedado o registro de candidatura avulsa, ainda que o requerente tenha 
filiação partidária. 
Relação dos 
Candidatos 
Até vinte dias antes da data das eleições, os Tribunais Regionais Eleitorais 
enviarão ao Tribunal Superior Eleitoral, para fins de centralização e 
divulgação de dados, a relação dos candidatos às eleições majoritárias e 
proporcionais, da qual constará obrigatoriamente a referência ao sexo e ao 
cargo a que concorrem. 
Até a data prevista no caput, todos os pedidos de registro de candidatos, 
inclusive os impugnados e os respectivos recursos, devem estar julgados 
pelas instâncias ordinárias, e publicadas as decisões a eles relativas. 
Documentos que 
precisam ser 
apresentados no 
registro da 
candidatura 
O pedido de registro deve ser instruído com os seguintes documentos: 
I - cópia da ata da convenção partidária 
II - autorização do candidato, por escrito; 
III - prova de filiação partidária; ( é necessário que esteja com estatuto 
registrado perante o TSE há pelo menos 6 meses antes das eleições) 
Súmula-TSE nº 20 A prova de filiação partidária daquele cujo nome não 
constou da lista de filiados de que trata o art. 19 da Lei nº 9.096/95, pode 
ser suprida por outros elementos de prova de oportuna filiação. 
IV - declaração de bens, assinada pelo candidato; 
V - cópia do título eleitoral ou certidão, fornecida pelo cartório eleitoral, de 
que o candidato é eleitor na circunscrição ou requereu sua inscrição ou 
18 
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transferência de domicílio no prazo previsto no art. 9º; (exige-se o domicílio 
eleitoral na circunscrição o do pleito, pelo menos 6 meses antes do pleito) 
VI - certidão de quitação eleitoral; (A certidãode quitação eleitoral 
abrangerá exclusivamente a plenitude do gozo dos direitos políticos, o 
regular exercício do voto, o atendimento a convocações da Justiça Eleitoral 
para auxiliar os trabalhos relativos ao pleito, a inexistência de multas 
aplicadas, em caráter definitivo, pela Justiça Eleitoral e não remitidas, e a 
apresentação de contas de campanha eleitoral) Obs: Apesar de muitos 
protestos contrários, o TSE atualmente entende que basta a apresentação 
de contas, caso o cidadão tenha concorrido a mandato eletivo. Não há 
necessidade, pois, de que essas contas tenham sido aprovadas. 
VII - certidões criminais fornecidas pelos órgãos de distribuição da Justiça 
Eleitoral, Federal e Estadual; (só haverá impedimento para registro da 
candidatura se houver uma decisão judicial transitada em julgado, que 
impeça o exercício dos direitos políticos do cidadão ou que apenas limite o 
exercício da capacidade eleitoral passiva). O mero ajuizamento de ação 
penal em face do candidato não é suficiente, por si só, de impedir o registro 
da candidatura (ADPF 144). 
VIII - fotografia do candidato, nas dimensões estabelecidas em instrução da 
Justiça Eleitoral, para efeito do disposto no § 1º do art. 59. 
IX - propostas defendidas pelo candidato a Prefeito, a Governador de Estado 
e a Presidente da República. 
- Comprovante de Alfabetização – este requisito está previsto na Resolução 
23.548 do TSE 
Súmula-TSE nº 15 O exercício de mandato eletivo não é circunstância capaz, 
por si só, de comprovar a condição de alfabetizado do candidato. 
Súmula-TSE nº 55 A Carteira Nacional de Habilitação gera a presunção da 
escolaridade necessária ao deferimento do registro de candidatura. 
 
- Prova da desincompatibilização, qnd for o caso – deve o cidadão fazer 
prova de sua desincompatibilização, sob pena de ser considerado inelegível 
para aquela eleição e, por obvio, ter o registro de sua candidatura 
indeferida. As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade 
devem ser aferidas no momento da formalização do pedido de registro da 
candidatura, ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes 
ao registro que afastem a inelegibilidade. 
19 
Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica 
Obs: a apresentação de quitação eleitoral após a formalização do pedido de 
registro, mas antes de seu julgamento, faz com que esse registro seja 
deferido, como entende a súmula 50 do TSE. 
Todos os pedidos de registro de candidatura j[a devem estar julgado até 20 
dias antes das eleições, devendo, também dentro desse prazo haver o 
julgamento dos recursos ordinários interpostos. 
 
 
O pedido de registro de candidatura deve ser realizado até as 19 h do dia 15/08 do ano das 
eleições. O filiado a partido político que é aprovado pela convenção partidária para concorrer 
a mandato eletivo por determinado partido político, passa a ser tido como pré-candidato e, por 
isso, tem direito público subjetivo a ter sua candidatura requerida pelo partido ou coligação 
frente à JE. Caso a candidatura não tenha sido requerida: poderá – ele mesmo – requerer o 
registro de sua candidatura, no prazo máximo de 48 horas da publicação da lista que contém os 
pedidos de registro de candidatura. 
Súmula 3 TSE: No processo de registro de candidatos, não tendo o juiz aberto prazo para o 
suprimento de defeito da instrução do pedido, pode o documento, cuja falta houver motivado 
o indeferimento, ser juntado com o recurso ordinário. 
 
Substituição 
dos candidatos 
- A Lei 9.504/97 faculta aos partidos políticos a substituição de candidatos 
que tenham falecido, renunciado, sejam inelegíveis ou tenham o registro de 
sua candidatura indeferido. 
 
- A substituição deverá ocorrer no prazo máximo de 10 dias do evento que a 
determinou. 
 
- Será necessário que o novo pedido seja apresentado até 20 dias antes das 
eleições, salvo no caso de falecimento, qnd a substituição poderá ocorrer 
após esse período. Os dois prazos devem ser aplicados em conjunto. 
 
- Caso se trate de candidato a eleições majoritárias por coligação, o substituto 
deverá pertencer ao mesmo partido do substituído. Salvo, se este partido 
renunciar ao direito de preferência. 
 
Prazo Ato 
20 de julho a 5 de agosto do ano das 
eleições 
Convenção partidária 
Até 15 de agosto do ano das eleições Pedido de registro de candidatura 
Até 48 horas após a publicação da lista com 
os pedidos de registro de candidatura 
realizados 
O próprio cidadão poderá requere o registro 
de candidatura, caso o partido ou coligação 
não tenha feito 
20 
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Até 180 dias antes das eleições Prazo para publicação das regras sobre 
coligações e escolha de candidatos, caso o 
estatuto do partido seja omisso. 
 
O candidato que teve o registro de sua campanha indeferido poderá praticar normalmente 
todos os atos de campanha, inclusive no que tange à propaganda eleitoral, enquanto o recurso 
interposto da decisão de indeferimento não é julgado. Se ao final, não tenha o registro de sua 
candidatura deferido, os votos consignados para tal candidato serão considerados nulos. 
 
 
 
Arrecadação e gastos com campanha eleitoral 
- A Lei 9.504/97 determinou, com alteração da Lei 13.165/2015, que cabe ao TSE definir o valor 
máximo a ser gasto em disputa, com os parâmetros definidos em lei. 
 
- O gasto de valores além do limite fixado implica em multa no valor de 100% do excesso, sem 
prejuízo da investigação acerca do cometimento de abuso do poder econômico. 
 
- A arrecadação de valores pode ser realizada através de recursos do próprio candidato, ou de 
terceiros, pessoas físicas. Isso, além dos valores repassados pelo partido decorrentes do FEFC 
(Fundo Especial de Financiamento de Campanhas) e do fundo partidário. Em relação ao próprio 
candidato, pode o mesmo doar para sua campanha até o limite fixado em lei ou pelo partido 
político para gastos em campanha eleitoral. 
 
- O STF – na ADI 4650 – passou a entender inconstitucional a doação efetivada por pessoas 
jurídicas. 
 
- O financiamento de campanha é misto, pois tanto valores públicos, como valores privados 
nela são incorporados. 
- FEFC (Fundo Especial de Financiamento de Campanhas) foi criado em um momento de aguda 
crise econômica. A solução para sua criação foi acabar com propaganda partidária e destinar 
seus valores para o aludido fundo. Esses valores dizem respeito ao quanto destinado com a 
compensação fiscal que seria devida às emissoras pela cessão do horário para a propaganda 
partidária. 
 
- A legislação estabelece o percentual de repasse dos valores do fundo de financiamento de 
campanhas em relação ao sucesso do partido político nos processos eleitorais. 
 
2% Divididos igualitariamente entre todos os partidos com estatutos 
registrados no Tribunal Superior Eleitoral; 
35% Divididos entre os partidos que tenham pelo menos um 
representante na Câmara dos Deputados, na proporção do 
percentual de votos por eles obtidos na última eleição geral para a 
Câmara dos Deputados; 
21 
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48% Divididos entre os partidos, na proporção do número de 
representantes na Câmara dos Deputados, consideradas as legendas 
dos titulares; 
15% Divididos entre os partidos, na proporção do número de 
representantes no Senado Federal, consideradas as legendas dos 
titulares. 
 
- Esses valores são distribuídos aos partidos. Para que os candidatos dessas agremiações 
tenham acesso aos valores, é fundamental que seja feito pedido escrito ao órgão partidário da 
circunscrição. Assim, essa distribuição entre os candidatos depende de ato formal, 
consubstanciado em requerimento feito pelo cidadão que pretende se submeter às eleições. 
 
- O candidato a cargo eletivo fará, diretamente ou por intermédio de pessoa por ele designada, 
a administração financeira de sua campanha usando recursos repassados pelo partido, 
inclusiveos relativos à cota do Fundo Partidário, recursos próprios ou doações de pessoas 
físicas, na forma estabelecida nesta Lei. Vale ressaltar que a responsabilidade do candidato é 
solidária com o seu administrador, pela veracidade das informações prestadas. Por isso, o 
candidato é obrigado a assinar a prestação de contas em conjunto com o administrador. 
 
- Pelo entendimento consagrado pelo TSE, há uma espécie de presunção absoluta de 
responsabilidade do candidato em se tratando de campanha eleitoral, salvo para doações 
feitas pela internet. 
 
- A lei 13.165/2015 acabou com a figura dos comitês financeiros. 
 
- Para arrecadação e gastos em campanha eleitoral, há necessidade da existência de alguns 
requisitos: a)pedido de registro de candidatura; b) a inscrição dos candidatos no CNPJ; c) a 
abertura de conta bancária específica e d) a expedição de recibos eleitorais. 
 
- O número no CNPJ é fornecido pela JE, no prazo de 3 dias úteis após o registro da 
candidatura. 
 
- Com a consignação do CNPJ, os candidatos deverão abrir contas bancárias específicas para 
movimentação dos valores referentes à campanha eleitoral. Como o CNPJ é concedido apenas 
em razão das campanhas, este deve ser cancelado pela Receita Federal, assim que se encerrar 
o ano fiscal, em 31 de dezembro do ano da eleição. 
- Os bancos devem acatar em até 3 dias, a abertura de conta de qualquer candidato escolhido 
pela convenção, sendo-lhe vedado condicioná-la a depósito mínimo e à cobrança de taxas e/ 
ou outras despesas de manutenção. É obrigatório que se conste extrato bancário ou CNP do 
doador. 
 
3 dias úteis do pedido de registro de 
candidatura 
Fornecimento do número de CNPJ 
22 
Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica 
3 dias do pedido de abertura de conta Bancos devem acatar o pedido e abrir conta 
bancária específica para movimentação em 
campanha eleitoral. 
 
Atenção: a abertura de conta bancária não será exigida na campanha para cargos eletivos 
municipais de cidades que não possuam agência bancária ou posto bancário. 
 
- Os recibos eleitorais são documentos formais. Atualmente, devem ser expedidos apenas para 
as doações estimáveis em dinheiro e as advindas de meios eletrônicos – devendo ser entregues 
à JE qnd da prestação de contas. As doações em dinheiro são provadas pelo CPF dos doadores 
no deposito feito em conta específica. 
 
 
Dispensa de 
expedição de recibo 
eleitoral 
I - a cessão de bens móveis, limitada ao valor de R$ 4.000,00 (quatro 
mil reais) por pessoa cedente; 
II - doações estimáveis em dinheiro entre candidatos ou partidos, 
decorrentes do uso comum tanto de sedes quanto de materiais de 
propaganda eleitoral, cujo gasto deverá ser registrado na prestação 
de contas do responsável pelo pagamento da despesa 
III - a cessão de automóvel de propriedade do candidato, do cônjuge 
e de seus parentes até o terceiro grau para seu uso pessoal durante 
a campanha. 
 
 Na doação realizada através da internet, haverá a expedição automática de recibo para 
cada doação, mas esses não necessitarão ser assinados pelo doador. 
 A arrecadação de receitas realizada fora dos parâmetros previstos será ilícita e estará 
sujeita às sanções legais. 
 A arrecadação para campanha eleitoral pode ocorrer até o dia da eleição. Excepcionalmente, 
no entanto, é permitida a arrecadação de recursos, após a data fixada, exclusivamente para 
quitação de despesas já contraídas e não pagas até aquela data, os quais deverão estar 
integralmente quitadas até a data da entrega da prestação de contas à JE, sob pena de 
desaprovação de contas. 
 Caso a doação seja realizada por terceiros, em se tratando de pessoa física, fica limitada a 
10% de seus rendimentos no ano anterior. 
 Os partidos políticos podem doar para seus candidatos até o limite de gastos que se faz 
possível na campanha, definido pelo TSE, a doação além do fixado, sujeita o infrator a multa 
de 100% sobre o valor que ultrapasse o limite. 
 É permita a realização de eventos e comercialização de bens para arrecadar valores para a 
campanha eleitoral. Para realizar tais eventos será necessário comunicar a JE – com pelo 
menos 5 dias de antecedência. A JE poderá designar fiscais para atuar no evento. Da doação 
recebida será expedido um recibo eleitoral. 
 
Doação Oculta 
23 
Revisão de Véspera Direito Eleitoral – Siga @corujinha_juridica 
É qnd determinada pessoa doa para o partido político que, por sua vez, emprega tal valor na 
campanha de determinado filiado seu. O nome do doador não aparecerá na lista de doações 
para a candidatura do candidato. O STF entende que tal situação é inconstitucional. 
Assim, se o partido doa para campanha de candidato deve identificar qual origem do crédito. 
Se veio do FEFC ou do fundo partidário ou doação de pessoa física – indicando nesse último 
caso o CPF. 
 
 
 As doações deverão ser realizas através de cheque nominal ou depósito identificado na conta 
específica do candidato ou partido. Existe a possibilidade de doação feita pela internet 
através de dispositivos eletrônicos presentes no sítio eletrônico do candidato ou partido 
político, desde que haja a emissão de recibos eleitorais para cada doação realizada. 
 Para doação em dinheiro (depósito identificado em conta bancária, cheques cruzados) não 
há necessidade de apresentação de recibos eleitorais na prestação de contas. A expedição de 
recibo eleitoral deve ocorrer quando a doação é estimável em dinheiro ou quando feita 
através da internet. 
 Nas hipóteses de doação através da internet e de doação por financiamento coletivo, o 
candidato, partido e a coligação não serão responsabilizados por fraudes ou erros cometidos 
por doadores sem seu conhecimento. 
 São vedas quaisquer doações em dinheiro, bem como troféus, prêmios, ajudas de qualquer 
espécie feitas por candidato, entre o registro e a eleição, a pessoas físicas ou jurídicas. 
 É possível que algumas doações sejam realizadas através de utilidades, como por ex., o 
empréstimo de bens imóveis. 
 O limite previsto para doação de pessoas físicas (de até 10% do faturamento bruto do ano 
anterior) não se aplica a doações referentes a utilização de bens móveis e imóveis de 
propriedade do doador, que não poderá superar o valor de R$ 40.000,00. 
 Não se deve confundir essa regra, em que há expedição de recibos eleitorais e indicação na 
prestação de contas, com aquela outra da cessão de bens móveis cujo valor não ultrapasse 
R$ 4.000,00. Nesse último caso, não há recibo e nem indicação na prestação. 
 
Financiamento 
coletivo ou 
Crowdfunding 
É um método, geralmente eletrônico, que permite a cooperação de 
desconhecidos que doam para uma finalidade específica. O financiamento 
coletivo ficou muito conhecido para fins sociais com auxílio de diversas 
pessoas que necessitam principalmente de cuidados médicos ou ainda de 
valores necessários para estudos. A Lei das Eleições prevê de forma 
expressa o crowdfunding – que pode ser iniciado a partir do dia 15 de maio 
das eleições antes mesmo do pedido do registro de candidatura. Neste 
caso, os valores arrecadados só serão disponibilizados para o candidato 
com o pedido do registro da candidatura, caso contrário, as entidades 
arrecadadoras serão obrigadas a devolver aos doadores coletivos a quantia 
recebida. 
 
Requisitos para o financiamento coletivo: 
24 
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a) cadastro prévio na Justiça Eleitoral, que estabelecerá regulamentação 
para prestação de contas, fiscalização instantânea das doações, contas 
intermediárias, se houver, e repasses aos candidatos; 
b) identificação obrigatória, com o nome completo e o número de inscrição 
no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) de cada um dos doadores e das 
quantias doadas; 
c) disponibilização em sítio eletrônico de lista com identificação dos 
doadores e das respectivas quantias doadas, a ser atualizada 
instantaneamente a cada nova doação; 
d) emissão obrigatória de recibo para o doador,relativo a cada doação 
realizada, sob a responsabilidade da entidade arrecadadora, com envio 
imediato para a Justiça Eleitoral e para o candidato de todas as 
informações relativas à doação; 
e) ampla ciência a candidatos e eleitores acerca das taxas administrativas 
a serem cobradas pela realização do serviço; 
f) não incidência em quaisquer das hipóteses listadas no art. 24 desta Lei; 
g) observância do calendário eleitoral, especialmente no que diz respeito 
ao início do período de arrecadação financeira, nos termos dispostos no § 
2º do art. 22-A desta Lei; 
h) observância dos dispositivos desta Lei relacionados à propaganda na 
internet; 
 
 A legislação permite que o eleitor faça gastos em homenagem ao candidato de sua preferência 
até 1.000 UFIR (o que equivale a R$ 1.064,00). Assim, pode o eleitor produzir camisas, broches 
e adesivos do candidato de sua preferência. Esses valores não serão registrados e não fazem 
parte da campanha eleitoral, desde que não sejam reembolsáveis. 
 Os gastos que o eleitor pode fazer em favor do candidato de sua preferência não podem ser 
confundido com doações à campanha eleitoral. 
 Se as doações de pessoas físicas a candidatos, somadas aos recursos públicos, excederem o 
limite de gastos permitido para a respectiva campanha, o valor excedentes poderá ser 
transferido ao partido político. 
 
São gastos de campanha eleitoral: 
I - confecção de material impresso de qualquer natureza e tamanho, observado o disposto no § 
3o do art. 38 desta Lei; 
25 
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II - propaganda e publicidade direta ou indireta, por qualquer meio de divulgação, destinada a 
conquistar votos; 
III - aluguel de locais para a promoção de atos de campanha eleitoral; 
IV - despesas com transporte ou deslocamento de candidato e de pessoal a serviço das 
candidaturas, observadas as exceções previstas no § 3o deste artigo. 
 V - correspondência e despesas postais; 
VI - despesas de instalação, organização e funcionamento de Comitês e serviços necessários às 
eleições; 
VII - remuneração ou gratificação de qualquer espécie a pessoal que preste serviços às 
candidaturas ou aos comitês eleitorais; 
VIII - montagem e operação de carros de som, de propaganda e assemelhados; 
IX - a realização de comícios ou eventos destinados à promoção de candidatura; 
X - produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, inclusive os destinados à propaganda 
gratuita; 
XI - (Revogado); (Redação dada pela Lei nº 11.300, de 2006) 
XII - realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais; 
XV - custos com a criação e inclusão de sítios na internet e com o impulsionamento de conteúdos 
contratados diretamente com provedor da aplicação de internet com sede e foro no 
País; (Redação dada pela Lei nº 13.488, de 2017) 
- Multas aplicadas, até as eleições, aos candidatos e partidos políticos por infração do disposto 
da lei eleitoral. 
 
 
Limites máximos de gastos na campanha eleitoral: 
I - alimentação do pessoal que presta serviços às candidaturas ou aos comitês eleitorais: 10% 
(dez por cento); 
II - aluguel de veículos automotores: 20% (vinte por cento). 
Não são consideradas gastos eleitorais nem se sujeitam a prestação de contas as seguintes 
despesas de natureza pessoal do candidato: 
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a) combustível e manutenção de veículo automotor usado pelo candidato na campanha; 
b) remuneração, alimentação e hospedagem do condutor do veículo; 
c) alimentação e hospedagem própria; 
d) uso de linhas telefônicas registradas em seu nome como pessoa física, até o limite de três 
linhas 
 
Prestação de 
Contas 
- A prestação de contas de campanha eleitoral deve ser realizada perante p órgão 
da JE competente para as eleições realizadas. 
 
- Os partidos políticos, as coligações, e os candidatos são obrigados a divulgarem 
os recursos recebidos em dinheiro – até 72 horas de seu recebimento, bem como 
devem publicar, no dia 15 de setembro do ano das eleições relatório 
discriminando as transferências do Fundo Partidário, os recursos em dinheiro e 
os estimáveis em dinheiro recebidos, bem como os gastos realizados. 
 
- Com o fim dos comitês financeiros, a prestação de contas deve ser feita pelo 
candidato. 
 
- O candidato deverá proceder à prestação de contas, ainda que tenha 
renunciado ou tido seu registro indeferido ou sido declarado inelegível. No caso 
de falecimento, deverá prestar contas o seu administrador ou caso não tenha 
contratado, a direção do partido político na circunscrição eleitoral. 
 
- A prestação de contas deverá ser realizada até 30 dias após a data do pleito 
eleitoral. Caso o candidato tenha participado do segundo turno – a prestação 
deverá ser realizada uma só vez no prazo de 20 dias contados da realização do 
segundo turno. 
 
- A Justiça Eleitoral adotará sistema simplificado de prestação de contas para 
candidatos que apresentarem movimentação financeira correspondente a, no 
máximo, R$ 20.000,00 (vinte mil reais), atualizados monetariamente, a cada 
eleição, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC da Fundação 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE ou por índice que o substituir. 
Esse procedimento simplificado também deverá ser aplicado nas eleições de 
prefeito e vereadores em municípios com menos de 50.000 eleitores. 
 
Ficam 
dispensando 
de 
comprovação 
Ficam também dispensadas de comprovação na prestação de contas 
I - a cessão de bens móveis, limitada ao valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) 
por pessoa cedente; 
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na prestação 
de contas 
II - doações estimáveis em dinheiro entre candidatos ou partidos, decorrentes do 
uso comum tanto de sedes quanto de materiais de propaganda eleitoral, cujo 
gasto deverá ser registrado na prestação de contas do responsável pelo 
pagamento da despesa. 
 III - a cessão de automóvel de propriedade do candidato, do cônjuge e de seus 
parentes até o terceiro grau para seu uso pessoal durante a 
campanha. 
 As contas dos candidatos eleitos devem ser julgadas até 3 dias antes da respectiva diplomação. 
 A JE se tiver alguma dúvida, poderá determinar de ofício diligências no prazo de 72 horas, após 
a apresentação das contas. 
 Antes dos julgamentos das contas, deverá a JE, no prazo de 48 horas, ouvir o MP Eleitoral. 
 Do julgamento das contas, cabem 4 opções: aprovação, aprovação com ressalvas, reprovação 
e contas não prestadas. 
 
Aprovação quando estiverem regulares 
Aprovação com 
ressalvas 
quando verificadas falhas que não lhes comprometam a 
regularidade 
Reprovação quando verificadas falhas que lhes comprometam a regularidade 
Contas não prestadas quando não apresentadas as contas após a notificação emitida pela 
Justiça Eleitoral, na qual constará a obrigação expressa de prestar as 
suas contas, no prazo de setenta e duas horas. 
Atenção: erros formais ou materiais irrelevantes no conjunto da prestação de contas, que não 
comprometam o resultado – não acarretarão a rejeição das contas. 
 Considera-se não prestadas as contas quando não apresentadas no prazo de 30 dias contados do 
pleito e, além disso quando o candidato ou comitê não prestarem as contas após notificados para 
tal pela JE, no prazo de 72 horas da notificação. 
 A não prestação de contas impede que o candidato eleito seja diplomado. 
 Débitos de campanha não quitados: poderão os partidos políticos os assumir, sendo o candidato 
solidário na obrigação por seu pagamento. 
 Sobra de campanha: na apuração final da eleição, sobrando valores arrecadados, essas devem 
ser declarados na prestação de contas e, após julgados todos os recursos, ser transferidos para 
o partido na circunscriçãoeleitoral do pleito e, em se tratando de coligação, para ser dividido 
entre os partidos que a compuseram. Se a eleição é presidencial devem ser transferidas as sobras 
para o diretório nacional, se a eleição é federal (deputados federais e senadores) ou estadual, as 
sobras serão transferidas para o diretório estadual ou distrital, se a eleição for municipal – para 
o diretório municipal. 
 A rejeição de contas, por si só, não acarretará a perda do mandato eletivo que poderá ocorrer, 
no entanto com o ajuizamento da representação prevista no art. 30-A da lei nº 9.504/97. 
 Em relação ao partido, a situação será diferente, uma vez que o mesmo pode sofrer com pena 
de devolução do valor tido como irregular, acrescido de multa de até 20%. 
 Da decisão de julgar as contas – caberá recurso no prazo de 3 dias, contados da publicação em 
Diário Oficial. 
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Propaganda Político- Partidária 
A propaganda política é gênero, do qual são espécies: a propaganda partidária, a propaganda 
intrapartidária e a propaganda eleitoral 
Propaganda 
Partidária 
- Visa a divulgação dos ideais partidários, bem como qual é a posição dos 
partidos políticos frente a temas importantes para a sociedade. 
 
- A presente espécie da propaganda tem como fundamento o direito de antena 
– atualmente para aqueles partidos que alcançam a cláusula de barreira ali 
fixada. 
 
- A revogação da propaganda partidária se deu para permitir o financiamento 
público das campanhas, uma vez que parte do FEFC é formado por valores 
decorrentes das compensações fiscais que deixaram de existir com a extinção da 
propaganda partidária. 
 
- O legislador entendeu politicamente que era melhor deixar de veicular tal 
propaganda para permitir o financiamento público das campanhas eleitorais. 
Propaganda 
Intrapartidária 
- Uma das condições de elegibilidade é a aprovação em convenção partidária. 
Segundo tal condição, é necessário que o cidadão seja confirmado como 
candidato na convenção partidária, que deve ser realizada entre os dias 20 de 
julho e 5 de agosto no ano das eleições, para que possa ser escrito como 
candidato. 
 
- Antes da convenção, não se pode falar em candidato, mas apenas em candidato 
a candidato. Por conta disso, permite-se que o cidadão que queira candidatar-
se a cargo eletivo realize propaganda prévia à convenção partidária. 
 
- Assim, a propaganda intrapartidária é realizada pelos candidatos a candidatos 
no período anterior à convenção que visa convencer os filiados a partidos 
políticos que compõem a convenção partidária de que são pessoas capacitadas 
para concorrer a cargo eletivo através daquele partido. 
 
- Por ser dirigida a filiados de partidos políticos veda-se a propaganda 
intrapartidária através de rádio, televisão e outdoors. Essa propaganda só pode 
ser realizada nos 15 dias que antecedem a convenção partidária. 
 
- A utilização de propaganda intrapartidária para veicular a terceiros, que não 
filiados daquele partido político, enseja a aplicação de multa pecuniária de R$ 
5.000,00 A R$ 25.000,00. 
 
- Ao postulante a candidatura a cargo eletivo é permitida a realização, na 
quinzena anterior à escolha pelo partido, de propaganda intrapartidária com 
vista à indicação de seu nome, vedado o uso de rádio, televisão e outdoor. 
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Propaganda 
Eleitoral 
 - Visa divulgar as propostas dos candidatos a cargos eletivos. A finalidade é 
arregimentar eleitores, para que possam votar em determinado candidato, 
através das suas promessas e características. 
 
- É vedada a propaganda eleitoral extemporânea. 
 
- A propaganda eleitoral somente é permitida após o dia 15 de agosto do ano da 
eleição. (Ou seja, a partir do dia 16 de agosto) 
 
- Não configuram propaganda eleitoral antecipada, desde que não envolvam 
pedido explícito de voto, a menção à pretensa candidatura, a exaltação das 
qualidades pessoais dos pré-candidatos e os seguintes atos, que poderão ter 
cobertura dos meios de comunicação social, inclusive via internet: 
I - a participação de filiados a partidos políticos ou de pré-candidatos em 
entrevistas, programas, encontros ou debates no rádio, na televisão e na 
internet, inclusive com a exposição de plataformas e projetos políticos, 
observado pelas emissoras de rádio e de televisão o dever de conferir 
tratamento isonômico; 
II - a realização de encontros, seminários ou congressos, em ambiente fechado 
e a expensas dos partidos políticos, para tratar da organização dos processos 
eleitorais, discussão de políticas públicas, planos de governo ou alianças 
partidárias visando às eleições, podendo tais atividades ser divulgadas pelos 
instrumentos de comunicação intrapartidária; 
III - a realização de prévias partidárias e a respectiva distribuição de material 
informativo, a divulgação dos nomes dos filiados que participarão da disputa e a 
realização de debates entre os pré-candidatos; 
IV - a divulgação de atos de parlamentares e debates legislativos, desde que não 
se faça pedido de votos; 
V - a divulgação de posicionamento pessoal sobre questões políticas, inclusive 
nas redes sociais; 
VI - a realização, a expensas de partido político, de reuniões de iniciativa da 
sociedade civil, de veículo ou meio de comunicação ou do próprio partido, em 
qualquer localidade, para divulgar ideias, objetivos e propostas partidárias. 
VII - campanha de arrecadação prévia de recursos na modalidade de 
financiamento coletivo para campanha eleitoral. 
 
- Nas hipóteses acima citadas, são permitidos o pedido de apoio político e a 
divulgação da pré-candidatura, das ações políticas desenvolvidas e das que se 
pretendem desenvolver, salvo para os profissionais de comunicação no exercício 
da profissão. 
 
- Art. 242 do CE: A propaganda, qualquer que seja a sua forma ou modalidade, 
mencionará sempre a legenda partidária e só poderá ser feita em língua 
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nacional, não devendo empregar meios publicitários destinados a criar, 
artificialmente, na opinião pública, estados mentais, emocionais ou passionais. 
 
- Na propaganda dos candidatos a cargo majoritário deverão constar, 
também, os nomes dos candidatos a vice ou a suplentes de senador, de 
modo claro e legível, em tamanho não inferior a 30% (trinta por cento) 
do nome do titular. 
 
 
Da propaganda proibida 
Art. 243. Não será tolerada propaganda: 
I - de guerra, de processos violentos para subverter o regime, a ordem política e social ou de 
preconceitos de raça ou de classes; 
II - que provoque animosidade entre as forças armadas ou contra elas, ou delas contra as 
classes e instituições civis; 
III - de incitamento de atentado contra pessoa ou bens; 
IV - de instigação à desobediência coletiva ao cumprimento da lei de ordem pública; 
V - que implique em oferecimento, promessa ou solicitação de dinheiro, dádiva, rifa, sorteio ou 
vantagem de qualquer natureza; 
VI - que perturbe o sossego público, com algazarra ou abusos de instrumentos sonoros ou sinais 
acústicos; 
VII - por meio de impressos ou de objeto que pessoa inexperiente ou rústica possa confundir 
com moeda; 
VIII - que prejudique a higiene e a estética urbana ou contravenha a posturas municiais ou a 
outra qualquer restrição de direito; 
IX - que caluniar, difamar ou injuriar quaisquer pessoas, bem como órgãos ou entidades que 
exerçam autoridade pública. 
 
 Tem-se proibido o telemarketing ativo, assim considerado aquele em que o contato parte 
do candidato ou do partido, normalmente através de empresas que ligam para os contatos 
do eleitor pedindo votos. Esse tipo de propaganda é vedado sob o argumento que traz 
perturbação da ordem pública. 
 Não há proibição do telemarketing receptivo – considerado como aquele em que o partido 
ou o candidato informa um contato para que o eleitor, caso queira, busque informações 
sobre a candidatura.Da proibição da propaganda eleitoral nos bens públicos e nos bens de uso comum 
- A Lei das Eleições veda a propaganda realizada em bens públicos e nos que dependam de 
autorização ou concessão do Poder Público. 
 
- Nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder público, ou que a ele pertençam, 
e nos bens de uso comum, inclusive postes de iluminação pública, sinalização de tráfego, 
viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos, é vedada a 
31 
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veiculação de propaganda de qualquer natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta e exposição 
de placas, estandartes, faixas, cavaletes, bonecos e assemelhados. 
 
- Tem-se proibido, ainda, a distribuição de folhetos em escolas públicas, bem como é vedada a 
propaganda em tapume de obra pública. 
- É permitida a colocação de mesas para distribuição de material de campanha e a utilização de 
bandeiras ao longo das vias públicas, desde que móveis e que não dificultem o bom andamento 
do trânsito de pessoas e veículos. A mobilidade referida no estará caracterizada com a colocação 
e a retirada dos meios de propaganda entre as seis horas e as vinte e duas horas. (6h até 22 h) 
 
- A veiculação de propaganda eleitoral em bens particulares deve ser espontânea e gratuita, 
sendo vedado qualquer tipo de pagamento em troca de espaço para esta finalidade. 
 
- Nas dependências do Poder Legislativo, a veiculação de propaganda eleitoral fica a critério da 
Mesa Diretora. 
 
- Proíbe-se a propaganda em bem que dependa de autorização, cessão ou permissão do poder 
público: bancas de revistas e jornais, veículos de transporte coletivo ... 
 
- Não se faz possível a propaganda eleitoral através do uso de símbolos, frases ou imagens, 
associadas ou assemelhadas às empregadas por órgão de governo ou quaisquer das entidades 
da adm. pública indireta. 
 
 
Da propaganda em bens particulares 
- A propaganda ainda pode ser colocada em muros pertencentes a particulares, desde que 
autorizado pelo proprietário. Essa autorização deve ser dada de forma espontânea e gratuita. 
 
- Não se admite mais a inscrição a tinta de propaganda em muros, ainda que particulares. O que 
se permite é a colocação de adesivo ou papel, cujo tamanho não ultrapasse 0,5 m2 ( meio metro 
quadrado) 
 
- A lei 13.488/2017, modificando o art. 37,§2º da Lei das Eleições passou a considerar que não é 
permitida a colocação de propaganda em bens particulares, salvo adesivos plásticos em 
automóveis, caminhões, bicicletas, motocicletas e janelas residenciais – desde que não supere 
meio metro quadrado. 
 
- A propaganda em outdoors é proibida, inclusive outdoors eletrônicos. 
 
- É vedada a propaganda eleitoral mediante outdoors, inclusive eletrônicos, sujeitando-se a 
empresa responsável, os partidos, as coligações e os candidatos à imediata retirada da 
propaganda irregular e ao pagamento de multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 
15.000,00 (quinze mil reais). 
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Da realização da propaganda eleitoral 
- A realização de qualquer ato de propaganda partidária ou eleitoral, em recinto aberto ou 
fechado, não depende de licença da polícia. 
- O candidato, partido ou coligação promotora do ato fará a devida comunicação à autoridade 
policial em, no mínimo, vinte e quatro horas antes de sua realização, a fim de que esta lhe 
garanta, segundo a prioridade do aviso, o direito contra quem tencione usar o local no mesmo 
dia e horário. 
- A autoridade policial tomará as providências necessárias à garantia da realização do ato e ao 
funcionamento do tráfego e dos serviços públicos que o evento possa afetar. 
- Uma outra forma de propaganda eleitoral ocorre através da utilização de sonorização. Essa 
sonorização poderá ser móvel ou fixa. 
- A sonorização móvel é aquela utilizada pelos candidatos, através de carros de som, que 
circulam pela cidade tocando jingles ou mensagens gravadas pelos candidatos. Existem 
limitações da referida forma de propaganda. 
- Em relação ao horário: a propaganda através de sonorização móvel ocorrerá fora do horário 
compreendido entre 8h e as 22h. 
- Não poderá ser utilizada a sonorização móvel – a menos de 200m: 
I - das sedes dos Poderes Executivo e Legislativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, das sedes dos Tribunais Judiciais, e dos quartéis e outros estabelecimentos militares; 
II - dos hospitais e casas de saúde; 
III - das escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros, quando em funcionamento. 
- Atualmente, esse tipo de propaganda só pode ser realizada através de carros de som (inclusive 
de tração animal) e minitrio. A pressão sonora não poderá superar 80 decibéis, medidos a 7 
metros do veículo. 
- A diferença entre carro se som, minitrio e trio elétrico não está nas dimensões do veículo, mas 
sim na potência do som. 
I - carro de som: veículo automotor que usa equipamento de som com potência nominal de 
amplificação de, no máximo, 10.000 (dez mil) watts. 
 II - minitrio: veículo automotor que usa equipamento de som com potência nominal de 
amplificação maior que 10.000 (dez mil) watts e até 20.000 (vinte mil) watts; 
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III - trio elétrico: veículo automotor que usa equipamento de som com potência nominal de 
amplificação maior que 20.000 (vinte mil) watts. 
- Em relação a sonorização fixa: Essa propaganda só pode ser realizada entre 8h até 24h. Vales 
ressaltar que no comício de encerramento de campanha é possível estender-se o horário por 
mais 2 horas. O CE no seu PÚ dispõe ser proibida a realização de propaganda através de comício 
e reuniões públicas entre 48 horas antes e as 24 horas após as eleições. 
- Showmícios: são comícios precedidos pelos shows de artistas. O showmício está proibido, não 
importando se a apresentação do artista ocorreu de forma gratuita ou remunerada. 
- O termo final para realização da propaganda eleitoral é até as 22 horas da véspera do pleito, 
período em que poderão ser realizadas caminha, carreata, passeata, distribuição de material 
gráfico ou carro de sim que circule pela cidade divulgando jingles e mensagens dos candidatos. 
- A propaganda no rádio, na TV, na imprensa escrita e através de comícios – só poderá ser 
realizada até quinta-feira do pleito eleitoral. 
- As caminhadas dos candidatos, assim como as carreatas, não estão incluídas no sentido das 
reuniões públicas indicadas no CE. Segundo o TSE, combustível fornecido por candidato para 
participação em carreata não se constitui ilícito eleitoral. 
- O material gráfico utilizado na propaganda eleitoral deverá conter CNPJ ou CPF do responsável 
pela produção da propaganda, bem como de quem o contratou. É necessário que conste, ainda, 
do material, a tiragem que foi feita. Caso ocorra a propaganda conjunta de candidatos, a mesma 
deverá fazer parte da prestação de contas de quem efetivamente fez o pagamento pela 
prestação de serviço. 
- Em relação aos adesivos, eles devem ter no máximo a dimensão50x40. É proibido colar 
propaganda eleitoral em veículos, exceto adesivos micro perfurados até a extensão total do 
para-brisa traseiro. Apesar deste dispositivo ainda estar previsto na Lei 9.504/97 – o professor 
João Paulo de Oliveira – entende que foi revogado tacitamente pela Lei 13.488, que ao modificar 
o art. 37,§2º da Lei das Eleições – passou a permitir que o adesivo seja colado em automóveis, 
tendo o tamanho de no máximo 0,5 m2 (meio metro). Por isso, ele entende correto considerar 
que o adesivo poderá ir até 0,5 m2 nos veículos automotores, salvo no vidro traseiro que pode 
ocupar toda extensão, desde que seja adesivo microperfurado. Atenção: a plotagem continua 
proibida! 
 
Da propaganda 
eleitoral no dia 
da eleição 
- A propaganda eleitoral no dia da eleição está proibida. 
 
- Assim no dia da

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