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Regimes Previdenciários 1 Regimes previdenciários ● A previdência brasileira comporta dois regimes básicos: ○ Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e os ○ Regimes Próprios de Previdência de servidores públicos (RPPS) (servidores ocupantes de cargos públicos efeAvos e militares ) ● Em paralelo aos regimes básicos, há o regime de previdência complementar trazido pelo art. 202 da CF. 2 3 Do ponto de vista financeiro, os regimes podem ser: 4 Segurados da Previdência Social art. 11 da Lei n. 8.213/91 e no art. 9 º do Decreto n. 3.048/99 5 Segurados Facultativos ● pessoa &sica que não se enquadra na qualidade de segurado obrigatório do RGPS, tampouco figura como segurado obrigatório de regime próprio de previdência social e que, por vontade própria, filia-se ao RGPS a fim de obter proteção previdenciária do Estado. ● É ato voliAvo do interessado. ● Requisitos exigidos pelo arAgo 13 da Lei n. 8.213/91 e 11 do Decreto n. 3.048/99. ○ São, por exemplo: o estudante, o desempregado e o presidiário. (art. 11, , RPS) 6 Segurados Facultativos Rol aberto: É o maior de 16 anos que, SEM exercer atividade remunerada que se enquadre como segurado obrigatório do RGPS, contribui voluntariamente para a previdência social. (Art. 11, RPS) É ato de vontade que somente gera efeitos a partir da inscrição e do primeiro recolhimento, não podendo retroagir e não permitindo pagamentos relativos a competências anteriores a data da inscrição. Art. 11, §3º, RPS: A filiação na qualidade de segurado facultativo representa ato volitivo, gerando efeito somente a partir da inscrição e do primeiro recolhimento, não podendo retroagir e não permitindo o pagamento de contribuições relativas a competências anteriores à data da inscrição, ressalvado o § 3º do art. 28. Art. 11, §4º, RPS: Após a inscrição, o segurado facultativo somente poderá recolher contribuições em atraso quando não tiver ocorrido perda da qualidade de segurado, conforme o disposto no inciso VI do art. 13. 7 Segurado Facultativo: - I - aquele que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020). – - o síndico de condomínio, quando não remunerado; - o estudante; - o brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no exterior; - aquele que deixou de ser segurado obrigatório da previdência social; - o membro de conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, quando não esteja vinculado a qualquer regime de previdência social; - o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa de acordo com a Lei nº 6.494, de 1977; - o bolsista que se dedique em tempo integral a pesquisa, curso de especialização, pós-graduação, mestrado ou doutorado, no Brasil ou no exterior, desde que não esteja - vinculado a qualquer regime de previdência social; - o presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer regime de previdência social; - o brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime previdenciário de país com o qual o Brasil mantenha acordo internacional; - o segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto, que, nesta condição, preste serviço, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas, com ou sem intermediação da organização carcerária ou entidade afim, ou que exerce atividade artesanal por conta própria. - o presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer regime de previdência social; - o brasileiro residente ou domiciliado no exterior; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020). - o segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto, que, nesta condição, preste serviço, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas, com ou sem intermediação da organização carcerária ou entidade afim, ou que exerce atividade artesanal por conta própria. XII - o atleta beneficiário da Bolsa-Atleta não filiado a regime próprio de previdência social ou não enquadrado em uma das hipóteses previstas no art. 9º. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020) (art. 11, V,§ 1º RPS) 8 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm Segurados Obrigatórios ● O segurado obrigatório é a pessoa 0sica que vai exercer, de forma lícita, a:vidade remunerada abrangida pelo RGPS. ● Sua filiação está ligada ao exercício da a:vidade remunerada e é obrigatória. ● Estão elencados no art. 11 da Lei n. 8.213/91 e no art. 9 º do Decreto no 3.048/99 e divididos em 5 categorias: ○ 1 empregado, 2 empregado domésAco, 3 trabalhador avulso, 4 contribuinte individual e 5 segurado especial. 9 Segurados Obrigatórios ● Em caráter não eventual/ Empregado: (art. 11, I, Lei 8213): ○ presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado . ● Trabalho temporário: ○ contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legislação específica, presta serviço para atender a necessidade transitória de subsAtuição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras empresas ● Contratado no Brasil para Prestar serviço no exterior: ○ brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior 10 ● Contratado no Brasil para Prestar serviço no exterior/maior parte capital votante : ○ O brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante pertença a empresa brasileira de capital nacional ● Missão DiplomáHca: ○ Aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomáAca ou a reparAção consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e reparAções, excluídos o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respecAva missão diplomáAca ou reparAção consular ● O brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior : ○ em organismos oficiais brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efeAvo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio Segurados Obrigatórios 11 ● Servidor do Estado, Distrito Federal ou Município , das Autarquias e Fundações: ○ ocupante de cargo efeAvo, desde que, nessa qualidade, não esteja amparado por regime próprio de previdência social ● O servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efeHvo* ○ com a União, Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais. *exclusivamente em comissão ● Servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal ou Município, bem como pelas respecHvas autarquias e fundações, por tempo determinado ○ para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público , art 37, IX, CF ● O exercente de mandato eleHvo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social Segurados Obrigatórios 12 ● O menor aprendiz ● O estagiário que prestam serviços a empresa, em desacordo com a Lei n.11.788/2008 ● O trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa [sica ( art. 14-A da Lei n. 5.889/73 ) ● Empregado DomésHco ○ Lei Complementar n. 150/2015 - aquele que presta serviços de forma coninua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucraAva à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana. Segurados Obrigatórios 13 Segurados Obrigatórios ● Trabalhador Avulso - Lei 8.213/91 (art. 9º, VI, RPS) ○ Art. 11. VI - como trabalhador avulso: quem presta, a diversas empresas, sem vínculo empregaicio, serviço de natureza urbana ou ruraldefinidos no Regulamento. ○ CaracterísAcas: (férias, 13º salário, FGTS) 14 Segurados Obrigatórios ● Segurado especial ○ Contempla pequenos produtores rurais, pescadores artesanais e seringueiros, os quais desenvolvem suas aHvidades sozinhos ou em regime de economia familiar, com ajuda de esposo, esposa, filhos e equiparados. ● O segurado especial é o único dentre todos os segurados do regime geral de previdência que possui conceituação estampada no texto consAtucional, conferindo-lhes, portanto, maior proteção jurídica. ● art. 195, § 8º, da CF/88: “o produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respec3vos cônjuges, que exerçam a3vidades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos bene?cios nos termos da lei”. 15 A Lei n. 8.213/91 Art. 11. (...) VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de: a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade: 1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais; 2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do inciso XII do caput do art. 2o da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o principal meio de vida; b) pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida; c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo (incluído pela Lei no 11.718, de 2008). 16 E regime de economia familiar, segundo o comando do § 1º do art. 11 da Lei n. 8.213/91, é a atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável a própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados permanentes. Em relação à atividade agropecuária, a lei passou a exigir que o tamanho do imóvel rural fosse inferior ou igual a 4 módulos fiscais, área esta contínua ou não (art.9º, VII, a, 1, do Decreto n. 3.048/99), não havendo essa exigência para as atividades de pesca e extrativismo vegetal. 17 Registre-se que as Leis n. 11.718/08 e 12.873/13 trouxeram profundas alterações quanto a identificação do segurado especial, permitindo, inclusive, que ele tenha empregados não permanentes, ou mesmo que exerça outras atividades por um determinado período, que more fora do imóvel rural, etc. Vejamos: a) não há a exigência de o segurado especial ter que residir no imóvel rural. Ele pode, até mesmo, morar em aglomerado urbano ou rural próximo ao imóvel rural em que exerce suas atividades. b) O grupo familiar poderá utilizar-se de empregados contratados por prazo determinado ou de trabalhador eventual, à razão de, no máximo, 120 dia no ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho. Isso significa que o segurado especial poderá contratar empregados ou contribuintes individuais no período de até 120 dia/ano. Segundo a alteração trazida pela Medida Provisória n 619/2013, convertida na Lei n 12.873/2013, o período de 120 dias ao ano não precisa ser em períodos de safra. 18 19 Segurados Obrigatórios ● Contribuinte Individual ○ O segurado contribuinte individual não possui uma caracterísHca comum, sólida, jurídica, salvo o fato de não se enquadrar em alguma das categorias anteriores. ● As Leis n. 8.212 e n. 8.213, ambas de 1991, conceituam os contribuintes individuais, respec:vamente, no art. 12, V e no art. 11, V, a saber: >>>>>> 20 Segurados Obrigatórios a) a pessoa [sica, proprietária ou não, que explora aHvidade agropecuária, a qualquer itulo, em caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a 4 módulos fiscais ou aHvidade pesqueira, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos §§ 9º e 10 deste arHgo; (Redação dada pela Lei no 11.718, de 2008) 21 Segurados Obrigatórios b) pessoa [sica, proprietária ou não, a que explora aHvidade de extração mineral – garimpo, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, uHlizados a qualquer itulo, ainda que de forma não coninua; (Redação dada pela Lei no 9.876, de 26.11.99) 22 Segurados Obrigatórios ● c) o ministro de confissão religiosa e o membro de insHtuto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa; 23 Segurados Obrigatórios ● d) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efeHvo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; 24 Segurados Obrigatórios ● e) o • Htular de firma individual urbana ou rural, o • diretor não empregado e o • membro de conselho de administração de sociedade anônima, o • sócio solidário, o • sócio de indústria, o • sócio gerente e o • sócio coHsta que recebam remuneração decorrente de seu trabalho em empresa urbana ou rural, e o • associado eleito para cargo de direção em cooperaHva, associação ou enHdade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para exercer aHvidade de direção condominial, desde que recebam remuneração; 25 Segurados Obrigatórios ● F) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego; 26 g) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não; Nesse grupo, estão os chamados trabalhadores autônomos, denominação esta abolida com o advento da Lei n. 9.876/99. Segurados Obrigatórios ● H) o cooperado de cooperaHva de produção que, nesta condição, presta serviço à sociedade cooperaHva mediante remuneração ajustada ao trabalho executado; ● Esse indivíduo está associado a uma cooperaAva de produção, assim entendida como a sociedade que detém os meios de produção, e seus associados contribuem com serviços para a produção em comum de bens ou serviços. 27 Segurados Obrigatórios ● I) o Micro Empreendedor Individual (MEI) de que tratam os arts. 18-A e 18-C da Lei Complementar n. 123/2006, que opte pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais. 28 O microempreendedor individual é o empresário individual, nos termos do art. 966 do CC, que tenha auferido nos anos - calendário de 2012 a 2017 receita bruta anual de até R$ 60.000,00 (optante pelo SIMPLES NACIONAL e que não apresente nenhum impedimento legal pela opção dessa sistemática. A partir do exercício de 2018, a receita bruta anual do MEI passou a ser de até R$ 81.000. O MEI poderá ter apenas um empregado que receba, no máximo, um salário mínimo ou o piso salarial da categoria. Tem uma série de vantagens no que diz respeito à burocracia e recolhimento de contribuições previdenciárias, tema que será tratado na parte de custeio da Seguridade Social. Para os casos de afastamento legal do único empregado do MEI, será permitida a contratação de outro empregado que receba salário mínimo ou o piso legal da categoria, inclusive por prazo determinado, até que cessem as condições do afastamento. Dependentes ● Pessoas 0sicas cujo vínculo jurídico com o segurado autoriza que a proteção previdenciária seja estendida de forma reflexa, quanto a algumas das prestações pecuniárias indicadas na lei. ○ resulta numa vinculação indireta ao RGPS. ○ Os dependentesestão divididos em 3 classes dispostas no art.16 da Lei n. 8.213/91 e serão estudados em aula especifica. 29 Dependentes São pessoas que possuem laços com o segurado e que, por isso, podem titularizar prestações previdenciárias. Estão agrupados em 3 classes (art. 16, Lei 8213): I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; II - os pais; III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; Há ainda os equiparados a filhos: enteados e menor sob tutela. 30 Perda da Qualidade de Dependente: a) Para o cônjuge: - pelo divórcio ou pela separação judicial ou de fato, enquanto não lhe for assegurada a prestação de alimentos. - pela anulação do casamento. - pelo óbito. - por sentença judicial transitada em julgado. b) Para a companheira ou companheiro: - pela cessação da união estável com o segurado ou segurada, enquanto não lhe for garantida a prestação de alimentos. c) Para o filho e o irmão, de qualquer condição: - ao completarem 21anos de idade, desde que a invalidez tenha ocorrido antes: I - do casamento; II - do início do exercício de emprego público efetivo III - da constituição de estabelecimento civil ou comercial ou da existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria; IV - concessão de emancipação, pelos pais, ou por um deles na falta do outro, por meio de instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença judicial, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos d) Para os dependentes em geral: I - pela cessação da invalidez ou da deficiência intelectual, mental ou grave; II - pelo falecimento. III - quem tiver sido condenado criminalmente por sentença com trânsito em julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis. 31 32 1. FCC – Juiz do Trabalho Substituto – TRT15 – 2015) Nos termos definidos na Lei no 8.213/1991, são segurados obrigatórios do Regime de Previdência Social: a) os empregados, os empregados domésticos, os contribuintes individuais, os trabalhadores avulsos e os segurados especiais. b) os empregados e os trabalhadores avulsos, apenas. c) os empregados, os segurados especiais e os facultativos, apenas. d) os empregados, os empregados domésticos e os segurados especiais, apenas. e) os trabalhadores, os contribuintes individuais e os facultativos. Alternativa correta: “a”. Art. 11, da Lei no 8.213/91 33 2. (CEBRASPE – Analista Judiciário Contabilidade – TRT7 – 2017) Os segurados obrigatórios da previdência social na condição de empregado incluem a) a pessoa física que explora atividade agropecuária, a qualquer título. b) aquele que presta serviço de natureza urbana a empresa em caráter eventual. c) a pessoa em exercício de mandato eletivo, desde que não vinculada a regime próprio de previdência social. d) o brasileiro domiciliado e contratado no exterior como empregado de empresa nacional. Alternativa correta: “c”. 2. Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) ● Os regimes próprios de previdência social são organizados por Unidade Federada (U,E, DF,M art 40, CF) – cada ente federaAvo tem competência para criar um regime único previdenciário para seus servidores, desde que ocupem cargos efeHvos. ○ Enquanto o RGPS é único para todo o Brasil, os RPPS são vários ● Quando o regime próprio de previdência do servidor é criado, o ente insHtuirá uma contribuição social para financiar o sistema, cobrada de seus: servidores: * aAvos, * aposentados e * pensionistas, ( §1º do art. 149 CF) ● Ex: IpePrev/ RS (hpp://ipeprev.rs.gov.br/seguridade-e-previdência) 34 Características RPPS: ● Pode ser criado pelos entes da federação em favor dos seus servidores efeHvos. ● Caráter ContribuHvo e critérios que preservem o equilíbrio financeiro. ● Financiado por contribuições dos servidores efeHvos. ● Administrado pelos insHtuidores em gestão independente do INSS. ● Somente para servidor efeHvo. ● Sua insHtuição depende de lei ordinária de cada ente federaHvo. ● É compulsória a filiação e o vínculo é insHtucional. ● Sua ausência leva automaAcamente a filiação ao RGPS. ● Lei 8118/90 – insAtui o RPPS da União, autarquias e fundações públicas federais 35 ATENÇÃO! não há mais como ser criado RPPS EC 103/2019, inclui § 22 ao art. 40 CF § 22. Vedada a instituição de novos regimes próprios de previdência social, lei complementar federal estabelecerá, para os que já existam, normas gerais de organização, de funcionamento e de responsabilidade em sua gestão, dispondo, entre outros aspectos, sobre: I - requisitos para sua extinção e consequente migração para o Regime Geral de Previdência Social; II - modelo de arrecadação, de aplicação e de utilização dos recursos; III - fiscalização pela União e controle externo e social; IV - definição de equilíbrio financeiro e atuarial; V - condições para instituição do fundo com finalidade previdenciária de que trata o art. 249 e para vinculação a ele dos recursos provenientes de contribuições e dos bens, direitos e ativos de qualquer natureza; VI - mecanismos de equacionamento do deficit atuarial; VII - estruturação do órgão ou entidade gestora do regime, observados os princípios relacionados com governança, controle interno e transparência; VIII - condições e hipóteses para responsabilização daqueles que desempenhem atribuições relacionadas, direta ou indiretamente, com a gestão do regime; IX - condições para adesão a consórcio público; X - parâmetros para apuração da base de cálculo e definição de alíquota de contribuições ordinárias e extraordinárias. 36 3. Regime de Previdência Complementar (Privado) ● Caráter FacultaAvo. ● Vínculo Contratual. ● Disciplinados no art. 202, CF e Regulado pelas Leis Complementares 108 e 109 de 2001. ● Possui segmento: ○ a) Aberta: acessível a todos e fiscalizada pela Susep. (superintendência de seguro privad) ○ b) Fechada: só acessível a grupos específicos, como empregados de empresas ou grupos econômicos que adotam regime próprio (RBS, Petrobrás, etc). Fiscalizados pela Previc. (superintendência nacional de prev. Complementar) 37 1. (CESPE – 2018) De acordo com a CF, o RGPS é a) organizado para garantir a proteção à maternidade, compreendida esta apenas como a exercida pela mãe gestante. b) garantidor do reajustamento dos benefícios previdenciários apenas para preservar-lhes o valor nominal. c) de filiação obrigatória, mas sem caráter contributivo. d) organizado para atender, entre outros, à cobertura de eventos como doenças, invalidez e morte, mas não o desemprego involuntário. e) garantidor de pelo menos um salário mínimo quando do pagamento de benefícios substitutivos do salário de contribuição ou de rendimento do trabalho. Alternativa “e”: correta. É garantia imposta pelo disposto no art. 201, §2º, da Constituição Federal. Alternativa “a”: incorreta. O RGPS atenderá a proteção à maternidade, especialmente à gestante. Mas, não somente à mãe gestante. Há a concessão de salário-maternidade no caso de adoção. Alternativa “b”: incorreta. A CF garante o reajustamento dos benefícios previdenciários de modo a preservar-lhes o valor real, conforme critérios definidos em lei. Alternativa “c”: incorreta. O RGPS tem como características, a filiação obrigatória e a exigência de contribuição. Alternativa “d”: incorreta. Consoante dispõe o art. 201, caput, inciso III, da Constituição Federal, o regime geral de previdência deverá ser organizado para atender ao trabalhador em situação de desemprego involuntário. 38 2. (CESPE – Analista do Seguro Social – INSS – 2016) Com relação ao RGPS, julgue o item que se segue. - O RGPS constitui um gênero do qual são espécies a previdênciados servidores públicos, a dos trabalhadores empregados da iniciativa privada e a dos trabalhadores autônomos. o Certo o Errado O RGPS é a forma como é organizada a previdência social no Brasil. Item errado. 39 3. (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/PA – 2016) Julgue o item seguinte, relativos à seguridade social e ao regime geral de previdência social. - O regime geral de previdência social constitui um gênero do regime previdenciário, o qual inclui o sistema de previdência que se estende a todos os trabalhadores da iniciativa privada e do serviço público. o Certo o Errado Item errado. RGPS não se constitui em gênero do regime previdenciário. E mais, o servidor ocupante de cargo público efetivo será amparado por regime próprio, caso o ente público ao qual estiver vinculado já tenha instituído o regime próprio de previdência para seus servidores 40 4 CEBRASPE 2015 - Em relação aos segurados do RGPS e seus dependentes, julgue o item subsecutivo. Verdadeiro ou falso? “O bolsista remunerado que se dedica em tempo integral à pesquisa e o segurado recolhido à prisão sob regime fechado e que, nesta condição, exerça atividade artesanal por conta própria dentro da unidade prisional são segurados obrigatórios do RGPS. “ Ambos são segurados facultativos. Mesmo que o presidiário venha a exercer atividade artesanal por conta própria dentro da unidade prisional, ele vai ser enquadrado como segurado facultativo do RGPS. É o que está disposto no art. 11, inciso XI do Decreto no 3.048/99, incluído pelo Decreto no 7.054/2009. Item incorreto. 41 Peculiaridades do Regimes Geral 42 Organização da Seguridade Social: A lei 8212/91 não explicita o que é a seguridade ou a previdência social e tampouco define objetivos ou diretrizes. Porém, em seu artigo 5º faz referência ao Sistema Nacional de Seguridade Social, nomenclatura que abarca uma série de estruturas: a) Ministérios: a.1) Ministério da Economia (Secretaria de Previdência Social) a.2) Ministério da Saúde a.3) Ministério da Cidadania (Secretaria de Desenvolvimento Social) b) Autarquias: b.1) Instituto Nacional do Seguro Social – vinculado ao “Ministério da Economia” faz a gestão apenas da parte operacional dos benefícios e das relações entre segurado e previdência. 43 INSS ● - Conceder e Manter Benetcios e Serviços Previdenciários. ● - Gerir Recursos do Fundo do RGPS. ● - EmiAr CerAdões RelaAvas ao Tempo de Contribuição ao RGPS. ● - Calcular o montante das contribuições devidas b.2) Receita Federal do Brasil – responsável pela parte de lançamento, fiscalização e arrecadação das contribuições previdenciárias, bem como a normatização desses procedimentos, desde 2007. b.3) Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) – fiscalização e supervisão dos regimes complementares fechados. 44 c) Gestão Descentralizada: c.1) Conselho Nacional da Seguridade Social (CNSS) - era o órgão superior de deliberação colegiada da Seguridade Social até ser extinto em 1999. Sua composição estava prevista nos artigos 6º e 7º da Lei 8212/91. c.2) Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) - órgão superior de deliberação colegiada e tem como atribuições: - Estabelecer Diretrizes Gerais e Examinar Decisões Políticas afetas a Previdência Social. - Participar, Acompanhar e Avaliar a Gestão previdenciária. - Apreciar e Aprovar Planos e Programas. - Apreciar e Aprovar Propostas Orçamentárias de Previdência. - Acompanhar e Apreciar a Execução de Planos, Programas e Orçamentos. - Acompanhar a Aplicação da Legislação Previdenciária. - Apreciar a Prestação de Contas Anual. - Estabelecer Valores Mínimos para Transação ou Desistência de Recursos, sem prévia consulta, em ações judiciais. - Elaborar e Aprovar Regimento Interno. - Elaborar e Aprovar Critérios de Pagamento dos Benefícios em Rede Bancária. - Avaliar e Acompanhar os Trabalhos de Implantação do Cadastro Nacional das Informações Sociais (CNIS). 45 c.3) Conselhos de Previdência Social (CPS) – com previsão no artigo 296-A do Decreto 3048/99 (RPS) é órgão descentralizado ligado as gerências regionais do INSS. c.4) Conselho Nacional da Assistência Social (CNAS) – integra o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome. É formado pelos conselhos Estaduais (CEAS), conselhos Municipais (CMAS) e pelo Conselho da Assistência Social (CAS), esse último com sede em Brasília. c.5) Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNCP) – instituído pelo Lei 12154/2009. É composto pela Superintendência de Nacional de Previdência Complementar (PREVIC), pela Secretaria de Politicas da Previdência Complementar (SPPC), Casa Civil, Ministério da Fazenda, Ministério do Planejamento e representantes das entidades patrocinadoras dos Regimes Privados Fechados. c.6) Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS) – será estudado na matéria de processo administrativo previdenciário. c.7) Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF). 46 Contribuintes: Não se confunde com o termo segurado já que o contribuinte é o sujeito passivo da obrigação tributária podendo ser pessoa física ou jurídica que, por determinação legal, está sujeita ao pagamento. Pode ser o próprio contribuinte ou aquele que estiver responsável na forma da lei. São eles: a) Segurados – serão estudados na sequência. b) Empresas e Entidades Equiparadas. c) Produtor Rural Pessoa Física e Segurado Especial d) Empregador Doméstico. e) Apostadores de Concursos e Prognósticos 47 Segurados e Relações Jurídicas de Vinculação: - É compulsório, pois é obrigatória a adesão ao sistema por quem exerce atividade remunerada. - Deriva da lei, pois é ela que define a circunstância que enlaça as pessoas ao sistema protetor. É cogente, a vontade de adesão dá lugar a determinação legal, gerando um vínculo não contratual (ausência de volição). Essa regra, porém, admite exceção no caso do segurado facultativo, que pode avaliar a conveniência ou não de aderir ao sistema, sendo o traço marcante dessa relação a manifestação de vontade. Todavia, nem assim a relação será contratual, pois o órgão gestor não possui autonomia para recusar a adesão. Os sujeitos da relação são, os beneficiários (credores) no polo ativo e o Estado no polo passivo, representado pelo INSS. 48 Filiação e Inscrição: A relação jurídica de vinculação desdobra-se em 2 planos: a) Filiação: é o vínculo jurídico entre segurado e previdência É status jurídico que confere ao segurado a posição de potencial credor de prestações e devedor das contribuições correspondentes. Art. 20 do RPS: “Filiação é o vínculo que se estabelece entre a previdência social e as pessoas que para ela contribuem, do qual decorrem direitos e obrigações”. O exercício de atividade remunerada é fato deflagrador de vinculação automática, independentemente de qualquer providência sua, pois não depende de formalização. 49 - Art. 17, Lei n. 8.213/91. - Arts. 18 a 21, RPS disciplina a forma como serão feitas Art. 201, §5 CF “É vedada a filiação ao RGPS, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de RPPS.” Art. 17, §7º,Lei n. 8.213/91: “Não será admitida a inscrição post mortem de segurado contribuinte individual e de segurado facultativo.” atraso Art. 20, § 1 e § 2 do RPS: 50 Filiação e Inscrição: b) Inscrição: É ato formal pelo qual o segurado leva ao conhecimento do órgão gestor seus dados e informações pessoais para efeito de cadastramento. - é o cadastramento do segurado perante o regime previdenciário comprovando dados pessoais, de modo formal- Está ligada a filiação, mas não se confunde com ela. 51 Operacionalização: Regulada no RPS, artigos de 18 a 24. > Inscrição sem filiação não gera efeitos jurídicos. > No facultativo a inscrição precede a filiação. • Filiação: exercício de atividade remunerada é fato confere ao segurado a posição de potencial credor de prestações e devedor das contribuições deflagrador de vinculação automática • Inscrição: É ato formal pelo qual o segurado leva ao conhecimento do órgão gestor seus dadose informações pessoais para efeito de cadastramento. 52 Limite etário: Idade mínima para filiação é de 16 anos, ressalvado o trabalho do menor aprendiz a partir dos 14 anos. A regra emana da própria CF/88 em seu artigo 7º, XXXIII. Art. 13, Lei 8213 ou art. 14, Lei 8212 – 14 anos. Exceção: reconhecimento de tempo de serviço do menor a partir de 12 anos, rural, no tempo da vigência da lei anterior. RPS, art. 11 – “É segurado facultativo o maior de 16 de idade que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, na forma do art. 199, desde que não esteja exercendo atividade remunerada que o enquadre como segurado obrigatório da previdência social. 53 Filiação e Inscrição em atividades concomitantes: Lei 8212, art. 12, §2º - “Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao Regime Geral de Previdência Social é obrigatoriamente filiado em relação a cada uma delas.” Ø Havendo mais de uma filiação para cada uma delas haverá inscrição correspondente. Ø O Número de Identificação do Trabalhador (NIT) será único, pessoal e intrasfetível (art 18, §9,I RPS) pois o mesmo NIT pode comportar várias inscrições (registros cadastrais) um para cada atividade. RPS, art. 18, §3º - “Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao RGPS será obrigatoriamente inscrito em relação a cada uma delas”. 54 Aposentado que exerce atividade remunerada: Lei 8212, art. 12, §4º - “O aposentado pelo RGPS que estiver exercendo ou que voltar a exercer atividade abrangida por este Regime é segurado obrigatório em relação a essa atividade, ficando sujeito às contribuições de que trata esta Lei, para fins de custeio da Seguridade Social. - 55 Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) O INSS se utiliza de dados constantes no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) para verificar questões acerca de: * vínculos empregatícios, * contribuições dos segurados,* remunerações com o intuito de reconhecer a filiação do segurado e proceder ou não a concessão do benefício previdenciário. art. 29-A Lei n. 8.213/91 INSS se utilizará das informações do CNIS para verificar se: existem vínculos com o RGPS, quais seriam os salários de contribuição do segurado para cálculo do salário de benefício, quais os períodos em que houve o recolhimento de contribuições previdenciárias. Essas informações permitem ao INSS uma melhor análise da situação do segurado na hora de conceder ou não o benefício pleiteado. 56 Manutenção da Qualidade de Segurado “período de graça” ● A qualidade de segurado está ligada a condição do segurado de ser beneficiários das prestações e serviços da seguridade social e como regra decorre da manutenção da sua condição de filiação a que chamamos de filiação ordinária. ● A lei reserva a possibilidade do segurado manter sua qualidade de potencial beneficiário em casos em que venha a perder a filiação ordinária = período é conhecido como filiação extraordinária ou período de graça ( art. 15 da Lei n. 8.213/91) ● No período de graça o segurado e seus dependentes conHnuam amparados pela previdência social mesmo não estando no exercício de aHvidade que os enquadre como segurados obrigatórios, nem estando contribuindo na qualidade de facultaHvo. 57 Manutenção da Qualidade de Segurado “período de graça” ● A qualidade de segurado é manAda, independentemente de contribuições, nos prazos do (arAgo 15 da Lei 8213/91): ● 1) Sem limite de tempo = para segurado que esteja em gozo de bene[cio – exceto auxílio-acidente. 58 Manutenção da Qualidade de Segurado “período de graça” ● 2) até 12 meses após a cessação das contribuições o segurado deixar de exercer aHvidade remunerada abrangida pela Previdência Social OU esHver suspenso ou licenciado sem remuneração - Ø Segurado obrigatório que parar de pagar a sua contribuição, permanecerá vinculado ao RGPS por até 12 meses e, nesse período, terá direito aos benefícios e serviços que a Previdência Ø O mesmo vale para aquele segurado que vinha recebendo um benefício por incapacidade e este foi cessado. Nesse caso, o período de graça de até 12 meses é para todos os tipos de segurado, obrigatório e facultativo. 59 ● 2) até 12 meses após a cessação das contribuições o segurado deixar de exercer aHvidade remunerada abrangida pela Previdência Social OU esHver suspenso ou licenciado sem remuneração ● Este período de 12 meses pode ser prorrogado por mais 12 meses, se o segurado já Hver 120 contribuições ao INSS = Chegando assim a 24 meses - 60 ● Este período de 12 meses (do inciso II) pode ser prorrogado por mais 12 meses, se o segurado já Hver 120 contribuições ao INSS = 24 meses ● Se o segurado comprovar desemprego involuntário perante o INSS, por meio de registro perante o Min. da Economia, terá mais 12 meses de período de graça, podendo então chegar ao todo em 36 meses de período de graça 61 Art.15. >>A Turma Nacional de Uniformização já estabeleceu por meio da súmula 27 que o registro que trata do desemprego não impede o reconhecimento e comprovação do desemprego por outros meios. O segurado permanecerá, então, vinculado ao RGPS por até 24 meses se ele tiver mais de 120 contribuições mensais ininterruptas. Art 15,§ 1º e 2º 8213/91 E “ininterruptas” quer dizer que, durante o período em que houver as 120 contribuições mensais, o segurado não pode ter perdido essa qualidade. Pode até haver competências sem contribuição previdenciária, mas desde que esses intervalos sem contribuir não tenham acarretado a perda da qualidade de segurado. 62 Art 15, II) período de graça de até 12 meses após a cessação das contribuições o segurado deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social OU estiver suspenso ou licenciado sem remuneração. Há ainda a possibilidade da PRORROGAÇÃO do período de graça: Art 15, II, § 1º) O prazo do inciso pode ser prorrogado por mais 12 meses – se o segurado que já contava com 120 contribuições sem interrupção. Art 15, II, § 2º) Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de mais 12 meses – segurado em comprovado desemprego no período, mediante registro no Ministério do Trabalho. 63 Em resumo: (art. 15, II, §§ 1º e 2º, lei 8213/91) ● 3) até 12 meses quando cessar a segregação, o segurado acomeHdo de doença de segregação compulsória. o segurado teve uma doença que o obrigou a ficar segregado ● 4) até 12 meses após o livramento, o segurado deAdo ou recluso. ● O segurado que for deAdo ou recluso permanecerá vinculado ao RGPS enquanto esAver nesta condição e, após sua soltura, ainda manterá a qualidade de segurado por até 12 meses, caso não volte a contribuir para a Previdência Social. ● Terá que estar vinculado à Previdência Social na data do seu recolhimento à prisão. ● Art. 139 da IN PRES/INSS no 77/2015, 64 ● 5) até 3 meses – licenciamento das forças armadas para prestar serviço militar: ● Esse período de graça é aplicado ao conscrito. Aquele segurado que vai prestar serviço militar obrigatório permanecerá vinculado ao RGPS por até 03 meses (após a baixa). ● 6) até 6 meses após a cessação das contribuições, o segurado facultaHvo Período de graça do segurado facultaAvo, quando deixar de recolher suas contribuições, é somente de 06 meses. Nesse período, mesmo não contribuindo, ele poderá receber benetcios e serviços da Previdência Social 65 Perda da Qualidade de Segurado: Ocorrerá no dia seguinte ao término do prazo para pagamento da contribuição do mês imediatamente posterior ao término do período de graça. (artigo 15, §4º, da Lei 8213/91) Ou seja, após o término do período de graça o segurado ainda possui mais 1 mês para efetivar o pagamento de uma contribuição para evitar a perda dessa qualidade. - A perda da qualidade de segurado importa na caducidade dos direitos inerentes a essa qualidade, porém não importa na supressão do direito adquirido à aposentadoria quando preenchidostodos os requisitos segundo a lei vigente na época. - No caso de pensão por morte, esta será concedida se o falecido tiver preenchido os requisitos para aposentadoria, ainda que não tivesse a qualidade de segurado na data do óbito. 66
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