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Bioquímica - Semana 2C - Processamento de Lipídios

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Processamento de Lipídios
A digestão dos lipídeos começa no estômago, catalisada por uma lipase estável em meio ácido (lipase lingual) que se origina de glândulas localizadas na base da língua. Apesar de serem liberadas na cavidade oral, essa enzima é estável em pH ácido (estômago). Onde terá a sua atividade iniciada.
As moléculas de TAG, particularmente aquelas que contém ácidos graxos de cadeia curta ou média (com menos de 12 carbonos, como os encontrados na gordura do leite), são os alvos principais das lipases linguais, sendo também degradados também por outra lipase, a lipase gástrica, secretada pela mucosa gástrica.
No duodeno acontece o processo de degradação dos demais lipídeos (fosfolipídeos e estes de colesterol), além da continuação da degradação dos triglicerídeos. Outras lipases serão liberadas e promovem a separação das unidades menores
Emulsificação de Lipídios
O processo crítico de emulsificação dos lipídeos da dieta ocorre no duodeno, através de um peristaltismo mecânico. A emulsificação aumenta a área da superfície das gotículas de lipídeos hidrofóbicos, de maneira que as enzimas digestivas, as quais trabalham na interface da gotícula com a solução aquosa que a envolve, possam agir com eficiência.
Sais Biliares: oriundos das moléculas de colesterol, consistem em uma estrutura em anéis de esterol com cadeia lateral, à qual uma molécula de glicina ou taurina está covalentemente ligada por uma ligação amida.
Agentes emulsificantes: interagem com as partículas de lipídeos da dieta e com os conteúdos aquosos do duodeno, estabilizando as partículas à medida que elas se tornam menores e impedindo que coalesçam.
Enzimas Pancreáticas
Triglicerídeos sofrem a ação de uma esterase, a lipase pancreática, que remove ácidos graxos preferencialmente dos carbonos 1 e 3. Assim, os principais produtos da hidrólise são uma mistura de 2-monoacilglicerol e ácidos graxos livres 
Uma segunda proteína, a colipase (ativada pela tripsina), também secretada pelo pâncreas, liga-se à lipase na razão de 1:1 e a âncora na interface lipídeo água. A colipase restabelece a atividade da lipase na presença de substâncias inibidoras, como os ácidos biliares que ligam as micelas.
Colesterol Esterificado
A maior parte do colesterol da dieta está presente na forma livre (não esterificado), com 10 a 15% presentes na forma esterificada. Os ésteres de colesterol são hidrolisados pela hidrolase dos ésteres de colesterol (colesterol-esterase) pancreática, que produz colesterol e ácidos graxos livres. A atividade da hidrolase dos ésteres de colesterol é muito aumentada na presença de sais biliares.
O suco pancreático é rico na pró-enzima da fosfolipase A2 (Ativado pela tripsina), remove um acido graxo do carbono 2 de um fosfolipídio, originando um lisofosfolipídeo. O ácido graxo que resta no carbono 1 pode ser removido pela lisofosfolipase, originando a base glicerilfosforil que pode ser posteriormente degradada, absorvida ou excretada nas fezes.
 Absorção de Lipidios
Ácidos graxos livres, colesterol livre e 2-monoacilglicerol são os principais produtos da digestão dos lipídeos no jejuno. Estes, juntamente com os sais biliares e as vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K), formam as micelas mistas. Estas são agregadas em forma de disco de lipídios anfipáticos, que são, portanto, solúveis no meio aquoso intestinal. A superfície hidrofílica das micelas facilita o transporte dos lipídeos hidrofóbicos através da camada de água estacionária para a membrana com borda em escova, onde eles são absorvidos.
Obs: Ácidos graxos com cadeias curta e média não necessitam da participação de micelas mistas para sua absorção pela mucosa intestinal.
Ressíntese de Lipídios
A mistura de lipídeos absorvida pelos enterócitos migra para o retículo endoplasmático, onde ocorre a biossíntese de lipídeos complexos.
- Os ácidos graxos e os 2-monoacilgliceróis convertidos em TAGs 
- Os lisofosfolipídeos são reciclados para formar fosfolipídios
 - O colesterol é esterificado com um ácido graxo
 - Os AG de cadeia curta e média não são convertidos em seus derivados
Controle de Absorção de Lipídios
As células na mucosa do duodeno inferior e do jejuno produzem o hormônio peptídico, a colecistocinina (CCK), em resposta à presença de lipídeos que entram nessas regiões do intestino delgado superior. 
(a) Age sobre a vesícula biliar, fazendo-a contrair-se e liberar a bile
 (b) Age sobre células exócrinas do pâncreas, liberando enzimas digestivas
 (c) Diminui também a motilidade gástrica, resultando na liberação mais lenta dos conteúdos gástricos no intestino delgado
Outras células intestinais produzem outro hormônio peptídico, a secretina, em resposta ao baixo pH do quimo ao entrar no intestino. A secretina induz o pâncreas e o fígado a liberarem uma solução aquosa rica em bicarbonato, que ajuda a neutralizar o pH do conteúdo intestinal, trazendo-o para o pH apropriado para a atividade digestiva das enzimas pancreáticas
Utilização de Lipídios
Os TAGs presentes nos quilomicrons são hidrolisados principalmente nos capilares do músculo esquelético e do tecido adiposo, mas também nos capilares do coração, dos pulmões, dos rins e do fígado
O TAG presente nos quilomícrons é degradado a ácidos graxos livres e glicerol pela lipase lipoproteica.
Os ácidos graxos livres podem entrar diretamente tanto nas células musculares adjacentes como nos adipócitos, ou transportados no sangue pela albumina sérica até serem captados pelas células, que podem oxidar ácidos graxos para produzir energia e nos adipócitos podem produzir moléculas de TAG. O glicerol é utilizado quase exclusivamente pelo fígado para produzir glicerol-3-fosfato, que pode entrar tanto na glicólise como na gliconeogênese, por oxidação a dihidroxiacetona-fosfato.
Demais componentes dos quilomícrons são metabolizados no fígado e hidrolisados em seus constituintes
Lipase Proteica: sintetizada principalmente pelos adipócitos e pelas células musculares. Ela é secretada e se torna associada à superfície luminal das células endoteliais dos leitos capilares dos tecidos periféricos.
Lipoproteínas
Como os lipídeos são insolúveis em água, o problema de seu transporte no plasma sanguíneo aquoso é resolvido pela associação dos lipídeos apolares (triacilglicerol e ésteres de colesteril) aos lipídeos anfipáticos (fosfolipídeos e colesterol) e às proteínas para formar lipoproteínas miscíveis em água. 
O transporte de lipídeos a partir do intestino ocorre sob a forma de quilomícrons – e a partir do fígado, sob a forma de lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL), para a maioria dos tecidos para oxidação e até o tecido adiposo para armazenamento. Os lipídeos são mobilizados do tecido adiposo na forma de ácidos graxos livres (AGL) ligados à albumina sérica.
O núcleo de lipídeos apolares consiste principalmente em triacilglicerol e ester de colesteril e circundado por uma única camada superficial de moléculas de fosfolipídios anfipáticos e moléculas de colesterol
Transporte de Lipídios
Os lipídeos plasmáticos: triacilgliceróis (16%), fosfolipídeos (30%), colesterol (14%) e ésteres de colesteril (36%) e, em uma fração muito menor, de ácidos graxos de cadeia longa não esterificados (ácidos graxos livres, ou AGL) (4%). 
(1) Quilomícrons, provenientes da absorção intestinal de triacilglicerol e de outros lipídeos. TAG é o lipídeo predominante 
(2) Lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL), derivadas do fígado para a exportação de triacilglicerol. TAG é o lipídeo predominante 
(3) Lipoproteínas de baixa densidade (LDL), que representam um estágio final no catabolismo das VLDL. Colesterol e fosfolipídios são predominantes
 (4) Lipoproteínas de alta densidade (HDL), envolvidas no transporte do colesterol, bem como no metabolismo das VLDL e dos quilomícrons. Colesterol e fosfolipídios são predominantes
Transporte de Triglicerídeos
Quilomícrons, são responsáveis pelo transporte de todos os lipídeos da dieta para a circulação. TAG é o lipídeo predominante
Lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL), é deorigem hepática. Elas transportam triacilglicerol do fígado para os tecidos extra-hepáticos. Os Triacilgliceróis dos quilomícrons e as VLDL são hidrolisados pela lipase lipoproteica, formando remanescentes de lipoproteínas

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