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pdf-policia-rodoviaria-federal-2016-legislacao-relativa-ao-dprf-p-prf-policial-2016-prof-marcos (8)

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Aula 08
Legislação Relativa ao DPRF p/ PRF - Policial - 2016 (com videoaulas) - Prof. Marcos
Girão
Professor: Marcos Girão
Legislação Relativa ao DPRF 
 Prof. Marcos Girão 
 
www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 1 de 79 
 
Aula 08 - Penalidades e Medidas Administrativas 
SUMÁRIO 
APRESENTAÇÃO ................................................................................... 2 
I – AS INFRAÇÕES DE TRÂNSITO ......................................................... 3 
II – AS PENALIDADES PREVISTAS NO CTB ........................................... 5 
2.1. A QUEM serão impostas as penalidades? .................................... 5 
2.1.1. Responsabilidade dos PROPRIETÁRIOS E CONDUTORES ....... 6 
2.1.2. Responsabilidade do EMBARCADOR e do TRANSPORTADOR . 8 
2.1.3. A responsabilidade de OUTRAS PESSOAS admitidas no CTB .. 9 
2.2. As PENALIDADES previstas....................................................... 12 
2.2.1. A penalidade de MULTA ....................................................... 14 
2.2.2. A penalidade de ADVERTÊNCIA POR ESCRITO ..................... 25 
2.2.3. A penalidade de APREENSÃO DO VEÍCULO .......................... 26 
2.2.4. A penalidade de SUSPENSÃO DO DIREITO DE DIRIGIR ....... 30 
2.2.5. A penalidade de CASSAÇÃO DO DOCUMENTO DE 
HABILITAÇÃO ............................................................................... 35 
2.2.6. A penalidade de CASSAÇÃO DA PERMISSÃO DO DIREITO DE 
DIRIGIR (PPD).............................................................................. 38 
2.2.7. A penalidade de FREQUÊNCIA OBRIGATÓRIA EM CURSO DE 
RECICLAGEM ................................................................................. 39 
2.3. Cumulação de Penalidades ....................................................... 42 
III – MEDIDAS ADMINISTRATIVAS .................................................... 47 
3.1. Conceito ................................................................................... 47 
3.2. As Medidas Administrativas Previstas ...................................... 48 
3.2.1. Medida de RETENÇÃO DO VEÍCULO ..................................... 54 
3.2.2. A medida de REMOÇÃO DO VEÍCULO ................................... 54 
3.2.3. A medida de RECOLHIMENTO DA CNH, ACC E PPD ............... 57 
3.2.4. A medida de RECOLHIMENTO DO CRV ................................. 58 
3.2.5. Medida de RECOLHIMENTO DO CRLV ................................... 58 
3.2.6. A medida de TRANSBORDO DO EXCESSO DE CARGA ............ 60 
3.2.7. A medida de REALIZAÇÃO DE TESTE DE DOSAGEM DE 
ALCOOLEMIA OU PERÍCIA DE SUBSTÂNCIA ENTORPECENTE OU QUE 
DETERMINE DEPENDÊNCIA FÍSICA OU PSÍQUICA ......................... 61 
PRINCIPAIS NORMATIVOS ESTUDADOS ............................................. 67 
QUESTÕES DE SUA AULA .................................................................... 68 
GABARITO .......................................................................................... 79 
 
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Legislação Relativa ao DPRF 
 Prof. Marcos Girão 
 
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APRESENTAÇÃO 
Olá, caro aluno! 
Como estão os estudos? Espero estar podendo direcioná-lo da forma 
mais objetiva possível para o seu sucesso! 
Continuando, portanto, nossa jornada rumo ao seu sucesso, 
abordaremos nesta aula outros assuntos do Código de Trânsito Brasileiro que 
possuem ligação direta com cargos de fiscalização de trânsito: as infrações 
de trânsito, as penalidades e as medidas administrativas. Como futuro 
Policial Rodoviário Federal, não há assunto mais importante! 
Pois bem, essa aula foi didaticamente dividida em duas partes e será 
disponibilizada da seguinte forma: 
 
Principal – Penalidades e Medidas Administrativas (Capítulos XVI, XVII) 
Extra – Infrações de Trânsito (Capítulo XV) 
 
Falando nas infrações de trânsito, reconheço que elas são um calo no 
sapato para muitos candidatos! 
Mas são e continuarão sendo um calo para os seus concorrentes, não 
para você, meu estimado aluno do Estratégia! Fique tranquilo quanto a isso, 
pois tentarei dar-lhe o melhor direcionamento possível para enfrentá-las em 
provas. 
E por que essa preocupação, professor? Porque as bancas, e pode incluir 
aí a poderosa Cespe nesse balaio, gostam bastante das infrações de 
trânsito, apesar de não gostarem muito dos demais assuntos desta aula... 
Para que você obtenha os melhores resultados, sugiro que estude a ordem 
por mim sugerida: primeiro essa parte da aula e em seguida a Aula Extra. 
Fazendo isso, garanto que você terá aprendizado mais eficaz e eficiente! 
Vamos lá, então?! 
 
 
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Legislação Relativa ao DPRF 
 Prof. Marcos Girão 
 
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I – AS INFRAÇÕES DE TRÂNSITO 
 
O CTB conceitua infração de trânsito a inobservância de qualquer 
preceito nele estabelecido, da legislação complementar ou das resoluções do 
Contran, sendo o infrator sujeito às penalidades e medidas administrativas 
indicadas em cada uma das infrações. 
Pois bem, em seu Capítulo XV, o CTB tipificou, entre os arts. 162 e 255, 
415 situações possíveis de infrações administrativas de trânsito. Muitas são as 
questões de provas de concursos sobre tais infrações e, por isso, muito 
importantes para seu estudo. A FCC tem um caso louco de amor por elas! 
E aí, sei que você me perguntará: professor, é preciso então que eu 
memorize cada uma das infrações previstas no referido capítulo com suas 
respectivas naturezas, penalidades e medidas administrativas? 
Sinceramente, não recomendo que faça isso! É uma tarefa bastante 
árdua, que vai lhe consumir muito tempo e stress, pois, além do número de 
infrações tipificadas no CTB ser enorme, o legislador seguiu pouca ou quase 
nenhuma lógica na elaboração e tipificação de cada uma delas. Isso torna 
bastante sobre-humana a tarefa daqueles que desejam decorá-las. Se você 
tem essa facilidade, beleza! Mas se não tem, façamos o seguinte: 
Não há uma receita “mágica” de bolo para você decorar todas as 
infrações de trânsito! É preciso que você lance mão de algumas estratégias, 
para que possa memorizar o maior número possível delas ou, pelo menos, 
aquelas boas de prova. Dessa forma, vou sugeri-lo uma estratégia que muito 
serviu para mim em meus estudos! 
Em primeiro lugar, peço que você dê uma lida cuidadosa no Capítulo XV 
do CTB, buscando assinalar aquelas infrações que você considera serem as 
mais importantes, principalmente aquelas que sofreram recentes modificações 
nos últimos dois anos. 
Na Parte Extra dessa aula, facilitei o seu trabalho! A fim de que você 
possa situar-se melhor, criei uma super-tabela, onde separei as infrações por 
natureza de gravidade. Assim, depois de ler o Capítulo XV, de posse desta 
tabela (que agora será sua referência de estudo), você faz uma segunda e 
mais cuidadosa leitura nas infrações, observando se encontra mais outras que 
considere igualmente importante assinalar. Nesse momento, não fique ansioso 
em decorá-las! 
 
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Em terceiro lugar, sugiro que acesse simulados de infrações de trânsito 
nos sites de Detran’s país afora, a fim de testar um pouco mais seus 
conhecimentos. 
Aconselho você a, daqui pra frente, reservar meia horinha de seus 
estudos para ler a nossa super-tabela. Assim, de forma mnemônica, seu 
cérebro começará a armazenar um grande número de infrações de trânsito e 
suas respectivas penalidades e medidas administrativas, o que facilitará 
sobremaneira a sua vida. Vale muito à pena! 
E para consolidar ainda mais o aprendizado, resolva as questões 
constantes na Aula Extra. Praticando diariamente esse método (mas tem que 
ser todos os dias mesmo e no mínimo meia hora, ok?), garanto que vocêacertará todas as questões sobre infrações de seu concurso! 
Questões sobre infrações de trânsito são o verdadeiro pesadelo da 
grande maioria dos candidatos, mas tenho certeza que você, meu aluno, terá 
facilitada sua vida. Comigo funcionou muito bem! 
Feita esta introdução, podemos então adentrar nos assuntos desta parte 
principal: penalidades e medidas administrativas previstas para as 
infrações cometidas pelos usuários do trânsito em nosso país. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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II – AS PENALIDADES PREVISTAS NO CTB 
 
Vimos que o desrespeito ou a inobservância às normas de trânsito 
estabelecidas pelo CTB e suas Resoluções levam ao cometimento de 
infrações de trânsito. Um grande número de infrações está tipificado no 
CTB e o cometimento delas poderá incorrer em aplicação de determinadas 
penalidades e/ou medidas administrativas a depender de sua natureza. 
As penalidades administrativas são sanções administrativas que o 
Poder Público competente usa quando da aplicação de seu poder de polícia. 
Assim, ao cometer uma infração de trânsito prevista no CTB, o condutor 
incorrerá no cumprimento de penas atreladas a cada infração. Essas 
penalidades, por interferirem na órbita de direito do administrado, em regra, 
somente são impostas após o devido processo legal. 
A lógica adotada pelo legislador, quanto à responsabilidade nas 
infrações de trânsito, é bem simples, uma vez que só responde 
administrativamente pelo CTB aquele que quis efetivamente cometer a 
infração, ou seja, poderia se comportar de outra forma e optou por cometê-
la. 
 
2.1. A QUEM serão impostas as penalidades? 
 
O CTB estabelece que as penalidades serão impostas: 
 
 ao condutor; 
 ao proprietário do veículo; 
 ao embarcador e; 
 ao transportador. 
 
E antes que fique em dúvida, sabe qual a diferença entre transportador 
e embarcador? 
Bom, a diferença é a seguinte: 
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 EMBARCADOR: é o dono da mercadoria, ou seja, o expedidor da 
nota fiscal. 
 
 
 
 TRANSPORTADOR: é o dono do veículo ou da empresa 
contratada para fazer o transporte da carga. 
 
 
 
 
 
Vamos às peculiaridades da responsabilização de cada uma dessas 
pessoas. 
 
2.1.1. Responsabilidade dos PROPRIETÁRIOS E CONDUTORES 
 
Quanto à divisão de responsabilidade entre proprietário e condutor, 
devemos imaginar um veículo que seja pertencente a uma pessoa e que esteja 
sendo conduzido por outra. 
 
 
 
 
 
 
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Ao PROPRIETÁRIO caberá sempre a responsabilidade pela infração 
referente à prévia regularização e preenchimento das formalidades e condições 
exigidas para o trânsito do veículo na via terrestre, conservação e 
inalterabilidade de suas características, componentes, agregados, habilitação 
legal e compatível de seus condutores, quando esta for exigida. 
 
 
 
 
 
 
Ao CONDUTOR, por sua vez, caberá a responsabilidade pelas infrações 
decorrentes de atos praticados na direção do veículo. 
Perceba que o legislador deixou nítida a divisão de responsabilidade 
entre condutor e proprietário. Dessa forma, fica fácil concluir que a 
responsabilidade do proprietário fica restrita à regularização do veículo, e a do 
condutor fica limitada aos atos tomados na direção do veículo. 
Contudo, há casos, e não são poucos, em que não é possível identificar o 
condutor infrator. Um carro estacionado em local proibido sem a presença do 
condutor, um condutor que não assina o auto de infração, outros que são 
autuados por agentes de trânsito por cometerem infrações enquanto 
conduzem o veículo, enfim, várias situações as quais nem sempre é possível 
ter o condutor identificado. 
Então quem paga a conta pela infração? Quem arcará com o ônus da 
infração? E se não for possível identificar nem o condutor e nem o proprietário 
do veículo? 
Nesse caso, o Código nos informa que não sendo imediata a identificação 
do infrator, o proprietário do veículo terá 15 dias de prazo, após a notificação 
da autuação, para apresentá-lo, na forma em que dispuser o Contran, ao fim 
do qual, não o fazendo, será considerado responsável pela infração. 
E mais ainda: 
 
 
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 Ainda que a infração seja de responsabilidade do CONDUTOR, o 
proprietário será sempre o responsável pelo 
pagamento da multa que tal infração gerar. De lascar, não 
é?? 
 
 
2.1.2. Responsabilidade do EMBARCADOR e do TRANSPORTADOR 
 
 Nesse caso, abordarei com você a responsabilidade especificamente 
pela infração de excesso de peso, apurada em balança rodoviária, levando 
em consideração o documento fiscal, para que identifiquemos quem teve a 
intenção de transportar mercadoria com excesso de peso – se foi o 
embarcador ou o transportador. 
Adianto a você que esse tipo de infração – e até muitos acidentes 
decorridos do cometimento dela – é bastante comum nas estradas e 
rodovias e, por isso, recebem uma atenção especial dos agentes 
fiscalizadores. Tanto o embarcador como o transportador, ou ambos, 
podem ser responsabilizados. 
De acordo com o CTB, o EMBARCADOR é responsável pela infração 
relativa ao transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou no peso 
bruto total, quando simultaneamente for o único remetente da carga e o 
peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for inferior àquele 
aferido. 
Esse é o famoso caso do dono da carga (embarcador) que tem 
consciência da lotação máxima de seu veículo de transporte e, mesmo assim, 
insiste em colocar mais carga e não declarar esse excesso na Nota Fiscal. 
O agente de trânsito, no exemplo acima citado, ao fiscalizar esse veículo, 
vai primeiro pesá-lo e, em seguida, verificar o peso apurado na balança e 
compará-lo com o declarado na nota fiscal. Se for constatado que o 
embarcador declarou um peso abaixo do real, apenas este deve responder, 
uma vez que o transportador certamente fora enganado. 
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Sendo assim, responde aquele que efetivamente teve a intenção de 
transportar mercadoria com excesso de peso. 
Já o TRANSPORTADOR é o responsável pela infração relativa ao 
transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou quando a carga 
proveniente de mais de um embarcador ultrapassar o peso bruto total. 
É aquele caso em que o caminhoneiro (transportador) aceita encher 
propositadamente seu caminhão com uma quantidade maior do que a 
capacidade de carga do veículo e segue viagem. Outra situação é quando 
vários embarcadores contratam apenas um caminhoneiro para levar a 
mercadoria de cada um. Cada embarcador entrega regularmente sua carga, 
dentro das especificações de peso suportadas pelo veículo, mas o 
caminhoneiro, na ânsia de faturar mais, aceita a carga de cada embarcador 
mesmo sabendo que o somatório das cargas extrapola a capacidade de peso 
suportada pelo veículo. Dessa maneira, apenas o transportador quis cometer 
a infração, sendo este, no caso descrito, o responsável pelo cometimento da 
infração. 
Mas existe também o caso previsto no Código em que ambos são 
responsáveis. Pelo CTB, o TRANSPORTADOR e o EMBARCADOR são 
solidariamente responsáveis pela infração relativa ao excesso de peso bruto 
total, se o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for 
superior ao limite legal. 
Esse último caso é a irregularidade total!!Nele, tanto o transportador 
quanto o embarcador sabem que estão transportando cargas acima dos 
limites máximos permitidos pelo veículo e pelas normas de trânsito. E o 
pior: declaram descaradamente o excesso de peso na Nota Fiscal da 
mercadoria!! Sendo assim, apenas um será autuado, com o direito de exigir 
do outro a metade da multa imposta, haja vista a responsabilidade ser 
solidária. 
 
2.1.3. A responsabilidade de OUTRAS PESSOAS admitidas no CTB 
 
As demais pessoas que podem responder pelo CTB estão espalhadas 
pelo Código, ou seja, não foram agrupadas em um capítulo específico. São 
infrações cometidas sem a utilização de veículos, ora por pessoa física, ora 
por pessoa jurídica. É o caso dos pedestres, órgãos com circunscrição sobre 
a via que não a conservam adequadamente, servidores públicos que 
negligenciam o dever de cuidar das vias terrestres e etc.. 
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É aí onde entra a regulamentação dada pela Resolução CONTRAN nº 
390/11!! 
Esta Resolução tem como objeto preencher o “vazio” que o CTB 
deixou com relação a algumas infrações espalhadas pelo seu texto – não 
tipificadas no Capítulo XV -, cometidas por pessoas diversas e que não 
tiveram especificadas suas penalidades e valores de multa. 
Ela disciplina, por exemplo, a infração cometida por aquele(s) que não 
obedecer (em) ao disposto no art. 95 do CTB. O referido dispositivo versa o 
seguinte: 
 
 Art. 95. Nenhuma obra ou evento que possa perturbar ou interromper 
a livre circulação de veículos e pedestres, ou colocar em risco sua 
segurança, será iniciada sem permissão prévia do órgão ou entidade 
de trânsito com circunscrição sobre a via. 
 
Perceba que o artigo acima representa uma conduta a ser respeitada por 
aqueles que pretendam realizar obra ou evento em vias públicas. A conduta 
nele descrita não é proibida, desde que haja permissão PRÉVIA do órgão ou 
entidade com circunscrição sobre a via. 
Agora te pergunto: e se houver a desobediência a esse regramento, ou 
seja, se uma obra ou evento for realizado sem a devida permissão? Quem será 
responsabilizado? Quanto pagará pela infração? 
São respostas que o CTB não traz em seu texto!! E é exatamente onde 
entra a Resolução nº 390/11, que regulamenta tais valores em seu Anexo II. 
A abordagem desse assunto em provas é bem simples, seja qual for a 
organizadora!! 
Veja: 
 
 
 
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01. [IAUPE – MOTORISTA – PREF. MUN. SURUBIM/PE – 2009] A quem 
caberá a responsabilidade pelas infrações decorrentes de atos 
praticados na direção do veículo? 
(A) Ao proprietário do veículo. 
(B) Ao condutor. 
(C) Ao embarcador. 
(D) Ao transportador. 
(E) A qualquer pessoa que provocar acidente de trânsito. 
Comentário: 
Revisando (art. 257, §§2º e 3º): 
 
 Condições de uso e conservação do veículo  responsabilidade 
do proprietário 
 
 Atos praticados na direção do veículo  responsabilidade do 
condutor 
 
Já está dada a resposta! 
Gabarito: Letra “B” 
[CESPE – AGENTE DE TRÂNSITO – PREF. VILA VELHA 2008] A respeito 
das responsabilidades e das penalidades atribuídas aos envolvidos em 
situações de desrespeito às leis de trânsito, julgue os itens que se 
seguem. 
02. Ao condutor caberão as responsabilidades decorrentes da conservação do 
veículo. 
03. O transportador é responsável pela infração relativa ao transporte de carga 
com excesso de peso, quando a carga for proveniente de mais de um 
embarcador. 
Comentário 02: 
O responsável legal pela conservação do veículo é o seu proprietário e 
não o condutor, a não ser que o condutor seja também o proprietário, o que 
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nem sempre acontece no dia-a-dia do trânsito. Para que o item estivesse 
correto, ele deveria afirmar que o condutor é o proprietário do veículo, mas não 
o fez. 
Gabarito: Errado 
Comentário 03: 
O fato de a carga ser proveniente de mais de um embarcador não enseja 
necessariamente em infração pelo transportador. Só será configurada a 
infração, quando a carga proveniente de mais de um embarcador ultrapassar 
o peso bruto total (art. 257, §5º). É que nos afirma a assertiva! 
Gabarito: Certo 
 
 
2.2. As PENALIDADES previstas 
 
Antes de conhecer as PENALIDADES previstas pelo Código, é 
fundamental, caro aluno, que eu lhe esclareça a diferença simples, mas que às 
vezes confunde os candidatos, entre AUTORIDADE DE TRÂNSITO e AGENTE DE 
TRÂNSITO. 
É o seguinte: 
 
 AUTORIDADE de trânsito  É o responsável legal pelo 
órgão ou entidade executiva de trânsito estadual ou municipal. 
Ex: o Diretor-Geral do DETRAN-DF. 
 AGENTE de trânsito  Servidor civil, estatutário ou 
celetista ou, ainda, policial militar designado pela autoridade 
de trânsito com jurisdição sobre a via cuja função é a de 
fiscalização de trânsito. 
Ex: um Policial Rodoviário Federal exercendo fiscalizações nas rodovias e 
estradas federais!! 
 
Entendida a diferença, vamos então à primeira e importantíssima 
informação sobre as penalidades: 
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 Só quem tem a competência legal para aplicar penalidades por 
infrações cometidas no trânsito é a AUTORIDADE de 
trânsito com circunscrição sobre a via. 
 Agente de Trânsito nenhum EM NENHUMA HIPÓTESE tem 
competência para aplicar penalidades a ninguém!! 
Guarde bem essa informação!!! 
 
Conhecedor de que é SOMENTE a AUTORIDADE DE TRÂNSITO a 
responsável pela aplicação das PENALIDADES previstas no CTB, você agora 
conhecer também tais penalidades. São elas: 
 
 Advertência por escrito 
 Multa 
 Suspensão do direito de dirigir 
 Apreensão do veículo 
 Cassação da Carteira Nacional de Habilitação 
 Cassação da Permissão para Dirigir 
 Frequência obrigatória em curso de reciclagem 
 
 
Vamos detalhar cada uma delas! 
 
 
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2.2.1. A penalidade de MULTA 
 
A multa é uma penalidade PECUNIÁRIA, ou seja, exige-se quantia em 
dinheiro para cumpri-la. 
O art. 258, incisos I a IV, do Código de Trânsito, ainda preserva sua 
redação original estabelecendo que as infrações punidas com multa 
classificam-se, de acordo com sua gravidade, em quatro categorias: 
 
 Infração de natureza GRAVÍSSIMA, com multa no valor de 180 Ufir; 
 Infração de natureza GRAVE, punida com multa no valor de 120 Ufir; 
 Infração de natureza MÉDIA, punida com multa no valor de 80 Ufir; 
 Infração de natureza LEVE, punida com multa no valor de 50 Ufir. 
 
Já sei que você me perguntará: professor, essa tal de Ufir ainda existe? 
Ela não foi extinta? Hoje os valores de multas não são cobrados na nossa 
moeda, o Real? 
Isso mesmo!! A Medida Provisória nº 1.973-67, de 26 de outubro de 
2000, extinguiu a Unidade de Referência Fiscal – UFIR, mas a referida medida 
provisória não tinha poderes para alterar a letra de uma lei ordinária com a Lei 
n. 9.503/97, o nosso CTB. Então o que aconteceu? 
O CONTRAN regulamentou a Resolução nº 136/02 (que atualizou os 
valores das multas cobrados em todo país), fixando, para todo o território 
nacional, os seguintes valores de multa: 
 
 Infração GRAVÍSSIMA  R$ 191,54 
 Infração GRAVE  R$ 127,69 
 Infração MÉDIA  R$ 85,13 
 Infração LEVE  R$ 53,20 
 
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Atualmente todos nós sabemos que esses são os valores de multa 
cobrados para infrações de trânsito por todo o nosso país. Eles fazem parte do 
cotidiano das atividades dos órgãos de trânsito e você deve levá-los em conta 
para a sua prova. 
O CTB também estabelece que, para cada infração cometida, temos 
computada a seguinte pontuação: 
 
 GRAVÍSSIMA - 07 pontos 
 GRAVE -------- 05 pontos 
 MÉDIA -------- 04 pontos 
 LEVE --------- 03 pontos 
 
Não se esqueça de um detalhe importante: há infrações previstas no CTB 
cujas penalidades de multa vêm agravadas através de fatores multiplicadores 
de seu valor. Há o fator multiplicado de (3x) e o de (5x), como por exemplo, 
os das infrações a seguir: 
 
Art. 193. Transitar com o veículo em calçadas, passeios, 
passarelas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios, ajardinamentos, 
canteiros centrais e divisores de pista de rolamento, 
acostamentos, marcas de canalização, gramados e jardins 
públicos: 
Infração - gravíssima; 
Penalidade - MULTA (três vezes). 
Cálculo: 3 * R$ 191,54 = R$ 574,62 
 
Art. 162. Dirigir veículo: 
(...) 
II - com Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão para 
Dirigir cassada ou com suspensão do direito de dirigir: 
Infração - gravíssima; 
Penalidade - MULTA (cinco vezes) e apreensão do veículo; 
Cálculo: 5 * R$ 191,54 = R$ 957,70 
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Engraçado, pois já se passaram 14 anos da sanção do CTB, quase 10 
anos de vigor de Resolução nº 136/02, e as bancas de concurso insistem ainda 
em trazer questões sobre a natureza das infrações assim como valores das 
multas e pontuação. E, acredite, ainda há candidatos que erram!! 
Não será o seu caso, meu aluno do Estratégia, é claro!! Por isso, 
aconselho você então a dar uma memorizada no quadro-resumo abaixo a fim 
de consolidar seus conhecimentos nesse assunto tão tranqüilo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 As multas serão impostas e arrecadadas pelo órgão ou 
entidade de trânsito com circunscrição sobre a via onde 
haja ocorrido a infração. 
 
Bom, mas com relação à pontuação pelas infrações, cabe uma importante 
ressalva trazida recentemente pela Lei nº 13.103/2015, que adicionou o §4º 
no art. 259 do CTB, assim estabelecendo: 
 
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Lei nº13.103/2015 
 Ao condutor identificado no ato da infração será atribuída 
pontuação pelas infrações de sua responsabilidade, nos 
termos aqui estudados, excetuando-se aquelas praticadas 
por PASSAGEIROS: 
 usuários do serviço de transporte rodoviário de 
passageiros em viagens de longa distância transitando em 
rodovias com a utilização de ônibus, em linhas regulares 
intermunicipal, interestadual, internacional; e 
 em viagem de longa distância por fretamento e turismo 
ou de qualquer modalidade, 
excetuadas as situações regulamentadas pelo 
CONTRAN a teor do art. 65 do CTB ( uso de cinto de 
segurança) 
 
Professor, explica isso aí!!! 
É simples! Regra geral, a pontuação por infrações cometidas na direção 
do veículo vai para o condutor identificado no ato da infração, não é mesmo? 
No entanto, ao longo dos anos, foram observados casos em que nem 
sempre as infrações eram cometidas necessariamente pelos condutores, 
mesmo estando eles na direção dos seus veículos. E isso acontecia em 
demasia principalmente nos casos de transporte rodoviário de passageiros ou 
em viagens de longa distância em veículos fretados ou de turismo. 
]Em muitas situações, ficava difícil para o condutor controlar o 
comportamento dos passageiros e seria uma injustiça ele ser responsabilizado 
por tais infrações! E foi por esse motivo que o legislador resolveu tirar, para 
esses casos comprovados, tal responsabilidade do condutor identificado! No 
entanto, há uma ressalva em que esse condutor não será perdoado, mesmo 
sendo a infração cometida por passageiro: a desobediência à 
obrigatoriedade do uso de cinto de segurança (art. 65 do CTB). 
Essa infração, mesmo cometida por passageiro, ainda assim será de 
responsabilidade do condutor identificado no ato da infração, beleza?? 
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Aos trabalhos: 
 
 
 
 
04. [IAUPE – GUARDA MUNICIPAL – PREF. MUN. TAMANDARÉ/PE – 
2004] Quantos pontos serão atribuídos ao infrator que cometer uma 
infração considerada como grave? 
(A) Sete pontos. 
(B) Cinco pontos. 
(C) Três pontos. 
(D) Quatro pontos. 
(E) Dois pontos. 
Comentário: 
Fácil, não é mesmo? Apesar de bem óbvia, repito, ainda é bastante 
cobrado pelas bancas! Infração de natureza grave impõe 05 pontos na CNH 
(art. 259, §2º). 
Gabarito: Letra “B” 
05. [IAUPE – AGENTE DE TRANS. TRANSPORTE – PREF. MUN. OLINDA – 
2011] De acordo com a Resolução Nº 136, a infração de natureza grave 
é punida com multa de valor correspondente a alternativa CORRETA. 
(A) R$ 191,54 
(B) R$ 85,13 
(C) R$ 53,20 
(D) R$ 127,69 
(E) R$ 32,25 
Comentário: 
Revisando os valores de multa estabelecidos pela Resolução nº 136/02 e 
hoje vigentes, temos: 
 Infração de natureza GRAVÍSSIMA, com multa no valor de R$ 191,54; 
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 Infração de natureza GRAVE, punida com multa no valor de R$ 127,69; 
 Infração de natureza MÉDIA, punida com multa no valor de R$ 85,13; 
 Infração de natureza LEVE, punida com multa no valor de R$ 53,14. 
A questão nos pede o valor cobrado para infrações de natureza GRAVE. 
Gabarito: Letra “D” 
06. [IAUPE – AGENTE DE TRANS. TRANSPORTE – PREF. MUN. OLINDA – 
2011] Na infração considerada gravíssima, são computados os 
seguintes números de pontos na Carteira Nacional de Habilitação do 
infrator: 
(A) Cinco. 
(B) Sete. 
(C) Quatro. 
(D) Três. 
(E) Seis. 
Comentário: 
Mais uma vez: o CTB estabelece, em seu art. 259, a seguinte pontuação 
(a ser imposta na CNH do infrator) para cada tipo infração: 
 
Não esqueça que há infrações previstas no CTB que preveem multas 
agravadas, cujos valores podem ter fator multiplicador de (3x) ou de (5x). A 
nossa questão pede que marquemos o item que corresponde à pontuação de 
uma infração de natureza GRAVÍSSIMA, apenas. 
Gabarito: Letra “B” 
 
Vamos ver algumas especificidades sobre a penalidade multa: 
 
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 Infrações ocorridas em outras unidades da federação 
 
O CTB, em seu art. 260, versa que as multas decorrentes de infração 
cometida em unidade da federação diversa da do licenciamento do 
veículo serão arrecadadas e compensadas na forma estabelecida pelo Contran. 
O Contran regulamentou o tema na Resolução CONTRAN nº 155/04, que 
também foi operacionalizada pela Portaria n. 03/04 do Denatran. Atualmente, 
todas as infrações ocorridas em uma unidade da federação, diversa da do 
registro do veículo, são armazenadas em um banco de dados nacional, 
administrado pelo Denatran. 
Por falar nesse banco de dados, ele chama-se RENAINF, que é o 
Registro Nacional de Infrações de Trânsito!! 
Para que possamos entender esse sistema, devemos fazer as seguintes 
considerações: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Importante saber também que as multas decorrentesde infração 
cometida em unidade da federação diversa daquela do licenciamento 
do veículo poderão ser comunicadas ao órgão ou entidade responsável pelo 
seu licenciamento, que providenciará a notificação. 
Questão boa para analisarmos: 
 
 
 
 
07. [QUADRIX – ASSISTENTE DE TRÂNSITO – DETRAN/DF – 2010] Se a 
infração cometida tiver ocorrido em unidade da Federação diferente do 
licenciamento do veículo, a multa decorrente desta infração deverá ser 
registrada, para fins de arrecadação, pelo: 
(A) Registro Nacional de Veículos Automotores. 
(B) Conselho Nacional de Trânsito. 
(C) Registro Nacional de Informações de Trânsito. 
(D) Departamento Nacional de Trânsito. 
(E) Registro Nacional de Condutores Habilitados. 
Comentário: 
Acabamos de estudar que todas as infrações ocorridas em uma Unidade 
da Federação, diversa da do registro do veículo, são armazenadas em um 
banco de dados nacional, administrado pelo DENATRAN. Esse banco de dados é 
o RENAINF, que é o Registro Nacional de Infrações de Trânsito. Vamos 
então aos itens: 
Item A - Nesse registro são cadastrados os dados e as características de todos os 
veículos produzidos, fabricados e importados no Brasil. (Errado) 
Item B - O Contran é órgão normativo e consultivo. Não é de sua competência 
registrar as infrações de trânsito cometidas dentro ou fora da unidade de 
licenciamento do veículo. (Errado) 
Item C – Fique sabendo: esse registro não existe em nossa legislação! 
(Errado) 
Item D - O Denatran é o órgão responsável pela manutenção de todos os bancos 
de dados relativos ao trânsito brasileiro (RENAVAM, RENACH, RENAINF, 
RENAEST), mas não é ele o competente para registrar a infração no banco de 
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dados adequado que é o RENAINF. Quem é competente para fazer esse registro é 
o órgão executivo de trânsito com circunscrição sobre a via onde foi 
cometida a infração. (Errado) 
Item E - Nesse banco de dados são cadastrados os dados e características de 
todos os condutores de veículos do país. Também não é ele quem guarda o 
registro de infrações. (Errado) 
A questão foi anulada pela organizadora por falta de resposta correta 
dentre as opções por ela trazidas. 
Gabarito: Nula 
 
 Multas de veículos estrangeiros 
 
Já vamos logo para um destaque para você memorizar: 
 
 
 
 
 Quando a infração for cometida com veículo LICENCIADO NO 
EXTERIOR, em trânsito no território nacional, a multa 
respectiva deverá ser paga antes de sua saída do país, 
respeitado o princípio de reciprocidade. 
 
Observe que a multa não é condição para prosseguir viagem, e sim para 
a retirada do veículo do país, podendo o estrangeiro sair livremente. 
Há ainda a possibilidade de o veículo sair com todos os seus débitos de 
forma regular, bastando que seja dado o mesmo tratamento ao veículo 
brasileiro quando no exterior. 
 
 
 
 
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 Multas à veículos de pessoas jurídicas 
 
Quem deve ser o responsável por infrações de trânsito cometidas quando 
da condução de veículos registrados e licenciados em nome de pessoa 
jurídica? 
Pessoa jurídica, em tese, não comete infração de trânsito e nem possui 
CNH para receber as pontuações negativas referentes às infrações cometidas. 
Como se dá então a responsabilização para esses casos? 
Você se lembra que, recebida a notificação de autuação, todo 
proprietário de veículo tem o prazo de 15 dias que para identificar e 
apresentar o CONDUTOR infrator? Pois é, as pessoas jurídicas também têm 
essa obrigação e, portanto, devem obedecer tal prazo. Se assim não fizerem, a 
regra imposta pelo CTB para as pessoas jurídicas é única e é a seguinte: 
 
 
 
 
 Após o prazo de 15 dias do recebimento da Notificação de 
Autuação, não havendo identificação do infrator e 
sendo o veículo de propriedade de pessoa jurídica, será 
lavrada nova multa ao PROPRIETÁRIO do veículo, mantida a 
originada pela infração, cujo valor é o da multa multiplicada 
pelo número de infrações iguais cometidas no período de 12 
meses. 
 
Perceba que a pessoa jurídica será penalizada duas vezes caso não 
identifique o condutor infrator: 
 
 
 
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1ª - Multa a ser paga, que é a referente à infração de trânsito, e; 
2ª - Multa administrativa considerada uma infração imprópria, pois 
não é constatada na via, na direção de veículo automotor, e sim 
no sistema, no balcão, no computador, pois tem como fato 
gerador a não identificação do condutor infrator no prazo 
legal estabelecido (15 dias da notificação de autuação). 
 
 A destinação da multa 
 
Esse é o grande questionamento de todos nós: pra onde vai tanto 
dinheiro arrecadado com a cobrança de multas pelos órgãos de trânsito país 
afora? 
Confesso a você que essa é uma pergunta bastante complicada de se 
responder, infelizmente. Mas, como o que interessa aqui é a preparação para 
provas de concursos, sugiro que você faça vista grossa ao acontece na 
realidade e concentre-se no que o CTB regulamenta a respeito. 
E ele nos diz que a arrecadação com multas tem a seguinte destinação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A receita arrecadada com a cobrança de multas de trânsito tem 
destinação específica, ou seja, apenas poderá ser aplicada em sinalização, 
engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de 
trânsito, e nada mais. Piada não é? 
Cinco por cento (5%) do valor das multas de trânsito arrecadadas será 
depositado, mensalmente, na conta de FUNDO DE ÂMBITO NACIONAL 
destinado à segurança e educação de trânsito, que será administrado pelo 
Denatran. Note que esse fundo é nacional: dessa forma, cinco por cento do 
total das multas arrecadadas no país deverão ir para esse fundo. 
 
2.2.2. A penalidade de ADVERTÊNCIA POR ESCRITO 
 
A penalidade de advertência por escrito é bem simples e poderá ser 
imposta obedecidas as seguintes condições: 
 
 
 
 A infração deve ser de natureza LEVE ou MÉDIA, passível 
de ser punida COM MULTA e, 
 O infrator NÃO PODE SER reincidente, na mesma infração, 
nos últimos 12 meses. 
 
Vale ressaltar que, uma vez cumpridas as exigências acima, ainda é 
possível que a autoridade de trânsito não a conceda, pois, para que ela decida 
pela substituição da pena de multa pela de advertência, ela deverá considerar 
previamente o prontuário do infrator e decidir se esta providência será a mais 
educativa. 
 
 
 
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 A aplicação da Penalidade de ADVERTÊNCIA POR ESCRITO 
deverá ser registrada no prontuário do infrator depois de 
encerrada a instância administrativa de julgamento de 
infrações e penalidades, enviada ao infrator no endereço 
constante em seu prontuário, e sua aplicação não implicará 
em registro de pontuação no prontuário do infrator. 
 
A advertência por escrito também pode ser aplicada aos PEDESTRES, 
podendo, nesse caso, a multa ser transformada na participação do infrator em 
cursos de segurança viária, a critério da autoridade de trânsito. Na prática, eu 
acho que eu nunca vou ver isso acontecer... (rsrs) 
Ainda quanto à advertência por escrito observe que, quando 
aplicada, o condutor sofre também uma restrição de direitos por 12 MESES. 
Se cometer a mesma infração nesse período, terá necessariamente de pagar a 
multaoutrora dispensada, ou seja, a advertência por escrito será 
desconsiderada. 
 
2.2.3. A penalidade de APREENSÃO DO VEÍCULO 
 
No CTB temos algumas ações que trazem certa confusão para alguns 
candidatos quando de seu estudo. Falo a respeito dos termos apreensão, 
remoção e retenção de veículos. 
Esses procedimentos são bastante diferentes, apesar de certa correlação 
entre ele. Assim, é preciso que você saiba direitinho as diferenças conceitual e 
operacional entre eles, para não cair em pegadinhas das bancas. 
Já te adianto que dentre esses procedimentos, o único entre eles que é 
uma PENALIDADE é a apreensão de veículos. Portanto, se é uma penalidade, 
só a autoridade de trânsito tem competência para autorizá-la, respeitando 
sempre, é claro, o devido processo legal e a ampla defesa. 
Nesse caso, trata-se de uma penalidade que impõe ao infrator de 
trânsito uma restrição no uso de seu bem por um período determinado. 
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Na verdade, a apreensão do veículo é uma restrição no licenciamento 
do veículo, pois é este que permite que o veículo transite na via pública. 
Sendo assim, como licenciar veículos é competência exclusiva dos DETRANs, a 
aplicação de restrição na licença também o será. 
O CTB estabelece então que o veículo apreendido em decorrência de 
penalidade aplicada será recolhido ao depósito e nele permanecerá sob 
custódia e responsabilidade do órgão ou entidade apreendedora, com ônus 
para o seu proprietário, pelo prazo de até 30 dias, conforme critério a ser 
estabelecido pelo Contran. 
Os referidos critérios foram regulamentados pelo CONTRAN em sua 
Resolução CONTRAN nº 53/98 que, inclusive, nos traz a definição dos prazos 
para que o veículo fique recolhido em depósito a depender da gravidade de sua 
infração. 
Ela regulamenta que o órgão ou entidade responsável pela apreensão do 
veiculo fixará o prazo de custódia, tendo em vista as circunstâncias da infração 
e obedecidos os critérios abaixo: 
 
 de 1 a 10 dias  para penalidade aplicada em razão de infração 
para a qual não seja prevista multa agravada; 
 de 11 a 20 dias  para penalidade aplicada em razão de infração 
para a qual seja prevista multa agravada com fator 
multiplicador de 03 vezes; 
 de 21 a 30 dias  para penalidade aplicada em razão de infração 
para a qual seja prevista multa agravada com fator 
multiplicador de 05 vezes. 
 
Por fim, perceba que, diferentemente da remoção do veículo (medida 
administrativa), o pagamento das multas e encargos devidos não dá ao 
proprietário o direito de retirar o veículo do depósito público, uma vez que na 
apreensão do veículo existe um prazo de custódia a ser cumprido. 
No ato da apreensão do veículo, a Resolução nº 53/98 estabelece que 
o Agente de Trânsito deverá preencher um documento chamado “Termo de 
Apreensão de Veículo”. Esse Termo de Apreensão será preenchido em 03 vias 
as quais terão a seguinte destinação: 
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 a PRIMEIRA VIA será destinada ao proprietário ou condutor do 
veículo apreendido; 
 a SEGUNDA VIA, ao órgão ou entidade responsável pela 
custódia do veículo e; 
 a TERCEIRA VIA, ao agente de trânsito responsável pela apreensão. 
 
Neste Termo de Apreensão o Agente deverá discriminar: 
 os objetos que se encontrem no veículo; 
 os equipamentos obrigatórios ausentes; 
 o estado geral da lataria e da pintura; 
 os danos causados por acidente se for o caso; 
 identificação do proprietário e do condutor, quando possível; 
 dados que permitam a precisa identificação do veículo. 
 Cada via do Termo de Apreensão funciona como uma autoproteção de 
cada uma das partes caso o veículo apreendido venha a ser avariado quando de 
sua custódia. 
Se o proprietário ou o condutor estiverem presentes no momento da 
apreensão, o Termo de Apreensão de Veículo será apresentado para sua 
assinatura, sendo-lhe entregue a primeira via; havendo recusa na 
assinatura, o agente fará constar tal circunstância no Termo, antes de sua 
entrega. 
Além do preenchimento e entrega do Termo de Apreensão o agente 
de trânsito também recolherá, como medida administrativa (veremos mais 
adiante), o Certificado de Registro e Licenciamento De Veículo 
(CRLV) com a entrega de recibo ao proprietário ou condutor; ou 
informará, no Termo de Apreensão, o motivo pelo qual não foi recolhido. 
Para não esquecer, vamos revisar sobre a APREENSÃO no quadro 
abaixo: 
 
 
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QUADRO-RESUMO - APREENSÃO DO VEÍCULO 
Circunstância em 
que um veículo 
pode ser 
apreendido. 
Apenas quando prevista na 
infração, a apreensão, assim 
como as demais penalidades, está 
sujeita à reserva legal. 
Quem pode 
aplicar a 
apreensão 
Apenas a autoridade de trânsito 
Prazo máximo da 
apreensão 30 dias 
Medida 
administrativa 
decorrente 
Recolhimento do certifiacdo de 
licenciamento do veículo (CRLV) 
 
Para não esquecer: 
 
 
 
 
08. [IAUPE – AGENTE DE TRANSITO – PREF. MUN. ABREU E LIMA/PE – 
2008] O veículo apreendido em decorrência de penalidade aplicada 
será recolhido ao depósito e neste permanecerá sob custódia e 
responsabilidade do órgão ou entidade apreendedora com ônus para o 
seu proprietário, pelo prazo de até 
(A) 5 dias. 
(B) 15 dias. 
(C) 20 dias. 
(D) 30 dias. 
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(E) 45 dias. 
Comentário: 
Caro aluno, estamos diante da redação fidelíssima do art. 262 do CTB. 
Qual o prazo que o CTB estabelece para o fato acima citado? 30 dias. 
Aliás, quase todos os prazos trazidos pelo CTB são de 30 dias. Anota aí, 
pois te garanto que essa informação já é suficiente para provas! 
Gabarito: Letra “D” 
 
2.2.4. A penalidade de SUSPENSÃO DO DIREITO DE DIRIGIR 
 
A penalidade de suspensão do direito de dirigir significa uma retirada 
temporária do direito de dirigir, respeitado sempre o devido processo legal. Se, 
por exemplo, você receber pela primeira vez essa penalidade, a autoridade de 
trânsito arbitrará um prazo de suspensão de no mínimo de 01 meses 
até o máximo de 01 ano. Não se esqueça desses prazos, ok!! 
Agora, tendo suspenso seu direito de dirigir e você reincidir em infrações 
que prevêm a mesma penalidade, no período de 12 meses, a nova uspensão 
do direito de dirigir será imposta pelo prazo mínimo de 06 MESES ATÉ O 
MÁXIMO DE 02 ANOS, também a critério da AUTORIDADE DE TRÂNSITO. 
 
 
 A suspensão do direito de dirigir será aplicada sempre que o 
infrator atingir a contagem de 20 pontos em sua CNH num 
período de 12 meses. 
 A pena de suspensão do direito de dirigir aplicada àqueles 
condutores que forem autuados ao dirigir sob a influência de 
álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que 
determine dependência será INVARIAVELMENTE de 12 meses 
(art. 165). 
 
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Não esqueça também que a penalidade de suspensão do direito de 
dirigir será aplicada por decisão fundamentada da autoridade de trânsito 
competente, em processo administrativo, assegurado ao infrator 
amplo direito de defesa. Não existe penalidade automática em nosso 
país!! 
E aí você me pergunta: cumprido o prazo de suspensão aplicado, o que 
preciso fazer para voltar a conduzir veículos? 
Depois de cumprida a penalidade, o condutor deverá obrigatoriamente 
submeter-se a um CURSO DE RECICLAGEM no órgão executivo de trânsitoestadual. Depois de cumprida essa obrigação, o condutor terá então sua 
Carteira Nacional de Habilitação imediatamente devolvida. 
E sobre essa penalidade, temos novidades, essas trazidas pela 
recentíssima Lei nº 13.154/2015! Anota logo aí a principal e mais importante 
delas: 
 
 
 
Lei nº 13.154/2015 
 O condutor que exerce atividade remunerada em veículo, 
habilitado na categoria C, D ou E, será convocado pelo 
órgão executivo de trânsito estadual (DETRAN) a participar de 
curso preventivo de reciclagem sempre que, no 
período de 01 ano, atingir 14 pontos, conforme 
regulamentação do CONTRAN. 
 Concluído esse curso preventivo de reciclagem, o 
condutor terá eliminados os pontos que lhe tiverem sido 
atribuídos, para fins de contagem subsequente. 
 
E mais: após o término desse curso preventivo, o condutor não poderá 
ser novamente convocado antes de transcorrido o período de um ano. 
A pessoa jurídica concessionária ou permissionária de serviço público 
tem o direito de ser informada dos pontos atribuídos aos motoristas 
que integrem seu quadro funcional, exercendo atividade remunerada 
ao volante, na forma que dispuser o CONTRAN. 
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Beleza? Pois continuemos então a analisar questões: 
 
 
 
 
09. [FUNIVERSA – MOTORISTA – TERRACAP/DF – 2010] Estará sujeito 
à suspensão do direito de dirigir o condutor que cometer 
(A) 6 infrações leves. 
(B) 5 infrações médias. 
(C) 3 infrações graves e 1 infração leve. 
(D) 2 infrações gravíssimas e 1 infração grave. 
(E) 3 infrações graves e 1 infração média. 
Comentário: 
A suspensão do direito de dirigir será aplicada sempre que o infrator 
atingir a contagem de 20 pontos em sua CNH num período de 12 meses (art. 
261, §1º). 
A questão traz uma série de situações simulando o cometimento de 
várias infrações, e quer saber qual delas – pelo seu somatório de pontos – 
ensejaria a suspensão do direito de dirigir. É só fazer as contas. Vamos usar o 
nosso velho e bom checklist: 
Item A: 
Infração leve = 3 pontos  06 infrações leves = 6*3 = 18 pontos (não é 
caso para suspensão do direito de dirigir). [Errado] 
Item B: 
Infração média = 4 pontos  05 infrações médias = 5*4 = 20 pontos (é 
caso sim para suspensão do direito de dirigir). [Certo] 
Item C: 
Infração grave = 5 pontos  03 infrações graves = 3*5 = 15 pontos. 
Infração leve = 3 pontos  03 infrações graves e 1 infração leve = 15 +3 
= 18 pontos (não é caso para suspensão do direito de dirigir). [Errado] 
Item D: 
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Infração gravíssima = 7 pontos  02 infrações gravíssimas = 2*7 = 14 
pontos. 
Infração grave = 5 pontos  02 infrações gravíssimas e 1 infração grave 
= 14 +5 = 19 pontos (não é caso para suspensão do direito de dirigir). 
[Errado] 
Item E: 
Infração grave = 5 pontos  03 infrações graves = 3*5 = 15 pontos 
Infração média = 4 pontos  03 infrações graves e 1 infração média = 
15+4 = 19 pontos (não é caso para suspensão do direito de dirigir). [Errado] 
Gabarito: Letra “B” 
10. [IAUPE – MOTORISTA – PREF. MUN. CAMARAGIBE/PE – 2008] 
Assinale a alternativa que identifica a situação do motorista que teve 
suspenso o seu direito de dirigir, por ter cometido delito de trânsito. 
(A) O infrator pagará multa de, até, 10 salários mínimos. 
(B) O infrator pagará multa, taxas e responderá a processo penal. 
(C) O infrator será submetido a curso de reciclagem nos termos da legislação. 
(D) O infrator não será submetido a qualquer penalidade. 
(E) O infrator será submetido, apenas, à penalidade de advertência. 
Comentário: 
Item A - Não existe essa previsão legal no CTB. (Errado) 
Item B - Pagar multas e taxas, porque teve seu direito de dirigir suspenso? E o 
pior: responder a processo penal?! De forma alguma! A suspensão do direito de 
dirigir é uma sanção administrativa e visa retirar temporariamente o direito de 
dirigir daquele que cometeu infração com previsão para essa penalidade ou que 
acumulou 20 pontos em seu prontuário. (Errado) 
Item C – Certíssimo! Foi o que acabamos de ver. O curso de reciclagem será 
sempre obrigatório para se recuperar a CNH, depois de cumprida a penalidade 
de suspensão do direito de dirigir (art. 261, §2º). (Certo) 
Item D - Ele pode sim ser submetido à penalidade de multa (caso a infração 
cometida preveja também tal pena) como pode ter sua habilitação cassada, 
caso, já estando suspenso seu direito de dirigir, seja pegue conduzindo veículo 
com sua habilitação suspensa. (Errado) 
Item E - Não há previsão de advertência quando o condutor tiver suspenso seu 
direito de dirigir. Tem nada a ver! (Errado) 
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Gabarito: Letra “C” 
11. [FCC – TÉCNICO JUDIC. SEGURANÇA E TRANSP. – TRT/6ª – 2012] 
Artigo 261 do CTB: “A penalidade de suspensão do direito de dirigir 
será aplicada, nos casos previstos neste Código, pelo prazo mínimo de 
...... até o máximo de um ano e, no caso de reincidência no período de 
......, pelo prazo mínimo de ...... até o máximo de ......, segundo critérios 
estabelecidos pelo CONTRAN”. 
(A) um mês; doze meses; seis meses; dois anos 
(B) dois meses; cinco meses; um ano; quinze meses 
(C) três meses; um ano; um ano; três anos 
(D) três meses; oito meses; dois anos; quatro anos 
(E) um mês; quinze meses; um ano; dois anos 
Comentário: 
Para responder, é só não esquecer a regra que aqui estudasmo e que 
está contida no art. 261, caput, do CTB: 
Se, por exemplo, você receber pela primeira vez essa penalidade, a 
autoridade de trânsito arbitrará um prazo de suspensão de no mínimo 01 
meses até o máximo de 01 ano. Não se esqueça desses prazos, ok! 
Agora, tendo suspenso seu direito de dirigir e você reincidir em 
infrações, no período de 12 meses, a nova penalidade de suspensão do direito 
de dirigir será imposta pelo prazo mínimo de 06 meses até o máximo de 02 
anos, também a critério da AUTORIDADE DE TRÂNSITO. Simples, assim! 
Gabarito: Letra “A” 
 
 
09. [CESPE – POLICIA RODOVIÁRIA FEDERAL – 2004] Se, após obter sua 
Carteira Nacional de Habilitação (CNH), um jovem motorista, no decorrer de 
um mês, cometer duas infrações de natureza gravíssima, uma de natureza 
grave e 5 de natureza média, sua CNH será automaticamente cassada pelo 
órgão competente. 
Comentário: 
Se esse imprudente condutor teve duas infrações gravíssimas, já 
acumulou 14 pontos. Com o cometimento da de natureza grave, levou mais 05 
pontos, acumulando então 19 pontos. Com as 05 de natureza média, recebeu 
mais 20 pontos (5X4), acumulando, no final do mês, um total de 39 pontos! 
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Bom, sabemos que com essa pontuação ele já preenche o requisito para 
ter sua CNH suspensa, mas tal suspensão não é automática! 
Nunca esqueça que, para qualquer que seja a penalidade, é preciso que 
sejam respeitados o devido processo legal e o direito à ampla defesa. 
Gabarito: Errado 
 
2.2.5. A penalidade de CASSAÇÃO DO DOCUMENTO DE 
HABILITAÇÃO 
 
De consequências mais graves do que a penalidade de suspensão do 
direito de dirigir, tem-se a penalidade de Cassação do Documento de 
Habilitação que representa, na verdade, a PERDA do direito de dirigir. 
Para que alguém tenha cassado seu documento de infração, terá que 
ser enquadrado em uma das seguintes situações: 
 
 
 
 Quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir 
qualquer veículo; 
 No caso de reincidência, no prazo de 12 meses, das 
seguintes infrações: 
 Dirigir veículo comCarteira Nacional de Habilitação ou 
Permissão para Dirigir de categoria diferente da do veículo que 
esteja conduzindo (art. 162, III); 
 Entregar a direção do veículo ou permitir que pessoa tome 
posse do veículo automotor e passe a conduzi-lo na via sem 
CNH ou PPD, com CNH ou PPD cassada (ou com o direito de 
dirigir suspenso), com categoria diferente ou com CNH vencida 
a mais de 30 dias ou sem usar lentes corretoras de visão, 
aparelho auxiliar de audição, de prótese física ou as 
adaptações do veículo, impostas por ocasião da concessão ou 
da renovação da licença para conduzir (arts. 163 e 1640; 
 
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 Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra 
substância psicoativa que determine dependência (art. 165); 
 Disputar corrida (art. 173); 
 Promover, na via, competição, eventos organizados, exibição e 
demonstração de perícia em manobra de veículo, ou deles 
participar, como condutor, sem permissão da autoridade de 
trânsito com circunscrição sobre a via (art. 174); e 
 Utilizar-se de veículo para, em via pública, demonstrar ou exibir 
manobra perigosa mediante arrancada brusca, derrapagem ou 
frenagem com deslizamento ou arrastamento de pneus (art. 
175). 
 Quando condenado judicialmente por delito de trânsito. 
 
E aí você deve estar me perguntando: essa perda da CNH é definitiva, ou 
seja, nunca mais poderei conduzir veículos se for penalizado com a cassação 
do direito de dirigir? 
Claro que não, caro aluno!!! Você terá sim a possibilidade de novamente 
conduzir veículos!! 
 
 
 
 Aplicada a penalidade de CASSAÇÃO DO DIREITO DE DIRIGIR, 
esta terá a duração de 02 anos. 
 Cumprida a penalidade, ou seja, passados os 02 anos da cassação 
da Carteira Nacional de Habilitação, o infrator poderá requerer sua 
reabilitação, submetendo-se a TODOS OS EXAMES NECESSÁRIOS 
À HABILITAÇÃO, na forma estabelecida pelo Contran. 
 
No caso da cassação, não basta que o condutor apenas cumpra 
frequência obrigatória em curso de reciclagem. Essa é a obrigação mínima!! 
Além dela, o condutor terá que começar todo um novo processo de 
habilitação como se fosse a sua primeira vez, preservando-se a data da 
primeira habilitação. 
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Assim como acontece com a suspensão, a Cassação do Documento de 
Habilitação será também aplicada por decisão fundamentada da autoridade 
de trânsito competente, em processo administrativo, assegurado ao infrator 
amplo direito de defesa. 
Aos trabalhos: 
 
 
 
 
13. [CESPE - PROCURADOR AUTARQUICO – DETRAN/PA – 2006] O 
condutor que, durante o cumprimento de suspensão do direito de dirigir, 
desrespeitar essa punição deve ser punido com a cassação do documento de 
habilitação. Nesse caso, visando a incolumidade dos usuários do sistema de 
trânsito, a cassação deve ser imposta sumariamente pela autoridade de 
trânsito. 
Comentário: 
Você já sabe que um condutor que desrespeita a suspensão de seu direito 
de dirigir e continua conduzindo veículos abre o precedente para ter também 
sua habilitação cassada, não é? 
Mas apenas abre o precedente. É preciso que a autoridade de trânsito 
respeite o devido processo legal e lhe dê o direito de ampla defesa. 
Gabarito: Errado 
14. [FUNIVERSA – MOTORISTA – CEB/DF – 2010] O condutor que tiver 
sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) cassada 
(A) poderá requerer sua reabilitação após decorrido o prazo de dois anos da 
cassação, preservando-se a data da primeira habilitação. 
(B) poderá requerer sua reabilitação após decorrido o prazo de cinco anos da 
cassação, com data a partir da nova habilitação. 
(C) poderá requerer sua reabilitação após decorrido o prazo de um ano da 
cassação. 
(D) não poderá requerer sua reabilitação. 
(E) somente poderá, após três anos da cassação, habilitar-se a um novo 
processo, desde o início, com uma CNH nova. 
Comentário: 
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Item A - O item está todo certinho! Chamo a sua atenção apenas para o fato de 
que, apesar de o condutor ser obrigado a reiniciar todo o processo de 
habilitação (como se fosse a primeira vez), a data de sua primeira habilitação 
será mantida. (Certo) 
Item B - Prazo de cinco anos para ter o direito a reabilitar-se? Não mesmo! O 
prazo é de 02 anos! (Errado) 
Item C - Nesse item, ela fala em reabilitação após decorrido 01 ano da 
cassação. O prazo é de 02 anos! (Errado) 
Item D - Vimos que a cassação não é absoluta. A pessoa não fica 
eternamente sem a habilitação. Poderá sim reabilitar-se, desde que cumprido o 
prazo de 02 anos e reiniciado todo processo de habilitação. (Errado) 
Item E - De novo a troca equivocada de prazos! (Errado) 
Gabarito: Letra “A” 
 
 
2.2.6. A penalidade de CASSAÇÃO DA PERMISSÃO DO DIREITO DE 
DIRIGIR (PPD) 
 
 A Permissão Para Dirigir (PPD) é uma espécie de licença precária 
concedida àqueles aprovados em todos os exames de sua primeira habilitação. 
A licença é precária porque o órgão competente pode cassá-la a qualquer 
momento bastando apenas que o condutor deixe de cumprir com obrigações 
impostas, quais sejam: não cometer de forma alguma, no período de 12 meses 
após o recebimento da PPD, nenhuma infração de trânsito grave ou 
gravíssima e nem ser reincidente em infração de natureza média. 
Caso não cumpra essa determinação, o titular terá sua PPD cassada e 
terá que esperar por mais 15 dias para recomeçar todo o processo de 
habilitação. 
O possuidor da permissão, depois de decorridos os 12 meses, faz um 
requerimento ao Detran, onde serão avaliadas as infrações cometidas, e caso 
seja deferido esse requerimento, o condutor receberá um documento 
definitivo chamado CNH. 
Para não esquecer: 
 
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15. [CESPE – AGENTE DE TRÂNSITO – PREF. VILA VELHA 2008] Para fins 
de cassação, o motorista que ainda estiver com a Permissão para Dirigir terá o 
número de pontos reduzido pela metade, ou seja, sua permissão será cassada 
quando ele atingir 10 pontos. 
Comentário: 
Lembre-se que a PPD é uma espécie de licença precária concedida 
àqueles aprovados em todos os exames de sua PRIMEIRA HABILITAÇÃO. A 
licença é precária, porque o órgão competente pode cassá-la a qualquer 
momento, bastando apenas que o habilitado deixe de cumprir com obrigações 
impostas quais sejam: não cometer de forma alguma, no período de 12 
meses após recebimento da PPD, nenhuma infração de trânsito grave ou 
gravíssima e nem ser reincidente em infração de natureza média. 
Como vimos, o CTB não cita nenhuma relação dessa penalidade com o 
número de pontos, muito menos nada a respeito de ser a PPD o documento a 
ser cassado quando o infrator comete 10 pontos. Assertiva totalmente 
equivocada. 
Gabarito: Errado 
 
 
2.2.7. A penalidade de FREQUÊNCIA OBRIGATÓRIA EM CURSO DE 
RECICLAGEM 
 
Quanto ao curso de reciclagem, você deve entendê-lo como uma 
penalidade acessória das penas de CASSAÇÃO e SUSPENSÃO DO DIREITO 
DE DIRIGIR, imposto como condição para o condutor suspenso e o cassado 
voltarem a dirigir. 
O infrator será submetido a curso de reciclagem, na forma 
estabelecida pelo CONTRAN quando: 
 
 
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 sendo contumaz, for necessário à sua reeducação; 
 suspenso do direito de dirigir; 
 se envolver em acidente grave para o qual haja contribuído, 
independentemente de processojudicial; 
 condenado judicialmente por delito de trânsito; 
 a qualquer tempo, se for constatado que o condutor está colocando 
em risco a segurança do trânsito; 
 em outras situações a serem definidas pelo Contran. 
 
A Resolução Contran nº 285/08, estabelece que a carga horária total do 
curso de reciclagem é de 30 horas/aula e tem o seguinte currículo: 
 
 Legislação de Trânsito com 12 horas/aula 
 Direção defensiva: 08 horas/aula 
 Noções de Primeiros Socorros: 04 horas/aula 
 Relacionamento Interpessoal: 06 horas/aula 
 
Veja como foi cobrado: 
 
 
 
 
16. [IAUPE – AGENTE DE TRANSITO – PREF. MUN. ABREU E LIMA/PE – 
2008] Assinale abaixo a situação na qual o infrator do trânsito será 
submetido a curso de reciclagem na forma estabelecida pelo Conselho 
Nacional de Trânsito. 
(A) Quando for suspenso o seu direito de dirigir. 
(B) Deixar de dar preferência de passagem em interseção não sinalizada. 
(C) Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local. 
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(D) Deixar de reduzir velocidade do veículo ao se aproximar de passeatas e 
desfiles. 
(E) Transitar com o veículo, danificando a via, suas instalações e seus 
equipamentos. 
Comentário: 
Vamos revisar! Segundo o art. 268 do CTB, o infrator será submetido a 
curso de reciclagem, na forma estabelecida pelo CONTRAN: 
 quando, sendo contumaz, for necessário à sua reeducação; 
 quando suspenso do direito de dirigir; 
 quando se envolver em acidente grave para o qual haja contribuído, 
independentemente de processo judicial; 
 quando condenado judicialmente por delito de trânsito; 
 a qualquer tempo, se for constatado que o condutor está colocando 
em risco a segurança do trânsito; 
 em outras situações a serem definidas pelo CONTRAN. 
Diante do exposto, o único item coerente é que traz como reposta: 
“Quando for suspenso o seu direito de dirigir”. 
Gabarito: Letra “A” 
17. [IAUPE – AGENTE DE TRANSITO – PREF. MUN. ABREU E LIMA/PE – 
2008] O condutor de veículo que cometer infrações contra o Código 
Nacional de Trânsito deverá submeter-se a um curso de reciclagem. 
Assinale a alternativa correta a respeito dos objetivos desse curso. 
(A) Treinar o condutor para a direção ostensiva. 
(B) Identificar e corrigir falhas em relação à sua forma de conduzir veículos. 
(C) Propiciar noções superficiais de primeiros socorros. 
(D) Conscientizar o condutor em relação ao próximo. 
(E) Propiciar noções superficiais de mecânica básica de autos. 
Comentário: 
Nem precisaria você saber o conteúdo programático do curso de 
reciclagem, para já marcar de cara que um dos objetivos desse curso é o de 
identificar e corrigir falhas em relação à sua forma de conduzir veículos. 
Gabarito: Letra “B” 
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2.3. Cumulação de Penalidades 
 
O tema é bastante simples. Na maioria das vezes aparece em prova 
na forma do seguinte questionamento: se um condutor cometer duas 
infrações, responde pelas duas ou apenas pela mais grave? 
Como resposta esta pergunta, o CTB, em seu art. 266, nos diz que: 
 
 
 
 Quando o infrator cometer, simultaneamente, duas ou 
mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, 
as respectivas penalidades. 
 
Isto significa que se você cometeu várias infrações de trânsito em um 
mesmo dia, por exemplo, você cumprirá as penas de cada uma delas de forma 
cumulativa, ou seja, o somatório dos prazos e valores de multa!! 
Caro aluno, finalizamos aqui o estudo de todas as penalidades previstas 
pelo Código. No próximo tópico, conheceremos as medidas administrativas 
previstas e todas as suas implicações. 
Veja como foi cobrado: 
 
 
 
 
18. [IAUPE – AGENTE DE TRANS. TRANSPORTE – PREF. MUN. 
OLINDA/PE – 2011] Quando o infrator cometer, simultaneamente, 
duas ou mais infrações, ser-lhe-á(ão) aplicada(s) 
(A) a penalidade mais grave. 
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(B) a penalidade mais leve como medida sócio-educativa. 
(C) as respectivas penalidades cumulativamente. 
(D) a penalidade mais grave posterior à mais leve, se for o caso. 
(E) a penalidade de advertência. 
Comentário: 
Muito simples! Acabamos de ver: quando o infrator cometer, 
simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, 
cumulativamente, as respectivas penalidades (art. 266). 
Gabarito: Letra “C” 
19. [FUNIVERSA – MOTORISTA – CEB/DF – 2010] Acerca das 
penalidades previstas no Código de Trânsito Brasileiro, assinale a 
alternativa correta. 
(A) Quando o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-
lhe-á aplicada somente a penalidade mais grave, com registro no prontuário do 
infrator. No entanto, em havendo cominação de multa, estas serão somadas 
referentemente às duas infrações. 
(B) Caberá ao proprietário a responsabilidade pelas infrações decorrentes de 
atos praticados na direção do veículo. 
(C) Às infrações médias são computados 3 pontos. 
(D) O infrator, após sua condenação em processo judicial por envolvimento em 
acidente grave, para o qual haja contribuído, será submetido a curso de 
reciclagem. 
(E) Mesmo nas infrações de natureza média, passíveis de punição com multa, a 
autoridade poderá impor a penalidade de advertência por escrito, desde que o 
infrator não seja reincidente, nos últimos doze meses, na mesma infração. 
Comentário: 
Item A - Já vimos isso e vou repetir: quando o condutor comete duas ou mais 
infrações de trânsito, ele cumprirá cumulativameente as penas previstas em 
cada uma dessas infrações, somando-se os prazos e valores de multa. Não há 
essa história de que será aplicada a penalidade mais grave! (Errado) 
Item B – Lembre-se: os atos praticados na direção de veículo são de 
responsabilidade do condutor, e não do proprietário, como afirma 
equivocadamente o item (art. 257, §3º). (Errado) 
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Item C - Para não esquecer: 
 
(Errado) 
Item D – Um dos casos previstos no CTB para que seja imposta a penalidade 
de frequência obrigatória em curso de reciclagem é quando o infrator se 
envolver em acidente grave para o qual haja contribuído, 
independentemente de processo judicial. 
Cuidado, pois o item parece estar certinho, não fosse por afirmar que o 
infrator precisa ser condenado em processo judicial para ser obrigado a cumprir 
a referida pena. De forma alguma! (Errado) 
Item E - A aplicação da penalidade de ADVERTÊNCIA POR ESCRITO deve 
obedecer às seguintes condições (art. 267): 
 a infração deve ser de natureza leve ou média, passível de ser punida 
com multa e; 
 o infrator não pode ser reincidente, na mesma infração, nos 12 
meses. 
Vale ressaltar que, uma vez cumpridas as exigências acima, ainda é 
possível que a autoridade de trânsito não a conceda, pois, para que ela decida 
pela substituição da pena de multa pela de advertência, ela deverá considerar 
previamente o prontuário do infrator e decidir se esta providência será a mais 
educativa. (Certo) 
Gabarito: Letra “E” 
20. [IAUPE – AGENTE DE TRANS. TRANSPORTE – PREF. MUN. OLINDA – 
2011] Assinale a alternativa INCORRETA referente às penalidades 
previstas no Código Nacional de Trânsito. 
(A) A frequência obrigatória em curso de reciclagem se constitui, dentre outras, 
em penalidade imposta aos infratores. 
(B) Ao proprietário e condutor de veículos serão impostas concomitantemente 
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as penalidades previstas na legislação, toda vez que houver responsabilidade 
solidária na infração, respondendo cada um de per si pela falta comum que lhes 
for atribuída. 
(C) Ao proprietário caberá a responsabilidade pelas infrações decorrentes de 
atos praticados pelo condutor na direção do veículo. 
(D) As multas decorrentes de infração cometida em unidade da Federação 
diversa daquela do licenciamento do veículo poderão ser comunicadas ao órgão 
ou entidade responsável pelo seu licenciamento, que providenciará a 
notificação. 
(E) Não sendo imediata a identificação do infrator, o proprietário do veículo 
terá quinze dias de prazo, após a notificação da autuação, para apresentá-lo, e, 
em não o fazendo, será considerado responsável pela infração. 
Comentário: 
Item A – Certíssimo! Vimos que a frequência obrigatória em cursos de 
reciclagem é uma penalidade prevista pelo CTB (art. 256, VII). (Certo) 
Item B - Perfeito! Essa é a redação do art. 257, §1º, do CTB. Trata-se da 
responsabilidade solidária do proprietário e do condutor quando cada um 
deixar de observar suas responsabilidades previstas no CTB. (Certo) 
Item C - Quer dizer então que o condutor comete infrações relacionadas a atos 
praticados na direção do veículo e é o proprietário que “paga o pato”? De forma 
alguma! Vimos que é o condutor quem responde pelos atos praticas na 
condução do veículo. (Errado) 
Item D - O normal é que as multas sejam impostas e arrecadadas pelo órgão 
ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via onde haja ocorrido a 
infração, não é mesmo? É isso o que determina o art. 260 do CTB. Acontece 
que muitas infrações são cometidas em unidades da Federação diversas 
daquela do licenciamento do veículo. Pergunta-se: nesses casos, o infrator 
escapa de ser cobrado da multa? 
Claro que não! O CTB estabelece que as multas decorrentes de infração 
cometida em unidade da Federação diversa daquela do licenciamento do 
veículo poderão ser comunicadas ao órgão ou entidade responsável pelo seu 
licenciamento, que providenciará a notificação. É exatamente o que afirma o 
nosso item! (Certo) 
Item E - Caro aluno, há casos, e não são poucos, em que não é possível 
identificar o condutor infrator. Um carro estacionado em local proibido sem a 
presença do condutor, um condutor que não assina o auto de infração, outros 
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que são autuados por agentes de trânsito por cometerem infrações enquanto 
conduzem o veículo, enfim, várias situações as quais nem sempre é possível ter 
o condutor identificado. 
Então quem paga a conta pela infração? Quem arcará com o ônus da 
infração? 
E se não for possível identificar nem o condutor e nem o proprietário do 
veículo? 
Nesses casos, o Código nos informa que, não sendo imediata a 
identificação do infrator, o proprietário do veículo terá 15 dias de prazo, após 
a notificação da autuação, para apresentá-lo, na forma em que dispuser o 
CONTRAN, ao fim do qual, não o fazendo, será considerado responsável 
pela infração (art. 257, §7º). O item nos afirma com total correção essa 
regra. 
Guarde bem com você esse prazo de 15 dias! É um dos raríssimos casos 
no CTB de prazo diferente dos corriqueiros 30 dias. A banca pode trocar esse 
prazo no intuito de confundi-lo! (Certo) 
Gabarito: Letra “C” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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III – MEDIDAS ADMINISTRATIVAS 
 
3.1. Conceito 
 
Ao contrário das penalidades, as medidas administrativas não 
constituem sanção, e sim constrangimento de polícia, posicionando-se ao 
lado como medida complementar a penalidade. 
As medidas administrativas são aplicadas sem a necessidade de 
prévio processo administrativo, o que não ocorre na aplicação das 
penalidades, pois na aplicação da medida administrativa não há que se falar 
em lesão à esfera de direito do administrado; este, sim, usou indevidamente o 
direito que possuía. 
Diferente das penalidades, que exigem o devido processo legal, as 
medidas administrativas serão sempre aplicadas quando do cometimento de 
infrações, se nelas previstas, é claro. 
Por fim, apenas é possível aplicar as medidas administrativas que efeti-
vamente estão previstas na infração, uma vez que estão sujeitas ao princípio 
da reserva legal. 
Ao estudar as penalidades, você aprendeu que apenas a autoridade de 
trânsito é quem pode aplicá-las. No caso das medidas administrativas, têm 
competência para aplicá-las não só a AUTORIDADE de trânsito como, 
principalmente, os AGENTES de trânsito, já que as medidas são 
passíveis de ser aplicadas no momento da ocorrência da infração, em um ato 
de fiscalização. 
A ordem, o consentimento, a fiscalização, as medidas administrativas e 
coercitivas adotadas pelas autoridades de trânsito e seus agentes terão por 
objetivo prioritário a proteção à vida e à incolumidade física da pessoa. 
Conheçamos então quais as medidas administrativas previstas. 
 
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3.2. As Medidas Administrativas Previstas 
 
A autoridade de trânsito ou seus agentes, na esfera de suas 
competências e dentro de sua circunscrição, deverá adotar as seguintes 
MEDIDAS ADMINISTRATIVAS: 
 
 REtenção do veículo; 
 REmoção do veículo; 
 REcolhimento da Carteira Nacional de Habilitação; 
 REcolhimento da Permissão para Dirigir; 
 REcolhimento do Certificado de Registro; 
 REcolhimento do Certificado de Licenciamento Anual; 
 REalização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia de 
substância entorpecente ou que determine dependência física 
ou psíquica; 
 REcolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias e 
na faixa de domínio das vias de circulação, restituindo-os aos 
seus proprietários, após o pagamento de multas e encargos 
devidos. 
 REalização de exames de aptidão física, mental, de legislação, 
de prática de primeiros socorros e de direção veicular e; 
 Transbordo do excesso de carga; 
 
Você deve ter observado que fiz questão de deixar em destaque a sílaba 
“RE” em quase todas as medidas administrativas acima citadas, com exceção 
da medida de Transbordo de Carga que, afinal de contas, começa com a letra 
“T”, destacada em azul. 
 
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Fiz isso porque quero, antes de detalhar sobre as medidas 
administrativas, te adiantar que a grande maioria das questões te pergunta 
qual das opções dentre as alternativas é uma PENALIDADE ou qual delas é 
uma MEDIDA ADMINISTRATIVA. 
Assim, uma boa dica de prova é memorizar que todas as medidas 
administrativas com exceção, é claro, do transbordo de carga, começam 
com a sílaba “RE”. 
E mais: não existe nenhuma penalidade que comece com essa sílaba!! 
Veja como essa dica funciona muito bem na resolução de questões de 
concursos: 
 
 
 
 
21. [IUAPE – AGENTE DE TRANSITO – PREF. MUN. ABREU E LIMA/PE – 
2008] A realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia de 
substância entorpecente ou, ainda, que determine dependência física 
ou psíquica, constitui 
(A) infração. 
(B) medida administrativa. 
(C) recolhimento do Certificado de Registro. 
(D) crime de trânsito. 
(E) retenção do veículo. 
Comentário: 
A resposta é bem simples. O ato citado no enunciado da questão está 
incluído, como você acabou de ver, no rol das medidas administrativas (art. 
269, IX). 
Gabarito: Letra “B” 
22. [CESPE – BOMBEIRO CONDUTOR VIATURA – CBM/DF – 2011] A 
cassação do documento

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