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Aula 04 Legislação Relativa ao DPRF p/ PRF - Policial - 2016 (com videoaulas) - Prof. Marcos Girão Professor: Marcos Girão Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 1 de 87 Aula 04 – Veículos SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ................................................................................... 3 I – VEÍCULOS - CLASSIFICAÇÃO .......................................................... 4 1. Classificação dos Veículos ............................................................. 4 1.1.1. Veículo AUTOMOTOR ............................................................. 5 1.1.2. Veículo ELÉTRICO .................................................................. 6 1.1.3. O REBOQUE e o SEMI-REBOQUE ............................................ 6 1.1.4. Veículos de TRAÇÃO ANIMAL ................................................ 7 1.1.5. Veículos de PROPULSÃO HUMANA ......................................... 8 1.2. Classificação Quanto à ESPÉCIE ............................................... 9 1.2.1. Veículos da espécie PASSAGEIROS ...................................... 10 1.2.2. Veículos da espécie CARGA ................................................. 11 1.2.3. Veículos da espécie MISTO .................................................. 14 1.2.4. Veículos da espécie COLEÇÃO ............................................. 15 1.2.5. Veículos da espécie COMPETIÇÃO ....................................... 16 1.2.6. Veículos da espécie TRAÇÃO ............................................... 17 1.2.7. Veículos da espécie ESPECIAL ............................................. 19 1.3. Classificação quanto à CATEGORIA ........................................ 20 1.4. Os Veículos de Emergência e os Prestadores de Serviços de Utilidade Pública ........................................................................... 28 1.4.1. Veículos de EMERGÊNCIA ................................................... 28 1.4.2 Os veículos prestadores de SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA ..................................................................................................... 29 1.5. Os Veículos EXCEPCIONAIS .................................................... 31 1.5.1 Veículo de transporte de CARGA INDIVISÍVEL ..................... 32 1.5.2. Os Veículos PAU-DE-ARARA ................................................ 32 1.5.3. A CTV - Combinação de Transporte de Veículos ................... 33 1.5.4. A Combinação de Veículos de Carga - CVC........................... 35 II – A SEGURANÇA VEICULAR ............................................................ 35 III – A IDENTIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS ............................................. 45 1. Elementos de Identificação INTERNA .......................................... 47 2. Elementos de Identificação EXTERNA .......................................... 50 2.1. As placas dos veículos OFICIAIS ............................................ 53 2.2. As CORES das placas dos veículos oficiais .............................. 53 2.2.1. Veículos OFICIAIS de Representação Pessoal – “1º ESCALÃO” ..................................................................................... 53 2.2.2 Veículos OFICIAIS de Representação Pessoal – “2º ESCALÃO” ..................................................................................................... 54 Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 2 de 87 2.2.3. Veículos OFICIAIS de Representação Pessoal – “3º ESCALÃO” ..................................................................................... 55 2.2.4. Os demais veículos OFICIAIS .............................................. 56 2.2.4. Veículos pertencentes a MISSÕES DIPLOMÁTICAS .............. 57 2.4. Tabela geral com as CORES DAS PLACAS ............................... 58 3. As Plaquetas de Capacidade ........................................................ 64 V – DOS VEÍCULOS EM CIRCULAÇÃO INTERNACIONAL ....................... 69 Principais Normativos Estudados ....................................................... 75 Questões de Sua Aula......................................................................... 77 GABARITO .......................................................................................... 87 Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 3 de 87 APRESENTAÇÃO Olá, caro aluno! Tudo bem? Como estão os estudos? Continuemos no focal total, beleza? Nesta aula estudaremos, na medida e na profundidade necessárias, o regramento que o CTB nos traz sobre o tema veículos. Alvo dos agentes fiscalizadores, podemos afirmar que o referido tema também é de extrema importância para os seus estudos e o seu dia-a-dia de trabalho como futuro PRF. Entretanto, se formos levar em consideração a complexidade em torno do assunto e o que de fato vem sendo cobrado em provas, concluímos que aprofundá-lo em demasia seria desnecessário. Assim, ao tratar dos veículos, suas classificação, segurança e identificação, tentarei concentrar seus esforços naquilo que realmente deve ser o foco de seu conhecimento para provas de concursos. A grande maioria das Resoluções do CONTRAN hoje existentes tem relação direta ou indireta com os veículos e seria um trabalho hercúleo citar detalhes de cada uma delas em uma só aula. E nem precisa disso para a sua prova, já que elas sequer foram expressamente citadas último Edital PRF (2013)! Como não sabemos se as Resoluções CONTRAN serão cobradas no certame 2016, acho importante você conhecer as principais linhas-mestras dessas que considero as mais importantes, ou pelo menos as boas de prova. Aqui você terá o que precisa na dosagem certa! Beleza? Sem mais delongas, pé na tábua! Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 4 de 87 I – VEÍCULOS - CLASSIFICAÇÃO Ao estudar sobre os veículos, é de fundamental importância que você conheça primeiramente como o CTB os classifica. 1. Classificação dos Veículos De acordo com o nosso CTB, os veículos classificam-se em: Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 5 de 87 Mas aí você me pergunta: como faço? Eu preciso decorar cada uma das classificações acima com seus respectivos subtipos? Não corro o risco de na hora da prova me confundir? Respondo: não é bem assim. Se você tem a facilidade de memorizar palavra por palavra desta classificação, parabéns!! Mas o que eu desejo é que, mais do que simplesmente decorá-las, você fundamentalmente entenda qual a razão de ser de cada uma delas e qual a lógica pensada para organizá-las conforme o quadro acima. Seguindo a ordem imposta pelo CTB, começaremos pela classificação quanto à tração. Em que me baseio conceitualmente para classificar um veículo quanto à tração? Para as respostas!! 1.1.1. Veículo AUTOMOTOR Veículo automotor é todo aquele movido a algum tipo de MOTOR DE PROPULSÃO (gasolina, GNV, diesel, álcool, elétrico, qualquer que seja o combustível) que circule por seus próprios meios e que serve, normalmente, para o transporte viário de pessoas e coisas ou para a tração viária de veículos utilizados parao transporte de pessoas e coisas. Também podemos considerar como automotor o ÔNIBUS ELÉTRICO, pois, apesar de conectado à rede elétrica, não circula sobre trilhos. Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 6 de 87 1.1.2. Veículo ELÉTRICO Para que você não confunda veículo AUTOMOTOR ELÉTRICO de VEÍCULO ELÉTRICO, é preciso que você saiba a seguinte definição: VEÍCULOS ELÉTRICOS são aqueles que se deslocam por seus próprios meios e que transitam sobre trilhos. Como exemplo, o CTB nos traz o BONDE, veículo de propulsão elétrica que se move sobre trilhos. Ainda quanto ao bonde, temos no artigo 96, II, alínea “a” item 10 que este veículo somente existe na espécie PASSAGEIRO. 1.1.3. O REBOQUE e o SEMI-REBOQUE O reboque e o semi-reboque são veículos que têm duas características essenciais: Reboque Semi- Reboque Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 7 de 87 NÃO se deslocam por seus próprios meios; Necessitam SEMPRE de um veículo automotor para tracioná-lo. O reboque, como você pode ver na figura, é destinado a ser engatado atrás de um veículo automotor. Muitos de nós chamamos o “engate” ou “o caminhão guincho” (veiculo destinado à prestação de serviço de utilidade pública) como reboque. Um equívoco, frente à real definição de REBOQUE!! O semi-reboque, por sua vez, apoia-se na sua unidade tratora ou é a ela ligado por meio de articulação. Entende-se por unidade tratora o outro veículo responsável por tracionar o semi-reboque seja por meio de encaixe ou articulação. Importante: O fato de o reboque ou o semi-reboque serem veículos sempre tracionados, não os dispensa de serem sujeitos a registro e licenciamento como os demais veículos. 1.1.4. Veículos de TRAÇÃO ANIMAL Simples de entender, o veículo de tração animal é aquele que necessita SEMPRE de ANIMAIS À SUA FRENTE para conduzi-lo. Em regra esses veículos são conduzidos por cavalos, mas o CTB não definiu qual tipo de animal deve conduzir veículos. Veremos mais adiante que o Código prevê e regulamenta que estes tipos de veículos devem ser registrados e licenciados. Prevê ainda que a autorização para conduzir esse veículo deve ser feita pelo órgão executivo de trânsito do município, após a elaboração de uma legislação municipal. Você há de convir comigo, caro aluno, que os municípios de nosso país estão ainda longe de executar tais regulamentações!! Conforme você observou na figura acima, os veículos de ATRAÇÃO ANIMAL subdividem-se em: Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 8 de 87 Carroça: veículo de tração animal destinado ao transporte de carga; Charrete: veículo de tração animal destinado ao transporte de pessoas. 1.1.5. Veículos de PROPULSÃO HUMANA Para que o veículo de propulsão humana se desloque é preciso que PESSOAS estejam em sua traseira ou sobre eles. Assim como os veículos de tração animal, o CTB também prevê para este tipo de veículo que a regulamentação de seus registros, licenciamentos e a respectiva autorização para conduzi-los seja de responsabilidade do órgão executivo de trânsito do município, após a elaboração de uma legislação municipal. Agora pergunto? Você já viu em seu município alguma bicicleta ou carro de mão registrado e licenciado? Bom, muito provavelmente sua resposta será negativa, pois essa também é uma realidade distante de ser alcançada em um país de extensão territorial tão grande e de tantos municípios como o Brasil. No entanto, não se esqueça: há previsão legal para isso no CTB!! O Anexo I do Código nos traz as definições de alguns dos principais veículos de propulsão humana por ele regidos: Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 9 de 87 Bicicleta - veículo de propulsão humana, dotado de duas rodas, não sendo, para efeito do CTB, similar à motocicleta, motoneta e ao ciclomotor; Carro De Mão - veículo de propulsão humana utilizado no transporte de pequenas cargas; Ciclo - veículo de pelo menos duas rodas à propulsão humana. 1.2. Classificação Quanto à ESPÉCIE Classificar um veículo quanto à espécie significa entender que tipo e a que se destina a carroçaria deste veículo. Para fins didáticos temos que a carroçaria é a “carcaça” instalada sobre a parte rígida do veículo, ou seja, sobre o seu chassi. Assim, um veículo com uma carroçaria para transporte de passageiros é o da espécie passageiro; um veículo com a carroçaria própria para o transporte de cargas é da espécie carga. Observando o quadro de classificações apresentado você verá, além destas duas, as demais classificações quanto à espécie trazidas pelo CTB. Vamos então a cada uma delas! Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 10 de 87 1.2.1. Veículos da espécie PASSAGEIROS São aqueles destinados ao transporte de pessoas e suas bagagens. Importante ressaltar a diferença entre BAGAGEM E CARGA. BAGAGEM = PERTENCES PESSOAIS DO CONDUTOR E PASSAGEIRO Assim, segundo este entendimento, a bagagem não é considerada como carga. Se assim o fosse, este veículo se enquadraria na espécie mista (passageiro + carga). Veja abaixo alguns tipos de veículos de passageiros encontrados no Anexo I do CTB: AUTOMÓVEL: veiculo automotor destinado ao transporte de passageiros com capacidade para até 08 pessoas, exclusive o condutor. Conclui-se então que AUTOMÓVEL é aquele veículo de transporte de passageiros cuja carroçaria só pode transportar até 09 pessoas (oito passageiros + o condutor). MICRO-ÔNIBUS: veículo automotor de transporte coletivo, com capacidade para até 20 passageiros. Conclui-se assim que MICRO-ÔNIBUS é aquele veículo de transporte coletivo de PASSAGEIROS cuja carroçaria transporta no mínimo 09 e no máximo 20 passageiros; ÔNIBUS: veículo automotor de transporte coletivo, com capacidade para mais de 20 passageiros, ainda que, em virtude de adaptações visando à maior comodidade destes, transporte número menor. Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 11 de 87 Apesar de serem definições simples, as bancas de concursos gostam de confundir o candidato quanto à quantidade máxima de pessoas transportadas em cada tipo acima. Algumas questões trocam a palavra “pessoas” por “passageiros" e vice-versa, o que pode trazer problemas àqueles mais desavisados. É só prestar bem atenção a essas definições, procurando, mais do que memorizá-las, entendê-las. Garanto que você, meu aluno, não será pego de surpresa! 1.2.2. Veículos da espécie CARGA São aqueles destinados ao transporte de carga, podendo ainda transportar 02 passageiros, exclusive o condutor, ou seja, além da carga e do condutor, sua carroçaria permite que mais 02 passageiros, no máximo,possam também por ele ser transportados. A legislação nos traz as definições de alguns desses veículos de CARGA. Veja: CAMINHONETE: veículo destinado ao transporte de carga com Peso Bruto Total – PBT - de até 3500 kg (definição dada pelo Anexo I); CAMINHÃO: veículo automotor destinado ao transporte de carga, com PBT acima de 3.500 kg, podendo fracionar ou arrastar outro veículo, desde que tenha Capacidade Máxima de Tração compatível (definição dada pela Resolução CONTRAN nº 290/08). Sei que você deve estar se perguntando sobre o significado de Peso Bruto Total (PBT) e Carga Máxima de Tração (CMT) citados acima. Tais conceitos, presentes no Anexo I do CTB, foram atualizados pela Resolução CONTRAN nº 290/08. Você os conhecerá mais adiante, quando estudarmos Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 12 de 87 sobre a identificação dos veículos. No quadro das classificações, temos ainda entre os veículos de carga e de passageiro as motocicletas, as motonetas e os ciclomotores. É importante que você saiba a diferença conceitual entre esses três veículos e essa diferença, encontramos no próprio Anexo I do Código: Motocicleta Motoneta Ciclomotor MOTOCICLETA: veículo automotor de 02 rodas, com ou sem side- car, dirigido por condutor em posição montada. MOTONETA: veículo automotor de 02 rodas, dirigido por condutor em posição sentada. CICLOMOTOR: conhecido vulgarmente como mobilete, é um veículo de 02 ou 03 rodas, provido de um motor de combustão interna, cuja CILINDRADA não exceda a 50 cinquenta centímetros cúbicos (3,05 polegadas cúbicas) e cuja velocidade máxima de fabricação não exceda a 50 km/h. O quadro a seguir, trazido pelo professor Leandro Macedo em sua obra “Legislação de Trânsito Descomplicada”, nos traz uma síntese das principais similaridades e diferenças entre as motocicletas, motonetas e ciclomotores. Por ser bastante inteligente e didático, achei interessante reproduzi-lo para consolidação de seu aprendizado. Veja: Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 13 de 87 CARACTERÍSTICAS MOTOCICLETA MOTONETA CICLOMOTOR NÚMERO DE RODAS 02 02 02/03 POSIÇÃO MONTADO SENTADO QUALQUER POSIÇÃO VELOCIDADE SEM LIMITE SEM LIMITE NÃO PASSA DE 50 KM/h CILINDRADA ACIMA DE 50CC ACIMA DE 50CC NÃO PASSA DE 50 CC HABILITAÇÃO “ A “ “ A “ “ A ou ACC “ ESPÉCIE PASSAGEIRO CARGA PASSAGEIRO CARGA PASSAGEIRO OBRIG. DO USO DO CAPACETE SIM SIM SIM Destaco algumas particularidades constantes do quadro acima. Já tínhamos estudado a respeito das posições do condutor e das velocidades de cada um dos veículos acima, mas falta ainda chamar sua atenção também para: A habilitação de seus condutores que deve obrigatoriamente ser na Categoria “A”. Para os ciclomotores é permitida ainda a habilitação na Categoria “ACC” (Autorização para Conduzir Ciclomotores). Em aula futura, estudaremos em detalhes cada categoria de habilitação; Os ciclomotores os quais jamais serão veículos de carga, pois você há de convir que sua estrutura e limitação de potência não são compatíveis para esse tipo de transporte e; O fato de ser obrigatório o uso de capacete para os condutores de TODOS os três tipos de veículos acima. Apesar de na prática, em nosso dia-a-dia, presenciarmos muitos condutores negligentes, para o CTB e, principalmente para a sua prova, a obrigatoriedade é válida. Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 14 de 87 Não podemos deixar de falar nos famosos QUADRICICLOS. A Resolução CONTRAN nº 700/88, mesmo sendo de antes de sanção do CTB, mas ainda em vigor, assim o define: QUADRICICLO: veículo de estrutura mecânica igual à da motocicleta, possuindo eixos dianteiros e traseiro, dotado de quatro rodas, classificado na espécie passageiro e com cilindrada ATÉ 200 CC, devendo possuir placas dianteira e traseira, no mesmo padrão das placas de motocicletas. Com o advento do CTB, já existe hoje quadriciclos na espécie CARGA. 1.2.3. Veículos da espécie MISTO Veículo misto é veículo automotor destinado ao transporte simultâneo de carga e de passageiro. Outra característica essencial desse tipo de veículo, e que o diferencia do veículo da espécie carga, é que sua carroçaria transporta 03 passageiros no mínimo, mais o condutor. Veja abaixo alguns tipos de veículos misto encontrados no Anexo I do CTB: Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 15 de 87 Camioneta Utilitário CAMIONETA: veículo misto destinado ao transporte de passageiros e carga no mesmo compartimento. UTILITÁRIO: veículo misto caracterizado pela versatilidade do seu uso, inclusive fora de estrada. Quanto à camioneta, cabe ainda ressaltar que Resolução do Contran regulamenta que em caso de alteração da sua lotação, esta continua como camioneta até a lotação de 09 pessoas (espécie misto). Se transportar 10 ou mais pessoas, sua classificação muda para o tipo micro-ônibus e para a espécie passageiro. 1.2.4. Veículos da espécie COLEÇÃO Um veículo que acaba de sair de fábrica jamais poderá ser classificado na espécie coleção pela nossa atual legislação de trânsito. É do proprietário a deliberação para registrar o veículo nessa espécie, mas só a vontade não basta. Para isso, ele deve obedecer aos seguintes requisitos obrigatórios para que um veículo seja classificado e registrado como de COLEÇÃO: Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 16 de 87 Ter sido fabricado HÁ MAIS DE 30 ANOS; Conservar suas CARACTERÍSTICAS ORIGINAIS de fabricação; Integrar uma COLEÇÃO; Apresentar CERTIFICADO DE ORIGINALIDADE. Quem nos diz isso é a Resolução nº 56/98 (já alterada pela 127/01). De todos os requisitos acima, o principal deles é o Certificado De Originalidade, pois, sem ele, de nada adiantará o veículo ter preenchido todos os demais requisitos. O primeiro passo a ser dado pelo proprietário é providenciar a expedição deste Certificado, atestando que o veículo cumpre todos os requisitos para ser registrado na nova espécie. O Certificado de Originalidade atestará os outros requisitos citados e será expedido por entidade, credenciada e reconhecida pelo Denatran. Este documento passa a ser necessário para o registro. A entidade apta a emitir o certificado de originalidade será pessoa jurídica, sem fins lucrativos, e instituída para a promoção da conservação de automóveis antigos e para a divulgação dessa atividade cultural, de comprovada atuação nesse setor, respondendo pela legitimidade do certificado que expedir. 1.2.5. Veículos da espécie COMPETIÇÃO Os veículos automotores, inclusive motocicleta, motonetas e ciclomotores poderão ser registrados na espécie competição. Assim como acontece na espécie coleção, para que um veículo seja registrado como de competição, é necessária uma manifestação de seu proprietário no sentido de solicitar ao DETRAN de registrodesse veículo uma autorização prévia para que seja providenciado o registro na nova espécie. A depender da transformação sofrida, existem dois tipos de veículos de competição citados pela legislação de trânsito: Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 17 de 87 Aqueles que sofreram alterações para ficarem mais potentes e; Aqueles que foram construídos exclusivamente para competição, ou seja, os protótipos. No primeiro caso, o do veículo que tenha ALTERADA qualquer de suas características para competição ou finalidade análoga, só poderá circular nas vias públicas com licença especial da autoridade de trânsito, em itinerário e horário fixados. Os veículos PROTÓTIPOS fabricados exclusivamente para competição não precisam possuir os elementos de identificação veicular VIN e VIS (a serem estudados mais adiante) e, por isso, não poderão transitar de forma alguma nas vias abertas à circulação. 1.2.6. Veículos da espécie TRAÇÃO Caro aluno, antes de falar sobre os veículos desta espécie, preciso alertá- lo para que você não confunda veículos de tração animal com veículos da espécie tração. Os veículos de TRAÇÃO ANIMAL, já vimos, são aqueles que necessitam de um animal para que eles se desloquem. Já os veículos da espécie tração são aqueles que tracionam outro veículo ou que operam maquinários agrícolas. O CTB define como veículos desta espécie o caminhão-trator, o trator de rodas, o trator de esteira e o trator misto. Para a sua prova, é importante conhecer como o Anexo I do CTB nos define o caminhão-trator e o trator: Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 18 de 87 Caminhão-Trator Trator de Rodas Trator de Esteira Trator Misto Caminhão-Trator: veículo automotor destinado a tracionar ou arrastar outro veículo. Trator: veículo automotor construído para realizar trabalho agrícola, de construção e pavimentação e tracionar outros veículos e equipamentos. Quanto aos tipos de tratores, a legislação nos traz: Trator de RODAS: aquele que possui roda (pneumáticos); Trator de ESTEIRA: aquele que nos lembra os tanques de guerra, e Trator MISTO: como aquele que possui esteira e pneus. Os tratores, até a publicação da Resolução nº 281/08, não necessitavam possuir os elementos de identificação veicular, obrigatórios para a grande maioria dos veículos (numeração VIN e VIS), e não precisavam ser registrados nem licenciados o que, de certa forma, limitava bastante seu trânsito em vias públicas. Entretanto, atualmente, esta Resolução obriga estes veículos a conterem numeração especial diferenciada da dos demais. Com esta numeração, veio também a obrigatoriedade de seus registro e licenciamento viabilizando, assim, seu trânsito nas vias abertas à circulação. Cabe lembrar que essa Resolução ficou suspensa por um tempo e só voltou a vigorar em 01/07/2010, data esta regulamentada pela Resolução nº 344/10. Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 19 de 87 1.2.7. Veículos da espécie ESPECIAL O veículo da espécie especial é o nosso “patinho feio”, pois é aquele que não pertence à espécie passageiro, carga, misto, competição, tração ou coleção. Repetindo: o veículo que não se enquadra em nenhuma espécie (passageiro, carga, misto, competição, tração ou coleção) será classificado na espécie ESPECIAL. Vale ressaltar que o que torna um veículo especial é a sua carroçaria. São os casos, por exemplo, de um caminhão adaptado para ser um trio elétrico ou um automóvel que foi transformado em ambulância ou em veículo de funeral. Após as mudanças, estes veículos passaram a pertencer à espécie especial. Abaixo, os exemplos acima citados: Além desses veículos adaptados, cuja regulamentação de adaptação está prevista na Resolução n. 291/08, o Anexo I do CTB nos traz outros dois veículos que são também da essa espécie. São eles: Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 20 de 87 Trailer Motor-Home TRAILER: reboque ou semirreboque tipo casa, com duas, quatro, ou seis rodas, acoplado ou adaptado à traseira de automóvel ou camionete, utilizado em geral em atividades turísticas como, alojamento ou para atividades comerciais. MOTOR-CASA (Motor-Home): veículo automotor, cuja carroçaria é fechada e destinada a alojamento, escritório, comércio ou finalidades análogas. 1.3. Classificação quanto à CATEGORIA Classificar um veículo quanto à categoria é mostrar a que se destina determinado veículo ou a que finalidade ele se presta. Poderíamos também definir a categoria como a destinação dada ao veículo em caráter de permanência, uma vez que vem consignada num documento definitivo chamado CRV (Certificado de Registro de Veículo). As categorias de veículos previstas no CTB são: Oficial; De representação diplomática, de repartições consulares de carreira ou organismos internacionais acreditados junto ao governo brasileiro; Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 21 de 87 Particular; De aluguel (incluídos os taxi e ônibus de transporte coletivo de passageiros); De aprendizagem. As categorias dos veículos são diferenciadas pelas cores de suas placas e não pela numeração destas. Você como proprietário, pode requerer a mudança de categoria do seu veículo. A cor da placa será mudada, mas a sua numeração continuará com os mesmos caracteres até a baixa do veículo. Este tema será detalhado mais adiante quando tratarmos da identificação dos veículos. Veja como as questões de concursos sobre o que vimos até aqui são relativamente simples: 01. [IAUPE – AGENTE DE TRANSITO – PREF. MUN. ABREU E LIMA/PE – 2008] O quadriciclo é considerado veículo de (A) passageiros. (B) carga. (C) passageiro e carga. (D) competição. (E) coleção. Comentário: O quadriciclo é veículo de estrutura mecânica igual à da motocicleta, possuindo eixos dianteiros e traseiro, dotado de quatro rodas. Tem cilindrada de até 200 cc, devendo possuir placas dianteira e traseira no mesmo padrão das placas das motocicletas. E por fim: está classificado nas espécies passageiro e carga, segundo o que dispõe o art. 96 do CTB. Gabarito: Letra “C” Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 22 de 87 02. [IAUPE – AGENTE DE TRANSITO E TRANSP. – PREF. MUN. OLINDA/PE – 2011] A motoneta, pela legislação de trânsito, é considerada, quanto à espécie, veículo de (A) carga e misto. (B) misto. (C) tração e de passageiro. (D) passageiro e carga. (E) coleção. Comentário: Vamos responder fazendo o nosso velho checklist, comparando-os com as disposições do art. 96 do CTB: Item A – carga (Ok) e misto (Não). Você poderia imaginar uma motoneta da espécie mista, com compartimento para carga e passageiro?Não, né! [Errado] Item B – misto (Não). [Errado] Item C – tração (Não) e de passageiro (Ok). [Errado] Item D – passageiro (Ok) e carga (Ok). [Certo] Item E – coleção (Não). [Errado] O negócio é memoriza o nosso quadro esquemático de nossa aula! Gabarito: Letra “D” 03. [IMPARH – AGENTE DE TRÂNSITO E CIDADANIA – AMC/CE – 2008] O agente de trânsito, ao preencher o auto de infração, deve inscrever dados sobre o veículo, considerando-se a sua classificação. Em uma das opções a seguir, temos uma indicação correta dessa classificação com uma exemplificação correspondente. Escolha essa opção. (A) Quanto à tração: automotor e de passageiros. (B) Quanto à espécie: de passageiros e de competição. (C) Quanto à espécie: de passageiros e de representação diplomática. (D) Quanto à categoria: reboque e elétrico. Comentário: Mesma lógica da questão anterior. Vamos lá: Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 23 de 87 Item A - Quanto à tração: automotor (Ok) e de passageiros (Não). Passageiro é classificado quanto à espécie. [Errado] Item B - Quanto à espécie: de passageiros (Ok) e de competição (Ok). [Certo] Item C - Quanto à espécie: de passageiros (Ok) e de representação diplomática (Não). Representação diplomática é classificada quanto à categoria. [Errado] Item D - Quanto à categoria: reboque (Não) e elétrico (Não). Ambos são classificados quanto à tração. [Errado] Gabarito: Letra “B” 04. [FUMARC – AGENTE DE FISC. DE TRÂNSITO – TRANSBETIM – 2008] Os veículos classificam-se, quanto à tração, nas categorias abaixo, EXCETO: (A) Elétrico. (B) Automotor. (C) Ciclomotor. (D) Reboque ou semi-reboque. Comentário: Classificar um veículo quanto à tração, ou seja, meio que o faz se locomover, é dizer se ele é automotor (B), elétrico (A), de propulsão humana, de tração animal, reboque ou semi-reboque (D). Ciclomotor é classificado quanto à espécie passageiro. Gabarito: Letra “C” 05. [FUNDEP – AGENTE DE TRANSITO – PREF. ITABIRA/MG – 2008] Os veículos classificam-se, quanto à tração, em: automotor, elétrico, de propulsão humana, de tração animal, reboque ou semi-reboque. Comentário: Algum erro nessa assertiva?? Não, nenhum! Professor, mas essas questões são uma moleza. Para a PRF não cai fácil assim! Cai não é? Pois espera mais só um pouquinho e aí você tira as conclusões, beleza? Gabarito: Certo Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 24 de 87 06. [IAUPE – GUARDA MUNICIPAL – PREF. MUN. TAMANDARÉ/PE – 2004] Veículo Misto é a(o) (A) combinação de veículos acoplados, sendo um deles automotor. (B) veículo destinado ao transporte de carga, podendo transportar dois passageiros, exclusive o condutor. (C) veículo destinado ao transporte de pessoas e suas bagagens. (D) veículo automotor destinado ao transporte simultâneo de carga e passageiro. (E) combinação de veículos, sendo o primeiro um veículo automotor e os demais, reboque ou equipamentos de trabalho agrícola. Comentário: Revisando o conceito de veículo misto trazido pelo Anexo I do CTB: Veículo misto é veículo automotor destinado ao transporte simultâneo de carga e de passageiro. Gabarito: Letra “D” 07. [FCC – TECNICO SEGUR. E TRANSPORTE – TRF/2ª – 2007] Quanto à espécie, os veículos classificam-se em: de passageiros, de carga, misto, de competição, especial, de coleção, e (A) de aluguel. (B) elétrico. (C) de tração. (D) de aprendizagem. (E) de tração animal. Comentário: Mai uma facílima! A questão pede a subclassificação dos veículos quanto à espécie. As espécies de veículos são: de passageiro, de carga, misto, de coleção, de tração, de competição e especiais. Item A - De aluguel é classificado quanto à categoria. (Errado) Item B – Elétrico é classificado quanto à tração. (Errado) Item C - De tração Certíssimo (não confunda com tração animal, ok?) Item D - De aprendizagem é classificado quanto à categoria. (Errado) Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 25 de 87 Item E - De tração animal é classificado quanto à tração. (Errado) Gabarito: Letra “C” 08. [FCC – TÉC. EM TRANSPORTE - TRE/SE – 2007] Quanto à categoria, os veículos classificam-se em: oficial; de representação diplomática, de repartições consulares de carreira ou organismos internacionais acreditados junto ao governo brasileiro; de aluguel; particular; e (A) de tração animal. (B) especial. (C) de competição. (D) de aprendizagem. (E) de coleção. Comentário: Treinar o cérebro nunca é demais: o art. 96 do CTB nos ensina que quanto à categoria, os veículos classificam-se em: oficial; de representação diplomática, de repartições consulares de carreira ou organismos internacionais acreditados junto ao governo brasileiro; de aluguel; particular; e de aprendizagem. De tração animal (A) é quanto à tração; especial, de competição e de coleção (B, C e E) são subtipos da classificação quanto à espécie. Gabarito: Letra “D” 09. [FCC – TÉCNICO SEG E TRANSP. - TRF 4ª – 2007] Quanto à tração, os veículos classificam-se em: automotor, elétrico, de propulsão humana, de tração animal e (A) utilitário. (B) ciclomotor. (C) reboque ou semi-reboque. (D) triciclo. (E) caminhão-trator. Comentário: E continuemos repetindo até você não se esquecer de mais: Quanto à tração, os veículos classificam-se em: automotor, elétrico, de propulsão humana, de tração animal e reboque e semi-reboque. Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 26 de 87 Gabarito: Letra “C” 10. [FCC – TECNICO SEGUR. E TRANSPORTE – TRF/5ª – 2008] A classificação de veículos se dá quanto à tração, categoria e (A) competição. (B) carga. (C) propulsão. (D) espécie. (E) finalidade Comentário: Essa daí deu foi vergonha, mas fazer o quê? Eu tinha que arranjar questões sobre o tema e aí estão! Bom, você deve ter respondido a essa questão em um piscar de olhos, porque você já deve estar cansado de saber que a classificação de veículos se dá quanto à tração, categoria e espécie. Gabarito: Letra “D” 11. [FUNIVERSA – MOTORISTA – TERRACAP/DF – 2010] Os veículos ciclomotores têm limite de velocidade a ser observado pelos fabricantes. Qual é esse limite? (A) 40 km/h. (B) 50 km/h. (C) 60 km/h. (D) 70 km/h. (E) 80 km/h. Comentário: Revisando o conceito de ciclomotor (a nossa velha e boa mobilete): é um veículo de 02 ou 03 rodas, provido de um motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a 50 cinquenta centímetros cúbicos (3,05 polegadas cúbicas) e cuja velocidade máxima de fabricação não exceda a 50 km/h. Gabarito: Letra “B” Agora, vamos resolver as famigeradas questões de concursos PRF. Desafio você a resolvê-las em menos de dois segundo! Vamos lá: Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 27 de 87 12. [CESPE – POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – DPRF - 2004] O CTB classifica os veículos em: automotores, elétricos, de propulsão humana, de tração animal, reboques e semirreboques. Comentário: Esse foi um item polêmico à época. Por que, professor? Porque o CTB classifica os veículos quanto à tração,espécie e categoria e não do jeito que está na questão. Para que realmente estivesse certa, o seu enunciado deveria ser o seguinte: “o CTB classifica os veículos quanto à tração em...”. Mas não o fez! A questão não foi anulada e nem mudado seu gabarito, pois a banca afirmou que não estava errada a classificação, mesmo tendo omitido a expressão “quanto à tração”. Confesso a você que não concordo. De qualquer forma esse é o entendimento do Cespe e você deve ficar ligado com isso! Gabarito: Certa 13. [FUNRIO – POLICIAL RODOVIARIO FEDERAL – PRF – 2009] As características dos veículos, suas especificações básicas, configuração e condições essenciais para registro, licenciamento e circulação serão estabelecidas pelo CONTRAN, em função de suas aplicações. Os veículos classificam-se em: (A) Quanto à categoria como: caminhão-trator; trator de rodas; trator de esteiras; trator misto; especial; de coleção. (B) Quanto à espécie como de passageiros: motoneta; motocicleta; triciclo; quadriciclo; caminhonete; caminhão; reboque ou semi-reboque; carroça; carro de mão. (C) Quanto à espécie como de carga: bicicleta; ciclomotor; motoneta; motocicleta; triciclo; quadriciclo; automóvel; micro-ônibus; ônibus; bonde; reboque ou semi-reboque; charrete. (D) Quanto à espécie como misto: oficial; de representação diplomática, de repartições consulares de carreira ou organismos internacionais acreditados junto ao Governo brasileiro; particular; de aluguel; de aprendizagem. (E) Quanto à tração como: automotor; elétrico; de propulsão humana; de tração animal; reboque ou semi-reboque. Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 28 de 87 Comentário: Você já deve ter percebido a importância de você conhecer bem a classificação dos veículos. Não se esqueça, ok? Aos itens: Item A – A classificação do item é quanto à espécie e não à categoria como. (Errado) Item B – Tá quase tudo certo não fosse por citar a carroça e o carro de mão que são veículos classificados quanto à espécie de carga e não de passageiros. (Errado) Item C – Os únicos classificados como de carga são a motoneta, a motocicleta, o triciclo, o quadriciclo, o reboque, o semi-reboque e a charrete. Bicicleta, ciclomotor, automóvel, micro-ônibus, ônibus e bonde são classificados quanto à espécie de passageiros. (Errado) Item D – A classificação do item é quanto à categoria e não como misto. Aliás, misto é subtipo da classificação quanto à espécie. (Errado) Item E – Certíssimo, agora! Essa é a classificação quanto à tração. (Certo) Bom, com isso você já deve ter percebido a importância de conhecer bem a classificação do art. 96, não é mesmo? Questãozinha garantida! Gabarito: Letra “E” Encerramos aqui o estudo sobre as classificações dos veículos. Trataremos agora de alguns tipos de veículos que não estão dispostos de forma explícita no quadro de classificações, mas que necessitam, para efeitos de provas, de uma atençãozinha especial. Vamos a eles!! 1.4. Os Veículos de Emergência e os Prestadores de Serviços de Utilidade Pública 1.4.1. Veículos de EMERGÊNCIA Já conversamos sobre esses tipos de veículos quando estudamos, na aula passada, sobre as normas de circulação e conduta. Gostaria apenas de complementar e reforçar o estudo com algumas informações. Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 29 de 87 Toda a regulamentação sobre estes veículos, encontrada no art. 29 do CTB, foi complementada e mais detalhada na Resolução nº 268/08. Como já estudamos as prerrogativas de trânsito destes veículos, vamos aqui apenas relembrar quais veículos são enquadrados como de emergência, segundo a referida legislação. São veículos de emergência: os destinados a socorro de incêndio e salvamento; os de polícia; os de fiscalização e operação de trânsito. as ambulâncias e; os de salvamento difuso, ou seja, destinados a serviços de emergência decorrentes de acidentes ambientais. Lembro-lhe que estes veículos devem possuir luz vermelha intermitente e dispositivo de alarme sonoro e que esses equipamentos devem ser utilizados quando em efetivo serviço de urgência. Detalhe importante: a Resolução CONTRAN nº 268/08 exclui os veículos destinados a serviços de emergência decorrentes de acidentes ambientais (salvamento difuso) da possibilidade de utilizar luz vermelha intermitente uma vez que eles não estão presentes no rol descrito no artigo 29, inciso VII, do CTB. 1.4.2 Os veículos prestadores de SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA Devemos entender serviços de utilidade pública como aqueles destinados a atender a interesses de sujeitos indeterminados, prestando serviços públicos ou, de interesse coletivo ou geral. Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 30 de 87 Na aula passada estudamos também sua prerrogativa de trânsito qual seja: gozam de livre parada e estacionamento quando em efetivo serviço e devidamente sinalizados. Esses serviços foram enumerados pela já citada Resolução nº 268/08. Segundo o que dispõe o seu art. 3º, §1º, são veículos de utilidade pública os seguintes: os destinados à manutenção e reparo de redes de energia elétrica, de água e esgotos, de gás combustível canalizado e de comunicações; os que se destinam à conservação, manutenção e sinalização viária, quando a serviço de órgão executivo de trânsito ou executivo rodoviário; os destinados ao socorro mecânico de emergência nas vias abertas à circulação pública; os veículos especiais destinados ao transporte de valores; os veículos destinados ao serviço de escolta, quando registrados em órgão rodoviário para tal finalidade; os veículos especiais destinados ao recolhimento de lixo a serviço da administração pública. Estes veículos devem estar identificados pela instalação de dispositivo, não removível, de iluminação intermitente ou rotativa, e somente com luz amarelo-âmbar. A Resolução também proíbe o acionamento ou energização do dispositivo luminoso durante o deslocamento do veículo, exceto quando em efetivo serviço de utilidade pública. Os veículos prestadores do serviço de utilidade pública podem pertencer a particulares, credenciados pelo Poder Público para execução dos serviços. Em virtude disso, o Contran exigiu um controle dos DETRANs de registro desses veículos sobre a possibilidade de se tornarem ou não veículos prestadores de serviços de utilidade pública. De outra forma, a instalação de dispositivo, não removível, de iluminação intermitente ou rotativa, dependerá de prévia autorização do órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, onde o veículo estiver registrado, que fará constar do Certificado de Licenciamento Anual, no campo "observações", código abreviado na forma estabelecida pelo órgão máximo executivo de trânsito da União. Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 31 de 87 1.5. Os Veículos EXCEPCIONAIS Caro aluno, não é todo e qualquer veículo com todo e qualquer tamanho ou peso que pode transitar livremente em nossas vias abertas à circulação. O CTB regulamenta que somente poderá transitar pelas vias terrestres o veículo cujo peso e dimensões atenderem aos limites estabelecidos pelo Contran. O excesso de peso será aferido por equipamentode pesagem ou pela verificação de documento fiscal e será tolerado um percentual sobre os limites de peso bruto total e peso bruto transmitido por eixo de veículos à superfície das vias, quando aferido por equipamento tudo conforme estabelecer o Contran. Ao longo dos anos o CONTRAN vem, através de diversas Resoluções, regulamentando tanto os limites de peso como os de dimensões dos veículos. São Resoluções um tanto quanto complexas e que só devem ser estudadas se o edital de seu concurso expressamente cobrá-las. O número de questões de provas de concursos sobre essas regulamentações é bem pequeno. Entretanto, no intuito de prepará-lo em alto nível, não deixaremos de citá-las quando necessário. Faremos, nesse tópico, um voo rasante e resumido sobre tais tipos de veículos. O CTB também traz a previsão de exceções quando versa que ao veículo ou combinação de veículos utilizado no transporte de carga indivisível, que não se enquadre nos limites de peso e dimensões estabelecidos pelo Contran, poderá ser concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via, Autorização Especial de Trânsito - AET, com prazo certo, válida para cada viagem, atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias. Sendo assim, neste tópico estudaremos algumas dessas excepcionalidades. Nosso propósito não será o de esgotar um assunto tão vasto e complexo, mas sim, supri-lo com informações basilares e suficientes para sua prova. Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 32 de 87 1.5.1 Veículo de transporte de CARGA INDIVISÍVEL Considera-se como carga indivisível aquela carga que não se divide e que, devido à suas super-dimensões de tamanho e/ou peso, necessitam de veículos ou combinação de veículos adequados para seu transporte. A Resolução nº 210/06 (já alterada e atualizada pelas Resoluções 284/08 e 373/11) regulamenta os tamanhos e pesos máximos permitidos para os diversos tipos de veículos. Você já sabe que alguns veículos, por conta da necessidade de transporte de grandes cargas, terão excedidos seus pesos e tamanhos. Pois bem, aos veículos ou combinação de veículos utilizados no transporte de carga indivisível, que não se enquadrem nos limites de peso e dimensões estabelecidos nesta Resolução, poderá ser concedida, pela autoridade com cir- cunscrição sobre a via, Autorização Especial de Trânsito (AET), com prazo certo, valida para cada viagem, atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias. Quanto às cargas indivisíveis, temos também os guindastes autopropelidos ou sobre caminhões, que se misturam com o próprio veículo. A esses veículos poderá ser concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via, Autorização Especial de Trânsito (AET), com prazo de 06 meses, atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias. 1.5.2. Os Veículos PAU-DE-ARARA Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 33 de 87 Regra fundamental é a proibição do transporte de pessoas em veículos de carga. Entretanto, o próprio CTB regulamenta que onde não houver linha regular de ônibus, a autoridade com circunscrição sobre a via poderá autorizar, a título precário, o transporte de passageiros em veículo de carga ou misto (vulgo “pau-de-arara”), desde que obedecidas as condições de segurança estabelecidas pelo próprio Código e pelo Contran. Por meio da Resolução nº 504/14 (que revogou a Resol. nº 82/98), o CONTRAN instituiu o regramento necessário para esse tipo de transporte excepcional. Nela, dentre outras regras, o CONTRAN regulamenta que o transporte de passageiros em veículos de carga ou misto poderá ser autorizado eventualmente e a título precário, desde que entre localidades de origem e destino que estiverem situadas em um mesmo município, municípios limítrofes, quando não houver linha regular de ônibus. 1.5.3. A CTV - Combinação de Transporte de Veículos A CTV, ou “Combinação para o Transporte de Veículos", vulgarmente conhecida como cegonha, é o veiculo, ou combinação de veículos, construído ou adaptado especialmente para o transporte de automóveis, vans, ônibus, caminhões e similares. Da mesma forma que os veículos de transporte de cargas indivisíveis, as CTVs, construídas e destinadas exclusivamente ao transporte de outros veículos, cujas dimensões excedam aos limites previstos na Resolução n° 210/06, só poderão circular nas vias portando Autorização Especial de Trânsito - AET. Mais recentemente, a Resolução nº 305/09 (alterada pela 368/10) trouxe um maior detalhamento a essa regra, versando, também, sobre as exceções. É outra norma um tanto complexa que você só deve debruçar-se sobre se o edital assim exigir! Ainda assim falaremos sobre ela na aula sobre Resoluções do Contran. Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 34 de 87 Veja a simplicidade das questões a seguir: 14. [CESPE – POLICIA RODOVIÁRIA FEDERAL – 2008 – Adapt.] Embora evidencie preocupação com a segurança dos indivíduos, o CTB admite, em situações excepcionais, que passageiros sejam transportados em veículos de carga. Comentário: Vimos que a regra geral é que não se deve transportar passageiros em veículos de carga, mas o próprio CTB delega ao CONTRAN a responsabilidade para editar norma que regulamente as exceções a esta regra. O Contran, por meio da Resolução nº 504/14 atualizou o regramento sobre a situação excepcional de transporte de passageiros em veículo de carga ou misto, os famosos “pau-de-arara”. Assim, conclui-se ser verdade o que a assertiva acima afirma. Gabarito: Certo 15. [CESPE – POLICIA RODOVIÁRIA FEDERAL – 2008] O transporte de passageiros em veículos de carga, remunerado ou não, poderá ser autorizado eventualmente e a título precário. Comentário: Há época em que foi elaborada a questões estava certa, por se referir à redação da resolução nº 82/98, ora vigente. Hoje, com a redação da Resolução 508/14, que revogou a primeira, a questão está errada por utilizar a expressão “remunerado ou não”. A Resolução nº 504/14 regulamenta que o transporte de passageiros em veículos de carga ou misto poderá ser autorizado eventualmente e a título precário, dentre outras condições, desde que entre localidades de origem e destino que estiverem situadas em um mesmo município e em municípios limítrofes, quando não houver linha regular de ônibus. Gabarito: Errado (para os dias atuais) Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 35 de 87 1.5.4. A Combinação de Veículos de Carga - CVC As CVC, Combinações de Veículos de Carga, são veículos em que a unidade tratora está ligada no mínimo a duas unidades fracionadas. A Resolução nº 211/06, rege que as Autorizações Especiais de Trânsito (AET), nesses veículos, são dadas em razão do comprimento, quando este ultrapassar a 19,80m, ou do peso, quando este ultrapassar a 57 toneladas. Algumas exceções já foram regulamentadas por meio de algumas alterações promovidas pelas Resoluções nº 256/08, 381/11 e 438/13. Finalizamos então o assunto classificação dos veículos. No próximo tópico, estudaremos os aspectos mais importantes trazidos no CTB e em algumas de suas Resoluções no que diz respeito à segurança veicular. II – A SEGURANÇA VEICULAR Para o estudo dasegurança veicular, vamos a primeira e mais básica regra fundamental extraída do art. 103 do CTB: Art. 103. O veículo SÓ PODERÁ transitar pela via quando ATENDIDOS OS REQUISITOS E CONDIÇÕES DE SEGURANÇA estabelecidos neste Código e em normas do CONTRAN. Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 36 de 87 Nada mais óbvio, esse artigo determina que os veículos, para circularem em via pública, deverão estar em boas condições de trafegabilidade, para segurança dos que estão se deslocando em seu interior e para as demais pessoas e veículos. Daí você me pergunta? Quais são estes requisitos e condições de segurança que o CTB estabeleceu? Bom, para que um veículo seja seguro e de boa trafegabilidade, é fácil concluir que ele precisa estar com todos os seus equipamentos de segurança e sua mecânica em perfeitas condições. Você sabe que um veículo é composto por uma enorme quantidade de peças e itens e muitos deles são de extrema importância para a segurança veicular. O CTB, em seu art. 105, traz um rol de equipamentos considerados obrigatórios para todos os veículos. Na figura abaixo temos quais são equipamentos obrigatórios regulamentados por esse artigo. Começaremos nosso estudo por eles: Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 37 de 87 Você analisa a figura acima e eu já espero a sua pergunta: entendi quais são os itens obrigatórios para os veículos, mas só são estes? Todos os demais itens constantes em meu veículo, se não fazem parte da lista acima, posso então desconsiderá-los como obrigatórios e até abrir mão de alguns deles? De jeito nenhum!!! Se você der uma lida no mesmo art. 105, você verá que essa lista é apenas exemplificativa, pois nele, o CTB delega ao Contran poderes para determinar quais são os demais itens obrigatórios. E assim o Contran o fez! Logo após o início da vigência do código foi editada a importantíssima e cobradíssima Resolução nº 14/98 (já acrescida pelas Resoluções nº 34/98, 43/98, 87/99, 44/98, 46/98, 129/01 e 259/07). Esta Resolução, tão conhecida pelas bancas organizadoras e já muito batida em provas, traz um rol de itens obrigatórios para os automóveis e ônibus elétricos, para os reboques e semirreboques, para as motocicletas, motonetas e triciclos, para os ciclomotores, para os tratores de rodas, esteira e mistos e para os quadriciclos. Recomendo que você faça revisões contínuas nesta Resolução procurando entender e memorizar os principais itens obrigatórios por ela determinados. Gostaria, no entanto, de nesta aula listar pelo menos os itens obrigatórios para os automóveis e ônibus elétricos. São eles: Pára-choques, dianteiro e traseiro; Protetores das rodas traseiras dos caminhões; Espelhos retrovisores, interno e externo; Limpador de pára-brisa; Lavador de pára-brisa; Pala interna de proteção contra o sol (pára-sol) para o condutor; Faróis principais dianteiros de cor branca ou amarela; Luzes de posição dianteiras (faroletes) de cor branca ou amarela; Lanternas de posição traseiras de cor vermelha; Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 38 de 87 Lanternas de freio de cor vermelha; Lanternas indicadoras de direção: dianteiras de cor âmbar e traseiras de cor âmbar ou vermelha; Lanterna de marcha à ré, de cor branca; Retrorefletores (catadióptrico) traseiros, de cor vermelha; Lanterna de iluminação da placa traseira, de cor branca; Velocímetro; Buzina; Freios de estacionamento e de serviço, com comandos independentes; Pneus que ofereçam condições mínimas de segurança; Dispositivo de sinalização luminosa ou refletora de emergência, independente do sistema de iluminação do veículo; Extintor de incêndio; Registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo, nos veículos de transporte e condução de escolares, nos de transporte de passageiros com mais de dez lugares e nos de carga com capacidade máxima de tração superior a 19 t; Cinto de segurança para TODOS os ocupantes do veículo; Dispositivo destinado ao controle de ruído do motor, naqueles dotados de motor a combustão; Roda sobressalente, compreendendo o aro e o pneu, com ou sem câmara de ar, conforme o caso; Macaco, compatível com o peso e carga do veículo; Chave de roda; Chave de fenda ou outra ferramenta apropriada para a remoção de calotas; Lanternas delimitadoras e lanternas laterais nos veículos de carga, quando suas dimensões assim o exigirem e; Cinto de segurança para a árvore de transmissão em veículos de transporte coletivo e carga. Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 39 de 87 Ufa!! Quase não termina não é? E são apenas os itens obrigatórios dos automóveis e ônibus elétricos! Faça o seguinte: DICA IMPORTANTE Memorize os itens acima e depois, com a Resolução nº 14/98 em mãos, faça associações e analogias com os demais tipos de veículos. Você não encontrará dificuldades! Outros itens, no decorrer dos anos, foram regulamentados como obrigatórios pelo Contran. Seria uma tarefa hercúlea tentar memorizar todos. Não há essa necessidade! Entretanto, quero retornar à figura acima (art. 105) para chamar especial atenção para um dos itens lá mencionados: o Equipamento Suplementar de Retenção, mais conhecido como AIR BAG. O aparelho Air Bag foi incluído como item obrigatório pela Lei Federal nº 11.910/09. Essa norma determinou também que o Contran regulamentasse quando e como os Air Bag deveriam ser instalados em todos os veículos. Dada a ordem, o CONTRAN editou a Resolução nº 311/09 (já alterada pela Resolução nº 367/10) que define o Air Bag e regulamenta a obrigatoriedade de sua existência na parte frontal de vários tipos de veículos nela determinados. Apenas para que você tenha uma idéia de como os referidos prazos - a serem obedecidos pelos produtores para a instalação de AIR BAG frontal nos veículos brasileiros - foram estabelecidos, extraí dessas normas os quadros abaixo: Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 40 de 87 Outro item que também será OBRIGATÓRIO para os veículos e que está bastante em moda nos dias de hoje é o Sistema Antitravamento das Rodas, vulgo ABS. A obrigatoriedade deste item foi regulamentada pela recente Resolução nº 380/11 (alterada pela Resol. Nº 395/11) e nela encontramos a definição de ABS, os tipos de veículos obrigados a possuí-lo, divididos por categorias, e os prazos de instalação desse equipamento para cada uma das categorias de veículos Quanto ao “registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo”, o famoso tacógrafo, o CTB dispõe ainda que, em caso de acidente com vítima envolvendo veículo com equipado com este equipamento, somente o perito oficial encarregado do levantamento pericial poderá retirar o disco ou unidade armazenadora do registro. Por fim, temos os itens obrigatórios para as bicicletas de aro maior que o de nº 20. Para elas temos como obrigatórios: a campanhia; a sinalização noturna dianteira lateral e nos pedais e; o espelho retrovisor do lado esquerdo. Pergunto:quantas bicicletas você já viu possuir tais itens obrigatórios? Pois é! Eu confesso a você que posso até contá-las nos dedos. Mas a obrigatoriedade EXISTE e você não pode esquecê-los! No caso de fabricação artesanal ou de modificação de veículo ou, ainda, quando ocorrer substituição de equipamento de segurança especificado pelo fabricante, será também exigido, para licenciamento e registro, certificado de segurança expedido por instituição técnica credenciada por órgão ou entidade de metrologia legal, conforme norma elaborada pelo CONTRAN. ‘1Os veículos de aluguel, destinados ao transporte individual ou coletivo de passageiros (por exemplo, os táxis), deverão satisfazer, além das exigências previstas neste Código, às condições técnicas e aos requisitos de segurança, higiene e conforto estabelecidos pelo poder competente para autorizar, permitir ou conceder a exploração dessa atividade. Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 41 de 87 E agora, duas informaçõezinhas muito boas de prova: Onde não houver linha regular de ônibus, a autoridade com circunscrição sobre a via poderá autorizar, a título precário, o transporte de passageiros em veículo de carga ou misto (famosos pau-de-arara!), desde que obedecidas as condições de segurança estabelecidas neste Código e pelo CONTRAN. Tal autorização não poderá exceder a 12 meses, prazo a partir do qual a autoridade pública responsável deverá implantar o serviço regular de transporte coletivo de passageiros, em conformidade com a legislação pertinente e com os dispositivos deste Código. Já o contrário, o transporte de carga em veículos destinados ao transporte de passageiros só pode ser realizado de acordo com as normas estabelecidas pelo CONTRAN. Entendido? Bom, e para finalizarmos o assunto, vai aí mais uns destaques importantes sobre a segurança veicular: Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 42 de 87 É vedado, nas ÁREAS ENVIDRAÇADAS do veículo: o uso de CORTINAS, PERSIANAS FECHADAS OU SIMILARES nos veículos em movimento, salvo nos que possuam espelhos retrovisores em ambos os lados. aposição de INSCRIÇÕES, PELÍCULAS REFLETIVAS OU NÃO, PAINÉIS DECORATIVOS OU PINTURAS, quando comprometer a segurança do veículo, na forma de regulamentação do CONTRAN. É proibido o uso de inscrição de caráter publicitário ou qualquer outra que possa desviar a atenção dos condutores em toda a extensão do pára-brisa e da traseira dos veículos, salvo se não colocar em risco a segurança do trânsito. Uma bateria de questões para exercitarmos: 16. [IAUPE – MOTORISTA – PREF. MUN. PAULISTA/PE – 2006] De acordo com o Código Nacional de Trânsito, são equipamentos obrigatórios dos veículos: (A) apenas aqueles que estiverem previstos em resolução do CONTRAN. (B) apenas aqueles que estiverem previstos no Código Nacional de Trânsito. (C) aqueles previstos no Código Nacional de Trânsito, entre outros estabelecidos pelas resoluções do CONTRAN. (D) aqueles previstos no Código Nacional de Trânsito, entre outros estabelecidos pelas resoluções do CONTRAN e pelos departamentos estaduais de trânsito. (E) aqueles previstos no Código Nacional de Trânsito, entre outros estabelecidos pelas resoluções do CONTRAN e pelos departamentos municipais de trânsito. Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 43 de 87 Comentário: Relembrando: o art. 105 do CTB lista alguns dos equipamentos obrigatórios afirmando, em seu caput, que outros deverão ser estabelecidos pelo Contran. Dessa forma, temos alguns listados no próprio Código e outros disciplinados em Resoluções do Contran. Gabarito: Letra “C” 17. [IAUPE – AGENTE DE TRANSITO – PREF. MUN. ABREU E LIMA/PE – 2009] Nenhum veículo automotor poderá sair de fábrica, ser licenciado e transitar nas vias abertas à circulação sem estar equipado com (A) alarme. (B) extintor de incêndio. (C) trava de segurança. (D) farol de milha. (E) farol de neblina. Comentário: Faça um exercício: volte à lista de equipamentos obrigatórios para automóveis, regulamentada pela Resolução nº 14/98 e trazida logo acima, e constate que dos itens da questão, o único que é obrigatório é o extintor de incêndio. Gabarito: Letra “B” 18. [IAUPE – MOTORISTA – PREF. MUN. ARCOVERDE/PE – 2008] Na inspeção de Segurança Veicular, um dos equipamentos obrigatórios a ser inspecionado é(são) (A) pneu para chuva. (B) rádio toca-fitas. (C) farol de milha. (D) buzina. (E) bancos dianteiros. Comentário: Muito importante, caro aluno, que você memorize pelo menos os itens obrigatórios para automóveis e ônibus elétricos, citada em nossa aula, pois as bancas gostam de cobrá-la. Nessa questão, o único que consta dessa lista é a buzina. Os demais são itens acessórios. Gabarito: Letra “D” Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 44 de 87 19. [FJDF – AGENTE DE TRÂNSITO – DERT/CE – 2006] Um caminhão trafegava pelo trecho entre CE-350(A) (ITAITINGA) - CE-253 (PACAJUS). O condutor estava atento, pois havia grande movimento de veículos pesados e incidência de remendos ao longo do percurso. Houve uma colisão com outro caminhão, sendo que ambos estavam equipados com registrador instantâneo de velocidade e tempo. O agente de trânsito presente no local do acidente orientou que para retirar o disco ou umidade armazenadora do registro, deveria ser aguardado (a): (A) o prontuário do condutor; (B) o perito oficial encarregado do levantamento pericial; (C) a assinatura do infrator; (D) o corpo de bombeiros; (E) o agente da Polícia Federal e o agente da Polícia Militar. Comentário: Bem simples! Acabamos de estudar que, em caso de acidente com vítima, somente o perito oficial encarregado do levantamento pericial poderá retirar o disco ou unidade armazenadora do registro de um TACÓGRAFO (registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo). Gabarito: Letra “B” 20. [FUNIVERSA – MOTORISTA – TERRACAP/DF – 2010] Para os automóveis e veículos deles derivados em produção, nacionais ou importados, haverá a obrigatoriedade de toda a produção conter o equipamento suplementar de segurança passiva ろ air bag ろ, a partir de (A) 1.º de janeiro de 2010. (B) 1.º de janeiro de 2011. (C) 1.º de janeiro de 2012. (D) 1.º de janeiro de 2013. (E) 1.º de janeiro de 2014. Comentário: Duvido que você tenha errado! É só olhar as tabelas regulamentadas pela Resolução nº 311/09 que constará a obrigatoriedade de toda a produção conter o equipamento suplementar de segurança passiva ろ air bag ろ, será a partir de 1.º de janeiro de 2014. Gabarito: Letra “E” Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 45 de 87 21. [CESPE – POLICIA RODOVIÁRIA FEDERAL – 2004] Um veículo só poderá transitar pela via pública quando atender aos requisitos e condições de segurança estabelecidos no CTB e em normas do DETRAN. Comentário: Cuidado com a leitura rápida e emocionada!! A questão traz uma pegadinha muito boba, mas perigosa para os mais desatentos. Não é o seu caso, é claro!Vamos repetir o art. 103 do CTB: Art. 103. O veículo só poderá transitar pela via quando atendidos os requisitos e condições de segurança estabelecidos neste código e em normas do Contran. Você, meu aluno do Estratégia, já sabe que os Detrans não normatizam nada, não é mesmo? Gabarito: Errado Estudaremos agora sobre a identificação veicular, ou seja, o que é preciso para que cada veículo, saído de fábrica, tenha sua identificação própria e única. III – A IDENTIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS Para melhor entender sobre a identificação veicular, façamos uma analogia bem simples com nós, seres humanos. Desde o nascimento trazemos conosco algumas características capazes de nos distinguir de todos os outros seres humanos. Como exemplos, temos a nossa impressão digital e a nossa íris ocular. São características internas que nos diferenciam e nos tornam únicos frente às demais pessoas em todo o planeta. Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 46 de 87 Ademais, quando fazemos parte de uma sociedade, precisamos possuir certos documentos que, através de algum processo de numeração, também nos tornam únicos e nos identificam em nossas atitudes cotidianas perante a sociedade. Como exemplos, temos o nosso documento de identidade, o CPF e a Carteira Nacional de Habilitação. Cada um deles carrega um código que nos singulariza na sociedade onde vivemos. São os nossos meios de identificação externa. Bom, tudo isso para dizer-lhe que com os veículos acontece algo bem semelhante. Ao serem fabricados, precisam ser dotados também de um tipo de “impressão digital” que os tornará únicos frente a todos os outros veículos em circulação. Essa é nada mais do que a sua identificação interna. Por outro lado, para poderem circular nas vias terrestres abertas à circulação em nosso país, os veículos também precisam de um tipo de “documento de identidade” que torne fácil e rápida sua identificação a vista dos agentes de trânsito, por exemplo. Estamos falando de dispositivos responsáveis pela sua identificação externa. Diante do exposto, estudaremos a partir de agora sobre esses meios de identificação INTERNA e EXTERNA dos veículos. Para começar, na figura abaixo temos de forma sintetizada os meios de identificação veicular existentes e necessários para todos os veículos, segundo o regulamentado pelo nosso querido CTB. Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 47 de 87 1. Elementos de Identificação INTERNA A identificação dos veículos, abordada no Código de Trânsito Brasileiro, é um dos títulos mais ricos em regulamentações devido à sua importância, uma vez que o veículo necessita ser individualizado quando for objeto de crime ou de infrações de trânsito. O CTB regulamenta que o veículo será identificado obrigatoriamente por caracteres gravados no chassi ou no monobloco, reproduzidos em outras partes, conforme dispuser o Contran. Esta gravação será realizada pelo fabricante ou montador, de modo a identificar o veículo, seu fabricante e as suas características, além do ano de fabricação, que não poderá ser alterado. O CONTRAN, por meio da Resolução nº 24/98, regulamentou como deverá ser disposta essa identificação interna. Não há como não falar neste tipo de identificação sem citar essa norma, mesmo que ela não venha a ser cobrada em seu concurso. Assim, para que você possa ter um entendimento sobre o tema, destacarei os pontos mais importantes por ela regrados. Antes, vamos a dois conceitos bem simples: Chassi: é a parte rígida do veículo sobre a qual deve ser colocada a carroçaria; Monobloco é a parte inteiriça do veículo. Pois bem, obedecendo ao disposto no CTB, a referida Resolução versa que o fabricante do veículo tem a obrigação de individualizá-lo por meio de uma numeração que deve ser colocada no chassi e ou no monobloco em, pelo menos um lugar, em se tratando de veículos automotores, e em dois lugares, em se tratando de reboque ou semi-reboque. O Sistema Internacional de Codificação da Identificação do Veículo, conhecido como VIN ("Vehicle Identification Number"), no Brasil é constituído de 17 dígitos e segue a norma brasileira ABNT NBR nº 6066. A estrutura da identificação VIN é constituída de quatro áreas conforme tabela: Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 48 de 87 A Resolução regulamenta que os veículos produzidos ou importados a partir de 1° de janeiro de 1999, para obterem registro e licenciamento, deverão estar identificados na forma descrita acima. Excetuam-se da regra os tratores, os veículos protótipos utilizados exclusivamente para competições esportivas e as viaturas militares operacionais das forças armadas que, em regra, não transitam na via. Além da gravação no chassi ou monobloco, os veículos serão identifica- dos, no mínimo, com os caracteres VIS (número seqüencial de produção) podendo ser, a critério do fabricante, por gravação, na profundidade mínima de 0,2 mm, quando em chapas ou plaqueta colada, soldada ou rebitada, destrutível quando de sua remoção ou ainda por etiqueta autocolante e também destrutível no caso de tentativa de sua remoção, nos seguintes com- partimentos e componentes: Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 49 de 87 Na coluna da porta dianteira lateral direita; No compartimento do motor; Em um dos pára-brisas e em um dos vidros traseiros, quando existentes; em pelo menos dois vidros de cada lado do veículo, quando existentes, excetuados os quebra-ventos. As figuras abaixo mostram exemplos desta gravação: Coluna da porta dianteira lateral direita Compartimento do motor Sobre a identificação do ano de fabricação, a Resolução determina que seja atendida através de uma gravação no chassi ou monobloco, nas imediações do número de identificação do veículo (VIN), em 4 algarismos, na profundidade mínima de 0,2 mm e altura mínima dos caracteres de 7 mm, ou através de uma plaqueta destrutível quando de sua remoção. Para as motocicletas, motonetas, triciclos, quadriciclos e ciclomotores, a gravação deverá ser feita, no mínimo, em um ponto de localização, na coluna de suporte de direção ou no chassi/monobloco. Para finalizarmos sobre a identificação interna, outro aspecto relevante diz respeito à possibilidade de regravações do VIN: O CTB regulamenta que as regravações, quando necessárias, dependerão de prévia autorização da autoridade executiva de trânsito e somente serão processadas por estabelecimento por ela credenciado, mediante a comprovação de propriedade do veículo, mantida a mesma identificação anterior, inclusive o ano de fabricação. Concurseiros Unidos MAIOR RATEIO de MATERIAIS WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Legislação Relativa ao DPRF Prof. Marcos Girão www.estrategiaconcursos.com.br | Prof. Marcos Girão 50 de 87 Cabe dizer também que nenhum proprietário poderá, sem prévia permissão da autoridade executiva de trânsito, fazer, ou ordenar que se façam modificações da identificação de seu veículo. 2. Elementos de Identificação EXTERNA No tópico anterior vimos que a identificação interna obrigatória do veículo dar-se-á
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