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CONCILIAÇÃO, MEDIAÇÃO

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CONCILIAÇÃO, MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM.
conciliação é preferencialmente indicada para os casos em que não há vínculo anterior entre as partes
A conciliação judicial ocorre quando já ha um pedido de solução do problema na justiça, assim, o próprio juiz ou um conciliador treinado têm a oportunidade de atuar de forma a possibilitar um acordo.
A conciliação é muito incentivada, pois é considerada a melhor forma de resolução de conflitos: é mais rápida, mais barata, mais eficaz e pacifica muito mais. O risco injustiça é muito menor, pois os próprios envolvidos, com ajuda do juiz ou conciliador, definem a solução para o problema, assim, todos saem vitoriosos.
 Art. 334. O juiz designará a audiência de conciliação a ser realizada no prazo de trinta dias, citando-se o réu com a antecedência mínima de dez dias e sob advertência prevista no § 2º deste artigo, determinando o comparecimento das partes. 
a conciliação é mais indicada para resolver um conflito decorrente de acidente de trânsito.
Por exemplo, um trabalhador que foi demitido do emprego e aciona a Justiça do Trabalho por pensar que houve erro no cálculo dos valores pagos na demissão. Nesse caso, a situação pode ser resolvida por meio da conciliação judicial.
 Podem ser resolvidos por meio da conciliação judicial problemas como:
· partilha de bens no término de sociedades;
· reparo de danos causados em acidentes de trânsito;
· dívidas em bancos no comércio;
· brigas de vizinhos etc. 
Quais são os princípios adotados na conciliação?
Confidencialidade
Todas as propostas, argumentos, documentos, entre outras informações ou discussões tidas na audiência de conciliação devem ser mantidas em sigilo. Os acordos só podem ser divulgados se ambas as partes concordarem com isso.
Competência
O conciliador precisa ter competência para saber articular a situação, de forma que as duas partes sejam ouvidas e possam colocar as suas queixas e pontos de vista. É necessário que o juiz saiba até onde pode interferir, seguindo sempre os preceitos da constituição. Ele jamais pode se envolver emocionalmente com as questões.
Imparcialidade
As decisões tomadas pelo conciliador devem ser sempre imparciais, e aqui é retomada a questão do envolvimento emocional, que não deve ocorrer de forma alguma. Cabe ao juiz analisar a situação como um todo e tomar decisões tendo como base apenas a constituição.
Decisão tomada
O princípio da decisão tomada diz que as pessoas que optaram por esse método devem estar cientes do seu funcionamento e dos papéis que cada parte executará no decorrer do processo.
Autonomia
Esse princípio diz que o conciliador tem total autonomia e independência para a tomada de decisões. Ele deve conduzir os diálogos sempre da forma que achar melhor, de modo a garantir a imparcialidade.
Empoderamento
O empoderamento diz que as partes interessadas também têm o poder de propor soluções, sempre com o intermédio do juiz. Assim, não ficam reféns apenas do que é proposto pelo conciliador.
Validação
Tem o objetivo de tornar o diálogo legítimo, considerando irreversíveis as decisões tomadas na audiência.
Mediação é indicada para casos em que há este vínculo, é mais indicada para temáticas de direito de família
A mediação é um processo voluntário que oferece àqueles que estão vivenciando uma situação de conflito a oportunidade e o espaço adequados para conseguir buscar uma solução que atenda a todos os envolvidos.
Na mediação as partes expor seu pensamento e terão uma oportunidade de solucionar questões importantes de um modo cooperativo e construtivo. O objetivo da mediação é prestar assistência na obtenção de acordos, que poderá construir um modelo de conduta para futuras relações, num ambiente colaborativo em que as partes possam dialogar produtivamente sobre seus interesses e necessidades.
Quais são os princípios básicos da mediação?
Segundo a Resolução Nº 125 do CNJ, anexo III, art. 1º, o Código de Ética de Conciliadores e Mediadores Judiciais, alguns princípios fundamentais que regem a atuação desses profissionais são:
– Imparcialidade/neutralidade do mediador:
Determina que o mediador proceda de forma isenta de vinculações de qualquer tipo com qualquer das partes, bem como se abstenha de tomar partido em qualquer momento do procedimento de mediação.
– Isonomia entre as partes:
Para que haja um desfecho harmônico entre os envolvidos é necessário ter cuidados ao tratar as partes de forma igualitária, propiciando os mesmos critérios de participação e as mesmas oportunidades durante a mediação.
– Oralidade:
Trata da importância da comunicação entre todos os envolvidos. O sucesso do diálogo entre as partes e o mediador, garante o bom andamento da mediação.
– Informalidade:
   Garante a ausência de procedimentos e regras fixas, devendo seguir as normas estabelecidas na mediação, obviamente respeitando a lei vigente.
– Autonomia da vontade das partes:
Trata do procedimento consensual, isto é, o direito das partes decidirem sobre os seus destinos, manifestando suas escolhas, respeitando o ordenamento jurídico.
– Busca do consenso:
Busca do diálogo construtivo evitando a competitividade entre as partes, favorecendo-as e objetivando ganhos mútuos.
– Confidencialidade:
   Por esse princípio se estabelece que as informações constantes nas comunicações realizadas na autocomposição não poderão ser comentadas fora da mediação, nem poderão ser apresentadas como provas no eventual julgamento do caso, nem em outros processos judiciais, se houver. Nesse sentido, o mediador não pode servir como testemunha acerca de fato relacionado com seu ofício. Lembrando que a eficiência do mediador está relacionada à confiança que as partes depositam nele e à segurança de que nada poderá ser utilizado como prova em um processo judicial.
– Boa fé:
   As partes devem agir com lealdade, honestidade, sinceridade, justiça, comunicação e cooperação, estendendo-se também aos mediadores, a fim de que os procedimentos aplicados sejam produtivos e justos.
Exemplos: 
Mediação familiar: casos de sucessão testamentária, divórcio, pensão alimentar e custódia dos filhos, casos de adoção, entre outros.
Mediação empresarial: atividade profissional e outras resultantes das afinidades pessoais e/ou sociais de cada um de seus participantes. As disputas surgidas nas organizações, que podem ser entre departamentos, entre funcionários dos mesmos departamentos ou distintos, entre diretoria e departamento, entre funcionário ou funcionários e diretoria e seus membros, podem ser objeto de resolução pacífica de conflitos.
Mediação de conflitos no direito do consumidor: É muito comum que o consumidor enfrente problemas com um produto com defeito, e que a fabricante não queira dar um novo item ou que não realize a devolução do dinheiro.
Mediação escolar: Conflitos entre alunos, que podem ser crianças ou adolescentes, e professores são cada vez mais comuns.
Mediação de conflitos na área da saúde: São agressões verbais, maus tratos com os pacientes, falta de assistência médica e longas filas de espera nos atendimentos emergenciais.
Mediação trabalhista: Brigas entre patrão e empregado são históricas
Art. 165 § 2 e 3
a arbitragem é “[...] o acordo de vontades entre pessoas maiores e capazes que, preferindo não se submeter à decisão judicial, confiam a árbitros a solução de litígios, desde que relativos a direitos patrimoniais disponíveis”. Possui como vantagem a potencialidade de melhor tratar conflitos que requerem um maior grau de conhecimento técnico específico sobre dado conteúdo.
Em outras palavras, a arbitragem – que se dá através da chamada convenção de arbitragem – é um método de resolução de conflitos que se utiliza de uma autoridade não-estatal para presidir o conflito, o árbitro.
A função destes árbitros é auxiliar as partes para que elas entrem em acordo. Caso isso não aconteça, eles podem emitir uma decisão (sentença arbitral ou laudo), que tem peso de sentença judicial.
A Lei nº 9.307/96 é a responsável por regular a arbitragem no Brasil. Logo no artigo 1º, determina que aqueles que têm condições de contratar esse tipode serviço podem utilizá-lo para resolver litígios relacionados a direitos patrimoniais.
Exemplos de Arbitragem
A arbitragem se restringe às possibilidades de contratação dos interessados e aos direitos patrimoniais disponíveis. Dessa forma, estão excluídos os direitos disponíveis como:
· Filiação;
· Estado das pessoas;
· Casamento;
· Poder familiar;
· Questões de direito penal. 
Obs: conciliação e mediação são autocomposição!!!!!!

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