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AULA 3 - EAD EMPRESARIAL

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Estabelecimento e ponto empresarial
APRESENTAÇÃO
A criação de um estabelecimento empresarial envolve um dispêndio de tempo e recursos 
financeiros para o empresário. Sendo assim, essa universalidade deve ser protegida pelo Direito. 
Do mesmo modo, o ponto criado pelo empresário e identificado pelos clientes merece proteção. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, serão abordados o estabelecimento e sua alienação, assim 
como o ponto empresarial. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar o que vem a ser o estabelecimento e sua proteção.•
Explicar como funciona a proteção ao ponto empresarial.•
Reconhecer os mecanismos de alienação e tutela do estabelecimento e do ponto 
empresarial.
•
INFOGRÁFICO
No infográfico a seguir, está ilustrada a diferença entre estabelecimento empresarial e ponto 
empresarial 
CONTEÚDO DO LIVRO
Leia mais no capítulo Estabelecimento e Ponto Empresarial que faz parte do livro Legislação 
Empresarial Aplicada e é a base teórica desta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura.
LEGISLAÇÃO 
EMPRESARIAL 
APLICADA
Tiago Ferreira Santos
Estabelecimento e 
ponto empresarial
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identificar o que vem a ser estabelecimento e sua proteção.
  Explicar como funciona a proteção ao ponto empresarial.
  Reconhecer os mecanismos de alienação e tutela do estabelecimento 
e do ponto empresarial.
Introdução
A criação de um estabelecimento empresarial envolve um dispêndio 
de tempo e recursos financeiros para o empresário. Sendo assim, essa 
universalidade deve ser protegida pelo Direito. Do mesmo modo, o ponto 
criado pelo empresário e identificado pelos clientes merece proteção.
Neste capítulo, serão abordados o estabelecimento e a sua alienação, 
bem como o ponto empresarial.
Conceito e proteção do estabelecimento
“Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exer-
cício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária” (Art. 1.142, 
BRASIL, 2002, documento on-line). Essa é a defi nição legal de estabeleci-
mento, motivo pelo qual bem se entende que estão a ele integrados os bens 
materiais e imateriais, desde que destinados à atividade empresarial.
Assim, ainda que se diga que o “[...] estabelecimento é o instrumento 
para o empresário exercer sua atividade; é a base física da empresa [...], é 
o local onde os clientes do empresário se dirigem para realizar negócio” 
(TEIXEIRA, 2018, p. 81), pelo conceito legal de estabelecimento, não se 
fala apenas de bens materiais, afinal, “[...] há, ademais, bens imateriais, a 
exemplo das marcas e das patentes, escrituradas, também, no ativo perma-
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nente da empresa, destinando-se diretamente à consecução da atividade” 
(MAMEDE, 2018, p. 185).
Questiona-se, ainda, se o estabelecimento empresarial consiste em uma 
universalidade de fato (art. 90, CC) ou de direito (art. 91, CC). 
Atualmente, tem prevalecido o seu caráter híbrido, ou seja, ora é uma 
universalidade de direito, ora é de fato.
Um dos principais conceitos relacionados ao estabelecimento é o avia-
mento, um de seus atributos, surgido da constatação de que “[...] o estabeleci-
mento tem condições de produzir lucro para o empreendedor” (TEIXEIRA, 
2018, p. 82). Entretanto, mais adequado é reconhecer que o aviamento também 
pode se referir ao seu oposto, ou seja, redução de lucros e geração de prejuízos. 
Assim, reconhece-se que “[...] a organização – as características dinâmicas dos 
bens especializados para a empresa – pode definir um sobrevalor (e, mesmo, 
um subvalor, em alguns casos)” (MAMEDE, 2018, p. 191).
Outra importante informação há de ser trazida, que é a distinção entre 
patrimônio de estabelecimento empresarial, porquanto é extremamente su-
til. Ao passo que esse conceito é o “[...] complexo de bens organizado, para 
o exercício da empresa” (MAMEDE, 2018, p. 186), consoante já visto, o
patrimônio é simplesmente o complexo de bens, sejam eles quais forem,
desde que do empresário. Assim, constata-se, de logo, que o “[...] empresário,
pessoa natural, pode ter bens que não constem do patrimônio especificado da
empresa” (MAMEDE, 2018, p. 186). Além disso, o empresário e a sociedade
empresária “[...] podem ter bens que não constem deste complexo organizado
para o exercício da empresa” (MAMEDE, 2018, p. 186).
Em síntese, patrimônio é um conjunto mais amplo que inclui, por exem-
plo, imóveis ou títulos do tesouro não destinados à atividade empresarial, ao 
passo que estabelecimento é mais restrito, porquanto engloba tão somente 
os organizados para exercício da empresa, consoante se depreende do CC.
Integram o estabelecimento, na condição de seus elementos, esses bens cor-
póreos (móveis ou imóveis) e também os bens incorpóreos (nome empresarial, 
título de estabelecimento, marcas e outros direitos de propriedade intelectual, 
clientela, freguesia, ponto empresarial, locação para fins não residenciais).
Nome empresarial consiste naquele constante dos registros, podendo ser 
firma ou denominação, a depender da espécie societária. Ao contrário, título 
de estabelecimento consiste no chamado nome fantasia pelo qual a atividade 
empresarial é popularmente reconhecida, geralmente é uma parte do nome 
empresarial, mas por vezes é totalmente distinta.
A marca, por sua vez, “[...] é o sinal colocado em um produto ou serviço 
para que este seja identificado e distinguido, impedindo que possa ser con-
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fundido pelo público com outros bens (produtos ou serviços) semelhantes” 
(TEIXEIRA, 2018, p. 491).
Por clientela, entende-se aquele público que mantém relação de fideli-
dade com o estabelecido, em função de elementos de ordem subjetiva, como 
“[...] bom atendimento, a qualidade dos produtos ou a simpatia do empresário” 
(MAMEDE, 2018, p. 77), ao passo que “[...] a freguesia relaciona-se a aspectos 
objetivos” (MAMEDE, 2018, p. 77).
Acerca da possibilidade de a mesma atividade empresarial ser exercida 
por diversos estabelecimentos com escrituração própria, há previsão expressa 
do art. 968, parágrafo único, do CC: “Em qualquer caso, a constituição do 
estabelecimento secundário deverá ser averbada no Registro Público de 
Empresas Mercantis da respectiva sede” (BRASIL, 2002, documento on-line).
Assim, 
[...] a escrituração própria, especializada, permite a distinção de estabele-
cimentos diversos, independentes ou não entre si, que sejam titularizados 
pela mesma pessoa, natural (empresário) ou jurídica (sociedade empresária), 
podendo, inclusive, ser objeto de relações jurídicas próprias [...] (MAMEDE, 
2018, p. 188-189). 
Portanto, para se pretender consequência jurídica favorável ao titular da 
atividade empresarial, há de ser observado tal requisito de escrituração própria.
A sua constituição é extremamente interessante por diversas questões de 
ordem prática que repercutem na saúde financeira da empresa em atividade. 
Não raro, a decisão de averbá-lo faz parte de um planejamento fiscal decorrente 
de consultoria, para fins de recolher uma quantia inferior de tributos.
A importância de utilização desse recurso é destacada por Mamede (2018, 
p. 189): 
A distinção de estabelecimento, com contabilidade própria, é, em muitas opor-
tunidades, uma solução particularmente interessante para gozar de benefícios 
fiscais de regime especial, distinguindo, numa mesma atividade, aquelas que 
sejam tributadas em situação mais vantajosa.
Ainda sobre esse tema, segue julgado elucidativo das consequências ju-
rídicas possíveis:
O princípio tributário da autonomia dos estabelecimentos, cujo conteúdo 
normativo preceitua que estes devem ser considerados, na forma da legislação 
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específicade cada tributo, unidades autônomas e independentes nas relações 
jurídico-tributárias travadas com a Administração Fiscal, é um instituto de 
direito material, ligado à questão do nascimento da obrigação tributária de 
cada imposto especificamente considerado e não tem relação com a respon-
sabilidade patrimonial dos devedores prevista em um regramento de direito 
processual, ou com os limites da responsabilidade dos bens da empresa e dos 
sócios definidos no direito empresarial. (BRASIL, 2013, documento on-line).
Em resumo, é possível a obtenção de CNPJ/MF para cada estabelecimento 
após a averbação do registro na Junta Comercial, sendo que esse cadastro 
repercute, especialmente, nas obrigações fiscais, mas, em hipótese nenhuma, 
há a criação de uma nova pessoa e, portanto, há possibilidade de exigir as 
dívidas processualmente, inclusive, por meio de penhora dos bens de quaisquer 
estabelecimentos.
Interessante anotar, ainda, a distinção entre aviamento objetivo e subjetivo. 
Aquele 
[...] decorre de aspectos extrínsecos à atividade do empresário, como é o caso 
da localização do estabelecimento (local goodwill); o segundo, subjetivo, 
deriva de aspectos intrínsecos e conceituais quanto à atuação do empresário, 
como, por exemplo, a sua competência e boa fama à frente de seu negócio 
(personal goodwill) (TEIXEIRA, 2018, p. 82).
Questão interessante no Direito empresarial contemporâneo é a hipótese 
do estabelecimento virtual de empresas que atuam, supostamente, apenas na 
Internet. Não é difícil imaginar, atualmente, negócios automatizados em que 
a contratação e o objeto usufruído são realizados on-line.
Primeira observação que há de ser feita é que o estabelecimento consiste 
no complexo de bens organizados, sejam eles bens corpóreos ou incorpóreos, 
logo, esses negócios virtuais, sem dúvidas, têm bens que o integram. Assim, 
a conclusão do Enunciado nº 7 do Conselho da Justiça Federal (CJF) não 
poderia ser diferente, ou seja, o nome de domínio integra o estabelecimento.
Enunciado nº 7 do Conselho da Justiça Federal (CJF)
O nome de domínio integra o estabelecimento empresarial como bem incorpóreo 
para todos os fins de direito.
Estabelecimento e ponto empresarial4
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Essa hipótese atende muito bem às atividades empresariais que funcionam 
simultaneamente no meio virtual e físico. Entretanto, para aqueles negócios 
que pretendem atuar apenas em ambiente virtual, há maiores considerações.
Por um lado, o “[...] estabelecimento empresarial virtual originário cor-
responde ao que muitos doutrinadores denominam de sites inteligentes, que 
possibilitam o desenvolvimento da atividade empresarial sem qualquer apoio 
físico direto” (GOMES, 2018, p. 89), ao passo que “[...] o estabelecimento 
empresarial virtual derivado corresponde a sites menos elaborados, que contêm 
estruturas de menor complexidade, [...] e que é por muitos denominado de site 
passivo” (GOMES, 2018, p. 89).
Assim, a situação que se pretende destacar aqui é tão somente a do es-
tabelecimento empresarial virtual originário, porque “[...] assim exercida 
caracteriza o estabelecimento empresarial virtual em si, que logicamente 
deverá corresponder a um endereço físico unicamente para efeitos registrais 
perante a Junta Comercial”, CNPJ/MF e ação judiciais (GOMES, 2018, p. 90).
Por fim, importa trazer algumas súmulas que interessam ao presente 
assunto, ainda que se refiram especialmente ao estabelecimento físico. A 
primeira a ser destacada é a Súmula Vinculante n. 38 do Supremo Tribunal 
Federal (STF), a qual consolidou que é competência municipal “[...] fixar o 
horário de funcionamento de estabelecimento comercial”, com fundamento 
no interesse local previsto no art. 30, inciso I, da Constituição, demonstrando 
hipótese confirmadora de que também os municípios têm “[...] atuação 
estatal interventiva para conformar a ordem social” (BRITO, 2016, p. 105).
Além disso, há também a súmula vinculante n. 49, também do STF, que 
considera inconstitucional a vedação ao município de instituição de atividades 
comerciais concorrentes vizinhas, consoante redação que segue: “Ofende 
o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de
estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área” (BRASIL, 
2015, documento on-line). Não poderia ser diferente.
Do ponto de vista do Direito empresarial, é usual que os estabelecimentos 
se valorizem, justamente em razão da proximidade da concorrência, como bem 
observa Teixeira (2018, p. 18): “Por mais contraditório que possa parecer do ponto 
de vista concorrencial, às vezes o aviamento se dá em razão de o estabelecimento 
estar localizado próximo aos concorrentes. Nesse caso, a clientela é atraída para 
certa localidade em razão de lá haver várias opções de fornecedores”.
Além disso, o princípio da livre concorrência está respaldada na proteção 
do consumidor, afinal, é inegável que a proximidade dos estabelecimentos 
concorrentes possibilita melhor pesquisa de preço e, assim, redução de gastos. 
Em outros termos, “[...] a Constituição alçou a livre concorrência aos píncaros 
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de um de seus princípios integrando-a ao da defesa do consumidor, com o 
objetivo de realizar o bem-estar social” (BRITO, 2016, p. 204).
Tais questões acerca da localização geográfica conduzem à análise do 
ponto empresarial a ser realizada no tópico seguinte.
Proteção do ponto empresarial
“Ponto ou ponto empresarial é a localização física do estabelecimento [...]” 
(TEIXEIRA, 2018, p. 84), não se confundindo também com a propriedade do 
imóvel, porquanto tem natureza diversa. Assim, civilmente, “[...] a propriedade 
em si é do seu proprietário. Empresarialmente, com relação ao ponto, é do 
empresário” (TEIXEIRA, 2018, p. 84). Logo, “[...] quando se vê o anúncio de 
‘passa-se o ponto’, na realidade não se está vendendo a propriedade do imóvel, 
mas, sim, a propriedade sobre o ponto” (TEIXEIRA, 2018, p. 85).
Se por um lado se costuma destacar a relação entre clientela e freguesia 
e ponto empresarial, tal qual faz Tarcísio Teixeira (2018, p. 84) ao afirmar 
que o estabelecimento “[...] é valorizado pelo deslocamento efetuado dos 
clientes desde a saída de um local até a chegada nele para realizarem suas 
compras”, é mais adequado considerar que ele não é protegido 
[...] apenas pela consideração da clientela ou da freguesia, mas por diversos 
outros elementos, tais como logística, captação e manutenção de trabalhadores 
(bem como o custo de seu transporte, facilidade estruturais (distribuição de 
energia elétrica, comunicações, água e esgoto, vias de acesso) (MAMEDE, 
2018, p. 285).
Há basicamente duas formas de proteção ao ponto empresarial. Por uma, 
quando o imóvel for de propriedade do próprio empresário, a sua proteção 
será regulada pelas normas de Direito civil que tutelam a propriedade civil. 
Nesse sentido, segue lição de Gladston Mamede (2018, p. 285):
No primeiro caso, protege-se o ponto com regras gerais do direito de pro-
priedade (Direito das Coisas), garantindo-se ao proprietário o exercício dos 
direitos inerentes à propriedade, designadamente o direito de usar (ius utendi), 
gozar (ius fruendi) e dispor (ius disponendi) da coisa, bem como o direito 
de pedir ao Judiciário que o bem lhe seja devolvido (ius vindicandi, base da 
ação de reivindicação ou rei vindicatio).
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Noutro giro, quando houver contrato de locação para fins não residenciais, 
chamado de contrato de locação comercial ou empresarial, principalmente, 
será a Lei nº. 8.245/91 (Lei de Locações) que protegerá o ponto empresarial.
Há diversos mecanismos interessantes de proteção nessa lei. Já no mo-
mento da contratação, por exemplo, há previsão de contravenção penal para 
quem exigir luvas ao locatário para renovação docontrato de locação. Sua 
impossibilidade é bem clara, como segue:
Art. 43. Constitui contravenção penal, punível com prisão simples de cinco 
dias a seis meses ou multa de três a doze meses do valor do último aluguel 
atualizado, revertida em favor do locatário:
I - exigir, por motivo de locação ou sublocação, quantia ou valor além do 
aluguel e encargos permitidos (BRASIL, 1991, documento on-line).
Logo, “[...] são nulas de pleno direito as cláusulas do contrato de locação 
[...] que afastem o direito à renovação [...] ou que imponham obrigações 
pecuniárias para tanto”. (art. 45, BRASIL, 2002, documento on-line). Essas 
limitações restringem tão somente a relação jurídica locador-locatário. 
Assim, por óbvio, não há qualquer vedação ao locatário que venha a pedir 
luvas para eventual interessado em adquirir o ponto comercial. Nessa 
hipótese, há alienante-adquirente. Outras duas situações são expressa-
mente proibidas na contratação, sob pena de incidir também na mesma 
contravenção penal, a saber:
II - exigir, por motivo de locação ou sublocação, mais de uma modalidade de 
garantia num mesmo contrato de locação;
III - cobrar antecipadamente o aluguel, salvo a hipótese do art. 42 (inexistência 
de garantia) e da locação para temporada. (BRASIL, 1991, documento on-line).
É interessante prestar atenção a essas disposições por não ser nada estra-
nho um empresário desejar alguma dessas medidas, entretanto, incumbe ao 
profissional do Direito recomendar a atuação adequada e, assim, evitar incidir 
em contravenção penal.
A pessoa que constitui ponto comercial por meio de contrato de locação 
para fins não residenciais tem direito à ação renovatória. Nesse sentido, há de 
cumprir alguns requisitos cumulativos previstos no art. 51 do CC:
I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado;
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II - o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos 
dos contratos escritos seja de cinco anos;
III - o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo 
mínimo e ininterrupto de três anos (BRASIL, 2002, documento on-line).
A jurisprudência tem sido rigorosa em exigir tais requisitos. Na verdade, 
não poderia ser muito diferente. Segue julgado:
DIREITO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. LOCAÇÃO COMERCIAL. AÇÃO 
RENOVATÓRIA. PRAZO MÍNIMO DO CONTRATO A RENOVAR. CINCO 
ANOS (INCISO II, DO ARTIGO 51 DA LEI Nº 8.245/91). INOBSERVÂN-
CIA. DIREITO À RENOVAÇÃO. PRAZO MÍNIMO DE SEIS MESES DE 
ANTECEDÊNCIA DO TÉRMINO CONTRATUAL. INOBSERVÂNCIA. 
DECADÊNCIA DO DIREITO À RENOVAÇÃO (§ 5º, DO ARTIGO 51 DA 
LEI DO INQUILINATO).
1. SE, NA LOCAÇÃO COMERCIAL, A SOMA DOS PRAZOS DE VIGÊN-
CIA DOS CONTRATOS AJUSTADOS ENTRE AS PARTES NÃO CHEGA 
A CINCO ANOS RESTARÁ FRUSTRADA A RESPECTIVA PRETENSÃO 
RENOVATÓRIA.
[...]. (DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS, 2011, documento on-line).
Além desses requisitos, há de ser observado, ainda, que o “direito a re-
novação decai aquele que não propuser a ação no interregno de um ano, no 
máximo, até seis meses, no mínimo, anteriores à data da finalização do prazo 
do contrato em vigor” (Art. 51, parágrafo quinto, da Lei de Locações). É inte-
ressante exemplificar tal situação com a circunstância usualmente presenciada 
pelos profissionais, qual seja a ação renovatória de um contrato de locação 
para fins não residenciais, cujo prazo inicial é de cinco anos.
Nessa hipótese, o “[...] período para ajuizar a ação renovatória é no penúl-
timo semestre de vigência do contrato, ou seja, num contrato de 5 anos (que 
é composto por dez semestres), a ação deve ser ajuizada durante os meses do 
nono semestre [...]” (TEIXEIRA, 2018, p. 85).
Preste atenção aos prazos. Ingressar antes da data implica ausência de 
interesse processual, afinal, a lei especifica que será, no interregno de um 
ano, no máximo:
LOCAÇÃO. AÇÃO RENOVATÓRIA. CARÊNCIA DA AÇÃO.
1. Se no transcurso de ação renovatória de aluguel, completa-se o prazo 
pretendido pela parte demandante, é cabível o ajuizamento de segunda ação 
renovatória. Todavia, deverá ser observado o prazo legal para a propositura de 
tal demanda (art. 51, § 5º, Lei n. 8.245/1991). Carece de interesse processual 
a parte que ajuíza a segunda demanda antes de atingido o período de um ano 
até seis meses antes do período pretendido na primeira ação. 2. Majorados os 
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honorários sucumbenciais arbitrados em prol da corré que manejou recurso 
adesivo [...]. (RIO GRANDE DO SUL, 2012, documento on-line).
Ou seja, antecipar-se ao prazo não ajudará, apenas servirá para imputar ao 
seu cliente honorários sucumbenciais. Noutro giro, se transcorrer período 
superior ao previsto em lei, estará decaído o direito, visto que faltará período 
inferior a 6 meses. Segue julgado destacando o rigor:
LOCAÇÃO DE IMÓVEIS – AÇÃO RENOVATÓRIA DE LOCAÇÃO – DE-
CADÊNCIA – Agravo de instrumento tirado contra decisão que deixou de 
reconhecer a decadência, determinando o prosseguimento da demanda, com 
nomeação de perito para avaliação do imóvel – Alegação de que a autora ajuizou 
a ação após o termo final fixado no art. 51, § 5º, da Lei 8.245/91, prazo este 
decadencial – A ação renovatória de locação deve ser proposta no prazo de um 
ano até seis meses do vencimento do contrato locatício a renovar – Demanda 
aforada um dia após o termo final do prazo – Ocorrência de decadência – Re-
curso provido, para reconhecer a decadência e extinguir o feito, com fulcro no 
art. 269, IV, do CPC, condenando a autora ao pagamento das custas, despesas 
processuais e honorários advocatícios. (SÃO PAULO, 2015, documento on-line).
Assim, após estudadas as principais normas que protegem o ponto em-
presarial, bem como seus requisitos, importa verificar a exceção de retomada 
quando o proprietário poderá retomá-lo em algumas circunstâncias, a saber:
I - por determinação do Poder Público, tiver que realizar no imóvel obras que 
importarem na sua radical transformação;
II - para fazer modificações de tal natureza que aumente o valor do negócio 
ou da propriedade;
III - o imóvel vier a ser utilizado por ele próprio, hipótese em que não poderá 
ser destinado ao uso do mesmo ramo do locatário, salvo se a locação também 
envolvia o fundo de comércio, com as instalações e pertences;
IV - para transferência de fundo de comércio existente há mais de um ano, 
sendo detentor da maioria do capital o locador, seu cônjuge, ascendente ou 
descendente (BRASIL, 1991, documento on-line).
Portanto, se não há direito absoluto no ordenamento jurídico brasileiro, 
inclusive, mesmo a vida tendo suas ponderações a serem realizadas diante de 
legítima defesa ou reserva do possível, não seria diferente com a proteção ao 
ponto empresarial adquirido após contrato de locação para fins não residenciais.
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Mecanismos de alienação e tutela do 
estabelecimento e do ponto empresarial
Sabe-se que pode “[...] o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de 
negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a 
sua natureza” (art. 1.143, BRASIL, 2002, documento on-line). Nesse sentido, 
não se nega a possibilidade de sua alienação, ao contrário.
Há de se destacar, assim, o que a doutrina chama de contrato de trespasse, 
que é “[...] o negócio jurídico que tem, por objeto, a alienação, em princípio 
onerosa, e na modalidade venda e compra, do estabelecimento empresarial como 
um todo, transferindo-se ao adquirente a titularidade dos direitos de propriedade 
incidentes sobre todos os bens que o integram” (GOMES, 2018, p. 83).
Os efeitos a terceiros das transferências (contrato de trespasse, usufruto, 
arrendamento), entretanto, só são possíveis após o cumprimento de certas for-
malidades. Primeiramente, averbação à margem da inscriçãodo empresário 
no Registro Público de Empresas Mercantis e, em segundo lugar, publicação 
na imprensa oficial. Ou seja, admite-se existência, validade e, até mesmo, 
eficácia do negócio contra os partícipes, restringindo esta apenas a terceiros.
Outra limitação à sua transferência decorre de possível insuficiência dos bens. 
Nessa hipótese, se “[...] ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu 
passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos 
os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta 
dias a partir de sua notificação” (art. 1.145, BRASIL, 2002, documento on-line).
Após analisada a transferência do estabelecimento ou ponto empresarial, 
há de serem analisados os efeitos dela decorrentes. Em regra, o alienante do 
estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente nos 5 anos subse-
quentes à transferência. Entretanto, o art. 1.147 do CC prevê a possibilidade de 
autorização expressa nesse sentido. Nas hipóteses de arrendamento ou usufruto 
do estabelecimento, a proibição prevista persistirá durante o prazo do contrato.
Enunciado nº 8 da I Jornada de Direito Comercial do Conselho da Justiça Federal (CJF)
A sub-rogação do adquirente nos contratos de exploração atinentes ao estabeleci-
mento adquirido, desde que não tenham caráter pessoal, é a regra geral, incluindo 
o contrato de locação.
Estabelecimento e ponto empresarial10
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Assim, se, por um lado, é sabido que, “[...] salvo disposição em contrário, 
a transferência importa a sub-rogação do adquirente nos contratos estipu-
lados para exploração do estabelecimento, se não tiverem caráter pessoal”, 
podem, por outro, “[...] os terceiros rescindir o contrato em noventa dias a 
contar da publicação da transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, 
neste caso, a responsabilidade do alienante” (art. 1.148, BRASIL, 2002, 
documento on-line).
Entretanto, tal circunstância não se aplica à hipótese de mera instalação 
de um novo estabelecimento em lugar antes ocupado por outro, ainda que no 
mesmo ramo de atividade. Tal explicação foi objeto da II Jornada de Direito 
Comercial da CJF.
Enunciado nº 59 da II Jornada de Direito Comercial da CJF
A mera instalação de um novo estabelecimento, em lugar antes ocupado por outro, 
ainda que no mesmo ramo de atividade, não implica responsabilidade por sucessão 
prevista no art. 1.146 do CCB.
Importa agora explicar as responsabilidades do adquirente e do alienante.
Acerca do adquirente, há responsabilidade pelo pagamento dos dé-
bitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados 
(art. 1.146, CC), assim como, por óbvio, dos posteriores. Ao alienante, 
entretanto, não é deferido se isentar de pronto de todas as obrigações. Ao 
contrário, ele responderá solidariamente, ainda, pelo prazo de um ano, a 
partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação e, quanto aos outros, 
da data do vencimento (art. 1.146, CC).
Por fim, o art. 1.149 dispõe que 
[...] a cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá 
efeito em relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação 
da transferência”. Entretanto, reconhece que “o devedor ficará exonerado se 
de boa-fé pagar ao cedente (BRASIL, 2002, documento on-line).
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BRASIL. Lei n° 8.245, de 18 de outubro de 1991. Dispõe sobre as locações dos imóveis 
urbanos e os procedimentos a elas pertinentes. Brasília, DF, 1991. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/leis/L8245.htm>. Acesso em: 10 mar. 2018.
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasília, DF, 2002. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/leis/2002/L10406.htm>. Acesso 
em: 10 mar. 2018.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça (1ª Seção). REsp 1355812/RS. Relator: Ministro 
Mauro Campbell Marques. Julgado em: 22 maio 2013. DJe, Porto Alegre, 31 maio 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula vinculante 49. Brasília, DF, 2015. Disponível 
em: <http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumario.asp?sumula=2506>. 
Acesso em: 16 abr. 2018.
BRITO, E. Reflexos jurídicos da atuação do Estado no domínio econômico. 2. ed. São 
Paulo: Saraiva, 2016.
DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS. Tribunal de Justiça. Apelação cível : APL DF 0007200-
27.2007.807.0007. Relator: Des. João Batista Teixeira. Julgado em: 08 jun. 2011.
GOMES, F. B. Manual de direito empresarial. 7. ed. rev., atual. e ampl. Salvador: JusPo-
divm, 2018.
MAMEDE, G. Direito empresarial brasileiro: empresa e atuação empresarial. 10. ed. rev., 
atual. e ampl. São Paulo: Atlas, 2018.
RIO GRANDE DO SUL. Tribunal de Justiça (16ª Câmara Cível). AC: 70051082725 RS. 
Relator: Paulo Sérgio Scarparo. Data de julgamento: 29 nov. 2012. Diário da Justiça, 
Porto Alegre, 03 dez. 2012.
SÃO PAULO. Tribunal de Justiça (31ª Câmara de Direito Privado). AI: 21616856020158260000 
SP 2161685-60.2015.8.26.0000. Relator: Carlos Nunes. Data de julgamento: 29 set. 2015.
TEIXEIRA, T. Direito empresarial brasileiro: doutrina, jurisprudência e prática. 7. ed. São 
Paulo: Saraiva, 2018.
Estabelecimento e ponto empresarial14
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Leituras recomendadas
BRASIL. Conselho de Justiça Federal. I Jornada de Direito Comercial: enunciados. Brasília, 
DF, 2012. Disponível em: <http://www.cjf.jus.br/enunciados/pesquisa/resultado>. 
Acesso em: 14 abr. 2018.
BRASIL. Conselho de Justiça Federal. II Jornada de Direito Comercial: enunciados. Brasília, 
DF, 2015. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/dl/enunciados-ii-jornada-direito-
-comercial.pdf>. Acesso em: 14 abr. 2018.
IGLESIAS, M. B.; POIDOMANI, I. L. Análise do estabelecimento empresarial: natureza 
jurídica e contratos. Revista do CEPEJ, n. 17, p. 109-121, 2015. Disponível em: <https://
portalseer.ufba.br/index.php/CEPEJ/article/view/22432>. Acesso em: 11 mar. 2018.
PARENTONI, L. N. Direito de arrependimento na internet e estabelecimento virtual. 
Repertório de Jurisprudência IOB, v. 3, n. 16, p. 514-517, ago. 2006. Disponível em: <www.
egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/direito_de_arrependimento_na_internet_e_es-
tabelecimento_virtual_1.pdf>. Acesso em: 11 mar. 2018. 
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DICA DO PROFESSOR
No vídeo a seguir, ilustra-se como se deve fazer a proteção ao estabelecimento e ao ponto 
empresarial.
Confira!
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EXERCÍCIOS
1) O estabelecimento empresarial, pelo valor agregado, é alvo de tutela jurídica. Em 
normas esparsas, encontra-se a tutela de elementos que compõem o estabelecimento. 
Os elementos incorpóreos, como marcas e patentes, são tutelados pela lei de 
propriedade industrial. O ponto criado em um local cujo prédio é alugado pelo 
empresário inquilino é tutelado pela lei de locações. Os bens corpóreos são tutelados 
por normas de Direito Civil. Quanto ao estabelecimento, assinale a alternativa 
INCORRETA. 
A) Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer 
concorrência ao adquirente nos cinco anos subsequentes à transferência.
B) O adquirente do estabelecimento não responde pelo pagamento dos débitos anteriores à 
transferência.
C) O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do 
estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da 
inscrição e de publicado na imprensa oficial.
D) Considera-se estabelecimento o complexo de bens organizado para exercício da 
empresa por sociedade empresária.
E) Nenhuma das hipóteses.
2) O arranjo do estabelecimento pelo empresário tem a finalidade precípua de 
potencializar os lucros, de tal modo que esse aviamento objetivo, em grandes 
atividadesempresariais, possui características semelhantes em várias unidades do 
mesmo grupo, posto que a forma de se ordenar o estabelecimento dá resultados 
satisfatórios ao empresário. Com relação ao estabelecimento empresarial, assinale a 
afirmativa INCORRETA. 
A) É o complexo de bens organizado para o exercício da empresa por empresário ou por 
sociedade empresária.
B) Refere-se tão-somente à sede física da sociedade empresária.
C) Desponta a noção de aviamento.
D) Inclui, também, bens incorpóreos, imateriais e intangíveis.
E) É integrado pela propriedade intelectual.
3) Todo o complexo de bens abrangidos pelo estabelecimento possui alto valor agregado, 
pode ele ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos ou 
constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza. Assinale a alternativa 
correta. 
A) O estabelecimento pode ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos 
ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza.
B) O contrato que tenha por objeto a alienação do estabelecimento só produzirá efeitos entre 
as partes depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade 
empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis.
C) O adquirente do estabelecimento responde individualmente pelo pagamento dos débitos 
anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados.
D) O alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente nos três anos 
subsequentes à transferência, mesmo diante de autorização expressa.
E) Nenhuma das hipóteses.
4) O ponto empresarial consiste no local específico em que o empresário se estabelece 
para o exercício da empresa. Em razão de tal atividade, aquele local específico onde o 
empresário se encontra passa a ter um valor agregado, tornando-se referência para 
clientela, fornecedores, dentre outros. Considera-se estabelecimento empresarial: 
A) Todo complexo de bens organizado, usado pelo empresário, ou sociedade empresária, para 
o exercício da sua atividade.
B) Todo complexo de bens organizado, para o exercício da empresa, por empresário, ou por 
sociedade empresária.
C) É o complexo de bens usado pelo empresário necessário à atividade empresarial.
D) Todos os bens empregados pelo empresário, ou sociedade empresária, no exercício da 
empresa.
E) Nenhuma das hipóteses.
5) O ponto empresarial consiste no local específico em que o empresário se estabelece 
para o exercício da empresa. Em sendo assim, qual alternativa NÃO se sustenta? 
A) Aquele local específico onde o empresário se encontra passa a ter um valor agregado, 
tornando-se referência para clientela, fornecedores, dentre outros.
B) Caso o imóvel onde se localiza o ponto seja de titularidade do empresário, sua tutela se faz 
de acordo com as normas de Direito Civil que protegem a propriedade.
C) Contudo, caso o imóvel onde se localiza o ponto não seja do empresário, sua proteção é 
feita mediante o preenchimento de alguns requisitos previstos na lei de locação.
D) O ponto empresarial é o local onde o empresário se estabelece, criando uma identidade 
com a localidade e um vínculo com a clientela, não sendo, necessariamente, o prédio no 
qual o empresário instala o estabelecimento.
E) O ponto não pode ser alienado, exatamente em razão de sua proteção.
NA PRÁTICA
Por vezes, o empresário que adquire um estabelecimento empresarial pode ser surpreendido ao 
ter que arcar com o pagamento de dívidas do empresário que lhe vendeu o estabelecimento.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Ação Renovatória & Locação Comercial (Ponto Empresarial)
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Ponto Comercial
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