Buscar

Anisaquíase: Infecção por Parasita em Peixes e Frutos do Mar

Prévia do material em texto

Anisaquíase
Anisaquíase
A popularização do sushi está aumentando os casos de infecção por esse parasita.
É uma parasitose típica de mamíferos aquáticos como baleias, focas, golfinhos e leões marinhos. A anisaquíase é similar à ascaridíase nos humanos. 
O homem acaba sendo um hospedeiro acidental.
Anisaquíase
É um verme nematoide, ou seja, capaz de se alojar nas paredes do intestino, esôfago e estômago.
Verme grande que lembra a lombriga podendo ter de 0,5 a 2 centímetros de comprimento.
Anisakis
São vermes nemátodos pertencentes à família Anisakinae.
Anisakis simplex
Anisakis physeteris
Pseudoterranova decipiens
São as espécies mais frequentes envolvidas em casos de infecção em humanos por nemátodos. 
Transmissão
Ingestão de peixes e frutos do mar crus, malcozidos ou insuficientemente congelados que contenham a larva infectante L3.
A maioria dos alimentos relatados são:
Sushi
Sashimi
Ceviche
Salmão defumado
Carpaccios de salmão
Não é passada de pessoa para pessoa.
Ciclo Biológico
O ciclo é composto por 6 fases.
Os mamíferos marinhos infectados liberam através das fezes ovos desse verme. Na água do mar, os ovos chocam e em seguida liberam as larvas que nadam livremente. Elas são alimentos para crustáceos e quando ingeridas por um deles começam o seu desenvolvimento. Os peixes e as lulas comem os crustáceos e a larva desloca-se do trato gastrointestinal para os músculos desses animais. Os mamíferos marinhos se alimentam de lulas e peixes, agora a larva está no hospedeiro definitivo (mamífero marinho), lá ela irá se desenvolver e virar um verme adulto e com isso passando a liberar ovos no intestino do mamífero, iniciando um novo ciclo.
A contaminação dos humanos acontece na 5ª fase do ciclo (peixes e lulas infectados, antes dos mamíferos) por acidente.
A larva do Anisakis não consegue evoluir para verme adulto no organismo humano. O ciclo de reprodução do verme é interrompido pois não consegue sobreviver fora de seu hospedeiro habitual.
Os indivíduos infectados não eliminam ovos e nem parasitas em suas fezes. 
Como o parasita se aloja nos músculos é possível sua identificação no momento da fatiação.
Sintomas
Pode ser considerada uma intoxicação alimentar.
A maioria dos sintomas estão relacionados aos danos nos tecidos do trato gastrointestinal e a reação alérgica pelo parasita.
Se for por intoxicação alimentar, o indivíduo poderá apresentar:
Vômito
Diarreia
Dor abdominal
Coceira
Naúseas
Sangue nas fezes ou muco 
Febre baixa
Erupção cutânea
Formigamento na garganta
Inchaço ou distensão abdominal
Os sintomas gastrointestinais costumam surgir devido a uma reação inflamatória. A larva tenta penetrar na mucosa do sistema digestivo, porém acaba morrendo no meio do caminho. O verme morto estimula uma reação inflamatória, podendo causar uma massa ou abscesso no intestino, estômago ou esôfago.
Por meio do vômito a larva pode ser eliminada, podendo o indivíduo ficar curado.
Entre 1 a 8 horas após ingestão, aparecerão: dor estomacal aguda, vômitos, náuseas e febre baixa. 
Pelo intestino os sintomas podem aparecer entre 5 a 7 dias após o consumo, podendo o indivíduo apresentar:
Dor abdominal intensa
Febre
Obstrução intestinal
Distensão abdominal
Diarreia com sangue e muco
A larva costuma ficar no intestino delgado, porém raramente chega ao intestino grosso. Perfura o intestino e cai na cavidade peritoneal causando peritonite. 
No estômago a larva se movimentando provoca ulcerações com náuseas, vômito, dor epigástrica algumas vezes com hematêmese. 
Se atacarem a orofaringe causarão sensação de formigamento ou prurido e tosse que pode eliminar o verme.
No intestino delgado causarão granulocitose eosinófila com sintomas semelhantes aos da apendicite.
No caso das reações alérgicas, os parasitas produzem compostos que alguns indivíduos são alérgicos. O indivíduo pode apresentar reação anafilática severa. Essas reações são de difícil diagnóstico sendo confundidas com alergia ao peixe ou marisco.
Diagnóstico
Através de endoscopia digestiva alta (EDA) que visualiza a primeira porção do intestino delgado (duodeno, estômago e esôfago). Parte alta do tubo digestivo.
Diagnóstico
Radiografia
Tratamento
Em casos raros o tratamento deve ser realizado através de cirurgia, pois o parasita causa obstrução intestinal ou outras complicações.
Medicamento albendazol 400 mg duas vezes ao dia. Variando entre 6 a 21 dias. 
Na maioria dos casos, o Anisakis morre e deixa o organismo naturalmente. Como em horas após sua ingestão, através do vômito, ou em até 3 semanas depois da infecção, através das fezes.
Prevenção
Evitar o consumo de peixes e frutos do mar crus ou mal cozidos.
Observar a higienização do restaurante.
Procurar saber se o estabelecimento toma todos os cuidados relacionados à seleção, armazenamento e preparo do sushi.
Manter o peixe congelado a temperaturas abaixo de -20°C por pelo menos 1 dia.
Aquecer o peixe por pelo menos 1 minuto em temperaturas superiores a 60 graus. 
Peixes crus ou levemente cozidos devem ser congelados por quatro dias a uma temperatura de, pelo menos, - 15° C. 
Criado por Alana Canha (Autista)

Continue navegando