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Humanização da Saúde no SUS

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74
Unidade III
Unidade III
7 HUMANIZAÇÃO DA SAÚDE NO ÂMBITO DO SUS
A Carta dos direitos dos usuários da saúde é um documento elaborado pelo Ministério da Saúde 
que traz informações para que o usuário conheça seus direitos na hora de procurar atendimento de 
saúde. Ela reúne os seis princípios básicos de cidadania que asseguram ao brasileiro o ingresso digno nos 
sistemas de saúde, seja ele público ou privado. São princípios da Carta de direitos dos usuários da saúde:
1. Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e organizado aos 
sistemas de saúde.
2. Todo cidadão tem direito a tratamento adequado e efetivo 
para seu problema.
3. Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre 
de qualquer discriminação.
4. Todo cidadão tem direito a atendimento que respeite a sua pessoa, seus 
valores e seus direitos.
5. Todo cidadão também tem responsabilidades para que seu tratamento 
aconteça da forma adequada.
6. Todo cidadão tem direito ao comprometimento dos gestores da saúde 
para que os princípios anteriores sejam cumpridos (BRASIL, 2011a, p. 1).
Sem acesso à saúde não há condições de vida digna. O Estado tem o papel de criar condições de 
atendimento universalizado, integralizado e humanizado.
A humanização da saúde pode ser entendida como a melhoria da qualidade do atendimento aos 
usuários dos serviços de saúde. Para o Ministério da Saúde, pode ser considerada como uma intervenção 
no atendimento hospitalar, a fim de torná-lo consoante e integrado aos valores da vida e das relações 
humanas. Sua necessidade advém da precariedade das condições de atendimento e suporte técnico 
especializado e competente que são fornecidos ao usuário.
Para Carvalho (2002, p. 15), “a desumanização das relações entre profissionais de saúde e paciente tem 
sido uma das principais causas do aumento das denúncias e processos de promoção de responsabilidade 
jurídica e penal contra profissionais de saúde”.
75
POLÍTICA SETORIAL - SAÚDE
Diante do agravamento dessa problemática, surge a necessidade de se reelaborar o atendimento 
dado aos usuários da saúde – não somente a ele, mas a todas as áreas de assistência –, no intuito de 
promover uma amenização ou erradicação das mal exercidas formas de atendimento ao indivíduo.
Nota-se que, nos últimos anos, há vários esforços no sentido de se estabelecer um atendimento 
humanizado. No entanto, o que se nota é que ainda existe uma grande defasagem e desorganização na 
efetivação dos direitos sociais referentes à saúde. Não basta ampliar a estrutura de rede de atendimento 
do SUS, mas qualificar os profissionais que a compõem.
A precarização dos serviços prestados pelo SUS penaliza o usuário e os profissionais que executam 
esses serviços, pois são estes que lidam, todos os dias, com as necessidades dos indivíduos e sofrem, 
inclusive, com represálias. Soma-se a isso a desvalorização salarial, que, muitas vezes, faz com que o 
trabalhador não consiga suprir suas necessidades de subsistência e seja forçado a desenvolver outras 
atividades, muitas vezes em dois ou três hospitais. Essa dinâmica empobrece a estratégia do SUS de 
promover o contato com a família do usuário, além de contribuir para a piora na qualidade de vida 
do profissional.
A humanização se inicia no primeiro tratamento que o usuário do sistema de saúde recebe. A forma 
com a qual ele é recebido no local da consulta, as características do ambiente, suas cores e odores, 
a verbalização e a apresentação pessoal do profissional que o recebe contribuem para o sucesso da 
acolhida e, como consequência, do tratamento e da evolução da doença.
Nesse sentido, a humanização da saúde pressupõe considerar a essência do ser, o respeito à 
individualidade e a necessidade de contribuição de um espaço concreto nas instituições de saúde 
que legitime o ser humano. O cuidar humanizado implica a compreensão do significado da vida e a 
capacidade de perceber e compreender a si e ao outro.
7.1 Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH)
A humanização é uma temática que aparece com destaque no final de 1990 e início dos anos 
2000, e consegue legitimidade a partir da 11ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em Brasília, nos 
anos 2000. A partir dessas discussões, foi criado, em 2001, o Programa Nacional de Humanização da 
Assistência Hospitalar (PNHAH).
O PNHAH nasceu de uma iniciativa estratégica do Ministério da Saúde, e tem a finalidade de buscar 
iniciativas capazes de melhorar o contato entre profissionais de saúde e usuários, de modo que possa 
ser garantido o bom funcionamento do SUS. Ele surgiu da percepção acerca da insatisfação do usuário 
sobre a qualidade do atendimento recebido nas instituições públicas, municipais, regionais e estaduais, e 
objetiva deflagrar mudanças de cultura de atendimento e saúde em benefício dos usuários e profissionais, 
com a participação efetiva e permanente de todos que estão presentes nas redes hospitalares, sejam 
dirigentes, gestores ou o restante do quadro funcional das instituições envolvidas no programa.
A concepção que orienta as ações do PNHAH pressupõe que uma melhoria efetiva e permanente 
da qualidade dos serviços de saúde requer uma abordagem que seja capaz de integrar o avanço 
76
Unidade III
técnico-cientifico da medicina, os avanços derivados das novas técnicas de administração hospitalar 
e os avanços que podem advir da adoção de uma ética universalista de atendimento humanizado, 
fundada no respeito à singularidade das necessidades dos usuários e dos profissionais.
O PNHAH oferece uma orientação global para os projetos de caráter humanizador, desenvolvida nas 
diversas áreas de atendimento hospitalar. Sua principal função é estimular a criação e a sustentação 
permanente de espaços de comunicação entre os vários setores de atendimento da instituição de saúde, 
a fim de se promover a livre expressão, a educação continuada, o diálogo, o respeito, a diversidade de 
opiniões e a solidariedade.
Entre as prioridades do programa podemos destacar a redução de filas; a ampliação do acesso; o 
atendimento integral, acolhedor e resolutivo, com base em critérios de risco; a educação permanente 
para os trabalhadores; e a participação dos usuários e trabalhadores na gestão.
Sua implementação é resultado da articulação entre o Ministério da Saúde e as secretarias estaduais 
e municipais de saúde, por meio de um Comitê de Humanização, que determina os critérios para a 
escolha das instituições participantes.
A constituição de grupos de trabalho humanizado nas instituições hospitalares e a formação de 
uma rede nacional de humanização entre as instituições públicas de saúde são exemplos importantes 
de espaços de comunicação estimulados pelo PNHAH. Ambos representam instrumentos fundamentais 
para a consolidação do processo de humanização nos hospitais.
A humanização da saúde pública é preconizada no plano de ações coordenado e descentralizado 
pelo SUS. Para que sua efetiva viabilização aconteça na prática, a principal estratégia é a participação 
social. As conferências de saúde e os conselhos de saúde medeiam essa participação.
O público-alvo do PNHAH são os hospitais e unidades médicas da rede pública de saúde no Brasil. 
A partir da definição dos hospitais participantes do programa, pelo Ministério da Saúde e pelas secretarias 
estaduais, é cumprida uma etapa burocrática de exigências dos órgãos competentes. São criados grupos 
capacitados que atuam na divulgação do programa em nível nacional, e desenvolvem tarefas de apoio 
ao grupo de trabalho humanizado na sua formação local.
O grupo de trabalho humanizado participa de encontros, conferências e outros acontecimentos 
referentes ao programa, no âmbito estadual e interestadual, por meio dos quais são discutidas ações em 
outros estados e instituições. São ministrados cursos teóricos e práticos que possibilitam o estudo e a 
reflexão de práticas de humanização, a fim de fomentar, na equipe, a noção da importância das ações 
relativas ao processo de humanizaçãoao atendimento do indivíduo.
Após ter cumprido a primeira fase com êxito e com a efetivação das iniciativas de humanização 
nas instituições, os hospitais passam por uma pesquisa de cunho avaliativo frente aos usuários e 
profissionais quanto à satisfação dos serviços oferecidos, na busca do reconhecimento público da 
proposta fomentada. O grupo de trabalho humanizado deve, então, desenvolver e dar continuidade 
77
POLÍTICA SETORIAL - SAÚDE
ao programa em outras instituições, como multiplicadores junto ao futuro grupo de trabalho naquelas 
instituições que foram escolhidas.
Mediante a apresentação de resultados satisfatórios, a instituição recebe como forma de incentivo 
o título de Hospital Humanizado, com validade de um ano. Esse título pode ser renovado, caso haja o 
cumprimento das regras intituladas pelo PNHAH.
As atividades do PNHAH já alcançaram mais de 500 hospitais da rede SUS. Entre as principais ações 
promovidas pelo programa, estão a formação de grupos para a elaboração de políticas de atendimento 
humanizado nos estados, municípios e hospitais; a capacitação de profissionais para a elaboração 
de projetos locais de humanização; e a catalogação de experiências de humanização que vêm sendo 
implementadas em diferentes regiões do país.
7.2 Humanização da saúde na perspectiva do serviço social
Segundo Casati e Correia (2005), os assistentes sociais têm sido convocados para viabilizar, 
juntamente com outros profissionais, as políticas de humanização da saúde. Nesse contexto, esse 
profissional necessita saber debater o significado da humanização com a equipe com o propósito de 
evitar visões distorcidas que levem a uma percepção romântica ou residual da atuação, focada somente 
na escuta e na redução de tensões (SIKORSKI, 2009).
Cabe também a esses profissionais estimularem um método de discussão com a participação dos 
usuários, que permita a revisão do projeto da unidade de saúde, das rotinas dos serviços e da ruptura com 
o modelo centrado na doença. Além disso, os assistentes sociais participam da elaboração dos protocolos 
assistenciais e rotinas de trabalho, da reflexão sobre o modelo de atenção à saúde e da interlocução com 
os usuários. É no espaço de diálogo entre o assistente social e os usuários e entre o assistente social e a 
equipe de saúde que se constroem os processos de fortalecimento da política de humanização.
O contato do assistente social com a realidade hospitalar e ambulatorial é realizado pela observação 
do ambiente, pelo acolhimento do usuário, pelo acompanhamento das consultas e das visitas médicas ao 
leito e pelas discussões dos casos com a equipe multidisciplinar. Esse contato possibilita ao profissional e 
à equipe identificar variadas demandas apresentadas pelos usuários (RODRIGUES et al., 2011).
O assistente social é o profissional que identifica e articula as informações acerca da realidade social 
dos indivíduos. Essa realidade é, muitas vezes, marcada pela desigualdade e pela desumanização. Nesse 
contexto, o assistente social assume a linha de frente no diálogo entre os profissionais de saúde e a 
população, no sentido de viabilizar a eficiência da prestação do serviço e promover a saúde social do 
usuário (IAMAMOTO, 1992).
A promoção da saúde social, na sua forma mais ampla, envolve ainda a atuação do assistente social 
como facilitador do acesso do usuário aos recursos e às informações importantes para que ele reconheça 
seus direitos políticos, civis e sociais (RODRIGUES et al., 2011). Uma consequência desse processo é a 
revelação da realidade socioeconômica, política e cultural do usuário, o que possibilita que o assistente 
78
Unidade III
social intervenha também no sentido de conscientizar os trabalhadores da saúde sobre as necessidades 
da comunidade que atende e sobre a importância de se enxergar os usuários na sua totalidade, como 
indivíduos inseridos em um meio social.
7.3 Importância da atuação interdisciplinar do serviço social na prática humanizada
A prática interdisciplinar exige muito mais do que somente a presença de profissionais de diferentes 
formações em uma mesma equipe: demanda o abandono de posturas profissionais rígidas, intolerantes 
e centralizadoras.
Para Mioto (2004), a interdisciplinaridade é compreendida como um processo de desenvolvimento 
de uma postura profissional que viabilize um olhar ampliado das especificidades que se conjugam no 
âmbito das profissões, por meio de uma equipe multidisciplinar, visando integrar saberes e práticas 
voltadas à construção de novas possibilidades de pensar e agir em saúde.
Conforme o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS, 2009, p. 27), para desenvolver uma ação 
interdisciplinar no trabalho em equipe na área da saúde, o assistente social deve:
1. esclarecer as suas atribuições e competências, elaborando junto com 
a equipe propostas de trabalho que delimitem as ações dos diversos 
profissionais através da realização de seminários, debates, grupos de 
estudos e encontros;
2. elaborar junto com a equipe de saúde, a organização e realização de 
treinamentos e capacitação do pessoal técnico-administrativo com vistas 
a qualificar as ações administrativas que têm interface com o atendimento 
ao usuário tais como a marcação de exames e consultas, e a convocação da 
família e/ou responsável nas situações de alta e óbito;
3. incentivar e participar junto com os demais profissionais de saúde da 
discussão do modelo assistencial e da elaboração de normas, rotinas e 
da oferta de atendimento, tendo por base os interesses e demandas da 
população usuária. Isto exige o rompimento com o modelo assistencial 
baseado na procura espontânea e no tratamento isolado das doenças;
4. criar junto com a equipe, uma rotina que assegure a inserção do Serviço 
Social no processo de admissão, internação e alta hospitalar no sentido 
de, desde a entrada do usuário/família na unidade, identificar e trabalhar 
os aspectos sociais da situação apresentada e garantir a participação 
dos mesmos no processo de reabilitação, bem como a plena informação 
de sua situação de saúde e a discussão sobre as suas reais necessidades e 
possibilidades de recuperação, face as suas condições de vida;
79
POLÍTICA SETORIAL - SAÚDE
5. realizar em conjunto com o médico, o atendimento à família e/ou 
responsáveis em caso de óbito, cabendo ao assistente social o apoio 
necessário para o enfrentamento da questão e, principalmente, esclarecer a 
respeito dos benefícios e direitos referentes à situação, previstos no aparato 
normativo e legal vigente tais como os relacionados à previdência social, 
ao mundo do trabalho (licença) e aos seguros sociais (DPVAT) bem como 
informações sobre sepultamento gratuito, traslado (relação a usuários de 
outras localidades), entre outras garantias de direitos; e participação em 
conjunto com a equipe de saúde, de ações socioeducativas nos diversos 
programas e clínicas, como por exemplo: no planejamento familiar, na 
saúde da família, na saúde da mulher, da criança e do idoso, na saúde 
do trabalhador, nas doenças infectocontagiosas (DST/Aids, tuberculose, 
hanseníase, entre outras), e nas situações de violência sexual e doméstica;
6. planejar, executar e avaliar com a equipe de saúde ações que assegurem 
a saúde enquanto direito;
7. sensibilizar o usuário e/ou sua família para participar do tratamento de 
saúde proposto pela equipe;
8. participar do projeto de humanização da unidade na sua concepção 
ampliada, sendo transversal a todo o atendimento da unidade e não restrito 
à porta da entrada, tendo como referência o projeto de Reforma Sanitária;
9. realizar a notificação, frente a uma situação constatada e/ou suspeita de 
violência aos segmentos já explicitados às autoridades competentes bem 
como a verificação das providências cabíveis.
Segundo os Parâmetros para atuação de assistentes sociais na saúde (CFESS, 2019), geralmente é o 
assistente social que medeia a relação com os outros profissionais que compõem a equipe multidisciplinar, 
ao relatar a estruturafamiliar e as necessidades de orientação do usuário, e ao solicitar aos outros 
profissionais de saúde orientações e treinamentos necessários.
Ao trabalhar em equipe, o assistente social passa a dispor de ângulos particulares de observação 
na interpretação das condições de saúde do usuário e de uma competência também distinta para o 
encaminhamento das ações, que o diferencia do médico, do enfermeiro, da nutricionista e dos demais 
trabalhadores que atuam na saúde (CFESS, 2010).
O assistente social, por sua formação, pode ser articulador do debate entre os profissionais de diferentes 
formações, por conseguir indicar reflexões e formas de atendimento numa perspectiva de totalidade e 
pautar as reflexões do grupo de profissionais em direção ao reconhecimento das determinações sociais 
do processo de saúde e doença. Assim, contribui para a superação do modelo biomédico vigente e para 
o processo de humanização.
80
Unidade III
O profissional do serviço social deve estar atento e saber realizar uma leitura crítica da área da saúde 
e das demandas sociais que se consubstanciam na sociedade, ao adotar a saúde como resultado das 
condições sociais, econômicas, políticas e culturais.
8 ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA ELABORAÇÃO E NA EXECUÇÃO DAS 
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE
O Ministério da Saúde aponta oito atribuições do profissional de serviço social na área da saúde, 
que estão contemplados nos Parâmetros de atuação do assistente social na política de saúde. São elas:
• Discutir com os usuários as situações-problema.
• Fazer o acompanhamento social do tratamento de saúde.
• Estimular o usuário a participar ativamente do seu tratamento de saúde.
• Discutir com os demais membros da equipe de saúde a problemática do paciente, de forma a 
interpretar sua situação social.
• Informar e discutir com os usuários acerca dos direitos sociais, mobilizando-os ao 
exercício da cidadania.
• Elaborar relatórios sociais e pareceres sobre matérias específicas do serviço social.
• Participar de reuniões técnicas da equipe multidisciplinar.
• Discutir com os familiares sobre a necessidade de apoio na recuperação e prevenção da 
saúde do paciente.
O profissional do serviço social tem um papel importante e significativo no que se refere ao 
diagnóstico e à discussão das condições sociais dos indivíduos e das comunidades. Na busca da saúde 
social dos cidadãos, deve atuar de forma interdisciplinar, a fim de relacionar a situação socieoeconômica 
do indivíduo com seu estado de saúde e promover o acesso efetivo aos serviços de saúde.
No seu papel de facilitador do diálogo entre cidadão e Estado, é essencial que o assistente social 
conheça as políticas que norteiam a área da saúde e as referências específicas pertinentes à área, 
por exemplo o processo saúde-doença, a etiologia das doenças e como elas se inserem no ambiente 
social do usuário. Dadas as fragilidades expostas no processo de doença, a área da saúde é vista como 
um desafio para muitos profissionais da área.
Além disso, o assistente social precisa ter a consciência de que pratica uma intervenção de natureza 
essencialmente política.
81
POLÍTICA SETORIAL - SAÚDE
[...] por estar situado no processo de trabalho coletivo em saúde, o assistente 
social, pautado na lógica dos direitos e da cidadania, a organização do 
seu trabalho abarca os fatores de ordem política, econômica e social que 
condicionam o direito a ter acesso aos bens e serviços necessários para 
se garantir a saúde, bem como exige uma consciência sanitária que se 
traduz em ações operativas na concretização dos direitos (NOGUEIRA; 
MIOTO, 2006, p. 282).
Nesse contexto, o assistente social tem como objetivo combinar o caráter emergencial e burocrático, 
a fim de direcionar suas ações rumo à mobilização e participação dos cidadãos na garantia de 
direitos à saúde.
8.1 Serviço social e a atuação nas políticas de saúde sob uma perspectiva histórica
Agora vamos compreender como os assistentes sociais se inseriram nas diversas políticas setoriais. 
Para entender esse processo, é importante retomar a história do serviço social no Brasil.
O serviço social surge no país entre 1920 e 1930, nos primórdios das pressões sociais e das relações 
entre empregador e empregado estabelecidas na produção fabril.
Até meados do século XX, atuação do assistente social na promoção da saúde se dava de maneira 
paliativa. A relação com seus clientes se realizava de modo direto, no sentido de amenizar a condição 
da maneira mais imediata possível, sem a preocupação em considerar o indivíduo como resultado das 
relações sociais em que estava inserido.
Mesmo com essas limitações, era clara a necessidade de se inserir o profissional de serviço social na 
assistência à saúde, pois ele, ainda que de forma ínfima, era o responsável por amparar os indivíduos 
mais vulneráveis.
Na década de 1960, a profissão sofreu grandes transformações em seu aspecto teórico. Foi 
incorporada ao serviço social uma nova forma de pensar e de agir, por meio da qual se observa o declínio 
do conservadorismo que dominava a atuação profissional desde seu surgimento.
A partir de então, foram realizadas algumas mudanças que passaram a configurar a prática do 
serviço social de um modo diferenciado, mais consciente e norteado na percepção do indivíduo 
enquanto ser social.
O Movimento de Reconceituação do Serviço Social foi um movimento que aconteceu na América 
Latina no período de 1964 a 1968, como uma tentativa de romper com o conservadorismo que pautava 
a ação do assistente social, a fim de estabelecer um método crítico e investigativo, com propostas de 
intervenção e compreensão da realidade social. Ele tinha como objetivo questionar a ordem dominante 
e autoritária da Ditadura Militar no Brasil, e adotar os preceitos da teoria marxista.
82
Unidade III
 Saiba mais
VIANA, B. B.; CARNEIRO, K. K. C.; GONÇALVES, C. F. O movimento de 
reconceituação do serviço social e seu reflexo no exercício profissional 
na contemporaneidade. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE SERVIÇO SOCIAL, 
TRABALHO E POLÍTICA SOCIAL, 2015, Florianópolis. Anais [...]. Florianópolis: 
UFSC, 2015. Disponível em: https://seminarioservicosocial2017.ufsc.br/
files/2017/05/Eixo_2_139.pdf. Acesso em: 9 jul. 2020.
Logo após o golpe militar de 1964, muitos assistentes sociais foram vítimas de perseguição 
política, tanto no meio acadêmico quanto no ambiente de trabalho. Porém, ainda que muitos tenham 
se engajado de maneira mais contundente na luta contra a Ditadura, a maioria dos profissionais da 
área não atuou nesse combate. De fato, à época, as instâncias e fóruns representativos da categoria 
profissional assumiram uma posição de neutralidade.
O Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviços Sociais (CBCISS), por exemplo, foi um 
dos responsáveis por adequar a profissão à perspectiva modernizadora no âmbito das políticas sociais 
instauradas na Ditadura Militar e sedimentou sua ação na prática curativa, que, na época, era pautada 
na assistência médica previdenciária, consolidada na figura do INPS. Nessa época, os serviços públicos 
de saúde não eram destinados a todos, já que os indivíduos que estavam fora do sistema produtivo 
buscavam atendimento médico nas Santas Casas de Misericórdia.
 Lembrete
Durante a Ditadura Militar os serviços públicos de saúde eram restritos 
aos indivíduos inseridos no mercado de trabalho que participavam do 
sistema de previdência social.
Segundo Bravo e Matos (2006), o serviço social médico, como era denominado, não atuava com 
procedimentos e técnicas de desenvolvimento de comunidade, mas sim, e prioritariamente, com o 
serviço social de casos e orientação da Associação Americana de Hospital e da Associação Americana 
de Assistentes-Médico-Sociais. A participação só era visualizada na dimensão individual, ou seja, pelo 
engajamento do cliente no tratamento.
Entre as décadas de 1970 e 1980, ocorreram profundas modificações no cenário político sanitarista 
brasileiro. Porém, de acordo com Bravo e Matos (2009,p. 22), “Entre os anos de 1974-1979, o serviço 
social na saúde não se alterou, apesar do processo organizativo da categoria, do aparecimento de outras 
direções da profissão, do aprofundamento teórico dos docentes e do movimento geral da sociedade”.
83
POLÍTICA SETORIAL - SAÚDE
A partir de 1980, o serviço social passa a ampliar seus conhecimentos acerca do debate teórico e 
da reflexão de suas práticas já entendidas sob o processo de reconceituação da profissão. No entanto, 
segundo Bravo e Matos:
 
[...] o serviço social na área da saúde chega à década de 1990 ainda com 
uma incipiente alteração da prática institucional; continua como categoria, 
desarticulada do Movimento da Reforma Sanitária, e, com isso, sem 
nenhuma explícita e organizada ocupação na máquina do Estado pelos 
setores progressistas da profissão (BRAVO; MATOS, 2009, p. 35).
A intenção de ruptura marca a década de 1990 e a partir de então o serviço social atinge sua 
maioridade intelectual. No início dos anos 1990, com o estabelecimento do SUS, o exercício profissional 
do assistente social no âmbito da saúde passa a ser pautado pelos preceitos da reforma sanitária e 
pelo projeto ético-político do serviço social, os quais podem ser considerados o referencial teórico do 
trabalho desenvolvido por esse profissional. Na prática, fica claro que o assistente social deve intervir 
junto aos fenômenos socioculturais e facilitar o acesso da população às informações educativas, a fim 
de desenvolver uma ação preventiva e coletiva.
A Lei n. 8.662, de 7 de junho de 1993, regulamenta a profissão de assistente social, visto que é nesse 
documento que consta uma série de colocações sobre as competências dos profissionais, bem como 
suas atribuições privativas. Essa lei estabelece, no seu artigo 4º, como competências do assistente social:
 
I – elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a 
órgãos da administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e 
organizações populares;
II – elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos 
que sejam do âmbito de atuação do serviço social com participação da 
sociedade civil;
III – encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos, 
grupos e à população;
V – orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido 
de identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na 
defesa de seus direitos;
VI – planejar, organizar e administrar benefícios e serviços sociais;
VII – planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a 
análise da realidade social e para subsidiar ações profissionais;
84
Unidade III
VIII – prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública 
direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, com relação às 
matérias relacionadas no inciso II deste artigo;
IX – prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria 
relacionada às políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis, 
políticos e sociais da coletividade;
X – planejamento, organização e administração de serviços sociais e de 
unidade de serviço social;
XI – realizar estudos socioeconômicos com os usuários para fins de benefícios 
e serviços sociais junto a órgãos da administração pública direta e indireta, 
empresas privadas e outras entidades (BRASIL, 1993a).
As competências anteriores também podem ser efetuadas por outras categorias profissionais. As atribuições 
presentes no artigo 5º da lei, por sua vez, só podem ser realizadas pelos profissionais do serviço social:
 
I – coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas, 
planos, programas e projetos na área de serviço social;
II – planejar, organizar e administrar programas e projetos em unidade 
de serviço social;
III – assessoria e consultoria e órgãos da administração pública direta e 
indireta, empresas privadas e outras entidades, em matéria de serviço social;
IV – realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e 
pareceres sobre a matéria de serviço social;
V – assumir, no magistério de serviço social tanto em nível de graduação 
como de pós-graduação, disciplinas e funções que exijam conhecimentos 
próprios e adquiridos em curso de formação regular;
VI – treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários de serviço social;
VII – dirigir e coordenar unidades de ensino e cursos de Serviço Social, de 
graduação e pós-graduação;
VIII – dirigir e coordenar associações, núcleos, centros de estudo e de 
pesquisa em serviço social;
85
POLÍTICA SETORIAL - SAÚDE
IX – elaborar provas, presidir e compor bancas de exames e comissões 
julgadoras de concursos ou outras formas de seleção para assistentes sociais, 
ou onde sejam aferidos conhecimentos inerentes ao serviço social;
X – coordenar seminários, encontros, congressos e eventos assemelhados 
sobre assuntos de serviço social;
XI – fiscalizar o exercício profissional através dos conselhos federal e regionais;
XII – dirigir serviços técnicos de serviço social em entidades públicas 
ou privadas;
XIII – ocupar cargos e funções de direção e fiscalização da gestão 
financeira em órgãos e entidades representativas da categoria profissional 
(BRASIL, 1993a).
O Código de ética profissional dos assistentes sociais também apresenta ferramentas fundamentais 
para a atuação profissional no cotidiano, ao colocar como princípios:
 
— reconhecimento da liberdade como valor ético-central;
— defesa intransigente dos direitos humanos;
— ampliação e consolidação da cidadania com vista à garantia dos 
direitos civis, sociais e políticos das classes trabalhadoras;
— defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização 
política e da riqueza socialmente produzida;
— posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure 
universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas 
e políticas sociais, bem como sua gestão democrática;
— empenho na eliminação de todas as formas de preconceito;
— garantia do pluralismo, através do respeito às correntes profissionais 
democráticas existentes e suas expressões teóricas e compromisso 
com o constante aprimoramento intelectual;
— opção por um projeto vinculado ao processo de construção 
de uma nova ordem societária, sem dominação/exploração de 
classe, etnia e gênero;
86
Unidade III
— articulação com os movimentos de outras categorias profissionais 
que partilhem dos princípios deste Código e com a luta geral 
dos trabalhadores;
— compromisso com a qualidade dos serviços prestados à 
população e com o aprimoramento intelectual, na perspectiva da 
competência profissional;
— exercício do serviço social sem discriminação (CFESS, 1993, p. 23).
É importante destacar que, ainda hoje, os assistentes sociais que atuam na área da saúde são 
considerados por algumas pessoas como profissionais que promovem o diagnóstico social com o 
intuito de viabilizar determinada prestação de serviço de saúde, ou, ainda, como os responsáveis por 
orientar os indivíduos a realizarem práticas de higiene. De fato, a prática do assistente social ainda 
hoje é considerada por parte da população como tendo um viés assistencialista, de benesses, por meio 
da qual uma pessoa generosa fornece ao indivíduo favores para suprir suas principais necessidades, 
e não como um instrumento de mediação de relações e facilitação do acesso aos direitos sociais e à 
qualidade de vida.
A CF/88, o Sistema Único de Assistência Social (Suas), o SUS, o Estatuto da Criança e do Adolescente 
(ECA), além de inúmeras outras diretrizes legais que se diferenciam de acordo com a área de atendimento 
e população atendida, são alguns dispositivos legais que conduzem o trabalho do assistente social. Há 
também o destaque para alguns princípios específicos da profissão, contidos no projeto ético-político e 
no código de ética da profissão.
Para Biasoli e Santos:
[...] o profissional do serviço social tem formação ampla, generalista e 
acadêmica com base teórica,técnica, prática e política que possibilita 
elaborar, planejar e executar ações apoiando diversos seguimentos sociais; 
é profissão da área da assistência social inserida e articulada com outras 
políticas públicas, em especial na dimensão das políticas de saúde, educação, 
trabalho, previdência social e cultura, trabalhando com a população nas suas 
diferentes formas de nucleação e segmentos de forma sistêmica. Em especial 
com famílias, crianças, adolescentes e a terceira idade, contextualizados nas 
diferentes políticas de atendimento (habitação, saúde, educação e cultura), 
visando à assistência social, à promoção humana do cidadão em seu meio 
social (BIASOLI; SANTOS, 2008, p. 41).
8.2 Atuação do assistente social nas políticas públicas de saúde
O assistente social é reconhecidamente um profissional da saúde. As resoluções do Conselho Nacional 
de Saúde n. 218, de 1997, e do Conselho Federal de Serviço Social n. 383, de 1999, são expressões 
concretas dessa afirmativa.
87
POLÍTICA SETORIAL - SAÚDE
A nova configuração da política de saúde impactou o trabalho do assistente social em diversas dimensões: 
nas condições de trabalho, na formação profissional, nas influências teóricas, na ampliação da demanda e na 
relação com os demais profissionais e movimentos sociais. A precarização do trabalho levou à busca desses 
profissionais para amenizar a situação de pobreza a que a classe trabalhadora é submetida (CFESS, 2010).
A inserção do assistente social na área da saúde vem sendo escrita ao longo dos anos, e é caracterizada 
por um profissional que articula o recorte social nas diferentes formas de promoção de saúde e identifica 
causalidades e multiplicidades que afetam a qualidade de vida da população.
Segundo os Parâmetros para a atuação dos assistentes sociais na política de saúde (CFESS, 2010), é 
essencial para uma atuação competente do serviço social na área da saúde:
• Estar articulado e sintonizado ao movimento dos trabalhadores da saúde e de usuários que lutam 
pela real efetivação do SUS.
• Facilitar o acesso de todo e qualquer usuário aos serviços de saúde.
• Tentar construir e efetivar, em conjunto com outros trabalhadores da saúde, espaços nas unidades 
que garantam a participação popular.
• Elaborar e participar de projetos de educação permanente.
• Buscar assessoria técnica e sistematizar o trabalho desenvolvido.
• Potencializar a participação dos sujeitos sociais no processo de democratização das políticas 
sociais, de modo a ampliar os canais de participação da população na formulação, na fiscalização 
e na gestão das políticas de saúde.
No contexto da elaboração e participação em projetos de educação permanente, temos as ações 
socioeducativas, ou educação em saúde. Essas são ações que se baseiam nas orientações reflexivas 
do usuário e na socialização das informações discutidas em abordagens individuais ou coletivas. Sua 
finalidade é proporcionar uma visão reflexiva e participativa das condições de saúde dos usuários dos 
serviços de saúde e de seu núcleo de convivência, bem como trabalhar com possíveis perdas (CFESS, 2010).
As principais ações desenvolvidas nesse âmbito são (CFESS, 2010):
• Debate sobre rotinas e funcionamento das unidades de saúde, com o objetivo de democratizá-las 
e discutir as modificações necessárias.
• Análise dos determinantes sociais da situação apresentada pelos usuários.
• Democratização dos estudos realizados pela equipe.
• Análise da política de saúde e dos mecanismos de participação popular.
88
Unidade III
A educação em saúde não deve se basear apenas no fornecimento de informação ou esclarecimentos 
que levem à simples adesão do usuário, o que fortaleceria a perspectiva de subalternização e controle 
deles. Ela deve atingir a dimensão da libertação no contexto da construção de uma nova cultura, além 
de ressaltar a participação dos usuários no conhecimento crítico da sua realidade, a fim de capacitá-los 
para a construção de estratégias coletivas (CFESS, 2010).
Para realizar ações socioeducativas e assistenciais, faz-se necessário a investigação, que deve ser um 
dos recursos utilizados pelo assistente social para concretizar e fundamentar sua atuação em todas as 
áreas nas quais o serviço social abrange. Ter consciência desse desafio é essencial para que o profissional 
esteja apto a intervir nas questões sociais, bem como nas relações dos usuários com os serviços de saúde.
O profissional de serviço social na saúde deve ter clareza das suas atribuições e competências, 
a fim de caminhar em busca de uma sociedade menos desigual. Deve considerar, ainda, que o projeto 
ético-político do serviço social adota a liberdade como princípio central e propõe a construção de uma 
nova ordem social, sem dominação ou exploração de classe, etnia ou orientação sexual (CFESS, 2010).
8.3 Principais campos de atuação do assistente social no âmbito da saúde pública
8.3.1 Unidades Básicas de Saúde (UBS)
O assistente social não compõe a equipe mínima priorizada pelo Ministério da Saúde para compor 
as UBS, mas tem autonomia e capacidade de integrar a equipe observando sempre as necessidades de 
cada localidade.
 Observação
Devem compor obrigatoriamente a equipe de saúde que atua nas 
UBS: médicos, enfermeiros, agentes comunitários de saúde e técnicos e 
auxiliares de enfermagem.
A intervenção profissional do assistente social acontece no campo do desenvolvimento e execução 
das políticas públicas, que visam possibilitar o acesso dos segmentos das populações excluídas aos 
serviços de saúde. Dessa forma, o serviço social defende sua participação nas UBS, a fim de assegurar o 
atendimento das demandas relacionadas à vida em família, que incluem: violência doméstica; alcoolismo; 
uso de drogas ilícitas; e impossibilidade de promover cuidados aos membros mais fragilizados do núcleo 
familiar, como idosos, crianças e deficientes.
8.3.2 Hospitais
Nos hospitais, o assistente social coloca-se entre a instituição e a população, a fim de viabilizar o 
acesso dos usuários ao serviço e benefícios. Para tanto, utiliza-se das seguintes ações: plantão, triagem ou 
seleção, encaminhamento, concessão de benefícios e orientações previdenciárias (BRAVO; MATOS, 2006).
89
POLÍTICA SETORIAL - SAÚDE
É um desafio para esses profissionais se depararem com uma demanda que envolva a relação próxima 
entre a vida e a morte, afinal, muitas vezes, o atendimento inclui usuários terminais e os familiares que 
acompanham esses usuários, denominados cuidadores.
Existe ainda a possibilidade de trabalho com a doação de órgãos e tecidos. A abordagem para a 
doação de órgãos pode ser feita por qualquer profissional da saúde treinado para tal atribuição, mas 
normalmente essa função é feita por assistentes sociais.
Embora não seja o assistente social o responsável por dar a notícia do óbito, é ele que vai acompanhar 
os familiares e atender às demandas que podem se apresentar durante o processo de luto. Nesse contexto, 
são pertinentes a orientação sobre os direitos a benefícios e o auxílio aos dependentes do ente falecido.
8.3.3 Centro de Atenção Psicossocial (Caps)
O assistente social que atua no campo da saúde mental precisa ter em vista os fatores sociais que 
contribuem para a inserção do indivíduo em sua comunidade como cidadão de direitos, de modo a 
proporcionar seu bem-estar.
No Caps, o assistente social pode esclarecer os direitos dos pacientes com transtorno mental; realizar 
a avaliação socioeconômica; orientar sobre o direito ou não a benefícios junto à assistência social, como 
o benefício de prestação continuada (BPC) e o auxílio-doença; realizar a triagem, a fim de identificar 
se o usuário atende o perfil da demanda da instituição; realizar encaminhamentos internos (psicólogo, 
psiquiatra e outros) e externos (ESF e toda a rede socioassistencial).
Ao dar entrada no Caps, o usuário passa por vários processos. O primeiro deles é o acolhimento, 
realizado por um profissional técnico de nível superior, que pode ser um enfermeiro, um psicólogo,um 
assistente social ou ainda outro profissional da saúde. O profissional que realiza o acolhimento passa a 
ser uma referência para o usuário. Esse acolhimento ocorre em uma sala reservada, para que possa ser 
feito o direcionamento do tratamento.
Quando o usuário não apresenta transtornos que sejam acompanhados pelo Caps, ele é encaminhado 
às unidades de referência que atendam suas necessidades. Apresentando transtornos que sejam 
acompanhados pelo Caps, é feita sua admissão, com a abertura de um prontuário.
São desenvolvidos diariamente serviços no intuito de fazer com que o usuário se exercite, sinta-se 
útil e bem preparado para enfrentar os obstáculos que vierem a surgir na sua vida em sociedade, assim 
como facilitar as técnicas de aprimoramento profissional e pessoal.
8.4 Principais atribuições e competências do assistente social na área da saúde
O assistente social deve sempre se guiar pelo código de ética e pela lei de regulamentação da 
profissão, a fim de respeitar e implementar as atribuições e competências de sua profissão nos ambientes 
de trabalho da saúde.
90
Unidade III
Segundo o código de ética da profissão, em seu artigo 2°, são direitos dos assistentes sociais:
 
a) garantia e defesa de suas atribuições e prerrogativas, estabelecidas na Lei 
de Regulamentação da Profissão e dos princípios formados neste Código;
b) livre exercício das atividades inerentes à profissão;
c) participação na elaboração e gerenciamento das políticas sociais, e na 
formulação e implementação de programas sociais;
d) inviolabilidade do local de trabalho e respectivos arquivos e documentação, 
garantindo o sigilo profissional;
e) desagravo público por ofensa que atinja a sua honra profissional;
f) aprimoramento profissional de forma contínua, colocando-o a serviço dos 
princípios deste Código;
g) pronunciamento em matéria de sua especialidade, sobretudo quando se 
tratar de assuntos de interesse da população;
h) ampla autonomia no exercício da profissão, não sendo obrigado a prestar 
serviços profissionais incompatíveis com as suas atribuições, cargos e funções;
i) liberdade na realização de seus estudos e pesquisas, resguardados os 
direitos de participação de indivíduos ou grupos envolvidos em seus 
trabalhos (CFESS, 1993, p. 26).
No que se refere aos deveres desses profissionais, o artigo 3º estabelece:
 
a) desempenhar suas atividades profissionais, com eficiência e 
responsabilidade, observando a legislação em vigor;
b) utilizar seu número de registro no Conselho Regional no exercício 
da profissão;
c) abster-se, no exercício da profissão, de práticas que caracterizem a 
censura, o cerceamento da liberdade, o policiamento dos comportamentos, 
denunciando sua ocorrência aos órgãos competentes (CFESS, 1993, p. 27).
Segundo os Parâmetros para atuação de assistentes sociais na política de saúde (CFESS, 2010), 
a equipe de saúde e/ou empregadores, frente às condições de trabalho e/ou falta de conhecimento 
das competências do assistente social, tem requisitado diversas ações aos profissionais que não são 
atribuições deles, a saber:
91
POLÍTICA SETORIAL - SAÚDE
• Marcação de consultas e exames.
• Solicitação e regulação de ambulância para a remoção e alta.
• Identificação de vagas em outras unidades nas situações de necessidade de transferência hospitalar.
• Pesagem e medição de crianças e gestantes.
• Convocação do responsável para informar sobre alta e óbito.
• Comunicação de óbitos.
• Emissão de processo e preenchimento de formulários para viabilização de tratamento fora de 
domicílio (TFD), medicação de alto custo e fornecimento de equipamentos (órtese, prótese e 
meios auxiliares de locomoção), bem como a dispensação destes.
Muitas vezes é difícil dialogar com a equipe de saúde para esclarecer suas atribuições e 
competências, frente às demandas impostas e à fragmentação do trabalho existente. Essas dificuldades, 
no entanto, devem impulsionar a realização de reuniões e debates entre os diversos profissionais para o 
estabelecimento de rotinas e planos de trabalho (CFESS, 2010).
Para o CFESS, as altas hospitalar, médica, a pedido e social são situações que devem ser observadas 
com cuidado por parte da equipe multiprofissional:
• Alta hospitalar: parte-se do pressuposto de que a participação do assistente social no 
acompanhamento dos usuários e/ou família é que vai indicar se há demanda para a intervenção 
direta do profissional no processo de alta.
• Alta médica e alta social: devem acontecer ao mesmo tempo. Em situações em que o usuário 
já estiver recebido alta médica sem condições de alta social, cabe ao profissional de serviço 
social notificar a equipe, registrando no prontuário sua intervenção de forma a ratificar o 
caráter do atendimento em equipe, com o objetivo de estabelecer uma interface do usuário/
familiar com a equipe.
• Alta a pedido: também é uma situação que recai sobre a equipe e, muitas vezes, sobre o 
profissional de serviço social. O usuário, na condição de sujeito protagonista da sua história, 
deve ser autônomo para decidir sobre os rumos do tratamento de saúde a ser adotado e a que 
procedimento deve ser submetido.
Frente à alta social, a atuação do assistente social é a de orientação, esclarecimento e reflexão junto 
ao usuário e à equipe de saúde em relação às condições objetivas que estão impulsionando o usuário 
a tomar tal decisão. O profissional responsável pela alta deve ser o médico, e não o assistente social, 
que pode ser um interlocutor entre os usuários e a equipe de saúde com relação às questões sociais e 
92
Unidade III
culturais, visto que a sua formação contempla o respeito pela diversidade, o que, em geral, é mais difícil 
de se observar em outros profissionais de saúde.
Os assistentes sociais têm sido convocados a implantar os serviços de ouvidoria nas unidades de 
saúde, devido à escuta qualificada e diferenciada que esse executa. Ao assumir a ouvidoria, deve dispor 
dos dados obtidos nos atendimentos no conselho diretor da unidade ou direção da unidade, bem como 
estabelecer a articulação com os Conselhos de Saúde.
Outro desafio também proposto ao profissional é o de responder as demandas e buscar a articulação aos 
demais profissionais da saúde, aos movimentos sociais e a outras políticas sociais. Na articulação com 
os movimentos sociais, o assistente social atua na socialização das informações e na mobilização 
dos usuários e familiares para a luta por melhores condições de vida, de trabalho e de acesso aos 
serviços de saúde. No estímulo aos usuários, familiares, trabalhadores de saúde e movimentos sociais, 
atua na participação em fóruns, conselhos e conferências de saúde e de outras políticas públicas. 
No apoio à participação dos usuários, atua no processo de elaboração, planejamento e avaliação nas 
unidades de saúde (CFESS, 2010).
Participar da organização, coordenação e realização de pré-conferências e de conferências de saúde 
(local, distrital, municipal, estadual e nacional) também é uma ação que deve ser desenvolvida pelos 
assistentes sociais nesse contexto (CFESS, 2010).
É indicado ao profissional a criação de um protocolo de atendimento para que a equipe conheça 
suas reais funções e não o confunda com o profissional do tipo faz-tudo da equipe, ou seja, aquilo que 
outro não responde ou não assume, o assistente social assume.
De acordo com Matos (2003), a atuação profissional do serviço social na área da saúde envolve:
• Estar articulado e sintonizado ao movimento dos trabalhadores e de usuários que lutam pela real 
efetivação do SUS.
• Facilitar o acesso de todos e qualquer usuário aos serviços de saúde da instituição, bem como de 
forma criativa não submeter a operacionalização de seu trabalho aos rearranjos propostos pelos 
governos que descaracterizam a proposta original do SUS.
• Tentar construir ou efetivar, conjuntamente com outros profissionais, espaços nas unidades de 
saúde que garantam a participação popular nas decisões a serem tomadas. Deve também levantar 
discussõese defender a participação crítica dos funcionários nesses espaços.
• Estar sempre disposto a procurar reciclagem, buscar assessoria técnica e sistematizar o trabalho 
desenvolvido, bem como estar atento sobre a possibilidade de investigações sobre temáticas 
relacionadas à saúde.
93
POLÍTICA SETORIAL - SAÚDE
 Saiba mais
Para ampliar seu conhecimento nesse assunto, leia o texto a seguir:
NOGUEIRA, D.; SARRETA, F. O. A inserção do assistente social na saúde: 
desafios atuais. In: 4º SIMPÓSIO MINEIRO DE ASSISTENTES SOCIAIS, 4., 
2016, Belo Horizonte. Anais [...]. Belo Horizonte: CRSS, 2016.
8.5 Atuação do assistente social em tempos de pandemia
Muitas são as situações de emergência e de calamidade pública. Uma das situações emergenciais 
que causaram vulnerabilidade foi a pandemia do Sars-Cov-2 (covid-19). Outras situações incluem: 
estiagens severas, ventos fortes, chuvas de granizo, enchentes, escorregamentos de encostas, incêndios 
e desmoronamentos de habitações. Desastres como esses atingem milhares de famílias e indivíduos no 
Brasil, provocam rupturas momentâneas ou definitivas em relação ao acesso à água potável, alimentação, 
moradia, perda de documentos e pertences pessoais, e agravam situações de vulnerabilidade social.
Sabemos que desastres são acontecimentos adversos que provocam danos humanos, materiais ou 
ambientais, com prejuízos sociais e econômicos. Sua intensidade é avaliada a partir de uma relação 
entre a magnitude do evento e o grau de vulnerabilidade do local, da estrutura e das pessoas afetadas.
De acordo com a CF/88, compete à Defesa Civil assegurar a garantia do direito à vida e incolumidade 
(estar livre do perigo, são e salvo), por meio de um conjunto de ações preventivas, de socorro, assistenciais 
e reconstrutivas para evitar ou minimizar os desastres e restabelecer a normalidade social.
A sinalização de maior presença institucional da assistência social do que da Defesa Civil nos 
municípios evidencia a necessidade de um debate maior sobre a qualidade e efetividade do atendimento 
que essa política pública pode ofertar nos cenários de desastre. Afinal, famílias e indivíduos em situação 
de vulnerabilidade social têm sua condição repentinamente intensificada diante de eventos ameaçadores.
Os procedimentos e critérios para a decretação de situação de emergência ou estado de calamidade 
pública pelos entes federativos (municípios, estados e Distrito Federal) são definidos pela Instrução 
Normativa n. 2, de 20 de dezembro de 2016, do Ministério da Integração Nacional:
• Situação de emergência: ocorrência caracterizada como desastre de pequena e média 
intensidade, com danos humanos e/ou prejuízos econômicos que não afetam a capacidade de 
resposta, superável pelos próprios entes.
• Situação de calamidade pública: desastre de grande intensidade que compromete a capacidade 
de resposta e depende da mobilização das três esferas de atuação do Sistema Nacional de Proteção 
e Defesa Civil para o restabelecimento da normalidade.
94
Unidade III
Em casos de emergências e calamidades, o número de pessoas atingidas e a capacidade de resposta 
dos municípios e/ou dos estados são fatores determinantes para a classificação dos desastres e para o 
reconhecimento federal das situações de anormalidade decretadas.
Cabe ao município ou Distrito Federal avaliar a situação para:
• O prefeito municipal ou governador do Distrito Federal reconhecer a situação de anormalidade 
por meio da publicação de um decreto de emergência ou calamidade pública.
• Providenciar ações de resposta para socorro e assistência às vítimas, bem como o restabelecimento 
dos serviços essenciais.
• Avaliar a necessidade de solicitar recursos para ações de reconstrução das áreas atingidas.
Esses eventos mobilizam vários setores do município, outros entes e concessionárias de serviços 
públicos para atuar na normalização do sistema viário, avaliar infraestruturas parcial ou totalmente 
comprometidas, redes de abastecimento de água, energia e telefonia, limpeza urbana, poda de 
árvores, coleta de materiais inservíveis, resgate de pessoas, busca de mortos, feridos e desaparecidos, 
entre outras ações.
Caso seja necessário contar com recursos do Governo do Estado ou da União, a prefeitura precisará 
encaminhar um relatório de avaliação dos danos e um plano detalhado das ações de resposta.
O Estado precisará homologar a situação e, por fim, o Governo Federal reconhecer a situação. Para 
tanto, o município precisa contar com estrutura de defesa civil organizada e ter aderido ao Cartão de 
Pagamento de Defesa Civil, forma exclusiva de repasse de verbas com trâmites menos burocráticos, que 
pode ser acompanhado pelo Portal de Transparência.
Em casos de desastres súbitos, os pedidos devem ser encaminhados em até 15 dias após o registro 
das ocorrências. Para desastres graduais ou de evolução crônica, o período é de até 20 dias a partir 
da publicação do decreto do ente federado que declara situação de anormalidade. A vigência do 
reconhecimento é de 180 dias após publicação no Diário Oficial.
Desde o início da pandemia do covid-19, a população brasileira e mundial vem enfrentando, a 
partir da orientação dos órgãos de saúde pública, isolamento social e quarentena. Governos mundiais 
— acertando ou errando — observando a gravidade da situação da doença, passaram a solicitar o 
isolamento e o distanciamento social.
Mesmo de posse de instrumentais importantes como as NOB, aqui no Brasil temos enfrentado 
divergências entre o Governo Federal e governos estaduais. Os governos dos Estados, em sua 
maioria, propuseram decretos com o objetivo de reduzir a velocidade de transmissão da doença e, 
consequentemente, reduzir a sobrecarga nos sistemas de saúde.
95
POLÍTICA SETORIAL - SAÚDE
 Observação
As NOB são as normas operacionais básicas do SUS e foram editadas 
entre 1991 e 1993 com o objetivo de colaborar com a implantação do SUS.
Apesar de já estar presente na tipificação nacional dos serviços socioassistenciais, que prevê, no 
contexto da alta complexidade, o serviço de proteção em situações de calamidades públicas e de 
emergência, a presente pandemia tem exigido dos gestores e dos profissionais do Suas uma completa 
readequação de suas atividades. Isso ocorre a fim de conciliar o exercício inerente à política que prevê o 
trabalho social junto a indivíduos e famílias e as recomendações postas pela OMS sobre a necessidade de 
isolamento social para conter o avanço e reduzir a possibilidade de contágio e disseminação do covid-19.
Algumas questões tem sido presentes em diversos grupos de discussão, especialmente, em grupos 
compostos por profissionais do Suas:
• Os serviços da assistência social devem ser suspensos em situações como esta?
• Como ficam os profissionais do Suas?
• Como dar atenção aos usuários e ao mesmo tempo atender as recomendações de saúde, 
principalmente no que tange ao isolamento social?
 Lembrete
O Suas é um sistema público que organiza os serviços de assistência 
social no Brasil.
Tais discussões são relevantes para questionar a importância que a política de assistência social tem e 
qual é seu compromisso com a população mais vulnerável no Brasil. Muitas das medidas recomendadas 
não poderão ser acessadas pela população mais carente. Portanto, precisamos pensar em adequações 
na perspectiva de atendimento para não incorrermos em situações de vulnerabilidade e de violações de 
direito decorrentes das próprias medidas que estão sendo recomendadas.
É evidente que as desigualdades brasileiras já existiam antes da pandemia e, desde 1988, com a 
Constituição Cidadã, a política de assistência social pontua o olhar que precisaremos ter com os mais 
vulneráveis no momento de crise.
Destacamos a seguir algumas estratégias que estão sendo utilizadas para garantir a segurança dos 
profissionais do serviço social e da sociedade, sem deixar de oferecer os serviços e benefícios da 
assistência social.
96
Unidade III
Uma das questões que perpassa o serviço social é a reduçãode carga horária e o revezamento das 
equipes técnicas, pois muitos municípios estão adotando escalas de trabalho para manter os serviços 
abertos e disponíveis para a população. Com equipes reduzidas, é importante focar na organização e 
na estruturação de informações para os usuários de forma a atendê-los da melhor maneira possível. 
Assim, estabelecer fluxos de atendimento entre as equipes de recepção e os técnicos de nível superior é 
fundamental para otimizar o tempo de ambos e permitir atender mais pessoas.
Os serviços de saúde estão com suas rotinas totalmente transformadas, e a pandemia impôs 
aos serviços de saúde reestruturações, tais como a suspensão de cirurgias eletivas nos ambulatórios 
especializados e hospitais; direcionamento de leitos para o tratamento dos agravos decorrentes do 
covid-19; e suspensão de consultas ambulatoriais de rotina para evitar aglomerações.
Nesse contexto surgiram diferentes iniciativas que, até então, não estavam previstas na atuação 
profissional dos profissionais da saúde, ações diferentes das seguidas até o momento, mas que são 
essenciais para a força-tarefa dos profissionais no combate ao covid-19.
Os documentos que norteiam a atuação profissional de saúde frente à pandemia são:
• Protocolo de tratamento do novo coronavírus (2019-nCoV).
• Plano de contingência nacional para infecção humana pelo novo coronavírus covid-19.
• As portarias do Ministério da Saúde que mencionam as ações dos profissionais que atuam na linha 
de frente, tais como a Portaria n. 639/2020, que dispõe sobre a ação estratégica O Brasil Conta 
Comigo – Profissionais da Saúde, voltada à capacitação e ao cadastramento de profissionais da 
área da saúde, para o enfrentamento da pandemia do coronavírus (covid-19).
• Notas técnicas da Anvisa:
— Nota Técnica n. 1/2020 – orientações para a prevenção e controle do covid-19 em 
instituições de acolhimento (tais como abrigos coletivos, casas lares, casas de passagem, 
albergues, comunidades terapêuticas, e estabelecimentos análogos).
— Nota Técnica n. 4/2020 – orientações para os serviços de saúde quanto às medidas de 
prevenção e controle que devem ser adotadas durante a assistência aos casos suspeitos ou 
confirmados de infecção pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2).
— Nota Técnica n. 5/2020 – orientações mínimas para as instituições de longa permanência 
de idosos (Ilpi), quanto às medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas 
durante a assistência aos residentes, principalmente com relação aos casos suspeitos ou 
com diagnóstico confirmado de covid-19, segundo as orientações divulgadas pela OMS 
e outros órgãos.
• Portaria n. 9.381/2020, do Ministério da Economia – disciplina a antecipação de um salário mínimo 
mensal ao requerente de auxílio-doença ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
97
POLÍTICA SETORIAL - SAÚDE
• Portarias do Ministério da Justiça e Segurança Pública:
— Portaria n. 9.381/2020 – disciplina a antecipação de um salário mínimo mensal ao requerente 
de auxílio-doença ao INSS, de que trata o art. 4º da Lei n. 13.982, de 2 de abril de 2020, e os 
requisitos e forma de análise do atestado médico apresentado para instruir o requerimento.
— Portaria Interministerial n. 7/2020 — dispõe sobre as medidas de enfrentamento da 
emergência de saúde pública previstas na Lei n. 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, no âmbito 
do Sistema Prisional.
• Portarias do Ministério da Cidadania:
— Portaria n. 54/2020 – recomendações gerais aos gestores e trabalhadores do Suas dos estados, 
municípios e do Distrito Federal com o objetivo de garantir a continuidade da oferta de 
serviços e atividades essenciais da assistência social, com medidas e condições que garantam a 
segurança e a saúde dos usuários e profissionais do Suas.
— Portaria n. 330/2020 – estabelece o adiamento dos procedimentos em razão do não 
cumprimento do cronograma de inscrição no cadastro único para programas sociais do Governo 
Federal para fortalecer o enfrentamento da emergência de saúde pública de importância 
internacional decorrente do coronavírus (covid-19).
— Portaria n. 340/2020 – estabelece medidas para o enfrentamento da emergência em saúde 
pública de importância nacional decorrente de infecção humana pelo novo coronavírus 
(covid-19), no âmbito das comunidades terapêuticas.
• Portaria n. 412/2020, do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) – dispõe sobre a manutenção 
de direitos dos segurados e beneficiários do INSS, em razão das medidas restritas no atendimento 
ao público para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional 
decorrente da pandemia do coronavírus (covid-19).
• Nota Técnica n. 5/2020, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos – dispõe 
sobre as orientações gerais para atendimento e acolhimento emergencial à população em situação 
de rua no contexto da pandemia do covid-19).
• Recomendação n. 3/2020, do Ministério Público Federal (MPF) – recomendações ao 
presidente do INSS.
• Nota Técnica n. 2/2020, do Ministério Público do Trabalho (MPT) – versa sobre a atuação dos 
membros do MPT em face da declaração de pandemia da doença infecciosa (covid-19) do novo 
coronavírus, declarada pela OMS.
• Decretos dos municípios e estados onde o profissional está atuando, considerando que cada 
estado e município decretará de acordo com suas características locais.
98
Unidade III
• Protocolos das autoridades sanitárias.
 Saiba mais
Todas as portarias, notas técnicas e recomendações estudadas 
anteriormente encontram-se no site do Conselho Federal de Serviço 
Social (CFESS):
http://www.cfess.org.br/
O Código de ética profissional dos assistentes sociais, em seu artigo 3º, inciso D, dispõe que: 
“participar de programas de socorro à população em situação de calamidade pública, no atendimento 
e defesa de seus interesses e necessidades” (CFESS, 1993). Dessa forma, os assistentes sociais têm 
contribuído nos diferentes serviços de saúde, ou seja, a presença de uma pandemia não altera sua 
importância. O que se alteraria é a forma como se dará o trabalho, que deve ser articulado a uma prática 
educativa na atuação atual de pandemia, procurando compreender melhor a concessão dos benefícios 
e dos serviços no âmbito do Suas.
Algumas das orientações realizadas pelas autoridades da saúde pública são: evitar aglomerações 
nos serviços de saúde e, para isso, realizar a paralisação das atividades possíveis; usar corretamente os 
equipamentos de proteção individual (EPI) em todos os atendimentos; e tomar todas as medidas de 
higienização (lavagem correta das mãos, uso do álcool em gel etc.).
 Resumo
O PNHAH nasceu de uma iniciativa estratégica do Ministério da Saúde e 
tem a finalidade de buscar iniciativas capazes de melhorar o contato entre 
profissionais de saúde e usuários, de modo que possa ser garantido o bom 
funcionamento do SUS. Ele surgiu da percepção acerca da insatisfação 
do usuário sobre a qualidade do atendimento recebido nas instituições 
públicas, municipais, regionais e estatais, e objetiva deflagrar mudanças de 
cultura de atendimento e saúde em benefício dos usuários e profissionais, 
com a participação efetiva e permanente de todos os presentes nas redes 
hospitalares, sejam dirigentes, gestores ou o restante do quadro funcional 
das instituições envolvidas no programa.
Nesse contexto, os assistentes sociais têm sido chamados para viabilizar, 
juntamente com outros profissionais, as políticas de humanização da saúde. 
Por isso, esse profissional necessita debater o significado da humanização 
com a equipe, com o propósito de evitar visões distorcidas que levem a uma 
percepção romântica ou residual da atuação, focada somente na escuta e 
na redução de tensões.
99
POLÍTICA SETORIAL - SAÚDE
O assistente social, por sua formação, pode ser articulador do debate 
entre os profissionais de diferentes formações, por conseguir indicar 
reflexões e formas de atendimento sob uma perspectiva de totalidade e 
pautar as reflexões do grupo de profissionais emdireção ao reconhecimento 
das determinações sociais do processo de saúde/doença. Assim, esse 
profissional contribui para a superação do modelo biomédico vigente e 
também para o processo de humanização.
Além de atuar no âmbito do estabelecimento da assistência humanizada, 
o assistente social pode, ainda, atuar nas UBS, nos hospitais e nos Caps. 
Isso vem ao encontro com a nova dimensão que a profissão alcançou a 
partir dos anos 1990, pautada na assistência ao cidadão com base em seu 
contexto social e econômico.
É essencial para uma atuação competente do serviço social na área da 
saúde: estar articulado e sintonizado ao movimento dos trabalhadores 
da saúde e de usuários que lutam pela real efetivação do SUS; facilitar o 
acesso de todo e qualquer usuário aos serviços de saúde; tentar construir 
e efetivar, em conjunto com outros trabalhadores da saúde, espaços nas 
unidades que garantam a participação popular; elaborar e participar de 
projetos de educação permanente; buscar assessoria técnica e sistematizar 
o trabalho desenvolvido; e potencializar a participação dos sujeitos sociais 
no processo de democratização das políticas sociais, de modo a ampliar os 
canais de participação da população na formulação, fiscalização e gestão 
das políticas de saúde.
 Exercícios
Questão 1. (Enade 2016, adaptada). Leia o texto a seguir.
Vários pacientes e seus familiares, tanto da capital quanto do interior do 
estado, têm passado a noite em frente à recepção de um hospital universitário 
para tentar conseguir uma ficha para a realização de exames. Segundo 
eles, essa situação decorre da redução do número de atendimentos e da 
entrega de senhas pelo hospital. Além da noite desconfortável, as pessoas 
que dependem do Sistema Único de Saúde também precisam enfrentar 
o medo e a insegurança ao dormir ao relento. E o pior: muitas delas não 
conseguem a vaga tão esperada [...]. “Além disso tudo que nós passamos, 
alguns atendentes, quando acabam as fichas, ficam debochando de nós. Isso 
é revoltante, não basta o sofrimento, também passamos por humilhações”, 
desabafa um paciente que preferiu não ser identificado.
Disponível em: http://gazetaweb.globo.com. Acesso em: 10 jul. 2016. Adaptado.
100
Unidade III
Considerando as variadas situações com que a/o assistente social se depara, avalie as afirmativas a seguir.
I – A/O assistente social deve contribuir para a criação de mecanismos que possam desburocratizar 
a relação das instituições com as/os usuárias/os.
II – A/O assistente social deve acatar as determinações institucionais, mesmo que a decisão tomada 
fira os princípios e diretrizes do Código de Ética da/do Assistente Social.
III – A/O assistente social deve integrar comissões interdisciplinares de ética nos locais em que 
trabalha, de modo a avaliar condutas profissionais e políticas institucionais.
IV – A/O assistente social deve ser solidário com outros profissionais, respeitando normas e quaisquer 
condutas das outras profissões, eximindo-se de denunciar atos que firam direitos sociais.
V – A/O assistente social deve garantir às/aos usuárias/os do serviço social informação e promover 
discussão a respeito das situações adversas apresentadas, respeitando democraticamente as 
decisões tomadas.
É correto apenas o que se afirma em:
A) I, II e IV.
B) I, III e V.
C) I, IV e V.
D) II, III e IV.
E) II, III e V.
Resposta correta: alternativa B.
Análise das afirmativas
I – Afirmativa correta.
Justificativa: uma das funções do assistente social é aproximar o usuário dos serviços de saúde, a 
partir da facilitação do acesso a tais serviços.
II – Afirmativa incorreta.
Justificativa: o assistente social sempre deve seguir os preceitos que constituem o código de ética 
da profissão. A Lei n. 8.662/93 institui o Código de Ética do Assistente Social e afirma, no seu artigo 4º, 
alínea “a”, que é “vedado ao/à assistente social transgredir qualquer preceito deste Código, bem como 
da Lei de Regulamentação da Profissão”.
101
POLÍTICA SETORIAL - SAÚDE
III – Afirmativa correta.
Justificativa: o Código de Ética do Assistente Social afirma, em seu artigo 7º, alínea “d”, que o 
assistente social tem direito de “integrar comissões interdisciplinares de ética nos locais de trabalho do/a 
profissional, tanto no que se refere à avaliação da conduta profissional, como em relação às decisões 
quanto às políticas institucionais”.
IV – Afirmativa incorreta.
Justificativa: o Código de Ética do Assistente Social afirma, em seu artigo 4º, alínea “b”, que é vedado 
ao assistente social “praticar e ser conivente com condutas antiéticas, crimes ou contravenções penais 
na prestação de serviços profissionais, com base nos princípios deste Código, mesmo que estes sejam 
praticados por outros/as profissionais”.
V – Afirmativa correta.
Justificativa: o Código de Ética do Assistente Social afirma, em seu artigo 5º, alínea “b”, que são 
deveres do assistente social, em sua relação com os usuários, “garantir a plena informação e discussão 
sobre as possibilidades e consequências das situações apresentadas, respeitando democraticamente as 
decisões dos/as usuários/as, mesmo que sejam contrárias aos valores e às crenças individuais dos/as 
profissionais, resguardados os princípios deste Código”.
Questão 2. O assistente social tem um papel muito importante no diagnóstico e na discussão das 
condições sociais dos indivíduos e das comunidades. Considerando-se que o processo saúde-doença é 
determinado socialmente, uma das atribuições desse profissional é atuar na garantia de direitos e de 
acesso do cidadão aos serviços de saúde.
Assinale a alternativa incorreta a respeito das atribuições do assistente social na efetivação das 
políticas de saúde.
A) Discutir com os usuários as situações-problema que estão envolvidas na sua condição de saúde e 
no acesso aos serviços pertinentes.
B) Fazer acompanhamento social do tratamento da saúde e estimular o usuário a participar do 
tratamento prescrito.
C) Atuar como facilitador do acesso do indivíduo ao serviço de saúde, por meio da marcação de 
exames e consultas, solicitação de ambulâncias e identificação de vagas hospitalares, por exemplo.
D) Discutir com os demais membros da equipe de saúde sobre a problemática do paciente, a partir 
da interpretação da situação social dele.
E) Discutir com os familiares sobre a necessidade de apoio na recuperação e prevenção da 
saúde do paciente.
Resposta correta: alternativa C.
102
Unidade III
Análise da questão
O Ministério da Saúde, no documento intitulado Parâmetros para atuação de assistentes sociais na 
política de saúde (2010), aponta atribuições do assistente social na saúde pública, expostas a seguir:
• A partir do atendimento ao usuário, compreender sua situação e realizar o 
encaminhamento adequado.
• Informar e mobilizar o usuário acerca de seus direitos e de seu papel como cidadão, conscientizando-o 
de que a assistência social não oferece favores, mas garante seu direito à proteção social.
• Facilitar o acesso aos serviços de saúde, cumprindo com a universalidade e a equidade dos direitos 
sociais dos usuários.
• Debater sobre a situação social do usuário/paciente com os profissionais de saúde.
• Participar, sempre que possível, de encontros interdisciplinares.
• Acompanhar e estimular o tratamento de saúde do usuário.
• Envolver os familiares e alertá-los sobre a importância de seu apoio no tratamento.
Ainda de acordo com o documento, a equipe de saúde e/ou empregadores, frente às condições de 
trabalho e/ou à falta de conhecimento das competências do assistente social, tem requisitado diversas 
ações aos profissionais que não são atribuições deles, como as indicadas a seguir:
• Marcação de consultas e exames.
• Solicitação e regulação de ambulância para a remoção e alta.
• Identificação de vagas em outras unidades nas situações de necessidade de transferência hospitalar.
• Pesagem e medição de crianças e gestantes.
• Convocação do responsável para informar sobre alta e óbito.
• Comunicaçãode óbitos.
• Emissão de processo e preenchimento de formulários para viabilização de tratamento fora de 
domicílio (TFD), medicação de alto custo e fornecimento de equipamentos (órtese, prótese e 
meios auxiliares de locomoção), bem como sua dispensação.
103
REFERÊNCIAS
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Brasil, 2006. 60 min.
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Textuais
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