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TCC 2020

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
Eliana Aparecida Soares Vieira RA 23932908
As contribuições do Serviço Social junto ao familiar do paciente hospitalizado
Rio Claro / SP
2020
 
Eliana Aparecida Soares Vieira RA 23932908
As contribuições do Serviço Social junto ao familiar do paciente hospitalizado
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à universidade Anhanguera- UNIDERP, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social.
Professor Orientador: Valquíria Dias Caprioli
 
RIO CLARO - SP
2020
Dedicatória
“Dedico esse artigo primeiramente a Deus que me permitiu trilhar minha jornada, a minha família, a professora Karina de castro e a Sheila Costa pela ajuda e dedicação quando mais precisei.” 
Vieira, Eliana Aparecida Soares. As contribuições do Serviço Social junto ao familiar do paciente hospitalizado. 2020. 34 p. Trabalho de Conclusão de curso (Serviço Social) – Sistema de ensino a Distância. Universidade Anhanguera- UNIDERP, 2020.
RESUMO
Este trabalho tem como propósito refletir a atuação do profissional Assistente Social diante da demanda ao acompanhamento doente - família. Revelando um trabalho de orientação de acesso as políticas públicas. Realizada através de pesquisas teóricas com base em Google acadêmico, Scielo (Scientific Eletronic Library Online) em dissertações de mestrados, Biblioteca virtual. A pesquisa vem contextualizar o trabalho do assistente social no âmbito da saúde e suas mediações, propondo ações sociais e a intervenção do profissional assistente social em uma breve característica das políticas públicas de saúde. Promovendo um argumento de proposta e intervenção, que venha nos proporcionar uma ação dando assim uma resposta sustentável a esta demanda.
Palavra - chave: Família, serviço social, saúde, intervenção.
Lista de abreviaturas e siglas
AASPTJ/SP - Associação dos Assistentes Sociais e Psicólogos do Tribunal de Justiça de São Paulo
ABMP - Associação Brasileira de Magistrados e Promotores de Justiça da Infância e da Juventude
ABTH - Associação Brasileira Terra dos Homens
ACAF - Autoridade Central Administrativa Federal
ANADEP - Associação Nacional dos Defensores Públicos
ANCED - Associação Nacional de Centros de Defesa
ANDI - Agência de Notícias dos Direitos da Infância
ANGAAD - Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção
BPC - Benefício de Prestação Continuada
CadÚnico - Cadastramento Único para Programas Sociais do Governo Federal
CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
CECIF - Centro de Capacitação e Incentivo à Formação
CEDCA - Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente
CEDICA - Centros de Defesa da Criança e do Adolescente
CEJA - Comissão Estadual Judiciária de Adoção
CEJAI - Comissão Estadual Judiciária de Adoção Internacional
CIESPI - Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância
CMAS - Conselho Municipal de Assistência Social
CMDCA - Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
CNE - Conselho Nacional de Educação
CNJ - Conselho Nacional de Justiça
CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
CNAS - Conselho Nacional de Assistência Social
CNE - Conselho Nacional de Educação
CNS - Conselho Nacional de Saúde
COMCEX - Comissão de Enfrentamento à Violência Sexual Cometida contra Crianças e Adolescentes
CONAD - Conselho Nacional Antidrogas
CONADE - Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência
CONANDA - Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente
CONGEMAS - Colegiado Nacional de Gestores Municipais da Assistência Social
CORDE - Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência
CRAS - Centro de Referência da Assistência Social
CREAS - Centro de Referência Especializado de Assistência Social
DATASUS - Departamento de Informação e Informática do SUS
ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente
ESF - Estratégia de Saúde da Família
FCNCT - Fórum Colegiado Nacional de Conselheiros Tutelares
FIA - Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente
FMAS - Fundo Municipal de Assistência Social
FNAS - Fundo Nacional da Assistência Social
FONSEAS - Fórum Nacional dos Secretários Estaduais de Assistência Social
FUNDEB - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica
GAA - Grupo de Apoio à Adoção
GT - Grupo de Trabalho
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IES - Instituição de Ensino Superior
IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
INFOSUAS - Sistema de Informação do Sistema Único da Assistência Social
LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação
LOAS - Lei Orgânica da Assistência Social
LOS - Lei Orgânica da Saúde
MEC - Ministério da Educação
MDS - Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
MinC - Ministério da Cultura
MP - Ministério Público
MPO - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
MS - Ministério da Saúde
MTE - Ministério do Trabalho e Emprego
NOB - Norma Operacional Básica
OAB - Ordem dos Advogados do Brasil
ONU - Organização das Nações Unidas
PAIF - Programa de Atenção Integral à Família
PAIR - Programa de Ações Integrada Referenciais
PEAS - Pesquisa de Entidades de Assistência Social
PMRJ - Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro
PNAS - Política Nacional de Assistência Social
PPA - Plano Plurianual
PR - Presidência da República
ReDESAP - Rede Nacional de Identificação e Localização de Crianças e Adolescentes Desaparecidos
REDINFA - Rede Brasileira de Informação sobre Infância, Adolescência e Família
REFORSUS - Reforço a Reorganização do Sistema Único de Saúde
RENIPAC - Rede Nacional de Instituições e Programas de Serviços de Ação Continuada
RIIN - Rede Interamericana de Informação sobre Infância, Adolescência e Família
SAC - Serviço de Ação Continuada
SAGI - Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação
SEB - Secretaria de Ensino Básico
SEDH - Secretaria Especial de Direitos Humanos
SENARC - Secretaria Nacional de Renda e Cidadania
SEPPIR - Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
SEPM - Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres
SESu - Secretaria de Ensino Superior
SGD - Sistema de Garantia de Direitos
SINASE - Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo
SIPIA - Sistema de Informação Para Infância e Adolescência
SNAS - Secretaria Nacional de Assistência Social
SNJ - Secretaria Nacional de Justiça
SOF - Secretaria de Orçamento Federal
SPDCA - Subsecretaria de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente
SPI - Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos
SUAS - Sistema Único da Assistência Social
SUS - Sistema Único de Saúde
TJ - Tribunal de Justiça
UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais
UnB - Universidade de Brasília
USP - Universidade Federal de São Paulo
UNICEF - Fundo das Nações Unidas para a Infância
VIJ - Vara da Infância e Juventude
 
Sumário
1.	Introdução	11
2. Desenvolvimento	14
2.1 A questão Social e suas expressões na área da saúde	14
2.2 O trabalhar com a família	16
3.	Politica de saúde no Brasil	18
3.1 Leis para o/a paciente e a família	23
4.	O Serviço Social inserido no ambiente hospitalar	25
5.	Considerações Finais	30
6.	Referências Bibliográficas	32
 
10
1. Introdução
A permanência de um acompanhante na área hospitalar tem mostrado vários problemas no dia a dia após a internação do seu ente querido, por não conhecimento das regras e limitações que gera um ambiente hospitalar. 
O acompanhante acaba transgredindo diversas obrigações onde é necessário o uso da regra direito e deveres. O acompanhante sente na obrigação de ficar o tempo todo ao lado do doente, não respeitando os limites que cabe a ele obedecer. Ele acredita que estando ali os problemas ficarão menores e que seu ente querido logo conseguirá vencer essa etapa e ter a alta hospitalar o quanto antes, pois no momento da internação surge no meio familiar um sentimento de tristeza, frustação e revolta.
Durante o período de estágio percebeu-sea importância de um estudo mais profundo sobre as contribuições do serviço social junto ao familiar do paciente. No art. 1 da Lei N.6376, de 2016 a lei estabelece direitos básicos do usuário que utiliza a rede pública de saúde em âmbito federal, estadual, distrital ou municipal. Com isso fez se necessário à elaboração de um projeto específico norteado pelas políticas públicas, onde todo o contexto venha ser voltado ao trabalho interno que envolve o paciente e sua família, para que todos os lados venham ser amparados dentro de lei de proteção da família, do paciente e dos profissionais do centro hospitalar. Um projeto complexo, transparente, pois a família é à base de toda uma construção de uma sociedade regida por leis, direitos e obrigações. 
Buscando assim garantir os direitos e deveres da população que por diversas vezes não consegue diferenciar entre direito e deveres. Através de políticas públicas e com objetivos de solucionar os mais variados problemas, o profissional Assistente Social traça projetos para garantir que família e ambiente hospitalar sejam beneficiados. 
O uso de políticas públicas sociais de uma maneira crítica e comprometida Trouxe muitas respostas significativas, onde o familiar recebeu diversas orientações em um ambiente separado, tranquilo e com oportunidade de deixar ali suas dúvidas, seus medos, seus receios, Um direito garantido pela LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990 diz em seu Art.2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. 
Com isso o familiar goza de diversos direitos e deveres, sendo que alguns deles recaem a obrigação de respeitar as normas internas de qualquer instituição hospitalar, respeitando os profissionais e suas atitudes, pois são qualificados para exercer suas profissões.
 Segundo Martinelli (2007, p.23) o Assistente Social trabalha com pessoas vulnerabilizadas que pedem um gesto humano: um olhar, um sorriso, uma palavra, uma escuta atenta, um acolhimento, para que possam se fortalecer na própria humanidade. 
A justificativa para essa pesquisa deu se pelas constantes reclamações do familiar dizendo não aceitar a situação que seu ente querido está passando e exigindo que seu doente tenha privilégios, que está sendo mal acompanhado e que precisa receber mais atenção e mais alimentação. 
Discordando constantemente dos enfermeiros, exigindo atenção absoluta. Queixando se dos médicos achando que os mesmos estão deixando seu doente passar fome, reclamando da demora nos exames. Ficando assim um ambiente pesado, carregado de reclamações. Por este motivo nasceu à necessidade de implantar um projeto claro e objetivo onde todas essas questões poderiam ser sanadas. 
A metodologia foi realizada a partir de pesquisas teóricas nas bases de autores, google, SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) e Biblioteca Virtual, além das teses de doutorado, dissertações de mestrado e períodos coletados no acervo da biblioteca básica, e a pesquisa é do tipo qualitativa. 
Para irmos a fundo e compreendermos a problemática da saúde no Brasil e as contribuições do Serviço Social junto ao familiar do paciente hospitalizado, no artigo abordou a seguinte forma: 
O desenvolvimento será apresentado em vários itens. Primeiramente, será falado da questão Social e suas expressões na área da saúde.
 Após, relatará o trabalhar com a família.
Em seguida fala do Serviço Social inserindo no ambiente hospitalar e as Leis para o/a paciente e a família.
 Falarei da politica de saúde no Brasil.
E por fim serão apresentados os resultados finais desse artigo.
 2. Desenvolvimento
2.1 A questão Social e suas expressões na área da saúde 
A questão social possui singularidade em seus determinantes históricos, econômicos, sociais e culturais, tendo por base a realidade de cada local. O debate em torno da questão social e suas formas de enfrentamento e o entendimento da proteção social como política social pública apresentam como ponto de partida teórico: o modo de produção capitalista o qual produz as diversas expressões da questão social, as extremas desigualdades e lutas de classe.
A sociedade capitalista globalizada legitima e regula a exploração do trabalho, fragiliza os vínculos sociais e faz emergir diversas expressões da Questão Social a qual se configura “basicamente a partir da produção e distribuição de riquezas. [...] pela erosão dos sistemas de proteção social, pela vulnerabilidade das relações sociais e pelo questionamento da intervenção estatal” (WANDERLEY, 2004. p.6). 
A questão social apresenta diferentes aspectos econômicos, políticos e culturais. Em alguns estados, a questão social teve suas manifestações expressas no modo de vida dos segmentos mais empobrecidos e, sobretudo, no modo de vida das populações tradicionais que ao longo dos últimos cem anos ficaram mais expostas às vulnerabilidades geradas pelas crises cíclicas do capitalismo. Essas criaram o aumento das desigualdades sociais inerentes ao seu modo de produção 
A globalização e expansão do capitalismo na sociedade imprimiram inúmeras transformações nas estruturas regionais embora não acompanhando o mesmo ritmo quando comparado às demais regiões brasileiras. Segundo Silva (2012) as discrepâncias regionais aumentaram, dando visibilidade as diferenças sociais onde a pobreza e a desigualdade continuaram a se manifestar de maneira intensa.
Destaca-se a transformação da questão social em questão política e pública a partir das lutas sociais, a qual transitou do domínio privado das relações entre capital e trabalho para esfera pública, o que exigiu a intervenção do Estado no reconhecimento de novos sujeitos sociais como detentores de direitos e deveres, bem como a viabilização do acesso a bens e serviços públicos através das políticas sociais (RAICHELIS, 2006). 
Na área da saúde, verifica-se as ligações da história e das políticas públicas que vivenciamos através das conexões estabelecidas com as políticas sobre a vida. No campo da saúde pública, foi o momento das grandes instituições centralizadas e verticalizadas em uma estrutura única de poder. A construção de um Estado forte e presente por meio do fomento às políticas sociais fez determinar a criação do campo da saúde pública. A própria terminologia "saúde pública" refere-se à formação de uma política estatal, portanto "pública" no seu sentido de ser atrelada ao Estado.
No Brasil, o Serviço Social demarcou sua entrada no campo da saúde pública através dos trabalhos com comunidade, por meio de práticas educativas sobre procedimentos de higiene aplicados à vida privada, incentivando o controle de natalidade, o controle de doenças infantis, de higiene bucal, de saneamento para a criação das primeiras políticas urbanas de saúde, muitas vezes realizado por meio de um trabalho educativo baseado em proporcionar acesso à informação sobre o próprio corpo e a higiene do mesmo. Esse era um trabalho que se mostrava necessário a um país sem escolaridade, com grande parte da população em condição de miséria e revelando desconhecimento sobre o próprio corpo.
Também nesse período, por meio das políticas, as abordagens individuais sobre a saúde foram desenvolvidas de forma ampla. O Serviço Social de caso para a saúde pública era a representação da necessidade de intervenção do Assistente Social nas políticas de reprodução social. Trazia ainda o reconhecimento de que a saúde possuía seus determinantes sociais, mas também a afirmação que muitos desses determinantes eram tratados isoladamente. Isso caracterizou uma ação maciça de atendimentos de "casos sociais".
2.2 O trabalhar com a família
	O tema proposto merece ser tratado com muito cuidado e atenção. No caminho percorrido surgiram diversas situações corriqueiras de um ambiente hospitalar. Onde foi visto ali uma oportunidade riquíssima de atuar com propostas relevantes junto à família. A partir do momento que dá se a entrada em um hospital, ali inicia uma caminhada muito extensa na vida de uma família. Pois a partir dali umanova etapa se inicia na vida do paciente e na vida do familiar. 
Ao passar pelas portas de um hospital o doente entrega sua vida nas mãos de pessoas que outrora eram desconhecidas, e passa a viver momentos que mudarão sua vida para sempre. Pois toda sua bagagem, sua vida, encontra se nas mãos de terceiros. São profissionais capacitados para tentarem a todo custo resolver a situação da melhor maneira possível. E juntamente com a internação vem à família. E que a partir dali diversas situações começam acontecer. O familiar naquele momento passa a enfrentar um novo sentimento de angustia, preocupação, revolta, desespero e sofrimento. Surgindo ali um sentimento de crença que o paciente irá melhorar logo e sair daquela situação, a família se mostra disposta a enfrentar aquele momento lado a lado com o paciente. 
Esse sentimento novo acaba deixando de lado sua razão. E começa a questionar tudo o que acontece no interior do hospital. Causando assim diversos transtornos no ambiente hospitalar. No projeto de LEI Nº 6.378, DE 2016 art. 1º Esta lei estabelece os direitos básicos do usuário que utiliza a rede pública de saúde em âmbito federal, estadual, distrital ou municipal. Dando ao usuário todo um respaldo dentro da lei. Porém a família não sendo conhecedora dessas leis começam a desenvolver o sentimento de desespero, e sem perceber começam a tentar adquirir o melhor tratamento para o seu ente querido que acaba extrapolando nas suas ações. Acaba questionando o projeto do hospital, a maneira que o enfermeiro trabalha, aponta as atitudes dos médicos, reclama de tudo ao seu redor, tiram fotos, filmam, e protestam a todo o momento. 
 Mediante a tal situação o profissional de Serviço Social coloca se a disposição do hospital para intervir junto a família com projetos específicos, norteados pela ética do Serviço Social afim de estabelecer a segurança da família e dos profissionais. 
 Segundo Mioto & Nogueira (2006, p. 282). Evidenciamos que por estar situado no processo de trabalho coletivo em saúde, o Assistente Social, pautado na lógica dos direitos e da cidadania, a organização do seu trabalho “abarca os fatores de ordem” política, econômica e social que condicionam o direito a ter acesso aos bens e serviços necessários para se garantir a saúde, bem como exige uma consciência sanitária que se traduz em ações operativas na concretização dos direitos. 
 
3. Politica de saúde no Brasil 
A Criação do Sistema Único de Saúde (SUS) se deu através da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que “dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes”. Primeira lei orgânica do SUS detalha os objetivos e atribuições; os princípios e diretrizes; a organização, direção e gestão, a competência e atribuições de cada nível (federal, estadual e municipal); a participação complementar do sistema privado; recursos humanos; financiamento e gestão financeira e planejamento e orçamento. Logo em seguida, a Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros. Institui os Conselhos de Saúde e confere legitimidade aos organismos de representação de governos estaduais (CONASS – Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde) e municipais (CONASEMS - Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde). Finalmente estava criado o arcabouço jurídico do Sistema Único de Saúde, mas novas lutas e aprimoramentos ainda seriam necessários (BRASIL, 1990). 
Em 1991 foi Criada a Comissão de Intergestores Tripartite (CIT) com representação do Ministério da Saúde, das secretarias estaduais de saúde e das secretarias municipais de saúde e da primeira norma operacional básica do SUS, além da Comissão de Intergestores Bipartite (CIB), para o acompanhamento da implantação e operacionalização da implantação do recém criado SUS. As duas comissões, ainda atuantes, tiveram um papel importante para o fortalecimento da ideia de gestão colegiada do SUS, compartilhada entre os vários níveis de governo. 
Em 1993 foi publicada a NOB-SUS 93, que procurou restaurar o compromisso da implantação do SUS e estabelecer o princípio da municipalização, tal como havia sido desenhada. Institui níveis progressivos de gestão local do SUS e estabelece um conjunto de estratégias, que consagram a descentralização político-administrativa na saúde. Também define diferentes níveis de responsabilidade e competência para a gestão do novo sistema de saúde (incipiente, parcial e semiplena, a depender das competências de cada gestor) e consagra ou ratifica os organismos colegiados com grau elevado de autonomia: as Comissões Intergestoras (Tripartite e Bipartite) (BRASIL, 1993). 
A população foi a grande beneficiada com a incorporação de itens de alta complexidade, que antes eram restritos aos contribuintes da previdência. Com a grande extensão de programas de saúde pública e serviços assistenciais, deu-se o início efetivo do processo de descentralização política e administrativa, que pode ser observado pela progressiva municipalização do sistema e pelo desenvolvimento de organismos colegiados intergovernamentais.
A participação popular trouxe a incorporação dos usuários do sistema ao processo decisório, com a disseminação dos conselhos municipais de saúde, ampliando as discussões das questões de saúde na sociedade (LEVCOVITZ et al., 2001). 
A edição da NOB 96 representou a aproximação mais explícita com a proposta de um novo modelo de atenção. Para isso, ela acelera a descentralização dos recursos federais em direção aos estados e municípios, consolidando a tendência à autonomia de gestão das esferas descentralizadas, criando incentivo explícito às mudanças, na lógica assistencial, rompendo com o produtivismo (pagamento por produção de serviços, como o INAMPS usava para comprar serviços do setor privado) e implementando incentivos aos programas dirigidos às populações mais carentes, como o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e às práticas fundadas numa nova lógica assistencial, como Programa de Saúde da Família (PSF). As principais inovações da NOB 96 foram: 
· A concepção ampliada de saúde - considera a concepção determinada pela Constituição englobando promoção, prevenção, condições sanitárias, ambientais, emprego, moradia etc.;
· O fortalecimento das instâncias colegiadas e da gestão pactuada e descentralizada - consagrada na prática com as Comissões Intergestores e Conselhos de Saúde; 
· As transferências fundo a fundo (do Fundo Nacional de Saúde direto para os fundos municipais de saúde, regulamentados pela NOB-SUS 96), com base na população, e com base em valores per capita previamente fixados; 
· Novos mecanismos de classificação determinam os estágios de habilitação para a gestão, no qual os municípios são classificados em duas condições: gestão plena da atenção básica e gestão plena do sistema municipal (BRASIL, 1996).
Na gestão plena da atenção básica, os recursos são transferidos de acordo com os procedimentos correspondentes ao PAB - Piso da Atenção Básica. A atenção ambulatorial especializada e a atenção hospitalar continuam financiadas pelo Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA-SUS) e pelo Sistema de Informações Hospitalares (SIH-SUS). No caso dos municípios em gestão plena do sistema, a totalidade dos recursos é transferida automaticamente. 
No ano 2002 foi editada a Norma Operacional de Assistência à Saúde/NOAS-SUS, cuja ênfase maior é no processo de regionalização do SUS, a partir de uma avaliação de que a municipalização da gestão do sistema de saúde, regulamentada e consolidada pelas normas operacionais estava sendo insuficiente para a configuração do sistema de saúde, por não permitir uma definição mais clara dos mecanismos regionais de organização da prestação de serviços. Como veremos adiante, o Pacto pela Vida tem sua grande força, exatamente em um novo ordenamento dos processos de regionalização do SUS (BRASIL, 2002).Os avanços do SUS nestes seus 20 anos de criação, foi feito um balanço feito por Nelson Rodrigues dos Santos, militante histórico do Movimento Sanitário brasileiro, em 2008: “O SUS transformou-se no maior projeto público de inclusão social em menos de duas décadas: 110 milhões de pessoas atendidas por agentes comunitários de saúde em 95% dos municípios e 87 milhões atendidos por 27 mil equipes de saúde de família. Em 2007: 2,7 bilhões de procedimentos ambulatoriais, 610 milhões de consultas, 10,8 milhões de internações, 212 milhões de atendimentos odontológicos, 403 milhões de exames laboratoriais, 2,1 milhões de partos, 13,4 milhões de ultra-sons, tomografias e ressonâncias, 55 milhões de seções de fisioterapia, 23 milhões de ações de vigilância sanitária, 150 milhões de vacinas, 12 mil transplantes, 3,1 milhões de cirurgias, 215 mil cirurgias cardíacas, 9 milhões de seções de radioquimioterapia, 9,7 milhões de seções de hemodiálise e o controle mais avançado da aids no terceiro mundo. São números impressionantes para a população atual, em marcante contraste com aproximadamente metade da população excluída antes dos anos oitenta, a não ser pequena fração atendida eventualmente pela caridade das Santas Casas. “Estes avanços foram possíveis graças à profunda descentralização de competências com ênfase na municipalização, com a criação e funcionamento das comissões Intergestores (Tripartite nacional e Bipartites estaduais), dos fundos de saúde com repasses fundo a fundo, com a extinção do INAMPS unificando a direção em cada esfera de governo, com a criação e funcionamento dos conselhos de saúde, e fundamentalmente, com o belo contágio e a influência dos valores éticos e sociais da política pública do SUS perante a população usuária, os trabalhadores de saúde, os gestores públicos e os conselhos de saúde, levando às grandes expectativas de alcançar os direitos sociais e decorrente força e pressão social.” (SANTOS, 2007).
O sistema tem o objetivo de atender todos os cidadãos com base em alguns princípios: 
· Integralidade: O paciente deve ser atendido com um cuidado integrado que considere todas as suas condições como pessoa (condição social, necessidades específicas e características próprias). O paciente deve ser atendido por profissionais de várias especialidades e deve receber todos os tratamentos necessários para a solução do seu caso;
· Universalidade: Garantia de que o atendimento público de saúde deve ser de qualidade e ser acessível a todos os cidadãos. 
· Equidade: A função de fazer o atendimento de saúde em condições de igualdade entre todas as pessoas, com a personalização do atendimento de acordo com as necessidades de saúde de cada pessoa. O princípio define que não deve existir nenhum tipo de discriminação nos atendimentos médicos.
· Regionalização: A divisão e a distribuição das funções do sistema pelas regiões do país para que o sistema funcione da melhor forma possível.
· Participação popular: o sistema prevê a participação dos cidadãos através de reuniões e outras formas de opinião, para que os cidadãos possam sugerir mudanças e dar sua opinião sobre a qualidade do funcionamento do sistema.
· Descentralização de administração: a descentralização tem a função de organizar a prestação dos serviços de saúde pelo país para que o sistema seja eficiente. Cada uma das esferas de governo (federal, estaduais e municipais) tem suas responsabilidades no funcionamento e na organização do sistema.
O SUS tem muitas divisões internas que têm a função de atender situações específicas de saúde. Vejamos alguns exemplos: 
· Subsistema de atenção à saúde indígena.
· Subsistema de atendimento e internação domiciliar.
· Subsistema de acompanhamento durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.
· Bancos de sangue.
· Rede de atenção psicossocial.
· Programa saúde na escola.
· Programa de saúde da família.
· Política nacional de saúde bucal.
· Programa nacional de imunizações.
· Programa farmácia popular.
· Programa nacional de imunizações.
Além desses o SUS tem outros programas específicos de atendimento de saúde para idosos, diabéticos, atendimento de nutrição, hipertensão, saúde da mulher, combate ao fumo e saúde dos presos, entre outros.
3.1 Leis para o/a paciente e a família
Na Lei orgânica da Saúde – Lei nº. 8.080/1990 (Brasil, 1990ª), Artigo 4, fica definido que o Sistema Único de Saúde – SUS é constituído pelas ações e serviços prestados por órgãos e instituições federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo poder público. 
O projeto busca resolver situações corriqueiras do dia a dia, favorecendo o paciente. Tranquilizando os familiares. Protegendo o profissional de saúde. 
O projeto foi desenvolvido com êxito trazendo respostas positivas para todo ambiente hospitalar, respaldado nos termos teóricos, metodológicos do Serviço Social, o profissional se apoia nas políticas públicas onde, na Década de 1990 a implantação do SUS, contextualizou a inovação das políticas públicas no Brasil para o enfrentamento da questão social.
O paciente que não tiver o início do tratamento deverá procurar a Secretaria de Saúde do seu município, pois os fluxos e regulação aos serviços são organizados localmente. O descumprimento da lei sujeitará os gestores direta e indiretamente responsáveis às penalidades administrativas. 
Quando o caso não for resolvido na Secretaria uma alternativa é recorrer à justiça. Para isso, o paciente deve procurar a Defensoria Pública, o Ministério Público, a OAB (assistência judiciária gratuita) e as Faculdades de Direito conveniadas com a OAB e/ou com órgãos do Poder Judiciário (Justiça Estadual/Federal), ou o Sistema dos Juizados Especiais. Há também a possibilidade de contratar um advogado particular. 
Os Juizados Especiais da Fazenda Pública são competentes para julgar ações contra os Estados e os Municípios até o limite de 60 salários mínimos; o mesmo ocorrendo com os Juizados Especiais Federais em relação à União Federal. Entre as matérias que podem ser apreciadas por esses juizados destacam-se aquelas relacionadas ao cumprimento da lei que garante ao paciente o início do tratamento no prazo máximo de 60 dias a partir de diagnósticado. 
O acesso aos Juizados é gratuito, e, quando o valor da causa for igual ou inferior a 20 salários mínimos, não é necessária a contratação de advogado. 
- Lei nº 9.656, de 03/06/1998
Dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde.
- Lei nº 9.797, de 06/05/1999
Dispõe sobre a obrigatoriedade da cirurgia plástica reparadora da mama pela rede de unidades integrantes do Sistema Único de Saúde - SUS nos casos de mutilação decorrentes de tratamento de câncer.
- Lei nº 10.289, de 20/09/2001
Institui o Programa Nacional de Controle do Câncer de Próstata.
- Lei nº 10.223, de 15/05/2001
Altera a Lei no 9.656, de 3 de junho de 1998, para dispor sobre a obrigatoriedade de cirurgia plástica reparadora de mama por planos e seguros privados de assistência à saúde nos casos de mutilação decorrente de tratamento de câncer.
- Lei nº 12.880, de 15/11/2013
Altera a Lei no 9.656, de 3 de junho de 1998, que “dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde”, para incluir tratamentos entre as coberturas obrigatórias.
4. O Serviço Social inserido no ambiente hospitalar 
O Conselho Regional de Serviço Social afirma que: O Serviço Social se insere na equipe de saúde como profissional que articula o recorte social, tanto no sentido das formas de promoção, bem como das causalidades das formas de adoecer, intervindo em todos os níveis dos programas de saúde. O assistente social como profissional de Saúde tem competência para atuar junto aos fenômenos socioculturais e econômicos que reduzem a eficácia da prestação dos serviços no setor, quer seja ao nível de promoção, prestação e/ou recuperação da saúde. 
O assistente social é, pois, um profissional de saúde que vem corroborar a posição que emerge da categoria – fruto de avanços obtidos na trajetória histórica da profissão -, buscandoa garantia da qualidade na prestação de serviços de saúde, numa perspectiva de universalidade e integralidade à população brasileira.
A unidade ou departamento de serviço social do hospital, geralmente está subordinada a Gerência Técnica.
De acordo com Berezovsky o serviço social tem a seguinte finalidade:
· Proporcionar aos pacientes matriculados no hospital tratamento psicossocial utilizando métodos e técnicas do Serviço Social (visando a possibilitar-lhes seguir o tratamento médico);
· Planejar, executar e coordenar programas relacionados aos problemas médico-sociais, cooperando com o hospital no cumprimento dos seus objetivos para com o paciente a comunidade; 
· Participar do desenvolvimento de programas sociais e de saúde da comunidade; 
· Desenvolver programas de educação em serviço; 
· Participar de pesquisas médico-sociais; 
· Realizar pesquisas de interesse do Serviço Social.
 	O Serviço Social atua no campo das políticas sociais, com o objetivo de viabilizar o acesso aos direitos da população e o exercício da cidadania. Na área da saúde, o assistente social orienta suas ações no compromisso de fortalecer o cuidado integral ao usuário, entendendo que a saúde é mais do que a ausência de uma doença, porque é resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, lazer etc.
 Nesse sentido, considerando a saúde como um direito de todos e dever do Estado, os Assistentes Sociais buscam, por meio da sua atuação, viabilizar a participação e o controle social dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) na busca por efetivação de políticas de proteção social do país, promovendo ações socioassistenciais, em sintonia com as normas que regem a Política Nacional de Assistência Social e em observância à Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS).
O Serviço Social busca melhorar a qualidade de vida das pessoas dando assistência às famílias do paciente nas questões de acompanhamento de consultas, vida, moradia, bem-estar e meio comunitário. As equipes da saúde de modo geral, trabalham com o propósito de melhorar a qualidade de vida das pessoas, cada qual dentro de sua área, em suas limitações, visando melhoria de modo geral para as famílias auxiliadas.
A equipe multiprofissional é necessária em todos os espaços onde se praticam ações que visam melhorar a qualidade de saúde e de vida das populações. Para o trabalho da equipe, três fatores devem ser abordados: capacitação profissional, a lógica do trabalho dos profissionais e a autonomia dos profissionais.
Cada equipe de saúde se destaca pelo seu melhor seja pelo modo de atendimento, recepção das pessoas e a prática do atendimento direta com as pessoas. O profissional destaca-se pela sua receptividade com o indivíduo, não basta ser apenas bom no que faz, tem que desempenhar um papel acolhedor não somente em sua particularidade profissional, mas na equipe. 
O (a) Assistente Social é o profissional que, é chamado para implementar políticas sócio assistenciais nas organizações públicas governamentais e não-governamentais, das organizações privadas, operando sob duas perspectivas: a prestação de serviços e a ação educativa.
A capacitação profissional influencia a qualidade dos serviços, a qualidade da prática do Serviço Social, os (as) Assistentes Sociais devem estar sempre atualizados e comprometidos com seu fazer profissional, inseridos em cursos, palestras, oficinas na busca de novos conhecimentos para melhor atender os usuários. O novo perfil do Assistente Social adere às exigências de uma capacitação teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa.
O (a) Assistente Social, inserido na área da Saúde, tem a contribuir na direção da objetivação dos direitos sociais e na construção de novos sujeitos coletivos que realizem seus direitos. Assim, percebe-se que o agir profissional do Assistente Social que atua na área da Saúde não se restringe apenas às demandas no que diz respeito à saúde do usuário, mas sim nas expressões da questão social, principalmente quanto ao acolhimento do usuário doente.
A intervenção do Serviço Social tem o objetivo de proporcionar acolhimento, atendimento e acompanhamento social, por exemplo, aos pacientes internados e seus respectivos familiares e/ou acompanhantes, dentro de uma perspectiva crítica, por meio do desdobramento clínico da questão social postas ao Serviço Social durante o período de internação. 
O Assistente Social está preparado para acrescentar na relação com o paciente, elementos que possibilitem o enfrentamento de sua condição de pessoa doente, sua relação com a família […] a continuidade do tratamento e outras condições chamadas “sociais”, vitais ao SUS e à sobrevivência, que são de seu domínio profissional (BERTANI, 2013, p. 43).
São tarefas típicas do Assistente Social conforme regimento interno
· Observa e executa a sistemática de trabalho planejada para o serviço;
· Entrevista os pacientes e familiares em busca de alternativas de solução para as dificuldades decorrentes da doença; 
· Participa da equipe Inter profissional de tratamento do paciente; 
· Discute com o paciente e família as implicações biopsicossociais do diagnóstico e prognóstico médico e a programação de alta; 
· Orienta o paciente e família quanto à rotina hospitalar, previdência social e convênios; 
· Realiza visita domiciliar programada; 
· Realiza encaminhamento de paciente a recursos médicos e sociais da comunidade; 
· Orienta a família nos casos de transferência para hospitais especializados;
· Mantém atualizado o mapa de recursos do campo da saúde, do bem-estar social e outras organizações da comunidade;
· Motiva, coordena e supervisiona a participação de voluntários da comunidade no auxílio a pacientes carentes; 
· Interpreta às pessoas responsáveis os problemas identificados na comunidade, para estudo e solução adequadas; 
· Colabora em programas de ensino de interesse do hospital e do Serviço Social; 
· Faz estatísticas periódicas do trabalho e mantém registros da documentação atualizada; 
· Investiga os aspectos biopsicossociais da relação equipe de saúde X pacientes;
· Procede ao diagnóstico biopsicossocial e econômico; 
· Estabelece e realiza o plano de intervenção biopsicossocial e econômico;
· Motiva o paciente e sua família para o melhor aproveitamento possível do tratamento e Utilização dos recursos internos do hospital; 
· Procede ao necessário entrosamento com as obras sociais, instituições e grupos da comunidade, para estabelecer formas de sua utilização; 
· Mantém entrosamento com instituições do campo da saúde e do bem-estar social e outras;
· Organizações da comunidade, visando a articulação de esforços no tratamento;
· Participa de programas que visem maior rendimento do leito hospitalar; 
· Participa com os demais profissionais da equipe de saúde, de reuniões e discussão de casos para estudo e resolução dos problemas dos pacientes; 
· Realiza avaliação dos programas que executa; 
· Participa de programa de reabilitação dos pacientes;
· Realiza pesquisamédico-social; 
· Colabora em pesquisa de interesse do Corpo Clínico e da Administração do hospital, quando relacionada à sua área de atuação; 
· Presta supervisão técnica os estagiários de Serviço Social e de outras áreas; 
· Relata e registra no prontuário, o atendimento realizado, conforme procedimento estabelecido pelo serviço; 
· Estuda e propõe correções ou inovações que visem melhorar as atividades desenvolvidas no serviço; 
· Participa de congressos, simpósios, seminários de acordo com designação da chefia e interesse do hospital e aperfeiçoamento pessoal.
5. Considerações Finais
Enquanto futura Assistente Social o trabalho apresentado trouxe para mim uma experiência muito grande em relação as contribuições do Serviço Social junto ao familiar do paciente, onde nem todos têm um atendimento digno, infelizmente no Brasil o SUS deixa muito a desejar, ainda falta muita mudança, e muita das vezes até mesmo o convenio sofre com a demora de autorização do procedimento. A sociedade ainda tem muitas dúvidas em relação à saúde, apesar das leis que ampara o paciente, nem todos conhecem essas leis e seus direitos, mais se deve ser falado e discutido sobre a saúde, ainda falta muito para melhorar a saúde no Brasil.
A pesquisa abordou a prática profissional do Assistente Social dentro da área da saúde com a família do paciente, e a análise desenvolvida apresenta que a atuação desse profissional se pauta nos interesses dos usuários, buscando principalmente a garantia de direitos sociais, de modo que esses profissionais devem possuir amplo conhecimento, visando garantir o acesso à rede de serviços (consultas, cirurgias, acompanhamento ambulatorial, entre outros serviços) para a população usuária.
Dessa forma, a atenção do Serviço Social possibilita melhoria da qualidade de vida dos pacientes e seus familiares, o Assistente Social exerce intervenção fundamental na colaboração para a melhoria da qualidade de vida da pessoa acometida pela doença a partir da compreensão da experiência da pessoa e o adequado acolhimento e apoio ao indivíduo e a seus familiares.
Este estudo possibilitou uma maior compreensão sobre as implicações da convivência com a família e como estão vivência desperta nos cuidadores particularidades que redimensionam suas concepções acerca do significado de cuidar de um familiar com uma doença.
Percebe-se também que quando o paciente está internado é uma fase de muito sofrimento, tanto para o paciente quanto para a sua família. Toda a equipe multidisciplinar tem como foco de sua atuação o paciente, no entanto faz-se importante conscientizar os profissionais de saúde que é preciso estar atento não só ao paciente, mas também a família, principalmente quem desempenha o papel de cuidador.
Contudo, foi possível identificar que o estado de humor do paciente afeta diretamente o estado de humor da família, muita das vezes a família fica sem condições psicológica quando ver o paciente sentindo dor.
Desta maneira, entende que a sobrecarga é um fator que modifica a saúde e qualidade de vida da família, capaz de afetar a dinâmica familiar e a própria assistência prestada ao paciente. É fundamental a atenção a família até para que ele possa proporcionar cuidados apropriado ao seu familiar internado.
Cuidar do estado emocional do paciente pode ter maior impacto na minimização da sobrecarga da família e vice-versa, confirmando a necessidade de formar as equipes com profissionais treinados para o manejo de dificuldades emocionais e, em especial, psico-oncologistas. 
Diante de todo o exposto, conclui-se que o profissional de Assistente Social deve possuir as competências e habilidades necessárias para atuar junto ao paciente e sua família, e também atuar em conjunto com equipe multidisciplinar na elaboração de planos referentes ao atendimento e atenção ao paciente em nível individual ou familiar.
6. Referências Bibliográficas
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	BRASIL. Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito a Convivência Familiar e Comunitária de Crianças e Adolescentes. Brasília: Conselho Nacional Dos Direitos Da Criança e do Adolescente – Conanda, 2006. Disponível em: <http://www.sdh.gov.br/assuntos/criancas-e-adolescentes/programas/pdf/plano-nacional-de-convivencia-familiar-e.pdf>. Acesso em 22 maio. 2020.
	BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Brasília, DF, 19 set. 1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm. Acesso em: 22 maio. 2020.
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