Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1. No intervalo de um jogo de futebol da seleção brasileira, para aliviar a tensão, Vinícius resolveu aplicar seus conhecimentos de química, e descobriu qual o desgaste da cápsula de zinco da pilha de seu rádio, durante os 90 minutos da partida. Dados: 1F = 96500C e massa molar de Zn = 65,0 g/mol Considerando que a quantidade de carga envolvida é igual a 1930C, a cápsula de Zinco da pilha sofreu um desgaste de: a) 0,1625 g b) 0,1300 g c) 0,3275 g d) 0,6500 g e) 0,7630 g Como estamos atrás da massa de zinco que oxidou - sofreu desgaste - , podemos usar a seguinte expressão para conseguir ela: 𝑛𝑍𝑛 = 𝑚 𝑀𝑀 ⟹ 𝑚 = 𝑛𝑍𝑛. 𝑀𝑀 Ela nos dá a massa 𝑚 a partir da massa molar do zinco que nos foi dada ( 𝑀𝑀 = 65,0 𝑔/𝑚𝑜𝑙) e do número de mols de zinco (𝑛𝑍𝑛). Para conseguir o número de mols de zinco, temos outra equação, que relaciona a constante de Faraday (𝐹 = 96500 𝐶/𝑚𝑜𝑙), a quantidade de carga que também nos foi dada (𝑄 = 1930) e o número de mols de elétrons liberados (𝑛𝑒−) 𝑄 = 𝐹. 𝑛𝑒− ⟹ 𝑛𝑒− = 𝑄 𝐹 Substituindo os dados: 𝑛𝑒− = 1930 𝐶 96500 𝐶. 𝑚𝑜𝑙−1 = 0,02 𝑚𝑜𝑙 Agora, vamos lembrar da semirreação de oxidação do Zn: 𝑍𝑛 ⟶ 𝑍𝑛+2 + 2𝑒− Como podemos ver, a cada dois elétrons liberados, temos um íon de zinco liberado, ou seja, sempre há duas vezes mais elétrons liberados do que íons de zinco. Portanto, o número de mols de zinco é sempre a metade do número de mols de elétrons: 𝑛𝑍𝑛 = 𝑛𝑒− 2 = 0,02 𝑚𝑜𝑙 2 = 0,01 𝑚𝑜𝑙 Agora, com o 𝑛𝑍𝑛 e o 𝑀𝑀, podemos calcular 𝑚 𝑚 = 𝑛𝑍𝑛. 𝑀𝑀 𝑚 = 0,01 𝑚𝑜𝑙. 65,0 𝑔 𝑚𝑜𝑙 = 0,65𝑔 2. "Uma corrente de 0,100 ampere atravessa uma solução aquosa que contém íons níquel. Após 32 minutos e 10 segundos verifica-se no catodo um depósito de 0,0587g de níquel." O número de faradays que atravessou essa solução e o número da carga do íon níquel são, respectivamente: Dado: Ni = 58,7 a) 1,00×10-3; 2 b) 2,00×10-3; 2 c) 3,00×10-2; 3 d) 2,00×10-3; 3 e) 3,00×10-2; 2 O “número de faradays” que o enunciado se refere é o 𝑛𝑒−, da expressão: 𝑄 = 𝐹. 𝑛𝑒− ⟹ 𝑛𝑒− = 𝑄 𝐹 Isso fica mais claro quando lembramos que: se temos 1 mol, temos 𝑛𝐹 = 1𝐹: se temos 3 mols, logo 𝑛𝐹 = 3𝐹 etc. F nos foi dado na última questão, portanto precisamos de 𝑄 apenas. Para isso, recorreremos a equação que define a corrente elétrica (𝐼) 𝐼 = 𝑄 ∆𝑇 ⟹ 𝑄 = 𝐼. ∆𝑇 A corrente nos foi dada (𝐼 = 0,1 𝐴), mas precisamos converter o tempo em segundos: ∆𝑇 = 32𝑚𝑖𝑛. 60 𝑠/𝑚𝑖𝑛 + 10𝑠 = 1930 𝑠. Podemos agora descobrir 𝑄 𝑄 = 𝐼. ∆𝑇 𝑄 = 0,01 𝐴. 1930 𝑠 = 193 𝐶 Sabemos, portanto, 𝑛𝑒− 𝑛𝑒− = 𝑄 𝐹 𝑛𝑒− = 193 𝐶 96500 𝐶. 𝑚𝑜𝑙−1 = 0,002 𝑚𝑜𝑙 = 2.10−3𝑚𝑜𝑙 Agora que temos 𝑛𝑒− precisamos saber a carga do íon níquel. Como? Se olharmos o exercício anterior, vemos que tem uma relação entre o número de mols e a carga do íon. Como o íon zinco possui NOX = +2, e 1 zinco, por exemplo, libera 2 elétrons, o mol de elétrons liberados é sempre o dobro do de íons de zinco, ou seja: 𝑛𝑒− = 𝑛𝑍𝑛. 2. Se fosse o Alumínio com NOX = +3, o número mols de elétrons liberados é sempre o triplo do número de mols de íons alumínio 𝑛𝑒− = 𝑛𝑍𝑛. 3. Logo: 𝑛𝑒− = 𝑛í𝑜𝑛|𝑁𝑂𝑋| ⟹ |𝑁𝑂𝑋| = 𝑛𝑒− 𝑛í𝑜𝑛 Portanto, para saber o |NOX|, precisamos do número de mols de íons de níquel. Vamos usar a massa molar (𝑀𝑀 = 58,7 𝑔/𝑚𝑜𝑙) e a massa de níquel dadas (𝑚 = 0,0587 𝑔). 𝑛𝑁𝑖 = 𝑚 𝑀𝑀 ⟹ 0,0587 𝑔 58,7𝑔/𝑚𝑜𝑙 = 0,001 𝑚𝑜𝑙 Portanto, o |NOX| é: |𝑁𝑂𝑋| = 𝑛𝑒− 𝑛í𝑜𝑛 |𝑁𝑂𝑋| = 0,002 0,001 = 2 3. Em duas cubas eletrolíticas, ligadas em série, ocorrem as reações, cujas equações são mostradas a seguir, pela passagem de uma corrente elétrica de 1 Ampére: cuba A: Ag+ (aq) + e- → Ag0 (s) cuba B: 2 H+ (aq) + 2e- → H2 (g) Dados: 1A= 1C.s-1 Pede-se: a) o tipo de reação que está ocorrendo; b) a denominação do eletrodo onde ocorrem essas reações; c) o tempo necessário para que ocorra a deposição de 1,08g de prata; d) o volume, em litros nas CNTP, do hidrogênio produzido durante o tempo determinado na letra c. a) Como o potencial de redução do Ag (+0,80) é maior do que o do H (0), o Ag irá reduzir. Logo, as semirreações ficam: Cuba A: 𝐴𝑔+ + 𝑒− → 𝐴𝑔 Cuba B: 𝐻2 → 2𝐻 + + 2𝑒− b) Como a prata reduz, seu eletrodo é um cátodo; como o hidrogênio oxida, seu eletrodo é um ânodo. c) Para o descobrir o tempo: 𝐼 = 𝑄 ∆𝑇 ⟹ ∆𝑇 = 𝑄 𝐼 Se temos o 𝐼 = 1 𝐴 precisamos do 𝑄. Para descobri-lo: 𝑄 = 𝑛. 𝐹 Se temos o 𝐹 = 96500 𝐶/𝑚𝑜𝑙, precisamos do 𝑛. Para descobri-lo: 𝑛 = 𝑚 𝑀𝑀 Sendo 𝑚 = 1,08𝑔 e, procurando na tabela periódica, 𝑀𝑀 = 108 𝑔/𝑚𝑜𝑙, logo: 𝑛 = 1,08 108 = 0,01 𝑚𝑜𝑙 Logo, para 𝑄: 𝑄 = 0,01 𝑚𝑜𝑙. 96500 𝐶/𝑚𝑜𝑙 = 965 𝐶 Portanto, o ∆𝑇 será: ∆𝑇 = 965 𝐶 1 𝐴 = 965 𝐶 1 𝐶. 𝑠−1 = 965 𝑠 d) Se o volume molar de qualquer gás na CNTP é igual a 22,4 𝑚𝑜𝑙/𝐿 , logo, para 0,01 𝑚𝑜𝑙: 𝑉 = 22,4 𝑚𝑜𝑙/𝐿. 0,01 𝑚𝑜𝑙 = 0,224 𝐿 4. Durante uma eletrólise, a única reação que ocorreu no catodo foi a deposição de certo metal. Observou-se que a deposição de 8,81 gramas de metal correspondeu à passagem de 0,300mols de elétrons pelo circuito. Qual das opções a seguir contém o metal que pode ter sido depositado? Dados: Massas atômicas Ni = 58,71; Zn = 65,37; Ag = 107,87; Sn = 118,69; Pb = 207,19 a) Ni. b) Zn. c) Ag. d) Sn. e) Pb. Vamos tentar fazer do modo mais intuitivo possível. Atenção que o 0,3 mol é o mol de ELÉTRONS. Para saber a massa molar precisamos do mol de metal. Como fazemos isso? Checando a carga de cada íon de cada metal. Começando pelo 𝑁𝑖: 𝑁𝑖 → 𝑁𝑖+2 + 2𝑒− Então, vemos uma relação 1 para 2 entre níquel e elétrons. Portanto, se 2 mols de elétrons equivalem a 1 mol de níquel, 0,3mol de elétrons serão 0,15mol de níquel. Usando este valor na equação para calcular a massa molar: 𝑀𝑀 = 𝑚 𝑛 𝑀𝑀 = 8,81 𝑔 0,150 𝑚𝑜𝑙 = 58,73𝑔/𝑚𝑜𝑙 Por sorte, o níquel é o metal certo. Se repetirmos o raciocínio para os outros veremos o quão distantes serão os resultados. 5. Este teste se refere ao elemento galvânico esquematizado a seguir. Assinale a afirmação FALSA em relação ao que vai ocorrer quando a chave C é ligada: a) A corrente elétrica convencional vai circular no sentido anti-horário. b) Elétrons irão circular pelo fio da esquerda para a direita. c) Ânions nitrato vão migrar, através da membrana porosa, da direita para a esquerda. d) A concentração de ZnSO4 do lado esquerdo vai aumentar. e) Cátions de zinco vão migrar, através da membrana porosa, da esquerda para a direita. a) CORRETA: Essa pode confundir, mas atenção ao nome usado “corrente elétrica convencional”. O fluxo de elétrons vai do zinco para a prata. Show. Mas a sentido da corrente elétrica é convencionalmente oposto ao dos elétrons (reclamem com os estadunidenses, foi ideia deles) b) CORRETA: Como afirmado anteriormente c) CORRETA: O eletrodo de Zinco oxida e é o ânodo do sistema, portanto, ele receberá os ânions d) ERRADO: a concentração de 𝑍𝑛+2 vai aumentar, mas a concentração de sulfatos não vai sofrer nenhuma alteração, então não há como formar mais sulfato de zinco. e) CORRETO: o cátodo de prata recebe os cátions. 6. (Ufpr 1995) Dados os potenciais de oxi-redução a seguir Ag+ + 1e- Ag0 E0= +0,80V Fe2+ + 2e- Fe0 E0= -0,44V Al+ + 3e- Al0 E0= -1,66V Cu2+ + 2e- Cu0 E0= +0,34V é correto afirmar que: 01) Uma pilha formada por um eletrodo de ferro em contato com uma solução contendo íons Fe2+, e um eletrodo de prata em contato com uma solução contendo íons Ag+, ligados por uma ponte salina, apresenta um potencial padrão de +1,24V. 02) Na mesma pilha da alternativa anterior ocorrerá a oxidação da prata com formação de Ag+. 04) A reação2Ag0 + Fe2+ → 2Ag+ + Fe0 é espontânea. 08) Uma lâmina de alumínio mergulha em uma solução 1mol/L de CuSO4 apresentará a formação de um depósito de cobre metálico dobre ela. 16) O alumínio (Aℓ0) é um redutor mais forte do que o ferro (Fe0). 01) CORRETA: A prata tem potencial de redução maior do que do ferro, portanto, ela reduz. Fazendo a 𝑑𝑑𝑝: ∆𝐸° = 𝐸°𝑅𝐸𝐷 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 − 𝐸°𝑅𝐸𝐷 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 ∆𝐸° = +0,80 − (−0,44) = 1,24 𝑉 02) ERRADA: Como vimos, a prata reduz e o ferro oxida. 03) ERRADA: Na reação apresentadas a prata está oxidando (doando seus elétrons para o ferro). Como vimos, a prata reduz e o ferro oxida. 08) CORRETA: Se ocorre um depósito de cobre metálico, significa que o cobre reduziu (foi de 𝐶𝑢+2𝑝𝑎𝑟𝑎 𝐶𝑢0). Vemos que o potencial de redução do cobre é maior que o do alumínio, portanto, o cobre realmente reduzirá. 16) CORRETA: Vamos a confusão de nomes novamente: se o alumínio é um REDUTOR mais forte que o ferro, quer dizer que ele é um AGENTE REDUTOR melhor, ou seja, ele faz os outros reduzirem com mais eficiência que o ferro, portanto, o alumínio OXIDA, mais do que o ferro. Vemos que o potencial de redução do alumínio é menor que o do ferro, portanto, realmente, o alumínio oxida melhor, sendo um melhor redutor. 7. Em uma cuba eletrolítica, utilizou-se uma corrente de 3A para depositar toda a prata existente em 400ml de uma solução 0,1N de AgNO3. Com base nos dados, podemos afirmar que o tempo necessário para realizar a operação foi próximo de: Dados: pesos atômicos: Ag = 108; N = 14; O = 16 1 Faraday = 96500 C a) 21 minutos. b) 10 minutos c) 5 minutos. d) 3 minutos. e) 2 minutos. Voltamos às contas! Vamos ao que está sendo pedido: o tempo para reduzir toda prata de uma solução. Buscamos o tempo (∆𝑇) 𝐼 = 𝑄 ∆𝑇 ⟹ ∆𝑇 = 𝑄 𝐼 Temos 𝐼 = 3𝐴. Para 𝑄, usaremos: 𝑄 = 𝑛𝑒−𝐹 Temos 𝐹 = 96500 𝐶/𝑚𝑜𝑙 . Para 𝑛𝑒− faremos primeiro o 𝑛𝐴𝑔 , aproveitaremos a concentração: ℳ = 𝑛𝐴𝑔 𝑉 ⟹ 𝑚 = ℳ. 𝑉 Portanto: 𝑛𝐴𝑔 = 0,1 𝑚𝑜𝑙 𝐿 . 0,4 𝐿 = 0,04 𝑚𝑜𝑙 Como a relação prata e elétron é 1:1, temos: 𝑛𝐴𝑔 = 𝑛𝑒− = 0,04 𝑚𝑜𝑙 Logo: 𝑄 = 0,04 𝑚𝑜𝑙. 96500 𝐶 𝑚𝑜𝑙 = 3860 𝐶 Consequentemente: ∆𝑇 = 3860 𝐶 3 𝐴 = 1286,667 𝑠 Convertendo para minutos: ∆𝑇𝑚𝑖𝑛 = 1286,667𝑠. 1𝑚𝑖𝑛 60𝑠 = 21,44 𝑚𝑖𝑛
Compartilhar