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1 simulado Direito Administrativo

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DIREITO ADMINISTRATIVO
1º SIMULADO
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DIREITO ADMINISTRATIVO
1º SIMULADO
GABARITO COMENTADO
LEIS N. 8.112/1990, 8.429/1992, 9.784/1999 E
8.666/1993 
(LEANDRO PEREIRA)
Nos termos da Lei n. 8.112/1990, julgue os próximos itens.
1. A investidura em cargo público ocorrerá com a nomeação.
Errado.
Lei n. 8.112/1990, Art. 7º A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.
2. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atri-
buições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que 
não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, e ocorrerá no prazo 
de quinze dias, contados da publicação do ato de provimento.
Errado.
Lei n. 8.112/1990, Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão 
constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, 
que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de 
ofício previstos em lei.
§ 1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento. 
3. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em jul-
gado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.
Certo.
Lei n. 8.112/1990, Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença 
judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja as-
segurada ampla defesa.
4. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou 
no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por deci-
são administrativa ou judicial, com ou sem ressarcimento de todas as vantagens.
Errado.
Será com ressarcimento de todas as suas vantagens. Conforme a Lei n. 8.112/1990:
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DIREITO ADMINISTRATIVO
1º SIMULADO
Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupa-
do, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por 
decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.
5. Ao servidor é proibido, em qualquer situação, cometer a outro servidor atribuições estra-
nhas ao cargo que ocupa.
Errado.
Lei n. 8.112/1990, Art. 117. "Ao servidor é proibido: XVII – cometer a outro servidor atribui-
ções estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias;"
Existe exceção, ou seja, em situações transitórias ou emergenciais.
Nos termos da Lei n. 8.429/1992, que institui normas sobre improbidade administrativa, julgue 
os próximos itens.
6. As disposições desta Lei não são aplicáveis ao particular sem vínculo com a Admi-
nistração Pública quando este atua sozinho em conduta ímproba contra a Administra-
ção Pública.
Certo.
Lei n. 8.429/1992. O particular, para se sujeitar as disposições dessa lei, deve induzir, con-
correr ou se beneficiar da conduta improba. De fato, sozinho, esta lei ao se aplica a esse 
particular sem vínculo com a administração pública.
7. Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público, ensejar enriqueci-
mento ilícito ou atentar contra os princípios da Administração Pública, caberá à autori-
dade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a 
indisponibilidade dos bens do indiciado.
Errado.
Lei n. 8.429/1992, Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio públi-
co ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo 
inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado.
8. A declaração de bens e valores que compõem o patrimônio do agente público será men-
salmente atualizada e na data em que o agente público deixar o exercício do mandato, 
cargo, emprego ou função.
Errado.
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1º SIMULADO
Lei n. 8.429/1992, Art. 13, § 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na data 
em que o agente público deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função.
9. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que 
seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade e a 
representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a qualificação 
do representante, as informações sobre o fato e a sua autoria e a indicação das provas 
de que tenha conhecimento.
Certo.
Lei n. 8.429/1992:
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja 
instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.
§ 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a qualificação do 
representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha 
conhecimento.
10. As ações de que trata a Lei n. 8.429/1992 admitem a celebração de acordo de não per-
secução cível.
Certo.
Lei n. 8.429/1992, Art. 17, § 1º As ações de que trata este artigo admitem a celebração de 
acordo de não persecução cível, nos termos desta Lei.
No que se refere a processo administrativo, nos termos da Lei n. 9.784/1999, julgue os próxi-
mos itens.
11. A Lei n. 9.784/1999 estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no 
âmbito da Administração Pública direta e indireta da União, Estados, DF e Municípios, 
visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumpri-
mento dos fins da Administração.
Errado.
Lei n. 9.784/1999, Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administra-
tivo no âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção 
dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração.
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1º SIMULADO
12. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribu-
ída como própria, salvo os casos de delegação dos atos de competência exclusiva.
Errado.
Lei n. 9.784/1999:
Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída 
como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos. 
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:
I – a edição de atos de caráter normativo;
13. O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento da verdade dos fatos, 
nem a renúncia a direito pelo administrado.
Certo.
Lei n. 9.784/1999, Art. 27. O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento da 
verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado.
14. Uma vez iniciado o processo administrativo, o interessado não poderá desistir totalmente, 
ficando limitado à desistência parcial.
Errado.
Lei n. 9.784/1999, Art. 51. O interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir 
total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis.
15. Das decisões administrativas cabe recurso ou revisão dentro do prazo de 10 dias a partir 
do recebimento dos autos pelo órgão competente.
Errado.
Lei n. 9.784/1999, Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legali-
dade e de mérito.
Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição de recurso admi-
nistrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.
Art. 65. Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer 
tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis 
de justificar a inadequação da sanção aplicada.
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1º SIMULADO
Sobre licitações e contratos, julgue os itens, com base na Lei n. 8.666/1993.
16. A compra ou locação de imóvel para Administração Pública se insere em uma das situa-
ções de contrataçãodireta pela Administração Pública, licitação dispensada.
Errado.
Lei n. 8.666/1993, Art. 24. É dispensável a licitação:
X – para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da 
administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha, desde 
que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia;
17. Declarado o vencedor da licitação, a Administração Pública não pode mais revogar o 
procedimento, ficando limitada a anulação, em caso de ilegalidade.
Errado.
Lei n. 8.666/1993, Art. 49. A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente 
poderá revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devida-
mente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalida-
de, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado.
18. Na hipótese de a Administração Pública alterar unilateralmente contrato administrativo, 
acarretando aumento de encargos para o particular, terá esse particular direito ao resta-
belecimento do equilíbrio econômico-financeiro existente no início da avença.
Certo.
Lei n. 8.666/1993, Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas 
justificativas, nos seguintes casos:
II – por acordo das partes:
d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contra-
tado e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, 
objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de 
sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de conseqüências incalculáveis, retardadores 
ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do 
príncipe, configurando álea econômica extraordinária e extracontratual.
19. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante 
da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para 
assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.
Certo.
Lei n. 8.666/1993, Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um re-
presentante da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para 
assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.
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1º SIMULADO
20. Pela inexecução total ou parcial do contrato, a Administração poderá aplicar ao contra-
tado a sanção de suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de 
contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos.
Certo.
Lei n. 8.666/1993, Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, ga-
rantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:
III – suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Adminis-
tração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;
ATOS, RESPONSABILIDADE E SERVIDORES PÚBLICOS 
NA CONSTITUIÇÃO 
(RAPHAEL SPYERE)
21. Somente será possível a convalidação de atos administrativos inválidos que apresentem 
vício na competência ou na forma.
Errado.
Nas lições de José dos Santos Carvalho Filho (2018, p. 204), existem três formas de conva-
lidação: a ratificação, a reforma e a conversão. A primeira delas tem por objeto atos inválidos 
por vício na competência ou na forma.
Já a reforma e a conversão atingem os atos administrativos com vício no objeto quando ele 
é plúrimo, isto é, com multiplicidade de conteúdos. Segundo o referido autor (op. cit.), na 
reforma se admite que:
Novo ato suprima a parte inválida do ato anterior, mantendo sua parte válida. Exemplo: ato anterior 
concedia licença e férias a um servidor; se se verifica depois que não tinha direito à licença pratica-
-se novo ato errando essa parte do ato anterior e se ratifica a parte relativa às férias.
Por seu turno, na conversão, Carvalho Filho (op. cit.) explica que:
A Administração, depois de retirar a parte inválida do ato anterior, processa a sua substituição por 
uma nova parte, de modo que o novo ato passa a conter a parte válida anterior e uma nova parte, 
nascida esta com o ato de aproveitamento. Exemplo: um ato promoveu A e B por merecimento e 
antiguidade, respectivamente; verificando após que não deveria ser B mas C o promovido por anti-
guidade, pratica novo ato mantendo a promoção de A (que não teve vício) e insere a de C, retirando 
a de B, por ser esta inválida.
Portanto, diante de todo o explicado, não somente o vício na competência ou na forma ad-
mitem convalidação. Atos com vício no objeto, desde que plúrimo, também aceitam esse 
instituto.
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1º SIMULADO
22. O ato administrativo é manifestação de vontade proveniente de entidades da Adminis-
tração Pública com personalidade de direito público, não se admitindo sua produção por 
entidades com personalidade de direito privado.
Errado.
As entidades de direito privado da Administração Pública indireta, como empresas públicas 
e sociedades de economia mista, também praticam atos administrativos, como por exem-
plo, aqueles que integram o procedimento licitatório. 
Ademais, entidades privadas (por óbvio, com personalidade de direito privado) para as quais 
tenham sido delegados poderes e atribuições públicas também praticam atos administra-
tivos, como, por exemplo, uma concessionária de estrada concedendo autorização para 
ocupação de área pública lindeira a determinado trecho da rodovia. Isso ocorre, segundo 
a doutrina, porque os atos administrativos são manifestações de vontade provenientes da 
Administração Pública ou de quem a represente (aqui, enquadrados os delegatários).
É nessa linha o conceito apresentado por Celso Antônio Bandeira de Mello (2008, p. 380), 
segundo qual, ato administrativo é:
Declaração Estado (ou de quem lhe faça as vezes – como, por exemplo, um concessionário de 
serviço público), no exercício de prerrogativas públicas, manifestada mediante providências jurídi-
cas complementares da lei a título de lhe dar cumprimento, e sujeitas a controle de legitimidade por 
órgão jurisdicional.
O erro da questão reside em afirmar que os atos não podem ser praticados por entidades 
com personalidade de direito privado.
23. Atos administrativos perfeitos são aqueles que esgotaram o respectivo ciclo de formação 
exigido em lei e, por conseguinte, não podem ser impugnados judicialmente.
Errado.
O fato de um ato administrativo ter esgotado o ciclo de sua formação e ser, por isso, deno-
minado perfeito, não significa que ele está em conformidade com a lei e o Direito.
Com efeito, ser legal e legítimo (conformação com a lei e o Direito) guarda relação com a va-
lidade do ato administrativo e não com sua perfeição. Por exemplo, uma licença cuja lei exija, 
para sua concessão, a emissão de um parecer preliminar e, posteriormente, a aprovação de 
uma autoridade competente será considerada perfeita após exauridas todas essas etapas. 
Todavia, isso não garante que o ato seja válido. Se descoberto que a licença teve por obje-
tivo o favorecimento de determinado grupo empresarial, e houver como provar tal fato, o ato 
será declarado nulo, por desvio de finalidade. 
Ademais, por aplicação do Princípio da Inafastabilidade da Jurisdição, a nulidade poderá ser 
reconhecida judicialmente, por meio da respectiva ação judicial, como, por exemplo, a ação 
popular (CF/1988, art. 5º, LXXIII).
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DIREITO ADMINISTRATIVO
1º SIMULADO
24. A realização de atos administrativos por particulares é admitida no Direito Administrativo 
moderno, a partir da delegação de poderes públicos a eles, como se verifica, por exem-
plo, no tocante à aplicação de sanções de polícia.
Errado.
Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo (2017, p. 508) expõem os conceitos de atos adminis-
trativosdefendidos por Celso Antônio Bandeira de Mello e Maria Sylvia Zanella Di Pietro, 
respectivamente, in verbis:
Declaração do Estado (ou de quem lhe faça as vezes – como, por exemplo, um concessionário 
de serviço público), no exercício de prerrogativas públicas, manifestada mediante providências 
jurídicas complementares da lei a título de lhe dar cumprimento, e sujeitas a controle de legitimidade 
por órgão jurisdicional.
A declaração do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com 
observância da lei, sob regime jurídico de direito público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário.
Deles se extrai, de fato, que os atos administrativos podem ser praticados por particulares 
que se achem revestidos de competências públicas, como ocorre com entidade privadas 
concessionárias de serviço público ou mesmo notários de cartórios extrajudiciais.
Todavia, isso não ocorre a ponto de exarar sanções de polícia, como afirmado na assertiva. 
Com efeito, o entendimento defendido ainda hoje para efeitos de concurso público é o per-
filhado pelo Supremo Tribunal Federal – STF, desde 2003, nos autos da ADI 1.717/DF (Rel. 
Ministro Sydney Sanches, DJ 28.03.2003), segundo qual o poder de polícia não poderá 
ser exercido por entidades com personalidade de direito privado.
É oportuno salientar que o STF poderá mudar esse entendimento quando apreciar o RE 
633.782/MG, que teve reconhecida a repercussão geral e se acha pendente de julgamento. 
Por isso, é necessário acompanhar o deslinde desse caso para futuras provas de concur-
so público.
25. Atos administrativos declaratórios são aqueles que criam uma nova situação jurídica 
individual para seus destinatários, como, por exemplo, a interdição de estabelecimento.
Errado.
A questão trouxe o conceito de ato administrativo constitutivo e não de ato administrativo 
declaratório.
Ato administrativo declaratório é aquele por meio do qual a Administração reconhece um 
direito preexistente, uma situação jurídica preconcebida. São exemplos deles a anulação, 
a licença profissional e a homologação. Nas lições de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo 
(2017, p. 525), ato declaratório:
É aquele que apenas afirma a existência de um fato ou de uma situação jurídica anterior a ele. O 
ato declaratório atesta um fato, ou reconhece um direito ou uma obrigação pré-existente; confere, 
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1º SIMULADO
assim, certeza jurídica quanto à existência do fato ou situação nele declarada. Essa espécie de ato, 
frise-se, não cria situação jurídica nova, tampouco modifica ou extingue uma situação existente.
Por outro lado, os mesmos autores (2017, p. 525) explicam ser um ato constitutivo aquele que:
Cria uma nova situação jurídica individual para seus destinatários, em relação à administração. 
Essa situação jurídica poderá ser o reconhecimento de um direito ou IMPOSIÇÃO DE UMA OBRI-
GAÇÃO AO ADMINISTRADO.
São exemplos de atos administrativos constitutivos, além do que exposto na assertiva em 
comento, a revogação de outro ato por oportunidade e conveniência, a autorização para 
ocupação de área pública com a realização de uma feira, a aplicação de multa por violação 
de regra sanitária, a remoção de ofício de servidor, entre outros.
26. Todos os atos administrativos apresentam presunção de legitimidade.
Certo.
Há unanimidade doutrinária em afirmar que a presunção de legitimidade dos atos adminis-
trativos é universal, ou seja, está presente em todos eles.
Nessa batuta, ensinam Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo (2017, p. 557) que:
A presunção de legitimidade ou presunção de legalidade é um atributo presente em todos os atos 
administrativos, quer imponham obrigações, quer reconheçam ou confiram direitos aos administra-
dos. Esse atributo deflui da própria natureza do ato administrativo, está presente desde o nascimen-
to do ato e independe de norma legal que o preveja. 
27. Segundo entendimento do Superior Tribunal de Justiça, a demolição de casa habitada 
não apresenta autoexecutoriedade.
Certo.
O Superior Tribunal de Justiça – STJ – asseverou que a demolição de uma casa habitada 
deverá ser autorizada judicialmente e acompanhada por oficiais de justiça (REsp 1.217.234/
PB, Rel. Ministro Ari Pargendler, DJe 21.08.2013).
A necessidade de prévia autorização judicial, segundo entendimento do STJ, é justamente 
o que demostra a ausência de autoexecutoriedade do ato em baila.
28. O administrador público que se omite, deixando de adotar determinada conduta prevista 
em lei, afronta o princípio da legalidade, em face do “poder-dever” de agir imputado à 
Administração, configurando hipótese de inaplicabilidade da reserva do possível.
Errado.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
1º SIMULADO
Ao contrário, o princípio da reserva do possível é causa jurídica que justifica o Poder Público 
deixar de exercer competência pública exigida em lei. Trata-se de um contraponto ao dever-
-poder de agir do Estado.
Por esse primado, entende-se que o Poder Público não tem capacidade de atender a todos 
os direitos da população, especialmente os de natureza social, em virtude da escassez de 
recursos que se acham à disposição. Exemplo: o Estado não consegue prover de assistên-
cia à saúde toda a população que dela necessite, assegurando tratamentos médicos sofis-
ticados/modernos; ele precisa distribuir ao máximo os serviços de saúde, para alcançar o 
maior universo de pessoas possíveis, o que exige minimizar gastos; então, se identificado 
que um medicamento/tratamento mais “barato” surte os efeitos pretendidos sem compro-
meter a saúde do indivíduo, a Reserva do Possível autoriza a Administração a afastar a 
aplicação de métodos mais "caros". 
Entretanto, é importante salientar que a Reserva do Possível é alvo de limitações, não po-
dendo ser empregada como causa justificadora de toda e qualquer omissão promovida pelo 
Poder Público. Especial limitação é a dignidade da pessoa humana, célula básica de todo o 
ordenamento jurídico brasileiro que não pode ser comprometida. 
Esse entendimento resultou de um movimento pós II Guerra Mundial conhecido como Ne-
oconstitucionalismo, responsável por alçar os Direitos Humanos ao status de princípio cen-
tral ao redor do qual todas as regras do Direito devem gravitar. Graças a esse movimento, 
surgiu o Primado do Mínimo Intocável, também denominado Reserva do Impossível, como 
cláusula mitigadora da Reserva do Possível.
Nesse contexto, viola o Princípio do Mínimo Intocável ou Existencial as péssimas condições 
dos hospitais e presídios brasileiros, não se aplicando a Reserva do Possível para afastar 
a responsabilidade estatal. Notadamente as violações dos direitos humanos em presídios 
brasileiros é o que a doutrina constitucionalista moderna chama de Estado de Coisa Incons-
titucional (violação do Mínimo Intocável).
29. Como corolário da responsabilidade objetiva do Estado, fundada na Teoria do Risco 
Administrativo, a lesão causada pelo Poder Público a terceiro gera o dever de indeniza-
ção pelo dano sofrido, seja ele patrimonial ou extrapatrimonial, independente de dolo ou 
culpa dos agentes públicos envolvidos. Todavia, em caso fortuito ou de força maior, a 
responsabilidade do Estado pode ser mitigada ou afastada.
Certo.
A CF/1988, art. 37, § 6º, erigiu a regra pela qual as pessoas jurídicas de direito público e de 
direito privado prestadoras de serviços públicos respondem objetivamente pelos danos que 
seus agentes, nessa qualidade, causam a terceiros.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
1º SIMULADO
Isso significa que a responsabilidade civil-indenizatória estatal independe de ter havido ou 
não dolo ou culpa do agente na ocasião do dano, sendo bastante haver nexo de causali-
dade entre a conduta por ele perpetrada na qualidade de agente e o prejuízo/dano efetiva-
mente causado.
Essas regras, segundo farta jurisprudência de nossas Cortes Superiores, compõem a deno-
minada Teoria do Risco Administrativo. Todavia, a referida teoriaadmite que seja afastada ou 
mitigada a responsabilidade civil estatal, o que ocorre em casos fortuitos ou de força maior.
Assim, uma enchente decorrente de fortes chuvas em determinado mês do ano (exemplo de 
caso fortuito/força maior), a depender da contribuição que a omissão estatal teve para esse 
evento da natureza, poderá:
a) Afastar a responsabilidade civil pública: se o Estado buscou evitar por meio de obras 
na infraestrutura de captação de águas pluviais, mas tudo não foi suficiente porque choveu 
além do normal, de maneira imprevisível;
b) Atenuar a responsabilidade civil pública: se o desleixo estatal foi determinante para os 
danos decorrentes da enchente, mas não foi a única causa, porque também choveu além do 
normal, imprevisivelmente, há causa concorrente. 
30. Ao Poder Judiciário é assegurado o controle sobre atos praticados pela Administração 
Pública, inclusive se o ato administrativo for discricionário.
Certo.
Os atos praticados pela Administração Pública devem ser praticados em conformidade com 
a lei e o Direito. Nesse sentido, por aplicação do Princípio da Inafastabilidade da Jurisdição 
Estatal, o ato da Administração que causa lesão a direito (ou que ameaça dar causa) não 
deixará de ser apreciado pelo órgão do Poder Judiciário legalmente competente. Trata-se 
do Controle Externo Judicial sobre os atos exarados pela Administração Pública. 
Sobre os atos discricionários, Alexandrino e Paulo (2017, p. 1015) explicam que eles: 
Podem ser amplamente controlados pelo Judiciário, no que respeita a sua legalidade ou legitimi-
dade. Por exemplo, um ato discricionário do Poder Executivo pode ser anulado pelo Poder Judiciá-
rio em razão de vício de competência, de desvio de finalidade, de vício de forma (se foi desatendida 
determinada forma ou formalidade que a lei considerasse essencial à validade do ato), de vício de 
motivo (por exemplo, comprovação de inexistência dos fatos alegados pela administração, motiva-
ção do ato, como ensejadores de sua prática) e de vício de objeto (por exemplo, ato praticado com 
conteúdo não previsto em lei; imagine-se, na esfera federal, um ato de suspensão disciplinar por 
100 dias: seria nulo por vício de objeto, porque a lei só autoriza a suspensão até 90 dias).
Noutras palavras, o Controle Judicial sobre os atos discricionários sofre limitações quanto 
ao mérito em si, mas não quanto à legalidade e à legitimidade. Observados esses parâme-
tros, não haverá violação alguma ao Princípio da Separação do Poderes.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
1º SIMULADO
31. Responde objetivamente o Distrito Federal pelos danos causados por um agente da Polí-
cia Civil que, fora do horário de expediente, deflagrou tiros com arma da corporação em 
desfavor de um desafeto em plena festa junina. 
Errado.
O ente federado em tela (DF) somente poderá ser responsabilizado nos casos em que seus 
agentes, NESSA QUALIDADE, causarem dano a terceiro. Isso não ocorreu na hipótese 
trazida na assertiva. 
Com efeito, o Policial Civil no caso narrado não ostentou a qualidade de agente, mesmo que 
estivesse com arma da Polícia Civil, porque não exerceu uma competência/obrigação pú-
blica. Não estava no exercício das funções públicas de seu cargo. Na verdade, atuou como 
particular, apresentando animus de revanchismo em desfavor do terceiro.
Em casos como esse, o dano deve ser suportado pelo agente, e não pela Pessoa Jurídica 
a qual se acha vinculado. Há verdadeira quebra do nexo de causalidade em favor da enti-
dade pública. 
Esse vem sendo o entendimento adotado pelo STF (RE 593.625/SP, Rel. Teori Zavascki, 
DJe 18.03.2014; AgR no RE 508.114/SP, Rel. Ministra Cármen Lúcia, DJe 07.11.2008; RE 
363.423/SP, Rel. Ministro Carlos Ayres Britto, DJe 14.03.2008; RE 341.776/CE, Rel. Ministro 
Gilmar Mendes, DJe 14.04.2007). Em suas palavras:
Nos termos do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal, o Estado responderá objetivamente pelos 
atos de seus agentes que, nessa qualidade, causem danos a terceiros. Conforme asseverado pelo 
acórdão recorrido, a prova colhida deixou claro que, conquanto portasse arma da corporação, 
o policial militar autor do disparo fatal não estava a serviço do Estado, mas, sim, exercendo ati-
vidade particular de segurança em estabelecimento comercial (fls. 45/46). Para a configuração da 
responsabilidade objetiva do Estado, é necessária a atuação de agente público no exercício de 
suas funções.
32. A vítima de dano causado pelo Estado poderá escolher contra quem demandará a res-
pectiva indenização: diretamente do agente público responsável ou da entidade a qual 
ele se acha vinculado.
Errado.
O Supremo Tribunal Federal – STF – ratificou seu antigo entendimento quanto à aplica-
ção do Princípio da Dupla Garantia em matéria de responsabilidade civil estatal por danos 
causados a terceiros (RE 1.027.633/SP, Rel. Ministro Marco Aurélio, DJe 20.08.2019; RE 
327.904/SP, Rel. Ministro Carlos Ayres Britto, DJe: 15.08.2006). Segundo o Excelso Pretó-
rio, serão asseguradas duas garantias jurídicas:
Uma, em favor do particular, possibilitando-lhe ação indenizatória contra a pessoa jurídica de direi-
to público, ou de direito privado que preste serviço público, dado que bem maior, praticamente certa, 
a possibilidade de pagamento do dano objetivamente sofrido. Outra garantia, no entanto, em prol do 
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1º SIMULADO
servidor estatal, que somente responde administrativa e civilmente perante a pessoa jurídica a 
cujo quadro funcional se vincular.
E, assim, foi fixada a seguinte tese:
A teor do disposto no art. 37, § 6º, da Constituição Federal, a ação por danos causados por agente 
público deve ser ajuizada contra o Estado ou a pessoa jurídica de direito privado prestadora de ser-
viço público, sendo parte ilegítima para a ação o autor do ato, assegurado o direito de regresso 
contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Apesar da divergência que existia entre o Supremo e o Superior Tribunal de Justiça acerca 
do tema, é certo que esta Egrégia Corte deverá ajustar suas futuras decisões ao entendi-
mento exarado em sede de repercussão geral.
33. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento acerca da natureza de pessoa jurídica 
dos cartórios extrajudiciais, razão pela qual eventual dano que tais entidades venham a 
dar causa a terceiros ensejará responsabilidade civil em desfavor do Poder Concedente.
Errado.
Não se trata de pessoas jurídicas, mas de agentes públicos. 
Com efeito, em decisão em sede de repercussão geral prolatada em 2019, o Supremo (RE 
842.846/SC, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado 27.02.2019) perfilhou tese diferente da asseve-
rada na questão, pela qual:
O Estado responde objetivamente pelos atos dos tabeliães registradores oficiais que, no exercício 
de suas funções, causem danos a terceiros, assentado o dever de regresso contra o responsável, 
nos casos de dolo ou culpa, sob pena de improbidade administrativa.
Com isso, deixou assentada a natureza de agentes públicos dos tabeliães registradores 
oficiais que, como tais, possuem responsabilidade subjetiva pelos danos que causam a 
terceiros (depende da comprovação de dolo ou culpa) e se sujeitam ao direito de regresso 
por parte do Poder Público concedente (não podem responder diretamente perante a vítima, 
segundo o princípio da Dupla Garantia defendido pelo STF em outro julgado, de 2006 – RE 
327.904/SP, e ratificado em 2019 – RE 1.027.633/SP).
34. Os danos decorrentes de atos de improbidade administrativa em geral são imprescrití-
veis, a despeito da regra geral adotada no Direito Brasileiro sobre responsabilidade civil 
ser a prescrição.
Errado.
Em virtude de entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal – STF (RE 669.069/
MG, Rel. Ministro Teori Zavaski, DJe 30/06/2016), como regra geral, os danos causados à 
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1º SIMULADO
Fazenda Pública decorrentes de ilícito civil se submetem a prescrição. Contudo, não foi, na 
ocasião definido o respectivoprazo, restando a tese assim redigida: “É prescritível a ação 
de reparação de danos à Fazenda Pública decorrente de ilícito civil”.
Aproximadamente 2 anos depois, o STF (RE 852.475/SP, Rel. Ministro Alexandre de Mora-
es, DJe 22.08.2018) voltou a enfrentar o tema, dessa vez, especificamente sobre a prescri-
tibilidade dos danos decorrentes de atos de improbidade administrativa (exemplo de ilícito 
do direito público), oportunidade em que fixou a seguinte tese de repercussão geral:
São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário fundadas na prática de ato doloso tipificado 
na Lei de Improbidade Administrativa.
Em suma, a imprescritibilidade é exceção, somente sendo admissível quando o dano pro-
vier de improbidade dolosa. Eis o erro da questão ao afirmar tal regra de exceção para os 
atos de improbidade em geral.
35. A investidura em cargos públicos decorrerá necessariamente de concurso público de 
provas ou provas e títulos.
Errado.
A CF/1988, em seu art. 37, inciso II, elegeu o concurso público de provas ou provas e títu-
los como o procedimento administrativo capaz de imprimir a isonomia, a impessoalidade, a 
moralidade e a publicidade/transparência na seleção de pessoal para investidura em car-
gos e empregos públicos EFETIVOS. Nesses casos, o concurso se torna condição jurídica 
indispensável de validade da seleção, traduzindo-se a violação dessa regra em nulidade 
absoluta da investidura.
Todavia, ao afirmar que “o provimento de cargos públicos decorrerá necessariamente de 
concurso público”, o examinador incorreu em erro, porque ignorou a existência de cargos 
em comissão, constitucionalmente considerados de livre nomeação (investidura sem con-
curso público prévio).
Ademais, há outro erro: a Constituição não impede que normas infraconstitucionais dis-
ponham sobre outras formas de provimento/investidura de cargos públicos, tal como faz 
a Lei n. 8.112/1990, em seu art. 8º, que estabelece readaptação, reversão, reintegração, 
recondução, aproveitamento e promoção como formas derivadas de provimento de cargo 
público efetivo. 
Ao contrário, a própria Constituição Federal, art. 41, §§ 2º e 3º, institui a reintegração, a 
recondução e o aproveitamento como formas de provimento/investidura de cargos públicos 
sem a realização de concurso público.
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1º SIMULADO
36. A garantia constitucional de permanecer no cargo público após três anos de efetivo exer-
cício denomina-se vitaliciedade.
Errado.
A CF/1988, art. 41, § 4º, estabelece aos servidores que ocupem cargos efetivos a estabi-
lidade (não vitaliciedade) após o decurso de 3 anos de efetivo exercício, condicionada a 
avaliação especial de desempenho realizada por comissão instituída especificamente para 
essa finalidade, assegurada ampla defesa.
Uma vez alcançada, a estabilidade garante ao servidor público somente perder o vínculo 
com o serviço público do respectivo nível federativo nas hipóteses e condições expressa-
mente descritas na Constituição, a saber (art. 41, § 1º, I a III, e art. 169, § 4º):
Em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei comple-
mentar, assegurada ampla defesa;
Excesso de endividamento do Poder Público com "folha" de pessoal.
Vitaliciedade é outra garantia constitucional, que assegura ao agente apenas perder o vín-
culo com o Poder Público após decisão judicial transitada em julgado. A CF/1988 assegura 
vitaliciedade a determinadas categorias de agentes públicos, tais como os magistrados, 
após decorridos 2 anos de exercício (art. 95).
37. Somente excepcionalmente poderá ser reajustada a remuneração de servidores públi-
cos por meio de decreto do Presidente da República.
Errado.
A CF/1988, art. 37, X, estabelece que: 
A remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão 
ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegu-
rada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices.
Portanto, há aplicação do princípio da Reserva Legal para afastar o citado reajuste por meio 
de decreto do Chefe do Executivo, até porque a própria CF/1988, art. 84, VI, ‘a’, estabelece 
que decretos do Presidente da República não poderão gerar aumento de gastos, o que ine-
quivocamente ocorre quando há reajustes na remuneração.
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1º SIMULADO
38. Servidores públicos de um determinado Tribunal Regional Federal pararam de trabalhar 
por 51 (cinquenta e um) dias consecutivos sem, contudo, violar as formalidades legais 
relativas ao exercício do direito de greve.
Assertiva: Nesse caso, os referidos servidores poderão ser demitidos pela infração de 
abandono de cargo, observados os princípios do devido processo legal e da ampla defesa.
Errado.
A CF/1988, art. 37, VII, instituiu o direito de greve aos servidores públicos. A despeito de ser 
norma constitucional de eficácia limitada e não ter sido até hoje editada a lei para regular o 
instituto, trata-se de direito que vem sendo exercido graças ao Supremo Tribunal Federal, 
que reconheceu, em sede de Mandado de Injunção (MI 670/ES, Rel. Ministro Maurício Cor-
rêa, DJe 31.08.2006), a inconstitucionalidade da omissão legislativa.
Nessa ótica, os dias de greve não representam faltas injustificadas, porque se trata de um 
direito reconhecido constitucionalmente ao servidor público, quanto mais se exercido sem 
“violar as formalidades legais” relativas a ele.
A configuração de abandono de cargo, para efeitos de demissão, na forma da Lei n. 
8.112/1990, art. 138, exige mais de 30 dias de faltas injustificadas. Conforme explicado, o 
exercício regular do direito de greve não gera "faltas injustificadas”.
39. Apesar de representar valioso direito constitucional assegurado aos servidores públicos, 
a greve não poderá ser exercida sem a observância de limites, sob pena, do contrário, 
de lesar os interesses públicos.
Certo.
Em 2017, o Supremo Tribunal Federal (RE 693.456/RJ, Rel. Ministro Dias Toffoli, DJe 
19.10.2017) decidiu que o período de greve também representa motivo de desconto na 
remuneração ou subsídio do servidor, em face da suspensão do vínculo funcional que dela 
decorre, admitida a compensação em caso de acordo com o Poder Público. 
Por outro lado, cumpre destacar, não será cabível o desconto se restar demonstrado que a 
greve foi provocada por conduta ilícita do próprio Poder Público, tal como a falta de paga-
mento de salários.
40. A Constituição Federal autoriza ao servidor público acumular o seu cargo com emprego 
público remunerado vinculado a fundação pública de direito privado.
Certo.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
1º SIMULADO
A Constituição Federal, art. 37, XVI e XVII, prescreve como regra geral a não acumulação 
de cargos, empregos ou funções públicas, nos três Poderes da União, dos estados, dos 
municípios e do Distrito Federal. 
Todavia, a impossibilidade de acumulação deve ser entendida como relativa, pois a própria 
Constituição legitima determinadas acumulações, de natureza excepcional, em seu art. 37, 
XVI, alíneas, e art. 38, III, desde que, em todas elas, haja comprovação de compatibilidade 
de horários. São elas:
2 cargos de professor;
1 cargo de professor com um técnico ou científico;
2 cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
Mandato de vereador com um cargo público.
Portanto, é possível que um servidor público, por exemplo, de uma fundação pública, como 
a Fundação Universidade de Brasília – FUB, acumule as funções de professor de magistério 
superior com as funções de um emprego público em Sociedade de Economia Mista, como 
a Petrobras, DESDE QUE HAJA COMPATIBILIDADE DE HORÁRIOS.
CONTRATO ADMINISTRATIVO
(RAPHAEL SPYERE)
A respeito das características jurídicas dos Contratos Administrativos, julgueas assertivas a 
seguir.
41. Porque as cláusulas contratuais são fixadas previamente pela Administração Pública, 
unilateralmente, cabendo ao particular a elas aderir, o contrato administrativo apresenta 
características de termo de adesão. 
Certo.
As cláusulas da minuta do contrato são redigidas pela Administração Pública, não cabendo 
aos licitantes contribuir para sua formulação, mas apenas aderir às condições já previamen-
te definidas e divulgadas no instrumento de convocação.
Nessa tocada, Raphael Spyere (2019, p. 618) explica ter o contrato administrativo natureza 
de contrato de adesão, já que:
Ao interessado em contratar com o Poder Público é dado conhecer das cláusulas da avença na oca-
sião da etapa editalícia da licitação (art. 62, § 1º) e, aí sim, optar por participar ou não do certame. 
Se escolher aderir ao referido processo, deve estar ciente de que, uma vez sagrando-se vencedor 
e sendo recrutado à celebração do termo, não será possível propor qualquer alteração de suas 
cláusulas.
Com efeito, acaso não concordem com as cláusulas do contrato, aos interessados na li-
citação restará impugná-lo, na forma da Lei n. 8.666/1993, art. 41, arguindo questões de 
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1º SIMULADO
validade e mérito administrativo. Também é possível a devida ação judicial, por aplicação da 
CF/1988, art. 5º, XXXV, que é de via mais estreita, tendo em vista que, por meio dela, ape-
nas se discute a validade do termo, não cabendo ao Judiciário se imiscuir em considerações 
de mérito em si, sob pena, do contrário, de violar o princípio da Separação dos Poderes.
42. Nos contratos administrativos, a subcontratação parcial pelo contratado dos encargos 
avençados é causa de rescisão, quando realizada sem previsão expressa no edital e no 
contrato. 
Certo.
Os contratos administrativos têm como atributo a pessoalidade, isto é, seus encargos de-
vem ser executados por quem o tenha celebrado junto ao Poder Contratante.
Também denominada intuitu personae, importa na vedação, como regra geral, de haver 
subcontratação dos encargos contratuais, ressalvado se o instrumento de convocação ex-
pressamente autorizar e, ainda assim, caso a caso, houver aval da Administração contratan-
te (Lei n. 8.666/1993, arts. 72 e 78, VI). 
Fora dessas condições, a subcontratação é irregular, como no caso narrado na questão, 
representando causa de rescisão unilateral do contrato, na forma do art. 79, I, da Lei n. 
8.666/1993.
43. Os contratos administrativos são ajustes que a Administração, nessa qualidade, celebra 
com pessoas físicas ou jurídicas, sejam elas públicas ou privadas, para a consecução de 
fins públicos, segundo regime de direito público ou privado. 
Errado.
Os contratos administrativos, para Di Pietro (2014, p. 263) são: 
Ajustes que a Administração, nessa qualidade, celebra com pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou 
privadas, para a consecução de fins públicos, segundo regime de direito público.
Segundo a referida autora, deverá ser empregada a expressão contratos da Administra-
ção, que tem um sentido mais amplo, sempre que se desejar indistintamente tratar dos con-
tratos celebrados pela Administração, sejam eles submetidos ao regime de direito público 
ou privado. 
44. A Administração pode se valer da prerrogativa de modificar, unilateralmente, as cláusu-
las de seus contratos administrativos, visando melhor adequação às finalidades de inte-
resse público, respeitados os direitos do contratado. 
Certo.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
1º SIMULADO
Conforme a Lei n. 8.666/1993, art. 65, I, “a” e “b”, §§ 1º e 6º, in verbis:
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos 
seguintes casos:
I – unilateralmente pela Administração:
a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica 
aos seus objetivos;
b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição 
quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei.
(…)
§ 1o O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou su-
pressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor 
inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o 
limite de 50% (cinqüenta por cento) para os seus acréscimos.
(…)
§ 6o Em havendo alteração unilateral do contrato que aumente os encargos do contratado, a Admi-
nistração deverá restabelecer, por aditamento, o equilíbrio econômico-financeiro inicial.
Diante das normas dispostas, conclui-se que a Administração Pública se vale das prerroga-
tivas potestativas do regime jurídico administrativo para, mediante a cláusula exorbitante de 
alteração unilateral dos contratos administrativos, garantir a satisfação dos interesses públi-
cos, observado o direito do contratado de ter preservado o equilíbrio econômico-financeiro.
45. Se comprovada a inexecução do contrato administrativo em face da ocorrência de força 
maior, a lei autoriza sua rescisão por ato unilateral e escrito da Administração.
Certo.
De acordo com a Lei n. 8.666/1993, arts. 78, XVII, e 79, I. Nos termos desses dispositi-
vos legais:
Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato:
(…)
XVII – a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada, impeditiva da 
execução do contrato.
(…)
Art. 79. A rescisão do contrato poderá ser:
I – determinada por ato unilateral e escrito da Administração, nos casos enumerados nos incisos I a 
XII e XVII do artigo anterior.
46. Nos contratos administrativos que tenham por objeto a prestação de serviços terceiriza-
dos, a Administração Pública é automática e subsidiariamente responsável pelo inadim-
plemento trabalhista do contratado.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
1º SIMULADO
Errado.
Não é automática a responsabilidade trabalhista do Poder Público em face dos débitos con-
traídos pelos seus contratados. 
Segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal – STF – e do Tribunal Superior do 
Trabalho – TST (ADC 16/DF, Rel. Ministro Cezar Peluso, DJe 09.09.2011; Súmula 331 do 
TST, itens: IV-VI; RE 760.931/DF, Rel. Ministro Luiz Fux, DJe 10.10.2017) –, a Adminis-
tração Contratante responderá pelo inadimplemento trabalhista de seus contratados, nos 
seguintes termos:
– Deverá ficar evidenciada sua conduta culposa na fiscalização do cumprimento dos encar-
gos trabalhistas pela contratada (prova inequívoca de culpa in vigilando);
– A responsabilidade trabalhista por ela suportada não decorre de mero inadimplemento das 
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada, ou seja, não é 
automática; 
– Sua responsabilidade é subsidiária e abrange todas as verbas decorrentes da condena-
ção referentes ao período da prestação laboral. 
47. Serviços continuados, como secretariado e manutenção, são frequentemente contrata-
dos pelo Poder Público mediante procedimento licitatório. Nesses casos, a duração do 
contrato ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários. 
Errado.
Extrai-se do caput do art. 57, da Lei n. 8.666/1993, que a duração dos contratos adminis-
trativos, ressalvados os casos especificados em lei, é limitada à vigência dos respectivos 
créditos orçamentários.
Todavia, o inciso II do mesmo artigo traz uma ressalva, justamente no tocante aos serviços 
executados de forma contínua.
Neles, a duração do contrato é prorrogável por iguais e sucessivos períodos com vistas à 
obtenção de preços e condições mais vantajosas para a Administração, limitada a 60 meses.
Salienta-se que a duração ainda poderá, além dos 60 meses explicados, sofrer derradeiro 
acréscimo por mais 12 meses, desde que a exceção seja justificada e autorizada pela auto-
ridade superior (art. 57, § 4º).
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DIREITO ADMINISTRATIVO
1º SIMULADO
A respeito da anulação dos contratos administrativos,suas causas e efeitos jurídicos, julgue 
as assertivas a seguir.
48. Como decorrência do primado da autotutela, a Administração tem a prerrogativa de anular 
seus contratos inválidos, em face de razões de oportunidade e conveniência superve-
niente a respectiva celebração.
Errado.
De fato, como corolário da autotutela, a Administração tem a prerrogativa de anular os con-
tratos que tenha celebrado. Todavia, a questão está incorreta ao afirmar que esse poder tem 
como causa razões de "oportunidade e conveniência”, haja vista que a anulação de atos 
praticados pela Administração decorre de invalidade.
Com efeito, desde 1963, o Supremo Tribunal Federal – STF – já havia consignado seu en-
tendimento na Súmula n. 346 (ratificando, por sinal, na Súmula n. 473, de 1969), pelo qual 
a Administração tem a prerrogativa de declarar a nulidade dos seus próprios atos. Aproxi-
madamente 30 anos depois, tal prerrogativa foi novamente confirmada, agora pela Lei n. 
8.666/1993, em matéria de licitações e contratos. 
Quanto à invalidação/anulação de contratos administrativos, regula seu art. 59, parágrafo 
único, que:
Art. 59. A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente impedindo os 
efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos.
Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo 
que este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente 
comprovados, contanto que não lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem 
lhe deu causa.
Como se percebe, não resta dúvida de que a anulação/invalidação dos contratos adminis-
trativos decorre de nulidade, isto é, da desconformidade do termo com a lei e o Direito. 
Convém lembrar que, por aplicação da CF/1988, art. 5º, XXXVI, enquanto atos jurídicos 
perfeitos, os contratos administrativos são irrevogáveis. 
Se houver razões de interesse público supervenientes, de alta relevância e amplo conhe-
cimento (justificadas e determinadas pela máxima autoridade administrativa a que se acha 
sujeito o contratante, devidamente exaradas no processo administrativo a que se atrela o 
contrato), caberá a rescisão unilateral do termo, na forma da Lei n. 8.666/1993, art. 78, XII 
c/c art. 79, I, assegurados ao contratado (art. 79, § 2º): 
1. Pagamento dos créditos devidos;
2. Indenização de prejuízos regularmente comprovados;
3. Liberação da garantia contratual; e 
4. Pagamento do custo da desmobilização antecipada. 
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DIREITO ADMINISTRATIVO
1º SIMULADO
49. A nulidade do contrato não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado 
pelo que já houver sido executado até a data em que ela for declarada, mas eventu-
ais prejuízos, ainda que comprovados, não ficam compreendidos no referido quantum 
indenizatório.
Errado.
Por aplicação da Lei n. 8.666/1993, em seu art. 59, § único, deverá a Administração Contra-
tante indenizar também outros prejuízos regularmente comprovados, ressalvados os casos 
em que o próprio contratado tenha dado causa/concorrido para a nulidade contratual. 
Nesses casos, deverá ser responsabilizado administrativa, civil e, conforme o caso, 
penalmente.
Seja como for, a Administração deverá assegurar ao interessado o direito de recorrer ad-
ministrativamente da anulação, no prazo de 5 dias úteis, contados da intimação (Lei n. 
8.666/1993, art. 109, § 1º e ‘c’).
50. A nulidade da licitação induz à do contrato que tenha dela se originado. 
Certo.
Assertiva perfeitamente ajustada ao teor do § 2º, do art. 49, da Lei n. 8.666/1993. Significa 
afirmar que a invalidade da licitação contamina o contrato administrativo, tendo aqui adota-
do o legislador a Teoria da Árvore Envenenada. 
Noutras palavras: a nulidade da licitação – árvore, eiva de vício (“envenena” de ilicitude) o 
contrato administrativo – fruto.
Lembrando que a Administração deverá assegurar o direito de recurso administrativo no 
prazo de 5 dias úteis (art. 109, I, ‘c’).
Sobre as penas e sanções contratuais aplicadas pela Administração Contratante no exercício 
do Poder Disciplinar, considerando a Lei n. 8.666/1993 e a interpretação de suas normas pelo 
Superior Tribunal de Justiça, julgue as afirmativas a seguir.
51. A Administração poderá aplicar, entre outras, a pena de advertência e multa ao contra-
tado, mas nunca de forma cumulativa, para não incorrer em violação do princípio Non 
Bis in Idem e da Legalidade.
Errado.
O art. 87, § 2º, expressamente permite a aplicação cumulativa da multa contratual com as 
demais penalidades aplicáveis ao contratado pela inexecução total ou parcial do termo, ob-
servado o direito ao contraditório e à ampla defesa.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
1º SIMULADO
52. A amplitude das penas de suspensão do direito de licitar e a declaração de inidoneidade 
alcançam todos os níveis de Administração.
Certo.
Há longa data, o Superior Tribunal de Justiça (REsp 151.567/RJ, Rel. Ministro Franciso Pe-
çanha Martins, DJ 14.04.2003; REsp 174.274/SP, Rel. Ministro Castro Meira, DJ 22.11.2004) 
defende que tanto a suspensão temporária de licitar como a declaração de inidoneidade al-
cançam todos os níveis de Administração.
Assim, se o contratado for apenado em âmbito municipal com qualquer uma dessas penas, 
os efeitos reverberarão sobre as Administrações Públicas da União, estados, municípios e 
Distrito Federal, onde ficará impedido de licitar e contratar temporariamente.
Em seus julgados, a Egrégia Corte fundamenta esse entendimento, especialmente alegan-
do que a Administração Pública é una, sendo apenas descentralizadas as suas funções, 
para melhor atender ao bem comum. Daí, o desvio de conduta que inabilita o sujeito para 
contratar com a Administração, por exemplo, municipal, gera efeitos a qualquer órgão da 
Administração Pública no Brasil.
53. A Administração tem a prerrogativa de reter os pagamentos devidos à empresa contra-
tada, quando esta deixa de apresentar regularidade fiscal durante a vigência de um con-
trato administrativo.
Errado.
Ao contrário. O Superior Tribunal de Justiça (AI 1.392.655/DF, Rel. Ministro Herman Ben-
jamin, DJe 15.04.2011) tem firme entendimento de que não é possível a retenção de pa-
gamento de serviços já executados em sede de contrato administrativo, em razão do não 
cumprimento das obrigações fiscais pela contratada.
Para a Colenda Corte, entender possível tal conduta é legitimar o enriquecimento indevido 
da Administração. Ademais, representa violação do princípio da legalidade, haja vista que 
tal providência não se encontra amparada na Lei de Licitações e Contratos Administrativos 
(Lei n. 8.666/1993, art. 80, IV).
Quanto à mutabilidade contratual, julgue os próximos itens como certo ou errado.
54. A ocorrência de caso fortuito e força maior impõe a alteração unilateral do contrato admi-
nistrativo.
Errado.
Por aplicação da Lei n. 8.666/1993, o evento de caso fortuito ou força maior permite altera-
ção bilateral de suas cláusulas (art. 65, II, ‘d’).
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55. As alterações unilaterais promovidas pela Administração em até 70% (setenta porcento) 
do valor original do objeto devem ser aceitas pelo contratado. 
Errado.
As alterações quantitativas unilaterais não poderão exceder os limites percentuais previstos 
no art. 65, § 1º, da Lei n. 8.666/1993, isto é:
– Em casos de obras, compras e serviços: para acréscimos e supressões, até 25% do 
valor do contrato atualizado;
– Em casos especiais de reforma de edifícios ou equipamentos: para acréscimos, 
até 50% do valor do contrato atualizado (para supressões, até 25% do valor do contrato 
atualizado).
56. A Administração Pública tem a prerrogativa de direito público de fiscalizar seus contratos 
administrativos por meio de um agente especialmente designado para esse mister, per-
mitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes 
a essaatribuição. 
Certo.
A fiscalização da execução do contrato está prevista na Lei n. 8.666/1993, em seu art. 58, 
III, enquanto cláusula exorbitante, achando-se regulada pelos arts. 67 a 70.
Cuida-se do dever-poder de que se vale a Administração contratante de controlar o cum-
primento das cláusulas contratuais concomitantemente à respectiva execução do objeto, 
tomando todas as medidas administrativas necessárias para corrigir irregularidades que, se 
não solucionadas a tempo, podem causar sérios prejuízos aos interesses públicos. 
Visando viabilizar eficiência ao exercício de tal competência pública, o art. 67 da referida lei 
estabelece que a execução do contrato será acompanhada e fiscalizada por um represen-
tante da Administração especialmente designado para esse mister, admitindo-se terceiros 
para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes.
57. A rescisão unilateral por culpa exclusiva da empresa contratada impede que esta receba 
pelos encargos contratuais executados. 
Errado.
Segundo o inciso IV, do art. 80, da Lei n. 8.666/1993, em caso de rescisão do contrato por 
conduta culposa do contratado, caberá a retenção dos créditos inerentes ao que já houver 
sido executado, no limite dos prejuízos causados à Administração.
Esse dispositivo deve ser interpretado à luz do Princípio do Equilíbrio Econômico-Finan-
ceiro, segundo o qual os encargos contratuais do contratado devem ser remunerados pelo 
Poder Público contratante. 
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1º SIMULADO
Portanto, uma vez compensados os prejuízos (ou em caso deles simplesmente não existi-
rem), ainda que o contratado tenha dado causa a rescisão, fará jus a receber os crédi-
tos devidos pela execução do termo.
58. No caso de supressão parcial dos encargos de uma obra, por alteração unilateral promo-
vida pela Administração, o contratado terá o direito ao ressarcimento dos valores gastos 
com insumos adquiridos, sem prejuízo de indenização pelos eventuais danos adicionais 
comprovados. 
Certo.
Lei n. 8.666/1993, art. 65, § 4º, in verbis:
No caso de supressão de obras, bens ou serviços, se o contratado já houver adquirido os mate-
riais e posto no local dos trabalhos, estes deverão ser pagos pela Administração pelos custos 
de aquisição regularmente comprovados e monetariamente corrigidos, podendo caber indenização 
por outros danos eventualmente decorrentes da supressão, desde que regularmente comprovados.
59. Será nulo qualquer contrato verbal.
Errado.
A Lei n. 8.666/1993, art. 60, parágrafo único, de fato prescreve ser nulo e de nenhum efeito 
o contrato verbal celebrado com a Administração, exceto o de:
Pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% 
(cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de 
adiantamento.
O citado limite (art. 23, II, “a”), atualizado pelo Decreto n. 9.412/2018, é de até R$ 176.000,00. 
Logo: 5% corresponderão a R$ 8.800,00.
60. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de 
preços, mas não nas hipóteses de dispensas e inexigibilidades de licitações cujos valo-
res se enquadrem nos limites das referidas modalidades.
Errado.
Segundo o art. 62 da Lei n. 8.666/1993, o instrumento de contrato é obrigatório nos casos de 
concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos 
preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação.
Será facultativo nos demais casos, podendo a Administração substituí-lo por outros instru-
mentos hábeis, tais como a ordem de serviço e autorização de compra.
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(RICARDO BLANCO)
Julgue os itens a seguir.
61. Em regra, a publicidade do ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade; 
por isso, a sua omissão enseja comprometimento ético contra o bem comum, imputável 
a quem a negar.
Certo.
A publicidade é um princípio constitucional, que garante a transparência na administração.
62. Maria tomou posse recentemente no IPHAN e ficou responsável por desenvolver um pro-
jeto cujo objetivo era restaurar um acervo de pinturas pertencentes ao município do Rio 
de Janeiro e reformar uma área específica de um museu municipal, para a exposição das 
pinturas restauradas. Essas pinturas possuem grande valor histórico, artístico e cultural, 
consideradas peças de grande raridade pelo estilo e pelo método de pintura utilizado. 
Essa restauração é uma tarefa que somente pode ser realizada por técnico especiali-
zado, e há no país somente uma profissional habilitada para o trabalho.
Em relação a essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
Dado o princípio da legalidade, Maria, como funcionária do IPHAN responsável pelo 
projeto, só pode fazer o que lhe é permitido de forma expressa por legislação pertinente.
Certo.
Pelo princípio da legalidade, a Administração e seus agentes só podem fazer o que a 
lei permite.
63. Situação hipotética: O Prefeito de determinado município promoveu campanha publici-
tária para combate ao mosquito da dengue. Nos panfletos, constava sua imagem, além 
do símbolo da sua campanha eleitoral. Assertiva: No caso, não há ofensa ao princípio da 
impessoalidade.
Errado.
Art. 37, § 1º, CF/1988. A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos ór-
gãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo 
constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou 
servidores públicos.
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64. O núcleo do princípio da eficiência no Direito Administrativo é a procura da produtividade e 
da economicidade, sendo este um dever constitucional da Administração, que não poderá 
ser desrespeitado pelos agentes públicos, sob pena de responsabilização pelos seus atos.
Certo.
O princípio da eficiência está na CF/1988 e nas leis administrativas que tornam a adminis-
tração mais célere e econômica na produção de seus atos.
Art. 37, CF/1988. A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoali-
dade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional n. 19, de 1998)
Art. 2º, Lei n. 9.784/1999. A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da lega-
lidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contradi-
tório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
65. O princípio da impessoalidade está diretamente relacionado à obrigação de que a auto-
ridade pública não dispense os preceitos éticos, os quais devem estar presentes em 
sua conduta.
Errado.
Seria o princípio da moralidade.
Art. 2º, Lei n. 9.784/1999. A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da lega-
lidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contra-
ditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
IV – atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé;
66. É admitida a criação de autarquia por iniciativa de Deputado Federal, desde que este 
encaminhe o respectivo projeto de lei à Câmara dos Deputados e que a matéria verse 
estritamente sobre a criação da entidade.
Errado.
A Constituição Federal de 1988 dispõe que somente por lei específica poderá ser criada au-
tarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de 
fundação (art. 37, XIX, 1ª parte). Cabe observar que todas essas leis — seja para criação, 
seja para autorização — devem partir da iniciativa do Chefe do Poder Executivo (Presi-
dente da República, Governador ou Prefeito), por força de expressa disposição constitucio-
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1º SIMULADO
nal (CF/1988,art. 61, II, ‘e’). Assim, não é cabível que um parlamentar proponha lei para a 
criação ou autorização de criação dessas entidades ou suas subsidiárias, sob pena de ser 
considerada inconstitucional, por vício de iniciativa.
67. A distribuição de competências a órgãos subalternos despersonalizados, como as secre-
tarias-gerais, é modalidade de descentralização de poder.
Errado.
Órgãos fazem parte da administração direta desconcentrada e subordinada.
68. A criação de empresa pública é um exemplo de descentralização de poder realizado por 
meio de atos de direito privado, ainda que a instituição da empresa pública dependa de 
autorização legislativa.
Certo.
Art. 37, XIX, CF/1988. somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a ins-
tituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei com-
plementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Cons-
titucional nº 19, de 1998)
Art. 3º, Lei n. 13.303/2016. Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de 
direito privado, com criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é inte-
gralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios.
Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da União, do 
Estado, do Distrito Federal ou do Município, será admitida, no capital da empresa pública, a partici-
pação de outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de entidades da administra-
ção indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Art. 4º, Lei n. 13.303/2016. Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade 
jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, 
cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Fede-
ral, aos Municípios ou a entidade da administração indireta.
69. A investidura em empregos públicos em sociedades de economia mista depende de 
prévia aprovação em concurso público, mas não se estende a esse tipo de emprego a 
proibição constitucional de acumulação remunerada de funções e cargos públicos.
Errado.
Aplica-se a regara da vedação de acumulação de empregos públicos.
Art. 37. II, CF/1988 – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em 
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do car-
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go ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado 
em lei de livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Art. 37, XVI, CF/1988 – é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando 
houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Redação dada pela Emenda Cons-
titucional nº 19, de 1998)
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamenta-
das; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 34, de 2001)
Art. 37, XVII, CF/1988 – a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange 
autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e 
sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
70. As fundações públicas não são sujeitas aos procedimentos licitatórios comuns aos 
demais entes da Administração indireta.
Errado.
Têm o dever de licitar.
Art. 1º, Lei n. 8.666/1993 – Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos adminis-
trativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no 
âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, 
os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades 
de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios.
71. O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações integra a Administração 
direta, enquanto a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), agência sob a supervi-
são desse Ministério, integra a Administração indireta.
Certo.
Ministério é órgão e faz parte da Administração direta, enquanto que a FINEP é uma empre-
sa pública e faz parte da Administração indireta.
A Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), é uma empresa pública brasileira de fo-
mento à ciência, à tecnologia e à inovação em empresas, universidades, institutos 
tecnológicos e outras instituições públicas ou privadas, sediada no Rio de Janeiro.
A empresa é vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação.
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72. Autarquia pode ser criada por ato administrativo originário de ministério.
Errado.
Criada por lei.
Art. 37, XIX, CF/1988 – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a 
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei 
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
73. A Administração Pública direta inclui as autarquias, as fundações públicas e as empre-
sas públicas.
Errado.
Entidade faz parte da Administração indireta.
74. A descentralização por colaboração ocorre, por exemplo, quando a Administração Pública, 
por meio de ato administrativo, transfere a execução de um serviço a uma pessoa jurí-
dica, mas mantém a titularidade do serviço.
Certo.
A descentralização por colaboração pode ser por autorização, concessão ou permissão, 
transferindo apenas a execução de serviço.
A autorização é ato administrativo, enquanto a permissão e a concessão são contratos.
Art. 21 CF/1988. Compete à União:
XI – explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de tele-
comunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um 
órgão regulador e outros aspectos institucionais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, 
de 15/08/95:)
75. Ocorre desvio de poder na forma omissiva quando o agente público que detém o poder-
-dever de agir se mantém inerte, ao passo que o excesso de poder caracteriza-se pela 
necessária ocorrência de um transbordamento no poder-dever de agir do agente público, 
não sendo cabível na modalidade omissiva.
Errado.
O abuso de poder pode ser na forma desvio de poder ou excesso de poder. O desvio tem 
vício na finalidade do ato, enquanto o excesso possui vício na competência.
O agente tem o dever de atuar; então, se ele é omisso, deixou de exercer a competência, o 
que torna o ato viciado.
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76. Em decorrência do poder hierárquico, é lícita a avocação por órgão superior, em cará-
ter ordinário e por tempo indeterminado, de competência atribuída a órgão hierarquica-
mente inferior.
Errado.
Avocação é temporária.
Art. 15, Lei n. 9.784/1999. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devi-
damente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamen-
te inferior.
77. Configura abuso do poder regulamentar a edição de regulamento por Chefe do Poder 
Executivo dispondo obrigações diversas das contidas em lei regulamentada, ainda que 
sejam obrigações derivadas.
Errado.
O decreto pode criar situações derivadas, desde que seja dentro dos limites da lei.
78. O administrador público age no exercício do poder hierárquicoao editar atos normativos 
com o objetivo de ordenar a atuação de órgãos a ele subordinados.
Certo.
Ato administrativo que emite ordem é exercício do poder hierárquico.
79. O abuso de poder, que inclui o excesso de poder e o desvio de finalidade, não decorre 
apenas de conduta omissiva de agente público.
Certo.
Pode ser por ato comissivo ou omissivo.
80. Constitui poder de polícia a atividade da Administração Pública ou de empresa privada ou 
concessionária com delegação para disciplinar ou limitar direito, interesse ou liberdade, 
de modo a regular a prática de ato em razão do interesse público relativo à segurança.
Errado.
De acordo com o STF o poder de polícia será exercido pelos órgãos da Administração 
direta e pelas entidades de direito público. Esse poder não pode ser exercido por enti-
dade privada.
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1º SIMULADO
GABARITO
1. E
2. E
3. C
4. E
5. E
6. C
7. E
8. E
9. C
10. C
11. E
12. E
13. C
14. E
15. E
16. E
17. E
18. C
19. C
20. C
21. E
22. E
23. E
24. E
25. E
26. C
27. C
28. E
29. C
30. C
31. E
32. E
33. E
34. E
35. E
36. E
37. E
38. E
39. C
40. C
41. C
42. C
43. E
44. C
45. C
46. E
47. E
48. E
49. E
50. C
51. E
52. C
53. E
54. E
55. E
56. C
57. E
58. C
59. E
60. E
61. C
62. C
63. E
64. C
65. E
66. E
67. E
68. C
69. E
70. E
71. C
72. E
73. E
74. C
75. E
76. E
77. E
78. C
79. C
80. E

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