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Primeiro forms de GO 1. Anatomia das mamas, genitália interna e externa e propedêutica Localização: As mamas estão situadas entre a 2° e 6° costelas, entre a borda lateral e a linha axilar média. Formação: Pele, tecido subcutâneo e tecido mamario Possui duas fáscia: superficial, logo em cima da derme, e a fáscia profunda que fica anteriormente á fáscia do musculo peitoral maior Ligamentos de cooper: Feixa fibrosa de tecido conectivo que liga a pele aos tecidos mamários Temos de 15 a 20 lobos na mama que se abrem no mamilo. Todos eles irão drenar para um ducto lactifero maior que dilaram em seios Obs.:Na mulher não lactante, predomina o tecido adiposo, já na lactante, predomina o tecido glandular. Limites: Superior: segunda ou terceira costela Inferior: sulco ou prega inframamaria Medial: borda lateral do externo Lateral: linha axilar média Obs.: O tecido mamário se estende até a axila -> causa de spence Anatomia - Dividida em quatro quadrantes 1° Superior medial 2° Superior lateral 3° Inferior medial 4° Inferior lateral Obs.: Quadrantes laterais possuem maior volume e localização mais frequente de tumor. Vascularização Arterial -> porção medial e central; intercostais perfurantes anteriores - 60% do suprimento Quadrante súpero lateral: artéria torácica lateral (a. axilar e ramo peitoral da arteria toracoacromial) Tecido mamario remanescente: ramos das artérias intercostais posteriores CAP: a toracica interna (ramos perfurantes e ramos intercostais anteriores) Venosa -> segue o curso das arterias, seguindo em direção a axila. Formam um circulo anastomótico (circulus venoso) ao redor da papila Inervação -> Ramos cutâneos lateria e anteiores (2° a9 6° intercostal) Porção superior: Ramos do nervo supraclavicular (plexo cervical) Papila e aréola: ramos dos cutâneos laterais e anteriores (2-5° intercostal) Nervos intercostobraquial: ramo cutâneo lateral do segundo nervo intercostal -> encontrado durante a dissecação axular e sua secção leva a perda de sensibilidade na face medial do braço Drenagem linfática -> Linfonodos axilares fazem mais de 75% da drenagem Medialmente drenada por linfáticos acompanhantes dos ramos da a mamaria interna -> linfonodos paraesternais Linfáticos superficiais se comunicam com os da mama oposta Linfonodos supraclaviculares -> envolvimento é indicativo de doença avançada Drenagem linfática dos componentes epitelial e mesenquimal -> via primária de metástases do câncer de mama para outros sítios 1. Genitália externa Vulva: monte púbico, grandes e pequenos lábios, vestibulo da vagina, clitoris, bulbo do vestívulo e glândulas vestibulares Irrigação: aa. pudendas internas e externas Inervação: prinicpalmente nervo pudendo Drenagem linfática: linfonodos inguinais superficieis Obs.: Glândula de bartholin e Skene tem como função básica a lubrificação da vulva a. Genitália interna Composição: Vagina, útero, ovários e tubas uterinas Ovários -> tem origem de três folhetos embrionários Encontram-se na fossa ovárica, não coberto pelo peritônio - Sustentação: ligamento útero-ovárico, infundíbulo pélvico, mesovário Irrigação: a. ovárica e ramo ovárico da a. uterina Inervação: Plexo ovárico Drenagem linfática: Linfonodos aórticos/lombares Tubas uterinas -> Dividida em porção intramural, o istmo, a ampola e o infundíbulo e em duas aberturas, sendo elas a cavidade uterina e a cavidade abdominal Sustentação: mesossalpinge, ligamento tubo-ovárico Irrigação: artérias ovariana e uterina Inervação: plexo ovárico e hipogástrico inferior Drenagem: linfonodos lombares Útero -> Dividido em fundo, corpo, istmo e colo Composição: túnica serosa, miométrio e endométrio Irrigação: a. uterina -> cruza acima do ureter e alcança o colo na altura do óstio interno ascendendo lateralmente ao útero Inervação: Plexos uterovaginais e hipogástrio superior Drenagem linfática: linfonodos lombares, ilíacos e sacrais Vagina -> composta por mucosa, túnica muscular e túnica fibrosa Irrigação: ramos da artéroa uterina e artéria vaginal (ramo da iliaca interna) Inervação: n. pudendo (terço interior) Drenagem linfática: Linfonodos ilíacos e inguinais b. Genitália externa Conhecido em conjunto como vulva e são sustentados pelo períneo Composição: Grandes e pequenos lábios, monte puviano, clitoris, vestíbulo, bulbo vestibular e glândulas vestibulares Vascularização: a. pudenda interna e a. pudenda externa Inervação: Nervo ilioinguinal, nervo genitofemoral, nervo pudendo, nervo cutâneo femoral posterior da coxa, plexo nervoso uterovaginal Drenagem linfática: Linfonodos inguinais superficiais e profundos , linfonodos ilíacos internos c. Estruturas do assoalho pélvico - Aparelho de suspensão - Feixes anteriores - ligamentos puboretral e pubovesical - Feixes laterais - ligamentos cardinais - Feixes posteriores - ligamentos uterossacros - Aparelho de sustentação ou assoalho pélvico - Diafragma pélvico - músculos levantadores do ânus e coccígeo - Diafragma urogenital - músculos transverso profundo do períneo e transverso superficial do períneo 2. Propedeutica obstétrica Diagnóstico da gravidez-> BHCG - teste urinário capta o HCG, porém não o beta Sinais clínicos: atraso menstrual, nâusea/vômito, polaciúria, alterações mamárias (dor nas mamas), “peso na barriga que desce”, sonolência Face: colasma (tipo melasma) gravídico, sinal de halban (aumento de pilificação/lanugem/penugem) Mamas: (hunter, tubérculo de montgomery, rede haller) - Hunter: perda do limite da aréola - Tubérculo de montgomery: aumento das glândulas areolares que lubrificam na hora da amamentação - Rede de Haller: aumento da circulação venosa na mama visualizada pela derme da mama da mulher (parece varizes) Vulva: Jacquimier (edema da vulva pelo aumento da circulação sanguínea), kluge: vulva fica arroxeada devido ao aumento da circulação (pode achar como Jacquemier-Kluge) Útero: Puzos (abaulamento do útero na parte anterior) Diagnóstico - ausculta BCF ** - Sonar 12-14 semanas - Pinard 16 semanas - USG 6-7 semanas Movimentos fetais a partir da 20° semana Pré-natal Tem como objetivo acompanhar alterações no organismo materno, desenvolvimento fetal e sanar as dúvidas e ocorre desde o início da gestação até o momento em que o bebê nasce. História da gestação Planejada? Desejada? Aceita? Parceiro (s) Família - apoio? Antecedentes obstétricos - Gestações (G): quantidade, tipo, experiência/condução - Paridade/partos (P): Idade gestacional de nascimento, patologias e complicações obstétricas, peso do nascimento. Parto cesária (PC) Parto normal (PN) - Abortos (A): espontâneo/provocado, abordagem Antecedentes pessoais/ hábitos/ cirurgia/ familiares - Doenças crônicas/medicamentos - Tabagismo - Álcool - Drogas - Cirurgias prévias - Doenças crônicas em parentes - Idade gestacional (sempre em semanas) DUM: data da última menstruação (primeiro dia da última menstruação) - contar dias da DUM até hoje - divide por 7, acha as semanas Ultrassom: contar dias do USG até hoje - dividir por 7, acha as semanas DDP: data provável de parto - regra de Naegele jan/fev/mar: +7 dias +9 meses abr/mai/jun/jul/ago/set/out/nov/dez: +7 dias -3 meses (e vira o ano) SUPLEMENTAÇÃO VITAMÍNICA Ácido fólico (300mcg a 5mg): previne malformações do tubo neural -interromper lá pelas 14 semanas Sulfato ferroso (300mg) - anemia (pela captação da placenta e do feto) - anemia dilucional (aumento do volume plasmático das gestantes, não acompanhado pelo aumento das células vermelhas) - ferritina (<30 suplementar 1º trimestre) - anemia p/ gestante Hb<11 Outras? - Não são necessárias, seguem “moda”. - Cálcio para prevenir a DHEG (doença hipertensiva específica da gestação; só acontece lá pelas 20 semanas) pelo SUS IMUNIZAÇÃO Avaliar carteira de vacinação - Se ela não tiver: hepatite B (ciclo completo caso não tenha nenhum, completar ciclo caso tenha, seguir esquema normal da hepatite); Influenza (na campanha); DTPa (depois de 20 semanas) - Se játiver: só fazer Influenza na campanha - Covid é recomendada atualmente CONTROLE DURANTE A GESTAÇÃO Peso e PA: sempre EXAME FÍSICO INICIAL Genitais externos Genitais internas Especular/toque vaginal 1º TRIMESTRE USG TV (a partir da 6 semanas) USG morfológico 1º trimestre (entre 11 e 14 semanas) - avalia translucência nucal: região da medida cervical do feto (para algumas alterações cromossômicas tipo síndrome de Down) Exames laboratoriais - HMG, ferro, ferritina - TSH/T4 livre: causa de abortamento - glicemia jejum: diabetes gestacional - urina/urocultura: disfunção renal - tipagem sanguínea (parceiro?): sangramento, doença hemolítica perinatal - sorologias: HIV, VDRL (sífilis), hepatite B e C, toxoplasmose, citomegalovírus, rubéola 2º TRIMESTRE USG morfológico de 2º semestre TTOG 75g: teste de tolerância oral à glicose (diabetes gestacional- 24 a 28 semanas) Ecocardiograma fetal No particular, repetir exames laboratoriais e sorologias, no SUS não pode 3º TRIMESTRE USG obstétrico Exames laboratoriais e sorologias Strepto B (cotonete): pode estar presente na flora vaginal/anal, sepse pré-natal precoce EXAME FÍSICO Altura uterina: da borda superior da sínfise púbica até o fundo uterino BCF: batimento cardíaco fetal Dinâmica uterina Braston-Hicks: contrações de treinamento Movimentação fetal Toque vaginal: somente se necessário (37 semanas, alguns lugares 36 semanas ou antes se tiver queixa) Como feto está (estática): posição dele dentro da barriga - manobras de Leopold 4 tempos: - 1º tempo: avaliar a atitude do feto (em flexão generalizada: posição fetal ou ovóide fetal) - 2º tempo: avaliar a situação (longitudinal |, transversa -- ou oblíqua /, em relação a pelve da mãe) - 3º tempo: avaliar onde está o dorso do bebê (toque dos lados na barriga da gestante para achar onde está mais durinho, onde está o coração para usar o sonar) - 4º tempo: avaliar a apresentação (relação da posição do bebê com o útero) se é cefálico (cabeça voltada para a pelve da mãe), pélvico (pernas voltadas para a pelve da mãe) ou córnico ou oblíquo - cefálico e pélvico exclusivos da situação longitudinal PERIODICIDADE DE CONSULTAS Risco habitual - 1º a 2º trimestre: mensal - 28-36 semanas: 2 ou 3 semanas - 37 semanas: semanal pós-data: após 40 semanas (controle); não existe regra, tem que acompanhar mais de perto pós-termo: após 42 semanas 3. Ciclo menstrual Eixo hipotálamo-hipófise-gônadas - Hipotálamo -> gonadotrofinas (GnRH), hormônio liberador de hormônio de crescimento (GNRH), hormônio liberador de corticotrofinas (CRF), hormônio liberador de tireotrofinas (TRH) - Hipófise -> Hormônio foliculo estimulante (FSH), luteinizante (LH), hormônio estimulante da tireoide (TSH), hormônio afrenocorticotrófico (ACTH), hormônio de crescimento (GH) e prolactina (PRL) No útero temos três camadas: serosa, miométrio e endométrio 4. Alterações fisiológicas da gestação - sintomas de presunção de gestação: atraso menstrual, náuseas, polaciúria (descartar infecção urinária) - corrimento grumoso de coloração diferente não é normal, examinar, diagnosticar e tratar - mácula rubra - sinais de presunção: cloasma, linha nigra, sinal de Halban, tubérculo de Montgomery, rede de Haller, sinal de Hunter - sinais de probabilidade: atraso menstrual maior que 14 dias, sinal de Hegar (amolecimento do istmo uterino), sinal de Piskacek (assimetria uterina a palpação) - sinais de certeza: ausculta dos batimentos cardíacos fetais (transvaginal com 6 semanas e doppler com 12 semanas), palpação de partes fetais e percepção dos movimentos fetais (18 semanas), sinal de Puzos (rechaço fetal intrauterino) Modificações do organismo materno —> S. musculoesqueletico - mudança do centro de gravidade, podendo adotar a marcha anserina (andar jogando a barriga para frente) que causa dores lombares - compressão de raízes cervicais e lombares - embebição gravidica (retenção/ edema de liquido) causa a compressão de tecidos pois todos os tecidos intracelulares e extra estarão com edema ● sd. do Tunel do carpo - aumento do diametro e estreitos da pelve —> SN - sonolencia pela ação da progesterona e da alcalose respiratória - enxaqueca e quadros psiquicos —> S. digestivo - náuseas e vômitos devido ao aumento do beta HCG e hormonios esteroidais pois esses hormônios vão aumentando até chegar a um plato. Hiperemise gravidica: nauseas e vomitos maior que o normal sendo avaliado pela hidratação, quantidade de vezes, perda ponderal de peso (5% do peso pré gestacional), etc - redução do tonus e do transito intestinal , relaxamento esfincter esofagico e estase biliar pela ação da progesterona que causa pirose, constipação e calculo biliar (relaxamento da musculatura lisa) ● compressão uterina no plexo hemorroidario causando hemorroida —> S. cardiovascular - discreto aumento da FC (20%) - aumento do volume sanguineo (50%) causando aumento do debito cardiaco podendo ficar 2x maior (32 semanas), isso a custo de um aumento do volume plasmatico - redução da resistencia vascular (vasodilatação) - redução da PA (por volta de 20 semanas): 5mmHg - desvio cardiaco para cima e para esquerda devido a elevação diafragmatica podendo surgir alguns sopros leves em borda esternal esquerda, se atentar se for um sopro diastolico pois não é normal —> S. hematopoiético - hemodiluição pois a quantidade de liquido aumenta mais do que a produção de células, causando anemia diluicional. Queda do hb - leucocitose - plaquetas pouco reduzidas; aumento do fibrinogenio; redução do s. fibrinolitico ; aumento dos fatores VII, VIII, X e fator de Von Willebrand; estase sanguinea. Todos esses fatores aumentam o risco de trombose; dispneia subita pode ser trombose —> S. respiratorio - elevação do diafragma dificulta a respiração e reduz a capacidade respiratória levando ao aumento do volume corrente e ventilação minuto causando hiperventilação , redução da pCO2 causando alcalose respiratoria —> S. endócrino - aumento de volume hipofisário (hiperplasia e hipertrofia por ação estrog~enica) - aumenta a produção da prolactina - redução do TSH - aumento das concentrações de globulina carreadoras dos hormonios tireoidianos e dos hormonios tireoidianos —> Modificações metabólicas - hipoglicemia de jejum, hiperglicemia pós prandial e hiperinsulinemia (segundo e terceiro treimestre principalmente) - transporte de glicose por difusão facilitada - hormonio lactogenio placentario humano, hormonio de crescimentoplacentario humano e adipocinas (efeito diabetogenico) - ganho ponderal médio de 9 a 12,5kg se a mulher for eutrofica, isso depende do IMC prévio e restrição fetal - lipogenese (abdominal) no primeiro e segundo trimestre e lipólise no terceiro trimestre - aumento das lipoproteinas e triglicerides (tomar cuidado com níveis pré gestacionais) - aumento das proteinas totais com menor concentração - retenção hidrica pela retenção de sódio —> S. tegumentar - pigmentação (teoria mais aceita: pela deposição de melanina nos macrofagos da pele), vascularização e atrofia - melasma, linha nigra, sinal de Hunter, vulva e axilas (alguns persistem pós gravidez) - teleangectasias, eritema palmar, sudorese - aumento secreção sebáceas - hipertricose - estrias violaceas (principalmente abdome 5. Disgnostico em ginecologia 6. Mecanismo de parto Avaliação da bacia materna Existem 4 tipos de bacias: androides, antropoides, obstétrica e platipelóide. A pélve obstétrica é dividida em: Grande bacia (pelve falsa) -> tem como limite as fossas ilíacas, posteriormente a coluna vertebral e anteriormente a porção inferior da musculatura abdominal Pequena bacia (escavação) -> pelve verdadeira onde seus limites são: - Superior: Linha terminal - Posterior: Superficie anterior do sacro - Lateral: Superficie interna dos isquios, ligamentos e fundas sacrociáticas, com os limites do púbis, ísquio e o forame obturador Constituição: Dois ossos iliacos, sacro e cóccix que são constituídos pela união dos ilio,isquio e púbis. Esses formam a sínfise púbica, articulações sacroilíacas e sacrococcigea Obs.: Sua constinuição óssea forma o canal do parto Os diâmetros com importância no exame da bacia são o diâmetro promonto-púbico mínimo (conjugata vera obstétrica), no estreito superior; o biisquiático, no estreito médio; e o cóccix-subpúbico, no inferior. Estática fetal -> relações espaciais entre o produto conceptual e o organismo materno Atitude -> Adaptação que o feto faz dentro do útero para caber nele. Normalmente: o feto se aloja na cav. uterina em flexão generalizado, encurvamento da coluna vertebral, a cabeça levemente fletida de maneira que o mento se aproxima do esterno, membros flexonados e anteriorizados. Membros inferiores fletidas sobre o abdome e pernas fletidas sobre as coxas. Situação -> Relação entre o maior eixo uterino com o maior eixo fetal a. Longitudinal - maior eixo uterino e fetal que coincidem b. Transversa - feto perpendicular ao maior eixo uterino c. Oblíqua - fase de transição de situação fetal onde só será visto a situação na hora do parto 7. Onfanto puberal 1 - consulta e queixas comuns 8. PN baixo risco 9. Infanto puberal 2 - disturbidos do desenvolvimento sexual A determinação do sexo biológico se dará pela genética e pelo desenvolvimento embriológico, onde haverá a formação anatômica ou algum disturbio de formação anatomica. A formação será feita a partir dos estímulos hormonais (hormonio -> receptor hormonal -> efeito) que pode ser endógeno ou exógneno - desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários. Amenorréia primaria X secundário Primária: Quando investigar? - Menarca ausente aos 15 anos com caracteres sexuais presentes - Menarca ausente aos 13 anos com caracteres sexuais ausentes - Menarca ausente 5 anos apis tetarca (se tetarca < 10 anos) - Alterações genitais e estigmas genéticos -> investigar qualquer idade - Caracteres sexuais e dor pélvica ciclica Todo quadro clinico que ocorre desacordo entre uma ou mais caracteristicas organicas estruturais determinantes do sexo, havendo diferenciação sexual imperfeita ou incompleta, coexistindo em um mesmo individuo estigmas cromossomicos somáticos ou funcionais em ambos os sexos, com predomínio de um deles. Caso 1 - Síndrome de Turner M.J. 18 anos, queixa de ausência de menstruação e baixa estatura. Relata pubarca aos 14 anos e telarca aos 16 anos. nega inicio da atividade sexual. Achados relevantes: Peso: 43kg Altura: 1,35m IMC: 23 PA: 110x60mmHg Presença de pescoço curto e alado, implantação baixa de orelhas Tórax em escudo, mamilos afastados Presença de cúbito valgo e quarto metatarso curto Tanner: M2P4 Inspeção genitais: típico feminino com sinais de infantilismo sexual Aos exames complementares: FSH: 95,8mUI/ml LH: 12mUI/ml Glicemia em jejum: 95mg/dL TSH: 2mUI/ml Ultrassonografia pélvica: útero hipoplásico (volume 2cm) e ovários não visibilizados Radiografia de idade óssea: Compatível com 14 anos Hipótese diagnóstica: Síndrome de turner Monossomia cromossomo X Alterações fenotípicas: baixa estatura, baixa estatura, baixa implantação de cabelos, cúbito valgo e quarto metatarso afastado Risco para alterações auditivas, renais, gastrointestinais, hipertensão, diabetes, malformações cardíacas, osteoporose O tratamento envolve reposição hormonal e seguimento multiprofissional. Obs.: Pode ter um Turner mosaico, onde ela pode produzir um pouco de estrogenio e pode ter os orgãos desenvolvidos - alterna entre 45, X0 e 46, XX (não é um turner puro) Caso 2 - Síndrome de Morris Paciente, 20 anos feminina, amenorráia primária aos 18 anos, estatura elevada, coitarca aos 16 anos com parceiro fixo desde então. Mamas sem alterações (m5) e pilificação escassa. - Toque vaginal: não foi palpado útero nem colo de útero - Colo de útero não visualizado ao exame especular, conteúdo fisiológico Exames complementares: - Testosterona total: 9,43 (VR: 0,1 - 0,75) - Cariótipo: 46 XY Sobre a síndrome: Insensibilidade completo ao androgênios Herança ligada ao cromossomo X Fenótipo feminino com polificação reduzida Estatura normal ou elevada Testosterona normal ou elevada (de acordo com o padrão masculino) Estrogênio pouco reduzido e gonadotrofinas normais (ou LH aumentado) Gônadas funcionantes (inguinais?) Tratamento: Gonadectomia, tratamento hormonal e neovagina Obs.: A atrofia dos ductos de muller causa na não formação da genitália interna Caso 3 - Síndrome de swyer Paciente, 17 anos, relata amenorreia. Mamas pouco desenvolvidas, hipoplasia de lábios maiores e mucosa pálida (sinais de infantilismo sexual). Exames complementares: - FSH alto e LH alto (hipergonadismo e hipergonadotrófico) - Estradiol diminuido - USG: útero hipoplasico, anexos não caracterizados - Cariótipo 46 XY (disgenesia) - Atraso de idade óssea - Gônadas em fita - atróficas não funcionantes Tratamento: Gonadectomia + terapia hormonal + suporte psicológico Sobre a síndrome - Disgenesia gonadal pura - Mutações genéticas (deleção da região SRY?) - Fenótico feminino com infantilismo sexual - Estatura normal ou elevada - Estrutura mullerianas presentes Caso 4 - Síndrome de Mayer Rokitansky Küster Hauser - Disgenesia mulleriana mais comum - ambos ductos de muller não se desenvolvem - Ausência do útero (corpo e colo) e parte superior da vagina - útero rudimentar sólido e não canalização da vagina - Vagina curta, ovários, tubas uterinas e genitáçia externa feminina normal - Agenesia renal unilateral (tipo II severa) - Anomalias dos somitos cervicotorácicos (Tipo II severa) - Cariótipo 46 XX Quadro clinico - Amenorreia primária - Desenvolvimento mamário e pelo pubianos com estatura normal - Vagina no segmento distal O diagnóstico geralmente é feito por USG por via abdominal suprapúbica e em caso de dúvidas, ressonância magnética Tratamento - Método de Frank -> Dilatação progressiva do canal vaginal com molde rígido de acrílico - Neovaginoplastica Caso 5 - Hiperplasia adrenal congênita Conjunto de doenças de herança autossomica recessiva, potencialmente letal, que resultam na deficiência de uma das enximas responsáveis pela síntese de cortisol nas glândulas adrenais. - Deficiência da 17-alfa-hidroxilase (mais comum) Manifestações clínicas da forma clássica - Virilização pré-natal da genitália externa (varia desde clitoromegalia até a aparencia de uma genitália masculina, mas sem presença de gônadas palpaveis) - Aumento progressivo do clítores ou pênis - Surgimento precoce dos pelos pubianos - Aumento da massa muscular - Acne - Engrossamento da voz - Crescimento acelerado e avanço da idade óssea Obs.: resulta no fechamento epifisário precoce e baixa estatura final Tratamento - Glicocorticóides (infancia)
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