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RESUMÃO: GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

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Alan Paz- ATM 2024/1 SAÚDE DA MULHER I 
 
CONSULTA GINECOLÓGICA 
PRINCÍPIOS ANAMNESE ANTECEDENTES GINECO - OBSTÉTRICOS (AGO): 
 
 
GINECOLOGISTA = é o médico da mulher, que a 
acompanha no período de fertilização, gestação, 
nascimento , puerpério, menacme e climatério 
 
↪ Assuntos = sexualidade, higiene menstrual, 
planejamento familiar, mamas e urogenital 
 
➞ Abordagem sensível e não crítica 
➞ Perguntas abertas 
➞ Encorajar a descrever a situação com suas 
palavras e sem interrupções 
➞ Manter contato visual, acenar com a cabeça e 
breve esclarecimento de pontos importantes 
transmitem a atenção à mulher 
➞ Relação médico-paciente, empatia e confiança 
(aconselhamento) 
IDENTIFICAÇÃO = nome, idade, cor, estado civil, religião, naturalidade, 
procedência, endereço, profissão, nível sócio-econômico 
 
QUEIXA PRINCIPAL e HDA = início, duração, características 
 
REVISÃO DOS SISTEMAS (proximidade do útero com outras estruturas) 
➞ Hábito urinário 
➞ Hábito intestinal 
➞ Apetite 
➞ Sono 
➞ Coluna 
➞ Endócrino 
 
ANTECEDENTES MÓRBIDOS 
➞ Doenças prévias, cirurgias, alergias 
➞ História familiar de câncer ginecológico (endométrio, útero, ovário, 
mama (pré/pós-menopausa) 
➞ Intestino, osteoporose, DM, HAS, tireoide 
➞ Perfil psicossocial, condições e hábitos de vida = lazer, atividade física, 
álcool, fumo, drogas 
➞ Caracteres sexuais secundários = idade de surgimento de pelos pubianos, crescimento da auréola, crescimento das mamas 
➞ Ciclo menstrual = data da menarca, regularidade, intervalo, duração, intensidade do fluxo, cólicas e outros sintomas 
associados (dor mamária, sintomas intestinais) 
↪ antes e após uso de anticoncepcional => padrão de 28/4, normal até 7 dias por mês 
➞ DUM = primeiro dia da última menstruação 
➞ Dismenorreia = cólicas durante a menstruação, escala de intensidade, irradiações 
➞ Menopausa e sintomas climatéricos 
➞ TPM = alterações de humor, retenção de líquido, dor de cabeça, acne, diarreia 
➞ GxPxCxAx (aborto = gestação interrompida espontaneamente abaixo de 20-22 semanas e peso fetal < 500g) 
↪ pré-natal, partos espontâneos ou instrumentados, cesarianas, abortos, gestações ectópicas, partos prematuros, 
períodos de amamentação e complicações decorrentes dos partos (lacerações, infecções, endometrites, mastites, ,..) 
➞ Leucorreia (características do fluxo: cor, odor, prurido), lesões e adenomegalias associadas 
➞ Dispareunia = pode ser na entrada do canal (processos locais, infecciosos/inflamatórios, lubrificação) ou mais profunda 
(endometriose, clamídia, …) e sinosorragia (sangramento durante ou logo após a relação sexual) 
➞ Relações sexuais: sexarca, libido, orgasmo, frequência sexual e parceiros 
➞ Métodos anticoncepcionais (MAC) = qual usa, quais já usou e se teve algum problema 
➞ Citopatológico (CP) = preventivo = Papanicolau 
➞ Cauterizações, biópsias, cirurgias, traumas 
➞ Doenças ginecológicas 
➞ ISTs (condiloma, herpes genital) e AIDS 
EXAME FÍSICO EXAME PÉLVICO EXAMES COMPLEMENTARES 
➞ Geral = peso, altura, IMC, cintura, PA, temperatura 
➞ Especial = cabeça e pescoço, respiratório, cardiovascular, urinário 
 
 MAMAS = Inspeção estática e dinâmica da mama 
- INSPEÇÃO => Inspeção estática = tamanho, contorno, forma, simetria, pele, abaulamentos, retrações, pigmentação areolar, 
forma da papila, circulação venosa, inversão x retração do mamilo 
↪ Politelia (mamilo acessório sobre a linha láctea) e atelia (ausência do mamilo) 
=> Inspeção dinâmica = pedir para a paciente elevar os braços e tracionar as mãos. Promove contração dos 
músculos peitorais, que pode suscitar alguma retração ou alteração anatômica 
 
- PALPAÇÃO => Técnica de Bloodgood = exame circular, atingindo todos os quadrantes no sentido horário e centrípeto, 
realizado com as polpas digitais 
=> Técnica de Velpeau = exame circular, atingindo todos os quadrantes no sentido horário e centrípeto, realizado 
com a mão espalmada (facilita a percepção de adensamentos e nódulos) 
=> Expressão da mama e mamilos (apenas se houver queixa de descarga mamilar) = observar saída de secreções 
e características (leitosa, água de rocha, purulenta e sanguinolenta). 
=> Palpação de linfonodos na cadeia supraclavicular, cervical posterior, cervical anterior e axilar 
 
↪ DESCRIÇÃO DOS NÓDULOS segundo: localização (por quadrante ou método do relógio), tamanho em centímetros, forma 
(redonda, oval), delimitação em relação aos tecidos adjacentes (bem circunscritos, irregulares), consistência (amolecida, 
elástica, firme, dura), mobilidade com referência à pele e aos tecidos subjacentes, dor à palpação focal 
↪ Aspecto das erupções, eritema, outras alterações cutâneas ou achados visíveis (retração, depressão, nevos, tatuagens) 
 
 ABDOME => a paciente deve esvaziar a bexiga antes, para facilitar a palpação. 
↪ inspeção (forma, tensão, estriais, cicatrizes, pigmentação, ascite) 
↪ ausculta (ruídos hidroaéreos) 
↪ palpação (sinais de ascite, irritação peritoneal e massas abdominais) 
↪ percussão (sinais de ascite, irritação peritoneal e massas abdominais) 
 
 VULVA E PERÍNEO 
➞ Avaliação anatômica = monte de Vênus, grandes e pequenos 
lábios, vestíbulo, clitóris, meato uretral, glândulas de Bartholin, 
fúrcula vaginal, períneo, hímen e carúnculas (restos do hímen) 
↪ aspecto do hímen (anular, septado ou cribiforme) e carúnculas 
↪ aspecto do intróito (multíparo X nulíparo) 
↪ avaliação de secreções, odores, lesões externas 
➞ Palpação de linfonodos inguinais 
➞ Investigação de prolapsos (manobra de Valsalva) 
 
 ESPECULAR = tamanhos de 1 a 3 (multíparas, obesas) 
➞ Inserido em inclinação oblíqua às 2h e em movimento posterior, 
ao mesmo tempo que é feita a rotação para a direita até a posição 
transversa. 
➞ Avaliação do colo uterino e coleta de amostra p/ o citopatológico 
 
↪ PREVENTIVO = dos 25 aos 64 anos, anualmente nos 
primeiros 2 anos e, após, a cada 3 anos 
 
 TOQUE VAGINAL BIMANUAL 
➞ Informar a paciente, calçar luvas e usar lubrificante (vaselina) 
➞ Palpação da musculatura pélvica, das paredes vaginais, dos fundos 
de saco vaginais e do colo uterino 
➞ Com a outra mão sobre o hipogástrio, palpa-se o útero entre as 
duas mãos (avaliar volume, posição, mobilidade e consistênica) 
➞ Atentar para dor à mobilização, massas e regularidade do útero 
➞ Exame a fresco da secreção vaginal 
➞ Teste de Whiff = coleta de secreção vaginal e 
associação com hidróxido de potássio 
↪ se precipitar odor fétido ("peixe podre”), é 
critério de vaginose bacteriana. 
↪ Se ao microscópio forem vistas hifas, é 
diagnóstico de candidíase 
➞ Teste de Schiller = solução de iodo (lugol) no colo 
uterino. As células saudáveis (com glicogênio) ficam 
marrons, enquanto as células doentes ficam brancas. 
↪ Schiller + => iodo negativo => lesão/doença 
↪ Schiller - => iodo positivo 
➞ pH vaginal 
➞ Colposcopia = avaliação do colo uterino com 
magnificação 
➞ Exames laboratoriais (dosagem de hormônios, 
sorologias, sangue oculto nas fezes após 40 anos) 
➞ Exame de imagem (US, MMG, DMO), colonoscopia 
após os 50 anos 
 
➞ Screening anual para gonorreia e clamídia 
(segundo CDC) para: 
↪ adolescentes sexualmente ativas e acima de 25 anos 
↪ gestantes e mulheres de 25 anos com fator de risco 
(novo parceiro nos últimos 60 dias, mais que 1 parceiro, 
uso irregular de preservativo e história de IST) 
➞ Segundo ACOG: decisão da frequência de exame 
junto com a paciente 
Alan Paz- ATM 2024/1 SAÚDE DA MULHER I 
 
ANATOMIA 
MAMAS ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS 
 
➞ Tecido adiposo + tecido mamário (lóbulos => ductos => mamilos) 
➞ Musculatura: Peitoral maior e menor (determina os níveis axilares) 
➞ Vascularização: artéria axilar (abaixo do músculo, pode ser 
lesionada em cirurgias mamárias), artéria torácica interna e artéria 
torácica lateral 
➞ Inervação: Nervo torácico longo => lesão = escapula alada 
➞ Drenagem linfática: axilar e mamária interna 
TRÍGONO UROGENITAL =Inclui as estruturas genitais 
externas e a abertura ureteral, sendo conhecidas como 
VULVA. 
➞ Vascularização = pudenda interna (ramo de ilíaca 
interna) e pudenda externa (ramo da femoral) 
➞ Monte Púbico: elevação mediana anterior à sínfise 
púbica e constituída principalmente por tecido adiposo, 
coberto por pele com pêlos. 
➞ Grandes lábios: pregas cutâneas que determinam a 
rima do pudendo ou rima vulvar. 
➞ Pequenos lábios: pequenas pregas de pele fina, lisa e 
úmida, localizadas medialmente aos grandes lábios. 
↪ O espaço entre os pequenos lábios é 
denominado vestíbulo da vagina 
↪ A junção das pregas anteriores formam o 
prepúcio ou capuz do clitóris e das pregas 
posteriores formam o frênulo do clitóris. 
 
➞ Clitóris: órgão erétil formado por dois ramos e dois 
corpos cavernosos, recoberto por glande. 
➞ Óstio da vagina: A abertura do ducto das glândulas 
de Bartholin (vestibulares maiores) está localizada de 
cada lado do vestíbulo, na porção mais inferior do 
intróito vaginal 
➞ Óstio da uretra: Anterior ao óstio da vagina. O ducto 
da glândula de Skene (parauretral) tem uma abertura em 
sua superfície posterior. 
➞ Carúnculas himenais (anular, biperfurada, cribiforme) 
ÚTERO OVÁRIOS 
COLO UTERINO 
➞ Orifício cervical externo e interno 
➞ Ectocérvice: parte do colo exposta na vagina. Possui 
superfície redonda convexa com abertura circular (óstio 
externo) para o canal endocervical. 
➞ Canal endocervical: possui cerca de 2-3cm a abre-se 
proximalmente para a cavidade endometrial no óstio 
interno. 
➞ Mucosa cervical: Epitélio escamoso estratificado na 
ectocérvice e epitélio glandular no canal endocervical. A 
interseção entre esses dois epitélios é a chamada JEC (local 
mais vulnerável para o desenvolvimento de neoplasia). 
 
CORPO UTERINO 
➞ Localiza-se na cavidade pélvica, entre a bexiga urinária 
(anteriormente) e o reto (posteriormente) 
➞ Subdivido em colo, istmo, corpo e fundo 
➞ Ligamento largo: fixa a parede lateral do útero às paredes 
da pelve e do assoalho pélvico 
➞ Ligamento transverso do colo (cardinais): fixação do útero 
à parede lateral da pelve 
➞ Ligamentos redondos do útero: prolongamentos utero- 
ováricos 
➞ Camadas = endométrio (porção basal e porção funcional), 
miométrio e serosa 
➞ Estruturas não peritonizadas, exceto pelo 1/3 inferior na 
inserção do mesovário 
➞ Ligamento próprio do ovário (fixação látero-superior ao útero) 
➞ Pregas peritoneais (fixação à parede abdominal posterior) 
➞ Infundíbulo pélvico ou Ligamento suspensor do ovário => 
trajeto dos vasos ovarianos (ramos da hipogástrica) 
 
TUBAS UTERINAS 
➞ Mesossalpinge= prega peritoneal que envolve a tuba e fixa no 
ligamento largo do útero 
➞ Porção intramural, istmo, ampola e infundíbulo (fímbrias) 
 
PAREDE ABDOMINAL 
➞ Pele 
➞ Tecido celular subcutâneo = fáscia de Camper e fáscia de Scarpa 
➞ Músculos (Reto abdominal, Obliquo externo, Obliquo interno e 
Transverso) 
➞ Fáscia Transversalis 
➞ Peritônio 
VAGINA 
➞ A abertura da vagina pode ser coberta por uma prega de 
tecido conjuntivo denominada hímen. Esse tecido será 
substituído por restos irregulares de tecido quando houver 
atividade sexual e parto. 
➞ Na parte superior encontra-se o óstio externo da uretra, o 
óstio da vagina inferiormente e os orifícios das glândulas de 
Bartholin lateralmente 
➞ Anteriormente está justaposta a uretra, colo, trígono vesical e 
parte posterior da bexiga. 
➞ Posteriormente está associada ao corpo do períneo, canal 
anal, parte inferior do reto e fundo de saco posterior 
➞ É lubrificada pelas secreções das glândulas cervicais e 
vestibulares maiores (Bartholin) 
➞ Vascularização: art. Vaginal e ramos da art. Uterina, Retal 
média e pudenda interna. 
ASSOALHO PÉLVICO 
Mecanismo de sustentação dos órgãos pélvicos 
1. DIAFRAGMA DA PELVE => Elevadores do ânus (puborretal + 
pubococcígeo + ileococcígeo) e músculo isquiococcígeo 
2. . DIAFRAGMA UROGENITAL => músculos transverso urogenital, 
bulboesponjoso, isquiocavernoso e esfíncter externo do ânus 
3. FÁSCIA ENDOPÉLVICA 
 
➞ Episiotomia: secção dos músculos transverso superficial do 
períneo e do músculo bulboesponjoso 
↪ anestesia local do Nervo Pudendo (dentro do forame obturador) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alan Paz- ATM 2024/1 SAÚDE DA MULHER I 
 
EMBRIOLOGIA 
DIFERENCIAÇÃO SEXUAL 
 
➞ Sexo genético é definido na fertilização (XX ou XY) 
➞ Até a 6ª - 7ª semana o sexo morfológico é indefinido 
↪ Características sexuais indiferenciada e bipotencial 
↪ Genitália externa semelhantes 
↪ Gônadas com região cortical e medular proeminentes 
↪ Dois conjuntos de ductos genitais (Wolff ou Muller) 
 
➞ Ductos de Wolff (mesonéfricos): órgãos sexuais masculinos 
➞ Ductos de Muller (paramesonéfricos) : órgãos sexuais femininos 
 
TUBÉRCULO GENITAL => clitóris e glande 
PREGAS UROGENITAIS => pequenos lábios 
SALIÊNCIAS LABIOESCROTAIS => grandes lábios 
 DIFERENCIAÇÃO SEXUAL FEMININA => passiva/estabelecida, 
sem necessidade de estimulação 
➞ Regressão dos ductos de Wolff 
➞ Porções craniais dos ductos de Muller dão origem às 
trompas uterinas 
➞ Fusão das porções caudais dos ductos de Muller dá origem 
ao útero e canal vaginal 
 
 DIFERENCIAÇÃO SEXUAL MASCULINA => ativa/induzida pela 
presença de androgênio e do fator de inibição Mulleriano (MIF). 
➞ Requer presença de gene SRY (localizado no braço curto do 
cromossomo Y) que estimula células de Leydig e Sertoli 
↪ Leydig = produção de testosterona e masculinização 
↪ Sertoli = secretam o hormônio anti-Mulleriano (AMH) 
 
 
 
SEXO GENÉTICO: genótipo (XX ou XY) 
SEXO GONADAL: ovários ou testículos 
SEXO FENOTÍPICO: determinado pelo sexo gonadal, 
diferenciando as genitálias interna e externa em 
masculina ou feminina 
SEXO PSICOLÓGICO: adquirido após o nascimento, 
através do desenvolvimento social da personalidade 
 
 ANOMALIAS NA DETERMINAÇÃO DO SEXO 
GONADAL 
➞ Disgenesias Gonadais (pura, mista, Turner) 
➞ Gônada disgenética 
➞ Testículo disgenético 
FISIOLOGIA 
CICLO MENSTRUAL FASE FOLICULAR TEORIA DAS DUAS CÉLULAS 
 
 1. PRIMEIRA FASE (proliferativa ou folicular) 
➞ número de dias é mais variável 
 
2. SEGUNDA FASE (secretora ou lútea) 
➞ mais constante, em média de 12 a 14 dias 
 
Duração = de 21 a 35 dias, média de 28 dias 
➞ Ciclos menstruais muito curtos ou irregulares = geralmente 
anovulatórios 
 
 DESENVOLVIMENTO FOLICULAR 
➞ Ação coordenada entre hipotálamo, hipófise e ovários 
➞ Hipotálamo => GnRH (hormônio liberador de 
gonadotrofina) 
↪ meia-vida curta e liberação pulsátil 
↪ não dosável na circulação 
↪ estimulado pela noradrenalina e inibido pela dopamina 
➞ Hipófise => LH e FSH 
 
CRESCIMENTO FOLICULAR 
➞ Nascimento => 1 milhão de folículos 
➞ Menarca => 500 mil folículos primordiais 
➞ Fase reprodutiva => 400 folículos 
 
RECRUTAMENTO 
➞ Transformação do folículo primordial em primário e depois 
secundário 
➞ Estímulo pelo FSH induz crescimento dos folículos antrais 
 
SELEÇÃO DO FOLÍCULO DOMINANTE 
➞ No 5º ao 6º dia do ciclo 
➞ Maior produção de estradiol, maior número de receptores 
FSH e estimulação da expressão de receptores LH 
 
 
HORMÔNIO ANTIMULLERIANO 
➞ Secretado pelos folículos primários e secundários 
➞ Marcador de reserva ovariana 
 
ESTRADIOL 
➞ Secretado pelo folículo dominante 
➞ Possui feedback - e + na produção de LH e FSH 
➞ No início da fase folicular, inibe a secreção de FSH (feedback - ) 
➞ Isso promove atresia dos demais folículos, com exceção do 
dominante, que apresenta um número maior de receptores e se 
mantem mais sensível, mesmo em baixas concentrações de FSH 
➞ Fase pré-ovulatória (24-36 horas antes da ovulação) = 
produzidas quantidades enormes de estradiol por estímulo do LH 
e FSH 
➞ Desecadeia pico de LH que libera o óvulo 
➞ Síntese de prostaglandinas (importante na ruptura folicular) 
➞ Começa a secretar progesterona e estradiol 
 TECA = estímulo 
pelo LH converte 
colesterol emandroetenediona e 
testosterona 
GRANULOSA= 
secreção de FSH 
que converte a 
androstenediona em 
estradiol 
 
 
CONTROLE DA SECREÇÃO DE GONADOTROFINA 
➞ Estradiol 
➞ Inibina B = secretada pelas células da granulosa 
sob controle do FSH => concentração elevada na 
fase folicular 
➞ Inibina A = secretada pelo corpo lúteo sob 
controle do LH => concentração diminui 
paralelamente ao estradiol e à progesterona, 
mantendo-se baixa na fase folicular 
FASE LÚTEA CICLO UTERINO 
 
➞ Se a fertilização não ocorrer, o corpo lúteo entra em emissão 
12 a 14 dias após a ovulação 
➞ Ocorre decréscimo do estradiol, progesterona e da inibina A 
➞ Aumento do FSH (estímulo para início de novo ciclo) 
 
➞ Quando ocorre gestação, a gonadotrofina coriônica (hCG) 
produzida pelo embrião evitará a regressão lútea e mantém a 
esteroidogênese ovariana 
Fase proliferativa e fase secretora 
 
➞ Acompanha o ciclo ovariano com o objetivo de 
favorecer a implantação de um embrião 
➞ Quando não ocorre a gestação, o corpo lúteo 
regride e ocorre a descamação endometrial 
 
➞ Progesterona = prepara o endométrio para o 
embrião 
 
Alan Paz- ATM 2024/1 SAÚDE DA MULHER I 
 
MODIFICAÇÕES MATERNAS NA GESTAÇÃO 
ÚTERO GINECOLÓGICAS ABDOME 
➞ SINAL DE PISKACEK = assimetria uterina decorrente da 
implantação localizada no embrião 
↪ perceptível ao US 
↪ Projeção de crescimento mais homogêneo e 
modificação da forma uterina nas semanas consecutivas 
 
➞ Hipertrofia e dilatação do útero 
↪ ação do estrogênio e da progesterona 
↪ peso: 70 g => 1100g 
↪ volume da cavidade uterina: 10 mL => 5 litros 
↪ antes das 12 semanas: útero ao nível do púbis 
↪ após 12 semanas atinge expansão extra-pélvica 
 
➞ Cérvice uterina mais amolecida e cianótica (↑vascularização) 
➞ Muco cervical mais viscoso e espesso 
➞ Tampão mucoso de Schreder = protege e fecha o colo 
uterino, é eliminado nos dias que antecedem o parto 
➞ Eversão de glândulas endocervicais cilíndricas, com aspecto 
mais avermelhado do colo = ectopia ou mácula rubra 
↪ pode provocar sangramento na relação sexual 
↪ não é indicada cauterização na grávida 
DISPOSIÇÃO DAS FIBRAS MUSCULARES MIOMETRIAIS 
➞ Sistemas espirais de fibras que se cruzam formando ângulos 
na porção mediana do útero 
↪ o istmo é a porção mais fina, com menos fibras 
↪ aumento do fluxo, por maior vasodilatação e 
proliferação do número de vasos 
 
➞ 1º trimestre = contrações impalpáveis e indolores 
➞ 2º trimestre = contrações palpáveis, de intensidade variável 
(contrações de Braxton Hicks ou de preparo) 
➞ 3º trimestre = contrações palpáveis, de alta intensidade e 
frequência. Podem ser dolorosas 
 
MOVIMENTOS DO COLO NO PARTO 
➞ Dilatação latero-lateral 
➞ Apagamento (encurtamento supero-inferior) 
↪ medido com 12 e 24 semanas através do exame 
morfológico transvaginal: indica chance de parto prematuro 
➞ A abertura inicia pelo orifício cervical externo com a 
expulsão do tampão mucoso 
➞ A dilatação do parto é avaliada no orifício cervical interno 
 MAMAS 
➞ Proliferação dos ductos 
➞ 3 meses iniciais tem maior crescimento 
➞ Dor, sensibilidade, aumento de volume 
➞ Nodulações (hipertrofia alveolar) 
➞ Veias visíveis e aumento da circulação venosa (rede de Haller) 
➞ Mamilos maiores, mais pigmentados e eréteis 
➞ Aréolas maiores e mais pigmentadas (sinal de Hunter) 
➞ Glândulas de Montgomery hipertrofiadas e com secreção 
sebácea 
➞ Estrias (distensão da pele e estiramento das fibras de 
colágeno) 
➞ Colostro 
 
 OVÁRIOS 
➞ Corpo lúteo mantem a produção de progesterona até a 6ª - 
7ª semana 
↪ US com folículo grande e anel de fogo 
↪ após a 7ª semana é mantida pela placenta 
➞ Luteoma = exagero da luteinização materna. Regride após o 
parto 
 
➞ Estrias: depende do ganho de peso, história pessoal e 
familiar (abdome, glúteos, mamas e coxas) 
↪ as atuais são vermelhas e antigas são brancas 
➞ Diástase dos músculos retos 
➞ Pigmentação da linha nigra (ativação de melanócitos 
pelo estrógeno) 
 
 MOVIMENTAÇÃO FETAL (MF) 
➞ 5º mês (19-20 semanas na primigesta): MF sutil 
↪ em multíparas a percepção pode ocorrer em 1-2 
semanas antes 
➞ 7º mês: MF forte, quase todos os dias 
↪ + energia => após as refeições 
↪ + espaço => à noite, quando relaxa 
➞ 9º mês: preenchimento do espaço com líquido, pode 
reduzir a frequência e a intensidade das movimentações 
 
↪ após a 20ª semana, um tempo maior que 12 horas 
sem movimentação do bebê deve ser sinal de alerta 
GERAIS METABÓLICAS HEMODINÂMICA OUTROS SISTEMAS 
 PELE 
➞ Mais brilhante e hidratada 
➞ Cloasma/melasma (ativação de melanócitos pelo estrógeno) 
➞ Telangiectasias ou aranhas vasculares (principalmente na face, 
pescoço, parte superior do tórax e braços) 
➞ Eritema palmar 
 
 GANHO PONDERAL 
➞ Útero e seu conteúdo (feto, placenta, líquido amniótico) 
➞ Mamas 
➞ Volume sanguíneo 
➞ Líquido extravascular 
➞ Reservas maternas: água celular e deposição de gordura e 
proteínas 
 METABOLISMO MINERAL 
➞ Redução de ferro (suplementar) 
➞ Redução dos níveis de cálcio e magnésio 
➞ Fósforo 
 
 METABÓLICAS 
➞ Diabetogênica = pode agravar o DM ou desenvolver 
diabetes gestacional 
➞ Hipoglicemia de jejum leve 
➞ Hiperglicemia pós-prandial 
➞ Hiperinsulinemia (mais insulina plasmática livre) = “Estado 
de resistência periférica à insulina induzido pela gravidez” 
↪ assegura suprimento contínuo de glicose para o feto 
↪ jejum prolongado pode ser prejudicial ao SNC fetal 
pela liberação de corpos cetônicos 
➞ A produção de T3 e T4 é estimulada pelo hCG, ocorrendo 
feedback negativo e redução de TSH no 1º trimestre 
 
 METABOLISMO DA ÁGUA 
➞ Retenção hídrica por redução da osmolaridade plasmática 
➞ Edema em membros inferiores, varicosidades vulvares e 
hemorroidas (por compressão das veias pélvicas e da cava 
interior pelo útero, com aumento da pressão venosa). 
 
 EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO 
➞ Hiperventilação (alcalose respiratória) 
➞ Aumento mínimo do pH sanguíneo 
➞ Maior afinidade da hemoglobina pelo O2 (efeito Bohr) 
 SISTEMA CARDIOVASCULAR 
➞ Aumento do débito cardíaco 
➞ Aumento da frequência cardíaca (em 10 a 15 bpm) 
➞ Redução da pressão arterial (principalmente em decúbito 
dorsal) mais acentuada na diastólica 
↪ sempre medir a PA sentada ou em decúbito lateral E 
➞ Coração deslocado para esquerda e para cima 
➞ Sons cardíacos podem alterar 
➞ ECG com pequeno desvio do eixo à esquerda 
 
 VOLUME SANGUÍNEO 
➞ Volume 40 - 45% maior 
➞ Hipervolemia resultante da expansão de plasma e de 
eritrócitos, compensa demanda e retorno venoso reduzido 
➞ Eritropoiese aumentada 
➞ Concentração reduzida e diminuição da viscosidade 
➞ Hematócrito reduzido (hemodiluição) 
➞ Anemia ferropriva (Hb menor que 11) => suplementação de 
ferro durante o 2º e 3º trimestres 
 
 SÉRIE BRANCA 
➞ Leucócitos = 5000 a 12000 (sem desvio) 
➞ Aumento de PCR e VSG 
➞ Coagulação: aumento de fibrinogênio e de fatores de 
coagulação (VII,VIII, IX e Von Willebrand) e trombocitopenia 
 
 FATORES DE COGULAÇÃO geralmente aumentam 
➞ Trombogênica (objetivo de reduzir perdas sanguíneas) 
 SISTEMA RESPIRATÓRIO 
➞ Hiperemia e edema das vias aéreas superiores 
(congestão nasal e epistaxe) 
➞ Aumento do trabalho respiratório 
➞ Hiperventilação fisiológica (reduz pCO2) 
 
 SISTEMA DIGESTIVO 
➞ Náuseas (habitualmente matinais) 
➞ Gengivas edemaciadas, hiperêmicas e sangrantes 
➞ Sistema atônico = pirose por relaxamento do EEI e 
constipação por atonia do cólon 
➞ Maior prevalência de litíase biliar (esvaziamento lento) 
 
 SISTEMA URINÁRIO 
➞ Rim aumentado (principalmente o direito) 
➞ Hidronefrose e hidroureter (relaxamento da musc. lisa) 
➞ Fluxo urinário retardado e atonia vesical (risco de ITU) 
➞ Creatinina e ureia diminuídos (↑ TFG) 
➞ Glicosúria fisiológica e Proteinúria até 300mg 
 
 POSTURA E DEAMBULAÇÃO 
➞ Alterações precedendo a expansão do útero 
➞ Centro de gravidade desvia para a frente e corpo se joga 
para tráscompensatoriamente 
➞ Lordose da coluna lombar 
➞ Marcha anserina = passos abertos (com angulação 
aumentada dos pés), oscilantes e mais curtos => amplia a 
base de sustentação 
 
 
Alan Paz- ATM 2024/1 SAÚDE DA MULHER I 
 
DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO 
CLÍNICO COMPLEMENTARES DETERMINAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL 
SINTOMAS DE PRESUNÇÃO (sistêmicos): 
➞ Náuseas e vômitos matinais (êmese/hiperêmese) - 4 a 5ª semana 
➞ Alterações mamárias (aumento de volume e sensibilidade mamilar, 
pigmentação da aréola e tubérculos de Montgomery) 
➞ Alterações urinárias (polaciúria e nictúria) - anteroversoflexão do útero 
➞ Percepção de movimentos fetais pela paciente => 16ª semana 
➞ Alterações de apetite (desejos) 
➞ Fadiga, tontura, sialorreia, distensão abdominal, constipação, 
cãimbras e lombalgia 
 
SINAIS DE PROBABILIDADE (uterinos, vaginais e vulvares): 
➞ Sinal de Hegar (flexão do corpo sobre o colo uterino) 
➞ Sinal de Piskacek (útero abaulado e amolecido; forma assimétrica no 
local de nidação) 
➞ Colo uterino amolecido 
➞ Aumento do volume abdominal (acima das 12 semanas de gestação) 
➞ Sinal de Nobile-Budin (preenchimento do fundo de saco vaginal, pelo 
aumento do útero) 
SINAIS DE PRESUNÇÃO OU DE PROBABILIDADE: 
➞ Amenorreia (atraso menstrual de 10-14 dias) 
➞ Alterações mamárias (pigmentação da aréola/tubérculos de 
Montgomery) 
➞ Alterações de vulva/vagina: hiperpigmentação mais violácea e 
tumefação (sinal de Jacquemier ou Chadwick) 
➞ Sinal de Kluge (coloração arroxeada do colo de útero após oitava 
semana de gestação) 
➞ Aumento do muco cervical 
➞ Alterações cutâneas (estrias, hiperpigmentação da face e linea nigra) 
 
SINAIS DE CERTEZA 
➞ Presença de BCF (US 6 a 7 semanas; sonar doppler acima de 10 
semanas) 
➞ Sinal de Puzzos (rechaço fetal intrauterino) = ocorre um deslocamento do 
feto no líquido amniótico ao impulso do útero pelo examinador, seguido 
do retorno à posição inicial. Presente a partir da 14ª semana de gestação) 
➞ Percepção de movimentos fetais (MF) pelo examinador (16-18ª semana) 
 TESTES LABORATORIAIS 
 
➞ Beta-hCG sérico ou urinário: produzido 
pelo trofoblasto e detectável entre 8-11 dias 
após a concepção 
↪ níveis : < 5mUI/mL = negativo 
> 5 mUI/mL = positivo 
↪ pico (150.000 mUI/mL) em 8 a 10 semanas 
 
 IMAGEM 
 
➞ Ecografia Transvaginal 
 
↪ saco gestacional: visível com 4 a 5 semanas 
- repetir em 2 semanas para verificar a 
presença do embrião (diagnóstico 
diferencial com gestação anembriônica) 
↪ BCF: detectável a partir de 6 semanas 
 
➞ Regra de Nagele: primeiro dia da data da última 
menstruação => DUM +7 (dia) -3 (mês) +1 (ano) 
↪ DUM: 10/07/2018 
↪ DPP: 17/04/2019 (data provável do parto) 
 
➞ Medida da altura uterina (pouco sensível antes da 
20ª semana) 
 
➞ Ecografia transvaginal (ideal no primeiro trimestre): 
↪ Comprimento cabeça nádega (CCN) é a 
biometria considerada padrão no 1º trimestre de 
gestação (margem de erro de 3 - 5 dias) 
↪ Diâmetro biparietal (DBP) é o parâmetro da 
biometria a partir de 14 semanas de IG (margem 
de erro de 7 dias) 
↪ Da metade do terceiro trimestre em diante a 
margem de erro aumenta para 3-4 semanas 
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL 
CUIDADOS PRÉ-CONCEPCIONAIS AVALIAÇÃO 
➞ Consulta 3 meses antes da suspensão da anticoncepção 
➞Avaliar risco gestacional (idade, doenças pré-existentes, medicações, doença 
genética na família, etc) 
➞ Exame físico e ginecológico: IMC, PA, CP 
➞ Laboratório: hemograma com plaquetas, glicemia, VDRL, anti HIV, EQU, 
Urocultura, Imunofluorescênica para toxoplasmose (IgG e IgM), anti HCV 
➞ Suplementos dietéticos, estado nutricional, atividade física 
➞ Hábitos: álcool, tabaco, cafeína 
➞ Avaliar “status” vacinal 
➞ Recomendar ácido fólico (30 dias antes da gestação até a 12ª semana) 
ESTADO NUTRICIONAL 
↪ ganho de peso ideal: peso estimado antes da gravidez 
+ 400g/semana no 2º trimestre e 300g/semana no 3º trimestre 
↪ ganho de peso abaixo do recomendado = risco de 
retardo de crescimento fetal e RN de baixo peso 
↪ ganho de peso aumentado = se >700g por semana 
pensar em pré-eclampsia 
 
SUPLEMENTAÇÕES 
↪ Ferro elementar 
- a partir da 20º semana (30-40 mg/dia) 
- anemia leve (Hb 10-11) = 80 mg/dia 
- anemia moderada (Hb 8-10) = 120 mg/dia 
- anemia grave (Hb < 8) = alto risco => hematologista 
↪ Ácido fólico 
- 0,4 mg VO/dia (baixo risco) 
- 4 mg VO/dia alto risco (diabetes e antecedentes de 
defeito de fechamento de tubo neural) 
 
VIGILÂNCIA DA PRESSÃO ARTERIAL = medida com a 
paciente sentada, com o braço na altura do coração, aparelho 
ajustado ao diâmetro do braço e em repouso de 20 minutos. 
↪ Hipertensão ≥ 140/90 mmHg (aferida pelo menos 2 
vezes com intervalo de 6 horas) 
 
AUSCULTA DOS BCFs = durante 1 minuto (110-160 bpm) 
↪ até 16 semanas: próximo ao púbis 
↪ após, buscar o dorso com as manobras de Leopold 
MEDIDA DA ALTURA UTERINA: da borda 
superior da sínfise púbica ao fundo uterino 
↪ 12 semanas = na síntese pubiana 
↪ 20 semanas = na cicatriz umbilical 
↪ avalia crescimento fetal 
EXAMES LABORATORIAIS 
➞ Hemograma 
➞ Tipagem sanguínea e Coombs indireto (gestante Rh-
) => mensalmente após a 24ª semana 
➞ VDRL e anti-HIV 
➞ Urocultura = tratar bacteriúria assintomática 
➞ CP = rastrear vaginose na primeira consulta 
➞ Glicemia de jejum 
↪ inicial < 92, repete após a 24ª semana com TOTG 
↪ se inicial > 92 já é diagnóstico de DM gestacional 
➞ Toxoplasmose => IgG + = imunizada; 
↪ IgG e IgM - = suscetíveis, orientar cuidados e 
repetir no 2º e 3º trimestre; 
↪ IgM+ = teste de avidez (infecção prévia X atual) 
➞ Hepatite B 
↪ HBsAg - e anti-HBs - = indicar imunização; 
↪ anti-HBs + = imunizada; 
↪ HBsAg + = imunoglobulina para o RN após o 
parto 
➞ Hepatite C+ : cuidados de manipulação da gestante 
➞ Rastreamento pra Streptococcus do grupo B por 
swab vaginal e anal entre 35 e 37 semanas ou antes se 
ocorrer TPP = pode ocorrer transmissão vertical. 
↪ Tratamento com Penicilina G cristalina se tiver 
plano de parto vaginal 
➞ Doenças da tireoide = Hipotireoidismo (TSH> 2,5 no 
1º trimestre e > 3 no 2º e 3º trimestre) => aumenta risco 
de abortamento 
 
PRÉ - NATAL 
➞ Diagnóstico precoce da gestação 
➞ Consultas de acompanhamento pré-natal 
↪ Objetivos básicos e planejamento 
- definir o estado de saúde materno/fetal 
- definir idade gestacional 
- realizar um plano de cuidado obstétrico 
- determinar se é uma gestação de baixo risco ou alto risco 
↪ 1ª consulta: anamnese e exame físico completo (antecedentes pessoais/familiares) 
↪ Consultas posteriores: mais direcionado aos aspectos específicos da gestação 
(movimentação fetal, contrações uterinas e perdas vaginais) 
 
FREQUÊNCIA (por diretrizes do MS) => baixo risco= 1 no 1º, 2 no 2º e 3 no 3º (6 
consultas no total) 
=> Na prática = mensal até a 32ª semana, quinzenais da 32ª a 36ª semana e 
semanais da 36ª a 40ª semana 
VACINAÇÃO 
➞ DTPa (difteria, tétano e coqueluche) = entre 
a 27ª e 36ª semana 
↪ não vacinadas: 2 doses de dT com 
intervalo de 30 dias e completar com 
uma dose de DTPa 
↪ uma dose de dT antes da gestação: 
reforço com mais 1 dose de dT após as 
20 semanas 
↪ completa e última dose há mais de 5 
anos : 1 dose de dT 
↪ completa e última dose há menos de 
5 anos: imunizada 
➞ Hepatite B = esquema de 3 doses 
➞ Influenza e H1N1 = em qualquer estágio 
Alan Paz- ATM 2024/1 SAÚDE DA MULHER I 
 
ESTÁTICA MATERNO-FETAL 
ESTREITAMENTOS DA PELVE TIPOS DE BACIA PLANOS 
 ESTREITO SUPERIOR ("Pelve Falsa”) 
Delimitações ➞ Anteriormente pelo pube 
➞ Lateralmente pela linha terminal ou inominada 
➞ Posteriormente pelo promontório e asa do sacro 
 
Diâmetros ➞ Anteroposterior (entre promontório e sínfise púbica) 
➞ Oblíquos (das iminências íliopectínicas à articulação 
sacroilíaca (1º de E=>D e 2º de D=>E)) 
➞ Transverso (da linha inominada de um lado a outro) 
 
CONJUGATAS 
➞ ANATÔMICA = linha que une a borda superior da sínfise púbica e 
o promontório (11cm) 
➞ OBSTÉTRICA (verdadeira) = distância entre o promontório e a face 
interna da sínfise púbica (10,5cm) 
➞ DIAGONAL= definida pela linha que une o promontório e a borda 
inferior do osso púbico = > avaliada pelo toque vaginal (12 cm) 
 
ESTREITO MÉDIO 
Delimitações = borda inferior do osso púbico e 
espinhas isquiáticas 
 
Diâmetros: 
➞ Anteroposterior (entre as espinhas isquiáticas) 
➞ Transverso (menor diâmetro da pelve) = plano 0 
de De Lee 
 
ESTREITO INFERIOR (“Pelve verdadeira”) 
Delimitações 
➞ Anterior: borda inferior do osso púbico 
➞ Laterais: músculos sacrolíacos 
➞ Posterior: isquiococcígeos 
 
Diâmetros: 
➞ Anteroposterior (entre a borda inferior do pube 
e o cóccix) 
➞ Transverso (entre as tuberosidades isquiáticas) 
BACIA GINECOIDE (50%)= pelve feminina típica 
➞ Estreito superior arredondado e porção posterior espaçosa 
➞ Diâmetro bi-isquiático grande => melhor prognóstico para 
o parto vaginal 
 
BACIA ANTROPOIDE (25%) 
➞ Estreito superior elíptico e alongado no sentido 
anteroposterior e diâmetro transverso diminuído 
 
BACIA ANDROIDE (20%) = pelve masculina típica 
➞ Estreito superior triangular e diâmetro máximo deslocado 
para a região posterior 
 
BACIA PLATIPELOIDE (5%) 
➞ Achatada, com estreito superior ovalado, pequeno 
diâmetro anteroposterior e amplo diâmetro transverso 
Planos de De Lee : define a altura da 
apresentação 
↪ plano 0 = diâmetro das espinhas 
isquiáticas 
↪ c e n t í m e t r o s p o s i t i v o s s e a 
apresentação fetal ultrapassa o plano 0 
↪ c e n t í m e t r o s n e g a t i v o s s e a 
apresentação fetal não tenha alcançado o 
plano 0 
 
 
 
↪ Conjugata obstétrica = conjugata diagonal (toque vaginal) - 1, 5cm 
ORIENTAÇÃO FETAL 
Descrita segundo a situação, apresentação e posição fetais, que podem ser estabelecidos pela palpação abdominal e toque vaginal 
SITUAÇÃO POSIÇÃO 
➞ Relação entre o maior eixo fetal e o maior eixo uterino 
 
➞ Relação do dorso fetal com o lado materno 
↪ em situação longitudinal = Direita ou Esquerda 
↪ em situação transversa = Anterior ou Posterior à coluna vertebral 
↪ Longitudinal (99%) 
↪ Transversal 
↪ Oblíqua 
 VARIEDADE DE POSIÇÃO : relação de todos os pontos de referência representada por uma sigla 
↪ 1ª letra = APRESENTAÇÃO FETAL (O - occipto; B - bregma; N - naso; M - mento; S - 
sacro; A - acrômio) 
↪ 2ª letra =LADO MATERNO p/ que a apresentação está voltada (D - direito; E - esquerdo) 
↪ 3ª letra = LADO DA BACIA p/ que a apresentação está voltada (A - anterior; T - 
transverso; P - posterior ou púbis; S - sacro) 
APRESENTAÇÃO 
➞ Região fetal que ocupa a área do estreito superior da pelve materna ➞ em situação longitudinal = Cefálica (96%) ou Pélvica 
 
 ➞ em situação transversa = Córmica (em relação ao acrômio - A) 
 VARIEDADE DE APRESENTAÇÃO CEFÁLICA = grau de deflexão da cabeça 
 
VARIEDADE DE APRESENTAÇÃO PÉLVICA (S) 
↪ Pélvica completa = ambas as pernas em flexão 
↪ Pélvica incompleta = flexão de uma perna e extensão de 
outra 
↪ Modo de nádegas = ambas as pernas em extensão 
 
↪ Fletido (95%) = referência é a fontanela posterior ou lambda (occipto - O) 
↪ Deflexão de 1º grau = referência é a fontanela anterior ou bregma (B) 
↪ Deflexão de 2º grau = referência é o nariz (naso - N) 
↪ Deflexão de 3º grau = referência é o mento (M) 
 
 
Alan Paz- ATM 2024/1 SAÚDE DA MULHER I 
 
ASSISTÊNCIA CLÍNICA AO PARTO 
TEMPOS DO MECANISMO DE PARTO DILATAÇÃO PARTOGRAMA 
 TRABALHO DE PARTO = período que vai desde o início das 
contrações uterinas regulares associadas ao apagamento e 
dilatação cervical até a expulsão do concepto e da placenta. 
 
1. ENCAIXE ou INSINUAÇÃO 
2. FLEXÃO 
3. DESCIDA 
➞ Normalmente o bebê desce de maneira equidistante em 
relação ao promontório e ao pubis (sinclitismo) 
➞ Se essa relação não for simétrica e equidistante = assinclintismo 
↪ assinclintismo anterior: parietal anterior primeiro 
↪ assinclintismo posterior: parietal posterior primeiro (geralmente 
em primigestas, que tem a parede abdominal mais rígida) 
4. ROTAÇÃO INTERNA DA CABEÇA 
5. DESPRENDIMENTO OU EXTENSÃO DA CABEÇA 
6. ROTAÇÃO EXTERNA DA CABEÇA 
7. DESPRENDIMENTO DOS OMBROS 
Intervalo desde o início do trabalho de parto (contrações 
uterinas regulares + dilatação de pelo menos 4 cm) até a 
dilatação completa (10 cm) 
➞ 10-12 horas em primíparas e 6-8 horas em multíparas 
 
➞ Contrações ➞ 9 semanas => ondas de Alvarez 
➞ 28-30 semanas => contrações de Braxton Hicks 
➞ Fase latente = < 2 em 10 minutos 
➞ Fase ativa = ≥ 2 em 10 minutos 
 
➞ Apagamento cervical = encurtamento do colo do útero 
➞ Dilatação ➞ Fase latente = < 4 cm 
➞ Fase ativa = ≥ 4 cm 
 
 CURVA DE TEMPO E CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO 
 
FASE LATENTE : dilatação lenta do colo ( < 1cm/hora) e contrações 
irregulares 
➞ Pacientes de alto risco (HAS, DM gestacional, CIUR, cardiopatia, 
gestação múltipla, apresentação anômala, pós-datismo) devem ser 
internadas ainda nessa fase 
 
FASE ATIVA: contrações regulares (≥ 2 em 10 minutos) + dilatação > 
4 cm + apagamento do colo uterino => internação 
➞ em casos seletos, pacientes de baixo risco podem ser internadas a 
partir de 6 cm (menor tempo de internação e melhores desfechos) 
 
 AVALIAÇÃO NA ADMISSÃO 
➞ Identificar situações de risco 
➞ Anamnese (comorbidades, prematuridade) 
➞ Sinais vitais em decúbito lateral esquerdo ou sentada 
➞ Altura uterina 
➞ Manobras de Leopold 
➞ Pelve Materna - Identificação do plano de De Lee 
➞ Ausculta de BCFs a cada 30 minutos, antes, durante e 
logo após as contrações 
➞ Intensidade e frequência de contrações 
➞ Inspeção de perdas (especular e toque vaginal) 
➞ Estreptococo grupo B 
➞ Exames = tipagem sanguínea e fator Rh, testes rápido 
HIV e sífilis, hepatite B, toxoplasmose, hemograma, HGT 
 
 AVALIAÇÃO DURANTE O TRABALHO DE PARTO 
➞ Sinais vitais a cada hora 
➞ Temperatura e PA 
➞ Dieta => líquidos claros (exceto se cesárea) 
➞ Baixo risco => deambulação ou decúbito lateral (evitar 
decúbito dorsal pelo risco de compressão aorto-cava, 
com hipotensão arterial e bradicardia fetal (síndrome da 
hipotensão supina) 
➞ Nas primeiras 8 horas não seria necessário acesso 
venoso 
➞ Toque vaginal a cada 2 horas 
➞ Verificação da dilatação a cada hora 
 
 AVALIAÇÃO FETAL 
➞ BCF a cada 30 minutos (15 min no período expulsivo) 
➞ Cardiotocografia para pacientes de alto risco 
Gráfico universal de controle de todos os aspectos do parto 
➞ Dilatação do colo uterino (X) 
➞ Altura da apresentação (O) => Planos de De Lee 
➞ Variedade de posição (encaixe) 
➞ BCF e frequência cardíaca fetal (FCF) 
➞ Contrações uterinas 
➞ Estado da bolsa das águas 
➞ Administração de medicamentos e procedimentos 
 
 
 LINHA DE ALERTA X LINHA DE AÇÃO 
➞ auxílio na avaliação da evolução da dilatação apenas, e não da 
descida da apresentação 
➞ iniciado na fase ativa do parto 
➞ período de 4 horas entre as duas 
 
CORREÇÕES 
➞ Indução = Amniotomia, Ocitocina 
➞ Parto Instrumentado (fórceps) 
➞ Cesariana => desproporção cefalopélvica (DCP) e condição fetal 
não tranquilizadora 
FASES CLÍNICAS DO PARTO 
 
 
 
1º PERÍODO = DILATAÇÃO 
2º PERÍODO = EXPULSÃO 
3º PERÍODO = DEQUITAÇÃO 
4º PERÍODO = 1ª HORA PÓS-PARTO 
EXPULSÃO DEQUITAÇÃO 
➞ Do final da dilatação completa até a expulsão total do 
feto 
➞ Contrações uterinas máximas => 5 em 10 minutos 
➞ Posicionamentos: 
ASSISTÊNCIA 
➞ Controle mais rigoroso de BCFs = a cada 5 - 15 min (alto risco) 
➞ Anestesia do períneo com bloqueio bilateral do nervo pudendo interno (se não estiver com 
peridural) 
 
➞ Analgesia => farmacológicas (pode reduzir a sensibilidade e força da expulsão, aumento o tempo 
do trabalho de parto e necessidade de intervenção) 
=> não-farmacológicas: hidroterapia, acupuntura, relaxamento, respiração, suporte 
emocional, musicoterapia, massagem) 
➞ Manobra de Ritgen: compressão do períneo posterior e controle da deflexão da cabeça fetal 
➞ Episiotomia = feitaapenas em partos prolongados, sofrimento fetal ou quando o desprendimento 
dos ombros não acontece espontaneamente 
 
➞ Ocitocina IM 10 UI imediatamente após a liberação dos ombros (diminui perda sanguínea e previne 
hemorragias por atonia) 
➞ Clampeamento do cordão umbilical 
↪ imediato se sofrimento fetal (circular de cordão) ou mãe HIV+ 
➞ Saída e recepção da placenta 
➞ Quanto maior o tempo de dequitação, maior o volume de perda sanguínea pós-parto 
➞ 90% ocorre em 15 minutos e 97% em 30 minutos 
➞ Se não ocorrer nesse tempo = ocitocina e/ou tração controlada e contrapressão 
suprapúbica (Manobra de Harvey) 
➞ Posicionamento: 
↪ mais superior (fúndica) = Baudeloque-Schultze (75%), desprende-se em forma 
de guarda-chuva 
↪ mais lateral = Baudeloque-Duncan (25%), desprende-se pela borda inferior 
➞ Recepção = tração e torção axial da placenta (manobra de Jacob-Dublin) 
➞ Revisão da placenta e do períneo 
↪ Laborle Duncan = decúbito dorsal, 
mesa de parto com posição verticalizada ao 
máximo e flexão e abdução máximas das 
pernas e coxas 
 
↪ Posição lateral 
↪ Posição vertical ou de cócoras = mais anatômica e 
favorável à força de expulsão 
 
➞ Duração de até 2 horas em nulíparas ou 1 hora multíparas 
(se analgesia peridural, 1 hora a mais) 
1ª HORA PÓS-PARTO 
➞ Controle da evolução (lacerações de períneo, hemorragias) 
➞ Ocitocina IM após o desprendimento dos ombros para fazer maior contração do útero 
➞ Se possível, amamentação e contato próximo mãe-filho 
Alan Paz- ATM 2024/1 SAÚDE DA MULHER I 
 
INDUÇÃO DO PARTO 
DEFINIÇÃO INDICAÇÕES CONTRA-INDICAÇÕES PREDITORES 
➞ Estimulação artificial da dinâmica uterina antes do início 
espontâneo do trabalho de parto 
➞ Indicada quando os riscos maternos ou fetais de manter a 
gestação são superiores aos benefícios 
➞ Deve ser realizada a partir de 39 semanas de gestação 
➞ Gestação pós-termo (até 40-41 semanas) 
➞ Rotura prematura de membranas ovulares 
➞ Síndromes hipertensivas 
➞ Óbito fetal 
➞ Condições médicas maternas: diabetes mellitus, 
doença renal, doença pulmonar crônica, síndrome 
antifosfolípide 
➞ Restrição do crescimento fetal 
➞ Corioamnionite (infecção do líquido amniótico) 
➞ Malformações fetais incompatíveis com a vida 
➞ Oligodramnia 
➞ Doença hemolítica perinatal 
➞ Interrupção legal da gravidez (estupro, risco de morte 
materna, malformação fetal com autorização jurídica) 
 
 
 
➞ 2 ou mais cesarianas prévias com incisão transversa 
baixa ou uma cesariana prévia com incisão corporal 
➞ Incisão uterina transmural prévia (miomectomia) 
➞ Infecção herpética ativa 
➞ Placenta prévia ou vasa prévia 
➞ Prolapso de cordão ou cordão umbilical prévio 
➞ Situação fetal transversa 
➞ Carcinoma invasivo de colo uterino 
➞ Monitorização anteparto (MAP) categoria III 
 
 ÍNDICE DE BISHOP (avaliação do colo uterino) 
➞ ≤ 6 => colo uterino não favorável, necessário amadurecimento 
cervical prévio à indução => misoprostol 
➞ > 6 => indução => ocitocina 
➞ ≥ 8 => colo favorável, probabilidade de parto vaginal após a 
indução é semelhante aquela após trabalho de parto espontâneo AVALIAÇÃO DA CONDIÇÃO FETAL 
➞ Cardiotocografia (bem-estar fetal) 
➞ Perfil biofísico fetal 
➞ Ultrassonografia obstétrica 
➞ US Doppler 
➞ Amniocentese = líquido tinto ou verde mecônio são indicativos 
de sofrimento fetal 
MÉTODOS MECÂNICOS MÉTODOS FARMACOLÓGICOS MONITORIZAÇÃO 
➞ DESCOLAMENTO DIGITAL de membranas (exige certa 
dilatação prévia do colo uterino) = aumenta a probabilidade de 
parto espontâneo em 48 horas (libera PG F2 Alfa e PGE2) 
 
➞ Método de KRAUSE: sonda de Foley intracervical (baixo custo, 
facilidade de conservação, reversibilidade, mas pode aumentar o 
risco de infecção materno-neonatal e descolamento de placenta 
mais baixas (12-24 horas) 
 
➞ AMNIOTOMIA = perfuração cirúrgica da membrana amniótica 
(preferencialmente quando já houver dilatação do colo e 
contrações) 
 MISOPROSTOL = análogo sintético da prostaglandina 
➞ Elevada eficácia em promover contratilidade uterina, 
poucos efeitos sistêmicos e baixo custo 
➞ Utilizado por via vaginal, retal, oral ou sublingual 
➞ Tem o maior índice de parto em 24 horas e com menor 
índice de cesariana quando comparado a Diniprostona 
➞ Uso vaginal: 1 cp de 25 de 6 em 6 horas 
➞ CONTRA-INDICAÇÕES = 
↪ cesariana prévia ou cirurgia uterina prévia 
↪ pacientes asmáticas 
↪ pacientes em uso de ocitocina 
↪ placenta prévia. 
 OCITOCINA = hormônio hipotalâmico e uterotônico, liberado pela neuro-hipófise de 
maneira pulsátil. Induz a produção de ácido anacdônico pela decídua, que se 
transforma em PGF2alfa (potencializadora do efeito contrátil da ocitocina) 
➞ Administrado por via parenteral (IV) => 2mUI/min com incremento de 2mUI/min a 
cada 20 a 30 min. Dose máxima de 40 mUI/min (240ml/h) 
➞ Objetivo = contração eficaz (mais de 40 segundos, com 2 contrações em um 
intervalo de 10 minutos) 
➞ COMPLICAÇÕES: 
↪ Taquissistolia = > 5 contrações em 10 minutos por 30 minutos (suspender) 
↪ Riscos de intoxicação hídrica, hipotensão, hiperestimulação uterina, ruptura 
uterina, descolamento de placenta 
↪ Uso prolongado é associado a hipotonia uterina pós-parto 
 
➞ Taquissitolia, hipertonia uterina e 
sofr imento fetal = diminui r ou 
suspender a ocitocina 
 
➞ Administrar oxigênio sob cateter 
nasal, hidratação venosa e mudança de 
decúbito da paciente para decúbito 
lateral esquerdo 
 
➞ Monitorização eletrônica fetal 
intraparto (cardiotocografia) 
 
 
Alan Paz- ATM 2024/1 SAÚDE DA MULHER I 
 
FORCEPS 
PRÉ-REQUISITOS INDICAÇÕES CLASSIFICAÇÃO COMPLICAÇÕES 
 
 
➞ Decisão tomada no período expulsivo (última etapa 
do parto) 
➞ Dilatação completa 
➞ Membranas amnióticas rotas 
➞ Ausência de impedimentos de tecidos moles ou duros 
no trajeto (tumores, estenoses) 
➞ Cabeça fetal e pelve compatíveis 
➞ Cabeça encaixada => De Lee +2 ou abaixo 
➞ Diagnóstico correto da variedade de posição 
➞ Presença de equipe capacitada para ressuscitação 
neonatal 
➞ Consentimento da paciente 
➞ Possibilidade de realização de cesariana, se necessário 
➞ Segurança de que todos os pré-requisitos foram 
preenchidos 
➞ Período expulsivo prolongado ➞ Primíparas > 3 (sem epidural) a 4 horas (com epidural) 
➞ Multíparas > 1 (sem epidural) a 2 horas (com epidural) 
➞ Suspeita de comprometimento fetal = bradicardia, descolamento da placenta, falha da decida 
ou rotação da apresentação 
➞ Encurtamento do segundo período do parto para benefício materno = distúrbios 
cardiovasculares, neurológicos, pulmonares e exaustão materna 
➞ Cabeça derradeira/parto pélvico 
 
FÓRCIPE DE ALÍVIO ➞ Couro cabeludo visível no intróito 
vaginal, sem separação dos lábios 
➞ Crânio fetal ocupa o assoalho pélvico 
➞ Sutura sagital está em AP ou occiptosacro ou 
occiptopúbico 
➞ Cabeça fetal está no períneo 
➞ Rotação não excede 45 graus 
 
FÓRCIPE BAIXO ➞ Ponto mais baixo da cabeça está no 
plano ≥ 2 de De Lee, mas não no assoalho pélvico 
➞ Rotação ≤ 45º da esquerda ou direita anterior para 
occiptopúbica ou da esquerda ou direita posterior para 
occiptosacra 
➞ Rotação > 45 º para outras orientações 
 
FÓRCIPE MÉDIO ➞ Cabeça fetal encontra-se acima de + 2 
de De Lee, porém insinuada 
 
FETAIS ➞ Hemorragia intracraniana 
➞ Cefaloematoma 
➞ Hemorragia sugaleal 
➞ Hemorragia retiniana 
➞ Fratura do crânio 
➞ Paralisia do nervo facial ou braquial 
➞ Hiperbilirrubinemia 
➞ Lacerações faciais e do couro cabeludo 
➞ Sequelas neurológicas tardias 
➞ Depressão geral e asfixia 
MATERNAS➞ Lacerações de vulva, vagina e reto 
➞ Prolongamento da episiotomia 
➞ Laceração uterina 
➞ Lesão do reto e bexiga 
➞ Aumento da perda sanguínea 
➞ Infecção 
➞ Hematomas 
➞ Fratura do cóccix 
CONTRA-INDICAÇÕES 
➞ Distúrbios desmineralizantes fetais (osteogênese imperfeita) 
➞ Distúrbios hemorrágicos fetais (hemofilia, trombocitopenia) 
➞ Cabeça fetal não encaixada e apresentações anômalas 
➞ Suspeita de desproporçãocefalopélvica (DCP) 
➞ Prematuridade (risco de hemorragia) 
➞ Macrossomia fetal 
QUANDO SUSPENDER ➞ Dificuldade de aplicar o instrumento 
➞ Descida que não ocorre facilmente com a tração 
➞ Feto que não é exteriorizado após breve período de tempo 
TIPOS TÉCNICA 
 
➞ SIMPSON = com curvatura pélvica e articulação fixa, 
acomoda a cabeça fetal e a curvatura pélvica (mais 
usado) 
➞ KIELLAND = sem curvatura pélvica e com articulação 
deslizante, possui curvatura para a cabeça fetal, 
adequado para a variedade de posição transversa e 
quando há a necessidade de se realizar rotações mais 
amplas da cabeça na pelve 
➞ PIPER = ideal para apresentação com cabeça 
derradeira 
 
1- Posição de litotomia 
2- Analgesia peridural ou bloqueio dos pudendos 
3 - Esvaziamento da bexiga por sondagem 
4 - Verificar as condições de aplicação do fórcipe 
5- Episiotomia (se necessário) 
6 - Apresentação do fórcipe 
7 - Aplicação do fórcipe escolhido (introdução dos 
dedos-guia com as colheres separadas, seguida da 
articulação das mesmas) 
8 - Confirmação da boa pega 
9 - Tração e extração 
PEGA IDEAL = BIPARIETOMALOMENTONIANA 
➞ A pequena fontanela deverá estar na distância de 1 dedo 
transverso do plano das hastes. 
➞ A sutura sagital estará perpendicular ao plano das hastes 
➞ Ao se tentar introduzir um dedo entre o fórcipe e a cabeça 
fetal, não se deverá ter acesso às fenestras 
 
MANOPRA DE PAJOT 
➞ Fechamento das hastes, mão direita na pá (força para fora) 
e esquerda no cabo (força para baixo). 
 
CESARIANA 
DEFINIÇÃO EFEITOS MATERNO-FETAIS INDICAÇÕES TÉCNICA CIRÚRGICA 
Nascimento do feto mediante incisão na parede 
abdominal (laparotomia) e uterina (histerotomia) 
➞ 53,8% no Brasil => 36% no SUS e 88% na privada 
 
CURTO PRAZO 
➞ Redução da dor perineal e abdominal 
durante o nascimento 
➞ Redução da dor no 3º dia do 
puerpério 
➞ Redução de lacerações vaginais, 
hemorragias pós- parto e choque 
obstétrico. 
➞ Aumento da duração da internação, 
histerectomia puerperal e PCR 
 
MÉDIO E LONGO PRAZO 
➞ 15% apresentam incontinência urinária 
logo após (21% no parto) 
➞ Aumento da incidência de placenta 
prévia, acretismo placentário e ruptura 
uterina em gestações subsequentes. 
 
 CESARIANA A PEDIDO = explicar fatores de risco, registrar em 
prontuário, com TCLE 
➞ Somente pode ser realizada a partir das 39 semanas de 
gestação nas situações de risco habitual 
➞ Antes deve ter justificativa registrada 
 
 ABSOLUTAS 
➞ Desproporção cefalopélvica (DCP) 
↪ parada da dilatação cervical por > 2 horas ou ausência 
de decida na dilatação completa 
➞ Cicatriz uterina prévia corporal (miomectomia) ou 3 cesarianas 
prévias 
➞ Situação fetal transversa 
➞ Herpes genital ativo 
➞ Prolapso de cordão 
➞ Placenta prévia total 
➞ Morte materna com feto vivo - antes do 5º min 
 
RELATIVAS 
➞ Condição fetal não tranquilizadora - CTG III ou 
baixo BCF 
➞ Gestante HIV+, dependendo da carga viral 
➞ Descolamento prematuro da placenta (DPP), 
dependendo do estágio do parto 
➞ Apresentação pélvica 
➞ Gestação gemelar, dependendo da posição 
dos fetos 
➞ Cesariana prévia com histerotomia segmentar 
=> risco de ruptura uterina 
➞ Macrossomia fetal (peso > 5 kg em não 
diabéticas e 4,5 kg para DM gestacional) 
➞ Colo uterino desfavorável à indução do parto 
➞ Psicopatia 
➞ Mal formação congênita 
 
➞ Realizar sondagem vesical de demora 
➞ Antibioticoprofilaxia - Cefazolina 2g por 60 min 
antes ou intraparto 
➞ Anestesia preferencialmente por bloqueio 
(epidural ou raquianestesia) 
 
➞ Técnica de Pfannestiel-Kerr (mais tradicional e 
popular) 
↪ corte com instrumentos 
↪ fechamento do peritônio 
➞ Técnica de Misgav-Ladach 
↪ separação romba - divulsão com uso 
mínimo de dissecção cortante 
↪ menor tempo entre incisão e nascimento 
↪ não fechamento do peritônio 
FATORES PARA CRESCIMENTO 
➞ Aperfeiçoamento das técnicas anestésicas 
➞ Redução dos riscos e das complicações pós- 
operatórias 
➞ Fatores nutricionais e demográficos 
➞ Percepção da segurança do procedimento por parte 
da paciente e dos profissionais de saúde 
➞ Prática obstétrica defensiva 
➞ Mudanças no sistema de saúde e demandas das 
pacientes 
➞ Nível de instrução mais elevado 
➞ Cardiotocografia intraparto e diminuição do parto 
instrumentado 
 
Alan Paz- ATM 2024/1 SAÚDE DA MULHER I 
 
CITOPATOLÓGICO 
DEFINIÇÃO OBJETIVO INÍCIO DO RASTREAMENTO TÉRMINO DO RASTREAMENTO 
 
Estudo de células esfoliadas cervicovaginais, utilizado para o 
rastreamento do câncer de colo do útero 
 
CÂNCER DE COLO UTERINO 
➞ Causa mais comum de morte por câncer ginecológico 
➞ 3ª causa de câncer na mulher 
➞ Até 42% ocorrem antes dos 45 anos 
➞ Metade dessas nunca fizeram CP 
➞ Pico de incidência aos 45 - 49 anos 
➞ Geralmente diagnósticos em estágios paliativos 
 
Fatores de risco: 
➞ Baixo nível socioeconômico 
➞ Fatores de nutrição e higiene 
➞ Início precoce da atividade sexual 
➞ Multiplicidade de parceiros 
➞ Exposição ao risco de infecção pelo HPV 
➞ Doenças ou uso de drogas que diminuem a imunidade 
➞ Multiparidade 
➞ Tabagismo 
➞ Uso prolongado de contraceptivos orais 
RASTREAMENTO = detecção de doenças em fase assintomática 
➞ Convocação da população-alvo 
➞ Alta cobertura 
➞ Teste adequado (boa sensibilidade e especificidade) 
➞ Acesso ao tratamento 
➞ Programas organizados 
 
EXAME IDEAL 
➞ Baixo custo 
➞ Seguro 
➞ Conveniente e aceitável 
➞ Confiável 
➞ Boas características de desempenho 
↪ Um teste muito sensível pode não ser eficaz 
↪ O sucesso de um programa também depende do 
conhecimento da história natural da doença 
 
DESAFIOS NO BRASIL 
➞ Aumentar a cobertura (especialmente na população de maior risco) 
➞ Melhorar a eficiência e sensibilidade do exame 
➞ Reduzir as perdas de seguimento 
➞ Aumentar a oferta do tratamento 
25 anos pelo Ministério de Saúde; 
3 anos após início de atividade sexual pela FEBRASGO 
POR QUE INICIAR AOS 25 ANOS? 
➞ baixa incidência de câncer em mulheres mais jovens 
➞ alta prevalência de LSIL em mulheres mais jovens 
➞ morbidade obstétrica e neonatal com o tratamento de lesões precursoras 
➞ menor efetividade do rastreamento em mulheres mais jovens 
➞ custos 
 
PERIODICIDADE = a cada 3 anos após 2 exames anuais negativos 
 
64 anos desde que tenha 2 exames 
negativos anuais consecutivos nos 
últimos 5 anos 
 
➞ Para as mulheres com mais de 64 anos 
que nunca fizeram CP: realizar 2 exames 
com intervalo de 1 a 3 anos. Se ambos 
negativos, dispensar exames adicionais 
SITUAÇÕES EPECÍFICAS 
➞ Gestantes não tem restrições para coleta 
➞ Em puérperas é recomendado aguardar 6 a 8 semanas para que o colo uterino readquira suas condições normais 
➞ Mulheres na pós-menopausa podem precisar tratar atrofia vaginal antes da coleta 
➞ Mulheres sem história de atividade sexual não devem ser submetidas ao rastreamento 
➞ Mulheres com histerectomia total por doença benigna podem suspender rastreamento (na subtotal, em que o colo 
permanece, não) 
➞ Imunossuprimidas (HIV, transplantadas, tratamento de câncer ou uso crônico de corticoides) = intervalos semestrais no 
1º ano e anuais no seguimento, se mantiverem imunossupressão 
➞ Não há no momento nenhum guideline que proponha mudanças específicas para mulheres imunizadas 
ORIENTAÇÕES PARA A PACIENTE COLETA SATISFATÓRIA DIAGNÓSTICOS CONDUTA 
Nas 48 horas anteriores ao exame: 
➞ Não manter relações sexuais 
➞ Não utilizar tampões vaginais 
➞ Não realizar duchas vaginais 
➞ Não utilizar medicações intravaginais 
➞ Representativa da junção escamo-colunar (epitélio cilíndrico, 
epitélio escamoso e transição) 
➞ Ausência de infecções/sangue/muco 
➞ A presença de células endocervicais está associada com maior nº de 
diagnósticos 
LSIL = lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (NIC I) 
HSIL = lesão intraepitelial escamosa de alto grau (NIC II 
e III) 
ASC-US = células escamosas atípicas de significado 
indeterminadoTÉCNICA MÉTODOS TESTE DNA-HPV 
➞ Não realizar toque vaginal antes de coletar o exame 
➞ Espéculo sem lubrificação (SF permitido) 
➞ Retirar muco e demais conteúdos vaginais e cervicais 
excessivos com algodão 
➞ Se necessário, melhorar trofismo vaginal (estrógeno tópico 
por 21 dias 
 
INSTRUMENTOS: Escova endocervical (Citobrush) + espátula 
de Ayre 
TÉCNICA 
➞ Verificação do ambiente adequado 
➞ Posicionamento da espátula sobre a entrada do colo e 
introdução da escova endocervical a 1,5 cm 
➞ Esfoliação em uma rotação de 360º 
➞ Disposição e fixação na lâmina com spray ou em frasco 
com álcool a 70% (em até 10-60 minutos) 
➞ O método para a coleta em meio líquido é o mesmo, 
porém o conteúdo da espátula e da escova é colocado em 
frasco com líquido conservante 
 
 
CITOLOGIA CONVENCIONAL (PAPANICOLAU) 
➞ Método mais usado 
➞ Baixa sensibilidade 
➞ Falsos negativos (20 a 40%) e insatisfatórios 
➞ Depende da repetição (1º exame pode ter perda de diagnóstico) 
 
 MEIO LÍQUIDO 
➞ Possibilita o teste DNA HPV no mesmo exame (coteste) 
➞ Captura de toda a amostra 
➞ Melhora a qualidade de amostra 
➞ Custos aumentados 
➞ Maior sensibilidade 
➞ Identifica a mulher com positividade para HPV de alto risco, mesmo 
antes de estar doente 
➞ Identificação já no 1º exame 
 
 
➞ Menor especificidade 
➞ Nem toda infecção indica doença (fase de clearence) 
➞ Alto valor preditivo negativo e baixo valor preditivo 
positivo (associar testes) 
➞ Teste negativo assegura não doença 
 
INDICAÇÕES: 
➞ Triagem primária ≥ 30 anos 
➞ Citologia ASC-US 
➞ Seguimento pós-cone 
 
CONTRA-INDICAÇÕES: 
➞ Mulheres abaixo dos 30 anos (alta taxa de clearence) 
➞ Lesão de alto grau (HPV de alto risco) 
➞ Coleta seriada 
➞ Coleta para HPV de baixo risco 
 
Alan Paz- ATM 2024/1 SAÚDE DA MULHER I 
 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
CICLO MENSTRUAL MÉTODOS COMPORTAMENTAIS MÉTODOS HORMONAIS PARENTERAIS DISPOSITIVOS INTRA-UTERINOS (DIUs) 
➞ 1ª metade => ovulação estimulada pelo estrogênio 
↪ sintéticos: etinilestradiol 
↪ naturais: 17 beta-estradiol, estrona e estriol 
➞ 2ª metade => elevação da progesterona na fase lútea 
A adequação do ACO segundo queixas deve ser feita de 
acordo com a etapa do ciclo em que elas ocorrem 
MÉTODO DA TABELA = abstinência sexual periódica no período fértil 
↪ precisa ter conhecimento muito bom do ciclo (pelo menos 3 a 4 
ciclos para se fazer o cálculo adequado do período fértil) 
↪ Contra-indicação = ciclos irregulares (principalmente na 
perimenopausa e junto à menarca) e ciclos muito curtos (< 26d) ou 
muito longos (> 32d) 
 
COITO INTERROMPIDO 
↪ não deve ser recomendado rotineiramente (alto índice de falha) 
↪ se feito com frequência pode predispor disfunção erétil 
ANEL VAGINAL (combinado) = inserido no início do ciclo, e 
permanece por 3 semanas. Trocado a cada 21 dias 
↪ PROS: menor risco de esquecimento 
↪ CONTRAS: desconforto, risco de expulsão 
 
ADESIVO (combinado) = trocado toda semana, exceto na 
semana da menstruação. 
↪ PROS: funciona semelhante à pílula, com menor 
absorção sistêmica e menos picos hormonais 
↪ CONTRA: risco de descolar e perder eficácia, 
reação alérgica da pele 
↪ Contraindicado para mulheres acima de 90 kg 
 
IMPLANTE SUBDÉRMICO (IMPLANON) 
↪ implante subdérmico com liberação diária de 60 
mcg de etonogestrel (progesterona isolada) 
↪ PROS: maior eficácia (0,05) e duração de 3 anos 
↪ CONTRAS: sangramentos de escape e incômodos 
no local da aplicação. Maior custo 
 
INJETÁVEL MENSAL (combinado) 
↪ PROS: menor custo e esquecimentos, ideal p/ 
mulheres com distúrbios absortivos e hepáticos 
↪ CONTRA: irregularidade do ciclo menstrual 
 
 INJETÁVEL TRIMESTRAL (progesterona isolada) 
↪ CONTRAS: sangramento nos primeiros meses, 
menstruação maior do que o normal, atraso no retorno da 
fertilidade, aumento de peso e redução de massa óssea 
➞ Nulíparas devem ter o útero medido por US transvaginal 
antes da implantação (deve ter pelo menos 5 cm) 
➞ CONTRA-INDICAÇÕES: mal-formações uterinas 
(bicorno), miomas grandes e obtrutivos 
 
➞ POSICIONAMENTO: se estiver fora do colo do útero 
está bem posicionado. 
↪ DIU de cobre, mesmo que levemente próximo ao 
colo (< 2cm de distância) indica maior risco de gestação, já 
que é o único método de contracepção envolvido 
➞ CONTROLE do posicionamento, na prática, é feito após 
1 mês (na 1ª menstruação) da colocação e repetido após 6 
meses. Depois, controle anual 
 
DIU HORMONAL com progesterona isolada = Mirena (50 U 
de progesterona) e Kylenna (19 U de progesterona) 
↪ PROS: duração de 5 anos e menos sangramento 
de escape do que o implante 
↪ CONTRAS: sangramento nos primeiros dias, 
cefaleia e náuseas. 
 
DIU DE COBRE = faz resposta inflamatória espermicida 
➞ Tipos: cobre com prata (menor duração, mas tem um 
pouco menos de sangramento), tradicional e âncora 
↪ PROS: longa duração (10 anos) e menor custo 
↪ CONTRAS: ovulação e ciclo menstrual mantidos, 
com possível exacerbação geral dos efeitos 
(dismenorreia, TPM, …) Não é boa indicação se já 
tem sangramento menstrual volumoso 
 
CONTRACEPÇÃO MÉTODOS DE BARREIRA 
Reduzir gravidez indesejada, abortos induzidos e DSTs 
 
➞ Fatores para escolha de um método contraceptivo = 
idade, estado de saúde, eficácia do método (índice de 
Pearl), facilidade de uso, conforto, reversibilidade, 
paridade, estado civil e grau de proteção contra DSTs 
 
CRITÉRIOS DE ELIGIBILIDADE DO MÉTODO 
CATEGORIA 1 = pode ser usado sem restrições 
CATEGORIA 2 = pode ser usado com restrições 
(acompanhamento médico mais frequente) 
CATEGORIA 3 = riscos superam os benefícios 
(contraindicação relativa). Se escolhido deve ter 
acompanhamento médico rigoroso 
CATEGORIA 4 = risco inaceitável (contraindicação 
absoluta) 
 PRESERVATIVO (Condom) MASCULINO e FEMININO 
↪ PROS: único método para proteção contra HIV e ISTs 
↪ CONTRAS: necessidade de manipulação durante o ato sexual e 
risco de roturas 
 
 ESPERMICIDA = substâncias químicas que recobrem a vagina e o colo 
do útero, imobilizando ou destruindo espermatozoides por lesão da 
membrana celular. Isoladamente não conferem proteção adequada 
 
 DIAFRAGMA = proteção mecânica do colo uterino. Depende da 
colocação correta antes da relação sexual 
MÉTODOS DEFINITIVOS 
 ESTERILIZAÇÃO ➞ Feminina = ligadura 
➞ Masculina = vasectomica 
HORMONAIS ORAIS COMBINADOS CLASSIFICAÇÕES MODO DE USO HORMONAIS ORAIS ISOLADOS 
COMBINADOS = estrogênio (inibe o FSH) + progesterona (inibe o LH) 
↪ idealmente iniciados no 1º dia da menstruação 
 
➞ Contraindicações: ➞ trombofilia 
➞ migrânea com aura 
➞ anticonvulsivantes (topiramato, carbamazepina, …) 
➞ uso de antirretrovirais 
➞ tabagistas ≥ 35 anos 
➞ O risco de tromboembolismo é pelo estrogênio, mas o combinado com a 
progesterona que foi menos associada com risco é o levonogestrel 
➞ O maior risco ocorre nos primeiros 6 meses de uso 
➞ Apesar disso, adequar a progesterona para os efeitos que a mulher se 
queixa (acne, excesso de pelos, sangramento, …) 
 
➞ Efeitos colaterais: 
➞ Estrógenos: risco aumentado de TVP, cefaleia, tonturas, vômito, 
náuseas, edema, irritabilidade e cloasma. Sangramentos de escape nos 
de baixa dosagem 
➞ Progestágenos: depressão, cansaço, alterações da libido, amenorreia, 
acne e ganho de peso 
CONCENTRAÇÃO HORMONAL 
➞ Monofásicos = mantém a mesma dose 
hormonal durante todo o ciclo e pode ser usado 
de forma contínua 
➞ Bifásicos e Trifásicos = possuem variações da 
dose hormonal que tentam imitar o ciclo. Nem 
sempre podem ser emendados 
 
GERAÇÃO 
➞ 1ª geração: ACO com 50 ug ou mais de EE 
(norestirenona, noretindrona e dienogestrel) 
➞ 2ª geração: ACO com 30 ou 35 ug de EE = 
(levonogestrel (microvilar) e norgestrel) 
➞ 3ª geração: ACO com 30 ug ou menos de EE 
(desogestrel, gestodeno ou norgestimato) 
↪ indicados para sangramentos de escape 
➞ ACOS não classificados em gerações 
↪ dorperinona (mais antimineralocorticoide) 
↪ ciproterona(mais antiandrogênica) 
↪ indicados para acne e hirsutismo 
➞ Início do 1º dia de fluxo menstrual no 1º mês de uso 
➞ Tomar 1 comprimido por dia, sempre no mesmo horário 
➞ Uso por 21 dias a partir do 1º dia da menstruação, 
seguido de pausa de 7 dias com retorno do uso no 8º dia 
OU uso por 24 dias, parar por 4 dias e retornar no 5º dia (a 
depender do tipo) => sempre deve fechar o ciclo de 28 dias 
➞ O fluxo de menstruação pode ser diminuído na pausa 
 
ESQUECIMENTO 
➞ Por < 12h = Tomar imediatamente ao lembrar e tomar a 
pílula seguinte no horário regular 
➞ Por > 12 h =tomar os dois comprimidos juntos 
➞ Se esquecer dois ou mais = terminar a cartela da 
maneira habitual, porém deve usar outro método 
↪ maior risco de gestação por falha de esquecimento é na 
1ª metade do ciclo = folículos estão já formados e prontos 
 
PERDA DE EFICÁCIA: uso incorreto, distúrbio de absorção 
(vômitos, diarreia) interação medicamentosa (antibióticos) 
=> usar preservativo durante o uso e mais 7 dias 
 PROGESTERONA ISOLADA = principal método de ação é 
pela atrofia do endométrio e muco cervical espesso 
↪ todos são de uso contínuo, sem pausas 
 
INDICAÇÕES ➞ Para mulheres contra-indicadas ao uso de 
estrógeno e que estejam amamentando 
CONTRAS ➞ sangramento irregular e acne 
 
➞ Minipílula = exclusiva para mulheres em amamentação 
➞ Progestágeno isolado (75 ug de desogestrel) = provoca 
anovulação, torna muco cervical espesso, dificultando a 
ascensão de espermatozoides 
PÍLULA DO DIA SEGUINTE 
Levonogestrel 1,5 mg (equivalente a 1/2 cartela) 
➞ Após relação desprotegida, falha ou violência sexual 
➞ Funciona somente se for tomada antes da ovulação, mas 
pode ser tomada até 72h após a relação 
➞ Pode causar mau-estar e irregularidade do ciclo 
Alan Paz- ATM 2024/1 SAÚDE DA MULHER I 
 
GEMELARIDADE 
EPIDEMIOLOGIA ZIGOZIDADE DIAGNÓSTICO 
➞ 2 a 3% de todas as gestações, aumento da incidência dos 
últimos anos por: 
↪ fertilização 
↪ aumento da idade materna e paterna (pico aos 37) 
↪ história familiar da mãe 
↪ fatores nutricionais 
➞ Risco de morte fetal e neonatal aumenta de 3 a 7x 
 
Refere-se ao número de óvulos que deram origem aos gêmeos: 
➞ Monozigótica (MZ) = apenas um óvulo que se divide 
↪ apresentam o mesmo genótipo 
↪ o sexo, grupos sanguÍneos e demais características são obrigatoriamente iguais 
➞ Dizigótica (DZ) = óvulos diferentes (2/3 das gestações) 
↪ apresentam genótipos distintos 
 
➞ História familiar ou pessoal de gestação múltipla e uso recente de indutores da ovulação 
➞ Clínico = hiperêmese gravídica, altura uterina maior que o esperado e ausculta de BCFs em focos diferentes 
➞ Beta-HCG muito elevado (> 100.000) 
➞ Diagnóstico definitivo pelo US após 5 semanas 
↪ Diagnóstico diferencial com doença trofoblástica (também apresenta beta-HCG muito elevado e altura uterina 
maior que o esperado 
ALTERAÇÕES MATERNAS CORIONICIDADE ULTRASSONOGRAFIA 
➞ Expansão volêmica => 1960 mL 
➞ Anemia fisiológica => Hb 10 
➞ Ácido úrico com valores maiores 
➞ Maior risco para pré-eclâmpsia, eclâmpsia, hemorragia 
pós-parto e morte materna, trabalho de parto prematuro 
Refere-se ao número de placentas: 
➞ Monocoriônica (uma placenta)=> pode ser monoamniótica ou diamniótica 
➞ Dicoriônica (duas placentas) => sempre é dizigótica e diaamnióticas 
 DATAÇÃO ➞ Comprimento cabeça-nádega (CCN) de 45 a 84 mm, realizado entre 11 semanas e 13 semanas + 6 dias 
➞ Quando houver discordância utilizar o maior CCN 
 
 AMNIOCIDADE ➞ Verificar a presença de membrana entre os fetos (diamniótica) 
➞ Na ausência da membrana, identificar o enovelamento do cordão (monocoriônicas / 
monoamnióticas) 
 
 CORIONICIDADE ➞ Melhor avaliação com US precoce (até 14 semanas) 
➞ Presença de 2 sacos gestacionais 
↪ dicoriônica => sinal do lâmbda: presença de tecido corial na base da membrana entre 
os gêmeos, sendo mais espessada nas bordas (> 1,5 mm) e vai se afilando 
↪ monocorônica => sinal do T: membrana mais afilada em toda a sua extensão 
➞ Se não for possível individualizar: observar o sexo dos fetos a espessura da membrana amniótica 
PLACENTAÇÃO 
RISCOS FETAIS Nas dizigóticas, sempre é dicoriônica e diamniótica 
Nas monozigóticas, depende do período de divisão do blastocisto após a fertilização: 
➞ Quando ocorre nos primeiros 3 dias => dicoriônica e diamniótica 
➞ Quando ocorre entre o 4º e o 7º dia => monocoriônica e diamniótica 
➞ Quando ocorre entre o 8º e o 12º dia => monocoriônica e monoamniótica 
➞ Quando ocorre após o 13º dia => gemelaridade imperfeita (menocorial acoplada - 
gêmeos “siameses”) 
➞ Aneuploidias 
➞ Malformação fetal 
➞ Restrição do crescimento intrauterino (RCIU) 
➞ Síndrome da transfusão feto-fetal 
➞ Síndrome da perfusão arterial reversa 
➞ Morte fetal intrauterina e morte neonatal 
➞ Entrelaçamento ou nó de cordão 
➞ Prematuridade 
➞ Ruptura prematura das membranas (Rupreme) 
 
CONDUTA 
➞ Pré-natal de alto risco = consultas mensais até 24 semanas, 
quinzenais até 34 semanas e após semanais 
➞ Rastreamento e diagnóstico precoce de pré-eclâmpsia, 
anemia, diabetes, parto pré-termo e RCF 
➞ Controle de dieta => 12 a 14 kg de ganho total 
➞ Suplementação de Fe e Ácido fólico 
➞ Redução de estresse físico e mental 
➞ US mensal até 32 semanas e após quinzenais 
➞ Rastreamento de TPP 
 
SEGUIMENTO ULTRASSONOGRÁFICO 
↪ Crescimento fetal adequado em ambos os fetos, ausência 
de alteração ultrassonográfica fetal e ausência de 
complicações como HAS, DM, TPP, RCF, entre outras) 
 
DICORIÔNICAS (geralmente complicam menos) 
➞ 1º US = 11-14 semanas 
➞ 2º US -morfológico = 20-22 semanas 
➞ Acompanhamento => 24 - 32 semanas = mensal 
=> acima de 32 semanas = quinzenal 
 
MONOCORIÔNICAS 
➞ 1º US = 11-14 semanas 
➞ 2º US = 16-18 semanas (verificar crescimento fetal) 
➞ 3º US - morfológico = 20-22 semanas 
➞ Acompanhamento => 22- 32 semanas = quinzenal 
=> > 32 semanas = semanal 
COMPLICAÇÕES 
 
PREVENÇÃO DE PARTO PREMATURO 
RESTRIÇÃO DO CRESCIMENTO INTRA-UTERINO 
(RCIU) 
 
➞ Diferenças de tamanho entre os fetos 
↪ diferença acima de 3 dias no CCN 
↪ peso fetal estimado abaixo do percentil 10 
 SÍNDROME DE TRANSFUSÃO FETO-FETAL (STFF) 
➞ 10 - 15% das gestações monocoriônicas, ocorre por anastomoses vasculares que 
resultam em desequilíbrio hemodinâmico entre os fetos 
 
PARÂMETROS ECOGRÁFICOS 
➞ Circunferência abdominal e/ou peso fetal estimado com diferença superior a 20% 
➞ Polidrâmnia (maior bolsão vertical > 8cm) no maior feto e oligodramnia (maior bolsão 
vertical < 2 cm) do menor feto 
➞ Disparidade entre o enchimento vesical dos fetos => megabexiga no feto receptor X 
bexiga pequena ou ausente no feto doador 
➞ Disparidade entre o tamanho do cordão umbilical e do número de vasos => cordão 
grande no receptor X cordão pequeno e com inserção velamentosa no doador 
➞ Hidropisia (anasarca, acúmulo de líquido generalizado) pode ocorrer em 28% dos fetos 
receptores e em 12% dos doadores 
➞ Fator preditivo => colo uterino < 25 mm, avaliado pelo 
US morfológico entre 20 e 24 semanas 
➞ RECOMENDAÇÕES 
↪ Progesterona: se história de prematuridade espontânea 
em gestação anterior ou se colo curto (< 25 mm) 
↪ Pessário (dispositivo que ajusta o ângulo entre o colo e 
a pelve, melhorando a distribuição do peso do saco 
gestacional): para gestantes com colo curto (< 25 mm) 
↪ Cerclagem: se história de incompetência istmocervical 
↪ Tocolíticos: fase aguda do TPP e antes de 34 semanas 
↪ Corticoide: entre 24 e 34 semanas nas gestações de 
risco de nascimento nos próximos 7 dias 
↪ Sulfato de magnésio: indicado para neuroproteção 
fetal em todos os nascimentos antes de 32 semanas 
 
➞ Leve: < 15% / Moderada: 15-30% / Grave: > 30% 
 
➞ Ao diagnóstico de RCIU de 1 dos fetos: 
↪ avaliar bem-estar fetal por perfil biofísico fetal e 
Doppler em US quinzenal (DCs) ou semanal (MCs) 
 
↪ se alteração de Doppler e gestação < 32 
semanas = aguardar e manter Doppler seriado. A 
ocorrênciade alteração do ducto venoso indica 
interrupção 
↪ se > 32 semanas, interrupção diante da 
alteração da cerebral média 
↪ a interrupção também depende da 
placentação 
 
MANEJO 
➞ Conservador: mortalidade fetal > 60% 
➞ Amniodrenagem (polidrâmnio) e 
amniorredução (oligodrâmnio) 
➞ Laser/ablação (antes de 26 semanas) 
➞ Interrupção quando atingida a 
maturidade pulmonar fetal 
INTERRUPÇÃO DA GESTAÇÃO 
➞ Dicoriônicas e diamnióticas => 37 - 38 semanas 
➞ Monocoriônicas e diamnióticas => 34 - 36 semanas 
➞ Monocoriônicas e monoamnióticas => 32 - 34 semanas 
por cesariana(risco de enovelamento de cordão) 
 TIPO DE PARTO 
➞ Apresentação de ambos é cefálico => parto vaginal 
➞ Algum com apresentação pélvica => cesariana 
➞ Intervalo entre os nascimentos: geralmente 30 minutos 
Alan Paz- ATM 2024/1 SAÚDE DA MULHER I 
 
 
Alan Paz- ATM 2024/1 SAÚDE DA MULHER I 
 
DOENÇA HEMOLÍTICA PERINATAL 
DEFINIÇÃO FISIOPATOLOGIA 
 
➞ Anticorpos maternos contra antígenos de hemácias 
fetais que causam hemólise fetal e anemia no RN, com 
consequente eritropoiese extramedular liberando 
hemácias imaturas (eritroblastos) no sangue fetal 
Critérios 3) Volumes de apenas 0,1 mL de hemácias já são capazes de provocar resposta 
➞ Incompatibilidade sanguínea materno-fetal imune materna que pode iniciar lentamente a produção de anticorpos e aparecer 
➞ Aloimunização materna (presença de anticorpos anti-D IgG) clinicamente de 5 até 15 semanas após e exposição 
➞ Passagem de anticorpos da gestante para o organismo do feto ↪ no segundo contato, há formação de resposta imunológica secundária, 
➞ Ação dos anticorpos no concepto com formação de anticorpos IgG capazes de atravessar a placenta e causar 
dano fetal 
1) Mãe Rh negativa com contato prévio com antígeno D => transfusão 4) Passagem transplacentária de anticorpos maternos da classe IgG causam 
não tipada, hemorragia feto-materna, partos anteriores de Rh positivo hemólise fetal => anemia, icterícia, repercussão hemodinâmica com hidropsia e 
sem uso de profilaxia (imunoglobulina anti-Rh) até morte intrauterina 
↪ no primeiro contato, há formação de resposta imunológica 5) Estímulo à eritropoiese extramedular, com a liberação de hemácias imaturas 
primária (anticorpos IgM capazes de atravessar a barreira (eritroblastos) 
placentária) 6) Se o RN estiver comprometido, há necessidade de exsanguineotransgusão para 
2) Antígeno Rh é expresso nas hemácias fetais a partir do 30º dia de evitar kernicterus 
gestação 7) Em exposições subsequentes, o processo tende a ser ainda mais acentuado 
 
ETIOLOGIA 
➞ Mais frequente => incompatibilidade ABO 
↪ poucas evidências clínicas, quadros brandos 
 
➞ Mais grave => Incompatibilidade do RH - antígeno D 
↪ forma de incompatibilidade com maior 
repercussão e importância clínica 
 
AVALIAÇÃO 
 
DIAGNÓSTICO 
➞ Tipagem do pai biológico para determinar o Rh do 
feto 
➞ Se o pai for heterozigoto, realizar testagem do tipo 
sanguíneo e do fator Rh do feto através da pesquisa de 
DNA fetal na circulação periférica materna (apoptose de 
células do sincicio trofoblasto) 
➞ Titulação de anticorpos anti-Rh maternos avaliada pelo 
Coombs indireto 
 
➞ Tipagem materna Rh negativa 
➞ Coombs indireto para dosagem de anticorpos anti-D ≥ 1:16 
➞ Parâmetros ultrassonográficos: 
↪ Anemia = verificar o pico de velocidade sistólica da artéria cerebral média (PVS-ACM) 
↪ Anasarca = feto gravemente anêmico (Hb < 4 ou > 6 abaixo do esperado para a IG) 
↪ Ascite fetal = sinal mais sensível. Se estiver ausente, outros sinais de edema (derrame pleural ou pericárdico) 
raramente estarão presentes 
ACOMPANHAMENTO PROFILAXIA 
ULTRASSONOGRAFIA AMNIOCENTESE CORDOCENTESE ➞ Imunoglobulina anti-Rh na dose de 300 mg em até 72 horas após o parto 
↪ reduz para 1% o número de mulheres que irão sofrer aloimunização 
➞ Rotina com 28 semanas e novamente após o parto de RN Rh D positivo 
↪ antes disso, o risco de sensibilização é muito pequeno na ausência 
de hemorragias ou procedimentos invasivos 
➞ Em casos de abortamento de mãe Rh - e feto Rh +, também deve ser feita 
a profilaxia para gestações futuras 
 
➞ Avaliação do nível de anemia fetal através do pico de velocidade 
sistólica da artéria cerebral média (PVS-ACM) 
↪ Aumenta principalmente devido à diminuição de hemoglobina 
fetal e aumenta com a idade gestacional 
↪ Os resultados devem ser convertidos em múltiplos da mediana 
(MoMs) e corrigidos para a idade gestacional 
↪ Na primeira gestação afetada o PVS-ACM é realizado após 20 
semanas de gestação pois a chance de anemia é muito baixa 
 
➞ Se o PVS-ACM for ≤ 1,5 MoM => repetir o exame a cada 1 a 2 
semanas, avaliar bem-estar fetal após 30 a 32 semanas, permanecendo 
estável, programar o nascimento em torno de 37 a 38 de idade gestacional 
➞ Se PVS-ACM > 1,5 MoM, há chance alta de anemia fetal moderada a 
grave, mas Hb e Ht fetais devem ser verificados por cordocentese 
↪ se Hb < que 2 desvios-padrão da média para IG ou Ht < 30% e 
idade gestacional < 35 semanas => transfusão intrauterina 
↪ se Hb e Ht não estiverem abaixo desses níveis => repetir a 
cordocentese em 1 a 2 semanas 
↪ se a idade gestacional for ≥ 35 semanas, a transfusão intrauterina 
oferece mais risos que a promoção do nascimento prematura, 
seguida de exsanguineotransfusão 
 
➞ Avalia níveis de bilirrubina do líquido amniótico , 
que correlacionam-se com o grau de hemólise fetal e 
estima indiretamente a gravidade da anemia 
➞ Por se tratar de um método invasivo, a amniocentese 
é reservada para resultados duvidosos após o PVS-ACM 
➞ A forma mais correta de dosagem é a 
espectrofotometria e a interpretação mais utilizada é a 
Curva de Liley 
↪ Zona 1 = corresponde a pouca ou nenhuma 
hemólise. A amniocentese deve ser repetida a cada 3 
semanas e a gestação poderá chegar ao termo 
↪ Zona 2 = corresponde a zona indeterminada, 
devendo ser repetida a cada 1-2 semanas. Se 
permanecer nesse nível, pode se aguardar a 
maturidade pulmonar fetal para o término da gestação 
↪ Zona 3 = indica a existência de hemólise grave 
e risco de morte fetal intrauterina. Se houver 
matur idade pulmonar a gestação deve ser 
interrompida, caso contrário torna-se necessário uma 
transfusão intrauterina 
 
 
➞ Coleta de sangue da veia umbilical para 
avaliação dos parâmetros hematimétricos 
do feto (Hb, Ht, tipagem sanguínea e 
Coombs direto) 
 
➞ Método padrão-ouro de avaliação da 
anemia fetal, porém com maior risco de 
sangramento e bradicardia fetal, podendo 
ser necessária a interrupção da gestação no 
momento do exame 
 
➞ Indicada apenas se houver alteração 
em um exame de rastreamento, como o 
US da ACM ou a amniocentese 
 
➞ Monitorar BCF durante todo o 
procedimento e mais 1 a 2 horas após 
TRATAMENTO 
➞ Pico de PVS-ACM > 1,5 ou hidropsia => cordocentese para coleta de 
sangue e diagnóstico de anemia fetal + preparo para transfusão intra- 
uterina 
➞ Feto com Hb 2 desvios-padrão abaixo do valor normal para a idade 
gestacional ou Ht menor que 30% => indicação de transfusão intrauterina 
se < 35 semanas de IG ou interrupção da gestação se > 35 semanas 
 
➞ Apenas 10% das gestações acompanhadas com US necessitarão de 
transfusão intrauterina 
➞ Na ausência de tratamento, 45 a 50% dos conceptos apresentam discreta 
anemia com icterícia leve, 25 a 30% apresentam um certo grau de 
hepatoesplenomegalia, anemia moderada e icterícia precoce e 20 a 25% 
apresentam anasarca (hidropisia fetal), insuficiência cardíaca e óbito, seja no 
útero ou no período neonatal 
 
Alan Paz- ATM 2024/1 SAÚDE DA MULHER I 
 
LESÕES DE BAIXO E ALTO GRAU 
DIAGNÓSTICO ACHADOS DA COLPOSCOPIA RESUMO DAS CONDUTAS 
➞ Maioria é assintomática ou subclínica 
➞ Sintomático => condilomas, lesões invasivas 
➞ Preventivo => 25 aos 64 anos 
➞ Colposcopia = visualização amplificada do colo 
↪área de lesão esbranquiçada com o ácido acético 
 
JEC = ectocérvice (tecido liso) separada

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