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Avaliação dos investimentos mediante o Método de Equivalência Patrimonial (MEP) - apostila

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Avaliação dos investimentos 
mediante MEP – Método de 
Equivalência Patrimonial
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Reconhecer o processo de avaliação dos investimentos.
 � Identificar as diferenças entre as entidades coligadas e contro-
ladas.
 � Analisar os rendimentos resultantes das participações societárias.
Introdução
Através do Método de Equivalência Patrimonial (MEP), os investimen-
tos permanentes são avaliados em decorrência da modificação 
do patrimônio líquido  das empresas investidas, permanecendo, 
assim, os valores das aplicações correspondentes ao percentual de 
participação que a empresa investidora tem nas empresas investidas.
Neste texto, você vai estudar sobre as diferenças entre as socie-
dades coligadas e as sociedades controladas e os tipos de controles 
existentes nesses modelos empresariais, além dos rendimentos resul-
tantes das participações societárias.
Categorização das participações societárias
As participações societárias representam a aplicação de recursos. Essa apli-
cação garante a uma empresa específica, denominada investidora, a aquisição 
de ações pertencentes à organização investida. Se a empresa investidora e a 
investida possuírem as mesmas finalidades em relação aos rendimentos re-
sultantes da venda de participações, as duas devem ser consideradas instru-
mentos financeiros. Você pode classificar as participações societárias em:
 � Coligadas;
 � Controladas;
 � Outras participações.
Contabilidade_Avancada.indb 47 19/09/16 15:02
A categorização dependerá de algumas condições, como a atuação da or-
ganização investidora sobre a investida e a parcela correspondente de ações 
ou quotas. Ou seja, um fator ao qual você deve estar atento é a quantia que a 
investidora possui em relação ao capital da empresa investida.
A legislação que regulamenta a classificação das participações societárias 
ocorre por meio da Lei 6.404/76 e da Instrução CVM 247/96. Elas atuam em 
concordância com o CPC 18, que aborda o investimento em coligada e em 
controlada.
As participações societárias visam assegurar atividades complementares. 
Elas também têm o objetivo de garantir o atendimento dos serviços e o forne-
cimento de matéria-prima. Além disso, procuram ampliar sua participação no 
mercado e conservar o cliente.
Os investimentos aplicados por meio de ações ou quotas podem ter outras 
finalidades, e você pode classificá-los como:
 � Participações voluntárias de natureza especulativa: possuem como 
finalidade os rendimentos gerados mediante valorização e negociação. 
Essas aplicações são realizadas na Bolsa, porém a organização poderá 
mantê-las de forma permanente por meio de ações. Assim, elas podem 
ser comercializadas visando resultados lucrativos. Nesse caso, você 
pode dizer que existe um investimento temporário.
 � Participações voluntárias executadas para obtenção de aumento 
ou acréscimo das operações da organização investidora: podem ser 
efetivadas para diversificar as atividades ou usadas como estratégia 
operacional. Na situação apresentada, você não deve esperar o retorno 
da aplicação das ações no mercado. Deve, contudo, esperar que elas 
tragam rendimento de outra forma, ou seja, pela produção das ativi-
dades da organização investida. 
 � Participações compulsórias: são oriundas de aplicações de incen-
tivos fiscais. Porém, o surgimento dessas aplicações poderá ocorrer 
por meio de diversos interesses econômicos. Esse tipo de participação 
não costuma apresentar particularidades permanentes. Como exemplo 
de participações compulsórias, você pode citar ações de empresas te-
lefônicas.
A Lei 6.404/76 indica que os direitos precisam ser evidenciados no reali-
zável no longo prazo e posteriormente no circulante, quando concretizados 
Contabilidade avançada48
Contabilidade_Avancada.indb 48 19/09/16 15:02
no exercício seguinte. Entre esses direitos, você deve considerar também as 
participações societárias realizáveis na conclusão do exercício seguinte.
Processo de avaliação das participações 
societárias
Você pode dividir os investimentos em temporários e permanentes:
 � Temporários: são avaliados pelo custo de aquisição.
 � Permanentes: são avaliados pelos dois métodos, ou seja, pelo custo de 
aquisição ou ainda pelo método de equivalência patrimonial.
 � Método de custo: por meio desse procedimento, são avaliados os in-
vestimentos temporários. As formas de registro contábil ocorrem pelo 
seu valor de aquisição.
 � Método de Equivalência Patrimonial (MEP): a adesão ao método 
de equivalência patrimonial é prerrogativa. Ela é exigida para as or-
ganizações inseridas na determinação da lei. Com isso, as entidades 
devem verificar, de acordo com a sua natureza, as regras definidas 
pela Lei da Sociedade Anônima, pela Comissão de Valores Mobiliá-
rios (companhias abertas), pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, 
pela legislação tributária e pelo Banco Central do Brasil (instituições 
financeiras). 
De acordo com Perez (2010), o MEP tem por finalidade avaliar as partici-
pações pelo valor equivalente à aplicação realizada. Isso é feito de acordo com 
a porcentagem de participação do capital social em relação ao patrimônio lí-
quido da empresa investida em determinado período. A fundamentação desse 
método é que a riqueza empresarial é evidenciada no patrimônio líquido da 
empresa avaliada.
O artigo 248 da Lei 6.404/76 exige que os investimentos considerados relevantes e 
influentes, que tenham sido realizados pelas organizações coligadas ou controladas, 
tenham avaliação realizada pelo MEP.
49Avaliação dos investimentos mediante MEP – Método de Equivalência Patrimonial
Contabilidade_Avancada.indb 49 19/09/16 15:02
As sociedades listadas a seguir estão obrigadas no procedimento de avaliação 
de investimentos por meio do valor de patrimônio líquido. Você deve incluir 
aí sociedades anônimas ou não que possuam participações societárias consi-
deradas essenciais.
 � Sociedades coligadas em que a empresa investidora tenha parte do con-
trole;
 � Sociedades controladas;
 � Sociedades coligadas em que a empresa investidora tenha participação 
de 20% ou mais no capital social.
A Tabela 1 mostra um roteiro que vai ajudar você a entender melhor a 
definição da avaliação referente à equivalência patrimonial:
Fonte: Ribeiro (2005).
Empresa 
investida
Resposta Método de 
avaliação
Por quê?
Controlada 50% 
ou mais do 
capital votante
Sim
Equivalência 
patrimonial
Se for empresa con-
trolada, não há ne-
cessidade de verificar 
outros critérios.
Não Indeterminado
Necessidade de analisar 
se a empresa é coligada.
Coligada 20% do 
capital votante 
ou influência na 
administração
Sim
Equivalência 
patrimonial
Se a empresa for 
coligada, não há 
necessidade de veri-
ficar outros critérios.
Não
Custo histórico 
de aquisição
Se a empresa não 
for coligada nem 
controlada, a ava-
liação ocorrerá pelo 
método de custo.
Tabela 1.
Contabilidade avançada50
Contabilidade_Avancada.indb 50 19/09/16 15:02
A divergência entre entidades coligadas e 
controladas
As sociedades denominadas controladoras consistem nas entidades que são investi-
doras. Ou seja: são aquelas que possuem mais de 50% do capital votante da empresa 
investida ou chamada de controlada. 
O controle pode ocorrer de modo direto ou não. A controladora é titular 
dos direitos dos sócios que garantem sua permanência. Também é titular do 
domínio para escolher a maioria dos administradores.
 � Controle direto: ocorre quando a organização investidora detém re-
gistrado em seu nome 50% ou mais do capital votante da empresa in-
vestida.
 � Controle indireto: nesse caso, a empresa investidora possui o controle 
de uma empresa por meio de outra. No controle indireto, a outra em-
presa também é controlada pela investidora.
 � Controle conjunto: ocorre quando dois investidores possuem o mesmo 
valor de ações. Ou seja: ambos possuem 50% das ações e nenhum pode 
decidir de forma isolada, mas sim emcomum acordo.
 � Controle compartilhado: nesse caso, nenhum dos sócios possui mais 
que 50% do capital votante. Dessa forma, é feita a composição de um 
grupo de acionistas que atinjam mais que 50% do capital votante. O ob-
jetivo é que possam estabelecer e assinar um acordo referente à escolha 
de todos os investidores.
 � Controle integral: nesse tipo de controle, o montante das ações per-
tence a uma investidora e a empresa investida é controlada. Sendo 
assim, a empresa investida não pode ter sido constituída como socie-
dade por quotas de responsabilidade limitada, já que nesse modelo pre-
cisaria ter dois sócios representantes.
Na Figura 1, você pode visualizar o processo de controle indireto. Nele, a 
empresa X (investidora) possui o controle indireto da empresa Y, por meio 
do controle direto que a empresa X possui sobre a empresa Z.
51Avaliação dos investimentos mediante MEP – Método de Equivalência Patrimonial
Contabilidade_Avancada.indb 51 19/09/16 15:02
Figura 1. Processo de controle indireto.
Fonte: Neves (2002).
EMPRESA X
INVESTIDORA
CONTROLADORA
CONTROLADA 
DE FORMA 
DIRETA
EMPRESA Y
CONTROLADA 
DE FORMA 
INDIRETA
EMPRESA Z
Na Figura 2, você pode verificar um esquema demonstrando a empresa in-
vestida composta pelo capital social e pelo patrimônio líquido. Eles estão alo-
cados no passivo da organização. Já a investidora apresenta na sua estrutura 
as participações societárias que devem ser apresentadas no ativo da empresa.
Figura 2. Empresa investida e empresa investidora.
Fonte: Neves (2002).
INVESTIDA
(CAPITAL)
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
INVESTIDORA
(PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS)
ATIVO
Na sociedade coligada, a empresa investidora poderá participar com um 
valor 10% ou mais referente ao capital social da empresa investida. Essa par-
ticipação ocorre sem que exista o controle.
Segundo Neves (2002), na coligação não há coligação indireta. Ela é sempre direta. Se 
a empresa investidora for proprietária de mais de 50% do capital da investida, surgirá o 
controle que possui um domínio maior que a coligação.
Em relação à relevância, um investimento aplicado em uma empresa co-
ligada ou controlada será considerado relevante quando o seu valor isolado 
for maior ou igual a 10% do patrimônio líquido da empresa investidora. Ele 
também será relevante quando o montante dos investimentos realizados em 
Contabilidade avançada52
Contabilidade_Avancada.indb 52 19/09/16 15:02
coligadas ou controladas em relação ao seu total for maior ou igual a 15% do 
patrimônio líquido da empresa investidora.
Os investimentos serão influentes quando a empresa investidora possuir 
influência sobre a empresa coligada. A investidora deverá nomear um admi-
nistrador da empresa investida. 
Os investimentos serão considerados influentes em sociedade coligada e em empresa 
controlada que tenham participação de 20% ou mais sobre o capital social.
Rendimentos resultantes de participações 
societárias
No cálculo referente a dividendos e aplicação de equivalência patrimonial, 
você deve desenvolver primeiramente os percentuais relacionados à distri-
buição dos dividendos por meio da organização. A distribuição deve ter como 
embasamento o que foi acordado no estatuto social, por meio das assembleias 
gerais ou extraordinárias realizadas na entidade. Você deve estar atento à in-
formação de que 5% do lucro deve continuar na organização por meio de 
reserva legal. Esse valor não pode exceder 20% referente ao capital social.
A reserva legal e outras reservas estatutárias estão previstas no estatuto 
social com o intuito de capitalização. Você pode considerar como exemplo a 
reserva de lucros a realizar, em que o lucro é adquirido, mas será revertido 
para a organização somente no próximo exercício. Existe também a possibili-
dade de determinar a reserva de contingências. Ela tem a finalidade de arcar 
com possíveis multas ou situações circunstanciais.
A Lei 6.404/76 define que, na inexistência de qualquer determinação em 
relação ao percentual de dividendos, o dividendo mínimo obrigatório deve ser 
calculado. O cálculo corresponde a 50% sobre o lucro líquido ajustado.
53Avaliação dos investimentos mediante MEP – Método de Equivalência Patrimonial
Contabilidade_Avancada.indb 53 19/09/16 15:02
Observe como ocorre a forma de cálculo do dividendo:
Lucro R$ 800.000,00
(-) Reservas R$ 90.000,00
= Lucro líquido ajustado R$ 720.000,00 X 50% = R$ 355.000,00
O resultado para dividendo no cálculo demons-
trado é 50% do lucro líquido ajustado.
Na Figura 3, você pode visualizar como é calculado o dividendo sobre o 
lucro líquido ajustado:
Fonte: Costa (2012).
CONTA SALDO
LUCRO
(-) RESERVA LEGAL 5%
(-) RESERVA DE LUCROS A REALIZAR
(-) RESERVA DE CONTINGÊNCIAS
LUCRO LÍQUIDO AJUSTADO
50% LUCRO LÍQUIDO AJUSTADO
DIVIDENDO OBRIGATÓRIO
R$ 800.000,00
(R$ 40.000,00)
(R$ 20.000,00)
(R$ 30.000,00)
R$ 710.000,00
R$ 355.000,00
R$ 355.000,00
Figura 3. Cálculo do dividendo sobre o lucro líquido ajustado.
Contabilidade avançada54
Contabilidade_Avancada.indb 54 19/09/16 15:02
COSTA, R. N. Contabilidade avançada: uma abordagem direta e atualizada. Curitiba: In-
tersaberes, 2012.
NEVES, S. Contabilidade avançada e análise das demonstrações financeiras. 11. ed. São 
Paulo: Frase Editora, 2002.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade avançada. São Paulo: Saraiva, 2005.
Leituras recomendadas
PEREZ JUNIOR, J. H. Contabilidade avançada: texto e testes com as respostas. 7. ed. São 
Paulo: Atlas, 2010.
PORTAL DA CONTABILIDADE. Equivalência patrimonial. Disponível em: <http://www.por-
taldecontabilidade.com.br/guia/equivalenciapatrimonial.htm>. Acesso em: 03 ago. 2016.
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