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resumo - planejamento e projeto urbanístico

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MUNICÍPIO
● É uma divisão legalmente realizada de um território;
● São as várias partes que compõem um mesmo estado;
● Município = campo (área rural) + cidade (área urbana)
CIDADE
● É a área urbana de um município, delimitada por um perímetro urbano;
● É legalmente estabelecido e separa a cidade do campo;
● Sede político-administrativa do município.
PLANEJAMENTO: ato ou efeito de planejar; ato de projetar cuidadosamente um trabalho.
PLANEJAR: elaborar um plano ou roteiro de; programar.
URBANISMO
● Trabalha (historicamente) com o desenho urbano e o projeto das cidades,
● Disciplina autônoma (a partir do Século XIX);
PLANEJAMENTO URBANO
● Conjunto de medidas tomadas por uma administração municipal, com a finalidade de
planejar o crescimento de uma cidade.
● Antes de agir diretamente no ordenamento físico das cidades, trabalha com os
processos que a constroem;
● Multidisciplinar;
● Matéria de interesse acadêmico apenas no século XX.
➔ Desenhar um projeto urbano = Análise da cidade para compreender suas
necessidades = Melhorias dos espaços frágeis e controle do seu crescimento
PLANO: resultado do planejamento. O plano tem partes, o planejamento tem etapas.
ETAPAS DO PLANEJAMENTO URBANO:
1. DIAGNÓSTICO:
● O diagnóstico é uma das etapas do planejamento urbano e pode ser compreendido
como uma análise de uma determinada situação a fim de estabelecer um cenário da
realidade existente;
● Ele tem o objetivo de caracterizar a região, em que se pretende atuar, por meio do
levantamento, coleta e organização dos dados;
● É feito um mapeamento territorial e uma análise da realidade existente,
considerando aspectos demográficos, físico-territoriais, legais, sociais e econômicos.
● Também é feito um levantamento de informações sobre o suporte biofísico, as
legislações de uso e ocupação do solo e os condicionantes socioambientais
existentes, além de um estudo do processo histórico de urbanização no local;
● Após a produção do inventário, analisa-se os dados coletados para identificar os
condicionantes, as potencialidades e as deficiências da área visando orientar as
propostas:
FOFA (forças, oportunidades, fraquezas e ameaças) = Base para as propostas
2. PROGNÓSTICO:
● Previsão baseada em fatos ou dados reais e atuais, que pode indicar o provável
estágio futuro de um processo;
● Se nada for feito, como esta cidade será amanhã?
● Administração de situações imprevisíveis;
● Seu resultado pode vir a ser o contrário do que foi estabelecido;
● Leva em consideração a cidade como um organismo vivo.
3. PROPOSTAS:
● Transformação de um futuro previsível em um futuro possível;
● Obras de infraestrutura
● Mudança nas leis de uso e ocupação do solo
● Criação de formas alternativas de participação popular no dia a dia da cidade.
4. GESTÃO URBANA:
● Fazer com o que foi planejado seja realizado, de modo eficaz e conforme o previsto;
● Possibilidade de adaptação do plano – dinâmica da cidade;
● A clareza das leis, a presença e atuação do corpo técnico (municipal) e fóruns de
discussão (envolvimento da sociedade) são fundamentais.
➔ Desde 1950 até o momento a taxa de urbanização no Brasil aumentou em 9,4
vezes. Devido ao processo de industrialização, que aconteceu em um curto espaço
de tempo nos países subdesenvolvidos, e o consequente êxodo rural desenfreado, a
urbanização brasileira ocorreu de maneira desordenada.
➔ Com a falta de investimento no planejamento urbano, a falta de preparo técnico das
equipes municipais, a falta de fiscalização e a fragilidade de regulação do uso do
solo frente à pressão dos interesses econômicos, foram criados planos urbanísticos
desconexos com os processos reais de produção das cidades, especialmente em
relação à produção da habitação popular.
➔ Muitos planos urbanos foram marcados pela precariedade de políticas públicas para
o enfrentamento das carências urbanas, pela normatização do uso do solo voltada
unicamente à produção exercida pelo mercado e pela falta de integração das
políticas públicas no território. A consequência de tudo isso foram as desigualdades
e as carências urbanas.
FUNÇÕES URBANAS
➔ A atividade principal de uma cidade que a leva a ser considerada especializada
conforme esta mesma atividade. Todas as cidades possuem uma ou mais funções,
porém há sempre uma que mais se destaca. Ex: industrial, residencial, comercial,
cultural, turismo, religiosa, financeira.
ANÁLISE URBANA
A análise urbana tem como objetivo primordial contribuir para a compreensão da cidade
atual, a partir de investigações sobre os aspectos históricos, geográficos, arquitetônicos,
construtivos e o modo de vida das pessoas, os relacionando ao desenho urbano e sua
atuação em representar o fenômeno urbano
Quais as dimensões ou escalas de leitura da cidade ?
❖ dimensão setorial ou escala da rua
❖ dimensão urbana ou escala de bairro
❖ dimensão territorial ou escala da cidade
❖ dimensão referente à escala regional
● Suporte biofísico: compreende dados sobre relevo, hidrografia, arborização urbana,
áreas de preservação ambiental, remanescentes de matas nativas etc. Isso é feito
através da pesquisa documental e da análise de imagens de satélite.
● Mapa de zoneamento da área de intervenção: permite a projeção de cenários
futuros, regulando os parâmetros do projeto de desenho urbano.
● Análise demográfica: dados que podem representar a população residente.
Densidade demográfica ou habitacional, renda média, número de habitantes, taxa de
crescimento populacional, composição etária, grau de escolaridade etc.
Diretrizes para a identificação de problemas e potencialidades dos espaços públicos
municipais
1. Mapeando pontos de interesse
- Identificar o quanto uma região é abastecida por áreas verdes, equipamentos públicos,
comércio e serviços, e o quanto cada porção do território demanda ou não o investimento
em novos espaços públicos ou na requalificação do existente, levando-se em consideração
o uso destes espaços, seus moradores e a circulação de pessoas e veículos.
- Poderão ser mapeados o perímetro de alcance da intervenção, áreas verdes,
equipamentos significativos (educação, serviços, esporte, saúde, cultura, comércio,
institucional, transporte, religioso), ruas de comércio específico, atividades noturnas e outros
usos significativos.
2. Mapeando problemas e potencialidades
Após identificarmos os pontos de interesse, mapeamos os problemas e potencialidades do
local para visualizarmos a relação entre os usos e a qualidade do espaço urbano, e assim
identificarmos novas possibilidades de projetos.
❖ Áreas carentes de equipamentos (cultura, educação, esporte, lazer, serviços, saúde,
comércio, transporte)
❖ Áreas carentes de espaços verdes (praças, parques, plantio de espécies)
❖ Áreas com grande circulação de pedestres e ciclistas - requerem investimentos na
infraestrutura, a fim de possibilitar maior segurança e conforto. Ruas mais largas e
acessíveis, ciclovias compatibilizadas com o tráfego local, espaços de descanso
com arborização e mobiliário adequado.
❖ Áreas de alto tráfego de veículos motorizados - requerem sinalização adequada e
elementos de segurança, elementos de contenção do ruído e da poluição sonora e
visual. Atenção para áreas de convívio localizadas junto a vias de alto tráfego.
❖ Áreas de conflito entre carros e pedestres - locais onde ocorrem acidentes devem
ser mapeados e podem ser requalificados com sinalização adequada e passarelas
para pedestres.
❖ Espaços de estar ao ar livre - melhora na qualidade de vida
❖ Bloqueios de circulação do pedestre no passeio público - faixa livre deve ser
respeitada
❖ Espaços subutilizados ou abandonados - possuem grande potencial para a criação
de novos equipamentos
❖ Sobras de planejamento sem uso (baixos de viadutos, rotatórios e canteiros) e áreas
industriais desativadas ou subutilizadas podem se tornar espaços de uso público
❖ Terrenos contaminados - tecnologias de descontaminação ou de isolamento dos
gases e dejetos poluentes podem ser aplicados para devolver esses espaços para a
cidade
❖ Vazios periféricos- investimento em espaços públicos em áreas que ficam à margem
das áreas mais urbanizadas
❖ Waterfronts (margens de águas) - áreas que margeiam rios, córregos, oceanos e
represas não podem ser acessíveis somente aos lotes privados, devem ser
resgatadas para o uso coletivo
❖ Áreas com vistas privilegiadas - uso de áreas com vistas privilegiadas pelos
cidadãos através da reordenação do sistema viário para a liberação de áreas ou do
aproveitamento de sobras do planejamento para a implantação de pequenas praças
e mirantes. Um passeio largo já possibilita esse uso
❖ Lajes e coberturas sem uso - usar terraços de edifícios públicos ou privados como
áreas de estar e lazer, jardins suspensos, mirantes.
LOTEAMENTOS
- 20% Sistema viário
- 5% Área institucional - equipamentos urbanos
- 15% Área verde
CARTA DE ATENAS - LE CORBUSIER
● Cidade setorizada - trabalhar, lazer, morar, circular
JANE JACOBS - “Morte e Vida das Grandes Cidades” (1960)
● Foi a primeira a ir contra as ideias modernistas de rejeitar o passado e zonear as
atividades, bem como ao grande aumento na circulação de automóveis
● Necessidade de usos principais combinados, quadras curtas, prédios antigos e
concentração de pessoas
JAN GEHL - “Cidades para Pessoas” (1960)
Principais pontos: Escala Humana e Caminhabilidade
➔ A cidade como lugar de encontro
● Gehl vai contra o movimento de invasão dos carros nas cidades a partir da década
de 60. Para ele, os automóveis representam espaço limitado, obstáculos, ruídos,
poluição e risco de acidentes;
● O ritmo de encontro entre pessoas deve ser o da caminhada ou pedalada, e não a
velocidade dos carros;
● Caminhar é o início, o ponto de partida. Todos os eventos da vida ocorrem quando
caminhamos entre outras pessoas. A vida se desdobra quando estamos a pé;
● Em cidades vivas, seguras, sustentáveis e saudáveis, o pré-requisito para a
existência da vida urbana é oferecer boas oportunidades de caminhar.
➔ A cidade ao nível dos olhos: o térreo ao nível da rua
● Em oposição ao pensamento modernista, que negligenciava a dimensão humana,
Gehl traz a escala humana como uma dimensão ao planejamento sustentável e
saudável das cidades.
➔ A cidade viva
● É a combinação de espaços públicos bons e convidativos e uma massa de pessoas
que queira utilizá-los;
● É o ponto de partida para um planejamento urbano holístico, pois envolve as
qualidades essenciais que tornam uma cidade segura, sustentável e saudável.
➔ A cidade segura
● Garantir segurança no tráfego e prevenção à criminalidade para que as pessoas
abracem o espaço.
➔ A cidade sustentável
● Planos de desenvolvimento orientados pelo transporte, concentrando-se nas
inter-relações entre as estruturas para pedestres e ciclistas e a rede coletiva de
tráfego
➔ A cidade saudável
● Em áreas urbanas que atraem pedestres e bicicletas muitos problemas de saúde
seriam reduzidos e tanto a qualidade de vida quanto a qualidade urbana
melhorariam.
➔ A cidade compacta
● A cidade deve ser compacta, com núcleos de uso misto que reduzem as distâncias e
permitem o deslocamento a pé ou bicicleta, criando bairros sustentáveis e cheios de
vitalidade.
12 Critérios para determinar um bom espaço público:
1. Proteção contra o tráfego: Segurança para os pedestres
2. Segurança nos espaços públicos: Circulação de pessoas; boa iluminação, espaços que
tenham vida de dia e de noite
3. Proteção contra experiências sensoriais desagradáveis: Abrigo de vento, chuva e sol;
áreas verdes que amenizem altas temperaturas, poluição e barulho
4. Espaços para caminhar: Ausência de obstáculos; superfícies regulares; acessibilidade
5.Espaços de permanência: locais públicos agradáveis para permanecer, fachadas e
paisagens interessantes para contemplar
6. Ter onde sentar: Mobiliário público direcionado às atrações, passagem de pessoas,
vistas, etc.; locais para descansar
7. Possibilidade de observar: Vistas e paisagens que não estejam escondidas
8. Oportunidade de conversar: Baixos níveis de ruído, mobiliário urbano que convide a
interação entre as pessoas
9. Locais para se exercitar: Equipamentos públicos para praticar esportes
10. Escala humana: A cidade vista da perspectiva dos olhos das pessoas
11. Possibilidade de aproveitar o clima: Locais para aproveitar cada estação, de acordo com
o clima e a topografia da cidade
12. Boa experiência sensorial: Árvores, plantas e cursos d'água acessíveis, mobiliário
urbano feito com bons materiais, design e acabamento de qualidade
GORDON CULLEN - “Paisagem Urbana” (1961)
● Investiga o impacto emocional provocado pelos aspectos visuais dos ambientes
urbanos
● O conceito de paisagem urbana exprime a arte de tornar coerente e organizado
visualmente o emaranhado de edifícios, ruas e espaços que constituem o ambiente
urbano
● O objetivo “é o de jogar com os elementos da cidade de forma a que exerçam sobre
as pessoas um impacto de ordem emocional”
● Uma rua ou avenida em linha reta, cuja perspectiva visual seja assimilada
rapidamente, torna-se monótona ou então grandiosa
● “O cérebro humano reage ao contraste, isto é, às diferenças entre as coisas e, ao
ser estimulado simultaneamente por duas imagens [...] apercebe-se da existência de
um contraste bem marcado. Neste caso a cidade torna-se visível num sentido mais
profundo; anima-se de vida pelo vigor e dramatismo dos seus contrastes. Quando
isto não se verifica, ela passa despercebida, é uma cidade incaracterística e
amorfa.”
● O meio ambiente provoca reações emocionais. Como as reações emocionais são
processadas, 3 aspectos devem ser considerados:
Ótico, Local e Conteúdo
➔ Ótica - obtida pela visão serial, a ótica é formada por percepções sequenciais da
visão em movimento nos espaços urbanos. A a paisagem urbana pode ser captada
a partir de descobertas e experimentação da cidade, surgindo na maioria das vezes
como uma sucessão de surpresas ou revelações súbitas. Pontos de vista - imagens
emergentes.
➔ Local - diz respeito às forças emotivas do espaço e possíveis apropriações das
pessoas em determinados locais. Esta categoria está relacionada às reações do
indivíduo de acordo com seu senso de localização e posicionamento no espaço,
uma relação constante e instintiva com o meio ambiente.
Enclave: espaço com abertura para o exterior, criando uma ligação entre exterior e interior.
Recinto: lugar de sossego.
Paisagem interior: trata o dentro e o fora como elementos que compõe a cidade.
Compartimento e recinto exterior: sentido de relação da pessoa e o espaço que circunda.
"Estou aqui dentro ou por cima"
Além: paisagem que, mesma presente ao seus olhos, te traz sensação de estar além, do
outro lado.
Vista para o interior do recinto: paisagem interior que nos induz e orienta ao exterior.
Focalização: elemento que guia o olhar para fora e para cima, a partir de sua localização
exterior.
Truncagem: sobreposição de paisagem, em uma abrupta ruptura da totalidade de paisagem
circundante.
➔ Conteúdo: a constituição do espaço da cidade: cor, textura, escala, estilo, natureza
ou personalidade ou ainda tudo aquilo que individualiza a cidade.
KEVIN LYNCH - “A Imagem da Cidade” (1960)
● Fez pesquisas nas cidades de Boston, Nova Jersey e Los Angeles sobre como as
pessoas observam, percebem e transitam na paisagem urbana
● Um dos pioneiros do desenvolvimento das metodologias baseadas na percepção
ambiental
● As pesquisas eram questionadas sobre sua percepção da cidade, como
estruturavam a imagem que tinham, como se localizavam naquele espaço
● Lynch identificou, como principal conclusão, que os elementos que as pessoas
utilizam para estruturar sua imagem da cidade podem ser agrupados em cinco
grande tipos: caminhos, limites, bairros, pontos nodais e marcos
1. Caminhos
● São canais ao longo dos quais o observador se move. Podem ser ruas, calçadas,
linhas de trânsito, canais, estradas-de-ferro;
● Principais elementos estruturadores da percepção ambiental, pelo fato de as
pessoas perceberem a cidade enquanto se deslocam pelos caminhos;
● Alguns caminhos podem adquirir especialrelevância na medida em que concentram
um tipo específico de uso (comercial, por ex), apresentam qualidades espaciais
diferenciadas (muito largos ou estreitos), apresentam um tratamento intenso de
vegetação ou são visíveis de outras partes da cidade.
2. Limites
● São elementos lineares constituídos pelas bordas de duas regiões distintas,
configurando quebras lineares na continuidade
● Podem ser considerados limites os muros, paredes, corpos d’água, ferrovias, etc.
3. Bairros
● Na concepção de Lynch, bairros são partes razoavelmente grandes da cidade na
qual o observador "entra", e que são percebidas como possuindo alguma
característica comum, identificadora.
● As características que determinam os bairros podem ser das mais variadas
naturezas: texturas, espaços, formas, detalhes, símbolos, tipos de edificação, usos,
atividades, habitantes, grau de conservação, topografia, etc.
● Os bairros de Lynch não são os limites administrativos que conhecemos.
4. Pontos Nodais
● São pontos estratégicos na cidade, onde o observador pode entrar, e que são
importantes focos para onde se vai e onde se vem.
● Variam em função da escala em que se está analisando a imagem da cidade:
podemos ser esquinas, praças, bairros, ou mesmo uma cidade inteira caso a análise
seja feita em nível regional.
● Pontos de confluência do sistema de transporte são nós em potencial, tais como
estações de metrô e terminais de ônibus
● Junções, cruzamentos e convergências de vias e momentos de passagem de uma
estrutura para outra são alguns dos exemplos citados por Lynch como pontos nodais
nas cidades.
5. Marcos
● São elementos pontuais nos quais o observador não entra. Ex: torres, domos,
edifícios, esculturas.
● Sua principal característica é a singularidade, algum aspecto que é único ou
memorável no contexto. Isso pode ser alcançado por ser visto a partir de muitos
lugares ou pelo contraste local com os elementos mais próximos.
● Como pontos de referência externos, os marcos visuais se distinguem dos pontos
nodais por não serem penetráveis. Ainda que o marco possa ser um edifício e,
portanto, ser possível ser acessado, é utilizado pelo observador apenas como
referência visual externa.

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