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Gabriela Sensi Santhiago TXIX Medicina Universidade Positivo Fisiologia D igestória Introdução o o trato alimentar permite o suprimento de nutrientes necessários ao metabolismo e faz o abastecimento de água e nutrientes – para isso, precisa: 1. movimentação do alimento pelo tubo digestivo 2. secreção de substâncias digestivas e digestão dos alimentos 3. absorção de água e nutrientes 4. circulação sanguínea para transporte das substâncias absorvidas 5. controle pelo sistema nervoso e hormonal A Parede Intestinal o camadas musculares funcionam como sincício coordenadas devido às GAP junctions (entre as células musculares lisas) o quando é gerado um potencial TODA a musculatura intestinal se contrai Atividade Elétrica do Músculo Liso Gastrointestinal o é excitado por atividade elétrica intrínseca, contínua e lenta nas membranas das fibras musculares o em repouso, a estimulação intrínseca gera dois tipos de ondas elétricas: 1. ondas lentas: oscilação rítmica dos potenciais de membrana em repouso devido à abertura periódica de canais iónicos nas células intersticiais de Cajal (= marcapasso) – variações lentas e ondulantes do potencial de repouso da membrana (NÃO são potenciais de ação) 2. potenciais em espícula/Spike: potenciais de ação – quanto maior o potencial das ondas lentas, maior a frequência dos potencias de ação o a diferença entre o potencial de ação das fibras do trato gastrointestinal e das fibras nervosas gera: 1. entrada de Ca2+ em GRANDE quantidade 2. entrada de Na+ em PEQUENA quantidade o isso permite com que o potencial de ação seja mais duradouro Ca2+ são essenciais na contração muscular – logo, é nos Spikes que ocorre a contração muscular. Contração Tônica o parte do músculo liso do TGI exibe contrações tônicas e contínuas – ao invés de rítmicas causas o potenciais de ação em espícula repetidos o hormônios que produzem despolarização parcial contínua sem provocar potenciais de ação o entrada contínua de cálcio que não está associado à variação do potencial de membrana Sistema Nervoso Entérico o sistema nervoso próprio do trato gastrointestinal o localizado inteiramente na parede intestinal – do esôfago ao ânus o faz o controle dos movimentos e da secreção do TGI o composto por 2 plexos: miontérico e submucoso plexo miontérico ou plexo de auerbach o localização: externo – disposto entre as camadas musculares longitudinal e circular o controla os movimentos GI o é excitatório Gabriela Sensi Santhiago TXIX Medicina Universidade Positivo o é inibitório em alguns esfíncteres intestinais – a. esfíncter pilórico = controla o esvaziamento do estômago b. esfíncter da valva ileocecal = controla o esvaziamento do intestino delgado para o ceco plexo submucoso ou plexo de meissner o localização: interno – localizado na submucosa o controla a secreção de GI e o fluxo sanguíneo local Controle Autônomo do Trato GI Reflexos Entéricos o reflexos completamente integrados na parede intestinal do sistema nervoso entérico o relacionados a grande parte das funções GI o exemplos: reflexos gastrocólico, reflexo de defecação Controle Hormonal Gastrina o secretada pelas células “G” do antro do estômago o estímulo: distensão do estômago, os produtos da digestão das proteínas e o peptídeo liberador de gastrina (liberado pelos nervos da mucosa gástrica na estimulação vagal) o efeitos: estimulação da secreção gástrica de ácido e crescimento da mucosa gástrica HORMÔNIO SECREÇÃO ESTÍMULO EFEITOS Gastrina Secretada pelas células “G” do antro do estômago -Distensão do estômago -Produtos da digestão das proteínas -Peptídeo liberador de gastrina (liberado pelos nervos da mucosa gástrica na estimulação vagal) -Estimulação da secreção gástrica de ácido -Crescimento da mucosa gástrica Colecistocinina (CKK) Secretada pelas células “I” da mucosa do duodeno e do jejuno Produtos da digestão de gordura, ácidos graxos e monoglicerídeos -Estimula a secreção das enzimas pancreáticas -Contrai a vesícula biliar (expelindo bile que faz emulsificação) - Inibe a contração do estômago - Inibe o apetite Secretina Secretada pelas células “S” da mucosa do duodeno Conteúdo gástrico ácido transferido do estômago ao duodeno pelo piloro Secreção pancreática de bicabornato (neutralização do ácido no ID) Peptídeo Inibidor Gástrico (GIP) Secretada pelas células “K” da mucosa do duodeno e do jejuno Ácidos graxos, aminoácidos e carboidratos Retarda o esvaziamento do conteúdo gástrico no duodeno e inibe a secreção de ácido gástrico Motilina Secretada pelas células “M” do duodeno e do jejuno superior Jejum Aumenta a mobilidade GI Movimentos Gastrointestinais Movimentos propulsivos o são os peristaltismos o requer o plexo mioentérico ativo o transmissão direcional (oral para anal) o fazem com que o alimento percorra o trato com velocidade apropriada para que ocorram digestão e absorção o estimulado principalmente pela distensão do TGI MOVIMENTOS DE MISTURA o mantêm os conteúdos intestinais bem misturados todo o tempo Circulação Sanguínea Gastrointestinal Circulação esplâncnica o sistema extenso composto pelos vasos sanguíneos do sistema GI o trajeto: 1. sangue que passa pelo intestino, baço e pâncreas flui para o fígado através da veia porta 2. no fígado, o sangue passa pelos sinusoides hepáticos 3. deixa o órgão por meio das veias hepáticas 4. o sangue desemboca na veia da cava da circulação sistêmica o permite que as células reticuloendoteliais que revestem os sinusoides hepáticos removam bactérias e outras partículas que poderiam entrar na circulação sanguínea do TGI Os carboidratos e as proteínas são transportados pela veia porta para os sinusoides hepáticos, os hepatócitos absorvem e armazenam temporariamente uma parcela desses nutrientes. Gabriela Sensi Santhiago TXIX Medicina Universidade Positivo As gorduras absorvidas não são transportadas no sangue que passa pela veia porta, mas sim pelo sistema linfático intestinal e levadas ao sangue circulante sistêmico pelo ducto torácico. Fluxo sanguíneo o as artérias mesentérica superior e inferior suprem as paredes dos intestinos – por meio do sistema arterial arqueado o a artéria celíaca supre de sangue o estômago Durante a absorção ative de nutrientes, o fluxo sanguíneo que passa pelas vilosidades e nas regiões adjacentes da submucosa aumenta em torno de 8x. Da mesma maneira, o fluxo sanguíneo nas camadas musculares da parede intestinal aumenta com a atividade motora mais intensa no intestino. Efeitos da atividade intestinal e dos fatores metabólicos No fluxo sanguíneo do tgi o substâncias que são secretadas pela mucosa durante a digestão (CCK, VIP, secretina) o substâncias vasodilatadoras que são secretadas pelas glândulas (calidina e bradicinina) o aumento da taxa metabólica no intestino leva à diminuição do O2 que: 1. aumenta a [adenosina], que tem capacidade vasodilatadora 2. aumenta o fluxo sanguíneo para que as células não entrem em isquemia controle nervoso do fluxo sanguíneo 1. estimulação parassimpática: o aumenta o fluxo sanguíneo o aumenta a secreção glandular 2. estimulação simpática: o vasoconstrição generalizada e intensa das arteríolas - reduz o fluxo sanguíneo o exemplo: exercício físico, choque circulatório Após poucos minutos de vasoconstrição (isquemia), o fluxo retorna a valores próximos dos normais por meio do “escape autorregulatório” = mecanismos vasodilatadores metabólicos locais. Propulsão e Mistura dos Alimentos o o tempo que o alimento permanece em cada parte do trato alimentar é essencial para uma ótima digestão e absorção dos nutrientes o para isso contribuem os movimentos de misturae propulsão 1. quantidade da ingestão de comida: determinada pela fome 2. tipo de comida ingerida: determinado pelo apetite mastigação o os dentes incivos cortam os alimentos e os dentes molares trituram o a maioria dos músculos da mastigação é inervada pelo ramo motor do 5º par craniano (trigêmeo) o é importante para a digestão de todos os alimentos a) frutas e vegetais crus com membranas de celulose indigeríveis – precisam ser rompidas para digestão b) enzimas digestivas só agem nas superfícies das partículas de alimentos – área de superfície exposta c) às secreções digestivas triturar o alimento previne escoriação do TGI e facilita o transporte do alimento deglutição o possui 3 fases o participação da faringe – digestão e respiração 1. fase voluntária: o inicia a deglutição o o processo de deglutição torna-se automático e involuntário a partir daqui 2. fase faríngea: o bolo alimentar estimula receptores da deglutição gerando série de contrações a) palato mole empurrado para cima fecha as fossas nasais impedindo o refluxo b) pregas palatofaríngeas estreitam passagem para a faringe, selecionando alimentos com tamanho suficiente para passar c) as cordas vocais aproximam-se muito e a laringe é empurrada pelos músculos do pescoço que com a epiglote fecha a sua abertura d) a glote também se eleva, levando a que os alimentos passem pelos seus lados, em vez de por cima de si e) esófago sobe 3-4 cm – relaxamento do esfíncter esofágico superior (esfíncter faringoesofágico) f) restantes músculos da faringe geram rápida onda peristáltica, obrigando bolo alimentar a descer 3. fase esofágica: o leva o bolo alimentar do esófago ao estômago através de movimentos peristálticos a. relaxamento do esfíncter esofágico inferior (esfíncter gastroesofágico) – aclasia é o não relaxamento A constrição tônica deste esfíncter evita o refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago. o a musculatura da parede faríngea e do 2/3 superior do esôfago é composta por músculo estrido e controlada pelos nervos glossofaríngeo e vago o a musculatura dos 2/3 inferiores do esôfago é composta por musculo liso e controlada pelos nervos vago (conectados com o sistema nervoso mioentérico esofágico) Gabriela Sensi Santhiago TXIX Medicina Universidade Positivo estômago Funções Motoras do Estômago o armazenamento de grande quantidade de alimento – até que ele possa ser processado no estômago, duodeno e intestino delgado o misturar o alimento com secreções gástricas até formar uma mistura semilíquida (quimo) o esvaziar lentamente o quimo para o intestino delgado – compatível com a digestão e a absorção adequadas pelo intestino delgado Características Gerais o as glândulas gástricas produzem os sucos digestivos o as contrações peristálticas ocorrem quando há alimento e quando está vazio por 12 horas o o piloro é onde a espessura da musculatura circular da parede é maior e permanece em leve contração tônica – esfíncter pilórico Fatores Que Promovem o Esvaziamento Gástrico o maior volume alimenta o a gastrina Fatores Duodenais Na Inibição do Esvaziamento Gástrico o se o volumo do quimo for excessivo, no duodeno ocorre: – reflexos nervosos pelo grau distensão do duodeno – irritação mucosa duodenal – grau de acidez do quimo – osmolaridade do quimo – colecistocinina, secretina e peptídeo inibidor gástrico intestino delgado o peristaltismo intenso após a refeição – estimulada pelo reflexo gastroentérico o o estiramento da parede do intestino delgado pelo quimo provoca contrações concêntricas localizadas e espaçadas ao longo do intestino – movimentos de segmentação o ao chegar à válvula ileocecal, o quimo pode ficar retido por horas até que se faça outra refeição – o reflexo gastroileal intensifica o peristaltismo no íleo e força o químico remanescente a passar pela válvula ileocecal para o ceco o a principal função da válvula ileocecal é evitar o reflexo do conteúdo fecal do cólon para o intestino delgado o gastrina, CKK, motilina, insulina e serotonina – intensificam a motilidade intestinal o a secretina e o glucagon inibem a motilidade intestinal Cólon Principais Funções do Cólon o absorção de água e de eletrólitos para formar fezes sólidas – metade proximal o armazenamento de material fecal até que possa ser expelido – metade distal Movimentos do Cólon o os movimentos são mais lentos do que no resto do trato GI o existem dois tipos de movimento: 1. movimentos de mistura: o haustrações o contrações concêntricas das haustras que quase ocluem o duodeno – cólon segmentado em bolsas 2. movimentos propulsivos: o se dividem em haustrações e movimentos de massa o haustrações: efeito propulsivo – conteúdo da ½ proximal do cólon o movimentos de massa: peristaltismo modificado Defecação o o reto normalmente não tem fezes – maior parte do tempo o reto fica vazio o angulação aguda contribui com resistência adicional ao enchimento do reto o quando o movimento de massa força as fezes para o reto: surge a vontade de defecar, relaxamento dos esfíncteres anais e contração reflexa do reto Esfíncteres Anais o esfíncter anal interno: composto de espesso músculo liso Gabriela Sensi Santhiago TXIX Medicina Universidade Positivo o esfíncter anal externo: composto de músculo estriado voluntario que circunda o esfíncter interno e se estende distalmente a ele – controlado pelo nervo pudendo (sistema nervoso somático) – é mantido subconscientemente contraído, a menos que sinais conscientes inibam a constrição Os reflexos de defecação podem ser ativados propositadamente, contudo não são tão eficientes como os naturais. A inibição dos reflexos naturais de defecação frequentemente pode levar a obstipação. Outros Reflexos o reflexo de defecação intrínseco – mioentérico o reflexo da defecação parassimpático o reflexo gastrocólico (pós alimentação) Os reflexos de defecação são ativados pelo movimento do diafragma para baixo e contração dos músculos abdominais aumentando a pressão intra-abdominal. Funções Secretoras no Trato Gastrointestinal Célula glandular o faz a formação e secreção de enzimas e outras substâncias 1. neurotransmissor ou hormônio se ligam a seu receptor 2. ocorre um aumento da permeabilidade aos íons cálcio 3. as vesículas se fundem à membrana apical 4. o conteúdo das vesículas é liberado por exocitose funções das glândulas secretoras o enzimas digestivas o glândulas mucosas – muco para lubrificar e proteger o TGI Maioria das secreções digestivas é formada apenas em resposta ao alimento no trato alimentar (pelo sistema nervoso entérico e parassimpático e por hormônios) e a quantidade é aquela necessária para a digestão. Em algumas partes do TGI, os tipos de enzimas e outros constituintes das secreções variam de acordo com os tipos de alimento. Saliva 1. origem: glândulas parótidas, submandibulares e sublinguais 2. constituição: 2 tipos principais de proteínas a) secreção serosa: contem ptialina (alfa-amilase) – enzima para a digestão de amido b) secreção mucosa: contem mucina – lubrificação e proteção das superfícies 3. pH: 6,0-7,0 – favorável à ação da ptialina 4. função na higiene oral: o o fluxo da saliva ajuda a lavar a boca das bactérias patogênicas e das partículas de alimentos – suporte metabólico para bactérias o contém vários fatores que destroem as bactérias: íons tiocianato, enzimas proteolíticas (lisozima = atacam as bactérias) e digerem partículas de alimentos (remoção do suporte metabólico das bactérias) o contém quantidades significativas de anticorpos que podem destruir as bactérias 5. regulação nervosa parassimpática da secreção salivar: o salivação: pode ser estimulada ou inibida por sinais nervosos provenientes dos centros superiores do SNC – exemplo:cheiros ou comer alimentos preferidos a salivação é maior Gabriela Sensi Santhiago TXIX Medicina Universidade Positivo o apetite: sinais das áreas de paladar e olfato do córtex cerebral ou da amígdala – localizada perto dos centros parassimpáticos do hipotálamo anterior secreção esofágica 1. constituição: totalmente mucosas 2. função: lubrificação para a deglutição secreção gástrica 1. origem: células caliciformes – células secretoras de muco que revestem toda a superfície do estômago 2. glândulas gástricas: formadoras de ácido localizadas no corpo e fundo do estomago – secretam: o pepsinogênio – células principais o HCl e fator intrínseco – células parietais o muco 3. glândulas pilóricas: localizadas na porção antral do estomago – secretam: o muco – proteger a mucosa pilórica do ácido gástrico o hormônio gastrina (células G) 4. barreira gástrica: o formada pelas junções de adesão entre as células epiteliais e o muco alcalino que recobre a mucosa o protege da ação do ácido gástrico o pode ser danifica por AINE ou álcool Fatores Que Estimulam A Secreção Gástrica PEPSINOGÊNIO HCl MUCO Acetilcolina (Parassimpática) ↑ ↑ ↑ Gastrina e Histamina - ↑↑ - Pepsinogênio o origem: células pépticas e mucosas o secreção: é secretado sob a forma de pepsinogênio e ao ter contato com o pH baixo e HCl vira pepsina ativa (atua como enzima proteolítica) o função: digestão de proteínas Fator Intrínseco o origem: células parietais o função: atua na absorção de vitamina B12 no íleo Na gastrite crônica, a pessoa pode desenvolver acloridria e também anemia perniciosa – vitamina B12 atua na estimulação da maturação das hemácias na medula óssea. Secreção de Ácido Clorídrico Secreção pancreática o origem: secretadas pelos ácinos pancreáticos o secreção: bicarbonato de sódio e enzimas digestivas o função: degradam proteínas, carboidratos e gorduras O produto combinado de enzimas e bicarbonato de sódio flui pelo longo do ducto pancreático – esvazia-se no duodeno pela papila de Vater, envolta pelos esfíncter de Oddi O pâncreas secreta ainda insulina e glucagon – produzidos pelas ilhotas de Langherans (porção endócrina do pâncreas) e secretados no sangue. o a secreção pancreática é estimulada pela acetilcolina, CKK e secretina Enzimas Digestivas 1. degradam proteínas: tripsina, quimotripsina e carboxipolipeptidase As mesmas células que secretam as enzimas proteolíticas no ácino do pâncreas secretam também o inibidor de tripsina – impede que as enzimas proteolíticas fiquem ativas e digiram o próprio pâncreas. Uma lesão pancreática grave ou uma obstrução do ducto pancreático gera uma grande quantidade de secreção pancreática acumulada e, com isso, o efeito do inibidor de pepsina é insuficiente – gera pancreatite aguda. 2. degradam carboidratos: amilase pancreática 3. degradam gorduras: lipase pancreática, colesterol esterase e fosfolipase Gabriela Sensi Santhiago TXIX Medicina Universidade Positivo Secreção de bile pelo fígado o uma das muitas funções do fígado é secretar a bile – faz também secreção de bilirrubina (produto final da destruição da hemoglobina) e o colesterol em excesso o bile (ácidos biliares): papel importante na digestão e na absorção de gorduras – emulsificação de grandes partículas (através de lipases) e absorção dos produtos finais o é secretada continuamente pelas células hepáticas – sua maior parte é armazenada na vesícula biliar até ser secretada para o duodeno o a secreção de bile é estimulada pela secretina, CKK (esvaziamento da vesícula) e sistema parassimpático Secreções do intestino delgado o a função primária do intestino delgado é a de absorver nutrientes e seus produtos digestivos para o sangue o secreção: muco (glândulas de Brunner) e sucos digestivos (criptas de Lieberkuhn – entre as vilosidades intestinais) As superfícies das criptas e das vilosidades são cobertas por epitélio composto de dois tipos de células: células caliciformes (secretam muco que lubrifica e protege as superfícies intestinais) e enterócitos (secretam água/eletrólitos e absorvem água/eletrólitos/produtos finais da digestão). o as secreções do intestino delgado são estimuladas pelo sistema nervoso parassimpático e secretina o regulação pelo sistema nervoso entérico – reflexos desencadeados por estímulos táteis ou irritantes do quimo sobre o intestino secreção do intestino grosso o secreção: muco (criptas de Lieberkuhn – porém não existem vilos) o regulação pelo sistema nervoso entérico e parassimpático Quando um segmento do intestino grosso está irritado (em casos de infecção bacteriana, por exemplo, enterite) a mucosa secreta água, eletrólitos e muco alcalino e viscoso na tentativa de diluir os fatores irritantes e causar o movimento rápido das fezes na direção do anus, resultando em diarreia. Digestão e Absorção no Trato Gastrointestinal Gabriela Sensi Santhiago TXIX Medicina Universidade Positivo o carboidratos, gorduras e proteínas, em termos gerais, não podem ser absorvidos em suas formas naturais através da mucosa GI sem digestão preliminar digestão de carboidratos o digestão de grandes polissacarídeos ou dissacarídeos (combinações de monossacarídeos ligados uns aos outros por condensação) o quando digeridos, são convertidos em monossacarídeos através da hidrolise o as três principais fontes de carboidratos na dieta humana normal são a sacarose, lactose e amidos Celulose da dieta (carboidrato) não pode ser considerada alimento para os seres humanos – não há nenhuma enzima no TGI humano capaz de hidrolisar a celulose. 1. amido → (𝑝𝑡𝑖𝑎𝑙𝑖𝑛𝑎) → maltose 2. maltose → (𝑚𝑎𝑙𝑡𝑎𝑠𝑒 𝑒 𝛼 − 𝑑𝑒𝑥𝑡𝑟𝑖𝑛𝑎𝑠𝑒) → glicose 3. lactose → (𝑙𝑎𝑐𝑡𝑎𝑠𝑒) → galactose + glicose 4. sacarose → (𝑠𝑎𝑐𝑎𝑟𝑎𝑠𝑒) → frutose + glicose digestão de gorduras o triglicerídeos (gorduras da dieta) = 3 ácidos graxos condensadas + 1 glicerol o as enzimas digestivas separam os ácidos graxo do glicerol através da hidrólise o < 10% dos triglicerídeos é digerido no estômago pela lipase lingual (glândulas linguais na boca) e deglutida com a saliva o na dieta usual existem também pequenas quantidades de fosfolipídios, colesterol e ésteres de colesterol Os fosfolipídios e os ésteres de colesterol contém ácidos graxos. O colesterol é um composto de esterol (não contém ácido graxo) – mesmo assim é metabolizado como gordura. o gordura → (𝑒𝑚𝑢𝑙𝑠𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎çã𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑎 𝑏𝑖𝑙𝑒) → gordura emulsificada (partículas pequenas) o gordura emulsificada → (𝑙𝑖𝑝𝑎𝑠𝑒 𝑝𝑎𝑛𝑐𝑟𝑒á𝑡𝑖𝑐𝑎) → ácidos graxos e 2-monoglicerídeos A enzima mais importante para a digestão dos triglicerídeos é a lipase pancreática – há ainda, outra lipase adicional (lipase entérica) proveniente dos enterócitos, mas, não é usada normalmente. Digestão de proteínas o proteínas = aminoácidos (ligações peptídicas) – são clivadas em aminoácidos através da hidrólise 1. proteínas → (𝑝𝑒𝑝𝑠𝑖𝑛𝑎) → proteoses, peptonas e outros polipeptídios Pepsina no estomago inicia o processo de digestão das proteínas (10-20%). 2. proteoses, peptonas e outros polipeptídios → (𝑡𝑟𝑖𝑝𝑠𝑖𝑛𝑎, 𝑞𝑢𝑖𝑚𝑖𝑜𝑡𝑟𝑖𝑝𝑠𝑖𝑛𝑎, 𝑒𝑡𝑐) → polipeptídios + aminoácidos Essa parte ocorre no intestino delgado superior, duodeno e jejuno sob influência das enzimas proteolíticas (tripsina, quimiotripsina, carboxipolipeptidase e proelastase). 3. polipeptídios + aminoácidos → (𝑝𝑒𝑝𝑡𝑖𝑑𝑎𝑠𝑒𝑠) → aminoácidos Feito pelos enterócitos (borda em escova com microvilosidades) onde há múltiplas peptidases. ABSORÇÃO 1. estômago: o área de pouca absorção o não tem as vilosidades típicas da membrana absortiva e as junções entre as células epiteliais tem baixa permeabilidadeo apenas substancias muito lipossolúveis (álcool, aspirina) são absorvidas em pequenas quantidades 2. intestino delgado: o pregas de Kerckring (válvulas coniventes), vilosidades e microvilosidades (borda em escova das células epiteliais) o aumentam a área de absorção da mucosa do intestino delgado por quase 1000 vezes Substâncias 1. água: o transportada através da membrana intestinal o por difusão (osmose) 2. sódio: o transportado através da membrana intestinal Gabriela Sensi Santhiago TXIX Medicina Universidade Positivo o por transporte ativo e cotransporte (através da membrana da borda em escova - cotransportador de sódio-glicose, cotransportadores de sódio-aminoácido e trocador de sódio-hidrogênio o estimulado pela aldosterona 3. cloreto: o por difusão (partes superiores do intestino delgado) e trocador de cloreto-bicarbonato (demais porções) 4. íon bicarbonato: o grande quantidade precisa ser reabsorvida – grande quantidade é secretada pela secreção pancreática e biliar o quando o sódio é absorvido – hidrogênio é secretado no lúmen intestinal o quando os íons de hidrogênio se combinam com os íons bicarbonato formando ácido carbônico (H2CO3) que então se dissocia – formando H2O e CO2 o CO2 absorvido para o sangue e expirado pelos pulmões – absorção ativa de íons bicarbonato (mecanismo que ocorre nos túbulos renais) 5. íons de cálcio: o absorção ativa para o sangue no duodeno o controle: PTH e vitamina D – intensificam a absorção de cálcio 6. íons de ferro, potássio, magnésio e fosfato: o absorção ativa pelo intestino delgado 7. galactose, frutose e aminoácidos: o galactose = cotransporte com sódio o frutose = difusão facilitada o aminoácidos = difusão facilitada 8. absorção no cólon: o absorção de água e eletrólitos se dá na metade proximal do cólon – cólon absortivo o consegue absorver no máximo 5-8 L de líquido e eletrólitos – se for mais gera diarreia Composição das Fezes ¾ de água e ¼ de matéria sólida (bactérias mortas, matéria inorgânica, restos indigeridos, gordura, proteínas, bile, etc.) Cor marrom devido a estercobilina e urobilina (derivadas da bilirrubina). Odor decido a ação bacteriana (dependem da flora intestinal de cada pessoa e do tipo de alimento ingerido).
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