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FISIOLOGIA DIGESTORIA

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Gabriela Sensi Santhiago TXIX 
Medicina Universidade Positivo 
Fisiologia D igestória 
Introdução 
o o trato alimentar permite o suprimento de nutrientes 
necessários ao metabolismo e faz o abastecimento de 
água e nutrientes – para isso, precisa: 
 
1. movimentação do alimento pelo tubo digestivo 
2. secreção de substâncias digestivas e digestão dos 
alimentos 
3. absorção de água e nutrientes 
4. circulação sanguínea para transporte das substâncias 
absorvidas 
5. controle pelo sistema nervoso e hormonal 
 
 
 
A Parede Intestinal 
o camadas musculares funcionam como sincício 
coordenadas devido às GAP junctions (entre as células 
musculares lisas) 
o quando é gerado um potencial TODA a musculatura 
intestinal se contrai 
 
 
 
Atividade Elétrica do Músculo Liso 
Gastrointestinal 
o é excitado por atividade elétrica intrínseca, contínua e 
lenta nas membranas das fibras musculares 
o em repouso, a estimulação intrínseca gera dois tipos de 
ondas elétricas: 
 
1. ondas lentas: oscilação rítmica dos potenciais de 
membrana em repouso devido à abertura periódica de 
canais iónicos nas células intersticiais de Cajal (= 
marcapasso) – variações lentas e ondulantes do 
potencial de repouso da membrana (NÃO são potenciais 
de ação) 
2. potenciais em espícula/Spike: potenciais de ação – 
quanto maior o potencial das ondas lentas, maior a 
frequência dos potencias de ação 
o a diferença entre o potencial de ação das fibras do 
trato gastrointestinal e das fibras nervosas gera: 
1. entrada de Ca2+ em GRANDE quantidade 
2. entrada de Na+ em PEQUENA quantidade 
o isso permite com que o potencial de ação seja mais 
duradouro 
 
Ca2+ são essenciais na contração muscular – logo, é nos 
Spikes que ocorre a contração muscular. 
 
 
 
 
Contração Tônica 
o parte do músculo liso do TGI exibe contrações tônicas e 
contínuas – ao invés de rítmicas 
 
causas 
o potenciais de ação em espícula repetidos 
o hormônios que produzem despolarização parcial 
contínua sem provocar potenciais de ação 
o entrada contínua de cálcio que não está associado à 
variação do potencial de membrana 
 
Sistema Nervoso Entérico 
o sistema nervoso próprio do trato gastrointestinal 
o localizado inteiramente na parede intestinal – do 
esôfago ao ânus 
o faz o controle dos movimentos e da secreção do TGI 
o composto por 2 plexos: miontérico e submucoso 
 
plexo miontérico ou plexo de auerbach 
o localização: externo – disposto entre as camadas 
musculares longitudinal e circular 
o controla os movimentos GI 
o é excitatório 
Gabriela Sensi Santhiago TXIX 
Medicina Universidade Positivo 
o é inibitório em alguns esfíncteres intestinais – 
a. esfíncter pilórico = controla o esvaziamento do 
estômago 
b. esfíncter da valva ileocecal = controla o 
esvaziamento do intestino delgado para o ceco 
 
plexo submucoso ou plexo de meissner 
o localização: interno – localizado na submucosa 
o controla a secreção de GI e o fluxo sanguíneo local 
 
Controle Autônomo do Trato GI 
 
 
Reflexos Entéricos 
o reflexos completamente integrados na parede intestinal 
do sistema nervoso entérico 
o relacionados a grande parte das funções GI 
o exemplos: reflexos gastrocólico, reflexo de defecação 
 
Controle Hormonal 
Gastrina 
o secretada pelas células “G” do antro do estômago 
o estímulo: distensão do estômago, os produtos da 
digestão das proteínas e o peptídeo liberador de 
gastrina (liberado pelos nervos da mucosa gástrica na 
estimulação vagal) 
o efeitos: estimulação da secreção gástrica de ácido e 
crescimento da mucosa gástrica 
 
HORMÔNIO SECREÇÃO ESTÍMULO EFEITOS 
Gastrina Secretada 
pelas 
células “G” 
do antro 
do 
estômago 
 
-Distensão do 
estômago 
-Produtos da 
digestão das 
proteínas 
-Peptídeo liberador 
de gastrina 
(liberado pelos 
nervos da mucosa 
gástrica na 
estimulação vagal) 
 
-Estimulação 
da secreção 
gástrica de 
ácido 
-Crescimento 
da mucosa 
gástrica 
Colecistocinina 
(CKK) 
Secretada 
pelas 
células “I” 
da mucosa 
do duodeno 
e do jejuno 
Produtos da 
digestão de 
gordura, ácidos 
graxos e 
monoglicerídeos 
-Estimula a 
secreção das 
enzimas 
pancreáticas 
-Contrai a 
vesícula biliar 
(expelindo bile 
que faz 
emulsificação) 
- Inibe a 
contração do 
estômago 
- Inibe o 
apetite 
Secretina Secretada 
pelas 
células “S” 
da mucosa 
do duodeno 
Conteúdo gástrico 
ácido transferido 
do estômago ao 
duodeno pelo piloro 
Secreção 
pancreática de 
bicabornato 
(neutralização 
do ácido no ID) 
Peptídeo 
Inibidor 
Gástrico (GIP) 
Secretada 
pelas 
células “K” 
da mucosa 
do duodeno 
e do jejuno 
Ácidos graxos, 
aminoácidos e 
carboidratos 
Retarda o 
esvaziamento 
do conteúdo 
gástrico no 
duodeno e inibe 
a secreção de 
ácido gástrico 
Motilina Secretada 
pelas 
células “M” 
do duodeno 
e do jejuno 
superior 
Jejum Aumenta a 
mobilidade GI 
 
Movimentos Gastrointestinais 
Movimentos propulsivos 
o são os peristaltismos 
o requer o plexo mioentérico ativo 
o transmissão direcional (oral para anal) 
o fazem com que o alimento percorra o trato com 
velocidade apropriada para que ocorram digestão e 
absorção 
o estimulado principalmente pela distensão do TGI 
 
MOVIMENTOS DE MISTURA 
o mantêm os conteúdos intestinais bem misturados todo 
o tempo 
 
 
 
Circulação Sanguínea Gastrointestinal 
Circulação esplâncnica 
o sistema extenso composto pelos vasos sanguíneos do 
sistema GI 
o trajeto: 
1. sangue que passa pelo intestino, baço e pâncreas 
flui para o fígado através da veia porta 
2. no fígado, o sangue passa pelos sinusoides 
hepáticos 
3. deixa o órgão por meio das veias hepáticas 
4. o sangue desemboca na veia da cava da 
circulação sistêmica 
o permite que as células reticuloendoteliais que revestem 
os sinusoides hepáticos removam bactérias e outras 
partículas que poderiam entrar na circulação 
sanguínea do TGI 
 
Os carboidratos e as proteínas são transportados pela veia 
porta para os sinusoides hepáticos, os hepatócitos 
absorvem e armazenam temporariamente uma parcela 
desses nutrientes. 
 
Gabriela Sensi Santhiago TXIX 
Medicina Universidade Positivo 
As gorduras absorvidas não são transportadas no sangue 
que passa pela veia porta, mas sim pelo sistema linfático 
intestinal e levadas ao sangue circulante sistêmico pelo 
ducto torácico. 
 
Fluxo sanguíneo 
o as artérias mesentérica superior e inferior suprem as 
paredes dos intestinos – por meio do sistema arterial 
arqueado 
o a artéria celíaca supre de sangue o estômago 
 
Durante a absorção ative de nutrientes, o fluxo sanguíneo 
que passa pelas vilosidades e nas regiões adjacentes da 
submucosa aumenta em torno de 8x. 
Da mesma maneira, o fluxo sanguíneo nas camadas 
musculares da parede intestinal aumenta com a atividade 
motora mais intensa no intestino. 
 
 
 
 
Efeitos da atividade intestinal e dos fatores metabólicos 
No fluxo sanguíneo do tgi 
o substâncias que são secretadas pela mucosa durante a 
digestão (CCK, VIP, secretina) 
o substâncias vasodilatadoras que são secretadas pelas 
glândulas (calidina e bradicinina) 
o aumento da taxa metabólica no intestino leva à 
diminuição do O2 que: 
1. aumenta a [adenosina], que tem capacidade 
vasodilatadora 
2. aumenta o fluxo sanguíneo para que as células não 
entrem em isquemia 
 
controle nervoso do fluxo sanguíneo 
1. estimulação parassimpática: 
o aumenta o fluxo sanguíneo 
o aumenta a secreção glandular 
 
2. estimulação simpática: 
o vasoconstrição generalizada e intensa das arteríolas -
reduz o fluxo sanguíneo 
o exemplo: exercício físico, choque circulatório 
 
Após poucos minutos de vasoconstrição (isquemia), o fluxo 
retorna a valores próximos dos normais por meio do 
“escape autorregulatório” = mecanismos vasodilatadores 
metabólicos locais. 
 
Propulsão e Mistura dos Alimentos 
o o tempo que o alimento permanece em cada parte do 
trato alimentar é essencial para uma ótima digestão e 
absorção dos nutrientes 
o para isso contribuem os movimentos de misturae 
propulsão 
 
1. quantidade da ingestão de comida: determinada pela 
fome 
2. tipo de comida ingerida: determinado pelo apetite 
 
mastigação 
o os dentes incivos cortam os alimentos e os dentes 
molares trituram 
o a maioria dos músculos da mastigação é inervada pelo 
ramo motor do 5º par craniano (trigêmeo) 
o é importante para a digestão de todos os alimentos 
 
a) frutas e vegetais crus com membranas de celulose 
indigeríveis – precisam ser rompidas para digestão 
b) enzimas digestivas só agem nas superfícies das 
partículas de alimentos – área de superfície exposta 
c) às secreções digestivas triturar o alimento previne 
escoriação do TGI e facilita o transporte do alimento 
 
deglutição 
o possui 3 fases 
o participação da faringe – digestão e respiração 
 
1. fase voluntária: 
o inicia a deglutição 
o o processo de deglutição torna-se automático e 
involuntário a partir daqui 
 
2. fase faríngea: 
o bolo alimentar estimula receptores da deglutição 
gerando série de contrações 
a) palato mole empurrado para cima fecha as fossas 
nasais impedindo o refluxo 
b) pregas palatofaríngeas estreitam passagem para 
a faringe, selecionando alimentos com tamanho 
suficiente para passar 
c) as cordas vocais aproximam-se muito e a laringe é 
empurrada pelos músculos do pescoço que com a 
epiglote fecha a sua abertura 
d) a glote também se eleva, levando a que os alimentos 
passem pelos seus lados, em vez de por cima de si 
e) esófago sobe 3-4 cm – relaxamento do esfíncter 
esofágico superior (esfíncter faringoesofágico) 
f) restantes músculos da faringe geram rápida onda 
peristáltica, obrigando bolo alimentar a descer 
 
3. fase esofágica: 
o leva o bolo alimentar do esófago ao estômago através 
de movimentos peristálticos 
a. relaxamento do esfíncter esofágico inferior 
(esfíncter gastroesofágico) – aclasia é o não 
relaxamento 
 
A constrição tônica deste esfíncter evita o refluxo do 
conteúdo gástrico para o esôfago. 
 
o a musculatura da parede faríngea e do 2/3 superior do 
esôfago é composta por músculo estrido e controlada 
pelos nervos glossofaríngeo e vago 
o a musculatura dos 2/3 inferiores do esôfago é 
composta por musculo liso e controlada pelos nervos 
vago (conectados com o sistema nervoso mioentérico 
esofágico) 
 
 
Gabriela Sensi Santhiago TXIX 
Medicina Universidade Positivo 
estômago 
Funções Motoras do Estômago 
o armazenamento de grande quantidade de alimento – 
até que ele possa ser processado no estômago, duodeno 
e intestino delgado 
o misturar o alimento com 
secreções gástricas até 
formar uma mistura 
semilíquida (quimo) 
o esvaziar lentamente o 
quimo para o intestino 
delgado – compatível com a 
digestão e a absorção 
adequadas pelo intestino 
delgado 
 
 
Características Gerais 
o as glândulas gástricas produzem os sucos digestivos 
o as contrações peristálticas ocorrem quando há 
alimento e quando está vazio por 12 horas 
o o piloro é onde a espessura da musculatura circular da 
parede é maior e permanece em leve contração tônica 
– esfíncter pilórico 
 
Fatores Que Promovem o Esvaziamento 
Gástrico 
o maior volume alimenta 
o a gastrina 
 
Fatores Duodenais Na Inibição do Esvaziamento 
Gástrico 
o se o volumo do quimo for excessivo, no duodeno ocorre: 
– reflexos nervosos pelo grau distensão do duodeno 
– irritação mucosa duodenal 
– grau de acidez do quimo 
– osmolaridade do quimo 
– colecistocinina, secretina e peptídeo inibidor gástrico 
 
intestino delgado 
o peristaltismo intenso após a refeição – estimulada pelo 
reflexo gastroentérico 
o o estiramento da parede do intestino delgado pelo 
quimo provoca contrações concêntricas localizadas e 
espaçadas ao longo do intestino – movimentos de 
segmentação 
o ao chegar à válvula ileocecal, o quimo pode ficar retido 
por horas até que se faça outra refeição – o reflexo 
gastroileal intensifica o peristaltismo no íleo e força o 
químico remanescente a passar pela válvula ileocecal 
para o ceco 
o a principal função da válvula ileocecal é evitar o reflexo 
do conteúdo fecal do cólon para o intestino delgado 
o gastrina, CKK, motilina, insulina e serotonina – 
intensificam a motilidade intestinal 
o a secretina e o glucagon inibem a motilidade intestinal 
 
 
 
Cólon 
Principais Funções do Cólon 
o absorção de água e de eletrólitos para formar fezes 
sólidas – metade proximal 
o armazenamento de material fecal até que possa ser 
expelido – metade distal 
 
Movimentos do Cólon 
o os movimentos são mais lentos do que no resto do trato 
GI 
o existem dois tipos de movimento: 
 
1. movimentos de mistura: 
o haustrações 
o contrações concêntricas das haustras que quase 
ocluem o duodeno – cólon segmentado em bolsas 
 
2. movimentos propulsivos: 
o se dividem em haustrações e movimentos de massa 
o haustrações: efeito propulsivo – conteúdo da ½ 
proximal do cólon 
o movimentos de massa: peristaltismo modificado 
 
 
Defecação 
o o reto normalmente não tem fezes – maior parte do 
tempo o reto fica vazio 
o angulação aguda contribui com resistência adicional ao 
enchimento do reto 
o quando o movimento de massa força as fezes para o 
reto: surge a vontade de defecar, relaxamento dos 
esfíncteres anais e contração reflexa do reto 
 
Esfíncteres Anais 
o esfíncter anal interno: composto de espesso músculo liso 
Gabriela Sensi Santhiago TXIX 
Medicina Universidade Positivo 
o esfíncter anal externo: composto de músculo estriado 
voluntario que circunda o esfíncter interno e se estende 
distalmente a ele – controlado pelo nervo pudendo 
(sistema nervoso somático) – é mantido 
subconscientemente contraído, a menos que sinais 
conscientes inibam a constrição 
 
Os reflexos de defecação podem ser ativados 
propositadamente, contudo não são tão eficientes como os 
naturais. A inibição dos reflexos naturais de defecação 
frequentemente pode levar a obstipação. 
 
Outros Reflexos 
o reflexo de defecação intrínseco – mioentérico 
o reflexo da defecação parassimpático 
o reflexo gastrocólico (pós alimentação) 
 
Os reflexos de defecação são ativados pelo movimento do 
diafragma para baixo e contração dos músculos 
abdominais aumentando a pressão intra-abdominal. 
 
 
 
Funções Secretoras no Trato 
Gastrointestinal 
Célula glandular 
o faz a formação e secreção de enzimas e outras 
substâncias 
 
 
1. neurotransmissor ou hormônio se ligam a seu receptor 
2. ocorre um aumento da permeabilidade aos íons cálcio 
3. as vesículas se fundem à membrana apical 
4. o conteúdo das vesículas é liberado por exocitose 
 
funções das glândulas secretoras 
o enzimas digestivas 
o glândulas mucosas – muco para lubrificar e proteger o 
TGI 
 
Maioria das secreções digestivas é formada apenas em 
resposta ao alimento no trato alimentar (pelo sistema 
nervoso entérico e parassimpático e por hormônios) e a 
quantidade é aquela necessária para a digestão. 
 
Em algumas partes do TGI, os tipos de enzimas e outros 
constituintes das secreções variam de 
acordo com os tipos de alimento. 
 
Saliva 
1. origem: glândulas parótidas, submandibulares e 
sublinguais 
2. constituição: 2 tipos principais de proteínas 
a) secreção serosa: contem ptialina (alfa-amilase) – 
enzima para a digestão de amido 
b) secreção mucosa: contem mucina – lubrificação e 
proteção das superfícies 
3. pH: 6,0-7,0 – favorável à ação da ptialina 
 
 
4. função na higiene oral: 
o o fluxo da saliva ajuda a lavar a boca das bactérias 
patogênicas e das partículas de alimentos – suporte 
metabólico para bactérias 
o contém vários fatores que destroem as bactérias: íons 
tiocianato, enzimas proteolíticas (lisozima = atacam as 
bactérias) e digerem partículas de alimentos (remoção 
do suporte metabólico das bactérias) 
o contém quantidades significativas de anticorpos que 
podem destruir as bactérias 
 
5. regulação nervosa parassimpática da secreção salivar: 
 
 
 
o salivação: pode ser estimulada ou inibida por sinais 
nervosos provenientes dos centros superiores do SNC – 
exemplo:cheiros ou comer alimentos preferidos a 
salivação é maior 
Gabriela Sensi Santhiago TXIX 
Medicina Universidade Positivo 
o apetite: sinais das áreas de paladar e olfato do córtex 
cerebral ou da amígdala – localizada perto dos centros 
parassimpáticos do hipotálamo anterior 
 
secreção esofágica 
1. constituição: totalmente mucosas 
2. função: lubrificação para a deglutição 
 
secreção gástrica 
1. origem: células caliciformes – células secretoras de 
muco que revestem toda a superfície do estômago 
 
2. glândulas gástricas: formadoras de ácido localizadas no 
corpo e fundo do estomago – secretam: 
o pepsinogênio – células principais 
o HCl e fator intrínseco – células parietais 
o muco 
 
3. glândulas pilóricas: localizadas na porção antral do 
estomago – secretam: 
o muco – proteger a mucosa pilórica do ácido gástrico 
o hormônio gastrina (células G) 
 
4. barreira gástrica: 
o formada pelas junções de adesão entre as células 
epiteliais e o muco alcalino que recobre a mucosa 
o protege da ação do ácido gástrico 
o pode ser danifica por AINE ou álcool 
 
Fatores Que Estimulam A Secreção Gástrica 
 PEPSINOGÊNIO HCl MUCO 
Acetilcolina 
(Parassimpática) 
↑ 
 
↑ 
 
↑ 
 
Gastrina e 
Histamina 
- ↑↑ 
 
- 
 
Pepsinogênio 
o origem: células pépticas e mucosas 
o secreção: é secretado sob a forma de pepsinogênio e 
ao ter contato com o pH baixo e HCl vira pepsina ativa 
(atua como enzima proteolítica) 
o função: digestão de proteínas 
 
Fator Intrínseco 
o origem: células parietais 
o função: atua na absorção de vitamina B12 no íleo 
 
Na gastrite crônica, a pessoa pode desenvolver acloridria e 
também anemia perniciosa – vitamina B12 atua na 
estimulação da maturação das hemácias na medula óssea. 
 
 
 
Secreção de Ácido Clorídrico 
 
 
Secreção pancreática 
o origem: secretadas pelos ácinos pancreáticos 
o secreção: bicarbonato de sódio e enzimas digestivas 
o função: degradam proteínas, carboidratos e gorduras 
 
O produto combinado de enzimas e bicarbonato de sódio flui 
pelo longo do ducto pancreático – esvazia-se no duodeno 
pela papila de Vater, envolta pelos esfíncter de Oddi 
 
 
 
O pâncreas secreta ainda insulina e glucagon – produzidos 
pelas ilhotas de Langherans (porção endócrina do pâncreas) 
e secretados no sangue. 
 
o a secreção pancreática é estimulada pela acetilcolina, 
CKK e secretina 
 
Enzimas Digestivas 
1. degradam proteínas: tripsina, quimotripsina e 
carboxipolipeptidase 
 
As mesmas células que secretam as enzimas proteolíticas 
no ácino do pâncreas secretam também o inibidor de 
tripsina – impede que as enzimas proteolíticas fiquem 
ativas e digiram o próprio pâncreas. 
 
Uma lesão pancreática grave ou uma obstrução do ducto 
pancreático gera uma grande quantidade de secreção 
pancreática acumulada e, com isso, o efeito do inibidor de 
pepsina é insuficiente – gera pancreatite aguda. 
 
2. degradam carboidratos: amilase pancreática 
3. degradam gorduras: lipase pancreática, colesterol 
esterase e fosfolipase 
 
 
Gabriela Sensi Santhiago TXIX 
Medicina Universidade Positivo 
 
 
 
 
Secreção de bile pelo fígado 
o uma das muitas funções do fígado é secretar a bile – 
faz também secreção de bilirrubina (produto final da 
destruição da hemoglobina) e o colesterol em excesso 
o bile (ácidos biliares): papel importante na digestão e na 
absorção de gorduras – emulsificação de grandes 
partículas (através de lipases) e absorção dos produtos 
finais 
o é secretada continuamente pelas células hepáticas – 
sua maior parte é armazenada na vesícula biliar até ser 
secretada para o duodeno 
o a secreção de bile é estimulada pela secretina, CKK 
(esvaziamento da vesícula) e sistema parassimpático 
 
 
 
 
 
 
 
Secreções do intestino delgado 
o a função primária do intestino delgado é a de absorver 
nutrientes e seus produtos digestivos para o sangue 
o secreção: muco (glândulas de Brunner) e sucos 
digestivos (criptas de Lieberkuhn – entre as vilosidades 
intestinais) 
 
As superfícies das criptas e das vilosidades são cobertas por 
epitélio composto de dois tipos de células: células 
caliciformes (secretam muco que lubrifica e protege as 
superfícies intestinais) e enterócitos (secretam 
água/eletrólitos e absorvem água/eletrólitos/produtos finais 
da digestão). 
 
o as secreções do intestino delgado são estimuladas pelo 
sistema nervoso parassimpático e secretina 
o regulação pelo sistema nervoso entérico – reflexos 
desencadeados por estímulos táteis ou irritantes do 
quimo sobre o intestino 
 
secreção do intestino grosso 
o secreção: muco (criptas de Lieberkuhn – porém não 
existem vilos) 
o regulação pelo sistema nervoso entérico e 
parassimpático 
 
Quando um segmento do intestino grosso está irritado (em 
casos de infecção bacteriana, por exemplo, enterite) a 
mucosa secreta água, eletrólitos e muco alcalino e viscoso na 
tentativa de diluir os fatores irritantes e causar o 
movimento rápido das fezes na direção do anus, resultando 
em diarreia. 
 
Digestão e Absorção no Trato 
Gastrointestinal 
Gabriela Sensi Santhiago TXIX 
Medicina Universidade Positivo 
o carboidratos, gorduras e proteínas, em termos gerais, 
não podem ser absorvidos em suas formas naturais 
através da mucosa GI sem digestão preliminar 
 
digestão de carboidratos 
o digestão de grandes polissacarídeos ou dissacarídeos 
(combinações de monossacarídeos ligados uns aos 
outros por condensação) 
o quando digeridos, são convertidos em monossacarídeos 
através da hidrolise 
o as três principais fontes de carboidratos na dieta 
humana normal são a sacarose, lactose e amidos 
 
Celulose da dieta (carboidrato) não pode ser considerada 
alimento para os seres humanos – não há nenhuma 
enzima no TGI humano capaz de hidrolisar a celulose. 
 
 
 
1. amido → (𝑝𝑡𝑖𝑎𝑙𝑖𝑛𝑎) → maltose 
2. maltose → (𝑚𝑎𝑙𝑡𝑎𝑠𝑒	𝑒	𝛼 − 𝑑𝑒𝑥𝑡𝑟𝑖𝑛𝑎𝑠𝑒) → glicose 
3. lactose → (𝑙𝑎𝑐𝑡𝑎𝑠𝑒) → galactose + glicose 
4. sacarose → (𝑠𝑎𝑐𝑎𝑟𝑎𝑠𝑒) → frutose + glicose 
 
digestão de gorduras 
o triglicerídeos (gorduras da dieta) = 3 ácidos graxos 
condensadas + 1 glicerol 
o as enzimas digestivas separam os ácidos graxo do 
glicerol através da hidrólise 
o < 10% dos triglicerídeos é digerido no estômago pela 
lipase lingual (glândulas linguais na boca) e deglutida 
com a saliva 
o na dieta usual existem também pequenas quantidades 
de fosfolipídios, colesterol e ésteres de colesterol 
 
Os fosfolipídios e os ésteres de colesterol contém ácidos 
graxos. 
O colesterol é um composto de esterol (não contém ácido 
graxo) – mesmo assim é metabolizado como gordura. 
 
 
 
o gordura → (𝑒𝑚𝑢𝑙𝑠𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎çã𝑜	𝑝𝑒𝑙𝑎	𝑏𝑖𝑙𝑒) → gordura 
emulsificada (partículas pequenas) 
o gordura emulsificada → (𝑙𝑖𝑝𝑎𝑠𝑒	𝑝𝑎𝑛𝑐𝑟𝑒á𝑡𝑖𝑐𝑎) → ácidos 
graxos e 2-monoglicerídeos 
 
A enzima mais importante para a digestão dos triglicerídeos 
é a lipase pancreática – há ainda, outra lipase adicional 
(lipase entérica) proveniente dos enterócitos, mas, não é 
usada normalmente. 
 
Digestão de proteínas 
o proteínas = aminoácidos (ligações peptídicas) – são 
clivadas em aminoácidos através da hidrólise 
 
1. proteínas → (𝑝𝑒𝑝𝑠𝑖𝑛𝑎) → proteoses, peptonas e outros 
polipeptídios 
 
Pepsina no estomago inicia o processo de digestão das 
proteínas (10-20%). 
 
2. proteoses, peptonas e outros polipeptídios →
(𝑡𝑟𝑖𝑝𝑠𝑖𝑛𝑎, 𝑞𝑢𝑖𝑚𝑖𝑜𝑡𝑟𝑖𝑝𝑠𝑖𝑛𝑎, 𝑒𝑡𝑐) 	→ polipeptídios + 
aminoácidos 
Essa parte ocorre no intestino delgado superior, duodeno e 
jejuno sob influência das enzimas proteolíticas (tripsina, 
quimiotripsina, carboxipolipeptidase e proelastase). 
 
3. polipeptídios + aminoácidos → (𝑝𝑒𝑝𝑡𝑖𝑑𝑎𝑠𝑒𝑠) → 
aminoácidos 
Feito pelos enterócitos (borda em escova com 
microvilosidades) onde há múltiplas peptidases. 
 
ABSORÇÃO 
1. estômago: 
o área de pouca absorção 
o não tem as vilosidades típicas da membrana absortiva 
e as junções entre as células epiteliais tem baixa 
permeabilidadeo apenas substancias muito lipossolúveis (álcool, aspirina) 
são absorvidas em pequenas quantidades 
 
2. intestino delgado: 
o pregas de Kerckring (válvulas coniventes), vilosidades e 
microvilosidades (borda em escova das células epiteliais) 
o aumentam a área de absorção da mucosa do intestino 
delgado por quase 1000 vezes 
 
 
 
Substâncias 
1. água: 
o transportada através da membrana intestinal 
o por difusão (osmose) 
 
2. sódio: 
o transportado através da membrana intestinal 
Gabriela Sensi Santhiago TXIX 
Medicina Universidade Positivo 
o por transporte ativo e cotransporte (através da 
membrana da borda em escova - cotransportador de 
sódio-glicose, cotransportadores de sódio-aminoácido e 
trocador de sódio-hidrogênio 
o estimulado pela aldosterona 
 
3. cloreto: 
o por difusão (partes superiores do intestino delgado) e 
trocador de cloreto-bicarbonato (demais porções) 
 
4. íon bicarbonato: 
o grande quantidade precisa ser reabsorvida – grande 
quantidade é secretada pela secreção pancreática e 
biliar 
o quando o sódio é absorvido – hidrogênio é secretado 
no lúmen intestinal 
o quando os íons de hidrogênio se combinam com os 
íons bicarbonato formando ácido carbônico (H2CO3) 
que então se dissocia – formando H2O e CO2 
o CO2 absorvido para o sangue e expirado pelos 
pulmões – absorção ativa de íons bicarbonato 
(mecanismo que ocorre nos túbulos renais) 
 
5. íons de cálcio: 
o absorção ativa para o sangue no duodeno 
o controle: PTH e vitamina D – intensificam a absorção de 
cálcio 
 
6. íons de ferro, potássio, magnésio e fosfato: 
o absorção ativa pelo intestino delgado 
 
7. galactose, frutose e aminoácidos: 
o galactose = cotransporte com sódio 
o frutose = difusão facilitada 
o aminoácidos = difusão facilitada 
 
8. absorção no cólon: 
o absorção de água e eletrólitos se dá na metade 
proximal do cólon – cólon absortivo 
o consegue absorver no máximo 5-8 L de líquido e 
eletrólitos – se for mais gera diarreia 
 
 
 
 
Composição das Fezes 
¾ de água e ¼ de matéria sólida (bactérias mortas, matéria 
inorgânica, restos indigeridos, gordura, proteínas, bile, etc.) 
Cor marrom devido a estercobilina e urobilina (derivadas da 
bilirrubina). 
Odor decido a ação bacteriana (dependem da flora 
intestinal de cada pessoa e do tipo de alimento ingerido).

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