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Donald Winnicott - Preocupação Materna Primária (resumo do texto)

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Psicanálise
Preocupação Materna Primária
A ideia do texto é discorrer acerca “do relacionamento mãe-bebê em sua etapa inicial”.
Winnicott considera que culpabilizar a mãe pela neurose infantil, a partir das falhas que ela apresenta na fase oral, é algo descabido, sendo necessária uma investigação mais aprofundada da causa de tal neurose. 
Se é proporcionado ao bebê um ambiente não suficientemente bom, seu desenvolvimento é distorcido; enquanto, se é proporcionado um ambiente suficientemente bom, o desenvolvimento é sadio, com “satisfações, ansiedades e conflitos inatos e pertinentes”.
O relacionamento simbiótico fala sobre padrões pré-genitais de duas pessoas que levam ao equilíbrio homeostático. Essa ideia de simbiose lança mão sobre a interdependência física existente na relação mãe-bebê
Mães são consideradas como capazes, biologicamente, de satisfazer as necessidades do bebê, a partir de uma identificação consciente e inconsciente com ele. Ao mesmo tempo que há essa identificação, por parte da mãe, há uma dependência do bebê em relação a ela, sem demandar de uma identificação dele, já que tal processo é muito complexo para essa fase.
Não é considerado, nesse texto, que a vida do bebê tem seu marco delimitado pelo início da fase oral. Considera-se, por outro lado, esse marco partindo de se atingir desenvolvimentalmente um grau elevado que é favorecido pelo id, e não prejudicado. 
A partir de Anna Freud, o primeiro relacionamento humano do bebê é com a mãe, mas seu primeiro relacionamento ambiental é anterior, em que necessidades fisiológicas, satisfeitas ou frustradas são protagonistas. Winnicott afirma concordar com a ideia de “necessidade”, mas discorda sobre serem satisfeitas ou frustradas, já que, na realidade, as necessidades são resolvidas ou não, o que não é sinônimo de satisfação ou frustração de impulsos do id. Um exemplo de necessidades que são ou não resolvidas é o de “aspecto acalentador’ do prazer rítmico”, onde não ser ninado não geraria raiva, mas sim uma distorção do desenvolvimento primitivo.
A preocupação materna
“Gradualmente, esse estado passa a ser o de uma sensibilidade exacerbada durante e principalmente ao final da gravidez”, “Sua duração é de algumas semanas após o nascimento do bebê”, “Dificilmente as mães o recordam depois que o ultrapassam”, “a memória das mães a esse respeito tende a ser reprimida”
É um fenômeno que só não é considerado como doença pela presença da gravidez, mas que se assemelha muito a uma, contando com uma sensibilidade exacerbada, mas demandando de saúde para que se libere do bebê. Entretanto, em casos de morte do bebê, esse estado recebe o caráter de doença
Ocorre que muitas boas mães não adquirirem essa “doença” para se sensibilizarem e adaptarem às demandas do bebê, ou seja, elas não sentem uma preocupação extrema que faria com que abdicasse de seus interesses (libido?) a fim de se voltar plenamente ao bebê
Mulheres de forte identificação masculina podem apresentar mais dessa dificuldade, por conta da inveja do pênis reprimida reivindicar um espaço muito maior do que a preocupação materna primária. Muitas vezes, elas perdem o “timing” de voltar-se cedo ao bebê, buscando suprir isso posteriormente, mas apenas conseguindo mimar a criança.
Tal fenômeno, a partir de outros autores, afirmam ser capaz de a mãe gerar autismo em seus filhos
Para Winnicott, o bebê apresenta: “Uma constituição; tendências inatas ao desenvolvimento; motilidade e sensibilidade; instintos, eles próprios engajados na tendência ao desenvolvimento, com mudança das zonas dominantes”
A preocupação materna primária seria a responsável por fornecer “um contexto para que a constituição da criança comece a se manifestar, e para que o bebê comece a experimentar movimentos espontâneos e se torne dono das sensações correspondentes a essa etapa inicial da vida.” 
“A mãe proporciona uma adaptação suficientemente boa à necessidade do bebê, a linha da vida da criança é perturbada muito pouco por reações à intrusão”. As reações de intrusão seriam advindas das falhas maternas, e um excesso dessas reações seria produtor de uma ameaça de aniquilação, as falhas seriam vistas como ameaça a existência.
Constituição do ego silenciosa. Primeira organização advém dessas experiências de ameaça, das quais o bebê costuma se recuperar, fortalecendo o ego em relação a sua capacidade de tolerância a frustrações.
Para Winnicott, a melhor pessoa para criar o bebê é a mãe biológica, por ser a única capaz de atingir a preocupação materna primária sem adoecer.

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