Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Contabilidade de Custos UNIDADE I - Origem e funções básicas da contabilidade de custos 1. Origem e evolução histórica; 2. Contabilidade Financeira, Contabilidade Gerencial e Contabilidade de Custos; 3. Objetivos da Contabilidade de Custos; 4. Elementos do custo. Prof. Danival Cavalcante Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade – FEAAC Orçamento empresarial (EH0332) – prof. Danival Cavalcante Introdução – origem e evolução histórica da Contabilidade de Custos UFC / FEAAC / Contabilidade de Custos – prof. Danival Cavalcante Até a era Mercantilista: antes da Revolução Industrial, apenas contabilidade financeira (geral). Apuração de resultado (Receita – Despesas diretas). Levantamento dos estoques (contagem física). Valoração das mercadorias. Sistema simplificado de registros. CMV = Estoque inicial + compras – Estoque final (ainda usado inventário periódico). • Confronto do CMV com a receita líquida no período. • Retirando as despesas necessárias do período. • Encontra-se o resultado final (a própria DRE). Introdução – origem e evolução histórica da Contabilidade de Custos Evolução com a sofisticação dos processos produtivos; A contabilidade de custos permite a informação com mais detalhes e, possivelmente, maior utilidade no processo decisório; Utilizada na Contabilidade Financeira e na Contabilidade Gerencial. Advento das indústrias de manufatura. Maior complexidade. Controle dos fatores de produção. Critérios de avaliação de estoques. UFC / FEAAC / Contabilidade de Custos – prof. Danival Cavalcante Contabilidade financeira x Contabilidade gerencial x Contabilidade de Custos Contabilidade Financeira Contabilidade Gerencial Contabilidade de Custos Era mercantilista Revolução industrial Minimizar problemas de mensuração de estoques e de resultados Instrumento da administração. Auxílio no desempenho. Artefato de gestão. Tomada de decisões. Aplicável aos bens e serviços utilizados no processo de produção de outros bens e serviços. UFC / FEAAC / Contabilidade de Custos – prof. Danival Cavalcante Comercial. Apuração da riqueza. CMV = Estoque inicial + compras – estoque final (contagem física) Resultado = Receita – CMV Sistemas de apoio à gestão Objetivo da Contabilidade de Custos De: mera auxiliar na avaliação de estoques e lucros globais. Para: importante ferramenta de planejamento, controle e decisões gerenciais (instrumento de gestão) Análise da viabilidade/rentabilidade de produtos/serviços (retorno). Sistema de informações gerenciais: Contabilidade financeira Sistema orçamentário Contabilidade de custos Contabilidade gerencial Aplica-se a todo segmento econômico. Qualquer atividade. UFC / FEAAC / Contabilidade de Custos – prof. Danival Cavalcante Funções da Contabilidade de Custos Auxílio ao planejamento Auxílio ao controle Auxílio à tomada de decisões • Fornecer dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de previsão. • Acompanhar o efetivamente ocorrido para comparação com os valores anteriormente definidos. • Alimentação de informações sobre valores relevantes que dizem respeito às consequências de curto e longo prazos. • Medidas de introdução, manutenção ou corte de produtos, produzir ou terceirizar, preços de vendas etc. No mercado: Dado o preço praticado, se o custo de produção é rentável / viável. ➢ Contabilidade de custos = controle e registros de bens e serviços utilizados na produção de outros bens e serviços. UFC / FEAAC / Contabilidade de Custos – prof. Danival Cavalcante Contabilidade financeira x Contabilidade gerencial FATOR CONTABILIDADE FINANCEIRA CONTABILIDADE GERENCIAL OBJETIVOS DOS RELATÓRIOS / DESTINATÁRIOS Análise financeira para usuários externos. Processo decisório dos usuários internos. FORMA DOS RELATÓRIOS / SISTEMA DE CUSTEIO Demonstrações obrigatórias com base no custeio por absorção. Relatórios específicos e não padronizados, uso do custeio por absorção, variável ou outro. FREQUÊNCIA DOS RELATÓRIOS De acordo com o prazo exigido pela legislação: anual/ trimestral/ semestral. De acordo com a necessidade do usuário. ENFOQUE TEMPORAL / PERSPECTIVA DOS RELATÓRIOS Base no custo histórico (dados passados). Custo histórico (avaliação de resultados) e Relatórios com previsão de dados futuros com base em dados passados: planejamento, controle e estabelecimento de metas. BASE DE MENSURAÇÃO Moeda corrente. Moeda corrente, medidas físicas, moeda estrangeira, indexador, moeda forte, entre outras. RESTRIÇÕES NAS INFORMAÇÕES Legislação fiscal e normas contábeis. Relação custo x benefício; determinações da administração. ARCABOUÇO TÉCNICO E TEÓRICO Ciência Contábil e Normas. Contabilidade, finanças, economia, estatística, administração etc. CARACTERÍSTICAS DA INFORMAÇÃO Objetiva, verificável, relevante e tempestiva. Relevante e tempestiva, mesmo com menor grau de verificabilidade e precisão. IMPLICAÇÕES COMPORTAMENTAIS Não influencia para a geração dos relatórios. Fornecer mensurações e relatórios de acordo com as necessidades dos gestores para o processo decisório. UFC / FEAAC / Contabilidade de Custos – prof. Danival Cavalcante Uso da Contabilidade de Custos na Contabilidade Financeira ▪ Valoração dos estoques para o Balanço Patrimonial. ▪ Apuração do custo dos bens e serviços vendidos, para a demonstração do resultado. UFC / FEAAC / Contabilidade de Custos – prof. Danival Cavalcante Uso da Contabilidade de Custos na Contabilidade Gerencial ▪ Planejamento e controle. ▪ Elaboração de orçamentos ▪ Suporte ao processo de tomada de decisão. ▪ Outros BP e DRE Informações de custos para tomada de decisão UFC / FEAAC / Contabilidade de Custos – prof. Danival Cavalcante ▪ Lançamento de novos produtos ▪ Precificação ▪ Apuração de resultado ▪ Avaliação de desempenho ▪ Influenciar comportamentos ▪ Produzir ou terceirizar ▪ Benchmarking ▪ Outros Terminologias utilizadas GASTO PERDA DESPESA CUSTO INVESTIMENTO DESEMBOLSO RECEITA DEPRECIAÇÃO UFC / FEAAC / Contabilidade de Custos – prof. Danival Cavalcante LUCRO Terminologias utilizadas ▪ Definição abrangente (aquisição de bem, mercadoria, produto ou serviço qualquer). ▪ Gera sacrifício financeiro, entrega ou promessa de entrega de ativos. ▪ Reconhecido no ato de transferência de propriedade (reconhecimento contábil da dívida assumida ou da redução de ativo em pagamento). GASTO UFC / FEAAC / Contabilidade de Custos – prof. Danival Cavalcante Terminologias utilizadas ▪ Pagamento. Saída de caixa ou equivalente de caixa. ▪ Movimentação financeira de retirada (sacrifício financeiro). ▪ Ato de pagar a aquisição de bem ou serviço. ▪ Pode ocorrer antes, durante ou após a transferência do bem ou serviço. DESEMBOLSO UFC / FEAAC / Contabilidade de Custos – prof. Danival Cavalcante Terminologias utilizadas ▪ Aquisição para benefício futuro em função da vida útil. ▪ Benefícios atribuíveis ao futuro. ▪ Sacrifícios para aquisição de bens ou serviços (gastos ativados) (“estocados”). ▪ São baixados quando da venda, uso, consumo, desaparecimento ou desvalorização. ▪ Diversas naturezas e de períodos de ativação variados. INVESTIMENTO UFC / FEAAC / Contabilidade de Custos – prof. Danival Cavalcante Terminologias utilizadas ▪ Gasto aplicado no processo de produção de outro bem ou serviço (compõe o processo produtivo). ▪ Reconhecido como tal no momento da utilização dos fatores de produção (fabricação de produto ou execução de serviço). No uso ou no consumo de insumos. Visão popular de “custo de aquisição”: preço original para adquirir qualquer bem ou serviço. (ex: custo de uma obra, custo de um automóvel, custo de uma consulta). CUSTO UFC / FEAAC / Contabilidade de Custos – prof. Danival Cavalcante Terminologias utilizadas ▪ Gasto externo ao processo de produção. Administrativo ou Comercial. ▪ Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas. ▪ Sacrifícios de ativos noprocesso de obtenção de receitas. ▪ Custos se transformam em despesas no momento da transferência do bem ou serviço ao cliente (a partir da venda). O caso de CPV, CMV, CSP, custo ou despesa? De fato, é despesa! DESPESA UFC / FEAAC / Contabilidade de Custos – prof. Danival Cavalcante Terminologias utilizadas ▪ Bem ou serviço consumido involuntariamente. ▪ Anormal, extraordinário, não intencional. ▪ Sinistros, desaparecimentos, desgastes, desperdícios anormais. O caso de perdas conhecidas e identificadas no processo produtivo, é custo ou perda? Obs: algumas perdas de pequeníssimo valor, pela sua irrelevância, são consideradas dentro dos custos ou despesas. Não há benefício maior que o custo para a separação de tais elementos. Obs: Perdas normais conhecidas no processo de produção são considerados custos. PERDA UFC / FEAAC / Contabilidade de Custos – prof. Danival Cavalcante Terminologias utilizadas ▪ Rendimentos da atividade principal. Razão de ser da empresa, aumento da riqueza. ▪ Outros rendimentos que não são da atividade principal (financeiro, ativo imobilizado) RECEITA UFC / FEAAC / Contabilidade de Custos – prof. Danival Cavalcante Terminologias utilizadas ▪ Resultado positivo das operações gerais da empresa. ▪ Receitas totais maiores que todos os custos e despesas do período. LUCRO UFC / FEAAC / Contabilidade de Custos – prof. Danival Cavalcante Terminologias utilizadas ▪ Resultado de vendas de bens e serviços que não são da atividade principal da empresa. ▪ Ativo imobilizado, Ativo Intangível, processos judiciais. GANHO UFC / FEAAC / Contabilidade de Custos – prof. Danival Cavalcante Terminologias utilizadas – Fases de reconhecimento: ➢ Exemplo: Máquina / Equipamento Aquisição INVESTIMENTO Depreciação (uso) CUSTO ou DESPESA (depende do local) ➢ Exemplo: Energia elétrica Consumo CUSTO ou DESPESA (depende do local) UFC / FEAAC / Contabilidade de Custos – prof. Danival Cavalcante Terminologias utilizadas – Fases de reconhecimento: ➢ Exemplo: Matéria-prima Aquisição GASTO Estocagem INVESTIMENTO Utilização no processo de fabricação CUSTO Estocagem do produto acabado INVESTIMENTO Venda do produto CUSTO (CPV) / DESPESA Passa pelo processo de estocagem UFC / FEAAC / Contabilidade de Custos – prof. Danival Cavalcante Identificando Terminologias • Compra a vista de um computador; • Compra a prazo de matérias-primas; • Transferência de matérias-primas do almoxarifado para a produção; • Pagamento de energia elétrica relativa às instalações industriais; • Encargos financeiros referentes à empréstimos tomados pela empresa; • Conta de telefone referente ao setor de vendas da empresa; • Depreciação de veículo utilizado nas entregas; • Danificação de matérias-primas em função de incêndio; • Impostos sobre a folha de pagamento dos funcionários da fábrica; • Impostos sobre os produtos vendidos; • Embalagem para as vendas UFC / FEAAC / Contabilidade de Custos – prof. Danival Cavalcante Investimento Custo Investimento Despesa Desembolso Despesa Despesa Perda Custo Despesa Despesa Elementos do custo ➢Matéria-prima ou material direto: Principal insumo da produção, dele origina-se o produto; avaliados a custo histórico e controlados os estoques permanentemente segundo a permissão legal (PEPS ou MPM). Sem necessidade de qualquer tipo de apropriação indireta ou rateio ➢ Mão-de-obra direta: Relativa ao pessoal que trabalha diretamente sobre o produto em elaboração, desde que seja possível a mensuração do tempo despendido e a identificação de quem executou o trabalho, sem necessidade de qualquer tipo de apropriação indireta ou rateio. ➢Custos indiretos de fabricação: Demais gastos ocorridos dentro da produção, necessários para a execução do produto, mas não tem identificação com ele. Há necessidade de apropriação indireta ou rateio. Produto MP MD MOD Processo de Produção CIF UFC / FEAAC / Contabilidade de Custos – prof. Danival Cavalcante Referências MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2018. Demais referências para consulta: MAHER, Michael. Contabilidade de custos: criando valor para a administração. São Paulo: Atlas, 2001. BAKER, M. e JACOBSEN, Lyle E. Contabilidade de custos. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 1975. GANTZEL, G. e ALLORA V. Revolução nos custos. Salvador: Casa da Qualidade, 1996. HORNGREM, Charles T. FOSTER, George e DATAR, Srikant M. Contabilidade de custos. Rio de Janeiro: LCT, 2000. JOHNSON, H. Thomas e KAPLAN, Robert S. A relevância da contabilidade de custos. Rio de Janeiro: Campus, 1996. UFC / FEAAC / Contabilidade de Custos – prof. Danival Cavalcante
Compartilhar