CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU NUCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO – FAVENI ASSISTÊNCIA SOCIAL E SAÚDE PÚBLICA LUANA FREITAS BEZERRA AS CONDICIONALIDADES DO PROGRAMA BOLSA FAMILIA MARANGUAPE 2021 AS CONDICIONALIDADES DO PROGRAMA BOLSA FAMILIA 1LUANA FREITAS BEZERRA Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho. Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). RESUMO - O presente trabalho tem como objetivo analisar as Condicionalidades do Programa Bolsa Família e a responsabilidade das famílias e do Estado sobre o cumprimento destas. Serão analisados os condicionantes do programa referente a educação e saúde bem como a assistência social. A pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo contemplou temas como: pobreza, políticas sociais, programas de transferência de renda, PBF, condicionalidades e política de assistência social. Conclui-se que o Programa de Transferência de Renda em questão tem contribuído na vida dessas famílias, como garantia mínima de acesso a alimentação e a outras formas de consumo. Contudo, reforça a questão contínua da desigualdade social, pois a garantia de renda mínima não consegue, em si, superar a extrema pobreza que essas famílias vivenciam. Palavras-chave: Condicionalidades. Políticas sociais. Bolsa Familia. 1 luaninhafreytas@hotmail.com 1. INTRODUÇÃO Este estudo aborda a temática do programa de transferência de renda Bolsa Família que determina aos seus beneficiários condicionalidades a serem cumpridas para o recebimento mensal do recurso a ser repassado para elas. Estas condições são impostas nas questões relativas à saúde, educação, bem como a assistência social. As políticas sociais devem objetivar a promoção social, combatendo a miséria, buscando a equidade e garantindo a promoção dos direitos sociais e da cidadania. O Estado deve buscar mudanças setoriais e reformas estruturais para atender as necessidades, desempenhando o papel de priorizar ações de redistribuição de recursos e a proteção social do indivíduo que dela necessite. Percebemos que as políticas sociais são um desafio para o mundo contemporâneo, buscamos refletir sobre as questões que determinam as desigualdades sociais, e a implantação de programas de garantias de renda mínima que venham possibilitar a implementação de um sistema de proteção social que objetive garantir os direitos dos cidadãos. O objetivo geral desse trabalho é analisar as condicionalidades do Programa Bolsa Família e a responsabilidade das famílias e do Estado sobre o cumprimento destas. Os objetivos específicos referem-se: observar os diferentes pontos de vista de estudiosos e pesquisadores em relação às condicionalidades exigidas pelo PBF, analisar o perfil das famílias que se encontram em descumprimento de condicionalidade, compreender como as condicionalidades têm sido entendidas/administradas tanto pelas famílias beneficiárias do programa como pelos representantes das três políticas que as integram, quais sejam: saúde, educação e assistência social. O trabalho tem o propósito de contribuir para o debate acerca das políticas sociais na sociedade brasileira e como elas se configuram dentro do contexto político, social e econômico, bem como fomentar a discussão sobre o real sentido dos programas de transferência de renda que visam minimizar a pobreza. Diante desse cenário, o Serviço Social, deve inserir-se cotidianamente em suas ações, com elementos pautados na reflexão crítica sobre as diversas expressões da questão social e quais são os impactos que as políticas públicas tem na vida dos usuários. 2. DESENVOLVIMENTO As categorias centrais desse estudo são família, pobreza e política social. Servindo de embasamento teórico autores como Socorro Osterne, Maria do Carmo Brandt Carvalho, Maria Carmelita Yazbek, Pedro Demo, Regina Célia Mioto, Raquel Raichelis, Maria Ozanira da Silva e Silva, entre outros, para refletir sobre a realidade das famílias extremamente pobres beneficiadas pelo Bolsa Família. A organização do trabalho está dividida em quatro partes. A primeira delas compreende essa introdução. A segunda o desenvolvimento do tema, A terceira parte propõe uma analise sobre o PBF e suas condicionalidades, tendo como finalidade a apresentação do programa, seus critérios, objetivos e contrapartidas, estabelecendo-se apontamentos e reflexões sobre pesquisadores que trabalham e abordam a discussão sobre os programas condicionados que ganha destaque ao final do capítulo, como transferência de renda condicionada à saúde e à educação, devendo as famílias atender critérios de elegibilidade, acrescentando a isso diversas citações de estudiosos da temática. Por fim, nas considerações finais apresentaremos uma discussão sobre as condicionalidades e o desafiante processo dos municípios em atender as demandas sociais com oferta de bens e serviços públicos que contemplem todos os indivíduos que recebem programas de transferência de renda. 3. O PROGRAMA BOLSA FAMILIA E SUAS CONDICIONALIDADES Este capítulo propõe uma análise sobre o PBF enquanto programa focalizado de transferência de renda as famílias inseridas dentro dos critérios de elegibilidade preconizados pelo programa. Dessa forma, propõe-se uma reflexão a respeito dos conceitos, critérios, objetivos e condicionalidades. 3.1 O PROGRAMA BOLSA FAMILIA O Bolsa Família é um programa de transferência de renda direta que beneficia famílias pobres e extremamente pobres no Brasil. O Programa foi criado no governo Lula por meio da Medida Provisória nº 132, de 20 de outubro de 2003, e regulamentado em 2004, pelo Decreto nº 5.209. Nasceu da unificação de outros PTR Federais (Bolsa Escola, Auxílio Gás, Bolsa Alimentação e Cartão Alimentação). O Programa Fome Zero foi incorporado a ele, após a constituição da Lei nº 10.836. O Decreto nº 5.209 de 17 de setembro de 2004 esclarece que a finalidade do programa seria unificar os procedimentos de administração e execução de ações de transferência de renda, e cadastramento único do governo federal. (MDS, 2013). O PBF introduziu grandes avanços no que diz respeito ao direito à renda às famílias que se encontravam em situação de pobreza e extrema pobreza. Possui três eixos principais: a transferência de renda promove o alívio imediato da pobreza; as condicionalidades reforçam o acesso a direitos sociais básicos nas áreas de educação, saúde e assistência social; e as ações e programas complementares objetivam o desenvolvimento das famílias, de modo que os beneficiários consigam superar a situação de vulnerabilidade. (MDS, 2013). O PBF é um programa focalizado para atender às famílias pobres, devendo as famílias beneficiadas assumir alguns compromissos nos campos: da educação, garantindo a frequência escolar de crianças a partir dos seis anos de idade e adolescentes até dezessete anos; na saúde, a vacinação de crianças até sete anos e o pré-natal de gestantes; e na assistência social, crianças e adolescentes com até quinze anos em risco ou retiradas do trabalho infantil pelo Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), devem participar do Serviço